UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM O MARKETING PESSOAL COMO FERRAMENTA PARA O SUCESSO DOS PROPAGANDISTAS CARLA FURNO BORBA Orientador: Prof. Jorge Vieira Rio de Janeiro 2011 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM O MARKETING PESSOAL COMO FERRAMENTA PARA O SUCESSO DOS PROPAGANDISTAS Monografia apresentada ao Curso Pós Graduação em Marketing da Universidade Candido Mendes, como requisito parcial à obtenção do grau de especialista em Marketing, sob orientação do professor Jorge Vieira. 3 AGRADECIMENTOS Aos meus pais Marcos e Rose que são presentes e participativos em todas as minhas conquistas. Aos meus amigos que estão sempre ao meu lado em todos os momentos. Ao meu namorado João Paulo que me incentivou a concluir mais essa etapa da minha vida. 4 DEDICATÓRIA Aos meus amados pais que estão sempre ao meu lado, dedicando-se plenamente para as minhas conquistas. Ao meu querido João Paulo que me incentiva e não me deixa desistir nunca. Aos meus amigos que me acolhem e ajudam em todos os momentos da vida. E a todos os professores que contribuíram para mais essa formação na minha carreira acadêmica. 5 RESUMO O tema desta monografia foi escolhido por considerar que o Marketing Pessoal é a principal alternativa para o destaque profissional da área da propaganda médica. Atualmente, o marketing pessoal é uma das ferramentas mais utilizadas por estes indivíduos, e por isso, tornou-se uma excelente estratégica para conduzir os profissionais até o sucesso. Esta Monografia tem como objetivo verificar a importância do uso do marketing pessoal pelos propagandistas da Naturativa como ferramenta para o destaque profissional da sua área de atuação. Seu principal objetivo é identificar as dificuldades dos propagandistas para serem destaques nas suas áreas, analisar cada perfil e definir os pontos positivos e negativos que possam interferir no desenvolvimento desses profissionais no marketing pessoal. O estudo terá contribuições potenciais em nível teórico, servirá de base para o estudo dos interessados na área, bem como referência didática para o meio acadêmico, tendo como finalidade identificar as dificuldades dos propagandistas para serem destaques nas suas áreas. Esta monografia servirá futuramente como base para empresários, consultores, pesquisadores, bem como a própria empresa em questão, para melhoria do perfil profissional nas respectivas áreas de atuação. Na dose correta e de forma planejada, é possível criar uma imagem positiva e também coerente. Isto é um dos pontos fundamentais para que um indivíduo se transforme em referência no seu trabalho e um exemplo a ser seguido. 6 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 09 1. Revisão de Literatura 11 1.1 Conceitos de Marketing 11 1.2 Mix de Marketing – os 4 P’s 15 1.2.1 Produto 15 1.2.2 Preço 16 1.2.3 Praça 17 1.2.4 Promoção 17 2. O Marketing Social 2.1 Conceito 3. O Marketing Societal 3.1 Conceito 4. Marketing Pessoal 19 19 21 21 22 4.1 – Caracterização 22 4.2 – Como Trabalhar o Marketing Pessoal 24 4.3 – Principais Técnicas do Marketing Pessoal 25 4.3.1 - Convívio Social Fora do Ambiente de Trabalho 25 4.3.2 – Aparência dos Pertences 26 4.3.3 – Aproveitamento do Primeiro Contato 27 4.3.4 - Habilidade em Lidar com Outras Pessoas 27 4.3.5 - Aparência física e postura 28 4.3.6 – Comportamento 29 8 4.3.7 – Conduta ética 30 4.3.8 - Projeção do próprio valor financeiro 31 4.3.9 – Autopromoção 31 4.3.10 – Aprimoramento Educacional 32 4.3.11 – Planejamento de Carreira 33 5 – Casos Naturativa Farmácia de Manipulação 35 CONCLUSÃO 37 BIBLIOGRAFIAS 39 ÍNDICE 43 9 INTRODUÇÃO O Marketing teve o surgimento nos Estados Unidos por volta dos anos 50. Aqui no Brasil o assunto ainda é atual e por isso muitas pessoas estão atentas sobre o tema, procurando atualizar seus conhecimentos sobre esta ferramenta profissional sem se descuidar dos detalhes que ela proporciona. Os profissionais de RH avaliam que esses profissionais estão utilizando cada vez mais o marketing pessoal, fator considerado altamente positivo para carreira profissional. Cuidar da imagem é uma das principais ferramentas do marketing pessoal, já que pode garantir o sucesso na carreira, além de proporcionar maiores oportunidades num mercado tão competitivo. Outros fatores essenciais e que não podem ser esquecidos são a inteligência, a ética, a cooperação, além da disciplina, da seriedade, do respeito aos outros e da auto-estima. Existem muitas pessoas que formam opinião na primeira impressão, por isso é sempre bom trabalhar todo esse conjunto, de modo a não causar impressões errôneas. Marketing Pessoal é uma ferramenta de continuação mútua. Para que o profissional possa gerar uma imagem positiva no mercado de trabalho, é necessário saber se comunicar. Um bom profissional é aquele que sabe vender sua própria imagem, demonstrando ser pró-ativo, eficiente e eficaz, pois isso transmite credibilidade e confiança. Saber comunicar-se, ter bons argumentos, estilo e presença fazem o profissional ocupar um lugar de destaque perante os demais. O Marketing Pessoal vem trazendo várias conquistas nas diversas áreas de atuação humana, contribuindo tanto para o crescimento pessoal quanto para o profissional no mercado de trabalho. O ponto forte para o Marketing é criar uma marca forte que vai ao encontro das necessidades de todos os consumidores. No marketing pessoal, não é diferente. Existem muitas pessoas que não conseguem reconhecimento 10 no emprego. Muitos especialistas dizem que a falta de reconhecimento está diretamente ligada à falta do uso do marketing pessoal. Saber usar o marketing pessoal não é só alto promoção e sim o que diferencia um profissional do outro. Segundo os autores de Balback e Slater (2000), mostra o que é o marketing pessoal e como e aplicado no seu dia. “O marketing pessoal é uma extensão do marketing em si. E a consolidação de um pacote de marketing e o auto posicionamento, vão torná-lo capaz de promover eficientemente o marketing pessoal”. 