A Química na Educação de Jovens e Adultos do CEFET

XIV Encontro Nacional de Ensino de Química (XIV ENEQ)
CA
A Química na Educação de Jovens e Adultos do CEFET-ES: Um
Currículo que Faça Sentido para o Estudante
Breno Lima Rodriguez1 (PG)*, Fernanda Ribeiro Pinto Rodriguez (PG) 2
[email protected]
1- Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (CEFET-ES), Av. Vitória, 1729, Vitória, ES.
2-Centro Federal de Educação Tecnológica Do Espírito Santo Unidade Colatina, Av. Arino Gomes Leal, 1700,,
Colatina, ES
Palavras Chave: Currículo, Educação de Jovens e Adultos..
Introdução
Objetivo deste trabalho foi analisar o currículo de
Química do PROEJA, atentando para as implicações
desse na proposta pedagógica dos cursos oferecidos
pelo CEFET-ES, considerando as propostas para a
educação de jovens e adultos que vêm sendo
construídas por estudiosos como FREIRE (1996 e
2005), OLIVEIRA (2003 e 2004) e atravessada por
uma visão de ciência que tem sido discutida
atualmente, a do paradigma pós-moderno SANTOS
(2004), associando o processo produtivo, o meio
ambiente e a miríade de situações em que os
estudantes se encontram presentes, vinculando o
ensino à realidade em que se encontram inseridos,
visando um rompimento com o modelo tradic ional
em que o conhecimento é dissociado de significado
real para o estudante e o senso comum não possui
espaço na sala de aula. Então, procuramos investigar
se o currículo da disciplina Química do PROEJA do
CEFET-ES contribui para a formação científica do
aluno, na tentativa de transformar a própria ciência
num novo senso comum.
Metodologia
Partimos da hipótese que o currículo proposto
atualmente seria incompatível no que tange ao
componente curricular Química e a EJA, e que não
apresentava clareza quanto às concepções filosóficas
e psicológicas que fundamentam o currículo. Assim,
as discussões trazidas por LOPES (1999; 2007)
sobre currículo e ensino de Química e as sobre a
produção de conhecimento e do currículo com/no
cotidiano por FERRAÇO (2005) trazem as bases em
que se pauta o desenvolvimento da proposta em sua
vertente epistemológica, muitas vezes negligenciada
ao se construir um currículo de Química.
Realizamos
a
análise
do
currículo
do
PROEJA/EMJAT e do documento base do PROEJA
do governo federal, a partir da perspectiva de
currículo emancipatório (OLIVEIRA, 2003).
Resultados e Discussão
Não havia um currículo de Química para os cursos
pesquisados, o que encontramos foi um ementário
que se constituía de uma mera transposição
UFPR – 21 a 24 de julho de 2008
didática dos conteúdos de 1º e 3º anos do ensino
médio, sequer contemplando a físico-química, o que
em nosso ponto de vista se constitui em uma visão
assistencialista aos estudantes, uma vez que sua
defasagem pela permanência inconstante no
ambiente escolar os faz menos aptos para lidar com
conteúdos onde a linguagem matemática é
importante. Relegando a tais sujeitos um papel de
estudantes de segunda categoria, lugar onde nos
rejeitamos a colocar nossos alunos.
Conclusões
Acreditamos que a opção que contempla a proposta
da educação de jovens e adultos e a formação
técnica seja a implementação de um currículo com
base no programa CTS (Ciência – Tecnologia –
Sociedade) como apresentado por SCHNETZLER
(2003).
Realizamos
a
análise
do
currículo
do
PROEJA/EMJAT e do documento base do PROEJA
do governo federal, a partir da perspectiva de
currículo emancipatório (OLIVEIRA, 2003).
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FERRAÇO, C. E. (Org.). Cotidiano escolar, formação de
professores (as) e currículo. São Paulo: Cortez, 2005 – (Série
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Terra, 2005.
LOPES, A. C. Currículo e Epistemologia. Ijuí, RS: Edunijuí,
2007.
LOPES, A.R.C. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano –
Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999.
OLIVEIRA, I. B. de. Pensando o currículo na educação de jovens
e adultos. In: OLIVEIRA, I. B. de; PAIVA, J. (Orgs) - Educação
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SCHNETZLER, R. P.; et al. Educação em
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química: