AÇÃO DO ÁCIDO ASCÓRBICO NA CONSERVAÇÃO DE BANANAS MINIMAMENTE PROCESSADAS 1 1 2 Edna Santana Sena , Jadson dos Reis Anunciação , Carlos Alan Couto dos Santos , Cristiane 3 4 1 Oliveira Costa , Fabio da Silva do Nascimento , Jaciara Soares Conceição 1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Governador Mangabeira- BA, discente do Curso Téc. em Alimentos. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]. 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Governador Mangabeira -BA, docente do Curso Téc. em Alimentos. E-mail: [email protected]; 3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Governador Mangabeira, nutricionista. E-mail: [email protected]; 4 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia -Campus Cruz das Almas – BA, docente do curso de Engenharia Agronômica. E-mail: [email protected] Palavras-Chave: Musa spp, pós-colheita, escurecimento enzimático. INTRODUÇÃO: Segundo Melo et al. (2009), durante o corte dos tecidos, ocorre a descompartimentalização celular, o que favorecem a atividade de enzimas que causam o escurecimento e o amaciamento dos tecidos. Desta forma, processos metabólicos são desencadeados promovendo o aumento da atividade respiratória, levando a degradação das reservas presentes nos vegetais climatéricos, como é observado em bananas. Segundo Wiley (1994), o ácido ascórbico é reconhecido por sua ação redutora e contribuição nutricional, pois o ácido ascórbico e seus vários sais neutros são os principais antioxidantes para o uso em frutas e hortaliças e seus sucos. Portanto, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito do ácido ascórbico na conservação pós-colheita de bananas minimamente processadas. MATERIAL E MÉTODOS: Pencas de bananas da prata (Musa spp.), foram lavadas em solução de água e sabão neutro, em seguida sanificadas em água fria contendo solução de hipoclorito de sódio diluído em água na -1 quantidade de 5 mL durante 15 minutos. Em seguida, os pseudofrutos foram despencados e fatiados manualmente com auxilio de facas afiada, em rodelas com espessura de aproximadamente 1 cm. As rodelas -1 foram imersas nos seguintes tratamentos: T1= 0 mg L -1 -1 (controle), T2= 50 mg L ; T3= 100 mg L ; T4= 200 mg L 1 -1 ; T5= 500 mg de ácido ascórbico L . As fatias foram acondicionadas em embalagens rígidas de isopor revestidas com filme PVC 30 μm, pesadas e registrada a massa inicial de cada tratamento. Em seguida foram armazenados durante 4 dias a temperatura ambiente (+/25 ºC). Para a variável perda de massa, foram realizadas pesagens a partir do 2º dia, até o fim do experimento (4º dia). Para o estudo do aspecto visual, uma avaliação foi realizada ao final do experimento, onde observou-se a alteração da coloração dos pseudofrutos. Para a variáveis relacionadas a perda de massa, foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e três repetições. Os dados foram submetidos a análise de variância e para as médias dos tratamentos foram ajustadas equações de regressão polinomial. Utilizou-se o programa estatístico SISVAR. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com a análise de variância, as variáveis analisadas: perda de massa no segundo dia (pm2) e perda de massa no terceiro dia (pm3) não apresentaram diferenças significativas (p>0,05) em função dos tratamentos. Portanto, verificouse que para a variável perda de massa no quarto dia (pm4), ocorreu diferença significativa entre os tratamentos. Verificou-se uma tendência decrescente para a variável pm4 , até o ponto de mínimo estimado de -1 231 mg L de ácido ascóbico. Nesta concentração, observou-se uma redução na perda de massa de 7,10 g, ou seja, um desempenho melhor quando comparado ao grupo controle que apresentou uma perda de 8,68 g. Isso significa uma perda de massa de 4,3% (Figura 01). Figura 01 - Curva de regressão polinomial para a variável perda de massa no quarto dia (pm4) em pseudofrutos de banana em função de diferentes concentrações de ácido ascórbico. A perda de massa foi minimizada devido a atividade bioquímica do ácido ascórbico, atuando como agente antioxidante, sugerindo a diminuição das atividades metabólicas que aceleram a degradação das reservas do pseudofrutos, além de preservar a cor e a textura. Para o aspecto visual dos pseudofrutos, observou-se a manutenção da coloração inicial na concentração 50 mg -1 L de ácido ascórbico. -1 CONCLUSÃO: Concentração de 231 mg L de ácido ascórbico é eficiente na preservação da massa de pseudofrutos de bananas minimamente processadas. No -1 entanto, a concentração de 50 mg L de ácido ascórbico preservou melhor a aparência dos pseudofrutos. AGRADECIMENTOS: Ao IFBaiano Campus Governador Mangabeira pelo apoio . REFERÊNCIAS: MELO, A. A. M; VILAS BOAS, E. V. B. and JUSTO, C. F. Uso de aditivos químicos para a conservação póscolheita de banana 'Maçã' minimamente processada. Revista Ciência e Agrotecnologia, Lavras. v.33, n.1, p. 228-236, 2009. WILEY, R.C. Minimally processed refrigerated fruits and vegetables, London, Chapman e Hall,1994. 357 p.