11 Revisão de Literatura Para compreender melhor o conceito de marketing pessoal, é preciso relembrar os principais conceitos de marketing. 1.1 Conceitos de Marketing O marketing surgiu nos Estados Unidos em 1950 como uma “necessidade de mercado para fazer a diferenciação dos produtos e para satisfazer seus clientes externos e internos” (SCOTT-JOB, 1994). Segundo Cobra (1997): “Marketing é o processo de planejamento e execução desde a concepção, apreçamento, promoção e distribuição de idéias, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais ” (COBRA, 1997, p.34). Para Kotler (1998, p. 27) “marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”. Segundo Kotler (1998, p. 37), marketing é “a chave para atingir as metas organizacionais e consiste em ser mais eficaz do que os concorrentes, satisfazendo, assim, as necessidades e desejos dos mercados-alvos”. Armstrong e Kotler (1999) mostram a diferença entre marketing e vendas, ambos têm funções diferentes, apesar de estarem interligados: “O conceito de vendas tem uma perspectiva de dentro pra fora. Começa com a fábrica, concentra-se nos produtos 12 da empresa e enfatiza a venda e a promoção para obter vendas lucrativas. É centrado na conquista do cliente – fazer vendas de curto prazo sem se preocupar com quem compra e por que compra. Ao contrário, o conceito de marketing tem uma perspectiva de fora para dentro. Começa com um mercado, bem-definido, concentra-se nas necessidades do consumidor, coordena todas as atividades de marketing que afetam o consumidor e obtêm o lucro criando a satisfação do consumidor. Sob o conceito de marketing, as empresas produzem o que os consumidores desejam, satisfazendo-os e obtendo lucro.”” (ARMSTRONG e KOTLER, 1999, p.11). De acordo com Kotler (2000): “Marketing é um processo social e administrativo por intermédio dos quais os indivíduos e os grupos obtêm o que necessitam e o que desejam, através da criação de troca de produtos e valor com outras pessoas”. (KOTLER, 2000, p.08) Ainda segundo Churchill (2000): “O marketing deve ser usado para desenvolver trocas, que podem ou não visar lucros. Para o autor, as trocas que visam lucros são as metas de negócios que buscam gerar receitas acima dos custos”. (CHURCHILL, 2000, p.05) 13 O marketing em uma visão geral engloba muitas atividades além do que conhecemos e imaginamos. Assim, partindo de um pressuposto mais amplo e atual, Pride e Ferrell (2000, p. 3) definem marketing como o “processo de criar, distribuir, promover e apreçar bens, serviços e idéias para facilitar relações de troca satisfatória com clientes em um ambiente dinâmico”. Sandhusen (2000, p. 8) conceitua marketing como um “processo de planejar a concepção, o preço, a promoção e a distribuição de bens e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais”. Philip Kotler (2000) define: “Marketing é a função empresarial que identifica necessidades e desejos insatisfeitos, define e mede sua magnitude e seu potencial de rentabilidade, especifica que mercados-alvo serão mais bem atendidos pela empresa, decide sobre produtos, serviços e programas adequados para servir a esses mercados selecionados e convoca a toda na organização para pensar no cliente e atender ao cliente.” (KOTLER, 2000, p.57) Alexandre Luzzi Las Casas (2001) ensina: “Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade.” (LAS CASAS, 2001, p.26). 14 Um dos principais fundamentos teóricos sobre marketing é a “teoria da escolha de cada indivíduo, cuja principal coisa é o bem-estar da sociedade é o interesse individual de cada um”, (COBRA, 1997). Freire e Souza (2001, p.3) enumeram os quatro princípios que compõem esta teoria: 1) As pessoas buscam experiências que valham à pena; 2) A escolha individual determina o que vale a pena; 3) Por meio da troca livre e competitiva, os objetivos individuais serão realizados; 4) As pessoas são responsáveis pelas suas ações e escolhem o que é melhor para elas (princípio da soberania do consumidor). Analisando os conceitos pode-se afirmar que “o objetivo do marketing é conhecer e compreender o cliente, de modo que o produto, serviço (ou pessoa marketing pessoal) se ajuste e se venda por si próprio”. (FREIRE E SOUZA, 2001) Portanto, se tudo for feito de forma coerente com os ensinamentos de marketing, o sucesso de venda é apenas a conseqüência mais lógica e o destino mais previsível. Entretanto sabemos que marketing é o processo de planejar e executar a concepção de estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços com intuito de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais. Também é considerada uma atividade sistemática de uma organização humana voltada para busca de realização com o meio profissional visando sucesso a ambas as partes da organização. Las Casas (2006) diz que: “Marketing é a área de conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados 15 objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade.” (LAS CASAS, 2006, p.10) As empresas devem sempre manter uma relação de troca com seus clientes, pois com isso ela garante a sua fidelização, aumentando consequentemente seu lucro. (LAS CASAS, 2006) 1.2 – Mix de Marketing – Os 4 P’s Segundo Kotler (1998, p. 31) “mix de marketing é definido como o grupo de variáveis controláveis de marketing que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no mercado alvo”. O mix de marketing consiste em todas as ações da empresa para divulgação de um produto As várias possibilidades podem ser reunidas em quatro grupos de variáveis conhecidas como os quatro ”quatro PS”: Produto, preço, praça e promoção. 1.2.1 – Produto Existem vários conceitos sobre produto feitos por diversos autores, mas que sempre falam a mesma coisa. Dentre eles, podemos destacar: "Produto significa a oferta de uma empresa que satisfaz a uma necessidade" (MCCARTHY E PERREAULT Jr, 1997, p. 148). Segundo Kotler (1998, p. 31) “produto é a combinação de bens e serviços que a empresa oferece ao mercado alvo, para satisfazer uma necessidade ou desejo”. O produto compõe o núcleo da estratégia de marketing. Isso significa dizer que, para satisfazer às necessidades dos consumidores, é preciso que os produtos/serviços ofertados tenham boa qualidade, características que atendam ao gosto do consumidor (com opções 16 de modelos e estilos) e um nome atrativo juntamente com embalagens sedutoras para que proporcionem adequados retornos financeiros à organização. Para Crema (2004, s/p) “Mais importante do que possuir bens físicos é obter os benefícios que eles proporcionam, portanto, podemos substituir o termo produto por solução, recurso ou oferta.” 1.2.2 – Preço Para Kotler (1998, p. 31) “preço significa a soma de dinheiro que os clientes devem pagar para obter o produto”. É preciso que o preço divulgado seja justo e proporcione descontos estimulantes à compra dos produtos ou serviços ofertados, com subsídios adequados, prazos de pagamentos e termos de crédito efetivamente atrativo. Nickels e Wood (1999, p. 222) definem preço como sendo "[...] quantidade de dinheiro ou algo mais de valor que a empresa pede em troca de um produto". De acordo com Pride e Ferrell (2000, p. 97): “Há dois pontos para se considerar em relação ao preço. Primeiro, para a empresa, preço é a quantidade de dinheiro que está disposta a aceitar em troca de um produto. Essa soma deve ser alta o suficiente para cobrir os custos e dar algum lucro, mas não tão alto para impedir a venda de um produto.” (PRIDE e FERREL, 2000, p. 97.) 17 1.2.3 – Praça Para Las Casas (1997, p.25), “[...] é o caminho que as mercadorias – e a transferência de título – seguem desde o produto até o consumidor”. Segundo Kotler (1998, p. 31) “praça envolve as atividades da empresa que tornam o produto disponível para os consumidores-alvos”. A distribuição precisa levar o produto certo ao lugar certo através dos canais de distribuição adequados. Segundo Pride e Ferrell (2000 p. 97) “a distribuição é a atividade de marketing que representa o maior custo para muitos produtos”. Entretanto, a boa distribuição é essencial porque pode fazer grande diferença em como os consumidores são bem atendidos. Assim, possui grande impacto sobre o valor percebido das trocas entre os consumidores e uma empresa específica. A distribuição refere-se aos seguintes aspectos: 1. Canais de marketing. Um sistema de organização pelo qual um produto, recursos, informações e/ou propriedade flui de produtores a consumidores. 2. Distribuição Física. A movimentação de produtos ao local adequado, nas quantidades e no tempo corretos, de maneira eficiente em termos de custo. As estratégias de logística tratam de problemas de distribuição física, como transporte, estocagem, movimentação de materiais e dos sistemas e equipamentos necessários para essas funções. (PRIDE E FERRELL, 2000) 1.2.4 – Promoção Segundo Kotler (1998, p. 31), “promoção significa as atividades que comunicam os atributos do produto e persuadem os consumidores-alvos a adquiri-lo”. No entanto é preciso utilizar criatividade e as ferramentas do mix de marketing. 18 A promoção do mix de marketing reúne todo o elemento coordenado, destinado a atingir os objetivos da empresa através da oferta do valor aos consumidores. O mix de marketing é “o conjunto de planejamento tático para empresa criar um forte posicionamento nos mercados”. (KOTLER, 1998, p. 31) “A promoção é a comunicação das informações entre quem vende algo e quem compra algo”. (NICKLES E WOOD, 1999) "O objetivo da comunicação integrada de marketing é manter um diálogo com os clientes e outros grupos de interesse, permitindo que a empresa responda de forma rápida à suas necessidades e desejos em constante mutação" (NICKLES E WOOD, 1999, P. 320) Promoção de Vendas são atividades que fazem o cliente comprar, mas e estimulam o mercado e a economia e obter resultados positivos sobre as áreas dentro da empresa as quais lhe interessa. (LAMB, 2001) 19 O Marketing Social As empresas precisam, hoje, compreender a ligação que existe entre as preferências do cliente e a possibilidade de atender as suas necessidades. É preciso traçar estratégias permanentes de acompanhamento das forças que regem o mercado e que têm influência direta nas empresas. Segundo Cobra (1986): “O marketing social é conceituado como um intercâmbio de valores, não necessariamente físicos nem econômicos, mas que podem ser sociais, morais ou políticos, sendo utilizado para vender idéias ou propósitos que proporcionem bem-estar à comunidade”. Para Philip Kotler (1998) define o marketing social Como: “Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e seja através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros. Esta definição baseia-se nos seguintes conceitos centrais: necessidades, desejos e demandas; produtos (bens, serviços e idéias); valor, custo e satisfação; troca e transações; relacionamentos e redes; mercados; e empresas e consumidores potenciais”. (KOTLER, 1998, p. 27) Desta definição, podemos destacar a “troca” como principal conceito de Marketing, pois através dela, indivíduos, pequenos grupos, empresas, nações inteiras conseguem obter o que precisam. Abrindo mão de algo, podem adquirir outra coisa em seu lugar, motivada pelo maior valor do produto que se adquiriu em comparação àquele do qual se desistiu. Portanto, é necessário compreender, planejar e controlar as trocas, através de pesquisa às necessidades da outra parte, projetando e comunicando eficazmente uma oferta valiosa, a fim de atender essas 20 necessidades, dentro das circunstâncias adequadas. É o que podemos chamar de estar no lugar certo, no tempo certo e com o produto certo. As empresas utilizam o Marketing Social como: “[...] diretriz estratégica para orientar as suas ações, a fim de buscar, além do lucro e da satisfação das necessidades dos indivíduos, o bem-estar da sociedade, uma vez que estão inseridas na comunidade onde se dá o contexto de seus negócios.” (SILVA, 2009, s/p) 21 O Marketing Societal Apesar dos inúmeros conceitos de marketing, várias discussões surgiram em torno da aplicação social de todos eles. O conceito de Marketing Societal define a tarefa da organização como sendo determinar necessidades, desejos e interesses de participação de mercado e proporcionar a satisfação desejada mais efetiva e eficientemente do que a concorrência de forma a preservar ou aumentar o bem estar do consumidor e da sociedade. Segundo Kolter (2000): “O Marketing Societal refere-se à Responsabilidade da organização perante a sociedade, incluindo considerações sociais e éticas em suas práticas de Marketing, equilibrando objetivos freqüentemente conflitantes como o lucro dos acionistas, a satisfação dos consumidores e o interesse público. Desta forma, pode-se dizer que o Marketing Societal é um Marketing Socialmente Responsável” (KOTLER, 2000, p.22). 22 O Marketing Pessoal 4.1 – Caracterização Marketing pessoal é a divulgação de uma imagem autêntica, única, com a qual você se sinta bem e que pareça coerente aos olhos do público. Para Penteado Filho (1990): “O marketing de sucesso começa pelo marketing pessoal, através dele o profissional deverá equacionar suas dificuldades particulares para buscar o caminho mais adequado para se organizar, e só então se dedicar ao planejamento estratégico.” (PENTEADO FILHO, 1990, p.155-56) No mercado competitivo em que vivemos, construir uma boa imagem pessoal, profissional e social exige postura adequada. Se você não plantar, nada irá colher, portanto se existe um "plano de marketing" detalhado para um produto, não há motivo para não existir um "plano de marketing pessoal" mais detalhado ainda. Conceitualmente, de acordo com Peters (2000, p.72), “o Marketing Pessoal fortalece o crescimento pessoal e profissional da “marca” da pessoa”. Trata-se da capacidade individual de atrair e manter relacionamentos pessoais e profissionais entre a equipe, com clientes, com gerentes, diretores etc, de forma permanente para que através e por meio deles se realizem ciclos de atendimento de necessidades mútuas, gerando satisfação a todos. Ainda segundo Peters (2000, p.75), “é preciso ter consciência de que você é um produto no mercado de trabalho – e deve acreditar nisso, se não quiser ficar encalhado na prateleira”, ou seja, sem se enxergar como um produto, dificilmente se conseguirá um emprego que satisfaça, onde consiga aplicar o que tem de melhor e no qual encontre uma fonte permanente de 23 aprendizado. Para o mundo de marketing se adaptar como um produto é questão apenas de percepção empresarial. O Marketing Pessoal valoriza o ser humano em todos os seus atributos e características, inclusive em sua complexa estrutura física, intelectual e espiritual. Visa possibilitar a utilização plena das capacidades e potencialidades humanas na área profissional e na da vida pessoal. Pode ser descrito como o processo, encetado por um indivíduo ou uma organização, envolvendo a concepção, planejamento e execução de ações que contribuirão para: a formação profissional e pessoal de alguém, a atribuição de um valor, que não necessita ser exclusivamente monetário justo e compatível com o posicionamento de mercado que se queira adquirir, a execução de ações promocionais de valorização pessoal que o coloquem no lugar certo na hora certa, de tal maneira que as organizações ou pessoas para quem trabalhe ou exerça influência, e ele próprio, se sintam satisfeitos (Lucia Bidart, 2004, p.28) O que torna fácil esse processo é que a aptidão e dons que uma pessoa possua podem ser comparados a produtos e serviços sobre os quais podem se aplicar todas as técnicas e processos de marketing. Para uma boa explanação de um plano de marketing, o profissional deve ter um conjunto de conhecimento da sua atividade, do seu cliente, das suas necessidades e da realidade mercadológica, bem como conhecer os seus concorrentes e como eles atuam. (BIDART 2004) Esta informação da concorrência tem como objetivo principal mudar o desempenho da empresa perante seus concorrentes, podendo ficando assim menos frágil a mudanças e ameaças futuras. (BIDART 2004) O mesmo se dá quando o sujeito resolve aplicar o marketing para beneficio pessoal, ele precisa se conhecer e também o ambiente no qual está inserido para desenvolver uma melhor atuação no mercado cada vez mais competitivo. Deve primeiramente atender e superar as expectativas dos clientes, Desenvolvendo assim relações baseadas em confiança, ética, competência, honestidade e habilidade interpessoal. (BIDART 2004) 24 Ao aplicar o marketing pessoal, o profissional deve ter claro a área ou o segmento de atuação. É essencial que exista uma adequação do indivíduo com este segmento para que se possa ter maior poder de convicção sobre o público que quer atingir. (BIDART 2004) 4.2 - Como Trabalhar o Marketing Pessoal Segundo Scott-Job (1994, p. 23): “No marketing pessoal, podemos adaptar da seguinte maneira: o produto é o profissional, o preço é o salário, o ponto de venda é a área de atuação e a promoção é a comunicação”. Trabalhar o marketing pessoal é entender como ela e aplicada e conhecer as suas melhores características, e algo que faz você se diferencia dos outros, as suas qualidades perante os seus colegas de trabalho e também das pessoas de sua convivência, e deixá-las mais em foco. Também faz entender quais são as suas oportunidades de melhorias para o profissional, para que você possa melhorá-las. (DAVIDSON, 1999 p.54-55) Valorizar os atributos do ser humano é um dos pontos mais importantes dentro do Marketing pessoal, aproximando-o ainda mais dos conceitos do mix de Marketing, além de definir claramente os quatro PS da pessoa é necessário conhecer profundamente as necessidades e desejos do mercado com relação aos profissionais que procura, fortalecendo a cultura de busca por dados e estudos voltados ao que mais se adapta ao “produto” homem (DAVIDSON, 1999) Você é soma de suas habilidade e apresentada para o mercado com produto chamando você, precisa coloca todas em pratica para que o seu produto (Você) seja compreendido, e atinja o seu público-alvo da melhor maneira possível (DAVIDSON, 1999 p.55) A praça significa no marketing pessoal nada mais é do que as áreas que você pode esta atuando e dando resultados, local onde você possui competitividade maior e pode ser destaque. (UNBAN, 2006) 25 O preço é seu valor de mercado o quanto você vale para instituição, o valor pode ser uma questão difícil de lidar e analisado toda a sua história profissional, desde a formação, passando pela vivência profissional, depois pelo conhecimento adquirido, e pelas oportunidades que aproveitou. (UNBAN, 2006) Com essas informações a pessoa poderá definir o quanto ela vale. Além de promover o “produto”, o Marketing pessoal pode ser descrito como um processo que envolve desde a concepção, planejamento e execução das ações que contribuem para uma formação profissional, agregar Valor (não necessariamente monetário), que seja justo e que seu Posicionamento seja ideal ao mercado que pretende atingir. (UNBAN, 2006) 4.3 - Principais Técnicas de Marketing Pessoal No marketing pessoal existem varias técnicas verbais e as não-verbais para se construir uma imagem positiva. Isto será observado naturalmente com os exemplos que vem a seguir (MCCAFFREY, 1983) 4.3.1 - Convívio Social Fora do Ambiente de Trabalho Para pessoas que utilizam o marketing pessoal mesmo no tempo livre, é um meio de criar uma imagem pública, pois qualquer coisa que se faça publicamente afeta a sua imagem. Segundo Mike Mc Caffrey, (1983): “O modo que a pessoa utiliza seu tempo, participando de atividades civis, sociais e políticas cria uma imagem da pessoa como indivíduo. Estes eventos se tornam fontes de construção de imagem, uma boa oportunidade onde os outros podem conhecer mais seu desempenho. O envolvimento social e o ativismo trás qualidade de liderança que são percebidos pela comunidade que irá 26 reconhecê-lo apto para assumir funções de maior responsabilidade.” (MC CAFFREY, 1983, p.14) Mckenna (1994, p.125) escreve que “para criar posição no mercado se deve, primeiro, cimentar fortes relações”. 4.3.2 - Aparência dos Pertences A apresentação de um belo currículo, um impactante cartão de visita causa muito boa impressão. Nesse sentido, Mike Mc Caffrey, (1983, p. 18) afirma que “as ilustrações, títulos, uma brochura organizada e bem desenvolvida causa uma boa impressão, a aparência criativa faz com que pessoas reconheçam o seu alto grau de profissionalismo”. Sady Bordin Filho (2002, p.39) arremata explicando que ”O zelo e a organização perante os objetos dizem muito para os outros de como o profissional é.“ Nesse sentido, Souza (2004) apresenta uma significativa contribuição sobre o relacionamento pessoal, ao afirmar que: “O importante é ter um networking de relacionamentos; o importante é se manter vivo, presente e admirado na cabeça e no coração das pessoas que nos conhecem; muito especialmente, as que admiram, testemunham e referenciam nossas virtudes e qualificações. Ter um currículo de realizações e experiências é importante, ter uma base escolar também é importante, mas ser conhecido e reconhecido por um grupo de profissionais, e preservar e desenvolver esse relacionamento é muito mais importante ainda; é decisivo, é vital.” (SOUZA, 2004, p.151-152) 27 Portanto, o ambiente profissional talvez seja o que apresenta maiores possibilidades e flexibilidades em estabelecer relações, seja na empresa ou fora dela, seja no país ou no exterior. 4.3.3 - Primeiro Contato A receber um contato é de extrema importância que se troque cartões. Apesar de não parecer que tem valor é um mecanismo onde representa a permissão de estabelecer os primeiros contatos e de fechar futuros negócios. Mike Mc Caffrey (1983, pág. 20) ressalta que ”[...] os cartões que recebe são mais importantes do que os que você dá. Pois te dá o direito de procurar a pessoa de interesse para uma reunião futura.” O princípio básico é ter uma grade rede de relacionamento: “quanto mais pessoas conhecemos, quanto mais circulamos, maiores as chances das oportunidades aparecerem” (PETERS, 2000. p. 79). Minarelli (2001) define que existem três níveis de relação com os quais convivemos: Grupo primário: é formado por pessoas da família ou amigos, mas próximos onde há envolvimento emocional. Grupo secundário: é o das relações mais formais sem muita intimas. Grupo de referência: são as pessoas que interferi no comportamento, pois existem vários valores de referencia. 