UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA Geometria Plana II Prof.: Rogério Dias Dalla Riva Geometria Plana II 1.Área do triângulo 2.Área do paralelogramo 3.Área dos paralelogramos notáveis 4.Área do trapézio 5.Área de um quadrilátero qualquer 6.Área do círculo e suas partes 7.Áreas das figuras semelhantes 1. Área do triângulo Vamos apresentar as formas de calcular a área de um triângulo considerando três possibilidades: (a) Área de um triângulo em função de um lado e da altura relativa a ele; (b) Área do triângulo em função de dois lados e do ângulo compreendido e (c) Área do triângulo em função dos lados (fórmula de Herão). 3 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura A área de um triângulo é dada pela fórmula: BASE × ALTURA 2 Aqui é importante saber que qualquer lado do triângulo pode ser tomado como base, desde que se utilize a altura relativa ao respectivo lado na aplicação da fórmula. 4 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura A área de um triângulo não depende do lado que escolhemos como base. a ⋅ ha b ⋅ hb c ⋅ hc S∆ = = = 2 2 2 5 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura A área de um triângulo não depende do lado que escolhemos como base. a ⋅ ha b ⋅ hb c ⋅ hc S∆ = = = 2 2 2 6 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura A área de um triângulo não depende do lado que escolhemos como base. a ⋅ ha b ⋅ hb c ⋅ hc S∆ = = = 2 2 2 7 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura Esta propriedade é demonstrada com o auxílio da semelhança de triângulos, traçando as alturas ha e hb de um triângulo ABC. 8 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura Nesta figura, vamos destacar os triângulos AHC e BIC. 9 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura AHC e BIC são semelhantes, ⌢Os ⌢triângulos pois H = I = 90o e ∢C é um ângulo comum aos dois triângulos. Assim, BC BI a hb = ⇒ = ⇒ a ⋅ ha = b ⋅ hb AC AH b ha 10 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura Logo, a ⋅ ha b ⋅ hb = 2 2 (1) De forma análoga, demonstra-se que: a ⋅ ha c ⋅ hc = 2 2 (2) E de (1) e (2), conclui-se que: a ⋅ ha b ⋅ hb c ⋅ hc = = 2 2 2 11 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura Exercício 1: Seja ABC um triângulo isósceles em que AB = AC = 13 cm e BC = 10 cm. Calcular: a) a área desse triângulo; b) a altura relativa ao lado AC. 12 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura Resolução: a) Para o cálculo da área, convém utilizar o lado BC como base, já que a altura relativa a ele é também mediana e, por isso, pode ser facilmente calculada pelo teorema de Pitágoras. 13 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura Do triângulo AHC, temos: h 2 + 52 = 132 h 2 = 169 − 25 h 2 = 144 h = 12 cm Então, a área do triângulo é: 10 ⋅ 12 S △= ⇒ S△= 60 cm2 2 14 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura b) Como a área do triângulo é igual a 60 cm2, temos: 13 ⋅ hc 120 = 60 ⇒ hc = cm 2 13 15 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura Exercício 2: Seja P um ponto interno qualquer de um triângulo equilátero. Demonstrar que a soma das distâncias de P aos lados desse triângulo é igual à sua altura. 16 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura Resolução: Observe a figura. P é um ponto interno qualquer do triângulo equilátero ABC. Queremos provar que: x + y + z = h. 17 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura Unindo o ponto P aos vértices do triângulo, este fica decomposto nos triângulos PBC, PAC e PAB. A soma das áreas desses três triângulos é igual à área do triângulo ABC. S∆PBC + S∆PAC + S∆PAB = S∆ABC l ⋅ x l ⋅y l ⋅Z l ⋅h + + = 2 2 2 2 l l ( x + y + z) = ⋅ h 2 2 x+y +z=h 18 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura Exercício 3: Calcule a área do triângulo ABC da figura abaixo. 19 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura Exercício 4: Calcule a área de um triângulo equilátero de lado l. 20 1.1. Área do triângulo em função de um lado e da altura Exercício 5: Calcule x, sabendo que BC = 10 e AC = 8. 21 1.2. Área do triângulo em função de dois lados e do ângulo Considere um triângulo ABC qualquer e uma de suas alturas. Por exemplo, a altura AH. No triângulo retângulo ABH, temos: ⌢ h ⌢ sen B = ⇒ h = c ⋅ sen B c 22 1.2. Área do triângulo em função de dois lados e do ângulo ⌢ Substituindo h por c ⋅ sen B na fórmula da área do triângulo ABC, obtemos S∆ABC a⋅h = ⇒ S∆ABC 2 ⌢ a ⋅ c ⋅ sen B = 2 23 1.2. Área do triângulo em função de dois lados e do ângulo Note que a última igualdade dá a área do triângulo ABC em função dos lados a e c e do ângulo B, compreendido entre esses dois lados. De modo análogo, demonstra-se que essa fórmula se aplica a quaisquer dois lados do triângulo. ⌢ ⌢ ⌢ b ⋅ c ⋅ sen A a ⋅ c ⋅ sen B a ⋅ b ⋅ sen C S∆ = = = 2 2 2 24 1.2. Área do triângulo em função de dois lados e do ângulo Exercício 6: Calcular a área do triângulo da figura abaixo. 25 1.2. Área do triângulo em função de dois lados e do ângulo Resolução: 8 ⋅ 10 ⋅ sen 45o 2 S△ = = 40 ⋅ = 20 2 cm2 2 2 26 1.2. Área do triângulo em função de dois lados e do ângulo Exercício 7: Na figura abaixo, ABC é um triângulo equilátero de lado l = 6. Calcular a área do quadrilátero AMNC, sabendo que AM = 2 e BN = 3. 27 1.2. Área do triângulo em função de dois lados e do ângulo Resolução: Inicialmente observe que BM = 4 e que o ângulo B é igual a 60o, pois o triângulo ABC é equilátero. Por outro lado, note que a área S, do quadrilátero AMNC, é igual à diferença das áreas dos triângulos ABC e BMN. 28 1.2. Área do triângulo em função de dois lados e do ângulo S = S∆ABC − S∆BMN 6 ⋅ 6 ⋅ sen 60o 4 ⋅ 3 ⋅ sen 60o S= − 2 2 3 3 S = 18 ⋅ −6⋅ 2 2 S =9 3 −3 3 S=6 3 29 1.2. Área do triângulo em função de dois lados e do ângulo Exercício 8: Na figura abaixo, ABC é um triângulo equilátero de lado l = 4a e AK = BL = CM = a. Calcule a área do triângulo KLM em função de a. 30 1.2. Área do triângulo em função de dois lados e do ângulo Exercício 9: Na figura abaixo, sabe-se que DE // BC , ⌢ AD = 4, DB = 2, AE = 6 e A = 45o. Calcule a área do trapézio BDEC. 31 1.2. Área do triângulo em função de dois lados e do ângulo Exercício 10: Na figura seguinte, os triângulos ABC e ECD são equiláteros. Se AB = 6 cm e ED = 4 cm, calcule a área do quadrilátero ABDE. 32 1.3. Área do função dos lados triângulo em Seja ABC um triângulo qualquer e AH a altura relativa ao vértice A. 33 1.3. Área do função dos lados triângulo em Pelo teorema de Pitágoras, nos triângulos AHB e AHC, temos: c 2 = h2 + m2 (1) b 2 = h 2 + (a − m )2 b 2 = h 2 + a 2 − 2am + m 2 (2) 34 1.3. Área do função dos lados triângulo em Subtraindo membro a membro a igualdade (1) da igualdade (2), vem: b 2 − c 2 = a 2 − 2am E isolando m nesta última igualdade, teremos: a2 − b2 + c 2 m= 2a (3) 35 1.3. Área do função dos lados triângulo em Agora, vamos substituir em (1) o valor de m encontrado em (3). a −b +c c 2 = h2 + 2 a 2 c =h 2 2 ( + 2 2 a2 − b2 + c 2 ) 2 2 4a 2 ( ) = 4a c − ( a − b + c ) = ( 2ac ) − ( a − b + c ) 2 4a 2c 2 = 4a 2h 2 + a 2 − b 2 + c 2 4a 2h 2 2 4a h 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 36 1.3. Área do função dos lados triângulo em Fatorando a diferença de quadrados do segundo membro da última igualdade, temos: 4a 2 h 2 = (2ac + a 2 − b 2 + c 2 ) ⋅ (2ac − a 2 + b 2 − c 2 ) 4a 2 h 2 = (a 2 + 2ac + c 2 − b 2 ) ⋅ (b 2 − a 2 + 2ac − c 2 ) 4a 2 h 2 = ((a 2 + 2ac + c 2 ) − b 2 ) ⋅ (b 2 − (a 2 − 2ac + c 2 )) 4a 2 h 2 = [(a + c )2 − b 2 )] ⋅ [(b 2 − (a − c )2 ] 37 1.3. Área do função dos lados triângulo em Agora, vamos fatorar as diferenças de quadrados que estão entre o colchetes. 