IV ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA FAMINAS-BH IV ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FAMINAS-BH “A Prática da Ciência e o Exercício da Cidadania” Belo Horizonte – MG, 22 e 23 de outubro de 2015 1 IV ENCONTRO INTERNACIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA FAMINAS-BH IV ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FAMINAS-BH ENIC FAMINAS-BH 2015 “A Prática da Ciência e o Exercício da Cidadania” (Publicado como Separata da Revista Eletrônica Parlatorium – ISSN 1983-7437) FAMINAS-BH Bel. Lael Vieira Varella Filho – Diretor Presidente Bel. Esp. Luciano Ferreira Varella – Diretor Administrativo e Financeiro Bel. Luisa Ribeiro Varella – Diretora Executiva Geraldo Lúcio do Carmo – Gerente Administrativo e Financeiro Bel. Esp. Luciano Ferreira Varella – Diretor Geral Prof. Ms. Everton Ricardo Reis – Diretor de Ensino Prof. Drª. Ivana de Cássia Raimundo – Diretora Acadêmica Bel. Esp. Andrea Fernandes Lameirinhas – Secretária Acadêmica COMISSÃO ORGANIZADORA Profa. Dra. Ivana de Cássia Diretora Acadêmica Profa. Ms. Sônia Maria Nunes Viana Coordenadora de Extensão e Pós-Graduação Josyanne Cristina Silva Honório Assistente Administrativo – Extensão Prof. Ms. André de Abreu Costa Coordenador de Pesquisa Profa. Dra. Patrícia Alves Maia Guidine Coordenadora de Pesquisa Profa. Ms. Tatiana Domingues Pereira – Coordenadora do Curso de Administração Profa. Ms. Gustavo Oliveira Gonçalves – Coordenadora do Curso de Biomedicina Profa. Ms Rosália Gonçalves Costa Santos – Coordenadora do Curso de Ciências Contábeis Prof. Ms. Vinicius de Araújo Ayala – Coordenador do Curso de Direito Profa. Ms. Renata Lacerda Prata Rocha – Coordenadora do Curso de Enfermagem Profa. Dr. Nancy Scárdua Binda – Coordenadora do Curso de Farmácia Profa. Ms. Vanessa Patrocínio de Oliveira – Coordenadora do Curso de Nutrição Profa. Dra. Alessandra Duarte Clarizia – Coordenador de Ensino do Curso de Medicina Profa. Bel. Rubia Mara Pimenta de Carvalho – Coordenadora do Curso de Pedagogia Profa. Esp. Liliane Maria de Fátima Ribeiro – Coordenadora do Curso de Serviço Social Prof. Ms. Fabio Neves, de Miranda – Coordenador do Curso de Sistemas de Informação Profa. Ms. Sandra Minardi Mitre – Coordenadora do Curso de Terapia Ocupacional 2 COMISSÃO CIENTÍFICA Adirson Monteiro de Castro Adriana Marcia Silveira Adriana Nascimento de Sousa Aldair Fernandes da Silva Aline Bruna Martins Vaz Amilton Campos Ana Cecília de Godoy Gomes Ana Cristina Nogueira Borges André de Abreu Costa André Mauricio Borges de Carvalho Angélica Monica Andrade Aniely Coneglian Santos Antonio Marcos Souza Argos Soares de Mattos Filho Ariane Rocha Abergaria Arno Nunes Ribeiro Beatriz Martins Borelli Camila França Campos Cassia Aparecida de Oliveira Celeste Magna Araujo Dantas Celio José de Castro Júnior Cintia Moreira Gonã Alves Claudia Lopes Penaforte Claudia Maria Correia Borges Rech Claudia Ribeiro Claudia Starling Bosco Claudia Toscano Fonseca Claudia Vasques Chique Gatto Claudio Henrique Ribeiro da Silva Claudiney Luis Ferreira Cristian Kiefer Da Silva Dalton Dittz Junior Daniela Camargo Costa Danilo Ferraz Cordova Débora Cerqueira Calderaro Dhionne Correia Gomes Edson Moura da Silva Eduardo Simoes Neto Enilmar da Cunha de Carvalho Evandro Bernardes de Oliveira Evaristo Nunes de Magalhães Eveline de Oliveira Silva Fabio Neves de Miranda Fabricio Veiga Costa Felipe A. Silva Pires Fernanda Batista Fernando Gonçalves Coelho Júnior Fernando Ribeiro Andrade Flávia Helena Millard Rosa da Silva Flávio Marcos Gomes de Araújo Francielda Queiroz Oliveira Frederico Oliveira Freitas Geraldo Francisco de Oliveira Gleison Assis Reis Gleisy Kelly Neves Goncalves Gleudson Silva de Aquino Grazielle Dias Guilherme de Almeida Santos Gustavo Guerra Jacob Gustavo Oliveira Gonçalves Heber Augusto Lara Cunha Hercilia Naiara Ferreira de Souza Hilton Soares de Oliveira Hyllo Baeta Marcelo Júnior Hudson de Oliveira Cambraia Humberto Ferreira Ianni Inês Chamel José Izabel Cristina da Silva Reis Izabela Ferreira Gontijo de Amorim Janaina Matos Moreira Jean Pierre Machado Santiago Jonas Thadeu de Almeida Sousa Jordana Grazziela Alves Coelho dos Reis Jose Gilberto de Brito Henriques José Helvécio Kalil de Souza Juliana Costa Liboredo Juliana das Gracas Gonçaves Gualberto Karine Silvestre Ferreira Laerte Mateus Rodrigues Leandro Hollerbach Ferreirra Leonardo Augusto Silva Machado Leonardo de Carvalho Starling Leticia Fernanda Cota Freitas Lilian Sipoli Carneiro Canete Liliane Maria de FATIMA Ribeiro lucas do Carmo Vitor Lucas Lopardi Luci Aparecida Nicolau Lucia de Fatima Pais de Amorim Lucia Helena de Angelis Luciana de Paula Lima Gazzola Luciana Rocha Brandao Luciene Rodrigues Kattah Luiz Carlos Panisset Travassos Maísa Goncalves de Carvalho Marcelo de Brito Brandao Marcelo Jose de Oliveira Maia Marcia Faria Moraes Silva 3 Maria Gabriela Reis Carvalho Melina Rezende Dias Miguel Mendes Filho Milton dos Santos Silva Monica Paiva Schettini Nancy Scardua Binda Nelson Ribeiro de Carvalho Júnio Nibia Mariana Eleuterio Orlando Aragão Neto Patricia Alves Maia Patricia de Moura Rocha Paulo César Fonseca Furtado Rafael Augusto de Morais A. Santos Rafael Silva Guilherme Rafael Teixeira de Mattos Raphael Moreira Maia Renata Esteves Furbino Renato Sathler Avelar Ricardo Lucio de Assis Ricardo Luiz de Souza Ricardo Luiz Fontes Rodrigo Ferretjans Alves Rogerio Monteiro Barbosa Rogerio Saint´Clair Pimental Mafra Rosália Gonã Alves Costa Santos Rosana Costa do Amaral Rosane Vieira de Castro Rosemary Cipriano da Silva Rosemary Torres de Oliveira Rosilaine dos Santos Carvalhais Rubia Mara Pimenta de Carvalho Sabrina Alves Zamboni Salvina Maria de Campos Sandra Maria Ferreira Moizes Sandra Minardi Mitre Shigeru Ricardo Sekiya Shirlei Barbosa Dias Simone Gomes da Silva Sonia Maria Nunes Viana Sther Mendes Cunha Thatiane Santos Ruas Tatiana Domingues Pereira Thiago Frederico Diniz Thiago Penido Martins Tiziane Rogerio Madureira Valdete Gomes Ferreira Vanessa Patrocínio de Oliveira Vinicius de Araújo Ayala Waldemar Roberto Savassi Wanderley da Silva Marcio Alexandre Hipólito Marco Antônio Silva Marcus Luiz Dias Coelho 4 Sumário TECNOLOGIA EDUCACIONAL APLICADA À SAÚDE: PRODUÇÃO MULTIMÍDIA PARA O ENSINO DE PARASITOLOGIA ENTRE ESCOLARES DE CRECHES DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL .............................................................................................................................. 9 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NOS TRANSTORNOS ALIMENTARES E OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA ............................................................................................................................ 10 PROCESSO DE CUIDAR DO ENFERMEIRO A PESSOA PORTADORA DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (IRC). ............................................................................................................................ 12 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DOMICILIAR AO IDOSO .................................. 14 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS COM LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA .................. 16 AÇÃO EDUCATIVA SOBRE CÂNCER DE MAMA, PRÓSTATA E PÊNIS PARA HOMENS EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA) NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE. ................................................................................................................................ 18 A IMPORTÂNCIA DA CRIOPRESERVAÇÃO DAS CÉLULAS ESTAMINAIS DO CORDÃO UMBILICAL 20 VALIDAÇÃO ANALÍTICA DO EQUIPAMENTO EPOC® BLOOD ANALYSIS NO SERVIÇO DE MEDICINA LABORATORIAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE MINAS GERAIS ...................................... 22 LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: UMA BREVE REVISÃO DE LITERATURA ................................ 23 ÍNDICE DE TABAGISMO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE ............................ 24 HEPATITE C: A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO E PREVENÇÃO DA DOENÇA PARA DETENTAS DE UMA PENITENCIARIA FEMININA LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE VESPASIANO, MG .......... 25 O TRABALHO DO ENFERMEIRO NO CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA: ABORDAGEM PARA A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO CONTINUADA NA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO ........ 27 O TRABALHO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: ABORDAGEM PARA A IMPORTÂNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL SATISFATÓRIO NO IDOSO E A SUA CONTRIBUIÇÃO NO ENVELHECIMENTO ...................................................................................................................... 29 VACINA HPV, PARA QUE SE PROTEGER? ..................................................................................... 31 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA 3ª IDADE ............................................................................ 32 POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM JUNTO A UMA COMUNIDADE CIGANA ANALISANDO O AMBIENTE E PROMOVENDO SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................... 33 A AMBIÊNCIA APLICADA NAS REDES DE ATENÇÃO Á SAÚDE NO ATENDIMENTO AO IDOSO .... 35 A ENFERMAGEM E A AMBIÊNCIA: UM DESAFIO NAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM .................. 37 PROGRAMA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DO HOMEM: UM FRAGMENTO DA REALIDADE ASSISTENCIAL .............................................................................................................................. 39 A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR ..................................... 40 ORIENTAÇÃO DA POPULAÇÃO DE SANTA LUZIA EM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO DA UNIDADE DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA .......................................................................................... 41 O ALEITAMENTO MATERNO E OS BENEFÍCIOS PARA A MÃE ...................................................... 42 5 A INSERÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO SISTEMA PRISIONAL LEVANDO DIGNIDADE E CIDADANIA AOS INDIVÍDUOS PRIVADOS DE LIBERDADE ..................................... 43 A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO DO ADULTO: UM DESAFIO PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE ....................................................................................................... 45 A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA PARA A SAÚDE DO VIAJANTE ...... 47 O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO POR HPV.......................................... 49 OBESIDADE INFANTIL NA ATUALIDADE: IMPLICAÇÕES PARA A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO .... 51 O PAPEL DO ENFERMEIRO NO ÂMBITO DA CIRURGIA SEGURA.................................................. 52 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: APLICAÇÃO DURANTE O PROCESSO DE VISITA DOMICILIAR...................................................................................................................... 54 IMUNIZAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA ATUALIZAÇÃO DO CALENDÁRIO VACINAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ............................................................................................................................. 56 O APRENDIZADO ALCANÇADO PELO LÚDICO: UMA POSSIBILIDADE .......................................... 58 O IMPASSE DOS ENFERMEIROS NA IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM............................................................................................................................. 60 A BAIXA PROCURA DA CLIENTELA MASCULINA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ................... 61 PROMOÇÃO E PREVENÇÃO: A SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA ............................ 63 FATORES DE RISCO PARA DEPRESSÃO PÓS-PARTO: UMA REVISÃO DA LITERATURA................. 64 PROMOÇÃO DA SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA PREVENÇÃO DA OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA ............................................................................................................................ 66 UMA ASSISTÊNCIA HUMANIZADA NO ACOLHIMENTO DE UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO ............................................................................................................................ 68 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA NA INCLUSÃO DO IDOSO A ATIVIDADES DE LAZER .................................................................................................. 70 O TRABALHO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: ABORDAGEM PARA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM ADOLESCENTES................................................ 72 RELEVÂNCIA DA REALIZAÇÃO DO TESTE DO PEZINHO NA TRIAGEM NEONATAL ....................... 74 CONSULTA DE ENFERMAGEM: A IMPORTÂNCIA DA PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ-NATAL E O PAPEL DO ENFERMEIRO .............................................................................................................. 76 O GERENCIAMENTO DO ENFERMEIRO EM UMA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA .................. 78 A RELAÇÃO ENTRE EXERCÍCIO DA CIDADANIA E A PRÁTICA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS .................. 80 PAPEL DO ENFERMEIRO COMO LÍDER NO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ...................... 82 VIOLÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA.................................................................................................... 84 FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA SEPSE NEONATAL TARDIA: IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM ................................................................................................................... 85 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE SAÚDE DA FAMÍLIA NO ALEITAMENTO MATERNO . 86 RELATO DE CASO: VIVÊNCIA ACADÊMICA REFERENTE À ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ADESÃO E BUSCA ATIVA DA PESSOA IDOSA PARA A VACINAÇÃO CONTRA H1N1 ..................... 87 6 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO A PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO................................................................................................................................. 88 PROMOÇÃO E PREVENÇÃO: A SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA ............................ 89 A HUMANIZAÇÃO E O CUIDADO DO TRABALHADOR DE SAÚDE EM NÍVEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA .................................................................................................................................... 91 CAPACITAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE PARA VINCULAÇÃO DA POPULAÇÃO A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA ................................................................................................. 93 TRAUMA NA INFÂNCIA................................................................................................................ 94 A ÉTICA NA ENFERMAGEM ......................................................................................................... 95 SÍNDROME DO MEMBRO FANTASMA......................................................................................... 97 ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE DO HOMEM................................................................................ 99 SÍNDROME DE BURNOUT: INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCOS PARA O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM........................................................................................................................... 100 ERROS DE PRESCRIÇÃO NO SERVIÇO DE SAÚDE ....................................................................... 102 A ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE REFERENTE AO SUPORTE BÁSICO DE VIDA........ 104 O ENFERMEIRO NO CUIDADO AO PACIENTE PORTADOR DE ALZHEIMER: RELATO DE EXPERIÊNCIA.............................................................................................................................. 106 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA 3ª IDADE .......................................................................... 108 ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NAS PLATAFORMAS DE PETRÓLEO (OFFSHORE) ....................... 109 TESTES DE DENSIDADE, ACIDEZ E ADIÇÃO DE AMIDO PARA A IDENTIFICAÇÃO DE FRAUDES AO LEITE .......................................................................................................................................... 111 USO DOS ANÁLAGOS DE GnRH NO TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE .................................. 113 TERAPIA HORMONAL COADJUVANTE NA CIRURGIA DE ENDOMETRIOSE ................................ 115 TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL PELA VIA VAGINAL ........................................................ 116 ARMAZENAGEM DE MEDICAMENTOS EM RESIDÊNCIAS E O RISCO DA AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSOS ...................................................................................................................................... 117 AUSÊNCIA DA PENICILINA: TRATAMENTO DA SÍFILIS NA GRAVIDEZ ........................................ 119 OBESIDADE E CÂNCER ............................................................................................................... 120 NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL II: UMA ATUALIZAÇÃO NO MANEJO CLÍNICO E TRATAMENTO............................................................................................................................ 122 RELATO DE CASO: MUCORMICOSE/ZICOMICOSE EM PACIENTE COM MIELOMA MÚLTIPLO .. 124 CISTOS NEUROENTÉRICOS: FORMAS DE APRESENTAÇÃO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ....... 125 MANUSEIO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA............. 126 OBESIDADE E ASMA NA INFÂNCIA UMA REVISÃO DE LITERATURA ......................................... 128 DOENÇA DE VON GIERKE .......................................................................................................... 130 CUIDADOS PALIATIVOS: A IMPORTÂNCIA DA VALORIZAÇÃO DOS CUIDADOS DO FINAL DA VIDA ................................................................................................................................................... 131 PARACOCCIDIOIDOMICOSE ....................................................................................................... 133 7 A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR NO ACOMPANHAMENTO DO PRÉ-NATAL.... 134 O USO DA CHUPETA E SEUS MALEFÍCIOS AO DESENVOLVIMENTO INFANTIL .......................... 136 ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA- A PRÁTICA DOS COMPONENTES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE .................................................................................................................................... 138 DIAGNÓSTICO CLÍNICO DIFERENCIAL DAS DEMÊNCIAS DE ALZHEIMER E NÃO ALZHEIMEIR ... 140 USO DE ANTIPSICÓTICOS EM IDOSOS COM DEMÊNCIA: UMA COMPARAÇÃO ENTRE FÁRMACOS DE PRIMEIRA E SEGUNDA GERAÇÃO......................................................................................... 142 SÍNDROME DA ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA: SUAS CONSEQUÊNCIAS E O PAPEL DO MÉDICO NO MANEJO DO PACIENTE .............................................................................................................. 144 EFEITOS FISIOLÓGICOS DO USO DE CRACK ............................................................................... 145 ANÁLISE DO ESTADO NUTRICIONAL, OFERTA CALÓRICA E PROTEICA DE GRANDES QUEIMADOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE BELO HORIZONTE, MG...................................... 146 AGRICULTURA ORGÂNICA: UM EQUILÍBRIO ENTRE MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA E AMBIENTE SUSTENTÁVEL .......................................................................................................... 148 ASSOCIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL COM A IMUNOCOMPETÊNCIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS ............................................................................................................. 150 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 3 A 5 ANOS EM UMA CRECHE MUNICIPAL DE VESPASIANO, MG ...................................................................................................................... 151 ASSOCIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL COM A IMUNOCOMPETÊNCIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS ............................................................................................................. 152 O DIREITO DE FILIAÇÃO NAS INSEMINAÇÕES ARTIFICIAIS HETERÓLOGAS ............................... 153 A DELAÇÃO PREMIADA E AS CONSEQUÊNCIAS DE SUA APLICAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO................................................................................................................ 154 A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE RELACIONADA À SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE .................................................................................................................. 156 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO MEDIANTE A MORTE DE SEUS CLIENTES ..................................... 158 A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO GERIATRA. ......................................................................... 160 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE A EVOLUÇÃO DAS FERIDAS ......................................... 161 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA E A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM. ..................................................... 162 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO RESGATE DA CIDADANIA DO PORTADOR DE ESCLEROSE MÚLTIPLA. ................................................................................................................................. 163 AS CONTRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NAS ESCOLAS................................................................ 164 O ESTRESSE NA ATIVIDADE LABORAL DO ENFERMEIRO: SÍNDROME DE BURNOUT ................ 166 O PAPEL DO ENFERMERIO NO ATENDIMENTO AOS ADOLESCENTES QUE UTILIZAM SUBSTÂNCIAS ............................................................................................................................ 168 SAÚDE DO IDOSO: A FALTA DE CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA (ILPs). .............................................................................................. 170 8 TECNOLOGIA EDUCACIONAL APLICADA À SAÚDE: PRODUÇÃO MULTIMÍDIA PARA O ENSINO DE PARASITOLOGIA ENTRE ESCOLARES DE CRECHES DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL Caroline Alves de Araújo William Vinícius de Araújo Dulciane Alves de Oliveira Daniela Camargos Costa (Orientador) Fabio Neves Miranda (Co-orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas, UNI-BH [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde As parasitoses intestinais constituem grave problema de saúde pública, particularmente no terceiro mundo, devido às precárias condições socioeconômicas. São doenças causadas por protozoários e helmintos associadas a elevadas taxas de morbidade e mortalidade, especialmente entre crianças, comprometendo seu desenvolvimento físico e intelectual. O controle de tais doenças se dá, primordialmente, por meio do diagnóstico precoce, tratamento dos doentes e medidas educativas. Com o avanço das tecnologias educacionais é possível aprimorar os processos de ensino em saúde por meio dos recursos de informática disponíveis nos dias atuais. A produção de material multimídia para a população infantil com fins educativos é um benefício para a saúde individual e coletiva, uma vez que as crianças atuam como multiplicadoras do conhecimento. Diante disso, o presente trabalho tem por objetivo produzir material multimídia para o ensino de parasitologia entre escolares do município de Belo Horizonte em prol do controle das parasitoses intestinais. Estão sendo utilizadas ferramentas computacionais para criação e edição de animações visando o aprendizado lúdico de parasitologia. A este fim, foi criado um roteiro audiovisual da história infantil relacionada ao tema e, até o momento, cada um dos personagens foi desenhado à mão e digitalizados e coloridos por meio da mesa digitalizadora Wacom Bamboo Connect. Para a construção das animações têm sido utilizados os softwares Adobe Illustrator, Adobe Première, Adobe Photoshop, Adobe After Effects e Adobe Character, que permitem a construção de animações em vários formatos. Os resultados obtidos serão apresentados para a Secretaria de Saúde do município e também ao Ministério da saúde para que possam, possivelmente, agregar o produto ao programa de educação em saúde do SUS. Além disso, o material criado será disponibilizado para creches de Belo Horizonte, com a finalidade de contribuir para o controle das parasitoses intestinais. Espera-se, com este trabalho, promover um impacto significativo na redução no número de casos das doenças entéricas em crianças, ainda um importante problema de saúde pública na cidade. 9 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NOS TRANSTORNOS ALIMENTARES E OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA Marcela Morais Fernandes; Gabriela Morais Fernandes Sousa Maria Tânia Da Costa Silva, Natália Oliveira Guimarães Rosana Costa do Amaral (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas, UNI-BH 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Adolescência é uma fase de mudanças biopsicossociais, na qual preocupações com o corpo podem levar a comportamentos alimentares inadequados. Os transtornos alimentares são síndromes psiquiátricas complexas e ainda relativamente pouco compreendidas, mostrando cada vez mais importante nos cenários da psiquiatria moderna¹. A obesidade pode ser definida como o grau de armazenamento de gordura no organismo associados a riscos para a saúde, devido sua relação com várias complicações metabólicas.¹ A obesidade representa um dos mais graves problemas de saúde pública da atualidade. O transtorno alimentar e obesidade revelam uma forte relação, e mesmo sendo doenças do comportamento alimentar aparentemente opostas, uma doença é fator de risco para o desenvolvimento da outra, envolvendo fatores psicológicos, levando a complicações nutricionais de ampla complexidade, que afetam especialmente adolescentes, adultos jovens e um grande número de crianças mais frequentemente do sexo feminino. A mídia e outros meios de comunicação são grandes influenciadores que estipulam um conceito irreal de beleza, associado a magreza. O enfermeiro desempenha um papel fundamental na assistência do paciente com transtornos alimentares e obesidade para uma melhora da qualidade de vida. Ele deve estar habilitado para lidar com a função de escutar os anseios, e permitir o surgimento de uma troca de experiência e exposição de suas dificuldades e dúvidas, criando alternativas para alcançar os resultados pretendidos. O enfermeiro e sua equipe podem mobilizar atividades no ambiente familiar e escolar visando a prevenção dos transtornos alimentares e obesidade, envolvendo para práticas lúdicas, cálculo de IMC e palestras educativas. Destacando substituir o tempo prolongado na frente da televisão e do computador por práticas que inspiram cuidados a saúde como brincadeiras ao ar livre. Este estudo tem como objetivo identificar atuação do enfermeiro nos transtornos alimentares e obesidade na adolescência. O presente estudo trata-se de uma pesquisa explicativa descritiva, tendo como finalidade levantar dados através de revisão da literatura, que se baseia em literaturas e artigos científicos proveniente de bibliotecas convencionais e virtuais especificamente na Scientific Electronic Library Online- Scielo, disponível em: (http://www.scielo.br) por meio dos descritores anorexia nervosa, bulimia nervosa, transtornos alimentares, obesidade e adolescentes. Os critérios de inclusão adotados para a elaboração do estudo foram publicações na língua portuguesa, condizentes ao tema proposto e artigos publicados nos anos de 2004 à 2012. 10 O corpo é uma das formas de comunicação entre o indivíduo e o meio, por isso a excessiva preocupação com a aparência no período da adolescência, em que as mudanças físicas naturais do corpo se resume em sentimentos de tensão sexual e atração física, influenciando os relacionamentos sociais. A distorção é uma aversão entre corpo real e o ideal e está presente, nos transtornos alimentares, sendo a forma e o tamanho corporal, grandes focos de conflito. A insatisfação está relacionada com auto percepção referente a tamanho, imagem e forma do corpo. As intervenções bem-sucedidas exigem o envolvimento dos pais ou responsáveis, uma vez que eles são modelos da conduta alimentar e física. São eles que podem orientar os adolescentes a fazer uma alimentação saudável e são os maiores responsáveis pelo estabelecimento de um ambiente emocional em que os transtornos e a obesidade pode ou não ser desencorajada. É importante criar um canal de comunicação adequado entre equipe de enfermagem e familiares para possibilitar um adequado intercâmbio de informações. Dessa forma, é essencial que a equipe multidisciplinar, envolvidos no tratamento da obesidade, fiquem atentos as interfaces entre transtorno alimentares e obesidade, diminuindo as várias complicações que podem estar associadas a programas de emagrecimento. 11 PROCESSO DE CUIDAR DO ENFERMEIRO A PESSOA PORTADORA DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (IRC). Andreia Vilela dos Santos Priscilla Maria Diniz Ramos Silva Ana Carolina Nunes Terezinha de Jesus Silva Mônica Andrade (orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A insuficiência renal crônica (IRC) é caracterizada pela perda lenta, progressiva e irreversível da função renal. Os sintomas mais comuns são: anemia, perda de peso, fadiga, tremores, caimbras,prurido, edema, sede excessiva. O tratamento utilizado para a doença renal em estágio terminal é a diálise. A utilização da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) pelo enfermeiro visa a melhoria na assistência prestada ao paciente, em que o foco não é somente a doença mas sim o indivíduo, a família e a comunidade. Foi realizado, a construção de caso clínico com voluntário do sexo feminino diagnosticada com IRC, estudo da patologia com descrição do histórico de enfermagem, exame físico, elaboração de diagnósticos de enfermagem, além de metas para o plano de cuidados e propostas de intervenções. Para tal utilizou-se as taxonomias NANDA, NIC e NOC. Através desse estudo de caso podemos compreender os aspectos fisiopatológicos, sinais, sintomas e tratamentos, relacionados à doença. Foi possível a elaboração de um planejamento de assistência de enfermagem com os seguintes diagnósticos de enfermagem: Volume de líquidos excessivo relacionado a ingesta excessiva de líquidos e de sódio, caracterizado por edema e ganho de peso em um curto período; Conforto Prejudicado relacionado a efeitos secundários relacionados ao tratamento (hemodiálise), caracterizado por padrão de sono perturbado e incapacidade de relaxar; Deambulação prejudicada relacionado a prejuízo musculoesquelético (fratura de fêmur direito) caracterizado pela capacidade prejudicada de subir e descer calçadas; Autocontrole ineficaz da saúde relacionado a complexidade do regime terapêutico caracterizado por escolhas na vida diária ineficazes para atingir as metas de saúde e expressão de dificuldade com os regimes prescritos e Fadiga relacionado ao estado de doença (IRC) caracterizado por falta de energia e relato de cansaço. As principais metas foram: O indivíduo deverá apresentar diminuição do edema, anasarca. O indivíduo irá relatar intenção de praticar os comportamentos de saúde necessários ou desejados para a recuperação da doença e a prevenção de recorrência e complicações, o indivíduo deverá participar de atividades que estimulem e equilibrem os aspectos físico, cognitivo,afetivo e social. As principais intervenções foram: pesar o paciente diariamente, orientar á ingestão de quantidades limitadas de líquidos somente quando estiver com sede, medir os líquidos permitidos e reservar uma certa quantidade para produzir pedras de gelo, a prática de chupar gelo reduz a sede,ingerir alimentos antes de tomar líquidos para aliviar o ressecamento da boca, chupar balas duras ou mascar chicletes para umedecer a boca, instruir o paciente sobre a importância de adotar dieta prescrita para portadores de IRC,orientar para que evite os alimentos ricos em potássio, sódio e moderação de proteínas, realizar monitoramento de ureia, creatinina, eletrólitos, albumina sérica, controle da energia, auxiliar a 12 identificar as prioridades e a eliminar as atividades não essenciais, descansar antes das tarefas difíceis. Diante do conhecimento integrado através das disciplinas ministradas no terceiro período, foi possível a elaboração deste trabalho, com a construção de um estudo de caso, com um planejamento assistencial de forma sistematizada e individualizada, pautada no conhecimento,correlacionando a patologia do paciente e a importância de valorizar o cuidado dispensado ao paciente, dentro de suas individualidades e que o foco não seja somente a sua doença. Foi possível entender o que a enfermagem faz, face ao julgamento sobre as necessidades humanas e sociais para alcançar resultados, sensíveis a nossa ação, através das intervenções de enfermagem. 13 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DOMICILIAR AO IDOSO Marcela Morais Fernandes Gabriela Morais Fernandes Sousa Maria Tânia Da Costa Silva, Natália Oliveira Guimarães Rosana Costa do Amaral (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas, UNI-BH 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O envelhecimento populacional é um fenômeno global, em especial, nos países desenvolvidos. Esse processo caracteriza-se pelo constante aumento da expectativa de vida, associado a uma redução da taxa de fecundidade. O Brasil vem vivenciando um significativo aumento no número de idosos. Com este crescimento aumenta os agravos não transmissíveis e o desenvolvimento de inabilidades associadas ao envelhecimento, assim o atendimento domiciliar vem beneficiar a população idosa comprometida, com cuidados em seu próprio contexto familiar. Atendimento domiciliar compreende todas as ações, seja ela educativas ou assistências, desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem no domicilio, direcionadas ao paciente e seus familiares. Com isso, surge a necessidade de novas modalidades de prestação de assistência à saúde para acolher essa população idosa que se expande e que, em nossa sociedade demograficamente transicional, leva ao aumento da demanda por ações no cotidiano dos serviços de saúde. O atendimento domiciliar vem contribuindo para minimizar os custos com os atendimentos hospitalares e intervir frente às dificuldades dos serviços de saúde para atender a uma elevada demanda da população idosa e ao incremento das doenças e agravos não transmissíveis. Além disso, o emprego do domicílio como lugar de atenção e cuidado é um modo da família estar mais próxima e participar do cuidado do idoso. O objetivo desse estudo é Identificar as Atribuições do enfermeiro no cuidado do idoso no domicilio. O presente estudo trata-se de uma pesquisa explicativa descritiva, tendo como finalidade levantar dados através de revisão da literatura, que se baseia em literaturas e artigos científicos proveniente de bibliotecas convencionais e virtuais especificamente na Scientific Electronic Library Online- Scielo, disponível em: (http://www.scielo.br) por meio dos descritores “Idoso, Atendimento domiciliar, Atribuições do enfermeiro no atendimento domiciliar”. Os critérios de inclusão adotados para a elaboração do estudo foram publicações na língua portuguesa, condizentes ao tema proposto e artigos publicados nos anos de 2002 à 2014. O atendimento domiciliar se apresenta como uma inovação para prestação de atendimento domiciliar ao idoso, tendo a comunidade como núcleo de atenção, uma vez que suas ações envolvem a atenção preventiva à saúde no acompanhamento inclusive na sua residência. É importante ressaltar que o enfermeiro deve realizar uma triagem dos pacientes que irão ser atendidos na atenção domiciliar, os melhores candidatos para este atendimento são os pacientes cronicamente ou terminalmente doentes com mobilidade prejudicada ou distúrbios de comportamentos, suspeita de abuso do idoso, faltas frequentes às consultas no consultório.¹ O enfermeiro tem como atribuição de planejar, organizar, coordenar, supervisionar e avaliar a prestação da assistência de enfermagem atuando de forma contínua 14 na capacitação da equipe de enfermagem que atua na realização de cuidados nesse ambiente, executar os cuidados de enfermagem de maior complexidade técnico-científica e que demandem a necessidade de tomar decisões imediatas.³ O atendimento domiciliar tem como vantagens evitar ou diminuir internações, mantém o paciente em seu habitat e no convívio com a família e redução de infecções hospitalar. O enfermeiro e a equipe multidisciplinar têm a condição de estar acompanhando as doenças crônicas, controlando suas descompensações, a evolução natural da doença. Podemos reforçar a importância deste atendimento pela equipe de enfermagem e os benefícios do atendimento domiciliar, uma vez que ele acelera a recuperação do paciente e promove a redução dos custos da atenção, fortalece as relações idoso/ família e enfermeiro, a manutenção de uma atenção personalizada, valorizando o idoso, caracterizando como um atendimento humanizado. Assim, o enfermeiro é fundamental na educação em saúde e no desenvolvimento de habilidades que garantam a adesão à proposta terapêutica. 15 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS COM LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA Jaquelyne Almeida Araújo ¹Cássia Lohana C. Silva Rodrigues Shirlei Barbosa Dias (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O Estudo aborda a Assistência de Enfermagem em Crianças com Leucemia Linfoide Aguda. Serão apresentadas características da doença, das crianças e dos cuidados de enfermagem. De acordo com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, esta patologia é maléfica, de progressão rápida, em que ocorre o desenvolvimento do câncer que inicia na medula óssea com invasão para o sangue periférico. A realização desta pesquisa permitirá o entendimento das atividades realizadas pelo enfermeiro à criança, podendo aumentar as chances de uma assistência de qualidade ao indivíduo. Objetiva-se conhecer a assistência de enfermagem em crianças com essa patologia. Pesquisa de caráter exploratório e descritivo, através do levantamento bibliográfico dos descritores Enfermagem, Leucemia Linfoide Aguda e crianças. As bases consultadas foram Scielo, Lilacs, associado a sites do governo, como a Associação Brasileira de Leucemia e Linfoma e o Instituto Nacional do Câncer. A infância constitui uma fase do desenvolvimento humano, em que ocorrem transformações que permitirão maior habilidade e resistência para realização de atividades. A leucemia é uma doença que se origina na medula óssea, onde ocorre o acúmulo de células imaturas. Segundo Maranhão,Veloso, Batista (2012), “as leucemias têm particular importância, pois são neoplasias do sistema hematopoiético que tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea.” Os sintomas são relacionados à diminuição de células do sangue na circulação. Após confirmação do diagnóstico inicia-se o tratamento que pode ser feito através da quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea. Manifestações clínicas podem ocorrer no tratamento. A enfermagem além de arte do cuidado é uma ciência. A sistematização da assistência de enfermagem é realizada pelo enfermeiro, como uma forma de organizar e fazer com que o cuidado seja baseado na ciência. Ela é concretizada por meio do Processo de Enfermagem. O enfermeiro faz parte da equipe que realiza o acompanhamento do estado da criança, auxilia na promoção da saúde, prevenção de complicações, contribuindo para a sua reabilitação. Deve também dar apoio técnico, emocional e escuta para a ela e a sua família. No exame físico, o enfermeiro faz a inspeção de possíveis locais de infecção, como o acesso venoso, cavidade oral e região perianal; da temperatura corporal, nível de consciência, integridade da pele, sinais de inflamação da mucosa, petéquias, ulcerações, hiperemia, diarreia, sinais de desnutrição, queda de cabelo, sangramentos, disfunção renal, características da urina e inspeção de locais onde existe dor. Além disso, faz ausculta do pulmão. O profissional realiza a palpação do baço, do fígado e dos linfonodos; ausculta e palpa o abdômen. Através dos achados na anamnese e no exame físico, o enfermeiro identifica os diagnósticos de enfermagem que auxiliará na prescrição dos cuidados. É importante que o profissional faça o planejamento da assistência à criança, pensando em atividades lúdicas que a deixe tranquila e a auxilie a expressar seus sentimentos. O enfermeiro deve prepará-la para as mudanças físicas, como a queda dos cabelos. Para evitar 16 infecções, deve-se realizar cuidados de higiene íntima e avaliar o estado febril da criança, além da coleta da cultura de sangue e de urina. Deve-se cuidar da higiene do orifício do cateter central inserido no paciente. A prevenção de inflamação da mucosa oral é feita através de avaliações rotineiras e de orientações à criança. No paciente com diarreia, o profissional deve evitar a desidratação e a disfunção renal. A promoção de uma nutrição eficiente deve proporcionar melhora do estado de saúde do paciente. Percebe-se a importância da capacitação e que os profissionais de saúde tenham conhecimento científico para uma assistência de qualidade. Além disso, é necessário que o enfermeiro preste um cuidado humano, pois assim poderá ser amenizado o sofrimento da criança e da família. 17 AÇÃO EDUCATIVA SOBRE CÂNCER DE MAMA, PRÓSTATA E PÊNIS PARA HOMENS EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA) NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE. Jaquelyne Almeida Araújo ¹Cássia Lohana C. Silva Rodrigues Carolina Fernandes Lima (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Este trabalho pretende abordar a ação educativa sobre câncer de mama, próstata e pênis para homens frequentadores de uma UPA da região metropolitana de Belo horizonte, demonstrando a importância da realização dessa atividade na população masculina. O câncer de mama não ocorre somente no sexo feminino. Já o câncer de próstata é uma das neoplasias que mais acometem os homens. O carcinoma de pênis pode trazer complicações relacionadas à sexualidade. Materiais e métodos: Estudo descritivo, tipo relato de experiência. Desenvolvido diante da vivência de seis acadêmicos de enfermagem do sétimo período da Faculdade de Minas, Belo Horizonte. Tanto pacientes e acompanhantes, como funcionários do local foram foco das atividades. A visita foi dividida em dois dias. A orientação sobre as neoplasias deu-se com duas ações: Na primeira, houve a confecção de uma caixa surpresa de papelão, recoberta por Etileno Acetato de Vinila (EVA) preto e nele colocado uma interrogação em azul. Dentro dela, colocaram-se perguntas sobre os cânceres e depositou-se geleia (amoeba). Os homens iriam inserir a mão dentro da caixa com os olhos fechados e com o acerto da pergunta ganhariam um brinde. Na segunda ação, foi confeccionada cartilhas com o tema: “Homem, seja um superhomem” abordando as características das doenças, e que super-homem é aquele que cuida da sua saúde. Tudo foi colocado numa cesta. No dia da atividade, o grupo faria uma breve explicação, entregaria a cartilha e realizaria o jogo. Resultados e Discussão: A UPA possui atendimento aos usuários por vinte quatro horas, durante todos os dias da semana, sendo os principais atendimentos em clínica médica e pediatria. Ela é o único serviço de urgência da região, pois o hospital e uma segunda UPAM da cidade estão desativados. A proposta da ação educativa em uma UPA foi desafiadora, pois esse local é, na maioria das vezes, agitado. Tornouse um desafio ainda maior pelo fato da população selecionada ser a masculina, uma vez que esse público quase sempre é resistente a qualquer tipo de mudança que possa na opinião deles, colocar em risco a sua masculinidade. No dia oito de maio de dois mil e quinze, aconteceu a primeira visita, com objetivo de observar a população usuária e a viabilidade da ação. Um dos graduandos ficou na internação masculina. No setor foi perguntado aos técnicos, se a ideia de uma ação direcionada aos pacientes seria válida. A negativa foi unânime, já que eles são pouco responsivos devido ao quadro patológico que acomete a maioria. Então, definiu-se que seriam realizadas duas ações. A primeira, ao público masculino que trabalha na unidade. A segunda, ao público masculino geral. No dia quinze do mesmo mês, desenvolveu-se a atividade. O primeiro participante foi o coordenador. Muitos tinham medo de colocar a mão na caixa. E a maioria, chocava-se ao descobrir que uma das causas do câncer de pênis é a sua higienização inadequada 18 e que eles também podem adquirir o câncer de mama. Um motorista de ambulância chamou a atenção. Ao perceber as perguntas que estavam sendo feitas ao porteiro, logo foi ajudar o colega, respondendo-as. Um dos técnicos de enfermagem e um médico, perguntou ao grupo se aquele dia era uma data especial, pois nunca vira nada específico para os homens, principalmente numa UPA. Na segunda ação, houve preconceito de um acompanhante em relação ao toque retal. Entretanto, exceto esse caso, a aceitação foi ótima. Como exemplo, um paciente de sessenta e quatro anos que relatou realizar o terceiro exame. Conclusões: As ações trouxeram resultado satisfatório tanto para funcionários e usuários do serviço quanto para os acadêmicos. Devido à grande aceitação da população, o trabalho despertou no grupo o desejo do desenvolvimento de um projeto de extensão que será elaborado no segundo semestre de 2015. 19 A IMPORTÂNCIA DA CRIOPRESERVAÇÃO DAS CÉLULAS ESTAMINAIS DO CORDÃO UMBILICAL Vitor Bruno Silva Nicácio Gustavo Oliveira Gonçalves (Orientador) karine Silvestre (Co-orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 2.00.00.00-6 Ciências Biológicas A criopreservação das células estaminais do cordão umbilical constitui um importante recurso para o tratamento de diversas doenças. Geralmente descartadas durante o parto, as células estaminais do sangue do cordão umbilical do recém nascido têm-se revelado uma alternativa real aos transplantes de medula óssea, sobretudo no tratamento de doenças do foro hematooncológico. O cordão umbilical é uma fonte privilegiada de células estaminais. Estas células têm a capacidade única de se auto-renovarem e dividirem indefinidamente, além de poderem dar origem a células especializadas, contribuindo assim, para a renovação natural dos tecidos, danificados e substituição de células que não estão desempenhando sua função ou morrendo. As células estaminais embrionárias são derivadas de embriões, especificamente de blastócitos – embriões com 5 dias de desenvolvimento, que ainda não se implantaram no útero – indiferenciadas e capazes de proliferar, automanter-se, originar progênie de células diferenciadas e regenerar os tecidos. São capazes de se replicar, autorrenovando a população de células estaminais ao mesmo tempo que originam células-filhas mais diferenciadas, que vão perdendo a capacidade de se replicarem, originando os tecidos. Realizou-se um levantamento bibliográfico tendo como base de parâmetros o conceito de células estaminais embrionárias e sua criopreservação. Consultou-se também informações relevantes em bancos de criopreservação. A coleta das células estaminais é um processo simples, rápido, absolutamente seguro, indolor e não gera qualquer risco para a mãe ou para o bebê. Não interfere de forma alguma no parto e pode ser realizado após partos normais ou cesarianas. As amostras coletadas são transportadas para o laboratório, armazenadas, registradas e realizado controle de qualidade. Existem variações nas técnicas de criopreservação, porém em todas são adicionados às amostras crioprotetores, que visam proteger as células de variações de temperatura, formação de cristais intracelulares e danos osmóticos, sendo o dimetilsulfóxido (DMSO) o mais utilizado. Estudos já comprovam que células armazenadas por mais de 23 anos mantiveram características funcionais e de viabilidade adequadas para o uso em transplantes. As células do cordão umbilical têm sido majoritariamente usadas no tratamento de doenças oncológicas, deficiências medulares, hemoglobinopatias, imunodeficiências e doenças metabólicas. A utilização das células estaminais pode ser realizada em dois contextos: a) autólogo – em que o paciente utiliza as próprias células anteriormente criopreservadas; e b) alogênico – em que o doador não é o paciente, sendo que, neste, existe a possibilidade de rejeição. Atualmente a utilização das células estaminais embrionárias do cordão umbilical encontra-se em estudo, na fase de ensaios clínicos para tratamento de diabetes tipos 1 e 2, lesões cerebrais em crianças, lesões da medula espinhal, doença vascular periférica e perda adquirida de audição. Desde 1988, já foram realizados mais de 1,5 mil transplantes de sangue de cordão umbilical no Brasil e 25.000 20 no mundo, tratando cerca de 80 doenças. As células armazenadas têm 100% de compatibilidade com o doador e 25% de probabilidade de serem 100% compatíveis entre irmãos diretos. A espera, muitas vezes infrutífera, por um doador compatível pode piorar o prognóstico do tratamento. A principal motivação para uma família optar pela conservação das células estaminais embrionárias do cordão umbilical é que esta, oferece à criança um “seguro biológico” para o caso de surgir uma doença com indicação para transplante hematopoiético autólogo. O armazenamento das células-tronco do sangue do cordão umbilical é uma opção antecipada para famílias com predisposição às doenças imunológicas e oncológicas e para minorias étnicas, pois estas apresentam mais dificuldade de encontrar um doador compatível. 21 VALIDAÇÃO ANALÍTICA DO EQUIPAMENTO EPOC® BLOOD ANALYSIS NO SERVIÇO DE MEDICINA LABORATORIAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE MINAS GERAIS Gustavo Oliveira Gonçalves Leonardo de Souza Vasconcellos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O EPOC® Blood Analysis é um equipamento para dosagem de gases, eletrólitos, glicose, lactato e hematócrito em sangue total heparinizado para uso como Teste Laboratorial Remoto - TLR. O objetivo do trabalho foi avaliar o desempenho analítico do equipamento EPOC® Blood Analysis para posterior implantação como TLR em uma Unidade de Terapia Intensiva. O analisador foi instalado conforme determinações do fabricante. Após verificar a imprecisão através da análise dos resultados do CIQ, foram processadas 20 amostras de sangue total heparinizado (arterial e venoso) no equipamento de referência GEM® Premier 4000 e no EPOC® Blood Analysis para verificação da acurácia. Após a análise no equipamento de referência, as amostras foram imediatamente processadas no equipamento a ser validado. Os resultados foram inseridos em planilha para comparação de métodos quantitativos. O erro total aceitável utilizado foi definido a partir de critérios do CLIA e Tabela de Variação Biológica. Em todos os parâmetros as diferenças de resultados ficaram dentro das especificações analíticas (TABELA). O equipamento foi considerado validado e adequado para uso como TLR, sendo necessária realização de estudo de viabilidade econômico-financeiro antes da implantação nas unidades assistenciais. 22 LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: UMA BREVE REVISÃO DE LITERATURA Romário Pereira de Brito Débora Cristina Soares Daniela Camargos Costa (Orientadora) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 9.00.00.00-5 Outros O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune grave, de origem obscura, com evolução rápida que se caracteriza por formar anticorpos autoimunes que levam a destruição de células e tecidos do corpo humano, consequentemente alterando o equilíbrio do sistema imune afetando diversos sistemas e órgãos do organismo, originando divergentes quadros clínicos que dificultam a vida do indivíduo trazendo transtornos físicos e psicológicos. Apesar do acesso facilitado as informações nos dias de hoje, o LES ainda é uma doença pouco conhecida. Diante disso, o objetivo do presente trabalho é foi de fazer uma revisão da literatura sobre Lúpus Eritematoso Sistêmico e ampliar a linha de conhecimento sobre a doença. O LES é uma enfermidade que atinge mais frequentemente as mulheres, sendo que o surgimento dos primeiros sintomas se dá mais comumente entre os 15 aos 45 anos, estudos epidemiológicos demonstraram que sua incidência ocorre numa proporção de 9 mulheres para cada 1 homem. A doença requer alguns cuidados que significam diversas mudanças no estilo de vida do portador, demonstrando assim que seu tratamento e aceitação não são fáceis, levando em conta a peculiaridade de cada um, ou seja, considerando a família, amigos, o meio em que se vive e a manifestação dos sintomas da doença. Deve-se abordar a relação da pessoa com a sua doença para assim obter a melhor psicologia a ser empregada. Com a etiologia pouco conhecida, sabe-se que existem vários fatores que podem influenciar e aumentar o risco de ocorrer disfunção no sistema imunológico. Estudos demonstraram que o LES é mais prevalente em pessoas da raça negra e relatam que sua propagação está relacionada à predisposição genética que pode ser influenciada por diversos fatores, tais como exposição a raios ultravioletas, disfunções hormonais e estresse. Geralmente o diagnóstico do LES se dá devido a suas características clínicas, porém exames laboratoriais podem confirmar ou auxiliar o diagnóstico, como exame de urina, hemograma, contagem de leucócitos, fator anti-núcleo (FAN), anticorpo anti-Sm, biopsia. A imunofluorescência é o exame de triagem mais comum utilizado no diagnóstico do LES, pois essa técnica detecta os anticorpos que interagem com os componentes nucleares e os anticorpos anti-fita dupla hélice de DNA são os mais sensíveis a essa técnica. O Tratamento do LES deve ser aplicado de forma individual, observando as características e os sintomas da doença, e os órgãos ou sistemas acometidos, dessa forma o médico irá avaliar qual a melhor medicação e se será necessário fazer uso concomitante com outros medicamentos, sendo que o uso de antimaláricos é continuo a fim de se reduzir a progressão da doença e evitar o uso de corticóides. Mediante as informações descritas acima, principalmente sobre o conhecimento sobre a doença, concluímos que é de suma importância o desenvolvimento de trabalhos que abordem este tema a fins de levar a conhecimentos populacionais e aos indivíduos de mais suscetibilidade informações úteis como sinais e sintomas, acompanhamento médico e diagnostico a fins de evitar complicações secundarias oriundas do desconhecimento da doença. 23 ÍNDICE DE TABAGISMO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE Thais Cristina dos Santos Adão Luana Lima Pereira Gonçalves Mônica Paiva Schettini (Orientadora) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 2.00.00.00-6 Ciências Biológicas Atualmente, a cada ano, morrem cerca de 4 milhões de pessoas em todo o mundo por doenças relacionadas ao tabaco. No Brasil, o tabagismo representa boa parte dos problemas de saúde pública. Os dados obtidos na pesquisa realizada em Belo Horizonte e Região Metropolitana, permitiram verificar os números de fumantes onde 53% são mulheres e 35% são homens, exfumantes compreendendo 14% mulheres e 30% homens e não-fumantes onde 33% são mulheres e 35% são homens moradores destas regiões. Pode-se ainda, relacionar os índices de tabagismo entre os sexos feminino e masculino, em que o tabagismo está vinculado na sua maioria com o sexo feminino. Possivelmente este dado está atribuído à condição de emancipação da mulher. Mesmo com um número limitado de entrevistados a pesquisa apresenta dados que elucida diversas questões, em que um indivíduo deu início ao uso do tabaco dos 14 aos 18 anos, e outros que já tentaram interromper o consumo do mesmo em um determinado período da sua vida esses representando um total de 50% dos fumantes entrevistados. Durante a pesquisa fez-se uma campanha com o objetivo de conscientização dos riscos do tabaco a curto e longo prazo quais os indivíduos podem ser mais vulneráveis, onde uma parcela relevante dos entrevistados se mostraram conscientes dos riscos presente no uso passivo ou ativo do tabaco e ainda assim, da dificuldade do abandono da droga. O presente estudo possui algumas limitações, a principal limitação é número de entrevistados que é pequeno (n= 100), o que impede a generalização dos dados. PALAVRAS – CHAVE: Tabagismo. INCA. tabaco. fumantes. 24 HEPATITE C: A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO E PREVENÇÃO DA DOENÇA PARA DETENTAS DE UMA PENITENCIARIA FEMININA LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE VESPASIANO, MG Valéria Lamar Rezende Newton Rezende (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde As hepatites virais A, B, C, D e E são doenças infecciosas que acometem o fígado, podendo evoluir para a forma aguada ou crônica. A hepatite viral aguda que é uma inflamação do fígado causada pela infecção com um dos cinco vírus da hepatite; na maioria dos pacientes, a inflamação começa repentinamente e dura poucas semanas. A hepatite crônica define-se como uma inflamação do fígado que dure mais de seis meses. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Os vírus D e E são mais frequentes na África e na Ásia. A hepatite C é causada pelo vírus (VHC) que é transmitido pelo contato com sangue infectado em virtude de exposição percutânea, contaminação por agulhas, seringas, objetos pessoais, e secundariamente a infecção pode passar através das vias sexual e vertical (da mãe para filho). A hepatite C é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, devido ao seu enorme potencial epidêmico. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil existem cerca de três milhões de pessoas cronicamente infectadas por este vírus. Na última década a hepatite C foi principal causa de morte no Brasil entre as hepatites virais. Diante desses dados o presente trabalho teve como objetivo, orientar as mulheres encarceradas em um presídio feminino localizado no município de Vespasiano MG, em decorrência da escassez de esclarecimentos da população sobre as formas de transmissão, prevenção e complicações da hepatite C, e aplicar ações educativas para proporcionar conscientização dos riscos envolvendo esta doença. Foi selecionado esse grupo devido ao fato de que a hepatite C tem uma maior prevalência de infecção por meio do contato com sangue contaminado. Foi realizada uma palestra simples e lúdica de orientação com relação às formas de infecção pelo vírus da hepatite C, e as formas de prevenção e tratamento. Após a palestra foi distribuído um questionário para analisar o grau entendimento da doença. Todas as presidiárias foram convidadas a participar da pesquisa. Participaram 35 mulheres com idade entre 18 a 35 anos. O questionário possuía perguntas que serviram para analisar a idade média, o conhecimento prévio dos meios de transmissão e prevenção das hepatites virais. As perguntas do questionário aplicado foram: Qual a sua idade? Você usa preservativos em todas as relações sexuais? Já teve mais de um parceiro em menos de 6 meses? Conhece as formas de transmissão de DST’s? Sabe quais as formas de prevenção de DST’s? Com o questionário devidamente respondido pelas detentas verificou-se que 30 delas (86%) já tiveram mais de um parceiro sexual num período de seis meses, 28 (80%) alegam saber sobre as formas de transmissão da doença, porem quando questionadas quais seriam essas formas informaram somente o contato sexual, desconhecendo as outras formas de transmissão. Todas elas (100%) informaram que a prevenção se da através do uso de preservativos, porem 23 (66%) não utilizam o mesmo nas relações, demonstrando não dar a devida importância de se prevenir a hepatite e outras DST’s. A média da idade delas é de 26 anos. Conforme a literatura mulheres encarceradas são predispostas a para infecções transmitidas por via sexual e para infecções crônicas, pois apresentam, com frequência, 25 comportamentos de risco como atividades relacionadas ao uso de drogas e a troca de sexo por drogas. Durante o trabalho de campo observou-se que as pessoas têm o conhecimento sobre as formas de prevenção, porém não dão a devida importância para transmissão a doença, o que pode ser um fator determinante para a disseminação da mesma. Para o vírus VHC não há vacina, portanto, a melhor forma de controle é investir em ações de educação em saúde frisando seus meios de contaminação e sua prevenção. 26 O TRABALHO DO ENFERMEIRO NO CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA: ABORDAGEM PARA A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO CONTINUADA NA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO Maria Tânia da Costa Silva Marcela Morais Fernandes Gabriela Morais Fernandes de Souza Daniely Fernanda Porto Gonçalves Luciley Aurea da Costa Tiziane Rogério Madureira (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde As úlceras por pressão (UP) constituem um importante problema de saúde, em particular nas unidades de terapia intensiva (UTI). A Unidade de Terapia Intensiva, constitui-se de um setor hospitalar que se difere de outras unidades de internação. Caracteriza-se por um ambiente constituído de equipamentos de monitorização continua, situações de emergência, isolamento social, perca da noção de tempo e ausência de privacidade ao indivíduo. Portanto este cliente em sua maioria pode permanecer ali institucionalizado por um número significativo de dias, em sua vez sem deambular e estabelecendo-se a vulnerabilidade do desenvolvimento da úlcera por pressão, na qual envolve também outros fatores colaborativos como: a idade avançada, estado nutricional deficitário, pressão arteriolar, temperatura corporal, patologias associadas à mobilidade reduzida, incontinência urinária e fecal e obesidade. Devido ao tempo de permanência nas UTI, são existentes elevados índices de desenvolvimento de úlcera por pressão nestas unidades, fato então que deve ser de gestão do profissional enfermeiro e sua equipe de enfermagem, ali disposta diariamente no cuidado para com o indivíduo. Tornam-se preocupantes elevados índices de UP desenvolvidas, por se tratar de uma lesão que possa ser prevenida pelos cuidados. Definida por úlcera por pressão são áreas com necrose celular que ocorrem sobre proeminências ósseas expostas à pressão por um período suficiente de tempo para causar isquemia tecidual. O enfermeiro atuante em uma UTI necessita estarem completamente capacitado quanto a técnicas e manuseio ali disponíveis, como riscos evidenciados para os pacientes, evolução diária do cuidado do cliente, e assim ser o educador ativo de sua equipe no qual é responsável pela gestão deste cuidado, para assim fornecerem uma assistência segura. Através da pesquisa bibliográfica com caráter exploratório e descritivo, buscamos identificar a importância da educação continuada na prevenção de úlcera por pressão no âmbito da UTI. Para embasamento literário foram utilizadas palavras chaves: enfermagem no centro de terapia intensiva úlcera por pressão, enfermagem no tratamento de úlceras por pressão, educação continuada enfermagem. A partir da busca, foram encontrados 25 artigos nas bases de dados da Scielo e BIREME, estando disponíveis eletronicamente na integra e que atenderam os seguintes critérios de inclusão: trabalhos publicados nos últimos 10 anos, língua portuguesa e coerente com o objetivo e relevância do tema estudado. A necessidade de profissionais bem preparados neste setor se faz necessário, o cuidado nas UTI, não deve ser pautado em monitorização em maquinas, mas também em um processo de humanização. O profissional enfermeiro deve se abstiver de tempo para a capacitação de sua equipe na qual 27 deve estar sempre orientada quanto aos meios de prevenção da UP, sendo principais destes: Aplicação de escalas para determinação do risco desenvolvimento de UP, a cada 24 horas, manter integridade da pele (a mesma deve manter-se limpa, sem umidade e hidrata), controle do excesso de pressão sobre proeminência óssea, mudança de decúbito ou reposicionamento, proporcionar suporte nutricional adequado, pois o estado nutricional prejudicado compromete a elasticidade da pele e pode levar a anemia e diminuição da oxigenação celular. Após processo educacional da equipe deve sempre se avaliar a prática de execução, certificando qualidade na assistência e se evitando caráter punitivo. Portanto, conclui-se com este estudo que o conhecimento do profissional enfermeiro que presta o cuidado ao paciente crítico é fundamental, pois a qualidade do cuidado prestado para a prevenção de úlcera por pressão pode estar prejudicada se a habilidade e o conhecimento destes não forem adequadamente conduzidos. A realização de programas educacionais internos e capacitação da equipe com o objetivo de identificar os fatores de risco para prevenir as úlceras por pressão é uma estratégia que pode ser eficaz. 28 O TRABALHO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: ABORDAGEM PARA A IMPORTÂNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL SATISFATÓRIO NO IDOSO E A SUA CONTRIBUIÇÃO NO ENVELHECIMENTO Maria Tânia da Costa Silva Marcela Morais Fernandes Gabriela Morais Fernandes de Souza Daniely Fernanda Porto Gonçalves Luciley Aurea da Costa Tiziane Rogério Madureira (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O Sistema Único de Saúde representa-se como instrumento de entrada/início no sistema a Atenção Primária a Saúde, nível de atenção constituinte de uma população adstrita, este serviço deve-se dispor de maior índice de resolutividade a população. A atenção à saúde do idoso implica na oferta da assistência à saúde pautada na garantia de acesso e acolhimento, respeitando suas limitações nas quais este ciclo vital evidencia. Concomitante a estes aspectos a assistência em saúde deve ser garantida conforme rege a Política Nacional de Saúde do idoso, criada em 1994 e dispondo dos cuidados em saúde destes indivíduos. De maneira a resguardar a integridade física, emocional, psicológica do idoso, instituiu-se como complemento o Estatuto do idoso, com vigor desde 2003, abordando diretrizes para o cuidado, com objetivos de prevenção e manutenção da saúde deste grupo populacional. O profissional enfermeiro deve estar sempre em busca da gestão do cuidado, envolvendo uma equipe multidisciplinar obtendo um olhar holístico acerca do idoso e suas reais necessidades. A educação em saúde aos idosos é uma das suas funções, a qual pode ser desenvolvida durante a consulta de enfermagem, na sala de espera, com grupos terapêuticos, por meio de visitas domiciliares, dentre outros. O processo fisiológico do envelhecimento apresenta modificações na composição corporal, estas alterações estão relacionadas a ascensão do sedentarismo e ao declínio na taxa de metabolismo basal. Parcela significativa de idosos, são acometidos por disfunções nutricionais podendo evoluir a uma desnutrição grave, fator de extrema relevância a ser rastreado pelo profissional enfermeiro, já que a maioria da população idosa brasileira compartilha-se de patologias cronodegenerativas podendo ser um problema colaborativo. Através da pesquisa bibliográfica com caráter exploratório e descritivo, buscamos identificar a função do profissional enfermeiro na saúde nutricional do idoso no âmbito da APS. Para embasamento literário foram utilizados palavras - chave; enfermagem, nutrição em idosos, envelhecimento ativo, idoso e no Programa de Saúde a Família. A partir da busca, foram encontrados 18 artigos nas bases de dados da Scielo e BIREME, estando disponíveis eletronicamente na integra e que atenderam os seguintes critérios de inclusão: trabalhos publicados nos últimos 10 anos, língua portuguesa e coerente com o objetivo e relevância do tema estudado. No âmbito da APS a gestão do cuidado a saúde do idoso é enfatizado a programas, políticas e estratégias voltadas a doenças crônicas, quadro no qual deve ser alterado, visando também à qualidade do padrão alimentar deste idoso e sua característica nutricional. Em detrimentos de planos terapêuticos imposto em grupos operativos, pode não ser observada posteriormente pelo profissional a concomitância da má 29 qualidade do padrão alimentar do idoso e outros comportamentos não saudáveis. É evidente que o plano terapêutico que se atinja eficácia no controle a doenças crônicas também irá beneficiar a nutrição do idoso, mas esta hipótese deve ser confirmada pelos profissionais da equipe multidisciplinar, através de exames laboratoriais e um olhar holístico do idoso, pois com intuito de controle a saúde, o mesmo por não conhecimento das informações, ou não compreensão correta das mesmas, pode apresentar um déficit nutricional em detrimento do controle das doenças crônicas intituladas em grupos operativos. Portanto, conclui-se com este estudo que o enfermeiro atuante na APS, para uma assistência integral e humanizada, deve estar articulado com a equipe, visando a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida. Se tratando de um grupo de indivíduos com maior vulnerabilidade em razão de mudanças fisiológicas, psicológicas, relevantes a atenção a saúde do idoso ser vista com um olhar criterioso, em visão a seu aspecto nutricional no qual representa benefícios representativos para o envelhecimento ativo, envelhecimento com qualidade de vida. 30 VACINA HPV, PARA QUE SE PROTEGER? Rusione Cristina Rodrigues de Meira Oliveira Priscila Regina Vasconcelos Shirlei Barbosa Dias (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O Papiloma Vírus Humano é uma doença infecciosa transmitida sexualmente, principal agente causador do câncer cervical, e responsável por mortes femininas perdendo apenas para o câncer de mama, sendo um problema de saúde pública. Existem mais de 150 tipos de HPV, dos quais quarenta podem infectar o trato genital e destes, doze são de auto risco podendo provocar o câncer e outros podem causar verrugas genitais. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, uma em cada dez pessoas estão infectadas pelo HPV sendo detectados 500 mil novos casos de câncer cervical por ano. Aproximadamente 70% destes novos casos são observados em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, sendo que cerca de 231 mil mulheres acabarão evoluindo para morte em decorrência de câncer cervical invasivo. No Brasil, ocupa o terceiro lugar geral de câncer em mulheres e está em primeiro lugar na região Norte. Devido a essa incidência, o Ministério da Saúde em 2014 por meio do Programa Nacional de Imunização ampliou o calendário nacional de vacinação introduzindo a vacina Papiloma Vírus Humano quadrivalente no Sistema Único de Saúde que protege contra HPV tipos 6, 11, 16 e 18 que são os que acometem o colo uterino e órgãos genitais. Esse trabalho tem como objetivo principal, melhorar o acesso do grupo-alvo a vacina para imunização do HPV. A vacina é ofertada para meninas de 9 a13 anos de idade, com três doses cada. Nessa faixa etária, a vacina é mais efetiva pois essas meninas não tiveram contato sexual, não foram expostas ao HPV e o sistema imunológico apresenta melhor resposta as vacinas. A introdução das vacinas possibilitará nas próximas décadas prevenir o câncer do colo do útero que representa hoje uma das principais causas de mortes de neoplasias em mulheres no país. O Ministério da Saúde tem como meta vacinar pelo menos 80% do grupo-alvo conforme população definida, atingindo esta cobertura poderá ocorrer uma imunidade coletiva possibilitando a redução da transmissão entre as pessoas não vacinadas. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica do Ministério da Saúde e base de dados SCIELO do sítio da Biblioteca Virtual de Saúde – BVS e DeCS – Descritores em Papiloma Vírus Humano; Vacina HPV; Saúde pública que foram utilizados como descritores para a busca de artigos sobre a Vacina HPV. Após leitura de um artigo observamos que a imunização do HPV permitirá uma melhor prevenção e redução futura do câncer cervical na população feminina seguindo corretamente o esquema vacinal. As informações e orientações sobre a introdução da vacina HPV veio de forma insuficiente para a população, causando muitas dúvidas e resistência a vacina HPV, e devido à falta de informação, muitas meninas não foram autorizadas a tomar a vacina, reduzindo assim a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. Conclui se então que é necessário uma parceria com as equipes de saúde da família, profissionais da educação, com a comunidade para sanar as dúvidas dos responsáveis pelas meninas, focando a importância e a necessidade da imunização da vacina HPV. 31 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA 3ª IDADE Cláudio Ramos Branquinho Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O envelhecimento populacional é um dos maiores desafios da saúde pública mundial. Este fenômeno ocorreu inicialmente em países desenvolvidos, com a combinação de fatores como, a queda da mortalidade, urbanização, melhoria nutricional, elevação dos níveis de higiene pessoal e ambiental, assim como, os avanços tecnológicos contribuíram para este cenário. No Brasil este fenômeno começou mais tarde quando comparado aos países desenvolvidos e está crescendo rapidamente, principalmente na população acima dos 60 anos. Esse aumento se deve, em grande parte, à elevação considerável da expectativa de vida dos brasileiros, e potencializada com a queda da taxa de natalidade, ampliando a proporção relativa de idosos na população, com impactos expressivos nas políticas de saúde. A atenção à saúde do idoso reflete em práticas simples de cuidados, sendo um processo dinâmico que depende de ações coordenadas de enfermagem, levando em consideração a realidade do idoso e respeitando os aspectos, fisiológicos, sociais, culturais, econômicos e religiosos na assistência como um todo. Identificar a importância do papel do enfermeiro no atendimento ao idoso. Este trabalho é um estudo de revisão bibliográfica, onde se analisou publicações sobre assistência de enfermagem na 3ª idade, direcionadas ao exercício profissional de enfermagem. Foram selecionados vários artigos científicos compatíveis com o assunto, a partir da base de dados eletrônicos da SCIELO com as palavras chaves: Enfermagem, Saúde do idoso no período de 2006 a 2015. As pessoas idosas apresentam mais doenças crônicas tais como: Hipertensão arterial, diabetes mellitus e índices superiores de dependência. Isso requer assistência contínua para, por exemplo, monitorar o uso da medicação prescrita, realização de atividades diárias, hidratação, alimentação, entre outras. Quando não assistidos, são usuários mais comuns dos três níveis de atenção à saúde: Primários, secundários e terciários, gerando enormes gastos com a saúde. Neste contexto, a forma como o profissional de enfermagem cuida do idoso está relacionada à sua percepção do processo de envelhecimento, atuando diretamente na prevenção e promoção da saúde, desenvolvendo ações educativas e auxiliando no diagnóstico no decorrer da vida os quais devem ser compartilhados com a família, para definição das estratégias sobre o tipo de assistência é mais indicado para o bem-estar do idoso. Neste contexto, o enfermeiro é o profissional que organiza e articula toda a assistência prestada. É evidente que o cuidado ao idoso requer da enfermagem, conhecimento, afeto, paciência e dedicação visto que muitos idosos são resistentes ao tratamento sendo um fator determinante para adequar o tipo de assistência prestada, o que possibilitará a busca da qualidade de vida visando atender as necessidades dessa população. 32 POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM JUNTO A UMA COMUNIDADE CIGANA ANALISANDO O AMBIENTE E PROMOVENDO SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Érica Conceição da silva Ivani Aparecida Teixeira Patrícia souza Candido Ferraz Tallita Oliveira Souza Maria do Carmo Balbino Juliana Alves Viana Matos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A população cigana é composta por comunidades de povos com tradição antiga, com linguagem e cultura que prevalecem desde as suas origens na Índia, a partir do século XVI. Desde então eles começaram a emigrar para outros países. No Brasil, os ciganos são conhecidos como uma população de hábitos primitivos possuem uma cultura sólida de casamentos, nascimentos, registro de nomes e luto. Assim, a comunicação entre eles é feita por intermédio de uma linguagem padronizada e particular. A comunidade cigana ainda mantém um distanciamento dos serviços de saúde, da sociedade, e da cultura das pessoas que vivem ao redor dos acampamentos. Justificando a necessidade dos enfermeiros e demais profissionais de saúde adquirir conhecimento sobre esses povos, e buscar uma maneira de interação onde haja procura pela promoção à saúde, e um ambiente adequado para moradia. Objetivou-se analisar os impactos ambientais no local de residência de uma comunidade cigana e promover a melhoria das condições deste espaço. Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo relato de experiência. Realizou-se um estudo em uma comunidade cigana precedida de autorização do responsável pelo acampamento, obedecendo aos preceitos éticos, bem como a cultura da população estudada. A comunidade cigana localizava-se na região Norte de Belo Horizonte, Minas Gerais, onde os acampados residiam por um período de aproximadamente dois anos. O local era divido por cerca de cinquenta pessoas incluindo: crianças, jovens, adultos e idosos de ambos os sexos. Observou-se que as condições de residência eram diferentes do padrão ocidental. Localizaramse alguns nós críticos, causadores de desequilíbrio no ambiente, que afetam a comunidade dentre eles o hábito de despejar resíduos domiciliares próximos às tendas. O armazenamento de água e alimentos também era feito de forma inadequada: em compartimentos abertos, passiveis de contaminação por animais ou produtos. Foi realizada uma apresentação sobre doenças e agravos relacionados ao ambiente, para um público de aproximadamente trinta pessoas, onde se encontravam crianças, jovens, adultos e idosos, a ação abordou todos os integrantes para um aprendizado de todos. Utilizando-se da estratégia de educação em saúde foram abordados temas como armazenamento adequado de alimentos e da água, recolhimento de resíduos, e a sensibilização dos moradores na busca pela promoção da saúde na Unidade Básica Saúde, próxima ao acampamento. Nesta ação destacou-se o uso das tecnologias leves de forma lúdica para promover maior interação e aproveitamento da troca de conhecimentos entre o profissional e a sociedade. Com a realização do trabalho foi evidenciado que a comunidade possuía vários pontos de desequilíbrios com o ambiente, gerando riscos de agravos para seus integrantes e a pessoas que viviam em torno dela. Com base nesse diagnóstico verifica-se a 33 necessidade de busca dos profissionais em ações que sensibilize a população da importância do ambiente e o cuidado que devemos ter com ele para termos uma qualidade de vida, e um local de habitação favorável. Devido as diversidades culturais, e as demandas individuais os profissionais de saúde devem estar aptos a lidar com diferentes públicos. Percebe-se a importância do desenvolvimento de práticas educativas em saúde relacionadas ao ambiente e à saúde. Para além dos objetivos propostos o trabalho permitiu que os discentes envolvidos apreendessem elementos importantes no cuidado às diferentes populações como a adequação de linguagem e respeito ao outro e suas particularidades. 34 A AMBIÊNCIA APLICADA NAS REDES DE ATENÇÃO Á SAÚDE NO ATENDIMENTO AO IDOSO Daniely Fernanda Gonzaga Ramos Maria Tânia da Costa Silva Tiziane Rogerio Madureira (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O Brasil passa hoje por uma grande mudança no quadro de saúde, também conhecido como transição demográfica, onde os números de jovens vêm diminuindo e o de idosos aumentando, com isso vêm aumentando a porcentagem de pessoas com doenças crônicas e à procura de atendimento nas redes de atenção à saúde. Quando o idoso necessita de tratar a parte clínica em questão, ele procura atendimento nas redes de atenção, porém juntamente com esse atendimento ele deveria encontrar um ambiente de acesso compatível com suas especificidades para que esse atendimento fosse eficaz e de qualidade. Porém nem sempre a realidade é essa, as redes ainda precisam pensar em ações estratégicas, reorganizar alguns fluxos, qualificar pessoal, modificar algumas diretrizes e principalmente pensar na ambiência que está sendo ofertada por ela, se está condizente com as necessidades atuais do paciente em questão, que é o idoso. O que se encontrado no cenário atual, são ambientes completamente despreparados, sem material insuficiente para demanda, quadro de profissionais com defasagem, profissionais sem qualificação para lidar com esse público idoso, falta de recursos tecnológicos, falta de espaço físico nos ambientes destinados aos atendimentos e internações, falta de recurso financeiro e falta um olhar diferenciado para esse público específico. Os idosos demandam um ambiente bem equipado e estruturado para atendê-los, onde cada detalhe faz a diferença no seu bem-estar, até o piso que ele anda, que pode ocasionar uma queda caso ele não seja adequado, gerando assim uma nova demanda de atendimento. A Política Nacional de Humanização tem como uma de suas diretrizes a “Ambiência na Saúde”, onde os espaços físicos devem proporcionar atenção acolhedora, resolutiva e humana. Para tal a equipe precisa trabalhar todos os aspectos que envolvem ambiência, devem fazer parte desse processo gestores e profissionais na tentativa de avaliar todo espaço físico, cuidando para que cada ambiente consiga acolher esses idosos de maneira humanizada, respeitando suas necessidades que vão de acordo com as alterações que o ser humano passa conforme o passar dos anos. Além desse cuidado com o espaço físico, os profissionais devem receber educação continuada, aprendendo a lidar com as alterações fisiológicas que o idoso passa, para poder ofertar um atendimento mais específico e integral. Algumas situações fogem da governabilidade dos profissionais, contudo a ambiência traz um conceito muito amplo, proporcionando assim alternativas aos profissionais que querem fazer a diferença em seu ambiente de trabalho. Quando se faz uma análise situacional do ambiente com intuito de avaliar se ele está apto a receber pessoas idosas, o profissional não precisa necessariamente de recursos financeiros para adequar aquele local, por exemplo medidas simples como a mudança de posicionamento de um mobiliário, ou a despoluição visual de paredes rígidas com impressos antigos, sinalização visual com direções que facilitem o fluxo através de faixas ou placas indicativas, organização do espaço onde o idoso está sendo atendido, retirada de material pontiagudo ou perfuro cortante, 35 disponibilizar assento ou maca em outro setor que esteja disponível priorizando os idosos. Todas essas, são atitudes que não precisam de um posicionamento governamental e orçamentário para acontecer, claro que para que o atendimento do idoso seja eficaz , humanizado e integral ele precisa de muito mais subsídios, mas o que estiver ao alcance do profissional deve ser feito afim de reduzir danos, aguardando um posicionamento de leis e diretrizes que visem melhorias nas redes, que ainda não apresentam como realidade um cenário modelo de atenção voltada para todas as necessidades biopsicosocial do idoso. As redes de atenção à saúde, ainda não conseguem atingir um nível ótimo de qualidade no atendimento ofertado e direcionado ao idoso. 36 A ENFERMAGEM E A AMBIÊNCIA: UM DESAFIO NAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM Daniely Fernanda Gonzaga ramos Maria Tânia da Costa Silva Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Ambiência é o tratamento dado ao espaço físico entendido como espaço social, profissional e de relações interpessoais que deve proporcionar atenção acolhedora, humana e resolutiva. Estão inclusos nesse tratamento, questões relativas a conforto, privacidade, acolhimento, integração, espaço de “estar”, assim com espaços que propiciem reflexivo, inclusão e participação. Alguns elementos que fazem parte dessa composição são: forma, cor, luz, textura, cheiro, som, espaço adequado, localização de mobiliário. O exercício profissional de enfermagem é regido pelo Conselho Federal de Enfermagem, que traz como instrumento de apoio aos profissionais o código de ética, onde este descreve sobre as obrigações, deveres, direitos e proibições. Contudo esse código não deixa de forma clara e específica quais as atribuições do enfermeiro na ambiência, ele sugere responsabilidades e compromisso que o enfermeiro deve manter em relação ao paciente e com a equipe. Dessa forma, surge o interesse em buscar quais são desafios que a enfermagem enfrenta nas suas práticas em relação a ambiência, e o que dificulta a implantação da mesma. O intuito da pesquisa é analisar o trabalho da enfermagem e identificar os desafios que os profissionais têm que enfrentar. Através de conceitos já existentes na literatura, foi buscado no conteúdo bibliográfico, o papel do enfermeiro, ressaltando o que é de competência do profissional que está descrito no código de ética, e o que o código sugere de forma geral sobre o tema. A interação entre os temas foi feita através da leitura de um texto disponível no site do ministério da saúde, onde esse apresenta o conceito de ambiência e de que forma pode ser utilizado na área de saúde. Com base no material pesquisado será feito um levantamento de conceitos, buscando o que a literatura traz em relação aos temas. Com o resultado obtido na nessa pesquisa, caracterizar os desafios e enfatizar a importância da ambiência e o que ela traz de benefícios. Os profissionais de enfermagem ocupam uma vanguarda da arena de cuidados de saúde, por isso que muitas vezes o paciente tem tanta confiança em seu trabalho. Mas, contudo, os enfermeiros levam iguais obrigações de responsabilidades e de prestação de contas, de seguir os princípios éticos e os padrões de cuidados inerentes à profissão. O profissional precisa buscar dados em pesquisas com base em evidências, para garantir um melhor atendimento ao paciente e evitar riscos. É de bom tom o profissional incluir a implementação de protocolos, a revisão do desempenho de preceptores, revisão por pares, educação continuada, levantamentos de satisfação dos pacientes. Um princípio que trata da beneficência, afirma a aspiração e a obrigação do profissional a ajudar a promover o bem-estar das outras pessoas. Como toda profissão regulamentada, a enfermagem também precisa se basear e atuar conforme um código de ética estabelecido pelo conselho. Esse código que a enfermagem segue ou deve seguir fica disponível no Conselho regional de enfermagem, que viabiliza para cada inscrito regularmente um manual todo ano, no conteúdo desse código está inserido todos os artigos que se fazem cruciais na profissão, é através dele que os profissionais se guiam. É de responsabilidade do profissional se 37 manter atualizado e aplicar o que o código trás, as obrigações, responsabilidades, direitos entre outros. Porém além do que ele traz bem explicado nas linhas, o profissional tem que ler também as entrelinhas, porque são nelas que ficam escondidas ações que precisam ser avaliadas, atitudes a serem tomadas e mudanças a serem realizadas. São esses pequenos detalhes que fortalecem o elo entre a equipe e os profissionais, detalhes também esses que trazem qualidade de acertos, eles fazem a diferença nos resultados obtidos. Através dessa percepção do que não é tratado de forma clara, é possível realizar mudanças no processo saúde. 38 PROGRAMA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DO HOMEM: UM FRAGMENTO DA REALIDADE ASSISTENCIAL Sandy de Melo Silva Luciana Clemência de Oliveira Deborah da Cunha Barbosa Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Em relação a ESF localizada em Belo Horizonte, o serviço ofertado à saúde do homem realiza grupos operativos, consulta médica, exames de rotina (PSA) compatível com a idade, encaminhamentos especializados, consulta de enfermagem e o Núcleo de Atendimento à Saúde da Família (NASF). O atendimento é realizado por meio de acolhimento da demanda apresentada pelo paciente com abordagem médica e consulta de rotina. A relação de vínculo entre o profissional de saúde e o usuário do sexo masculino dificilmente se estabelece devido a menor procura deste gênero pelo serviço. Com relação à busca de atendimento pela clientela masculina, percebe-se que há dificuldades porque se trata de população economicamente ativa, então a busca é feita em folgas ou férias, e em casos agudos a procura é feita por meio do condicionamento de comprovante de atestado a fim de justificar a ausência no trabalho. Ao ser analisada a frequência do usuário no serviço de saúde em relação ao sexo, percebe-se que há uma maior utilização pela mulher, porque historicamente o cuidado está centrado à figura feminina com o cuidado dos filhos, da família e de si própria. Analisando os resultados da ESF do município de Ribeirão das Neves, percebe-se que o atendimento fornecido aos usuários masculino está centrado nos grupos operativos, direcionamento a exames e consultas especializadas quando necessário. A assistência é realizada por meio da demanda espontânea, agendamento de consultas com enfermeiro, encaminhamento ao médico caso haja necessidade e visita domiciliar. Em relação ao vínculo, os profissionais tentam estabelecer, obtendo êxito em alguns casos, apontando que buscam deixar os usuários à vontade para esclarecer suas dúvidas, apesar de alguns demonstrarem receio. Ao se cruzar os dois resultados obtidos pela pesquisa, observa-se que as duas equipes tentam seguir o que é preconizado pelo Ministério da Saúde, mas a oferta dos serviços (como os exames) ainda está precária principalmente na ESF do município de Ribeirão das Neves, pois são direcionados para outras unidades. Em ambas ESF o atendimento é realizado por demanda espontânea e marcação de consulta, mas como a procura do homem pelo serviço de saúde é menor, existe dificuldade para se estabelecer o vínculo entre profissionais e usuário. O gênero masculino corresponde a boa parte da população economicamente ativa e provedora da família o que prejudica a procura pelo serviço de saúde. Os achados desta pesquisa permitiram desvelar que, apesar de a ESF permitir o acesso dos homens por meios da demanda espontânea, na maioria dos casos, este gênero não busca o atendimento visando a prevenção a saúde e sim com uma queixa já estabelecida. Constatou-se que os serviços de saúde não estão preparados para atender todas as demandas referentes à saúde do homem, sobretudo aos referentes à prevenção de agravos e promoção da saúde. 39 A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR Lorena Carolina Alves Dos Santos Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares Sheila Fonseca Araújo Shirlei Barbosa Dias (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 7.00.00.00-0 Ciências Humanas O enfermeiro do trabalho é um profissional habilitado que possui curso de especialização em enfermagem do trabalho. Esse profissional pode prestar apoio ao paciente, em ambulatórios, nos setores de trabalho e na execução de atividades relacionadas ao serviço de higiene, medicina e segurança do trabalho, elaborar projetos, identificar riscos de doenças ocupacionais, promover a educação na prevenção de acidentes e fazer treinamentos relacionados à prevenção da saúde do trabalhador. Além desses atributos, o enfermeiro também é o grande responsável por realizar inquéritos sanitários, cálculos de estatísticas de doenças e de mortalidade dos trabalhadores. Diante disso o objetivo desse trabalho é mostrar as atribuições do enfermeiro do trabalho e sua contribuição para a saúde do trabalhador. O resumo apresentado evidencia que em trabalho conjunto com a equipe multiprofissional o enfermeiro deve estudar as condições de segurança e periculosidade da empresa, efetuando observações nos locais de trabalho e discutindo-as em equipe, para identificar as necessidades no campo da segurança, higiene e melhoria do trabalho elaborando e executando planos e programas de proteção à saúde dos empregados, fazem levantamentos de doenças profissionais e lesões traumáticas, investigando possíveis relações com as atividades funcionais, para obter a continuidade operacional e aumento da produtividade. A metodologia utilizada para elaboração do presente estudo foi pesquisa bibliográfica. A mesma forneceu subsídios para que o tema em questão fosse analisado e assim, enriquecendo ainda mais os conhecimentos adquiridos. A pesquisa bibliográfica permitiu a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla, principalmente pelo fato do presente trabalho requerer uma coleta de dados muito dispersos no tempo e no espaço. Foi realizado um levantamento de artigos científicos publicados, cujo foco central era enfermagem do trabalho, utilizando bancos de dados como Pubmed (National Libary of Medicine), BVS (Biblioteca Virtual em saúde) e Scielo (Scientifific Eletronic Libary Online), dentre os 25 artigos lidos foram selecionados 05 para elaboração do presente resumo. O enfermeiro do trabalho tem como funções executar e avaliar programas de prevenções de acidentes e de doenças ocupacionais ou não, fazer análise dos fatores de insalubridade, dos riscos e das condições de trabalho, para propiciar a preservação de integridade física e mental do trabalhador; prestar primeiros socorros no local de trabalho, em caso de acidente ou doença, sem deixar de lado o assistencial fazendo curativos ou imobilizações, administrando medicamentos e tratamentos e providenciando o posterior atendimento médico adequado, elaborar, executar, supervisionar e avaliar as atividades de assistência de enfermagem aos trabalhadores, proporcionando-lhes atendimento ambulatorial, no local de trabalho, controlando sinais vitais, aplicando medicamentos prescritos, curativos e com isso reduzir o absenteísmo profissional podendo contribuir para detecção de situações de risco e educação na saúde dos trabalhadores. 40 ORIENTAÇÃO DA POPULAÇÃO DE SANTA LUZIA EM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO DA UNIDADE DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Miriã Micaela de Oliveira Micaelle Pizzoti Alves Bento Lorena Carolina Alves dos Santos Isabella Cristina Carvalho Costa Karine Veloso dos Santos Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A expectativa de vida vem sofrendo um aumento considerável nos últimos tempos e consequentemente tem-se um processo de envelhecimento acelerado. Isto tem feito com que a procura pelo serviço de saúde seja cada vez mais buscado. Sabe-se que o aumento dos idosos na população implica um maior número de problemas de saúde de longa duração, que frequentemente exigem intervenções custosas, envolvendo tecnologias complexas para um cuidado adequado¹. Percebe-se também que a população muitas vezes procura o serviço de saúde sem orientação de onde de fato poderia resolver seu problema de saúde. Considerando tais fatos, empreendeu-se neste resumo um relato de experiência de discentes de Graduação em Enfermagem, do sétimo período da Faculdade de Minas (Faminas-BH), realizado em maio de 2015. A experiência vivenciada pelos alunos se deu com duas visitas técnica supervisionadas em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Luzia onde foi possível colocar em prática as teorias ensinadas em sala referente à consulta de enfermagem, além de uma melhor compreensão da realidade vivenciada pelos trabalhadores da área da saúde. As discentes passaram por todos os setores da UPA para conhecer o fluxo e demanda dessa unidade. Isso propiciou o levantamento do dado de interesse da pesquisa, ou seja, o motivo que levou o idoso a buscar atendimento na UPA. Dos resultados obtidos percebeu-se que a grande maioria da população, incluindo aqui os idosos, procura por serviços na UPA que podem ser resolvidos em unidades básicas de saúde e que isso, em geral, ocorre por falta de informação do que a unidade pode de fato oferecer ao usuário. Reitera-se que, na maior parte das situações, as queixas apresentadas deveriam ser resolvidas na atenção primária. Com os dados levantados, foram realizadas ações de Promoção em Saúde voltadas para a população idosa e os demais usuários sobre a importância do autocuidado, das práticas saudáveis de vida, do uso correto de medicações, alimentação saudável e a adesão da maior procura de Centros de Saúde. Foram distribuídos panfletos informativos acerca da temática, com linguagem fácil e explicativa sobre boas práticas de saúde e também uma abordagem individual. Nesta, os alunos explicaram a importância do uso correto dos medicamentos e a prática do autocuidado, bem como orientações sobre os serviços ofertados nos Centros de Saúde. Também foi colocado na porta de entrada da UPA um banner com imagens autoexplicativas sobre serviços ofertados nas UPAs e nos Centros de Saúde. Espera-se que as ações ministradas pelos discentes possam contribuir para um melhor entendimento da população e, em especial os idosos, em relação aos serviços ofertados pelas UPAs e Centros de Saúde. 41 O ALEITAMENTO MATERNO E OS BENEFÍCIOS PARA A MÃE Isabella Cristina Carvalho Costa Lorena Carolina Alves dos Santos Dijanira Paloma Rebeca Brandão Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O aleitamento materno é uma prática natural, decorrente do parto a fim de nutrir o bebê. O leite materno tem todos os nutrientes necessários para o crescimento e o desenvolvimento dos recém-nascidos até o sexto mês de vida. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a amamentação deva ser exclusiva por 4-6 meses e complementada até 2 anos ou mais. Muito se tem discutido sobre as vantagens do aleitamento para a criança, mas também é de extrema importância para a vida da mãe. Baseado nisso o objetivo desse trabalho é compreender a importância e os benefícios do aleitamento materno para a mãe. A metodologia utilizada para o presente estudo foi pesquisa bibliográfica utilizando as palavras chaves aleitamento materno, benefícios do aleitamento materno e aleitamento materno na saúde da mulher. O material foi selecionado a partir da base de dados eletrônicos da Pubmed (National Library of Medicine), Scielo (Scientific Eletronic Library Online) e Ministério da Saúde. Foram selecionados 10 artigos científicos sendo 06 utilizados, no período de 2000 a 2015.Estudos demonstraram que há uma relação positiva entre amamentar e apresentar menor risco de doenças como o câncer de mama e de ovário. Indaga-se também sobre o efeito da amamentação no menor risco de morte por artrite reumatoide e como a amamentação se relaciona à amenorréia pós-parto e ao consequente maior espaçamento intergestacional. Outros benefícios para a mulher que amamenta são o retorno ao peso pré-gestacional mais precocemente e o menor sangramento uterino pós-parto e um menor índice de anemia, devido à involução uterina mais rápida provocada pela maior liberação de ocitocina que pelo contato da pele e o ato de sugar estimulam o nervo vago que faz com que esse hormônio seja liberado, provocado também a sensação de prazer durante a amamentação e contribui para a elevação da autoestima e a diminuição das depressões pós parto. Estudos demonstram importantes benefícios da amamentação quanto à saúde da mulher, confirmando-se o menor risco de diversas patologias e também contribuindo para a saúde psíquica da mãe. Apesar das pesquisas científicas explorarem mais os benefícios para a saúde das crianças, este tema já foi suficiente para aumentar o interesse sobre o assunto e também o desejo de divulgar mais sobre os benefícios da amamentação para a mãe. O sucesso do aleitamento materno como benefício para a saúde da mulher está diretamente ligado ao treinamento e encorajamento por parte dos profissionais de saúde e o meio familiar, que possam apoiar e orientar corretamente a mulher desde o princípio da gravidez. São passos simples de uma boa orientação que podem fazer com que surja uma grande mãe e uma mulher mais feliz e mais saudável. 42 A INSERÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO SISTEMA PRISIONAL LEVANDO DIGNIDADE E CIDADANIA AOS INDIVÍDUOS PRIVADOS DE LIBERDADE Bruno Alexandre E Silva Maria de Fátima Da Silva Castro (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A inserção do profissional de enfermagem no sistema prisional levando dignidade e cidadania aos indivíduos privados de liberdade. O sistema prisional brasileiro há muitos anos deixou de ser um instrumento de reabilitação. Segundo a secretaria de estado de defesa social (Seds), há uma superlotação que inviabiliza a separação, em algumas penitenciarias, dos presos provisórios de outros que foram condenados pela justiça do estado de Minas Gerais, por crimes graves. Esse campo é um grande desafio para o Enfermeiro. A incidência da AIDS, Hanseníase e tuberculose, por exemplo, é muito alta nos presídios, conforme dados do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias do Ministério da Justiça (Infopen). Exige que o enfermeiro tenha habilidades para realizar educação permanente, para promoção da saúde e prevenção de doenças transmissíveis, nesse ambiente confinado, o que aumenta os riscos de contaminação. Paralelamente, os ministérios da saúde, conjuntamente com o Ministério da justiça, criaram a portaria n°1777, de 9 de setembro de 2003, que instituiu o plano nacional de saúde, no sistema penitenciário. Porém, mesmo com a criação da portaria e frente aos direitos reservados ás pessoas privadas de liberdade, pouco foi feito. Percebe-se a falta de investimento das três esferas governamentais para reverter toda situação. Assim, fica mais difícil a reabilitação do infrator, para que possa exercer seu papel de cidadão, e almejar um futuro melhor para si mesmo e para a sua família. E é através das instituições que poderá oferecer uma assistência das equipes multidisciplinares como médicos, psicólogos, enfermeiros que vão auxiliar numa boa assistência à saúde. O nosso atual sistema prisional é, sem hesitação, uma das maiores dívidas sociais que o estado brasileiro e a sociedade vem presenciando. Uma situação alarmante e de impacto profundo e eminente no cotidiano do nosso país: Trata-se de uma revisão integrativa realizada na base de dados da biblioteca virtual em saúde (bvs) no período que compreende o ano 20062015. Utilizando os descritores: saúde, enfermagem, prisões, vulnerabilidade. E reportagens online, pesquisa que discutem acerca da atuação da enfermagem no sistema prisional. O presente trabalho tem como objetivo identificar e discutir as várias possibilidades de atuação da equipe de enfermagem dentro do sistema carcerário. A presença do agente penitenciário e a periculosidade são os elementos limitantes da prática de enfermagem. A atuação do profissional de enfermagem é de caráter preventivo englobando profissional, detento e atuando alguns assuntos urgentes, como: ferimentos por brigas, entre outros e campanhas de vacinação. Dentro das celas há uma divisão para o Melhor atendimento dessa população: em celas separadas, por delitos. As equipes de saúde que realizam atendimento em presídios são feitas pelo programa saúde da família (PSF), como visitas e são compostas de médico, do enfermeiro, técnicos de enfermagem e agentes penitenciários. Essas equipes podem ser compostas por outros profissionais: Cirurgião dentista, Psicólogo, Assistente Social. As ações são voltadas para promover promoção, prevenção de doenças. Mas na prática a realidade é outra, a superlotação dos presídios dificulta a qualidade da assistência, a prevenção e promoção à saúde dos detentos. Percebe-se que a falta de investimento do governo em políticas públicas, reflete diretamente 43 na assistência de saúde dos detentos. Pois há falta de investimento em qualificações profissionais e baixas remunerações. Há que se reconhecer que existem muitas limitações para o trabalho nesse campo, tais como a presença dos agentes penitenciários que muitas vezes dificultam o atendimento e a periculosidade que esses profissionais enfrentam para desempenhar suas ações. O desafio dessa profissão é fazer a junção de segurança com a saúde deles e levar a melhor qualidade com um mínimo de segurança. 44 A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO DO ADULTO: UM DESAFIO PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE Maria Aparecida Coura Luciana Veríssimo Duarte Maria Santos Rosa Wagner de Souza Fernandes Ana Luiza dos Reis Salvina Campos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é um dos programas mais bem-sucedidos no Brasil e oferece gratuitamente a diversos imunobiológicos permitindo à população prevenção contra infecções por micro-organismos considerados relevantes em saúde pública. Manter o calendário de vacinação do adulto atualizado tem sido um desafio e um tema ainda muito pouco abordado na rotina da maioria dos profissionais de saúde. Por hábito e desconhecimento, há uma constante preocupação do adulto apenas com a vacinação das crianças, não sabendo ou não dando importância para o próprio histórico de vacinação. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento de adultos vacinados até o momento no ano de 2015, demonstrar a importância da vacinação do adulto e o papel do profissional de saúde na atualização da caderneta de vacinação. Devido a impossibilidade de acesso aos dados de cobertura vacinal dos postos de saúde, uma vez que a maioria não realiza registros das vacinas administradas em adultos e não há informatização, tomou-se por base dados compilados pelo Serviço de Saúde do Viajante de Belo Horizonte, e fez-se uma breve análise quantitativa de vacinas aplicadas em adultos que procuraram o serviço no primeiro semestre de 2015. Todos os dados apresentados neste estudo correspondem ao número absoluto de adultos atendidos e de vacinas aplicadas. Foram realizados no Serviço de Atenção à Saúde do Viajante, no primeiro semestre de 2015, 7.189 atendimentos onde foram aplicadas, 2.581 doses correspondente à vacina contra febre amarela. Outras 2.926 doses foram de tríplice viral, 1.765 doses de hepatite B e 2.151 doses de dupla adulto, sendo que foi aplicado em mesma pessoa uma ou mais vacinas. Todas as vacinas foram ofertadas mediante consulta de enfermagem para aqueles que não estavam em dia e aceitaram ser vacinados. A rede pública possui um calendário específico para a população adulta, com a disponibilização de uma grande variedade de vacinas, mas a adesão da população ainda está abaixo do esperado e a situação é ainda pior quando analisado o número de adultos que não retornam para o reforço de uma vacina. Não vacinado, o adulto fica suscetível a vários tipos de infecção, colocando não só apenas a sua vida em risco. Entre as vacinas que são importantes para o adulto e que são oferecidas pelo SUS destacam-se a tríplice viral, hepatite B, tétano e febre amarela. A indicação de vacinas na vida adulta ainda é feita de maneira incipiente. Os profissionais de saúde são aptos e responsáveis por informar, esclarecer e destacar a importância da vacinação, promovendo a atualização da caderneta de vacinação destes indivíduos. Não há dúvidas de que a principal barreira é a falta de conhecimento dos esquemas de vacinação pela população adulta. Um desafio comum é a vacinação com registros desconhecidos. Muitos não possuem a caderneta de vacinação e os testes sorológicos se tornam 45 a única opção para o esclarecimento do estado imunológico. Contudo, todas as oportunidades devem ser aproveitadas e utilizadas pelos profissionais de saúde para orientação e oferta de imunobiológicos, nenhuma chance deve ser perdida, visando a proteção contra doenças graves e imunopreveníveis, evitando a assim a disseminação destas por toda a população. 