4.3.4 - Habilidade em Lidar com Outras Pessoas A capacidade de lidar com outras pessoas e desenvolver bons relacionamentos é uma das estratégias do marketing pessoal. O estudo aponta que “pessoas com quem você vai se relacionar pode trazer bons frutos, ou seja, você pode ser melhor visto”. (MCCAFFREY, 1983) Conforme Sidinéia Freitas (2004): “Não basta apenas estudar a personalidade do líder, mas também a situação ou circunstância em que se manifesta 28 a liderança, pois se trata de um processo complexo que envolve líder, liderados e todo contexto social, político e econômico em que o processo se desenvolve”. (FREITAS, 2004, p.02) 4.3.5 - Aparência física e postura Aparência no ambiente de trabalho é muito importante. Do mesmo jeito que nos atraímos pelas embalagens bonitas de certos produtos, também nos surpreendemos com as pessoas. O primeiro contato é crucial para as impressões que ele vai ter com as pessoas. Diante desta certeza, para estabelecer uma relação de confiança e respeito, o assunto aparência física é mesmo relevante. (MACDAFFREY, 1983): “(...) usar roupas mais conservadoras, boas e apropriadas para a função, ter uma aparência onde sugestiona limpeza, asseio e cuidado leva a uma boa primeira impressão. Usar objetos de valor, como boas canetas, gravatas, relógios e óculos também são um meio de transmitir certo poder e status para as pessoas e estas impressões sempre são impactantes.” (MACDAFFREY, 1983, p. 53) Tão importante quanto estar bem-vestido é manter uma postura correta e elegante. Sobre o assunto, Sady Bordin Filho, (2002) afirma: “Andar sempre com a coluna reta e elegante impõe respeito. Apoiar a cabeça na mão não é bom porque dá idéia de desleixo e desânimo, ser calmo nos gestos demonstra educação e elegância.. Assim como se torna abominável roer unhas e fumar em público. Um bom curso de dicção é recomendável pois mesmo não tendo 29 dificuldades de fala, se pode aperfeiçoar a arte do falar bem e para o público. A má dicção pode comprometer a credibilidade. A combinação de uma postura elegante com uma dicção perfeita e um discurso forte é um bom meio pra impressionar.” (BORDIN FILHO, 2002, p.45) Com isso podemos afirmar que é crucial cuidar da aparência e da postura como profissional. Isto pode ser o “meio de fazer a diferença perante o meio em que está inserido”. (BORDIN FILHO, 2002) Segundo Rosa (2004) uma imagem negativa pode limitar as oportunidades da pessoa. “É preciso ter cuidado para com a imagem e buscar eliminar dela qualquer item que possa trazer impacto desfavorável”. De acordo com Santos (2002, p. 43), “Os profissionais que exploram a aparência de maneira correta, promovem uma valorização da imagem profissional e conseqüentemente ocorre um registro positivo do profissional”. 4.3.6 - Comportamento O modo de agir também tem sua importância, principalmente no primeiro momento: olhos nos olhos, um firme aperto de mão, a maneira que você se senta, dentre outros por menores são maneiras não verbais de mandar sua mensagem sobre quem você é. (MCCAFFREY,1983) Todo tempo estamos transmitindo informações que nos descreve, como agimos, como gostamos de algo, mesmo não tendo consciência, e isso ocorre com as outras pessoas também. Por isso a cada dia devemos aprender a desvendar essa alta descrição para empregarmos da forma mais clara possível. (MCCAFFREY, 1983) Nosso corpo está a todo o momento transmitindo informações não verbais. A linguagem corporal transmite informações e através delas podemos identificar o que a pessoa está sentindo. Ao cruzar os braços a pessoa cria uma defesa e sutilmente dando algo para ela segurar vai aos poucos rompendo a armadura (MCCAFFREY, 1983). Segundo, Carlos Alberto Júlio (2002) definir o que e comportamento: 30 “O comportamento organizacional é um campo de estudos que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações, com o propósito de utilizar esse conhecimento para promover a melhoria da eficácia organizacional.” (ALBERTO JÚLIO, 2002, p.83) 4.3.7 - Conduta ética A conduta ética do profissional deve ser a mesma no âmbito do trabalho quanto no pessoal. Para Mike McCaffrey, (1982): “O caráter, a conduta ética, e as atividades fora do trabalho percebidos são pelo freqüentemente interlocutor subconscientemente como um reflexo da competência e da capacidade que a pessoa tem de gerir negócios.” (McCAFFREY, 1982, p.106) Sady Bordin Filho, (2002, p.149) afirma ainda que ao sair do trabalho para ingressar em outro, o profissional não deve abandonar tarefas nem últimas obrigações, haja vista que, segundo ele, estes últimos dias são fundamentais pra que se reconheça o profissional e sua conduta ética. Analisando todas as observações do marketing pessoal, é possível observar que o modo de se vestir, a maneira como transmite suas idéias, seja pela linguagem verbal, ou seja, pela não verbal, e sua conduta de vida são os grandes responsáveis pela formação de uma pessoa de sucesso ou de base para uma pessoa que o almeja. (BORDIN FILHO, 2002) Segundo Santos (2002): 31 ”Conduta ética: o caráter e a conduta ética do profissional são tão importantes quanto suas habilidades e competências profissionais. A discrição, a honestidade e o equilíbrio emocional são qualidades muito valorizadas pelas instituições. Assim, a conduta e a ética são ações de marketing pessoal utilizadas para formar um profissional de sucesso” (SANTOS, 2002, p.43) 4.3.8 - Projeção do próprio valor financeiro Produtos e serviços de qualidade não são e não devem ser baratos. Custa exatamente o que valem. E um profissional com vasta bagagem e que realiza um bom trabalho deve saber que precisa valer muito. (MCCAFFREY, 1983) Assim, para Sady Bordin Filho (2002, p. 103): “A imagem pessoal é como uma grife no mercado, pessoas estarão dispostas a pagar se realmente acreditar que vale a pena investir.” 