4a 2 h 2 = (a + c + b ) ⋅ (a + c − b ) ⋅ (b + a − c ) ⋅ ( b − a + c ) 4a 2 h 2 = (a + b + c ) ⋅ (b + c − a ) ⋅ (a + c − b ) ⋅ (a + b − c ) (4) Fazendo a + b + c = 2p, podemos representar os demais fatores do 2o membro de (4) como segue: b + c − a = a + b + c − 2a = 2 p − 2a = 2( p − a ) 2p a + c − b = a + b + c − 2b = 2 p − 2b = 2( p − b ) 2p a + b − c = a + b + c − 2c = 2 p − 2c = 2( p − c ) 2p 38 1.3. Área do função dos lados triângulo em Então, podemos escrever a igualdade (4) da segunda maneira: 4a 2h 2 = 2 p ⋅ 2( p − a ) ⋅ 2( p − b ) ⋅ 2( p − c ) 4a 2h 2 = 16 p( p − a )( p − b )( p − c ) a 2 h 2 = 4 p( p − a )( p − b )( p − c ) Logo, ah = 2 p( p − a )( p − b )( p − c ) Ou ainda, ah = p( p − a )( p − b )( p − c ) 2 39 1.3. Área do função dos lados triângulo em Como ah/2 é a área do triângulo ABC, concluímos que: A área de um triângulo de lados a, b e c é dada pela fórmula: S∆ = p( p − a )( p − b )( p − c ) 40 1.3. Área do função dos lados triângulo em onde p é o semiperímetro do triângulo. Isto é, a+b+c p= 2 Com esta fórmula, denominada fórmula de Herão, podemos calcular a área de qualquer triângulo do qual conhecemos os lados. 41 1.3. Área do função dos lados triângulo em Exercício 11: Calcule a área de um triângulo de lados a = 5 cm, b = 6 cm e c = 7 cm. 42 1.3. Área do função dos lados triângulo em Resolução: Inicialmente, temos: 5+6+7 a+b+c p= ⇒p= ⇒p=9 2 2 Então, S△ = p ⋅ ( p − a ) ⋅ ( p − b ) ⋅ ( p − c ) S△ = 9 ⋅ (9 − 5) ⋅ (9 − 6) ⋅ (9 − 7) S△ = 9 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 S△ = 6 6 cm2 43 1.3. Área do função dos lados triângulo em Exercício 12: Na figura, o ponto P é equidistante dos lados do triângulo. Calcule a distância de P a cada um dos lados. 44 1.4. Cálculo do raio circunferência inscrita da Seja I o incentro de um triângulo ABC qualquer. Unindo-se o ponto I aos três vértices do triângulo, este fica decomposto nos triângulos BIC, AIC e AIB. 45 1.4. Cálculo do raio circunferência inscrita da S∆ = S∆BIC + S∆AIC + S∆AIB ar br cr S∆ = + + 2 2 2 (a + b + c ) S∆ = ⋅ r ⇒ S∆ = pr 2 46 1.5. Cálculo do raio circunferência circunscrita da Da lei dos senos, temos: ⌢ a a ⌢ = 2R ⇒ sen A = 2R sen A 47 1.5. Cálculo do raio circunferência circunscrita da Por outro lado, sabemos que a área do triângulo ABC é dada por ⌢ bc sen A S∆ = 2 48 1.5. Cálculo do raio circunferência circunscrita da ⌢ Substituindo sen A por a/2R nesta fórmula, obtemos a bc abc 2 R S∆ = ⇒ S∆ = 2 4R 49 1.5. Cálculo do raio circunferência circunscrita da Exercício 13: Calcular os raios das circunferências inscrita e circunscrita num triângulo de lados a = 5 cm, b = 6 cm e c = 7 cm. 50 1.5. Cálculo do raio circunferência circunscrita da Resolução: Calculando a área do triângulo pela fórmula de Herão, obtemos: S△ = 6 6 cm2 Então, S△ = p ⋅ r 6 6 = 9r 2 6 cm r= 3 51 1.5. Cálculo do raio circunferência circunscrita da Por outro lado, abc S△ = 4R 5⋅ 6 ⋅7 6 6= 4R 4 6 ⋅ R = 35 R= 35 4 6 ⋅ 6 6 35 6 cm R= 24 52 2. Área do paralelogramo A área de um paralelogramo qualquer é dada