A Química dos fármacos

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A Química dos Fármacos.
Assesio Fachini Junior (PQ).
[email protected]
Palavras Chave: fármaco; bioquímica; metabolismo.
Introdução
O progresso verificado nas últimas décadas
na Química e na Bioquímica, em decorrência das
modernas teorias sobre a estrutura atômica e do
emprego de instrumentos analíticos, produziu um
forte impacto sobre as considerações e convivência
com os fármacos.
A farmacologia é o estudo do modo pelo
qual a função dos sistemas é afetada pelos agentes
químicos. O entendimento da ação metabólica de
uma droga permite prever os efeitos farmacológicos
de uma nova substância ou produzir uma molécula
que irá determinar um efeito terapêutico específico,
todavia isto ainda está longe de ser completo.
(BARREIRO, 2001).
Resultados e Discussão
A estrutura química é chamada de fármaco
e o componente biologicamente ativo em que se liga
esta estrutura é chamada de receptor. A equação
fundamental da termodinâmica permite a avaliação
do trabalho realizado na interação fármaco-receptor
pelas variações de energia total do sistema que é
resultado das interações das energias livres
somadas a temperatura que se realiza o trabalho em
função da organização deste sistema e seus
possíveis números de configurações.
∆H = ∆G + T ∆S
Equação fundamental da termodinâmica.
A tabela 1 apresenta os fatores que
influenciam a interação de um fármaco com o
sistema biológico e sua excreção.
TABELA 1: Fatores que influenciam a interação de um fármaco. (RANG, 1997).
Propriedades
físico-químicas
Estrutura
Química
Conformação
espacial
Solubilidade, coeficiente de partição, grau de
ionização, tensoatividade.
Ressonância, efeitos indutivos, isosterismo,
potenciais de oxidação e redução, tipos de
ligações químicas, quelação, distribuição
eletrônica, absorção de luz.
Fatores dimensionais, distâncias
interatômicas entre grupos funcionais,
estereoquímica.
Existem dois grupos de fármacos que
determinam sua atuação, os inespecíficos, que
agem em todas as estruturas lipídicas e protéicas
(como os anestésicos gerais), e os específicos que
agem num determinado sítio do receptor facilitando
ou inibindo alguma resposta biológica.
O modelo chave-fechadura representa bem
as interações fármaco-receptor onde o agonista
natural e modificado favorece uma resposta
biológica e o antagonista bloqueia esta resposta.
Santo André, 04 de setembro de 2009.
A absorção dos fármacos acontece em
quatro etapas: absorção a partir do local de
administração, distribuição pelo corpo, alterações
metabólicas, excreção. As principais vias de
administração são: sublingual, oral, retal, aplicação
nas superfícies epiteliais, inalação e injeção.
Sistemas terapêuticos, cujas bases se
assentam fora do domínio da ciência, estão em
prática atualmente e vêm ganhando espaço sob o
título de medicina alternativa ou holística. Em sua
maioria rejeitam o modelo médico. Por outro lado,
práticas não científicas colocam em risco a saúde
pública. É necessária uma base científica que o
justifique para não promover um modismo
naturalista.
Estudos de QSAR (Quantitative StructureActivity Relationships) vêm sendo progressivamente
desenvolvidos para descrever quantitativamente as
relações entre a estrutura química de moléculas e a
atividade biológica. A procura e desenvolvimento de
novos fármacos dependem fundamentalmente da
habilidade e experiência dos químicos orgânicos
sintéticos. A indústria farmacêutica apresenta altos
faturamentos, fruto de uma sociedade doente e que
recorre aos medicamentos como forma de remediar
os sintomas e não curá-los. Muitos males advêm de
hábitos alimentares e vícios que, se modificados,
evitariam grandes males sociais.
Conclusões
O estudo dos fármacos permite uma
interação com diversas áreas da Química e tantas
outras das Ciências da Natureza. O exercício da
Química deve estar a serviço do bem comum e ser
guiado por posturas éticas e responsáveis. Apesar
de todos os medicamentos já existentes, ainda é
grande a necessidade de agentes quimioterápicos,
com poucos ou nenhuns efeitos colaterais. Deve
ainda promover o desenvolvimento de produtos que
erradiquem endemias e não apenas controle-as de
modo a sustentar os lucros das indústrias
farmacêuticas de modo conivente. A ação científica
e melhorias na qualidade de vida estão acima de
ações puramente econômicas.
Agradecimentos
William Capelupi, Aline Jovanelli e Cíntia Teruko Matuzawa:
amigos e companheiros no grupo de pesquisa.
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BARREIRO, E. J. Sobre a Química dos remédios, fármacos e
dos medicamentos. Química Nova na Escola. São Paulo: SBQ,
maio, 2001, n°03.
RANG, H. P. Farmacologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1997.
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