4.3.9 - Autopromoção Todo profissional tem a necessidade de se destacar em tudo o que realiza. O ser humano tem uma busca constante pela sua realização, seja ela profissional ou pessoal e o desejo de todos é se sentir importante. (BALLBACK, J e SLATER, J, 1999) De acordo com Ballback e Slater (1999, p.25) “se você não se autopromover, uma coisa terrível vai acontecer: nada”. A cada dia devemos “vender o próprio peixe”, como se diz popularmente, sempre tendo um grande contato com pessoas para discuti-los e aperfeiçoar as estratégias já enumeradas. É de extrema importância acreditar em seu trabalho. Complementa Sady Bordin Filho (2002): 32 “Não se deve perder a chance de fazer o seu “comercial”. Assim como um produto precisa de propaganda o profissional também precisa, e pode fazer isto divulgando aspectos profissionais de si mesmo. Em qualquer lugar que se esteja, sempre se deve aproveitar a oportunidade de descrever com detalhes a atividade profissional que exerce. Muitas pessoas talvez nunca precisem de fato daquele profissional, mas podem eventualmente conhecer outras que venham a precisar.” ( BORDIN FILHO, 2002, p.82) Faça sempre propaganda sobre sua marca, o seu nome, pois, desta forma, muitas pessoas saberão quem é você. Nestas horas não se deve ser modesto em vender seu profissionalismo. Ao estar convicto das capacidades que possui, demonstre sempre confiança e segurança na hora de vender os próprios serviços. Neste sentido, Sady Bordin Filho, (2002, p.74) esclarece “todos querem estar convencidos que estão contratando o melhor. É dever do profissional convencer que estão fazendo um ótimo negócio contratando-o.” 4.3.10 - Aprimoramento educacional O aprimoramento educacional vem com a leitura. Ter contato com outros profissionais da área e manter uma rede de relacionamento é vital para ter sucesso e para continuação de uma carreira bem sucedida. Sobre o tema, Sady Bordin Filho, (2002, p. 68), alerta: “Não se deve deixar de freqüentar os bancos de aprendizado, pois é um risco a desatualização completa. Um prejuízo a formação profissional e acadêmica é um risco a carreira de toda uma vida. A oferta de mão-de- 33 obra qualificada não para de crescer.” (BORDIN FILHO, 2002, p.68) 4.3.11 - Planejamento de Carreira Para a construção de uma carreira bem sucedida, basta ter em mente sempre um planejamento futuro, isto caracteriza o marketing pessoal. Devem ser definidos objetivos e metas para a carreira. O que se estará fazendo daqui cinco anos? Lucia Bidart (2000, p.88) explica a importância do planejamento da carreira: “O conceito de estratégia é igualmente apropriado às carreiras. Se você não sabe o que pretende, a direção de seus passos não faz diferença. Um funcionário pode ser brilhante no desempenho de suas atividades, trabalharem muitas horas por dia, dominar idiomas, conhecer profundamente processos informatizados, mas ainda assim não se preocupar com o futuro profissional. Isso muitas vezes ocorre porque o indivíduo está satisfeito com suas atribuições e com o salário. Posso dizer que alguém com esta mentalidade correm o risco de estagnarse ou de sofrer repentinamente os efeitos das radicais metamorfoses nos métodos produtivos. De certa forma, pouquíssimas pessoas estão seguras em seus empregos nos dias de hoje. Acredito, portanto, que traçar uma estratégia de carreira é meio de preservação de conquistas e estabelecimento de novos pilares para o desenvolvimento pessoal”. (BIDART, 2000, p.88) 34 O controle de atualização de um plano é tão importante quanto sua confecção inicial. Caso não se adapte á realidade, perderá a certeza de caminhar no rumo certo. Nesse caso, seguirá um mapa que o conduzirá à local incerto e, talvez, indesejado. Assim, a definição do plano de carreira é de fundamental importância para o sucesso profissional. Devem ser definidos os objetivos a serem alcançados nos próximos anos ou para outro período dentro do plano escolhido. Apesar disto, em razão das constantes mudanças sofridas no mundo atualmente, com o surgimento a todo o momento de novas tecnologias, políticas, realidades econômicas e ambientais fazem-se necessária uma revisão periódica no projeto de ação de longo prazo. 