46 A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA PARA A SAÚDE DO VIAJANTE Maria Aparecida Coura Luciana Veríssimo Duarte Maria Santos Rosa Wagner de Souza Fernandes Ana Luiza dos Reis Salvina Campos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O número de viagens nacionais e internacionais cresceu muito nos últimos anos. As pessoas viajam por diversos motivos como lazer, trabalho, estudo, missão, dentre outros. A vacina contra febre amarela é recomendada para áreas endêmicas no Brasil e é exigida para mais de 100 países segundo o Regulamento Sanitário Internacional da Organização Mundial de Saúde, principalmente nas florestas da África e Américas. Considerando dados gerados e fornecidos pelo Serviço de Saúde do Viajante de Belo Horizonte, que é compilado mensalmente, a metodologia deste trabalho consistiu em uma breve análise quantitativa do atendimento no serviço para emissão do certificado no primeiro semestre de 2015. Todos os dados apresentados neste estudo correspondem ao número absoluto de atendimentos. O presente trabalho consistiu também em uma revisão bibliográfica de caráter descritivo exploratório sobre a vacinação contra febre amarela, realizado na Biblioteca Virtual de Saúde, cujas bases de dados foram da Medical Literature on Line (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO). A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um por um arbovírus do gênero flavivírus, família flaviviridae, transmitida por picada de mosquitos, podendo ter manifestações de formas leves e inaparentes a sintomas graves. Em áreas silvestres a doença é transmitida por mosquitos do gênero haemagogus do sendo os principais hospedeiros do vírus amarílico os primatas não humanos (macacos), e em áreas urbanas é transmitida pelo aedes aegypti sendo o único hospedeiro o homem. É de difícil diagnóstico e pode levar rapidamente ao óbito. É de grande relevância epidemiológica por sua gravidade e potencial de disseminação em áreas urbanas. O objetivo deste trabalho é demonstrar a relevância da doença, a importância da vacinação, as recomendações atuais para viajantes, o que fazer quando se deslocar para um país de exigência, como agir em caso de contraindicação para receber a vacina, como retirar o certificado de isenção da vacinação, contribuindo assim para melhor conhecimento na área acadêmica. Belo Horizonte conta hoje com um serviço pioneiro em atenção à saúde do viajante para emissão do certificado e outras atribuições. É importante consultar a lista dos países de exigência disponível no site da ANVISA, receber a vacina no mínimo dez dias antes da viagem e dirigir-se a um serviço onde seja feita a emissão do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia-CIVP. No primeiro semestre de 2015, o Serviço de Atenção à Saúde do Viajante realizou 7.189 atendimentos para emissão do certificado internacional de vacinação ou profilaxia. A Febre Amarela é uma doença grave, relevante e de ampla distribuição geográfica. É necessário uma permanente vigilância, conscientização entre autoridades e população, vacinar quando for 47 deslocar para áreas endêmicas e controle ou eliminação do mosquito transmissor. A vacinação contra a Febre Amarela é uma importante medida de prevenção e controle da doença e leva em conta a idade, condições de saúde, viagens, indicações e contraindicações. Estas importantes informações contribuem para o esclarecimento sobre uma doença de grande magnitude, promovendo assim saúde, proteção individual e coletiva, bloqueio da propagação geográfica e prevenção de epidemias, pois com uma população adequadamente vacinada, reduz-se a transmissibilidade da doença e os índices de morbimortalidade. 48 O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO POR HPV Sabrina Soares da Silva Laís Kelle de Oliveira Jéssica Vírginia Ribeiro de Araujo Angélica Mônica Andrade (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde As Doenças Sexualmente Transmissíveis se tornaram um grande problema de saúde pública. O câncer de colo de útero ou câncer cervical, embora passível de prevenção e cura, ainda é responsável por um grande número de mortes entre mulheres, especialmente em países em desenvolvimento. O Papilomavírus Humano (HPV) é fator necessário, ainda que não suficiente, para o desenvolvimento do câncer de colo do útero. A motivação para o desenvolvimento deste estudo deu-se por observar através da vivência profissional grande incidência do HPV entre os adolescentes e jovens. Este estudo torna-se relevante, pois busca refletir junto aos enfermeiros, a importância das orientações junto a população, quanto à prevenção das infecções do HPV, a fim de evitar maiores agravos. A escolha do tema deu-se em função de grande incidência do HPV entre adolescentes e jovens, que nos leva a refletir sobre a importância da Educação em Saúde, através da atuação do enfermeiro. A presente pesquisa baseou-se em uma busca de artigos científicos e manuais do Ministério da Saúde. O acesso a esta revisão bibliográfica ocorreu entre os meses de julho a agosto de 2015. A transmissão do HPV acontece por contato direto com a pele infectada e dos HPVs genitais, por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, no colo do útero, no pênis e ânus. Na adolescência, as relações acontecem com um maior número de parceiros, o que contribui para o aumento da ocorrência das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Demonstra como período de transmissibilidade enquanto houver lesão viável. Segundo o Ministério de Saúde (2010), as complicações de lesões são a cancerização, mais frequente nas mulheres, com localização tropica no colo uterino. O tratamento tem como objetivo reduzir ou eliminar as lesões causadas pela infecção. A forma de tratamento depende de fatores como a idade do paciente, o tipo, a extensão e a localização das lesões. O tratamento para o HPV pode ser feito em casa com remédios antivirais ou no hospital com técnicas como a cauterização das verrugas. O HPV, popular "crista de galo", consiste num vírus com alta capacidade de disseminação, sendo percebido pela rápida proliferação do papilomavírus. Pode induzir a formação de tumores no epitélio vaginal, são ainda caracterizadas pelos condilomas genitais. Quando não tratado ou cuidado inadequadamente, corre-se o risco de aparecimento de câncer de colo de útero, é bom ressaltar que nem todos os tipos do HPV são oncogênicos, alertando-se ainda quanto ao diagnóstico precoce. Os cuidados de enfermagem envolvem explicar a história da doença, informando suas evoluções, que é devido à baixa do sistema imunológico. Aconselhar as mulheres a realizar o preventivo semestralmente, se houver resultado positivo, ao iniciar o tratamento orientar quanto à abstinência sexual e tratamento do parceiro, incentivando-a na persistência do tratamento e aumentar o suporte psicológico, sendo relevante a ação do profissional de enfermagem neste suporte aos portadores de HPV, de maneira a amenizar os conflitos psíquicos. Como o enfermeiro atua na prevenção é interessante investir em ações educativas (com palestras, panfletos, campanhas na 49 mídia), para que assim a população possa ter um conhecimento prévio das doenças e de outra DSTs, de forma a enfatizar o uso do preservativo, sendo esta a proteção mais segura. É fundamental conservar a confiança e a vida sexual com o parceiro, pois é imprescindível no seu tratamento e consequentemente em sua recuperação. Para uma melhor aceitação do tratamento pelo paciente deve se explicar de modo claro e conciso quanto aos métodos preventivos, dessa forma instruir o paciente pela escolha que mais o agrade durante o ato sexual. 50 OBESIDADE INFANTIL NA ATUALIDADE: IMPLICAÇÕES PARA A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO Sabrina Soares da Silva Jéssica Vírginia de Araújo Ribeiro Laís Kelle de Oliveira Angélica Mônica Andrade (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A obesidade é uma doença crônica que apresenta etiologia multifatorial (fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, ambientais e genéticos). Trata-se de uma doença de difícil tratamento e de alta morbimortalidade, resultante do desequilíbrio à longo prazo entre a ingesta e queima energética. Consequência do mundo moderno, a obesidade é considerada grande problema de saúde pública, provocado por maus hábitos alimentares em conjunto com o sedentarismo. De acordo com pesquisas, uma em cada três crianças brasileiras entre 5 a 9 anos estavam acima do peso em 2013, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Pensando nisso, o enfermeiro atua em uma abordagem profilática. Para se evitar a obesidade infantil deve-se trabalhar a reeducação alimentar, incentivar a prática de atividades físicas e a conscientização da população, principalmente dos pais que não reconhecem a obesidade dos filhos. O presente trabalho, objetiva identificar a importância da atuação do enfermeiro na prevenção da obesidade infantil. O levantamento bibliográfico utilizou a base de periódicos científicos nacionais disponíveis na BDENF, MEDLINE e LILACS acessadas pela Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando como palavra-chave “Obesidade Infantil”, compreendendo o limite de criança, publicados no período de 2010 a 2014, disponíveis em língua portuguesa do Brasil e disponíveis completos online. Após o levantamento de referencial bibliográfico totalizou 30 artigos, os quais foram lidos os resumos e os títulos dos artigos, sendo selecionados para leitura na íntegra os 10 artigos que tiverem relação com a temática deste trabalho. O excesso de peso pode provocar prejuízo da saúde com o aparecimento de doenças, diminuição da expectativa de vida, sendo assim pode ocasionar algumas doenças crônicas, endócrinas, relacionadas as articulações, ao sistema ósseo muscular, cardíacas, e desconforto estético e psicológico (bullying). É importante que o enfermeiro trabalhe na prevenção e promoção da saúde, observando o desenvolvimento da criança, identificando os riscos para o desenvolvimento da obesidade, trabalhando na educação e conscientização da criança e familiares. E quando diagnosticada, acompanhar durante o tratamento proposto pela equipe multidisciplinar, objetivando avaliar a sua eficácia, identificando o aparecimento de doenças consequentemente da obesidade .O enfermeiro deve iniciar a educação em saúde com as mães desde o pré-natal, orientando sobre a importância do aleitamento materno para a prevenção da obesidade na fase adulta; promover educação em saúde para toda a sociedade, ensinando como alimentar adequadamente e os benefícios que essa alimentação saudável traz para saúde. Percebe-se que a enfermagem tem um importante papel na promoção de hábitos alimentares saudáveis, prevenção, identificação de riscos e detecção precoce da obesidade. Os enfermeiros devem desenvolver ações educativas e assumir a responsabilidade de elaborar ações que venham 51 diminuir o aumento do crescimento da obesidade infantil reduzindo o número de adultos obesos. O PAPEL DO ENFERMEIRO NO ÂMBITO DA CIRURGIA SEGURA Núbia Gizele Viana Oliveira Carolina Leão Vieira Lasarino Braz Kimberly Fernanda Pereira Alves Fernanda Ventura Ricoy de Sousa Castro Everaldo Rodrigues da Silva Júnior Angélica Mônica Andrade (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), por meio da Portaria MS/GM nº 529, de 01/04/2013. Esta portaria estabelece que um conjunto de protocolos básicos, definidos pela OMS, devem ser elaborados e implementados. Dentre eles se encontra o protocolo de cirurgia segura. O volume anual de cirurgias de grande porte foi estimado em uma cirurgia para cada 25 pessoas por ano. Nas últimas décadas, as técnicas cirúrgicas foram bastante aperfeiçoadas, aumentando as oportunidades de tratamento de patologias complexas. No entanto, esses avanços também aumentaram de modo expressivo, o potencial de ocorrência de erros que podem resultar em dano para o paciente e levar à incapacidade ou à morte. Pensando nessa perspectiva, o presente estudo justifica-se pela relevância da atuação do enfermeiro em todo o período perioperatório, com intuito de que esse profissional aja de forma a minimizar as possibilidades de erros neste período. O estudo foi desenvolvido com o objetivo de elucidar o papel do enfermeiro na cirurgia segura. Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa, com levantamento bibliográfico nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Foram selecionados artigos publicados na língua portuguesa do Brasil, com delimitação de período entre 2011 e 2014, com os resumos e textos completos disponíveis. Os descritores utilizados foram: Cirurgia segura, Enfermagem de Centro Cirúrgico e Enfermagem Perioperatória. Encontrou-se 501 artigos. Foram excluídos os artigos que não atendiam aos critérios de inclusão. Foi realizada leitura criteriosa do resumo de cada artigo restante, durante a qual foram excluídos os artigos que não respondiam à pergunta norteadora: Qual o papel do enfermeiro na cirurgia segura? Assim, a amostra foi composta por 04 artigos, 01 dissertação, 01 protocolo do Ministério da Saúde e 01 documento referência do Ministério da Saúde. As competências do enfermeiro perioperatório são propostas em três esferas de conhecimento: científico (compreensão da linguagem, familiaridade técnica e processual com os procedimentos cirúrgicos e anestésicos, aderência as orientações de controle de infecção, as políticas hospitalares e protocolos); prático (capacidade de antecipar a necessidade do paciente e da equipe com base na experiência clínica adquirida e familiaridade, desempenha uma variação de situações e informa as ações de enfermagem tomadas); ético (habilidades de enfermagem que prolongam além de funções técnicas para a de cuidador, um papel que envolve 52 maior empatia com o paciente em um nível psicossocial). Conferir a montagem da sala operatória, para assegurar que os materiais e equipamentos estejam disponíveis e adequados faz parte da atividade do enfermeiro do centro cirúrgico, e pode contribuir na melhoria do processo e na segurança do paciente. O enfermeiro é o profissional indicado para realizar a aplicação da lista de verificação de cirurgia segura desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde. Na segurança do paciente no período transoperatório é necessário que o enfermeiro realize a avaliação pré-operatória, a qual permite a identificação de fatores de risco potenciais que possam levar a resultados indesejáveis. É indiscutível a importância da atuação do enfermeiro para a segurança do paciente durante sua permanência no centro cirúrgico. Esta atuação acontece desde o momento do planejamento da assistência que inclui recepção, transporte, permanência na sala de operação e alta para recuperação anestésica até a previsão, requisição e provisão de recursos humanos e materiais. Contudo, é de suma importância, que o enfermeiro entenda sua competência no centro cirúrgico além de práticas organizacionais e passe a visualizar a relação destas práticas com a segurança do paciente. 53 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: APLICAÇÃO DURANTE O PROCESSO DE VISITA DOMICILIAR Núbia Gizele Viana Oliveira Carolina Leão Vieira Lasarino Braz Irlênio Carvalho de Oliveira Kamyla Roberta Santos Dourado Everaldo Rodrigues da Silva Júnior Angélica Mônica Andrade (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma metodologia de organização, planejamento e execução de ações sistematizadas, que são realizadas pela equipe de enfermagem durante o período em que o indivíduo se encontra sob a assistência dos mesmos, independente do ambiente terapêutico em que este indivíduo se encontra. A SAE subsidia ações de assistência de enfermagem e contribui para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo, família e comunidade. Favorece o aumento na qualidade da assistência prestada ao cliente, consolida e dá subsídio à profissão. A visita domiciliar (VD) é entendida como o tipo de atendimento domiciliar feito pelo profissional de saúde e/ou equipe e realizada na residência dos usuários e suas famílias. Tem como objetivo, avaliar as demandas do paciente e de seus familiares, bem como o ambiente em que vivem. Para a realização da VD, é necessário realizar um planejamento, executar, registrar os dados e avaliar a ação. O registro é considerado um critério de avaliação da assistência prestada nos serviços de saúde, aspecto relevante da informação sobre o processo de trabalho desenvolvido pelos profissionais. Este trabalho justifica-se pela importância da vista domiciliar ser conduzida no bojo de um processo racional. O presente estudo tem por objetivo elucidar a importância da aplicação da SAE nas visitas domiciliares realizadas pelo enfermeiro a fim de aperfeiçoar a assistência prestada ao indivíduo em seu contexto domiciliar. Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa, com levantamento bibliográfico nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Foram selecionados artigos publicados na língua portuguesa do Brasil, com delimitação de período entre 2009 e 2014, com os resumos e textos completos disponíveis. Os descritores utilizados foram: Visita Domiciliar, Enfermagem e Sistematização da assistência de Enfermagem. Encontrou-se 536 artigos. Foram excluídos os artigos que não atendiam aos critérios de inclusão. Foi realizada leitura criteriosa do resumo de cada artigo, durante a qual foram excluídos os artigos que não respondiam à pergunta norteadora: A sistematização da assistência de Enfermagem tem sido aplicada em visitas Domiciliares? Assim, a amostra foi composta por 03 artigos, 01 dissertação, 01 portaria do Ministério da Saúde e 01 caderno de atenção domiciliar do Ministério da Saúde. Para o pleno sucesso da realização da visita domiciliar é necessário a adoção de um método sistemático que viabilize o planejamento, execução, registro de dados e avaliação das ações. É nesse contexto que a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) se apresenta, constituída por fases: coleta de dados, diagnóstico, planejamento, intervenção e avaliação. Este método, que consiste na aplicação do raciocínio científico ao agir do enfermeiro, viabiliza ao mesmo organizar o seu trabalho, que se efetivará através da consulta de enfermagem realizada 54 durante a visita no domicilio, tornando o cuidado individualizado e humanizado. Durante a visita domiciliar, o enfermeiro, coleta dados que lhe permite identificar diagnósticos de enfermagem que são de sua autonomia. Essa é uma prática baseada em evidências, uma vez que os diagnósticos são a base para o planejamento das melhores intervenções de enfermagem, com qualificação dos cuidados e dos resultados. A utilização da SAE nas visitas domiciliares se apresenta como uma ferramenta viável para expor o relacionamento interpessoal subjacente à prática do cuidar. 55 IMUNIZAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA ATUALIZAÇÃO DO CALENDÁRIO VACINAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Luciana Veríssimo Duarte Maria Aparecida Coura Maria Santos Rosa Wagner Souza Fernandes Grazieli Aparecida dos Santos Salvina Campos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A vacinação de crianças e adolescentes é uma estratégia de saúde muito importante para a prevenção de doenças. Nos Estados Unidos, Kao et al., realizaram um estudo de revisão sobre as últimas pesquisas e recomendações sobre imunizações em crianças e adolescentes e de acordo com esses pesquisadores, a vacinação na infância reduziu significativamente a morbiletalidade infantil nos Estados Unidos. No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) existe há mais de 40 anos e estabelece um padrão de excelência na proteção contra muitas doenças. Em 2014, a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM) realizou algumas mudanças em seu calendário vacinal, visando melhorar ainda mais a eficiência, a eficácia e a cobertura da imunização, melhorando a imunização contra doenças. “Vacinas como a do pneumococo, da varicela, do HPV, da hepatite A e do meningococo, introduzidas recentemente, têm aumentado o espectro de proteção”, afirma o Dr. Marco Aurélio Sáfadi. Diante do pressuposto, o presente trabalho busca demonstrar a importância da vacinação da criança e do adolescente, e o papel do profissional de saúde nesta promoção. Os pesquisadores destacam ainda que os estudos sobre a cobertura vacinal, seu custo-efetividade e o impacto da vacinação reforçam a importância de se aderir ás recomendações. Recomendam-se as seguintes fontes para informações dos calendários de vacinação no Brasil: Programa Nacional de Imunizações - PNI, do Ministério da Saúde do Brasil Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP e Associação Brasileira de Imunizações – SBIM. O Comitê Assessor de Práticas de Imunizações (Advisory Committee on Immunization Practices - ACIP), dos Estados Unidos, é uma importante referência muito utilizada nas recomendações em vacinas. Os temas de interesses discutidos/desenvolvidos sobre a vacinação consistiram em buscar na literatura científica e em dados fornecidos pelo ministério da saúde informações sobre os benefícios e programas de imunização de crianças no Brasil. Onde a proposta do grupo foi desenvolver o juízo critico, a auto-estima e um projeto de vida, para que o adolescente possa então exercer o autocuidado. Ademais, é preciso intensificar o trabalho feito pelos profissionais de saúde para aumentar a cobertura vacinal protegendo crianças e adolescentes. Considerando dados da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, fez-se uma breve análise quantitativa de doses da vacina HPV que está sendo distribuída gratuitamente para uma faixa etária da população feminina (entre 9 a 13 anos de idade) e, mesmo assim, a cobertura ficou abaixo do esperado que é de 80%. A infecção pelo HPV causa lesões benignas e malignas, como o câncer em diferentes locais do organismo, especialmente o câncer do colo do útero. Apesar dos avanços reais, o esforço é contínuo, sendo importante manter a pesquisa e a inclusão de novas vacinas e novas recomendações aos 56 profissionais de saúde. È necessário que os profissionais de saúde esclareçam sobre a possibilidade de eventos adversos e que essa existe com todas as vacinas, mas que em geral são efeitos leves ou no local de aplicação. Entretanto, os profissionais de saúde não são os únicos responsáveis pelo sucesso das estratégias públicas de vacinação. Cuidadores e pais devem ser conscientizados sobre a importância da vacinação. Ao manterem o calendário de vacinação de suas crianças e adolescentes em dia reduzirão de forma muito significativo os índices de morbiletalidade infanto-juvenil. Os calendários de vacinação para esta faixa etária devem ser consultados constantemente, uma vez que novas vacinas são frequentemente incorporadas, podendo, também, ocorrer alteração nas recomendações para utilização de vacinas que já fazem parte da rotina. 57 O APRENDIZADO ALCANÇADO PELO LÚDICO: UMA POSSIBILIDADE Viviane de Miranda Bonfá da Silva Lourenço Thaís Françoise do Nascimento Sara Jéssica de Alcântara Everaldo Júnior Angélica Mônica Andrade Sônia Maria Nunes Viana (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O homem vive em um determinado contexto social com o qual interage de forma dinâmica. Sendo assim, a cultura imprime suas marcas no indivíduo, ditando normas e fixando ideais nas dimensões intelectual, afetiva, moral e física, ideais esses que indicam à sociedade o que se deve ser alcançado no processo de socialização. Em recente pesquisa sobre as relações entre as brincadeiras, jogos e educação, constatou-se que proporcionar aprendizagem é o mais frequente motivo pelo qual os jogos são inseridos na educação. Jogos e brincadeiras humanizam o indivíduo e possibilitam-lhe, ao seu modo e ao seu tempo, compreender e realizar, com sentido, sua natureza humana, bem como o fato de pertencerem a uma família e a uma sociedade em determinado tempo histórico e cultural. Após uma fase de mecanização do corpo voltada para a produtividade, em que a visão dualista do homem em corpo e espírito era a tônica; em que o capitalismo industrial mergulhou o indivíduo no sistema do rendimento, do recorde, da medida, da competição surge no horizonte uma nova perspectiva de humanização! Há uma busca pelo desenvolvimento holístico do indivíduo; várias frentes procuram caminhos alternativos para que a tonalidade emocional volte à experiência pessoal da cada um; surgem métodos para que os sentimentos, ideias e lembranças perpassem o que é físico, corporal, capaz de expressões e movimentos. Mas não só isso. O homem não nasce com capacidades estimuladas e com competências definitivas, porém de sua ancestralidade traz traços e espectros de suas inteligências. Mesmo sem intenção de aprender, quem brinca aprende, até porque se aprende a brincar. A associação do jogo à aprendizagem traz consigo o problema do direcionamento da brincadeira em termos de intencionalidade e produtividade. A importância de promover espaço para jogos proporciona ao sujeito uma maneira peculiar de cumprir tarefas. A atividade lúdica tem sido alvo de pesquisas e estudos como instrumento de aprendizagem. Nela ficam implícitos como se trabalha os questionamentos, assimilações, auto-estima, conceitos e valores, obtenção de resultados e a corporeidade. O brincar surge como oportunidade para o resgate de nossos valores mais essenciais como seres humanos; como potencial para a cura psíquica e física; como forma de comunicação entre iguais e entre as várias gerações; como instrumento de desenvolvimento e ponte para a aprendizagem; como possibilidade de resgatar o patrimônio lúdico-cultural nos diferentes contextos socioeconômicos. Podemos pensar nos jogos como desafio deste novo século em relação ao uso do tempo livre, como proposta criativa, como instrumento de inserção em uma sociedade regrada, como soma na convivência com os outros, de se colocar no lugar do outro, de ganhar hoje e perder amanhã, de liderar e ser conduzido, de falar e de ouvir. O brincar surge como desafio do trabalho solidário, em equipe, com uma postura mais cooperativa e ecológica, como 58 caminho do conhecimento e descoberta de potenciais ocultos, como trajetória de autonomia, a livre escolha, a transformação e a tomada de decisões. O objetivo deste presente estudo foi analisar as formas pelas quais as brincadeiras e os jogos promovem a aprendizagem. Através de uma revisão bibliográfica narrativa chegamos a um seguinte denominador, de que vivemos em uma cultura de muitos brinquedos e menos brincadeiras; muita tecnologia e pouca artesania; muita impessoalidade e pouco respeito à individualidade; mais solidão da criança do que troca; uma cultura mais competitiva do que cooperativa; uma cultura lúdica violenta, impassível, indiferente, com medo. Uma cultura em crise entre aquilo que não mais se adequa às atuais gerações e inúmeras dúvidas a respeito de como restituir ou recriar uma ludicidade mais saudável. As opções mencionadas vislumbram novos caminhos, novas possibilidades, e precisam serem conhecidas, aproveitadas, recriadas e, sobretudo, trazidas à consciência de cada educador. 59 O IMPASSE DOS ENFERMEIROS NA IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Miriã Micaela de Oliveira Karine Veloso dos Santos Aline Junia de Oliveira Anderson da Silva Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O Processo de Enfermagem (PE) é um modelo científico desenvolvido para planejar a prática da enfermagem na assistência¹. Embora o PE venha sendo implantado no Brasil desde a década de 1970, quando foi introduzido por Wanda de Aguiar Horta, somente em 2002 a Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE) recebeu apoio legal do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), por meio da Resolução n°272, a fim de ser implementada em âmbito nacional nas instituições de saúde brasileiras². Considerando este contexto, empreende-se uma revisão de literatura do tipo narrativa abordando as dificuldades de implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem. O estudo foi realizado por meio de busca livre. Selecionou-se 3 artigos. O período de busca compreendeu os anos de 2002 a 2013. Os achados revelam a importância do processo de enfermagem, não só para o enfermeiro, mas também para o cliente. A literatura reforça que o enfermeiro obtém embasamento científico e respaldo para poder prestar um cuidado integral e de qualidade por meio do PE. Foi apontado porém, que na formação acadêmica os alunos apresentam o interesse voltado para as habilidades técnicas, deixando de lado os problemas de enfermagem (parte importante do PE) sem um planejamento necessário para o cuidado ou até mesmo pela dificuldade que encontram na execução de cada fase do processo de enfermagem. A falta de conhecimento profissional sobre o processo de enfermagem e de como implantar este sistema em seu local de trabalho tem sido um problema a ser enfrentado cotidianamente pelo enfermeiro. Nota-se que o enfermeiro nem sempre é direcionado ao cuidado das necessidades dos pacientes, pois muitas vezes estão sobrecarregados na execução de atividades burocráticas ou até mesmo pela falta de interesse das instituições de saúde em aderir à SAE, devido ao déficit de funcionários. Os resultados encontrados permitem concluir que a Sistematização da Assistência de Enfermagem tem a finalidade de organizar o serviço de saúde e que compete ao profissional pensar sobre seu modo de agir, a maneira como irá identificar os problemas e buscar soluções, uma vez que em sua formação acadêmica é ensinado o cuidado integral e multidisciplinar. Cabe também às instituições de saúde investir mais na sistematização e em equipes multiprofissionais, abrindo novos olhares para um cuidar diferenciado. 60 A BAIXA PROCURA DA CLIENTELA MASCULINA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Karine Veloso dos Santos Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares Aline Junia de Oliveira Miriã Micaela de Oliveira Shirlei Barbosa Dias (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A porta de entrada do Sistema Único de Saúde no Brasil, denominada atenção primária, consiste em um importante espaço destinado à promoção e prevenção da assistência integral à saúde. No entanto, mesmo cientes de que a prevenção e detecção precoce de um agravo aumentam consideravelmente as chances de cura, muitos homens não se atentam em procurar os serviços de saúde, e quando os procuram as enfermidades muitas das vezes já foram instaladas, fazendo com que a população masculina procure diretamente a atenção secundária e terciária de saúde, divergindo o fluxo de atendimentos. Devido a isto, busca-se entender o motivo desta não procura, e assim propor medidas para que consigamos resgatar o público masculino. Deste modo, este trabalho foi concretizado através de revisão de literatura na qual utilizamos o descritor: saúde do homem; na base de dados: Biblioteca Virtual em Saúde e Google acadêmico. Buscamos artigo cujo contexto fosse pertinente ao assunto proposto, e que estivesse disponível em versão completa no idioma Português. Encontramos 27 publicações. Após a leitura dos resumos, eliminamos 23 artigos uma vez que não abordavam a proposta desta pesquisa. Utilizamos então 4 artigos que foram lidos na íntegra, para uma compreensão melhor do assunto. Em 2009, o governo brasileiro lança a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Esta política, de acordo com seu documento original, objetiva a redução da morbimortalidade masculina através da ampliação e facilitação do acesso e de ações destinadas à assistência. No entanto em um estudo realizado em cinco municípios por Leal; Figueiredo; Silva (2012) observa-se uma grande diferença em termos do conhecimento das diretrizes contidas na política por parte dos gerentes e dos profissionais da assistência, essa diferença também é observada em relação à implantação da política na rotina dos serviços. Este fato evidencia que a formação das pessoas diretamente ligadas à esta política ainda é bastante deficiente, o que acarreta em uma atenção ineficaz à saúde do público masculino. Alguns homens entrevistados em uma pesquisa realizada por BRASIL, 2008 apud Campanucci; Lanza, 2011, alegam que muitas vezes perdem um dia inteiro de trabalho enfrentando filas intermináveis e não conseguem resolver todas as demandas em apenas um dia de consulta. Temos hoje um cenário no qual a atenção primária é historicamente estruturada para o atendimento às mulheres e crianças em geral, sendo precária em programas destinados exclusivamente à população masculina, com isso a frequência de homens neste serviço é baixa e consequentemente a relação entre paciente e enfermeiro é prejudicada. Aliado a isto, temos ainda os horários de funcionamento das Unidades Básicas de Saúde, que geralmente coincidem com os horários de serviço da maioria da população masculina, o que consequentemente leva à baixa frequência desta população ao serviço. Por todos os fatos mencionados acima, concluímos que se torna um desafio conseguir incluir o homem nas ações de saúde, uma vez que a cultura masculina ainda não está ligada ao 61 cuidado de si própria. Vale ressaltar também que temos em mãos uma excelente proposta destinada à promoção e prevenção da saúde do público masculino, no entanto torna-se necessário uma readequação estrutural e funcional das Unidades Básicas de Saúde para que consigam atender e trazer a demanda masculina de forma mais ampla e eficiente. 62 PROMOÇÃO E PREVENÇÃO: A SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA Dijanira Paloma Rebeca Brandâo Lorena Carolina Alves dos Santos Elisângela Maria Carvalho Orientadora: FREITAS, Letícia Fernanda Cota FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Na sociedade atual o homem se titula como o “homem de aço” acreditando que nada poderá atingi-los. Por esse motivo há uma preocupação maior por homens que não procuram uma Unidade Básica de Saúde e não se preocupam em cuidar da sua própria saúde. A saúde do homem na atenção primária é um desafio às políticas públicas, pois alguns deles não reconhecem a importância da promoção da saúde e prevenção de doenças como questões associadas ao homem (ALBANO, BASILIO e NEVES, 2010). No Brasil é bastante disseminada a ideia de que as unidades de atenção primária a saúde (UAPS) são serviços destinados quase que exclusivamente para mulheres, crianças e idosos. Muitas são as suposições e justificativas para a pouca presença masculina nos serviços de atenção primária à saúde (ALBANO, BASILIO e NEVES, 2010). Os estudos apontam para marcadas diferenças por sexo quanto ao motivo da procura de serviços de saúde, mesmo quando excluídos os partos e os atendimentos de prénatal as mulheres buscam mais serviços para realização de exames de rotina e prevenção, enquanto os homens procuram mais serviços de saúde por motivo de doença já instalada. Diante disso o objetivo desse trabalho é mostrar a importância de ações de promoção e prevenção da população masculina dentro das unidades à atenção primaria e de como levar o mesmo para dentro das Unidades Básicas de saúde. A metodologia utilizada para elaboração do presente estudo foi pesquisa bibliográfica, sendo utilizado a base de dados Bireme e Scielo, foi utilizado 3 artigos dos anos de 2005 a 2011, com temas relacionados ao homem na atenção primaria. A mesma forneceu subsídios para que o tema em questão fosse analisado. Percebeuse então a necessidade de um cuidado especial ao homem. Em 2008 foi criada então a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem porque visa qualificar a saúde da população masculina na perspectiva de linhas de cuidado que resguardem a integralidade da atenção. Os homens hoje poderiam evitar muitas complicações em relação a saúde se tivessem procurado uma Unidade Básica de Saúde.Segundo A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem aproximadamente 75% das enfermidades e agravos dessa população está concentrada em 5 (cinco) grandes áreas especializadas: cardiologia, urologia, saúde mental, gastroenterologia e pneumologia.Por outro lado, no entanto, afirma-se que, na verdade, os homens preferem utilizar outros serviços de saúde, como farmácias ou prontos-socorros, que responderiam mais objetivamente às suas demandas. Nesses lugares, os homens sentem que são atendidos mais rapidamente e conseguiriam expor seus problemas com mais facilidade. Sendo assim conclui-se que com a finalidade de trazer o público masculino para a atenção primária devem ser criadas medidas educativas visando essa população, levando em conta o horário de disponibilidade, as necessidades masculinas dentre outras, assim promovendo saúde com palestras e rodas de conversas para que essa população seja incluída no contexto de 63 prevenção e promoção a saúde, capacitando as diversas equipes para recebê-los, podendo assim evitar doenças e agravos. FATORES DE RISCO PARA DEPRESSÃO PÓS-PARTO: UMA REVISÃO DA LITERATURA Maria José Rodrigues Thiago Ubaldo Silveira de Mendonça Gleisy Kelly Neves Gonçalves (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A depressão pós-parto (DPP) é um importante problema de saúde pública, que afeta tanto a saúde da mãe quanto o desenvolvimento de seu filho. A DPP é definida como transtorno psicoafetivo, podendo ser de intensidade leve e transitória ou agravar-se até uma neurose ou desordem psicótica. Inicia-se normalmente, nas primeiras quatro semanas após o parto, alcançando sua intensidade máxima nos seis primeiros meses. No pós-parto a mulher passa por intensas modificações de ordem familiar e social, além de oscilações hormonais fisiológicas responsáveis pelas modificações comportamentais em alguns casos. De 15 a 29% das mulheres durante a gestação e puerpério, manifestam alguma psicopatologia, sendo a DPP uma das principais, com uma incidência em torno de 10 a 20% segundo pesquisas. Estudos trazem que o enfermeiro pode prestar decisiva colaboração na assistência a pacientes com DPP, pois ao conhecer a situação vivenciada, este profissional auxilia a puérpera a superá-la e a se readaptar melhor às suas dificuldades. Diante do contexto, desenvolvemos este estudo com o objetivo de identificar as evidências científicas disponíveis sobre os fatores de riscos para DPP. Foram considerados os seguintes critérios de inclusão: trabalhos publicados em língua portuguesa, com os resumos disponíveis nas bases de dados eletrônicas Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), e na Biblioteca Virtual de dissertações e teses da Universidade de São Paulo, utilizando as terminologias em saúde: Depressão Pós- Parto, Planejamento da Assistência de Enfermagem, Epidemiologia, consultadas na grande área Ciências da saúde. A busca foi realizada na íntegra pelo acesso livre on-line, utilizando como eixo norteador a questão: Quais evidencias científicas disponíveis no Brasil acerca dos fatores de risco para DPP? A população deste estudo constou de 1217 artigos indexados e 2626 artigos/teses. Após leitura dos títulos e análise destes, obtivemos uma população de 35 artigos e 3 teses. Após, leitura exaustiva dos mesmos, apenas 11 artigos e 2 teses, responderam na íntegra a pergunta de interesse. Os artigos foram publicados entre os anos de 2003 a 2014. A partir da análise desses artigos, elaboramos quatro categorias importantes para o direcionamento da discussão acerca do tema: 1) Riscos obstétricos: Autores do grupo amostral demostram que o número elevado de gestações aumenta o risco de desenvolver DPP. Outra pesquisa contradiz estes estudos quanto cita a baixa paridade como fator de risco. Autores citam o não planejamento da gravidez como fator predisponente da DPP. 2) Riscos sociais: O menor tempo de relacionamento com o companheiro, o pouco suporte oferecido pelo mesmo e a insatisfação da mulher quanto sua relação marital, são apontados como predisponentes para DPP. Mulheres com estado civil solteira, também apresentam predisposição para DPP. Baixo nível sócio-econômico também é apresentando como fator 64 predisponente para DPP. 3) Riscos psicológicos: Mulheres com histórico de depressão comum ou DPP prévia, são apontadas como um grupo propício ao desenvolvimento de DPP. 4) Risco biológico: Como fator de risco biológico, foi encontrado apenas a idade. As pesquisas consideram que quanto menor a idade, maior a incidência de DPP. Esse estudo nos proporcionou analisar os possíveis fatores de risco para DPP. Considerando o período puerperal uma fase importante para avaliarmos as mudanças que ocorrem na puérpera, viabilizando a realização de intervenções, sendo um dos objetivos principais o de apoiá-la neste momento importante de transição. Acreditamos que os resultados encontrados possam subsidiar a realização de novos estudos que busquem o desenvolvimento de estratégias para intervenções que considerem as particularidades dos quadros depressivos, considerando os fatores de risco destacados e relacionados ao aumento da incidência de DPP, como ferramenta para a prevenção desta. 65 PROMOÇÃO DA SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA PREVENÇÃO DA OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA Maria José Rodrigues Thiago Ubaldo Silveira de Mendonça Shirlei Barbosa Dias (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A prevalência de sobrepeso e de obesidade na infância e adolescência tem aumentado expressivamente nas últimas décadas. A obesidade é definida como o aumento do tecido adiposo, com prevalência crescente mundial. No Brasil, a prevalência de sobrepeso aumentou de 3,9% (1974-1975) para 17,9% (2002-2003) no sexo masculino, e de 7,5% para 15,4%, no sexo feminino, de 10 a 19 anos, nesse mesmo período. Na atualidade há consenso de que o excesso de peso e a obesidade devem ser prevenidos precocemente, por se constituírem em fatores de risco para outras morbimortalidades tanto nesta fase da vida como em períodos mais tardios. Ressalta-se que a puberdade é um período crucial para o desenvolvimento da obesidade. As instituições de saúde, a família e o ambiente escolar são recursos importantes, que podem influenciar de forma positiva ou negativa o compromisso e o envolvimento das pessoas com condutas que levam à promoção da saúde. Diante do contexto, este estudo foi desenvolvido com o objetivo de identificar as evidências cientificas disponíveis sobre promoção da saúde como estratégia para prevenção da obesidade na adolescência. Foram considerados os seguintes critérios de inclusão: trabalhos publicados em língua portuguesa, com os resumos disponíveis nas bases de dados eletrônicas Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde (LILACS), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), utilizando as terminologias em saúde: Obesidade, Cuidados de enfermagem; Promoção da saúde, consultadas em Ciências da saúde. A busca foi realizada na íntegra pelo acesso livre on-line, utilizando como eixo norteador a questão: Quais as evidências científicas disponíveis no Brasil acerca da promoção da saúde do adolescente como meio a prevenção da obesidade? A população deste estudo constou de 122 artigos indexados. Após leitura dos títulos, e posteriormente dos resumos, obtivemos uma amostra de 11 artigos que descreviam acerca do tema de interesse. Após, leitura criteriosa dos mesmos, apenas 7 artigos responderam na íntegra a pergunta de interesse. Os artigos foram publicados entre os anos de 2004 a 2011. Estudos mostram que a saúde está bem mais relacionada com o modo de viver das pessoas do que com a ideia prevalente da sua determinação genético-biológica. Essa situação coloca a necessidade de se traçar estratégias que contemplem a emergente abordagem de saúde no seu conceito positivo, substituindo a noção de saúde como ausência de doença, por outra que amplie a capacidade de autonomia dos sujeitos para o alcance da saúde com qualidade de vida. Assim, a promoção da saúde aparece como campo conceitual, metodológico e instrumental na procura de superar a concepção da história natural das doenças, exigindo uma visão ampliada do processo saúde-doença. Promover a saúde, então, tem por finalidade a atenção ao desenvolvimento integral, contemplando: o cuidado com a qualidade das relações interpessoais, aporte nutricional balanceado, adequadas condições de moradia e acesso aos 66 serviços de saúde, o acesso à informação e à educação formal ou profissionalizante e à prática de esportes e lazer para um adequado desenvolvimento físico, emocional, intelectual e social. Percebe-se que a escola como um centro de aprendizagem por excelência, passa a ser concebida como um espaço importante na promoção de um estilo de vida saudável como a prática de atividade física. É necessário que os profissionais de saúde conheçam os hábitos das crianças e adolescentes no espaço escolar, principalmente no que tange à prática de atividades físicas, para que possam estabelecer estratégias que promovam a saúde e o bem-estar dos escolares, bem como a prevenção de doenças. A ação integrada dos membros da equipe de saúde é de grande importância para conquistas futuras. Essas medidas só serão obtidas se houver participação das famílias, das escolas e das comunidades, em um trabalho conjunto da sociedade e do governo. 67 UMA ASSISTÊNCIA HUMANIZADA NO ACOLHIMENTO DE UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO Elen de Jesus Brito Yeda Christina Villar Luana Miranda Avelar Daiana Silva Pinto Leticia Freitas (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A humanização é hoje um tema frequente nos serviços públicos de saúde. Humanizar os cuidados envolve respeitar a individualidade do ser humano e construir um espaço concreto nas instituições de saúde, que legitime o humano das pessoas envolvidas, para cuidar de forma humanizada, o profissional da saúde, principalmente o enfermeiro, que presta cuidados mais próximos ao paciente, deve ser capaz de entender a si mesmo e ao outro, ampliando esse conhecimento na forma de ação e tomando consciência dos valores e princípios que norteiam essa ação. O PNH (Programa nacional de Humanização), no qual objetiva uma nova perspectiva de uma assistência humanizada e acolhedora, envolvendo diversos atores ativos neste processo, dentre eles: profissionais de saúde, gestores, usuários do serviço na gestão do cuidado. As UPAs fazem parte da Política Nacional de Urgência e Emergência, lançada pelo Ministério da Saúde em 2003, que estrutura e organiza a rede de urgência e emergência no país. O acolhimento numa unidade de serviço de urgência é baseado em protocolos o que muitas vezes acaba intimidando este usuário o direito de ser acolhido de maneira a se permitir relato espontâneo de sua queixa clínica, deixando de perceber que o ser ao qual se aplica essa técnica é um agente biopsicossocial sendo fundamental para humanizar. O objetivo do presente estudo é identificar o impacto de uma assistência humanizada no momento do acolhimento ao paciente com classificação de risco em um pronto atendimento. A pesquisa foi desenvolvida por meio de revisão literária com intuito de compreender e investigar conteúdos científicos. Foram utilizadas como base de dados a BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), Política Nacional de Humanização em seu contexto online. Utilizou-se como palavras chaves: humanização em um pronto atendimento; acolhimento humanizado. Os critérios de inclusão estabelecidos foram: artigos originais disponibilizados na íntegra e na forma online, no idioma Português, publicados a partir de 2005). Sendo utilizado 4 artigos. Preservar o direito do cliente a sua assistência humanizada é sem dúvida um desafio aos profissionais de saúde, pois os mesmos devem incluir esta assistência humanizada com alguns fatores que dificulta essa assistência como rotinas hospitalares, acolhimento com classificação de risco baseados em critérios pré-estabelecidos, que gera o desencontro da liberdade de expressão do paciente. Salienta-se, também, a importância da Política nacional de humanização nos atendimentos de urgência/emergência, pois por meio dela ficam consolidados pontos relevantes, tais como: redução das filas e do tempo de espera. Enfatiza-se que acolher o usuário ou recebê-lo de forma atenciosa e integral é promover saúde de forma humana. Esse dispositivo de humanização faz com que a sociedade seja educada quanto aos níveis de atenção à saúde e saiba se direcionar ao adequado serviço de saúde. Portanto conclui-se que entender que o ser humano não se resume meramente a um 68 ser somente com necessidades biológicas, mas como um agente biopsicossocial e espiritual, com direitos a serem respeitados sob um olhar humano, deve ser garantido sua dignidade ética, e para isso é fundamental uma humanização dos cuidados de saúde desde seu primeiro contato no acolhimento. Assim sendo, evidencia-se que existe um longo caminho a ser percorrer para se chegar a um ideal de assistência ao paciente, demandando um processo de mudança, que perpassa por questões éticas relacionadas à reorientação de práticas e atitudes que possam gerar acolhimento, humanização e resolutividade no contexto da gestão do cuidado. 69 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA NA INCLUSÃO DO IDOSO A ATIVIDADES DE LAZER Elen de Jesus Brito Luana Miranda Avelar Yeda Christina Villar Daiana Silva Pinto Letícia Freitas (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Até 2025, segundo a OMS, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. Ainda é grande a desinformação sobre a saúde do idoso e as particularidades e desafios do envelhecimento populacional para a saúde pública em nosso contexto social. Este aumento do número de anos de vida, no entanto, precisa ser acompanhado pela melhoria ou manutenção da saúde e qualidade de vida. Como uma das estratégias para suprir as necessidades do crescimento da população com idade superior a 60 anos criaram-se Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), definindo-as como estabelecimentos para atendimento integral a pessoas idosas, dependentes ou não, sem condições familiares ou domiciliares para a sua permanência na comunidade de origem. Cabe ressaltar que a criação e a expansão desses serviços vêm ocorrendo, muitas vezes, sem cumprir requisitos mínimos. Vivenciar experiências de lazer nas ILPIs é algo que já está presente na realidade brasileira. O presente estudo tem como objetivo identificar a atuação do enfermeiro nas ILPI na inclusão do idoso a atividades de lazer e que essa assistência não somente proporcionam a inserção desse idoso na sociedade com também contribui de maneira preventiva na sua saúde. A pesquisa foi desenvolvida por meio de revisão literária com intuito de compreender e investigar conteúdos científicos. Foram utilizadas como base de dados a BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), Estatuto do Idoso em seu contexto online. Utilizou-se como palavras chaves: lazer nas ILPI; lar de idosos, saúde do idoso, atuação do enfermeiro. Os critérios de inclusão estabelecidos foram: artigos originais disponibilizados na íntegra e na forma online, no idioma Português, e publicados a partir de 2004). Foram encontrados 15 artigos, destes selecionados 4.Diante de seu direito garantido, intitula ao profissional de saúde das ILPI, a desenvolver ações que ofereçam inserção social destes idosos, trazendo aos mesmo qualidade de vida, articulada ao tratamento dos mesmos .O envolvimento de toda a equipe é fundamental para o sucesso da garantia de lazer e sentimento de gratificação vivenciados por estes idosos, os profissionais são sujeitos ativos no desenvolver de todo processo de responsabilização do lazer destes idosos. A atuação do enfermeiro responsável por uma ILPI torna-se relevante, para que esse modo de residência venha a ser o mais satisfatório possível para o usuário. Para tanto, o enfermeiro precisa ter ciência do seu papel, das ações de sua competência. O enfermeiro por meio de um acompanhamento passa a vivenciar as necessidades e particularidades de cada idoso institucionalizado o que contribui de maneira eficaz em um planejamento de atividades onde o enfermeiro pode programar atividades para desenvolver nas ILPS , como atividades físicas, educativas e recreativas sendo atividades essas que contribui para melhorias na saúde desse idoso e no cognitivo onde o enfermeiro tem sempre como objetivo proporcionar qualidade de vida para o idoso residente. 70 Portando, conclui-se que com a garantia dos seus direitos a assistência a ser prestada ao idoso passou a não ser somente ações biomédicas e curativista, nos dias atuais as ILPI tem como base proporcionar qualidade de vida ao idoso e inserção dele na sociedade. Atividades de lazer não somente proporcionam a inserção desse idoso na sociedade com também contribui de maneira preventiva na sua saúde. Podendo ser visto que o enfermeiro desenvolve um papel fundamental na elaboração dessas atividades que além de retirar esse idoso da rotina da instituição contribui de maneira eficaz na prevenção de patologias e nos agravos das que já são instaladas nesse idoso institucionalizado. 71 O TRABALHO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: ABORDAGEM PARA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM ADOLESCENTES Juciene Barbosa da Silva Yeda Christina Hoff Villar Luana Miranda Oliveira Avelar Elen de Jesus Brito Gleisy Gonçalves (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Segundo o Estatuto da Criança e do adolescente (2008), considera-se criança, para os efeitos da lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze a vinte anos incompletos conforme Organização Mundial de Saúde. O período da adolescência compreende um estágio do ciclo vital onde se vivencia diversas descobertas, dentre estas incluem-se aspectos físicos, emocionais e psicológicos. É neste estágio onde a sexualidade começa a ser descoberta e junto desta, estabelece-se a necessidade de ações educativas voltadas para a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DST).Para Starfield (2002), a atenção primária a saúde (APS) deve ser a porta de entrada para acesso dos usuários nos serviços de saúde, desta forma a APS deve assistenciar, acolher este adolescente para que haja o estabelecimento de vínculo entre profissional e cliente e assim seja evidenciado o processo de gestão do cuidado, onde este adolescente será assistido pelo profissional e orientado sobre todo o processo de sexualidade e prevenção das DST. Dentre os desafios que o enfermeiro, enquanto educador em saúde, enfrenta para a redução das taxas infecção de DST/AIDS entre os adolescentes, têm-se o estímulo ao empoderamento desses sujeitos ao comportamento sexual seguro, assunto dos profissionais de Enfermagem, com vistas a minimizar os riscos na população. Através da pesquisa bibliográfica com caráter exploratório e descritivo, buscamos identificar a função do profissional enfermeiro na prevenção das DST em adolescentes no âmbito da APS. Para embasamento literário foram utilizados os seguintes descritores: enfermagem, doenças sexualmente transmissíveis e atenção primária, adolescência. A partir da busca, foram encontrados 24 artigos nas bases de dado da Scielo e BIREME, estando disponíveis eletronicamente na integra e que atenderam os seguintes critérios de inclusão: trabalhos publicados nos últimos 10 anos, língua portuguesa e coerente com o objetivo e relevância do tema estudado. DESENVOLVIMENTO: As ações educativas vinculadas aos adolescentes devem contemplar a saúde sexual e reprodutiva de modo a respeitar o contexto cultural em que este adolescente está inserido, fator de grande relevância a ser considerado pelo profissional de saúde. Um fato marcante na adolescência, em nossa sociedade, é o início prematuro da vida sexual, contribuindo para a suscetibilidade de infecção pelas DST como também uma gravidez indesejada. Pelas diversas formas de comunicação possíveis, como, por exemplo, diálogos, mídia, fórum de discussão, é importante explicar aos adolescentes, os que possuem vida sexual ativa ou não, a necessidade do uso de preservativo nas relações sexuais. Uma das formas de comunicação que deve ser trabalhada com o jovem é o diálogo, para que se possam vencer os tabus que estão relacionados com o sexo e diminuir o índice de jovens em estado de vulnerabilidade diante das DST/AIDS. A APS, portanto, deve garantir a criação do vínculo para 72 com este adolescente e o profissional enfermeiro capacitado para o respeito à cultura e diversidade, além da flexibilização nas condutas com este público específico, incluindo-se ações de promoção a saúde, esclarecimento de dúvidas e anseios deste adolescente, oferta de material necessário para prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, dentre outras ações que podem ser desenvolvidas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, conclui-se com este estudo que a atuação do profissional aponta para sua inserção ações educativas utilizando participação, motivadoras e lúdicas onde, demonstra como tem se empenhado na construção de novas formas de produzir saúde através de ações de caráter individual e coletivo, bem como realizando atividades que interligam o sujeito, a família e a sociedade. A enfermagem, ao atuar como educador em saúde, promove o cuidado integral e criativo aprimorando a assistência, colocando o sujeito como participante das ações em saúde e protagonista da sua qualidade de vida. 73 RELEVÂNCIA DA REALIZAÇÃO DO TESTE DO PEZINHO NA TRIAGEM NEONATAL Jéssica Virgínia de Araújo Ribeiro Sabrina Soares da Silva Laís kelle de Oliveira Maria Cristina Ferreira dos Anjos Angélica Mônica de Andrade (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Historicamente a Triagem Neonatal (TN) foi instituída em 1963, pelo médico norte americano Robert Guthrie, por meio de um ensaio de inibição bacteriana a fim de identificar as concentrações de fenilalanina em uma determinada população de recém-nascidos (RN). Tal estudo objetivava identificar RN´s portadores de fenilcetonúria assintomáticos. Ao longo do período intrauterino, o RN pode desenvolver erros inatos do metabolismo, mais conhecidos como doenças metabólicas, que não são identificados durante seu desenvolvimento visto que, todo suprimento nutricional e escória de seu organismo, é disponibilizado e eliminado pela placenta materna. A partir dos primeiros dias de vida do RN, em que as funções básicas para a sobrevida estão sem suporte materno, pode-se detectar algumas anormalidades, que ainda podem apresentar-se assintomáticas, que se não tratadas ocasiona a morte do mesmo. Este estudo teve como finalidade identificar a necessidade da realização do Teste do Pezinho. Caracteriza-se como uma pesquisa de cunho exploratório, realizado por meio de levantamento bibliográfico, usando como base de periódicos científicos nacionais disponíveis online na BDENF (Base de Dados em Enfermagem), tendo como descritores “teste do pezinho”, “triagem neonatal” e “enfermagem”. Utilizando os artigos em português do Brasil publicados entre o período de 2001 a 2015. Todo o material totalizou 306 artigos. Destes foram lidos seus resumos e selecionados 06 artigos. Desde a década de 60, a Organização Mundial de Saúde preconiza a elaboração e realização de medidas para identificação de RN´s que sofram de tais deficiências. No Brasil a TN iniciou em 1976 no estado de São Paulo. Com o intuito de tornar acessível a TN de forma gratuita à população brasileira, foi criado em 2001 o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). É por meio de testes de segregação (testes do pezinho, da orelhinha, do olhinho e do coraçãozinho) aplicados especificamente à população de 0 a 28 dias de vida, que a TN é obtida. Dependendo do país ou até mesmo dos estados que o compõem, e de fatores epidemiológicos, étnicos e socioeconômicos, variam-se as doenças triadas. A realização do Teste do Pezinho é uma iniciativa preventiva de saúde pública. Segundo o Núcleo de Ações em Pesquisa de Apoio Diagnóstico (NUPAD), referência estadual de Minas Gerais no TP, o mesmo deve ser realizado através de gotas de sangue retiradas do calcanhar do RN entre o 3º e 5º dia de vida (salvo algumas particularidades como transfusão sanguínea cuja nova punção deverá ser programada após 90 dias do nascimento e prematuridade que pode ser considerada a coleta no 7º dia de vida) do RN colhidas em papel filtro. Em concordância com a PNTN e por meio da análise do sangue do RN, no estado de Minas Gerais preconiza-se identificar o Hipotireoidismo Congênito, a Fenilcetonúria, a Doença Falciforme, a Fibrose Cística, a Deficiência de Biotinidase e a Hiperplasia Adrenal Congênita. Diante a literatura pesquisada, pode-se afirmar que as puérperas apresentam conhecimento superficial e/ou inadequado sobre o TP. Na maioria das vezes, essa informação é repassada as puérperas durante a alta hospitalar, de forma breve, o 74 que favorece a não compreensão da temática. Contudo, para que alcancemos índices satisfatórios de adesão a realização do TP, é imprescindível o investimento em educação continuada e permanente aos profissionais, principalmente ao enfermeiro, que serão formadores de opinião, proporcionando a população melhor qualidade de assistência de enfermagem. Outrossim, é indispensável que o enfermeiro, trabalhe previamente durante as consultas de pré-natal sobre a realização do TP, afim de conscientizar e sensibilizar as puérperas, para o aumento da adesão ao mesmo. 75 CONSULTA DE ENFERMAGEM: A IMPORTÂNCIA DA PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉNATAL E O PAPEL DO ENFERMEIRO Maria Aparecida Mendes Andreza Nayla de Assis Aguiar Geisielle Bruna Prado Barbosa Sônia Maria Nunes Viana (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A consulta de enfermagem é uma atividade, que por ser privativa do (a) enfermeiro(a), fornece subsídios para a determinação do diagnóstico de enfermagem e elaboração do plano assistencial, servindo, como meio para melhor assistir o paciente/cliente e documentar sua prática. Objetivou-se caracterizar a importância da primeira consulta de pré-natal e as atribuições do enfermeiro na mesma. Ressalta-se que o presente trabalho é uma pesquisa bibliográfica, de caráter descritivo de natureza qualitativa. Realizaram-se pesquisas nas bases de dados constantes no site da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Usaram-se principalmente as bases de dados LILACS e BDENF. Com pesquisas baseadas em artigos em português, no ano de 2005 a 2014. Tendo como resultado uma média de 70 artigos, dessa forma posteriormente realizou-se uma filtragem de forma que, serão usados como motivo de exclusão artigos em inglês ou qualquer idioma que não seja o português, trabalhos que não tenham relevância para a assistência de enfermagem na consulta de pré-natal. Ressalta-se também que artigos realizados anteriormente ao ano de 2005, serão irrelevantes para esta pesquisa. Reduzindo-se assim o número de achados para 10 artigos. Posteriormente se realizou uma segunda filtragem, onde se usou como descritores enfermagem e pré natal associando-os com a terminologia em inglês “and” para uma busca mais especifica. Reduzindo-se os achados para 5 artigos. Observase que o enfermeiro é importantíssimo para que seja realizada uma consulta de pré-natal qualificada, orientando a gestante de forma clara e objetiva, baseando-se em referências técnico-científicas, construindo assim sua identidade, adquirindo autonomia na equipe de saúde e fortalecendo vínculo com a paciente, pois o enfermeiro atua de forma efetiva na educação permanente da mãe, através de orientações e grupos educativos. É de suma importância a atuação do enfermeiro para a redução da mortalidade materno infantil. Dessa forma o enfermeiro deve ocupar verdadeiramente o seu espaço com interesse e responsabilidade. Na consulta de enfermagem às gestantes, deve ocorrer a participação ativa da cliente através da interação com o profissional enfermeiro, em que ambos trocam saberes e informações visando à promoção do autocuidado. Nessa perspectiva, através da consulta de enfermagem como um momento de diálogo, entre enfermeiro/cliente pode-se definir metas e objetivos a serem atingidos visando a melhoria nas condições de saúde do binômio mãe e filho. Estudos realizados mostram a preocupação com a frequência com que ainda ocorrem mortes de mulheres e crianças por complicações decorrentes da gravidez, parto e puerpério. A maioria destas mortes são evitáveis por meio de uma adequada assistência pré-natal. Ressalta-se que a gravidez, apesar de ser um processo fisiológico, produz modificações no organismo materno que o colocam no limite do patológico. Se a gestante não for adequadamente acompanhada o processo reprodutivo transforma-se em situação de alto risco tanto para a mãe quanto para o 76 feto. Observa-se então o quão é importante as orientações que são fornecidas as mães através do enfermeiro na primeira consulta de pré-natal e a importância do vínculo profissional/cliente para garantir uma melhor assistência, redução da mortalidade materno infantil e uma maior valorização do profissional de enfermagem. 77 O GERENCIAMENTO DO ENFERMEIRO EM UMA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA Jéssica Virgínia de Araújo Ribeiro Sabrina Soares da Silva Laís Kelle de Oliveira Everaldo Rodrigues da Silva Júnior Angélica Mônica de Andrade (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Integrante fundamental na equipe de saúde, o enfermeiro pode atuar em diferentes serviços. Na assistência ao paciente, o enfermeiro pode atuar no atendimento de urgência e emergência. Situações de emergência como a Parada Cardiorrespiratória (PCR), que consiste na ausência de batimentos cardíacos e respiratórios de um indivíduo, requer desse profissional habilidades específicas. Anualmente estima-se que no Brasil ocorram 200.000 PCR ao ano, sendo metade dos casos em ambiente hospitalar. Apesar dos avanços das últimas décadas, relacionados a prevenção e ao tratamento da PCR, muitos são os óbitos no Brasil, provenientes de problemas cardiovasculares. Neste contexto, o sucesso do atendimento à PCR é dependente da atuação do enfermeiro, durante o gerenciamento do processo à prestação do cuidado, e de sua equipe, que pode antecipar condutas e medidas, prevenindo ou diminuindo os danos ao paciente que sofreu este mal súbito. Este estudo buscou identificar a atuação do enfermeiro, frente ao gerenciamento da equipe de enfermagem no atendimento a uma PCR. Trata-se de uma pesquisa de cunho exploratório, realizado por meio de levantamento bibliográfico, usando como base de periódicos científicos nacionais disponíveis online na BDENF (Base de dados em Enfermagem), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e MEDLINE (Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica) tendo como descritores “Enfermeiros”, “Parada Cardiorrespiratória”, e “Educação Continuada”. Utilizando os artigos em português do Brasil, publicados entre o período de 2005 a 2014. Todo o material identificado totalizou 23.395 artigos, destes foram selecionados 10 artigos para leitura na íntegra. A PCR é o cessar súbito dos batimentos cardíacos e dos movimentos respiratórios, que podem causar danos cerebrais e até mesmo a morte do paciente. Por se tratar de um acometimento imprevisível, o atendimento ao paciente que sofreu PCR, exige do profissional de saúde, em especial o enfermeiro, realizar o gerenciamento de todo o processo de atendimento (pré/trans/pós). O gerenciamento do processo visa prevenir, identificar, minimizar e detectar precocemente, situações que podem ser propícias ao desenvolvimento de PCR, o que justifica a importância da realização do presente trabalho. Dentre as medidas que o enfermeiro pode realizar durante o processo de gerenciamento, está inserido a segregação dos grupos de risco que estão mais susceptíveis ao desenvolvimento da PCR (pacientes cardiopatas, hipertensivos, diabéticos, com antecedentes familiares de morte súbita principalmente). Outrossim, o enfermeiro deve estar preparado tecnicamente para realizar a condução ao atendimento à PCR, deve estar capacitado para reconhecer a eminência do evento. Nesta situação, o enfermeiro alia a fundamentação teórica, à capacidade de liderança, a rapidez, a eficiência e a habilidade técnica no desempenho da ação. É essencial que o enfermeiro se mantenha calmo, impedindo que a ansiedade interfira em seu raciocínio, orientando com responsabilidade a equipe no desempenho de suas atividades, mantendo uma postura ética. Neste sentido, o enfermeiro deve investir em educação 78 continuada e permanente com sua equipe por meio de treinamentos, minimizando erros e perda de tempo essencial a sobrevida do paciente em PCR. Atribuindo-se ao fato, que as habilidades não praticadas ou treinadas constantemente, contribui para o déficit da assistência prestada. Contudo, é de responsabilidade exclusiva do enfermeiro, o planejamento da assistência, elaborar e revisar os protocolos institucionais baseados no Guideline disponibilizado pela American Heart Association, conhecer a sequência do atendimento ao PCR, bem como organizar a equipe de enfermagem, a se portar e a reunir os materiais necessários durante o atendimento, mantendo sempre a tranquilidade para o atendimento ao paciente grave com risco eminente de morte, oferecendo suporte básico até a chegada do médico. 79 A RELAÇÃO ENTRE EXERCÍCIO DA CIDADANIA E A PRÁTICA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS Glace kele Aparecida Ribeiro de Assis Jessika Damasceno Ferreira Sandra Celia Lopes dos Santos Rosilene da Silva Mendes Danielle Aparecida Gomes da Cunha Gleisy Kelly Neves Gonçalves (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A Constituição Federal garante a todos o pleno exercício da cidadania, pautados na equidade, liberdade, democracia e nos direitos e deveres civis, políticos e sociais. Mas não é o que se vê na prática. As Ciências Sociais, a partir de sua investigação sociológica, podem oferecer subsídios para que o exercício da cidadania seja realmente garantido (CHAIA; TEIXEIRA, 2001). Nesse sentido, torna-se importante instrumento social, compreender a relação entre a prática das ciências sociais, e o exercício da cidadania. A sociedade atual se caracteriza por um acelerado avanço científico-tecnológico, porém vem cercada de demandas e exclusões sociais e pela não observância do exercício da cidadania. Sendo assim, a efetiva prática das Ciências Sociais tem se mostrado como ferramenta para a garantia dos direitos dos cidadãos e por isso foi tomada como tema central desta pesquisa. Neste trabalho, utilizamos como fonte de publicações, a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a Literatura Latina Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e o Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), utilizando as palavras chaves: Exercício de cidadania, prática das ciências sociais, consciência e orientação, justiça social. Após leitura dos resumos e análise destes, obtivemos uma população de 15 artigos. Após, leitura exaustiva dos mesmos, apenas 5 artigos responderam na íntegra a pergunta de interesse. Após análise prévia, foram incluídos trabalhos publicados entre os anos de 2001 e 2015 na língua portuguesa e excluídas publicações em língua estrangeira e anteriores a 2001. Para que o indivíduo possa exercer plenamente a cidadania, ele precisa ter ao mesmo tempo a consciência de si e de como se relaciona com o mundo sedo que, consciência e mundo não podem ser entendidos separadamente. Assim, o homem, ciente de sua condição e importância, passa a lutar e a exigir seus direitos individuais e coletivos, pautados na igualdade civil e política, que por sua vez leva à efetiva justiça social, pois esses sujeitos passaram a ser críticos, exigentes e questionadores. Nesse sentido, as ciências sociais, ramo ou a área da pesquisa que estuda os aspectos sociais relacionados ao homem, ou a vida social de indivíduos e grupos, formam profissionais que devem ter como característica principal a compreensão das relações sociais de modo amplo, levando em consideração aspectos históricos/temporais dos povos e culturas, para da formação das relações sociais, considerando as necessidades, as expectativas, os elementos objetivos e subjetivos e as demandas individuais e coletivas das sociedades. A partir das práticas sociais, exercidas de maneira efetiva e contundente, é que o cidadão ou um grupo de pessoas percebem o contexto no qual estão inseridos, quais suas reais necessidades, quais os seus deveres e direitos como indivíduo ou grupo, quais as obrigações dos diversos personagens envolvidos no processo (seja individual, do Estado, da sociedade, das instituições, etc.), ou seja, como exercer a cidadania, que é um direito de cada um. A prática das ciências sociais como mecanismo do 80 exercício pleno da cidadania, mostra que se trata de um processo bem mais amplo do que simplesmente exigir os direitos de cidadão baseados em legislações. Percebe-se que as ciências sociais permitem o entendimento de que se trata de processo que abrange aspectos como o entendimento da importância da autonomia, da equidade, da não discriminação, da diversidade, sempre procurando a valorização de sujeitos críticos, exigentes, participativos, engajados e coerentes, que tenham não só o poder de exigir seus direitos de cidadão, mas construir um mundo melhor. 