IV SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Data: 29 a 30 DE OUTUBRO DE 2015 EMPREGO DA LATENCIAÇÃO NA ATIVIDADE ANTINEOPLÁSICA FUJIHARA, Bárbara Tiemi1, MASUNARI Andrea2 1Docente do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo. [email protected] 2Docente do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo Palavras chave: Latenciação, Antineoplásicos, Otimização molecular. INTRODUÇÃO O tratamento quimioterápico sempre foi conhecido por resultar em uma série de efeitos adversos, como náuseas, cefaléias, pois os medicamentos muitas vezes não são tão seletivos para as células tumorais e atingem células saudáveis. Pensando nisso a química farmacêutica propõe estudos de otimização molecular para aumentar a seletividade de ação do fármaco. A latenciação é em sua definição clássica, a ligação do fármaco com um transportador, por meio de ligação bioirreversível, tornando o composto inativo ou parcialmente inativo. Este composto in vivo, mediante reação química ou enzimática, libera a porção ativa no local de ação ou próximo dele, resultando muitas vezes no aumento da seletividade. Através desse processo são obtidos os prófármacos, também conhecidos como fármacos latentes. A latenciação é uma estratégia adequada e de baixo custo. OBJETIVO Discutir a estratégia de otimização molecular, latenciação, e analisar de que forma é eficaz no uso de medicamentos antineoplásicos. METODOLOGIA Realizar revisão bibliográfica integrativa entre os anos 2003 à 2015 utilizando como descritores: latenciação, pró-fármacos e antineoplásicos. DESENVOLVIMENTO Atualmente os estudos de modificação molecular visam a otimização da ação farmacocinética e farmacodinâmica dos ligantes, inclusive dos agentes antineoplásicos. É de conhecimento geral, que o tratamento quimioterápico causa efeitos adversos severos fazendo com o que o paciente seja resistente à terapia. Isso ocorre porque o mecanismo de ação dos fármacos não apresenta uma seletividade às células doentes. Ainda não existem estudos totalmente elucidados que indiquem qual a causa real da multiplicação desordenada das células que causam uma neoplasia, mas existem alguns fatores que predispõem o paciente desenvolver a doença como: hereditariedade, idade, etnia e estilo de vida, mas ressalte-se que patologicamente não há mecanismo que explique a proliferação descontrolada das células. A latenciação é uma estratégia de modificação molecular muito utilizada e apresenta ampla aplicação em estudo de fármacos antineoplásicos. É aplicada para melhorar as taxas de absorção do fármaco, retardar o metabolismo, otimizar a seletividade em relação ao sítio ativo e reduzir a toxicidade potencialmente causada pelo fármaco. Na latenciação, os pró-fármacos, necessitam ser ativados in vivo. Para essa ativação, são utilizados transportadores que podem ou não ter atividade biológica, porém a ativação do pró-fármaco não está exclusivamente ligada a ação de um transportador. A latenciação é um método de modificação molecular muito utilizado na otimização de fármacos antineoplásicos, pois além de ser uma alternativa de baixo custo, favorece o aumento da seletividade do fármaco à célula tumoral, viabilizando o tratamento quimioterápico. Ressalta-se que os efeitos adversos mais severos dessa terapia, se dão justamente pelo acometimento de células saudáveis, resultando em mal estar geral no paciente. Cada tipo de neoplasia tem um desenvolvimento característico e se comporta de maneira distinta frente a um fármaco, desta forma, existem tipos específicos de câncer que se adaptaram melhor aos fármacos latenciados, pois cada sítio de ação e de célula doente, respondem de maneiras diferentes. Os tipos de câncer que Realização IV SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Data: 29 a 30 DE OUTUBRO DE 2015 apresentaram melhor resposta frente à terapia com fármacos latenciados foram o câncer de colorretal e o câncer de mama. CONCLUSÃO A indústria farmacêutica investe na pesquisa de forma que consiga viabilizar o uso dos medicamentos pelo paciente. O tratamento quimioterápico para câncer é uma via que resulte em diversos efeitos adversos ao paciente, dificultando muitas vezes a aderência ao tratamento. Sendo assim pode-se afirmar que a otimização molecular é de suma importância para a melhoria dos fármacos e a latenciação permite que a com que a estrutura do molécula seja modificada minimamente, otimizando a seletividade e reduzindo os efeitos adversos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KATSUNG, B. Farmacologia Básica e Clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: Mcgraw-hill interamericana, 2010. REIS, A. Tudo Sobre o Câncer. INCA – Instituto Nacional do Câncer - Ministério da Saúde, 2007. GOODMAN, A. 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