pela fórmula: BASE X ALTURA 53 2. Área do paralelogramo Do mesmo modo que ocorre com o triângulo, também no paralelogramo qualquer lado pode ser tomado como base. A altura será a distância desse lado ao lado oposto. Sp = a ⋅ h = b ⋅ h ' 54 3. Área dos paralelogramos notáveis Os paralelogramos notáveis são o retângulo, o losango e o quadrado. Suas áreas também são dadas pela fórmula base x altura. Retângulo Losango Quadrado SR = a ⋅ b SL = l ⋅ h SQ = a ⋅ a = a 2 55 3. Área dos paralelogramos notáveis Porém, como as diagonais do losango são perpendiculares, é possível expressar sua área em função de suas diagonais. Pelos vértices de um losango traçamos as retas paralelas às diagonais, obtendo um retângulo de lados congruentes a essas diagonais. 56 3. Área dos paralelogramos notáveis Os lados e as diagonais do losango decompõem o retângulo em 8 triângulos retângulos congruentes, dos quais 4 formam o losango. Então, a área do losango é a metade da área do retângulo. Isto é, é o semiproduto das diagonais. SR D ⋅d SL = ⇒ SL = 2 2 57 3. Área dos paralelogramos notáveis Exercício 14: Na figura abaixo, ABCD é um paralelogramo. Se a área do triângulo ABM é igual a 10 cm2, qual é a área do paralelogramo? 58 3. Área dos paralelogramos notáveis Exercício 15: Calcule a área do quadrado MNPQ em função de a. 59 3. Área dos paralelogramos notáveis Exercício 16: M e N são os pontos médios dos lados AB e BC de um quadrado ABCD. Se MN = 5, calcule a área do quadrado. 60 3. Área dos paralelogramos notáveis Exercício 17: O perímetro de um losango é igual a 40 cm e sua diagonal maior é D = 16 cm. Calcule a área desse losango. 61 3. Área dos paralelogramos notáveis Exercício 18: Um retângulo de área igual a 540 cm2 está inscrito num círculo e tem seus lados proporcionais a 5 e 12. a) Calcule as medidas dos lados do retângulo. B) Calcule o raio do círculo. 62 3. Área dos paralelogramos notáveis Exercício 19: Na figura abaixo, ABCD é um retângulo, MN // AB , KL // BC , LDMO é um quadrado e as áreas dos retângulos OLCN e OKAM são iguais a 15 e 6, respectivamente. Se x + y = 7, calcule a área do retângulo OKBN. 63 4. Área do trapézio A área de um trapézio qualquer é dada pela fórmula: (BASE MAIOR + BASE MENOR ) × ALTURA 2 64 4. Área do trapézio Essa fórmula pode ser facilmente obtida decompondo o trapézio em dois triângulos por meio de uma de suas diagonais. ST = S∆ABD + S∆BCD ah bh (a + b ) ⋅ h ST = + ⇒ ST = 2 2 2 65 5. Área de um quadrilátero qualquer SQ = S1 + S2 SQ = S1 + S2 + S3 + S4 A área de um quadrilátero qualquer geralmente é calculada decompondo-o em triângulos, por meio de suas diagonais. 66 5. Área de um quadrilátero qualquer Exercício 20: Num trapézio de altura h = 5 cm a base média mede 6 cm. Calcule a área desse trapézio. 67 5. Área de um quadrilátero qualquer Exercício 21: Na figura abaixo, M e N são os pontos médios dos lados AD e BC do trapézio ABCD. Calcule a área desse trapézio, sabendo que a área do trapézio MABN é igual a 18. 68 5. Área de um quadrilátero qualquer Exercício 22: Se BE // CD , calcule a área do trapézio BCDE. 69 5. Área de um quadrilátero qualquer Exercício 23: Na figura, AB = AC = BC = 10 e CD = 6. Calcule a área do quadrilátero ABCD. 70 5. Área de um quadrilátero qualquer Exercício 24: A figura seguinte mostra a planta de um terreno. Para calcular a sua área o proprietário dispõe das seguintes medidas. a = 22 m b = 24 m c = 18 m α = 30o β = 45o 71 6. Área de um círculo e de suas partes A área de um círculo de raio r é dada pela fórmula SC = π r 2 72 6. Área de um