81 PAPEL DO ENFERMEIRO COMO LÍDER NO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Irlênio Carvalho de Oliveira Thiago Ubaldo Silveira de Mendonça Stéphanie Cardoso de Souza Núbia Gizele Viana Oliveira Daniela Claudina de Macêdo Letícia Fernanda Cota Freitas (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A enfermagem desempenha ações através de um processo no qual o enfermeiro exerce o papel de líder, buscando influenciar todo um contexto para a definição e conquista de objetivos que resulta em definir e planejar a assistência de enfermagem num campo interativo. Por ser um profissional de destaque no processo de liderança organizacional, o enfermeiro deve estar embasado técnico e cientificamente para assim desenvolver ações gerenciais com liderança, para as quais o conhecimento é ferramenta indispensável. Enquanto responsável legal sobre as atividades da equipe de enfermagem, o Enfermeiro exerce poder sobre a equipe, o que lhe é conferido pelo cargo que ocupa. (BARCELOS E DERBOLI, 2007). Para a Organização PanAmericana de Saúde, o setor de emergência está destinado a realizar assistência em saúde com caráter de urgência para prolongar a vida ou prevenir consequências críticas. Então, a atuação do enfermeiro nesse setor, requer competências especificas no atendimento e também habilidade e tomada de decisões cabíveis para a execução das intervenções para esse setor crítico (MATIAS, 2012). Diante deste contexto, desenvolve - se este estudo como o objetivo de identificar evidências científicas acerca da importância do enfermeiro como líder no setor de urgência e emergência. Foram considerados os seguintes critérios de inclusão: trabalhos publicados em língua portuguesa, com resumos disponíveis nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e no Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), utilizando as palavras chave: Papel do Profissional de Enfermagem, Liderança, Cuidados de Enfermagem e Enfermagem em Emergência. A busca foi realizada na íntegra pelo acesso livre on-line, utilizando como eixo norteador a questão: Qual a importância da liderança do enfermeiro no setor de urgência e emergência? A população deste estudo constou de 414 artigos indexados. Após leitura dos títulos dos artigos, foram selecionados 27 artigos e 4 teses. Após leitura dos resumos, apenas 3 artigos e 2 teses, responderam na íntegra a pergunta de interesse. Os trabalhos foram publicados entre 2001 e 2012. Para que o enfermeiro possa efetivamente exercer uma liderança, deve-se buscar de estratégias que possibilitem este profissional conhecer a si mesmo e para a eficácia do processo de liderar, necessita-se conhecer as necessidades e expectativas pessoais e profissionais dos membros da equipe de enfermagem (WEHBE e GALVÃO, 2001). A competência em liderança oportuniza aos enfermeiros criar mecanismos que influenciem positivamente as suas equipes na busca de uma assistência de qualidade, o que constitui um dos objetivos organizacionais (BARCELOS E DERBOLI, 2007). Os enfermeiros das unidades de emergência aliam à fundamentação teórica (imprescindível) a capacidade de liderança, o trabalho, o discernimento, a iniciativa, a habilidade de ensino, a maturidade e a estabilidade emocional. Por isso a constante atualização destes profissionais, é necessária pois, desenvolvem 82 com as demais equipesn habilidades para que possam atuar em situações inesperadas de forma objetiva e sincrônico na qual estão inseridos. Em resumo, o enfermeiro deve compreender o que é o processo de liderança, entender a importância da comunicação efetiva, do relacionamento irterpessoal, da tomada de decisão, e assim aplicá-las na prática. O setor de emergência exigirá do profissional enfermeiro tais ações citadas acimada, pois somente então, ele terá a confiança da equipe de enfermagem e dos demais profissionais inseridos neste contexto e poderá também possibilitar as mudanças requeridas no gerenciamento da assistência de enfermagem prestada aos pacientes. 83 VIOLÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA Ana Paula Freitas Moreira Luana Miranda de Oliveira Avelar Samara Martins Marçal Campos Everaldo Rodrigues da Silva Junior Fernanda Ventura Ricoy de Sousa Castro Sônia Maria Nunes Viana (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta, caracterizado pelos impulsos do desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social. Seus limites cronológicos são definidos pela Organização Mundial de Saúde 2010 entre 10 e 19 anos, sendo a etapa da vida humana de maior risco de mortes por causas violentas. Para a violência que acomete crianças e adolescentes, o Ministério da Saúde define: quaisquer atos ou omissões dos pais, parentes, responsáveis, instituições e em última instância da sociedade em geral que resultam dano físico, emocional, sexual e moral às vítimas. A violência tem atingindo diretamente a juventude brasileira de modo que o principal grupo de riscos para mortalidade por homicídio são adolescentes e adultos jovens, do sexo masculino, residentes em áreas pobres e às vezes periferias das grandes metrópoles de cor negra com baixa escolaridade e pouca ou nenhuma qualificação profissional. As causas externas (acidentes e violências) ocupam a primeira causa de morte na faixa etária de 10 a 19 anos. Este trabalho justifica-se devido à alta taxa de violência entre crianças e adolescentes, onde são submetidos as mais diversas e dolorosas agressões, desde física, psíquica e emocional em todo o mundo. Objetivou-se determinar os fatores que levam a violência na adolescência. O estudo foi desenvolvido com base de dados SciELO e LILACS, onde foram encontrados mais de 300 artigos relacionados com o tema. Delimitou-se nesta revisão a quantidade de quatro artigos para elaboração do tema proposto. Utilizou-se Palavras-chave: violência, adolescência, e cuidados de enfermagem, os critérios de inclusão foram artigos publicados em língua portuguesa entre 2009 e 2015, em formato completo e que se adequassem ao tema, como critério de exclusão foram artigos indisponíveis para consulta online, artigos estrangeiros, artigos anteriores a 2009. Os primeiros resultados apontam que no Brasil e no mundo o impacto da morbimortalidade por causas externas violência e acidentes constitui uma das maiores preocupações para chefes de estados e dirigentes do setor de saúde. Conclui-se que a violência traz diferentes consequências na vida social, representando hoje uma das principais causas de morbimortalidade nesta faixa etária, por isso que os profissionais de saúde, em especial o enfermeiro, enfrentam no dia a dia, inúmeros desafios para alcançar uma prática mais resolutiva no que diz respeito às situações de violência contra os adolescentes. Saber identificar os principais agravos de violência a que adolescentes e jovens estão sujeitos é o primeiro passo para que o profissional possa planejar sua abordagem e possível conduta. Para tal a notificação é de suma importância, visando comunicar às organizações competentes a existência do fato, para que possam continuar investigando e atuando na proteção dos direitos dos jovens e adolescentes. 84 FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA SEPSE NEONATAL TARDIA: IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM Ana Paula Freitas Moreira Luana Miranda de Oliveira Avelar Samara Martins Marçal Campos Everaldo Rodrigues da Silva Junior Fernanda Ventura Ricoy de Sousa Castro Sônia Maria Nunes Viana (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected]. 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A sepse neonatal tardia é uma síndrome clínica caracterizada por sinais sistêmicos de infecção, acompanhada pela presença de bacteremia no primeiro mês de vida, podendo determinar a disfunção de órgãos e sistemas e é uma das principais causas de morbimortalidade no período neonatal e caracterizada pelos sintomas que o recém-nascido apresenta depois do quarto dia de vida, geralmente causado por bactérias intra-hospitalares ou aquelas levadas pelo profissional de saúde na unidade neonatal. Os fatores de risco para infecção do recém-nascido podem ser divididos em fatores intrínsecos ou extrínsecos. Os fatores intrínsecos podem ser por idade gestacional, peso ao nascer, grau de desenvolvimento imunológico e agressividade da doença de base. Já os extrínsecos incluem, tempo de internação, uso de procedimentos invasivos, ambientes, área física, técnica de higienização escassa e controle de infecção ineficiente. Este estudo justifica-se devido à elevada frequência da sepse neonatal tardia e as consequências que a infecção pode levar aos recém-nascidos. Objetivou-se determinar os fatores de risco para a sepse neonatal tardia e sugerir medidas de prevenção e controle direcionadas para a equipe de enfermagem. Utilizou-se como metodologia a base de dados SciELO e LILACS, onde foram encontrados mais de 300 artigos relacionados com o tema. Utilizouse Palavras Chaves: Sepse. Recém-nascidos. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Cuidados de enfermagem. Os critérios de inclusão foram artigos publicados em língua portuguesa entre 2008 e 2015, em formato completo e que se adequassem ao tema, os critérios de exclusão, foram, artigos indisponíveis para consulta online, artigos estrangeiros, artigos anteriores a 2008. Delimitou-se nesta revisão a quantidade de três artigos para elaboração do tema proposto. Os resultados apontam que as taxas de infecção hospitalar em unidades neonatais de países desenvolvidos variam de 8,4 a 26%. No Brasil, unidades de terapia intensiva neonatal de nível terciário possuem taxas de infecção entre 18,9 a 57%, mostrando-nos a importância de cuidados para que diminua sua incidência. Conclui-se que é a sepse neonatal é um grande problema nas unidades de terapia intensiva, podendo ser prevenida por todos os profissionais de saúde envolvidos com o manejo dos recém-nascidos, inclusive o Enfermeiro, que tem atuação direta minimizando a incidência dessa patologia. 85 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE SAÚDE DA FAMÍLIA NO ALEITAMENTO MATERNO Lais kelle de Oliveira Jessica Virgínia de Araujo Ribeiro Sabrina Soares Silva Shirley Brabosa Dias Angélica Monica de Andrade (Orietador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 7.00.00.00-0 Ciências Humanas O aleitamento materno é uma prática que permite a mãe criar vínculo de proteção, afeto e cuidado com o bebê, é uma forma de nutrição econômica, rápida e eficaz que permite reduzir riscos de infecção, desnutrição e doenças oportunistas. O processo de aleitamento é influenciado por uma série de fatores como condição emocional, social, história da família de amamentação, suporte oferecido pela família, profissionais de saúde e entre outros. Embora as informações sobre o aleitamento materno e suas vantagens estejam vastas na literatura, o desmame precoce e a falta de amamentação é uma realidade. As orientações, importância, vantagens e forma correta de amamentação se fazem presente em todo pré-natal da gestante. O enfermeiro é o profissional habilitado para prestar toda assistência com este público especifico sendo nas consultas de enfermagem ou vistas domiciliares. O trabalho tem como objetivo discutir a atuação do enfermeiro quanto a assistência a gestantes, parturientes e familiares sobre o aleitamento materno no âmbito da Atenção Primária. Com o intuito de enfatizar a importância desse profissional como norteador dos cuidados prestados, além de fornecer orientações sobre o mesmo para que essa criança tenha o desenvolvimento saudável. Mediante busca na literatura foi realizado por meio de levantamento bibliográfico usando como base a BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) além da leitura do caderno de atenção básica na saúde da criança, Dentre os 25 artigos nacionais lidos 10 foram selecionados no período de 2010 a 2014 como critérios de exclusão foram descartados artigos em inglês e espanhol e artigos nacionais com periodicidade inferior a 2010 e aqueles que não apresentavam a importância da atuação do enfermeiro no aleitamento materno, como palavras chaves foram utilizados “aleitamento materno”, ”atenção primaria” e ”PSF”. O enfermeiro atuante na Atenção Primária cria o vínculo usuário e profissional onde permite estar mais presente em todas as fases deste processo de amamentação iniciando por todo o pré-natal onde grupos de orientação a gestantes são criados para abordar assuntos relevantes como a autoconfiança da mulher, a importância do aleitamento até o 6 meses, a pega correta, posição correta e os riscos de não amamentar. O enfermeiro da equipe da saúde da família é profissional essencial durante este processo, pois através da cumplicidade e confiança criado com estes familiares a abordagem se torna facilitadora quanto aos cuidados, orientação intervenção e educação permanente proposto pelo enfermeiro. 86 RELATO DE CASO: VIVÊNCIA ACADÊMICA REFERENTE À ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ADESÃO E BUSCA ATIVA DA PESSOA IDOSA PARA A VACINAÇÃO CONTRA H1N1 Danielle Aparecida Gomes da Cunha Grazielle Barbosa Sílvia Cristina dos Santos Ferreira Glace Kele Aparecida Ribeiro de Assis Jessica Damasceno Ferreira Tiziane Rogério Madureira (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O presente trabalho descreve um relato de experiência acadêmica vivenciada em Unidade Básica de Saúde (UBS) em Belo Horizonte. O objetivo principal é descrever possíveis ações de enfermagem na falta de adesão à vacinação do Idoso. Para realização deste estudo, optou-se por simples observação da sala de vacina e de relato de visita dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) com a busca ativa, não havendo necessidade de assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido. O embasamento teórico se deu através de literatura acadêmica dos sites: LILAC´S e SCIELO. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), pessoa idosa é aquela com idade igual ou superior a 60 anos, e com idade igual ou superior a 65 anos em conformidade com o Estatuto do Idoso. O Programa Nacional de Imunização (PNI) estabelece que tem direito à vacinação contra a gripe, todos os idosos que assim declararem interesse, podendo comparecer à UBS no ato de campanhas disponibilizadas através do Ministério da Saúde, na sala de vacina de Hospitais, quando em regime de internação, bem como, receber a Equipe de Saúde da Família (ESF), responsável pela visita domiciliar. No que tange os aspectos relacionados às boas práticas de vacinação, a aceitação vem relatada na forma de prevenção contra doenças, melhoria do bem-estar e de sua saúde como um todo. Já a negação é relatada mediante exacerbação de sinais e sintomas de gripe em campanhas anteriores sendo os principais: gripe forte, mal-estar geral, inapetência e náuseas intensas. O enfermeiro responsável pela visita domiciliar do idoso, pode realizar diversas ações de conscientização e educação no intuito de garantir a adesão da população, principalmente dos idosos à campanha de vacinação. No ato dessas visitas, esse profissional deve ressaltar a importância da vacinação, que o vírus da gripe é mutável, ou seja, sofre constantes mudanças, e que a cada ano é disponibilizada a vacina contendo cepas diferentes. Dentre as diversas ações, podemos destacar a organização de palestras em grupos operativos, em grupo de renovação de receitas, grupo de hipertensos e diabéticos bem como em grupo de recreações voltados para a terceira idade. A busca ativa também é uma importante ferramenta de trabalho da equipe responsável pela área de abrangência do domicílio do idoso. Dessa forma, conclui-se que o idoso é uma pessoa que necessita de cuidados específicos e que a imunização confere resistência ao sistema imunológico, prevenindo as formas graves da gripe e doenças oportunistas naturais inerentes à senescência ou senilidade. Palavras chave: Vacinação idoso, Gripe idoso e Adesão vacina idoso. 87 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO A PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Elisângela maria Carvalho Lorena Carolina Alves Dos Santos Isabella Cristina carvalho Costa Angélica Mônica Andrade (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O acidente vascular encefálico ocorre quando há uma interrupção ou a ocorrência inadequada do fluxo sanguíneo para áreas especificas do cérebro, resultando em disfunção neurológica transitória ou permanente dependendo da gravidade, região e extensão afetada. É um problema mundial de saúde pública, sendo responsável por uma grande proporção de doenças neurológicas que resultam em uma causa importante de morbidade e mortalidade no mundo. A maioria dos pacientes que sofrem acidente vascular encefálico exibem incapacidades residuais significativas, o que faz desta patologia a primeira causa de incapacitação funcional no mundo ocidental. A Sistematização de Assistência de Enfermagem no cuidado a pacientes portadores de morbidades provenientes do acidente vascular encefálico é importante para melhorar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares, durante a internação em instituições hospitalares e se estendendo para cuidados domiciliares. Esse estudo tem como objetivo descrever a função do enfermeiro no desenvolvimento de um melhor autocuidado a pacientes que sofreram acidente vascular encefálico e necessitam de atenção especial sem perder sua essência. Para realização do presente estudo foi realizada pesquisa bibliográfica, que forneceu subsídios para que o tema em questão fosse analisado. A implementação da sistematização de assistência de enfermagem se faz necessária desde a hospitalização até os cuidados domiciliares. O enfermeiro deve auxiliar, encorajar e preparar pacientes e familiares para reorganizarem a vida em seus lares de modo que possam assumir os cuidados detectando, prevenindo e controlando situações que possam ocorrer durante as atividades de vida diária. Ademais o enfermeiro incentiva cuidados para o menor risco possível ao paciente sequelado de acidente vascular encefálico, sem que o mesmo perca sua autonomia pessoal e que mantenha a qualidade de vida dentro dos parâmetros do paciente, afinal, a fase final da recuperação irá acontecer no domicilio. Conclui- se que o enfermeiro tem papel fundamental para executar cuidados de enfermagem ao paciente com acidente vascular encefálico a fim de promover o autocuidado, dependendo do quadro do paciente, membros da equipe multiprofissional serão acionados e juntos farão o planejamento das terapias. Com essa atenção a tendência é que os pacientes voltem a ser independentes em suas atividades de vida diária como alimentação, vestuário, higiene e marcha, se tratados precocemente e de forma eficaz. A reabilitação atua em duas frentes, treinando o paciente para sua independência, com o potencial de função que ele já apresenta e estimulando mecanismos tentando recuperar ou desenvolver a função perdida. 88 PROMOÇÃO E PREVENÇÃO: A SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA Dijanira Paloma Rebeca Brandao Lorena Carolina Alves dos Santos Elisangela Maria Carvalho Leticia Fernanda Cota Freitas (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Na sociedade atual o homem se titula como o “homem de aço” acreditando que nada poderá atingi-los. Por esse motivo há uma preocupação maior por homens que não procuram uma Unidade Básica de Saúde e não se preocupam em cuidar da sua própria saúde. A saúde do homem na atenção primária é um desafio às políticas públicas, pois alguns deles não reconhecem a importância da promoção da saúde e prevenção de doenças como questões associadas ao homem (ALBANO, BASILIO e NEVES, 2010). No Brasil é bastante disseminada a ideia de que as unidades de atenção primária a saúde (UAPS) são serviços destinados quase que exclusivamente para mulheres, crianças e idosos. Muitas são as suposições e justificativas para a pouca presença masculina nos serviços de atenção primária à saúde (ALBANO, BASILIO e NEVES, 2010). Os estudos apontam para marcadas diferenças por sexo quanto ao motivo da procura de serviços de saúde, mesmo quando excluídos os partos e os atendimentos de prénatal as mulheres buscam mais serviços para realização de exames de rotina e prevenção, enquanto os homens procuram mais serviços de saúde por motivo de doença já instalada. Diante disso o objetivo desse trabalho é mostrar a importância de ações de promoção e prevenção da população masculina dentro das unidades a atenção primaria e de como levar o mesmo para dentro das Unidades Básicas de saúde. A metodologia utilizada para elaboração do presente estudo foi pesquisa bibliográfica, sendo utilizado a base de dados Bireme e Scielo, foi utilizado 3 artigos dos anos de 2005 a 2011, com temas relacionados ao homem na atenção primaria. A mesma forneceu subsídios para que o tema em questão fosse analisado. Percebeuse então a necessidade de um cuidado especial ao homem. Em 2008 foi criada então a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem porque visa qualificar a saúde da população masculina na perspectiva de linhas de cuidado que resguardem a integralidade da atenção. Os homens hoje poderiam evitar muitas complicações em relação a saúde se tivessem procurado uma Unidade Básica de Saúde. Segundo A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem aproximadamente 75% das enfermidades e agravos dessa população está concentrada em 5 (cinco) grandes áreas especializadas: cardiologia, urologia, saúde mental, gastroenterologia e pneumologia. Por outro lado, no entanto, afirma-se que, na verdade, os homens preferem utilizar outros serviços de saúde, como farmácias ou prontos-socorros, que responderiam mais objetivamente às suas demandas. Nesses lugares, os homens sentem que são atendidos mais rapidamente e conseguiriam expor seus problemas com mais facilidade. Sendo assim conclui-se que com a finalidade de trazer o público masculino para a atenção primária devem ser criadas medidas educativas visando essa população, levando em conta o horário de disponibilidade, as necessidades masculinas dentre outras, assim promovendo saúde com palestras e rodas de conversas para que essa população seja incluída no contexto de 89 prevenção e promoção a saúde, capacitando as diversas equipes para recebe-los, podendo assim evitar doenças e agravos. 90 A HUMANIZAÇÃO E O CUIDADO DO TRABALHADOR DE SAÚDE EM NÍVEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA Angélica Cristina Duarte Gonçalves Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A humanização tem sido preconizada para a assistência de saúde em todos os níveis. Ocorre que, para prestar um cuidado humanizado, é preciso que os profissionais de saúde tenham imbuídos em si mesmos, os valores requeridos para a efetivação de ações que concretizem o acolhimento e humanização do atendimento. A equipe de auxiliares e técnicos de enfermagem especificamente, que na maioria das vezes presta o primeiro atendimento e tem maior interface com o usuário, é a mais cobrada para prestar assistência humanizada e acolhedora. Porém, nem sempre esses profissionais são sequer ouvidos em suas demandas. Neste contexto, este estudo visa esclarecer quais têm sido as estratégias gerenciais desenvolvidas pelo enfermeiro para a humanização e o cuidado das equipes que ele lidera. O tema se justifica por alertar a todos sobre a necessidade de cuidar de quem cuida. Dessa forma, será possível o desenvolvimento de uma nova cultura que fortaleça a realização pessoal e profissional desses trabalhadores, por meio do respeito e da valorização humana. Nessa perspectiva, há que se estabelecer o respeito pela individualidade e demostrar para cada um, de forma concreta e verdadeira, o reconhecimento de seus esforços e comprometimento para o melhor funcionamento do serviço. Segundo Backes et al. (2006, p.222), “problematizar e concretizar a humanização do ambiente, mais especificamente a partir do trabalhador, implica uma reflexão crítica e dialógica acerca dos princípios e valores que norteiam a prática dos profissionais”. Assim, a utilização de estratégias para implantar as práticas de humanização nos ambientes de saúde voltada para os profissionais assistenciais é indispensável. Negligenciar neste campo implica na dissonância de um discurso contradizendo a prática. Mesmo assim, a maioria das instituições de saúde insistem em tratar seus profissionais de maneira inapropriada, deixando de oferecer melhores condições de trabalho e não se importam com o excesso de tarefas e obrigações e as precárias condições de vida, resultantes de noites mal dormidas, falhas na alimentação, hábitos condenáveis como automedicação, tabagismo, alcoolismo entre outros. Mesmo quando estão verdadeiramente doentes, fazem “consultas de corredores” numa conversa breve com um colega médico. A metodologia adotada para o desenvolvimento do estudo foi a pesquisa bibliográfica em periódicos nacionais, através da base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, utilizando os descritores: humanização, atenção primária à saúde e gestão de pessoas. Foram selecionados 11 artigos, por estarem escritos em língua portuguesa e terem sido publicados nos últimos dez anos. Segundo Serra (2001 apud BEZERRIL, 2009, p.45) “é necessário cuidar dos próprios profissionais da área de saúde, constituindo equipes de trabalhos saudáveis para serem capazes de promover a humanização do serviço”. Vários outros autores ressaltam que os gestores têm que a cada dia mais estimular os profissionais, pois, este estimulo faz com que sejam desenvolvidas as habilidades e competências para a implantação de práticas de humanização nos ambientes de trabalho de saúde. Os desafios para a implantação de um programa de humanização nos ambientes de saúde são amplos. Mas é preciso que os gestores, percorram esse caminho para que a realidade posta seja modificada. Os profissionais de saúde 91 também são seres humanos, que necessitam se sentirem acolhidos e protegidos pela instituição em que prestam seus serviços. A partir daí, poderão repassar esse carinho de maneira natural e espontânea, rotineiramente e com mais compromisso e assertividade. 92 CAPACITAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE PARA VINCULAÇÃO DA POPULAÇÃO A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA Angélica Cristina Duarte Gonçalves Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde No atual contexto do setor saúde, o Agente Comunitário de Saúde (ACS) tem uma atribuição importante na Estratégia Saúde da Família (ESF). O cargo foi criado em 1994, pelo Ministério da Saúde, para a reorganização da atenção básica. Segundo as diretrizes propostas, o ACS deveria ser algum membro da própria comunidade, pois dessa forma, conhecedor da população como um todo, facilitaria a interlocução dos usuários com a equipe de saúde da família, tornando mais forte a relação entre trabalho e vida social (BRASIL, 1999). As diretrizes para a assistência à saúde, preconizadas pelo Sistema Único de Saúde/Sus, tem como ponto central a família (ROSA; LABATE, 2005). Assim, o Programa Agente Comunitário de Saúde (PACS) é um marco e a chave para efetivação das ações propostas. Atualmente, o ACS é um dos principais profissionais na equipe multiprofissional. É ele quem está diretamente ligado à população adstrita. São inúmeras as funções a serem desempenhadas e elas só se tornarão efetivas se ele souber chegar e perceber a realidade em cada local por onde passa em suas visitas diárias. Assim, é grande importância que ele seja capacitado e orientado sobre a importância do seu trabalho. Neste sentido, o objetivo desse estudo é identificar as ações e estratégias necessárias para capacitação e acompanhamento do ACS em seu cotidiano para o alcance dos resultados pretendidos. Tratase de uma revisão bibliográfica que aborda a importância da educação permanente para os agentes comunitários de saúde. Ao longo dos capítulos, estão apresentadas abordagens de ações de educação continuada, como quesito essencial na formação dos agentes comunitários de saúde, que foram realizadas pelo enfermeiro. Além disso, trata da importância do desenvolvimento de ações que permitam o aprimoramento da pratica profissional. Foi utilizada a base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, utilizando os descritores: agente comunitário de saúde, saúde da família, atenção primaria. De todos os artigos levantados, foram selecionados 8, por estarem escritos integralmente em língua portuguesa e terem sido publicados nos últimos dez anos. Os documentos revisados retratam a importância da realização dessas atividades de educação continuada, que atualmente estão sendo ditas como atividades de educação permanente. Realizadas principalmente por enfermeiros, essas ações contribuem significativamente para o crescimento técnico científico do agente comunitário de saúde. Consequentemente, contribuem para o reconhecimento do agente comunitário de saúde, na comunidade na qual está inserido. Todos ressaltam a importância da capacitação do ACS, considerando principalmente a relevância do seu papel, na busca dos usuários em nível da atenção primária, para a conscientização da população em prol da saúde, por meio da promoção à saúde e prevenção da doença. 93 TRAUMA NA INFÂNCIA Natália De Oliveira Guimarães Marcela Morais Fernandes Lucia Maria Gomes Viana Cynthia De Fátima Reis Lealdade Lydiane Paula De Souza Inês Chamel José (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O trauma é a principal causa de morte e invalidez na infância. Dessas mortes, 80% poderiam ser evitadas, por meio de estratégias de prevenção que evitem o trauma infantil ou por tratamento apropriado. Assim, pode-se considerar que todos os aspectos do atendimento pediátrico, a avaliação e o atendimento adequados da criança traumatizada, requer um conhecimento amplo das características próprias do crescimento e desenvolvimento da criança, principalmente da anatomia e fisiologia de seu desenvolvimento, como também dos mecanismos específicos de lesão. O objetivo deste trabalho foi identificar os principais mecanismos de trauma na infância e o perfil das vítimas. Foi realizada uma pesquisa por meio de revisão de literatura, utilizando artigos científicos, textos e livros específicos, sendo a busca realizada em banco de dados nacionais e biblioteca física. Dados obtidos por diferentes autores revelam que, das vítimas de trauma na infância, em geral, 52% a 67% são do sexo masculino. A prevalência de meninos pode ter relação com seu comportamento natural e tipos de brincadeiras geralmente preferidas. As quedas foram às causas mais comuns de trauma em crianças menores de dez anos. Dentre as causas de morte por trauma, as mais frequentes em crianças são aquelas por acidentes de transporte, com destaque aos atropelamentos. Atropelamento foi o segundo maior fator causador de trauma, sendo comum em crianças entre seis e dez anos. Cerca de 49% dos traumas com crianças ocorreram de sábado a segunda-feira, entre 19 horas e zero hora, horário onde ocorreu o maior número de traumas por acidentes e agressões. De acordo com as estatísticas, em 87% dos casos, os traumas relacionam-se com esportes, como uso de skate e bicicleta e, em 4%, é resultante de agressão. Em média, 33% correspondem à agressão sexual e 22% estão relacionados às outras síndromes de maus-tratos. A necessidade de cuidado contínuo pode predispor a criança ao abuso por parte de quem cuida dela, seja em ambiente domiciliar ou instituições, como escolas e creches, que prestam cuidado integral à criança. Os resultados apresentados contribuem para os dados epidemiológicos, mas é reforçada a necessidade de identificar cada trauma. Esses resultados também são compatíveis com o estágio de desenvolvimento esperado das crianças, que se encontram sob alto risco de cair de leitos, cadeiras, sofás e outras mobílias. A abordagem educacional deve ter papel de destaque nas medidas preventivas. O ambiente domiciliar é um local frequente de acidentes domésticos e quedas. Assim, pais, cuidadores e professores precisam compreender os fatores de riscos envolvidos e o alto grau de complexidade. Os profissionais de saúde também devem estar envolvidos nesta linha de cuidados, pois desempenham um papel importante no cuidado e promoção da saúde na infância. 94 A ÉTICA NA ENFERMAGEM Natália De Oliveira Guimarães Marcela Morais Fernandes Lucia Maria Gomes Viana Cynthia de Fátima Reais Lealdade Lydiane Paula De Souza Inês Chamel José (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Este estudo trata-se de uma reflexão teórica sobre a ética na Enfermagem e na saúde, apontando as limitações e os desafios dos profissionais de saúde na construção da ética na profissão, em especial os profissionais da Enfermagem, argumentando sobre como o cuidado da enfermagem precisa fundamentar-se dentro de uma conduta ética, tendo em vista a complexidade das questões éticas com que se deparam os profissionais da enfermagem e da saúde, atualmente. O objetivo deste estudo foi refletir acerca de considerações éticas que necessitam fundamentar as ações de enfermagem. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre questões relevantes, agregando informações de artigos científicos, revistas eletrônicas, protocolos, textos e livros específicos. A busca foi realizada em banco de dados nacionais e biblioteca física. Diversos autores apontam a capacidade da enfermagem atuar eticamente, auxiliando, assim, a equipe multiprofissional. São reais as limitações do ensino de ética em saúde, os desafios e as suas contribuições. Os autores destacam a função gerencial do enfermeiro, indicando que esta deve ser baseada em valores da profissão, em seu código de ética e nos direitos do paciente, integrando cuidado humano qualificado, guiado pelo respeito, por livre consentimento e pela promoção do paciente como um protagonista e sujeito do seu cuidado. Em Enfermagem, o termo ético refere-se aos padrões de comportamento relativo ao paciente, à chefia e aos colegas de trabalho. Ter discernimento significa saber o que é certo e o que é errado e como agir para chegar ao equilíbrio. Prestar cuidado a alguém implica lidar com crenças e valores de si próprio e de outros, que constituem referências sobre a forma de estar e viver, na relação com os outros e com o mundo. É importante que os contextos, os conflitos de convivência e de trabalho, venham ser um plano de fundo que direciona ao ensino e aprendizagem da Ética, sobre o qual, chefia e colegas de trabalho estabelecem o diálogo. Nas experiências vivenciadas na vida e no trabalho, o ensino e a aprendizagem da Ética se dão de maneira mais eficaz; o estudo deixa claro a necessidade de participação do enfermeiro e da sua intervenção. A proposta é redirecionar o ensino da ética em enfermagem em um enfoque centrado em discussões conceituais para um ensino transversal de valores, por meio de metodologias ativas. Isso exige que todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem adotem uma postura inovadora. O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem do Brasil, reestruturado e aprovado pelo Conselho Federal de Enfermagem, constitui numa declaração pública que visa o aprimoramento do comportamento ético do profissional, expressando questões morais, valores e metas da Enfermagem. Mas, para que isso se concretize, é necessário planejar uma educação internacionalizada. Considera-se os resultados desta pesquisa em concordância com estudos levantados que revelam que o profissional deve promover uma 95 estratégia de ensino. O propósito, com essas reflexões, é promover uma educação em enfermagem que envolva o espírito crítico e a capacidade de dialogar, buscar a justiça, a solidariedade, a igualdade e a coerência entre os meios e os fins. É importante que se tenha um ambiente em que a Ética seja uma realidade. Para a formação moral é preciso que os educadores contribuam com atitudes éticas. Não basta adotar metodologias e meios inovadores, se não houver uma concepção pedagógica e estruturada que fundamente a formação de profissionais éticos. 96 SÍNDROME DO MEMBRO FANTASMA Cynthia de Fátima Reis Lealdade Adriana Gomes Cintya Rachel Vieira Silva Alexandrina Maria Fernandes de Paula Rose Hellen Cota Bomfim Sônia Maria Nunes Viana (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A sensação do membro fantasma é um fenômeno que acomete pacientes submetidos à amputação de qualquer um dos membros, e essa sensação pode ser acompanhada ou não de dor. Na maioria dos casos, o membro fantasma possui o mesmo tamanho, forma e postura que o membro amputado apresentava no pré-operatório ou trauma, podendo, em até 20% dos casos, evoluir com redução progressiva do tamanho do membro, esse fenômeno é denominado telescopagem. Independente da causa que motivou a amputação, até 80% dos pacientes apresentam dor no membro fantasma, o que pode ocupar uma postura anormal ou anatomicamente impossível. O impacto da dor fantasma extrapola o causado pela amputação em si ou da presença da sensação fantasma. A dor é em geral incapacitante e está usualmente associada à síndrome dolorosa miofascial na musculatura próxima da região amputada. O tratamento dessa síndrome dolorosa é baseado no manuseio farmacológico e no tratamento dos aspectos físico, psicológico e comportamental do paciente. A intervenção cirúrgica pode ser utilizada, sendo geralmente direcionada para o tratamento do neuroma do coto de amputação. No que concerne o tratamento farmacológico, são utilizados analgésicos não opioides, antidepressivos tricíclicos (ou inibidores duais), neurolépticos, anticonvulsivantes, opioides, bloqueadores neuromusculares, cetamina e capsaicina. JUSTIFICATIVA: Apesar de pouco conhecida a Síndrome do membro fantasma acontece em pessoas cujo foi necessário o amputamento de algum membro do corpo como braço, perna, dentre outros membros. Essa síndrome é caracterizada pela dor no membro que foi perdido. Segundo o INCA 80% dos pacientes submetido a esse procedimento de amputação de membro, relatam dor no membro que foi retirado. Para esses pacientes a sensação de ainda possuírem o membro é muito real. Alguns estudos revelam que alguns pacientes acabam sofrendo acidentes pelo impulso de tentarem utilizar o membro amputado. A causa para esse tipo de fenômeno é variada. Acreditava-se que ocorria a síndrome por motivos psicológicos, hoje se acredita que além das causas neurológicas há também influências fisiológicas. OBJETIVO: Discutir a síndrome a fim de adquirirmos mais informações e conhecimento sobre o assunto para que, possamos melhor acolher o paciente portador da mesma. Avaliar uma melhor forma de assistir os pacientes com o problema além de realizar uma busca de informações sobre esse fenômeno. METODOLOGIA: Pesquisa realizada para fins acadêmicos, a fim de responder questões relacionadas a síndrome do membro fantasma. Como critérios de investigação foram utilizados artigos sobre síndrome do membro fantasma e dor fantasma e dados do INCA. Foram utilizadas fontes publicadas de 2003 a 2013. RESULTADOS: Após a realização deste trabalho foi possível observar a gravidade desta síndrome a necessidade de cuidado e o respeito ao portador da mesma, pois é muito grande a dificuldade do paciente conseguir expressar esta dor se não houver a confiança no 97 profissional que o está assistindo, trata-se de um constrangimento sentir dor em um membro que não mais existe e difícil de compreender que realmente está dor existe. CONCLUSÃO: Apesar de não ser muito comum a ocorrência desta síndrome, o profissional de enfermagem precisa estar preparado para se deparar com pacientes nesta situação. Por isso é necessário um conhecimento sobre o assunto para que o paciente venha ser assistido como um todo. A falta de informação pode ser um dos dificultadores para o tratamento. Uma vez que muitos pacientes não falam sobre o assunto pelo medo de serem tratados como loucos. Por esse motivo torna-se necessário uma intervenção de saúde com o objetivo de informar e assistir esse paciente nas diversas áreas. 98 ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE DO HOMEM Cynthia de Fátima Reis Lealdade Cintya Rachel Vieira Silva Adriana Gomes Alexandrina Maria Fernandes de Paula Rose Hellen Cota Bomfim Sônia Maria Nunes Viana (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde INTRODUÇÃO: O homem tem certa dificuldade em buscar atendimento médico, principalmente nas unidades básicas de saúde (UBS) e mais ainda quando se trata de prevenção. Existe um receio entre eles de que os serviços oferecidos pela UBS são destinados quase que exclusivamente para mulheres, crianças e idosos. Neste caso os homens têm como justificativa o horário de atendimento, a dificuldade de conseguir ser atendido e também a maioria dos profissionais para o atendimento ser mulher. JUSTIFICATIVA: O cuidado com a saúde do homem não se limita só para ele próprio, pois o homem em sua maioria é um pai de família e deve zelar por ela e para isso precisa estar bem fisicamente e mentalmente o que engloba o cuidado com a saúde em todas as fazes da vida. Devemos saber se os profissionais de saúde estão aptos a atender este público. OBJETIVO: Discutir a saúde do homem na atenção primária, conseguir identificar problemas em relação ao atendimento prestado a população masculina e a dificuldade de adesão dos mesmos. METODOLOGIA: Foi realizada uma visita técnica a uma UBS na região de Santa Luzia, onde foi realizado perguntas informais aos profissionais de saúde referentes ao assunto e também observação do ambiente. RESULTADOS: A maioria dos entrevistados apresentou alguma dificuldade em abordar o público masculino, e alguns assumiram que não sabem lidar com estes pacientes. E todos os profissionais reconheceram a necessidade de investir em estratégias de saúde voltadas para este público, pois apesar de existir uma PNASH, nunca houve na UBS um treinamento relacionado à saúde do homem e também não existe nenhuma atividade específica para este público. Existem na unidade alguns informativos e cartazes que comentavam sobre o assunto. Foi identificada também, a necessidade e importância de estar preparando esses profissionais para atender esse público, e também é fundamental que haja a elaboração de uma estratégia para atrair esse público para a UBS. CONCLUSÃO: Através da realização deste trabalho foi possível identificar a necessidade de mudanças de paradigmas no que concerne à percepção da população masculina em relação ao cuidado com sua saúde e a saúde de sua família. E também a dificuldade do profissional de saúde em relação ao cuidado com este público, pois se faz necessário uma reorganização do atendimento nas UBS colocando em prática as intervenções que estão disponíveis na PNASH para que assim o usuário tenha acesso a um serviço de qualidade e que se sinta incluído neste meio. “Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca pela excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito. 99 SÍNDROME DE BURNOUT: INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCOS PARA O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM Érica Conceição da Silva Ivani Aparecida Teixeira Tallita Oliveira Souza Patrícia Souza Candido Ferraz Priscila Regina Vasconcelos Shirlei Barbosa Dias (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psicológico que é descrito desde 1974 por Freudenberger um médico americano. É um transtorno registrado no grupo V da CID 10. A principal característica é a tensão emocional e estresse que tende a durar um longo período, tornando as condições de trabalho desgastantes em todos os sentidos fisicamente, emocionalmente e psicologicamente, essa síndrome acomete especialmente profissionais cujo exercício da profissão exija envolvimento interpessoal direto e constante (VARELLA, 2011). Essa pesquisa é justificada devido a necessidade de busca de informações de uma patologia de grande acometimento e causadora de um grande número de afastamento profissional por esgotamento no ambiente de trabalho. O objetivo foi identificar a incidência e os fatores de riscos para a Síndrome de Burnout em profissionais de Enfermagem. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de revisão analítica, em artigos encontrados no banco de dados eletrônicos Scielo sítio da biblioteca virtual de saúde- BVS, cujas palavras chave utilizadas na busca de artigos, que demonstraram potenciais de riscos e percentuais de profissionais propensos ao distúrbio, foram “Síndrome de Bournout” e “esgotamento profissional”. Foram escolhidos seis artigos encontrados de acordo com o tema, destes ocorreu a escolha de três através da leitura do título e resumo, de acordo com o propósito da pesquisa, para avaliação de incidência e fatores de riscos para o profissional de Enfermagem no ambiente de trabalho. Em determinadas pesquisas verificaram-se que mulheres, profissionais que atuam em dois turnos e trabalhadores com a faixa etária avançada apresentam maior probabilidade de serem acometidos pela síndrome. Em uma pesquisa realizada em um hospital no Rio grande do Norte com duzentos e cinco profissionais verificou-se que 93% dos mesmos apresentavam níveis da Síndrome de Burnout moderado a elevado (BORGES et al., 2002 apud SOUZA, 2013). Segundo Figueiras e Cols (2002) apud Souza (2013) a Síndrome de Burnout é responsável por 70% das consultas a médicos e sua incidência é crescente. O trabalho dos profissionais favorece o desenvolvimento da Síndrome de Burnout, pois estes têm relação direta com seus pacientes, podendo assim estabelecer laços em uma relação de proximidade, muitas vezes, causando sofrimento e até o adoecimento do mesmo. A partir dessas evidências surgem questionamentos a respeito da atuação dos enfermeiros que estão na docência e até acadêmicos na área busquem meios que contribuam para uma diminuição na incidência de Burnout nesses profissionais. A Enfermagem é uma das áreas afetadas por essa síndrome, ou seja, existem outras profissões que também são afetados, assim existe há necessidade de busca de maior conhecimento e 100 meios de controlar essa síndrome, e tende-se a trazer momentos de trabalho com harmonia aos profissionais, e em contrapartida um atendimento ou serviço prestado com mais qualidade e eficácia aos clientes. Com o material utilizado foi evidenciado que vários fatores interferem diariamente no processo de trabalho do Enfermeiro gerando um atrito direto em seu empenho, com isso a necessidade de inovação, e da busca de um ambiente onde haja participação de todos os profissionais de uma maneira harmoniosa, verificou-se uma alta incidência da patologia o que desperta um olhar crítico para necessidade de buscar meios de prevenção aos riscos, e um diagnóstico precoce para que ocorra um tratamento eficaz e adequado. O profissional que cuida também deve ser cuidado e esse processo deve se tornar uma habito constante, pois com o processo cada dia mais acelerado, tendemos a um nível psicológico mais instável, onde muitos podem perder. Enquanto acadêmicos temos a visão de que pequenas atividades podem mudar esse quadro, que se torna difícil pela demanda vivida no cotidiano, e cada profissional deveria buscar um meio de convívio com interação entre equipes para se obter um resultado satisfatório. 101 ERROS DE PRESCRIÇÃO NO SERVIÇO DE SAÚDE Marlene Conceição da silva Rose Hellen Cota Bonfim Aparecida Fernandes de Oliveira Cleide Aparecida Miranda Natália De Oliveira Guimarães Sonia Maria Nunes Viana (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A prescrição é essencialmente, um instrumento de comunicação entre médico farmacêutico, enfermeiro, cuidador e paciente. Para ser considerada adequada, além da clareza deve seguir os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) para prescrição racional, sendo apropriada, segura, efetiva e econômica. Essas características contribuem para maiores chances de êxito da terapia aplicada e segurança do paciente. Conforme o programa nacional de medicamento (PNM) a prescrição é o ato de definir o medicamento a ser utilizado, com a respectiva dosagem e duração do tratamento. De acordo com a Lei 5991/73 no Brasil, as prescrições devem conter: nome do paciente, data, nome dos medicamentos a serem administrado, concentração, dosagem, via de administração, frequência/ horário de administração, assinatura e registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), devendo ser legível e sem rasuras. Nos Serviços de saúde além do atendimento imediato aos pacientes críticos, é necessário o raciocínio clínico do enfermeiro, em conjunto com a equipe multiprofissional, sobre a utilização dos fármacos prescritos, para evitar uma possível interação ou a diminuição da eficácia do tratamento proposto. Esse trabalho busca identificar os tipos de erros de prescrições mais comuns ocorridos nas unidades de saúde. A pesquisa foi realizada através de revisão bibliográfica com seleção de artigos na base de dados da BVS com as Palavras Chave: “erros prescrição” e “administração de medicamentos”, os filtros utilizados foram: Artigos escritos em português, publicações posteriores a 2009. Foram pré-selecionados 20 artigos. Após leitura de resumo restaram 8 que foram utilizados para a construção desse trabalho. Na pesquisa constatou-se que nos estudos realizados em setores hospitalares foi observado que em 72,6% das prescrições não estava descrito a via de administração, a ausência da duração do tratamento foi verificado em 55,5% das prescrições médicas e a duração do tratamento estava presente apenas em 48,8% dos caso. Já em estudos realizados em unidade básica de saúde a ausência do tempo de tratamento foi verificada em 79% das prescrições. Em uma pesquisa realizada na unidade de saúde na cidade de Ouro Preto foram encontrados 1062 prescrições sendo que 2,35% delas não apresentavam a forma farmacêutica,10,5% não continham a concentração, 1,69% a posologia e 17,42% não estabelecia a duração total do tratamento. Além disso foram descritos também como problemas a falta de legibilidade (gerando potencialmente interpretações equivocadas), e a não identificação do prescritor. Observa-se que os erros não são raros de ocorrer, tendo os trabalhos analisados evidenciado e comprovado que eles existem e em proporções muito maiores do que o aceitável. Visto que erradicar o erro é praticamente impossível e considerando que atividades humanas sempre estarão susceptíveis ao erro, o que cabe a nós enfermeiros é ficar atentos e intervir diante de situações onde o erro da prescrição/prescrição incorreta pode potencialmente 102 provocar dano ao paciente. Porem entende-se também que isoladamente não é suficiente, visto que o processo de trabalho na saúde consta de trabalho em equipe onde uma área está intimamente relacionada à outra. Para minimizar os efeitos dos erros de prescrição, acredita-se ser necessário trabalho de educação e conscientização dos prescritores e interação da equipe a fim de garantir a segurança do paciente e da assistência. 103 A ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE REFERENTE AO SUPORTE BÁSICO DE VIDA Gabriela Monique Sabino Salustiano Raquel Jorge da Costa Vasconcelos Stephanie Cardoso de Souza Cleide Aparecida Miranda Daniela Claudina de Macêdo Aniely Coneglian Santos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde As causas mais comuns de óbitos no Brasil, são as Doenças do Sistema Circulatório. Por ser representado através de manifestações pré-hospitalares, a educação em saúde da população poderia reduzir o índice de mortalidade diante destes casos. A identificação precoce de uma situação de risco, é fundamental para intervenção através dos primeiros socorros. A parada cardiorrespiratória é definida como a interrupção abrupta da atividade cardíaca, podendo ser reversível. As manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP) constitui uma sequência de procedimentos que podem ser realizados por profissionais capacitados ou leigos treinados, mediante o reconhecimento da obstrução de vias aéreas e da parada cardíaca e respiratória, tais manobras podem reduzir o índice da mortalidade em vítimas de Parada Cardiorrespiratória (PCR), se realizada de maneira imediata. A atuação do enfermeiro diante destes casos, é de significativa relevância, pois este profissional poderá estimular e motivar a população de forma positiva através da educação em saúde, contando também com o apoio da equipe multidisciplinar. Diante disso o presente trabalho tem o objetivo descrever a importância do enfermeiro na educação em saúde voltada para o suporte básico de vida. Trata-se de uma revisão de literatura desenvolvida com base em artigos científicos, teses e livros. As bases de dados utilizadas foram: BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), para a seleção de artigos publicados no período de 2010 a 2014, sendo adotado como inclusão para este trabalho os textos que se apresentavam no idioma português e disponíveis por completo. A atuação do profissional enfermeiro como educador é indispensável para o desenvolvimento da cidadania, pois por meio da informação em saúde, é permitida a escolha de intervir ou não na tomada decisão. O enfermeiro é então um profissional que agrega habilidades em saúde e educação, o que o torna capacitado ao processo ensino-aprendizagem de pessoas leigas no atendimento à vítima durante o suporte básico de vida. Proporcionar tais informações significa estimular a formação de indivíduos autônomos e preparados para contribuir com a saúde da sociedade. É um grande desafio para o enfermeiro, como educador em saúde, conseguir atingir uma grande parcela da população a fim de alcançar o seu objetivo de educar através de informações, no intuito de garantir o conhecimento dos usuários acerca do suporte básico de vida. O desenvolvimento de técnicas para educação deve ser realizado de forma a facilitar o aprendizado de todos que estão ao alcance educador do enfermeiro. A educação em saúde voltada para o suporte básico de vida é uma das estratégias básicas para a formação de uma população capaz de prestar atendimentos iniciais e primordiais as vítimas na urgência. Sendo fundamental a realização de atividades pelo 104 profissional enfermeiro que aumente a conscientização, proporcionando maior sobrevida da vítima durante uma emergência. 105 O ENFERMEIRO NO CUIDADO AO PACIENTE PORTADOR DE ALZHEIMER: RELATO DE EXPERIÊNCIA Ivani Aparecida Teixeira Érica Conceição Tallita Oliveira Souza Patrícia Souza Ana Paula Grigório Shirlei Barbosa Dias (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva que provoca demência, comprometendo a autonomia dos pacientes e prejudicando sua qualidade de vida. Quando em estágio mais avançado, o indivíduo pode perder a capacidade de operacionalizar sua vida de modo independente. Dessa forma, o paciente perde sua autonomia tendo sentimento de impotência, desamparo, fragilidade e falta de perspectiva de futuro. O conhecimento sobre a doença permite ao enfermeiro adequar o tratamento, bem como intervir junto aos familiares e cuidadores, considerando as singularidades de cada paciente. O objetivo deste trabalho foi descrever a experiência de discentes do curso de enfermagem na aplicação do Processo de Enfermagem junto ao paciente portador de DA. Trata-se de um relato de experiência, realizou-se um estudo de caso com um paciente portador de DA. Os formulários de histórico de enfermagem foram devidamente preenchidos e realizou-se o exame físico no paciente. O estudo foi precedido de autorização do responsável e preservou-se o sigilo do mesmo. O paciente Sr. J.T, 84 anos, natural de Sete Lagoas, portador de DA e Diabetes mellitus. Hipertensão Arterial Sistêmica e faz uso dos seguintes medicamentos: Captopril, Omeprazol, Insulina, Eranz (cloridrato de Donepezila). Apresenta dificuldade na deglutição e pouca ingestão hídrica. Ao exame físico: paciente encontrava-se agitado, desorientado no tempo e espaço, abdome simétrico, sistema tegumentar e músculos esqueléticos sem alterações. Destaca-se que o paciente apresentava marcha lentificada e identificou-se a pressão arterial de 150x90mmHg no momento do exame. Assim, elaborou-se os seguintes diagnósticos de enfermagem: “Déficit no autocuidado evidenciado por incapacidade de se auto cuidar”; “Comunicação verbal prejudicada evidenciada por prejuízos cognitivos”; “Socialização prejudicada evidenciada pela incapacidade de estabelecer relacionamento”; “Risco de violência direcionada para si e para os outros relacionado ao déficit cognitivo”. As prescrições de enfermagem envolveram: capacitar o indivíduo nas pequenas ações de autocuidado. Estimular hábitos de vida que favoreçam a promoção da saúde. Atentar para a dificuldade de deambular e risco de se perder. Conversar com o paciente de maneira tranquila e pausada, para reduzir os riscos de surtos, agitações e autoagressão. Estimular e acompanhar a realização de atividades diárias como vestir-se, tomar banho e escovar os dentes. Percebe-se que iniciativas que parecem simples como o incentivo aos passeios e promoção de um ambiente mais tranquilo podem provocar melhorias na qualidade de vida do paciente. Conclui-se que o papel da família no cumprimento das metas é essencial, para isso é preciso estabelecer uma relação dialógica junto aos mesmos para sanar dúvidas e esclarecê-los. A realização do trabalho permitiu perceber a importância do olhar singular a cada um dos pacientes, de acordo com suas demandas, num esforço em estabelecer 106 um cuidado eficaz. Ao sistematizar o cuidado de enfermagem para o paciente foi possível estabelecer suas prioridades e qualificar a assistência. 107 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA 3ª IDADE Cláudio Ramos Branquinho Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O envelhecimento populacional é um dos maiores desafios da saúde pública mundial. Este fenômeno ocorreu inicialmente em países desenvolvidos, com a combinação de fatores como, a queda da mortalidade, urbanização, melhoria nutricional, elevação dos níveis de higiene pessoal e ambiental, assim como, os avanços tecnológicos contribuíram para este cenário. No Brasil este fenômeno começou mais tarde quando comparado aos países desenvolvidos e está crescendo rapidamente, principalmente na população acima dos 60 anos. Esse aumento se deve, em grande parte, à elevação considerável da expectativa de vida dos brasileiros, e potencializada com a queda da taxa de natalidade, ampliando a proporção relativa de idosos na população, com impactos expressivos nas políticas de saúde. A atenção à saúde do idoso reflete em práticas simples de cuidados, sendo um processo dinâmico que depende de ações coordenadas de enfermagem, levando em consideração a realidade do idoso e respeitando os aspectos, fisiológicos, sociais, culturais, econômicos e religiosos na assistência como um todo. Identificar a importância do papel do enfermeiro no atendimento ao idoso. Este trabalho é um estudo de revisão bibliográfica, onde se analisou publicações sobre assistência de enfermagem na 3ª idade, direcionadas ao exercício profissional de enfermagem. Foram selecionados vários artigos científicos compatíveis com o assunto, a partir da base de dados eletrônicos da SCIELO com as palavras chaves: Enfermagem, Saúde do idoso no período de 2006 a 2015. As pessoas idosas apresentam mais doenças crônicas tais como: Hipertensão arterial, diabetes mellitus e índices superiores de dependência. Isso requer assistência contínua para, por exemplo, monitorar o uso da medicação prescrita, realização de atividades diárias, hidratação, alimentação, entre outras. Quando não assistidos, são usuários mais comuns dos três níveis de atenção à saúde: Primários, secundários e terciários, gerando enormes gastos com a saúde. Neste contexto, a forma como o profissional de enfermagem cuida do idoso está relacionada à sua percepção do processo de envelhecimento, atuando diretamente na prevenção e promoção da saúde, desenvolvendo ações educativas e auxiliando no diagnóstico no decorrer da vida os quais devem ser compartilhados com a família, para definição das estratégias sobre o tipo de assistência é mais indicado para o bem estar do idoso. Neste contexto, o enfermeiro é o profissional que organiza e articula toda a assistência prestada. É evidente que o cuidado ao idoso requer da enfermagem, conhecimento, afeto, paciência e dedicação visto que muitos idosos são resistentes ao tratamento sendo um fator determinante para adequar o tipo de assistência prestada, o que possibilitará a busca da qualidade de vida visando atender as necessidades dessa população. 108 ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NAS PLATAFORMAS DE PETRÓLEO (OFFSHORE) Cláudio Ramos Branquinho Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Com a grande demanda energética atual cada vez mais expressiva e a descoberta do Pré-sal pela Petrobrás, o Brasil se coloca em uma posição estratégica no cenário mundial. O volume de negócios gerado pelo pré-sal impulsiona o desenvolvimento de toda a cadeia de bens e serviços, trazendo tecnologia, capacitação profissional e grandes oportunidades para a indústria com a construção naval de plataformas, sondas e tudo que envolve a exploração e produção de petróleo, tem despertado grande interesse de profissionais de enfermagem, porém, será que estes profissionais sabem realmente quais os desafios a serem alcançados e os obstáculos a serem enfrentados em uma plataforma em alto mar? Avaliar os desafios que o enfermeiro deve enfrentar na plataforma de exploração de petróleo em alto mar é de grande importância. As atividades desenvolvidas e os riscos inerentes a elas requerem a assistência de enfermagem em diferentes contextos. Além das ações de vigilância e promoção da saúde, espera-se que os profissionais de enfermagem possam contribuir de forma efetiva para o bem estar dos profissionais envolvidos no processo de extração e produção do petróleo. Mostrar a importância da inserção do profissional de enfermagem na área petrolífera em alto mar. Este trabalho é um estudo de revisão bibliográfica, onde se analisou publicações sobre enfermagem offshore, direcionadas ao exercício profissional de enfermagem. Foram selecionados artigos científicos compatíveis com o assunto, a partir da base de dados eletrônicos da SCIELO num período de 2010 a 2015. Enfermagem offshore é a assistência de enfermagem desenvolvida na área de exploração, produção de petróleo e gás natural em alto mar. logo, as atividades são voltadas para trabalhadores a bordo de plataformas, e navios petrolíferos. Este tipo de atividade requer do profissional de enfermagem conhecimentos específicos e experiência em emergência, UTI, bloco cirúrgico, pronto atendimento, enfermagem do trabalho, resgate em altura, medicina hiperbárica, prevenção e combate a incêndios, língua estrangeira entre outras, devido a possíveis situações de sinistros, com lesões graves aos trabalhadores, decorrentes de operações complexas na plataforma. A possibilidade de um atendimento de emergência de grande proporção e gravidade é uma realidade bastante possível para o enfermeiro offshore, visto que as operações envolvidas na exploração de petróleo e gás tem grande periculosidade, tanto que este tipo de serviço é descrito pelo Ministério do Trabalho como de grau de risco IV, numa escala que vai de I à IV, ou seja, é um dos de maiores riscos no Brasil. Por ter esta característica o enfermeiro deve ser capaz de lidar com situações inerentes a profissão, que vai desde a prevenção até a prestação de cuidados na ocorrência de sinistros extremos. Habilidades científicas e técnicas serão sempre colocadas à prova e serão os pontos primordiais para assistência em ferimentos, paradas cardíacas, doença descompressiva, amputações, queimaduras, envenenamento por gás, atendimento a vítimas de explosões, entre outros. A atividade tornou-se tão importante para a área que o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) reconheceu a enfermagem offshore como uma nova especialidade por meio da resolução 389, de 18 de outubro de 2011, passando a ser a 44º especialidade reconhecida na área. O papel do 109 profissional de enfermagem é vital para o desenvolvimento do país na indústria petrolífera, sendo a primeira e última linha de defesa em situações adversas, garantindo a soberania nacional, seja de forma preventiva ou atuante mantendo o moral alto das equipes embarcadas. 110 TESTES DE DENSIDADE, ACIDEZ E ADIÇÃO DE AMIDO PARA A IDENTIFICAÇÃO DE FRAUDES AO LEITE Camila Ferreira Nasário Amanda Maria Mesquita Figueiredo Dhionne Correia Gomes (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Desde o início da vida, o leite apresenta-se na maioria das vezes indispensável na alimentação dos seres humanos, pois representa a maior fonte de cálcio dentre os alimentos consumidos na dieta. O leite é o terceiro item alimentício mais consumido, e o segundo mais consumido no Brasil. As técnicas de produção de leite sofrem modificações que podem favorecer ao consumo; aumentando a qualidade nutricional ou favorecendo o comércio (diminuindo gastos dos produtores). Várias alterações podem interferir na qualidade do produto final, dentre elas: características organolépticas, nutricionais e microbiológicas. Foi utilizado o laboratório de tecnologia de alimentos da Faculdade de Minas BH, para desenvolver alguns testes de qualidade de uma marca de leite bovino pasteurizado dentre as mais comuns. Os testes foram realizados durante a aula prática do primeiro semestre de 2015, foram realizados de acordo com a metodologia padrão preconizada e os resultados foram comparados com os parâmetros determinados pela legislação vigente. A alteração de acidez ocorre pela transformação da lactose de sua composição, com formação de ácido lático, causando diminuição do pH do leite. A acidez foi quantificada pelo método de titulação expressa em graus Dornic. Para ser considerado adequado para o consumo, deve variar de 0,13% a 0,17% da amostra. A densidade do leite deve variar de 1,023 g/mL e 1,040 g/mL obtendo uma média de 1,032g/mL. A densidade do leite pode ser influenciada pela concentração de gordura, amido ou água presente no leite, acima do preconizado. Valores acima da faixa indicam adição de água, e valores abaixo da faixa indicam a adição de outras substâncias como o amido ou desnate do leite. A identificação de amido na amostra de leite indica uma forma de adulteração de leite pois pode ser utilizado para promover a correção da densidade do leite caso esteja abaixo do valor de referência, tornando o leite mais viscoso e atrativo para consumo. Foi aquecida uma amostra de 10mL em um bico de busen e resfriada em banho de gelo, e adicionou-se 2 gotas de lugol para que ocorra a reação de identificação e aparecimento da coloração azul no interior do tubo. Os resultados encontrados foram: acidez, 0,207% (valores de referência: 0,13% A 0,17%); densidade, 1,028G/ML (valores de referência: 1,023 G/ML E 1,040 G/ML) e adição de amido: amarelo (valores de referência: azul = positivo e amarelo= negativo). De acordo com os resultados obtidos, podemos observar quanto ao parâmetro de acidez, que a amostra se encontrou fora do padrão estabelecido. O que nos permite indicar que possivelmente houve uma acidificação da lactose resultante da proliferação de microrganismos deterioradores e/ou patogênicos. Devido transformação da lactose pelas enzimas microbianas ocorrendo à formação de ácido láctico ocasionando a elevação da acidez do leite. A falta de refrigeração imediata logo após a pasteurização ou a falta de higiene durante a produção podem também influenciar na acidificação do leite. Quanto ao padrão de densidade e a adição de amido, amostra atendeu aos padrões de qualidade destes parâmetros pois o resultado encontra-se dentro da faixa 111 estabelecida pela legislação vigente. Pode-se concluir que existem várias formas de fraudes na produção de leite, porém as técnicas utilizadas para essa finalidade a cada dia vêm sendo observadas e possíveis de descobertas através de testes de qualidade simples e possíveis de execução em laboratórios. É possível concluir também que a amostra utilizada para os testes nos indica possível contaminação microbiológica devido ao valor de acidez apresentar-se fora dos valores de referência permitidos, porém atende aos padrões de densidade e adição de amido testados. 112 USO DOS ANÁLAGOS DE GnRH NO TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE Isabela Ferreira Caetano Juliane Soares Boa Morte Gabriela Almeida Bicalho Rafaela Bessa Uchôa Thaís Cardoso José Hélvecio Kalil (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A endometriose é definida histologicamente com a presença de glândulas e ou estroma endometriais fora da cavidade uterina. Algumas pacientes portadoras de endometriose são assintomáticas, no entanto, a maioria apresenta queixas clínicas em diferentes intensidades, sendo as principais: dismenorreia, dor pélvica crônica, infertilidade, dispareunia, sintomas intestinais e urinários cíclicos como dor ou sangramento ao evacuar/urinar durante o período menstrual. Devido essa importância seu manejo atual é baseado em tratamento clínico e intervenção cirúrgica ou envolvendo a combinação de ambos. Daremos enfoque na elucidação da real efetividade ou não da terapia médica pré-operatória e pós-operatória na cirurgia de endometriose, com uso de análogos de GnRH, que são pequenas modificações na molécula original do GnRH e tem como objetivo criar um ambiente desfavorável aos implantes ectópicos, inibindo liberação de gonadotrofinas. Serão pesquisados ensaios na base de dados do MEDLINE, da biblioteca COCHRANE e lista de artigos relevantes que comparam terapias médicas para a supressão hormonal. Uma revisão da Cochrane identificou um total de 50 ensaios randomizados que avaliaram o uso de GnRH’s no tratamento de endometriose sintomática. Todos os ensaios incluíram mulheres na pré-menopausa com endometriose por laparoscopia diagnosticada. A conclusão do estudo foi que há pouca ou nenhuma diferença na eficácia de GnRH’s em comparação com outros tratamentos médicos para a endometriose. Já um estudo retrospectivo que incluiu 32 mulheres com idades entre 23 a 43 anos, que haviam sido escolhidas para o tipo de tratamento cirúrgico laparoscópico baseado no tamanho do endometrioma ovariano. Dessas mulheres foram detectados 11 casos com endometrioma com diâmetro menor que três cm e assim submetidas a drenagem e retirada de cápsula. E as outras 21 restantes com drenagem do endometrioma, em seguida tratamento com GnRH por 4 meses e posterior retirada de capsula. Nas 21 mulheres com endometriomas acima de 3 cm foram registrados 3 recidivas. A explicação das recidivas, segundo Lopez et al ( 2000) apud Donnez (1996), os análogos de GnRH parecem não agir tão bem no ovário, levando a ocorrência de supressão incompleta das células endometrióticas, o que explica a recorrência após o término da terapia hormonal. Cinco ensaios foram incluídos. Destes, 02 ensaios não mostraram nenhuma evidência de benefício em comparação a cirurgia sozinha. Não houve nenhuma evidência de benefício da supressão hormonal no pós-cirúrgico em comparação a cirurgia sozinha, no que diz respeito à recorrência da doença e no controle da dor. Não houve ensaios que comparou a terapia hormonal antes e após a cirurgia, com a cirurgia isolada. Por fim, de acordo com o artigo Pre and post-operative medical therapy for endometriosis surgery, publicado na Cochrane foram feitos dezesseis ensaios: dois ensaios de terapia hormonal pré-cirúrgica não mostraram nenhuma evidência de 113 benefício em comparação com a cirurgia sozinha, e, não havia nenhuma evidência de benefícios para a supressão hormonal pós-cirúrgica de endometriose em comparação com a cirurgia sozinha para os resultados de dor, a recorrência da doença ou as taxas de gravidez. A partir da análise dos artigos conclui-se então que não existem estudos suficientes para confirmar a alegação de que os análogos de GnRH são eficazes na endometriose como terapia clínica pré e pós cirúrgica. Não há nenhuma evidência de estudos válidos para concluir que a supressão hormonal em associação com a cirurgia para a endometriose está associada a uma vantagem significativa no que diz respeito apenas à cirurgia. 