35 Caso Naturativa Farmácia de Manipulação A Naturativa é uma empresa que manipula medicamentos e cosméticos sob receita médica e que possui como principal característica um grande reconhecimento de sua qualidade, por ter seus laboratórios conforme as boas práticas de fabricação de medicamentos e ter a certificação de reconhecimento internacional ISO 9001 ABNT – INMETRO. A empresa surgiu há mais de 10 anos no bairro de Copacabana. Hoje possui 8 filiais, além do seu edifício sede. Desde 1995, a Naturativa pertence a um grupo de empresas que fiscaliza a qualidade das matérias-primas dos fornecedores através de um convênio com a Fundação Bio-Rio. Em 1996 foi concluído o Programa de Qualidade Total do Sebrae. Em janeiro de 2000 conseguiu a certificação ISO 9001 ABNT - INMETRO e em julho do mesmo ano foi eleita a Farmácia do Ano Prêmio Nacional Racine de Qualidade. Em 2002 recebeu o Prêmio Qualidade Rio do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Em 2003 recebeu o Prêmio Top Empresarial do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A Missão e o Conceito Nossa missão é produzir medicamentos e cosméticos manipulados e prestar serviços procedimentos de assistência estabelecidos, farmacêutica, visando seguindo satisfazer a normas e necessidade de prevenção, a cura de doenças e a melhoria da saúde. A Naturativa acredita que mais que cuidar da saúde, nosso dever é preservar o que existe de mais importante: a vida. Para tamanha responsabilidade, só nos resta buscar a excelência de nosso trabalho, através da evolução constante de nossos procedimentos e técnicas. A proposta de uma farmácia de manipulação é atender às necessidades individuais do paciente. Através da prescrição de um medicamento manipulado o médico pode fornecer um tratamento personalizado adequando as 36 substâncias e suas concentrações de acordo com as características de cada indivíduo. Política de Qualidade A Naturativa tem como finalidade a manipulação, desenvolvimento e venda de medicamentos e cosméticos e a assistência Farmacêutica. Busca a satisfação de seus clientes através da excelência de seu trabalho a fim de manter o seu padrão de qualidade como referência para o mercado de farmácias de manipulação e busca ser reconhecida como pioneira em lançamentos de novos produtos e serviços. Conta com uma gestão pró-ativa e participativa para alcançar a satisfação de seus funcionários e estar financeiramente sustentável. Objetivos Estratégicos • Aumentar a satisfação de cliente • Aumentar a satisfação do funcionário • Expandir as Vendas • Fornecer novos produtos para nossos clientes • Aperfeiçoar continuamente nossos produtos 37 CONCLUSÃO O objetivo geral do presente trabalho é apresentar a importância do uso do marketing pessoal pelos propagandistas da Naturativa como ferramenta para o destaque profissional em sua área de atuação. Este objetivo foi alcançado uma vez que, através da aplicação da pesquisa, os profissionais de propaganda médica ficaram mais bem informados sobre o assunto, bem como sua importância no seu dia a dia, além de despertar o interesse em conhecer as técnicas de marketing pessoal. Pode-se observar que para ser destaque na área de atuação basta o interesse em buscar conhecimento, pois muitas vezes está muito próximo, mais até do que se imagina. A utilização correta do marketing pessoal pode fazer a diferença entre os profissionais, pois a falta de conhecimento das técnicas pode ser fatal para a carreira. Alguns pontos devem ser aperfeiçoados como, por exemplo, a qualidade no serviço e o aproveitamento do primeiro contato. Entender sobre marketing pessoal e saber usufruir das suas ferramentas é fundamental, tanto por parte dos empregados quanto do empregador, visto que a busca deste conhecimento pode ser a chave para o sucesso. De acordo com o estudo é possível identificar o perfil dos propagandistas e os pontos fundamentais do marketing pessoal: 1- Possuir conhecimento sobre o assunto; 2- Saber se vestir e ter postura profissional; 3- Procurar ser ético no trabalho; 4- Saber lidar com subordinados; 5- Ter planejamento de carreira. 6- Possuir conhecimentos sobre os conceitos básicos de marketing. 38 Assim, pode-se concluir que esses profissionais estão caminhando para o sucesso, basta aprimorar as técnicas e saber quando usar, porque usar e onde usar esses conhecimentos. Pontos Positivos Apesar da falta de conhecimento sobre esse tema, muitos profissionais sabem o quanto essa ferramenta é importante no sucesso da carreira e por isso estão empenhados para aprender cada vez mais sobre o assunto. Pontos Negativos Alguns pontos primordiais no marketing pessoal devem ter especial atenção: 1- Atentar para o primeiro contato, pois é crucial para futuros negócios; 2- Manter uma rede de relacionamento com outras áreas da empresa; 3- Atualizar o currículo; 4- Procurar ser mais competitivo. Finalmente, esse trabalho serve para fundamentar que o marketing pessoal, não só em propaganda médica mas em qualquer profissão, vem para agregar valor tanto na carreira profissional como no âmbito pessoal. 39 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BALLBACK, J.; SCATER, J. Marketing pessoal: como orientar sua carreira. 3. ed. São Paulo: Futura, 1999. BIDART, Lúcia de B. Marketing pessoal: você sabe o que é? Rio de Janeiro: Gryphus, 2000. BORDIN FILHO, Sady. Marketing Pessoal: 100 dicas para valorizar a sua imagem. Rio de Janeiro: Record, 2002. COBRA, Marcos. Marketing essencial. São Paulo: Atlas, 1986. ______________,.Marketing Básico. São Paulo: Atlas, 1997. CHURCHILL, Gilbert; PETER, Paul J. 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Marketing Pessoal 19 19 21 21 22 4.1 – Caracterização 22 4.2 – Como Trabalhar o Marketing Pessoal 24 44 4.3 – Principais Técnicas do Marketing Pessoal 25 4.3.1 - Convívio Social Fora do Ambiente de Trabalho 25 4.3.2 – Aparência dos Pertences 26 4.3.3 – Aproveitamento do Primeiro Contato 27 4.3.4 - Habilidade em Lidar com Outras Pessoas 27 4.3.5 - Aparência física e postura 28 4.3.6 – Comportamento 29 4.3.7 – Conduta ética 30 4.3.8 - Projeção do próprio valor financeiro 31 4.3.9 – Autopromoção 31 4.3.10 – Aprimoramento Educacional 32 4.3.11 – Planejamento de Carreira 33 5 – Casos Naturativa Farmácia de Manipulação 35 CONCLUSÃO 37 BIBLIOGRAFIA 39 ÍNDICE 43