círculo e de suas partes Pi (π) é o número irracional que representa a razão entre o comprimento de uma circunferência e seu diâmetro. Assim sendo, sendo C o comprimento de uma circunferência de diâmetro d, então: C d =π 73 6. Área de um círculo e de suas partes Ou, ainda, C = d ⋅π E como d = 2r, temos: C = 2r ⋅ π ⇒ C = 2π r 74 6.1. Área da coroa circular Considere dois círculos concêntricos, isto é, de mesmo centro, de raios R e r, R > r. Chama-se coroa circular o conjunto de todos os pontos que pertencem ao círculo maior e que não estão no interior do círculo menor. 75 6.1. Área da coroa circular A área da coroa circular é: Scoroa = π R 2 − π r 2 Scoroa = π (R − r ) 2 2 76 6.1. Área da coroa circular Exercício 25: Calcule a área do círculo inscrito num triângulo de lados 5 cm, 6 cm e 7 cm. 77 6.1. Área da coroa circular Exercício 26: Calcule a área da coroa circular limitada pelas circunferências inscrita e circunscrita num mesmo quadrado de lado l = 4 cm. 78 6.1. Área da coroa circular Exercício 27: Qual é a razão entre as áreas dos círculos inscrito e circunscrito num mesmo triângulo equilátero? Ver slides 66 e 67. Aula: Geometria Plana I 79 6.2. Área do setor circular Chama-se setor circular a intersecção de um círculo qualquer com um ângulo também qualquer que tenha seu vértice no centro do círculo. O setor circular é uma fração do círculo. Desse modo, para calcular a área de um setor circular basta descobrir qual é a fração que ele representa do círculo. 80 6.2. Área do setor circular Suponha, então, que seja conhecida a medida α, em graus, do ângulo que define o setor. Nesse caso, perceba que a fração que ele representa do círculo é: α 360 o 81 6.2. Área do setor circular isto é, estão sendo tomadas α partes de um total de 360. Assim, como a área do círculo é igual a πr2, a área desse setor será: Ssetor = α 360 o ⋅πr 2 82 6.2. Área do setor circular Se a medida α do ângulo do setor estiver expressa em radianos, basta, na fórmula da área, substituir 360o por 2π. Isto é, para α em radianos Ssetor 2 α α r = ⋅ π r 2 ⇒ Ssetor = 2π 2 83 6.3. Área do segmento circular Chama-se segmento circular qualquer uma das partes em que um círculo fica dividido por uma corda qualquer. A área de um segmento circular é calculada a partir das áreas de um setor circular e de um triângulo, segundo dois casos possíveis. 84 6.3. Área do segmento circular 1o Caso: O segmento circular não contém o centro do círculo. Sseg = Ssetor − S∆AOB 85 6.3. Área do segmento circular 2o Caso: O segmento circular contém o centro do círculo. Sseg = Ssetor + S∆AOB 86 6.3. Área do segmento circular Exercício 28: Na figura abaixo, ABC é um triângulo equilátero de lado l = 2. Os arcos de circunferência têm centros em A e B e ambos têm raio r = 1. Calcular a área da região indicada. 87 6.3. Área do segmento circular Resolução: Como o triângulo é equilátero, cada um de seus ângulos mede 60o. Assim, a área S procurada é igual à área do triângulo subtraída das áreas de dois setores circulares de 60o. S = S∆ABC − 2 ⋅ SSETOR 2 ⋅ 2 ⋅ sen 60o 60o 2 S= − 2. . π .1 2 360o S= 2⋅ 3 1 − 2 ⋅ ⋅π 2 6 S= 3− π 3 88 6.3. Área do segmento circular Exercício 29: ABCD é um quadrado de lado 2a. Os arcos de circunferência têm centros em A e C. Calcular a área da região indicada. 89 6.3. Área do segmento circular Resolução: A área procurada é o dobro da área S do segmento circular da figura abaixo. Por sua vez, a área desse segmento circular é igual à diferença entre as áreas do setor circular de 90o e do triângulo BCD. S = SSETOR − S∆BCD 90o 2a ⋅ 2a 2 S= ⋅ π ⋅ (2a ) − o 2 360 1 S = ⋅ π ⋅ 4a 2 − 2a 2 4 S = π a2 − 2a 2 S = a 2 (π − 2) 2S = 2a 2 (π − 2) 90 6.3. Área do segmento circular Exercício 30: Na figura abaixo, ABC é um triângulo equilátero de lado l = 4. As semicircunferências têm centros nos pontos médios dos lados, são tangentes duas a duas e têm raios iguais. Calcule a área da região indicada. 91 6.3. Área do segmento circular Exercício 31: As três circunferências da figura têm o mesmo raio r e são tangentes duas a duas. Calcule a área da região indicada. 92 7. Áreas das figuras semelhantes Se dois triângulos são semelhantes e a razão de semelhança entre eles é igual a k, então a razão entre suas áreas é igual a k2. 93 7. Áreas das figuras semelhantes ' Se ∆ABC ∼ ∆A'B 'C ' com a b c h = ' = ' = ' =… = k ' a b c h então S∆ABC 2 =k S∆A'B'C' 94 7. Áreas das figuras semelhantes ' Por hipótese, temos: Então, S∆ABC S∆A'B'C ' a =k ' a e h =k ' h ah S ah a h = 2' ' = ' ' = ' ⋅ ' = k ⋅ k ⇒ ∆ABC = k 2 ah ah a h S∆A'B'C ' 2 95 7. Áreas das figuras semelhantes ' Assim, se S e S’ são as áreas de dois triângulos semelhantes, sendo k a razão de semelhança, temos: S 2 2 ' = k ⇒ S = k ⋅ S S' 96 7. Áreas das figuras semelhantes Considere, agora, dois polígonos semelhantes P e P’ quaisquer, e seja k a razão de semelhança entre eles. Vamos provar que a razão entre as áreas de P e P’ é igual a k2. Para tanto, observe que os polígonos podem ser decompostos em pares de triângulos semelhantes. 97 7. Áreas das figuras semelhantes ( ABCD … ∼ A'B 'C 'D ' …) ⇒ ∆1 ∼ ∆1' , ∆ 2 ∼ ∆ 2 ' ,… É de imediata verificação que a razão de semelhança entre cada um desses pares de triângulos semelhantes é igual a k. Representando suas áreas por S1, S2, S3, … e S1’, S2’, S3’ …, 98 teremos: 7. Áreas das figuras semelhantes S1 = k 2 ⋅ S1' S2 = k 2 ⋅ S2 ' S3 = k 2 ⋅ S3 ' ⋮ Somando essas membro, obtemos: ⋮ igualdades membro a 99 7. Áreas das figuras semelhantes S1 + S2 + S3 + … = k 2 (S1' + S2 ' + S3 ' + …) Logo, S1 + S2 + S3 + … = k2 S1' + S2 ' + S3 ' + … 100 7. Áreas das figuras semelhantes A última igualdade mostra que a razão entre as áreas dos polígonos é igual a k2. 101 7. Áreas das figuras semelhantes Exercício 32: Os quadriláteros da figura abaixo são semelhantes. Calcular os lados do quadrilátero maior, sabendo que sua área é o dobro da área do menor. 102 7. Áreas das figuras semelhantes Resolução: Seja S a área do quadrilátero menor. Então, a área do quadrilátero maior é igual a 2S e como a razão entre suas áreas é k2, temos: k2 = x = 3 y = 4 u = 7 v = 6 2S ⇒ k2 = 2 ⇒ k = 2 S 2 ⇒x =3 2 2⇒y =4 2 2 ⇒u =7 2 2 ⇒v =6 2 103 7. Áreas das figuras semelhantes Exercício 33: Na figura abaixo DE // BC . Calcular x em função de h, sabendo que a área do trapézio BDEC é o dobro da área do triângulo ADE. 104 7. Áreas das figuras semelhantes Exercício 33: Como DE // BC , sabemos que os triângulos ADE e ABC são semelhantes. Seja k a razão de semelhança entre eles. Se a área do triângulo ADE é S, a área do trapézio BDEC é igual a 2S e a área do triângulo ABC é 2S + S = 3S. Logo, S∆ADE S 2 =k = S∆ABC 3S 1 3 k = ⇒k = 3 3 Assim, 2 3 x h 3 = ⇒x= h 3 3 105 7. Áreas das figuras semelhantes Exercício 34: Os triângulos ABC e DEF da figura são semelhantes. a) Calcule a razão de semelhança e a razão entre as áreas desses dois triângulos. b) Se a área do triângulo ABC é igual a S, qual é a área do triângulo DEF? 106 7. Áreas das figuras semelhantes Exercício 35: Na figura DE // BC . Calcule x em função de h, sabendo que o triângulo ADE e o trapézio BDEC são equivalentes. 107