114 TERAPIA HORMONAL COADJUVANTE NA CIRURGIA DE ENDOMETRIOSE Gabriela Almeida Bicalho William Camargos de Lima Thais Cardoso de Oliveira Juliane Soares Boa Morte Rafaela Bessa Uchôa José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A endometriose é uma das condições ginecológicas benignas mais comuns, caracterizando-se pela presença de glândulas endometriais e estroma fora da musculatura e da cavidade uterina. O mecanismo de histogênese, refere-se à teoria de Sampson, que foi o primeiro a descrever a endometriose em 1921, e sugeriu que as lesões resultariam de um refluxo de tecido endometrial viável através das trompas, com implantação na superfície peritoneal e nos órgãos pélvicos. Esse parece ser um fenômeno crítico para o desenvolvimento dos focos, mas não explica o processo fisiopatológico. Um número crescente de estudos indica combinação de fatores genéticos, hormonais, imunológicos e anatômicos como contribuintes para a formação e o desenvolvimento dos focos. Foi realizado uma busca nos bancos de dados Pub-Med, Scielo, Medline e UpToDate por artigos nacionais e internacionais, selecionando as melhores evidências científicas disponíveis, os quais foram classificados de acordo com grau de evidência recomendado. O uso da terapia hormonal no pós-cirúrgico permanece em constante discussão, sendo a diminuição da recorrência da doença uma das principais justificativas de sua utilização. Em relação aos outros benefícios associados, dos estudos selecionados, dois analisaram o uso análogos do GnRH após cirurgia para endometriose e demonstraram melhor controle da dor e retardo na recorrência em período de acompanhamento de mais de 12 meses em relação ao placebo, porém sem alteração em taxas de fecundidade. Outros ensaios clínicos referiram que o uso de análogos por período de 3 meses após cirurgia não mostrou benefício em melhora da dor e taxas de fecundidade. Visto isso, as evidências do benefício do tratamento combinado não são inequívocas, ficando o tratamento medicamentoso melhor indicado para pacientes sintomáticas após o tratamento cirúrgico ou com maior probabilidade de recorrência da doença. 115 TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL PELA VIA VAGINAL Carolina Menezes Uaquim Fillipe Moroni Menezes Martins Henrique Monteiro de Castro Isadora Leite Pessoa Paula Januária Figueredo Braga José Helvécio Kalil (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Os sintomas do climatério e da menopausa, provenientes da queda brusca de estrogênio, no período pós-reprodutivo vem atingido um número cada vez maior de mulheres, já que a expectativa de vida vem aumentando. Atualmente, estão disponíveis no mercado uma variedade de hormônios para terapia de reposição hormonal (TRH) e algumas diferentes vias de administração. Dentre elas destacaremos a via vaginal, suas vantagens e desvantagens no corpo da mulher. A depender da via de administração, o medicamento pode sofrer ações metabólicas, o que nos leva a inferir que tal terapia requer individualização para cada paciente a fim de esclarecer riscos e benefícios para seu tratamento. Dentre as não orais, as mais aplicadas na prática clínica são as injetáveis, implantes sub dérmicos, via trans dérmica, via percutânea e via vaginal. Estudos recentes demostraram que, tanto a via oral quanto a não oral são eficazes e que a escolha da via deve ser individualizada e atrelada com a experiência do profissional, adequando-a aos sintomas predominantes. Entretanto ficou evidente que quando ocorre atrofia genital e incontinência urinária, decorrente da queda brusca de estrogênio, a via vaginal demostrou melhores resultados quando comparados a via sistêmica que leva algum tempo até induzir proliferação vaginal e aliviar os sintomas. Sendo que o efeito do estrógeno varia de acordo com o local de aplicação vaginal e seu respectivo fluxo de sangue. Os estudos do fluxo de Doppler mostram um aumento do fluxo nas artérias uterinas quando o estradiol é aplicado perto do colo do útero e posterior ao fornix, e pequena alteração no fluxo uterino é notada quando o estrogênio é aplicado à porção distal da vagina, mas aumentada em torno da uretra e da bexiga. A diferença básica entre as vias de administração se prende ao fato de que toda medicação oral é absorvida pela mucosa gastrointestinal e passa obrigatoriamente pelo fígado antes de ser distribuída na circulação geral. Este fato é conhecido como primeira passagem hepática e terá como consequência a transformação do estradiol em estrona, que é um estrogênio menos ativo e a produção de várias proteínas hepáticas, algumas relacionadas com os mecanismos da coagulação sanguínea, podendo favorecer um quadro de trombose venosa, e outras, como o substrato renina ou angiotensinogênio, que numa pequena porcentagem dos casos, pode provocar a elevação da pressão arterial. Contudo, qualquer que seja a via utilizada, objetiva-se atingir níveis sanguíneos hormonais fisiológicos, correspondendo à quantidade de estrogênios produzidos pelos ovários no início de um ciclo menstrual normal. Estes níveis são adequados para exercer a proteção cardiovascular, a manutenção da massa óssea, melhorar os sintomas relacionados à função cerebral, sintomas vasomotores (ondas de calor e suores noturnos que podem causar alterações do sono) e os sintomas vaginais aliviando a grande maioria dos sintomas climatéricos. 116 ARMAZENAGEM DE MEDICAMENTOS EM RESIDÊNCIAS E O RISCO DA AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSOS Kelly Cristina Teixeira da Silva Rodolfo Neiva de Sousa Rosieny Rufino Santos Julia Albernaz de Sousa Ana Carolina Souza Ameno Patrícia Alves Maia Guidine (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A utilização inadequada de medicamentos constitui um sério risco de saúde pública, particularmente para a população idosa. Nesse contexto, um fator que contribui para a automedicação é o fato de que, muitas vezes, medicamentos que não foram utilizados em terapias vigentes pelos pacientes são armazenados, gerando o que chamamos de estoque residencial. De acordo com Arunava (2015), essa prática pode ser mais prevalente em idosos devido a polifarmácia, trazendo riscos para a saúde, uma vez que os medicamentos podem estar estocados de maneira inadequada e podem estar com validade de uso vencida. Esse trabalho é uma revisão literária nas bases de dados SCIELO, Pubmed, MEDLINE e LILACS, buscando artigos em português e inglês. Os unitermos da pesquisa em português foram: estoque; medicamentos; idosos, automedicação. Já os unitermos em inglês foram: inventory; medications; elderly, selfmedication. Foram selecionados 30 artigos publicados entre 2005 e 2015. Em um estudo realizado por Silva (2015) nos postos de dispensação de medicamentos das Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) ligadas ao SUS, incluindo as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a Central de Medicamentos (CDM) do município de Alfenas, entre aproximadamente 354 pacientes atendidos, 11,9% eram semianalfabetos e 60% possuíam no mínimo ensino fundamental completo. Destes 354 pacientes, 90,6% armazenavam algum tipo de medicamento em casa, sendo que 46,9% afirmaram que praticam a automedicação sem leitura da bula e 56,2% lêem a bula antes de usar os medicamentos. Cerca de 70% dos entrevistados analisavam o aspecto dos medicamentos antes de utilizar e 80,8% afirmaram conferir o prazo de validade antes do uso. A influência das propagandas na compra dos medicamentos foi apontada por 15,5% dos entrevistados, embora a maioria dos entrevistados (65,3%) adquirisse apenas medicamentos nas UAPS. De acordo com Oliveira (2012), no Brasil, 60% dos idosos se automedicam e a prevalência estimada do uso de medicamentos na população idosa em Minas Gerais é de 72,1%. Estudo desenvolvido por Arunava (2015) mostrou que 64,81 % dos idosos que se auto-medicam são aposentados do sexo masculino. As drogas mais utilizadas para a automedicação pelos idosos foram analgésicos (92%) , comprimidos frios (74%) e vitaminas (61%). Os motivos mais comuns relatados pelos usuários para a automedicação foram a certeza da segurança de medicamentos (93%) (JAFARI, 2015). Os medicamentos armazenados são aqueles que não fizeram parte de uma terapia vigente do paciente ou foram adquiridos sem prescrição médica. Esse armazenamento pode induzir a prática da automedicação recorrente no Brasil e no mundo e não exclusiva da população leiga. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa prática consiste na seleção e o uso de medicamentos para tratar sintomas ou doenças auto117 reconhecidas pelo indivíduo. Em uma pessoa idosa, a automedicação pode ser ainda mais grave. Isso porque o envelhecimento traz consigo um aumento na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e degenerativas, além de alterações funcionais, acarretando modificações na farmacocinética dos medicamentos, em função, por exemplo, do comprometimento da função renal, essencial para depuração de fármacos que são primariamente excretados pelos rins, do comprometimento da distribuição, responsável pelo transporte do fármaco até seu receptor, e também da biotransformação hepática, processo responsável pela metabolização dos fármacos. A prevalência de automedicação entre os idosos foi relativamente alta. As razões mais comuns dessa automedicação foram certeza da sua segurança, experiência prévia sobre a droga, não gravidade das doenças e experiência prévia sobre a doença. Analgésicos, drogas frias, medicamentos digestivos foram os mais comumente relatados tipos de medicamentos para a automedicação. Dada a alta prevalência de automedicação, parece ser necessário implementar programas educacionais para aumentar a percepção do risco de automedicação. 118 AUSÊNCIA DA PENICILINA: TRATAMENTO DA SÍFILIS NA GRAVIDEZ Ricardo Luiz Fontes Moreira Gabriella Borborema Ribeiro Amanda Caroline Tiago Oliveira Brena Oliveira Vieira Bruno Fonseca Oliveira Mariana de Oliveira Silva José Helvécio Kalil Souza (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 2.00.00.00-6 Ciências Biológicas A Penicilina é a principal droga utilizada no tratamento da Sífilis na gestação, afim de se evitar sua transmissão vertical. Atualmente o Brasil tem enfrentado um grande desafio em relação ao não fornecimento adequado desse antimicrobiano. Na ausência da penicilina, métodos alternativos têm sido utilizados para o tratamento da doença, como o estearato de eritromicina, o ceftriaxone e a azitromicina., que são preconizados pelo Ministério da Saúde. Entretanto, esses fármacos não evitam transmissão da sífilis para o feto, sendo suas efetividades avaliadas ao longo deste estudo. Foram levantadas algumas hipóteses para o problema da falta da penicilina, no entanto, essas não foram confirmadas, devido à ausência de achados na literatura que justifiquem a sua falta. Sendo um problema recente e de grande impacto na saúde pública, o estudo se mostra relevante por abordar um tema com poucas publicações acerca do assunto. Os resultados obtidos não foram suficientes para comprovar a eficácia de outros medicamentos alternativos. 119 OBESIDADE E CÂNCER Larissa Assis Abreu Clara Nina Eto de Vasconcelos Natália Nitsa Pereira da Silva Richard Fernandes de Sousa Camila França Campos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo em excesso de tecido adiposo no organismo. Ela afeta negativamente a qualidade de vida do indivíduo e é considerada fator de risco para diversas doenças, como o câncer mamário. O excesso de peso possui relação direta com o câncer de mama, podendo influenciar no prognóstico da doença, interferir negativamente no tratamento quimioterápico e aumentar a morbimortalidade. É de extrema importância o estudo sobre a relação entre obesidade e câncer, uma vez que há relação direta entre o desenvolvimento de neoplasias relacionadas ao aumento do índice de massa corporal (IMC). Dessa forma, é possível auxiliar na melhora na qualidade de vida dos pacientes com câncer de mama, assim como, auxiliar no controle dessa doença. Trata-se de uma revisão bibliográfica através de artigos científicos selecionados por meio de busca no banco de dados do MEDLINE, LILACS e SCIELO.O desenvolvimento do câncer se dá por diversos mecanismos, como a alta de adipocinas que levam à resistência insulínica e inflamação. Nesse contexto, o aumento de citocinas inflamatórias, como o Fator de Necrose Tumoral- α (TNF- α) e Interleucina 6 (IL6), têm efeitos proliferativos e antiapoptóticos, que favorecem o desenvolvimento tumoral. A hiperinsulinemia promove a ativação de vias proliferativas e o stress oxidativo aumenta a peroxidação lipídica, além disso, há ainda fatores genéticos. Nesse contexto, um estudo da LANCET, 2011, fez uma projeção que em 2030 a obesidade causaria 500 mil novos casos de câncer nos EUA e Reino Unido. A maior incidência de câncer de mama em mulheres obesas é atribuída, principalmente, à maior síntese de estradiol, o principal agente promotor do câncer mamário. Há ainda maior expressão da aromatase no tecido adiposo, enzima responsável pela conversão de androgênios em estrogênio, o que é importante fator de risco. De acordo com uma metanálise realizada em 2014, em que foram analisados 82 estudos (213.075 pacientes câncer de mama) há aumento de 41% na mortalidade por câncer das pacientes com IMC >30 (CHON et al). Diante disso, os objetivos da prevenção/tratamento serão a correção dos fatores de risco e evitar outras causas de progressão da doença. Os resultados do presente estudo permitem concluir que: os obesos têm maior incidência de cânceres, dado evidenciado pelo Jornal The new england jornal of Medicine: Overweight, Obesity, and Mortality from Cancer in a Prospectively Studied Cohort of U.S Adults, em que as taxas de mortalidade por câncer foram 52 a 62% maiores nos adultos obesos. Destes, 20% (mulheres) e 14% (homens) das mortes por câncer (EUA) poderiam ser atribuíveis à obesidade. Além disso, os pacientes portadores de neoplasias com excesso de peso têm dificuldades no tratamento e piores resultados devido à maior toxicidade radioterápica, a doses inadequadas de quimioterápicos, possuem mais complicações operatórias e a taxa de mortalidade é maior devido ao prognóstico pior. Diante disso, é de extrema importância a realização de mais estudos a respeito da influência da 120 obesidade no desenvolvimento de neoplasias, pois, neste caso, a educação alimentar e atividade física poderiam prevenir e auxiliar no tratamento do câncer. 121 NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL II: UMA ATUALIZAÇÃO NO MANEJO CLÍNICO E TRATAMENTO Agatha Marcela Andrade de Aguiar Adriane Maria Damasceno Pinto Ana Flávia Moura Dias Michele Gomes Ank Maria Cecília Campos Gurgel José Helvécio Kalil (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O câncer de colo uterino é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, segundo dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Câncer e apresenta-se como a quarta causa de morte de mulheres no Brasil. Ele é precedido por uma fase pré-invasiva, denominada de neoplasia intraepitelial cervical (NIC). A NIC é classificada em graus I, II e III, de acordo com a espessura do epitélio que apresenta células maduras e diferenciadas. São avaliadas para diagnóstico, anomalias nucleares tais como aumento dos núcleos, aumento da razão núcleocitoplasma, hipercromasia, polimorfismo nuclear e anisocariose. O grau I é considerado leve e já os graus II e III são considerados os mais graves, pois apresentam uma maior proporção da espessura do epitélio composto de células indiferenciadas e devido à sua maior probabilidade de evolução para o câncer, se não tratadas. No Brasil, o manejo da NIC II é o mesmo da NIC III uma vez que são classificadas no mesmo grau. Os casos confirmados de lesões de NIC II na periferia do colo ou vagina devem ser encaminhados para unidade hospitalar para avaliação e tratamento. Após confirmação de lesões de alto grau deve ser realizada, a partir de um método excecional, a exérese da zona de transformação,no caso de colposcopia satisfatória e conização, no caso de colposcopia insatisfatória (quando há junção escamocolunar não visível, inflamação severa, atrofia severa, trauma e/ou cérvice não visível). A conização é um procedimento que irá permitir o diagnóstico e a terapêutica, principalmente nos casos de colposcopia insatisfatória, uma vez que fornece tecido para avaliação a fim excluir câncer invasivo.Já a colposcopia consiste em um método de amplificação de imagens,que por meio do uso do ácido acético, permite a visualização da área de alteração tecidual, local aonde será feita a biópsia. Segundo a associação brasileira de ginecologia, EZT trata-se da retirada da área de displasia de alto grau quando essa é plenamente visível e não ultrapassa o primeiro centímetro do canal do colo do útero. Porém, estudos recentes demonstraram que a NIC II é uma lesão menos invasiva que a NIC III, necessitando de uma abordagem menos agressiva e adequada para cada paciente. Segundo McAllum et.al, 2011, em um estudo retrospectivo em 452 mulheres menores de 25 anos diagnosticadas com NIC II do período de 2005 a 2009, 157 dessas mulheres corresponderam ao tratamento conservador, e 62% delas tiveram regressão da displasia e nenhuma evoluiu para câncer de colo de útero. Em um estudo realizado na UNIFESP em 2011, mostrou-se que em 74% das mulheres com lesões NIC II, que tiveram diagnostico feito por meio citopatológico e colposcopia foram acompanhadas por meio de consultas de três em três meses nos quais eram feitos novamente a colposcopia e citopatologia, tiveram regressão da lesão. A taxa de progressão para NIC III foi de 24%, sendo que 70% desses foram identificados nos 12 meses de 122 acompanhamento. Outro ponto importante desse estudo é que a idade de regressão do NIC II era a mesma para progressão de NIC I. Com isso pode-se concluir que nos casos em que as pacientes apresentam NIC II poderia ser realizado um acompanhamento de três em três meses, não só para as adolescentes, como o preconizado no Brasil. Desse modo, de acordo com estudos mais recentes, a abordagem de NIC II deve ser menos agressiva levando-se em consideração que o grau dessa lesão é diferente da NIC III. Sendo assim, a avaliação específica de cada paciente é fundamental para o melhor tratamento de acordo com o tipo de lesão apresentada. Para construção desse trabalho foram utilizados como descritores: Câncer de Colo Uterino, Neoplasia Intraepitelial Cervical, NIC2, Cervical intraepithelial neoplasia e CIN II nos bancos de dados Cochrane, Capes, PubMed, Scielo e Bireme, além de guidelines propostas pelo Ministério da Saúde e livros de referência na área de Patologia,sendo selecionadas publicações entre os anos de 2008 e 2015. 123 RELATO DE CASO: MUCORMICOSE/ZICOMICOSE EM PACIENTE COM MIELOMA MÚLTIPLO Brena de Oliveira Vieira Gabriella Borborema Ribeiro Amanda Caroline Tiago de Oliveira Camila França (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Trata-se de infecção fúngica que acomete, principalmente, indivíduos debilitados e imunocomprometidos. Mesmo nesses pacientes, a zicomicose permanece como infecção oportunista rara. As manifestações podem ser rino-órbito-cerebral, pulmonar, cutânea, disseminada e gastrointestinal. Pode haver deformação facial do paciente, infiltração na região frontal, zigomática e nasal, além de lesões vesicobolhosas e necrose cutânea da pálpebra e asa do nariz. A invasão no tecido por hifas com ramificação em ângulo reto pode ser vista por microscopia pelo método de Grocott e é essencial para estabelecer o diagnóstico. O tratamento de sucesso envolve uma abordagem combinada: diagnóstico precoce, pronto início do uso de antifúngicos (como Anfotericina B), correção de distúrbio metabólico ou reversão da neutropenia e, se recomendável, debridamento cirúgico. É uma doença que, se não tratada, há disseminação hematogênica para outros órgãos, particularmente para o cérebro, ocasionando óbito entre 2-3 semanas. Paciente R.C.R., sexo masculino, 40 anos, portador de mieloma múltiplo e neutropenia grave apresentando lesão arredondada, 4 cm de maior extensão, purpúrica, bordas infiltradas com centro necrótico em região de asa nasal. Microscopia: cortes histológicos mostram biópsia de pele apresentando epiderme necrótica com descamação. A derme exibe hifas largas, vesiculosas, não septadas, dispostas em 90 graus. O relato de caso apresenta Mucormicose/Zicomicose, de difícil diagnóstico e rápida evolução. O estudo faz-se relevante para a comunidade médica, visto a rápida evolução clínica da patologia, sendo necessário o diagnóstico precoce. Devido à similaridade clínica entre outras doenças causadas por fungos filamentosos, muitos casos de zigomicose pulmonar, por exemplo, não são suspeitados na apresentação clínica inicial. Portanto, torna-se necessário fornecer subsídios fundamentais para um diagnóstico precoce e orientações para um melhor tratamento dos pacientes com suspeita da doença. 124 CISTOS NEUROENTÉRICOS: FORMAS DE APRESENTAÇÃO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Brena de Oliveira Vieira Lucas Miranda de Carvalho Amorim Mariana Oliveira Silva Paula Paes Rettore João Bosco Dupin (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde São anomalias do desenvolvimento do tipo disrafismo espinhal fechado, compreendendo a um grupo heterogêneo de lesões cuja incidência é rara e pouco conhecida. Caracterizam-se cistos envoltos por epitélio frequentemente de aspecto intestinal e de origem endodérmica. Geralmente estão localizados na coluna cervicotorácica, situados dentro do neuroeixo anteriormente à medula. Possuem origem embriológica na separação incompleta do endoderma primitivo e do ectoderma. Foram revistos artigos publicados entre os anos de 1993 e 2015 nos bancos de dados da PubMed, Scielo, LiLacs, no período de julho a agosto de 2015, que apresentam revisões literárias e apresentações de casos clínicos. A sintomatologia é insidiosa surgindo com frequência na primeira e segunda década de vida, podendo decorrer com dor e déficit neurológico progressivo ou transitório. Esses cistos causam sinais e sintomas neurológicos e radiológicos de lesão expansiva intramedular por esse motivo é necessária sua diferenciação de outras lesões por massas cervicais congênitas, císticas e mediastinais incluindo: linfangioma, teratoma, cisto tímico, cisto da fenda branquial, cisto do ducto tireoglosso, malformações vasculares ou hérnia pulmonar. O diagnóstico é feito baseado na história clínica de compressão medular, presença de outras malformações observadas externamente ou pelo estudo de exames de imagem como radiológico simples e ressonância magnética nuclear. Os cistos neuroentéricos frequentemente são acompanhados de malformações podendo ser do próprio sistema nervoso, dos corpos vertebrais, do aparelho digestivo ou. Em alguns casos, a ausência de malformações associadas dificulta o diagnóstico e em casos de ausência de anomalias do desenvolvimento o diagnóstico pode ser feito pelo exame anátomo-patológico. O tratamento é sempre cirúrgico com retirada total ou parcial da lesão. A remoção por uma abordagem posterior com laminectomia osteoplástica é uma técnica usada nesses casos por permitir restauração perfeita do arcabouço ósseo da coluna impedindo alterações posturais futuras e consequentemente lesões medulares mais graves para o paciente. O prognóstico é bom, porém pode cursar com desordens motora, recidiva da lesão, aracnoidite e piora do déficit neurológico. Trata-se de uma doença extremamente rara, mas que possui elevada gravidade, principalmente quando relacionada a outras malformações, e por isso faz-se necessário estudo aprofundado do tema para melhora de conduta, diagnóstico diferenciai e prognóstico. 125 MANUSEIO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA Júlia Albernaz De Sousa Ana Carolina Souza Ameno Thereza Christine Ranção André Vinícius Costa Carneiro Dourado Stéphanie Paula Neris Nastas Heber Augusto Lara Cunha (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O presente trabalho consiste em uma revisão de literatura, em que foram selecionados artigos disponíveis nas bibliotecas virtuais, SCIELO e Pubmed, escritos em português, publicados em 2012 a 2014, além das diretrizes para o cuidado de pessoas com doença crônica nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritário, do Ministério da Saúde. Posteriormente à pesquisa da Diretriz "Cuidado de pessoas com doença crônica nas redes de atenção à saúde", do Ministério da Saúde, propomos então um enfoque maior em doenças cardiovasculares, neoplásicas, respiratórias crônicas e diabetes, visto que no Brasil, em 2009, responderam por 80,7% do total de óbitos no país (Disability Ajusted Life Years). Temos que as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são uma das principais, se não a principal causa de morbimortalidade e hospitalização no Brasil (Organização Pan Americana de Saúde, 2010) e seu impacto constitui um grande desafio e responsabilidade primordial do governo, já que reflete no cenário econômico e social. A Organização Mundial de Saúde mostrou que cerca de 80% dos óbitos por DCNT ocorreram por em países de baixa ou média renda, causando sofrimento e morte prematura, além de interferir diretamente e de modo negativo na economia do país. Isso acontece formando um vínculo vicioso, afetando, por exemplo, de maneira direta quando pensarmos em hospitalizações e indireta quando pensarmos em medicamentos, perda da capacidade de produção, invalidez e aposentadoria. Visando reduzir essas estatísticas, em 2011, o Ministério da Saúde propôs ações populacionais para controlar essas doenças, que são desencadeadas, entre outros, pela falta de prática de atividade física, alimentação inadequada e uso prejudicial de álcool e fumo, com projeto de promoção de saúde que estimulam mudanças comportamentais da população como o "Combate ao fumo", ações legislativas em relação a bebidas alcoólicas e alimentos. O Brasil vem respondendo a esse desafio de maneira satisfatória, suas taxas de mortalidade apontam diminuição de 31% entre 1991 a 2010. Ainda existem algumas necessidades pendentes em alguns serviços prestadores de saúde, como incorporação de tecnologias em saúde com prontuários eletrônicos e rastreamento dessas doenças. Concluímos assim que, se o governo continuar priorizando a atenção primária, porta de entrada para a maioria desses pacientes, com intervenções para a melhoria da assistência básica de saúde, proporcionando cuidado em saúde integral, fornecendo tratamento, redução de danos, reabilitação e manutenção da saúde para esses usuários, esses índices tendem a continuarem indo pelo caminho certo. Mas, por consequência, o número de atendimentos nos centros de saúde tende a aumentar, gerando a necessidade de organização, qualificação e amplificação desses recursos, desenvolvendo também elos intermitentes que permitem planejamento 126 baseado na avaliação desses impactos no setor de saúde, expandindo e gerenciando ações de vigilância de doenças e fatores de risco. 127 OBESIDADE E ASMA NA INFÂNCIA UMA REVISÃO DE LITERATURA Júlia Albernaz De Sousa Rosieny Rufino Santos Thereza Christine Ranção Kelly Cristina Teixeira Silva Lúcia de Fátima Pais Amorim (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Esse estudo constitui-se de uma revisão integrativa de literatura, tendo sido selecionados artigos disponíveis no banco de dados do Scientific Electronic Library Online. Realizada inicialmente a leitura de todos os títulos e após realizada a leitura de todos os resumos, com o objetivo de avaliar os critérios de inclusão estabelecidos, foram selecionados aqueles que respondia melhor a indagação, sob a forma de artigo completo em periódicos, disponíveis por acesso online, no período de 2005 a 2013. Utilizadas também as diretrizes: “Obesidade: diagnóstico e tratamento da criança e do adolescente” e “O manejo da asma”. O objetivo principal deste trabalho é relatar o aumento da prevalência de duas doenças inflamatórias crônicas, a obesidade e asma, entre crianças e adolescentes nas últimas décadas. Como objetivo secundário consideramos avaliar a existência de uma relação paralela entre essas duas doenças, questionando se a obesidade poderia desencadear a asma ou se a asma poderia predispor a obesidade. No Brasil, a asma e a obesidade constituem um importante problema de saúde pública. O manejo dessas duas condições está aquém do ideal, considerando que existem diversos fatores de risco em comum, como o sedentarismo, desmame materno precoce, ambiente e genética, e essa tendência não tem tido monitoramento correto do diagnóstico médico e implementação de políticas públicas, visando reverter a atual tendência. Buscando estabelecer vínculos entre essas duas enfermidades, temos que, o grau de obesidade define o nível de inflamação, o que leva ao aumento de citocinas que participam das atividades metabólicas e endócrinas do corpo humano. A leptina, secretada por adipócitos, atua no sistema nervoso central, no controle do nível de saciedade e no metabolismo energético. Em crianças com sobrepeso, o nível de leptinas está aumentado, porém, devido a um defeito no transporte dessas proteínas para a barreira hematoencefálica, ocorre um efeito inverso. Nesse contexto Mai et al, realizaram um estudo avaliando a concentração de leptina em crianças asmáticas, e observaram que a baixa concentração dessa proteína sérica foi um fator protetor para a asma, e o aumento dessa proteína, aumentou as chances do desenvolvimento da doença respiratória. Esse estudo sugere um elo entre essas duas patologias. Outra observação que apoia a relação entre obesidade e asma, foi exemplificada por estudos realizados em ratos de laboratório que evidenciou que a perda de peso melhoraria a hiper-reatividade brônquica nos animais. No estudo, realizado por Shore SA (2006), ratos com excesso de peso têm hiperresponsividade inata da via aérea e maior resposta a desencadeantes da asma. E por último, temos que, a prevalência da obesidade e asma é elevada entre crianças que vivem em ambientes urbanos, quando comparados com o meio rural. Segundo Fernando et al (2011) observa-se aumento de aproximadamente cinco pontos percentuais nas crianças moradoras na zona urbana, em 2008 em relação a 1998. A base para essas relações é desconhecida e questionável, mas pode ser o resultado de etiologias em 128 comum. Cerca de 30% da população mundial está obesa, paralelamente a ela, a asma acomete aproximadamente 300 milhões de pessoas, com consequências negativas para os indivíduos e a sociedade. Tais resultados podem ser oriundos de dias e custos decorrentes de hospitalização, ocasionando em impactos econômicos e social para o país. Tendo em vista o exposto, a melhoria da cobertura de atenção básica no nosso país, priorizando políticas públicas voltadas ao cuidado integral, assim como a promoção à saúde com estímulo a mudanças comportamentais da população, como incentivar a prática de atividade física, poderá contribuir para a redução dos fatores de risco modificáveis, em comum, para as duas doenças estudadas. 129 DOENÇA DE VON GIERKE João Marcos Barcelos Sales Tiago Azevedo Duarte Ludmila dos Reis Sampaio Izabela Ferreira Gontijo de Amorim (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas joaombarcelos@gmailcom 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A glicose é uma das principais fontes energéticas utilizadas pelas células, tornando-se indispensável uma manutenção rígida da concentração glicêmica plasmática basal. Além dos lipídeos e das proteínas, o glicogênio (polímero de glicose) consiste no principal reservatório de energia nos períodos de jejum. Em uma situação fisiológica comum, ao se alimentar, um indivíduo aumenta a concentração dessa molécula no organismo, a qual é armazenada, principalmente, em órgãos como fígado e músculo para posterior utilização em períodos de jejum. Diante disso, nota-se o quão importante é manter a via de degradação do glicogênio preservada, a qual é denominada de glicogenólise. Existe um grupo de doenças conhecidas por glicogenoses, que são caracterizadas pela deficiência na degradação do glicogênio e de seus compostos intermediários. Dentre elas, a mais comum chama-se doença de von Gierke (também conhecida como glicogenose tipo I), causada por deficiências na enzima glicose-6-fosfatase (tipo Ia, tipo IaSP) ou em um transportador de glicose-6-fosfato (tipo Ib, tipo Ic, tipo Id), impedindo, dessa forma, a liberação da molécula de glicose da célula armazenadora para o interstício. Essa patologia possui caráter autossômico recessivo, tendo sua prevalência de 1:100.000 pessoas. Com isso, o presente trabalho, que foi realizado por meio de 4 artigos das bases de dados SciELO e Google Acadêmico, além de livros didáticos, propõe abordar a patogênese dessa doença, além das formas de diagnóstico e terapêutica. Seu diagnóstico, é feito nos primeiros 28 dias de vida, quando os neonatos apresentam sinais e sintomas característicos, tais como hipoglicemia, hepatomegalia, obesidade troncular e “face de boneca”, o qual pode ser confirmado através do exame de biópsia hepática (determinação da atividade enzimática). Dentre as consequências características dessa enfermidade, notam-se principalmente: baixa estatura e fadiga crônica, oriundas da hipoglicemia, hipofosfatemia e acidose lática; gota, cálculos renais e nefropatia, advindas da hiperuricemia; hepatomegalia, devido à hiperlipidemia; e adenomas e neoplasias hepáticas advindas do desgaste prolongado do tecido hepático. Apesar da doença de von Gierke não possuir cura, o tratamento dietético representa um dos pilares utilizados, que intenciona a melhora dos sinais e sintomas clínicos do paciente, uma vez que o mesmo visa a manutenção dos níveis glicêmicos do paciente. Dessa forma, uma das possibilidades consiste na ingestão de polímeros de glicose, como o amido de milho cru, que, devido as suas propriedades moleculares, é absorvido de forma lenta e gradual, a outra consiste na alimentação contínua por sonda, que é considerada um dos maiores avanços no tratamento da glicogenose em questão. No entanto, caso não haja sucesso nesse tipo de tratamento, pode ser indicado o transplante hepático. Diante disso, é de extrema importância o conhecimento dos profissionais sobre essa patologia para que haja um tratamento imediato e eficaz, evitando, assim, agravos maiores ao paciente. 130 CUIDADOS PALIATIVOS: A IMPORTÂNCIA DA VALORIZAÇÃO DOS CUIDADOS DO FINAL DA VIDA Nathália Macedo Marteletto Rodolfo Neiva de Sousa Stéphanie Paula Neris Nastas Evaristo Magalhães (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Atualmente, a concepção social dominante considera a cura e o tratamento de doenças como principal objetivo dos serviços de saúde. Nesse contexto, a morte é vista como fracasso, em vez de um episódio natural a tudo o que é vivo. Essa dificuldade em lidar com a fragilidade do “poder de cura” faz com que, frequentemente, profissionais da saúde manifestem desânimo e desinteresse em relação ao paciente terminal. No entanto, sabe-se que todo paciente deve ser respeitado e tratado durante toda sua vida segundo os princípios éticos de não maleficência, beneficência, respeito à autonomia e justiça. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é ressaltar a importância da temática alusiva aos cuidados paliativos, uma vez que essa noção surge com o objetivo de transgredir o paradigma de que o compromisso do médico se encerra com a impossibilidade da cura e, portanto, sua abordagem prática tem adquirido importância nos hospitais em âmbito internacional. Inicialmente conhecida como Hospice – abrigos que no século V acolhiam peregrinos e doentes de modo leigo e caridoso voltado para o cuidado espiritual e controle da dor –, a preocupação com o alívio do sofrimento de pacientes terminais, foi objeto de estudo da médica Cicely Saunders, no século XX, na Inglaterra. A primeira definição técnica do termo remonta o ano de 1990 e atualmente é entendida como “an approach that improves the quality of life of patients and their families facing the problem associated with lifethreatening illness, through the prevention and relief of suffering by means of early identification and impeccable assessment and treatment of pain and other problems, physical, psychosocial and spiritual” (WHO, 2015). Essa prática expandiu-se inicialmente para países como Estados Unidos e Canadá e, nos últimos anos, é abordada no Brasil de forma incipiente. O termo palliare tem origem no latim e significa proteger, abrigar, ou seja, a perspectiva de humanização surge ativa, trazendo a essência da medicina como foco. Assim, esse conceito chamou a atenção para o sofrimento humano, para o despreparo dos serviços de saúde e para delinear diretrizes do cuidado com o paciente elegível para cuidados paliativos. Cuidado que visa à possibilidade de que recebam atenção holística por meio de equipe multidisciplinar e em ambiente apropriado, à redução do sofrimento e ao alivio de necessidades físicas, psicológicas, sociais e espirituais de cada indivíduo juntamente com sua família e entorno afetivo. Estudos realizados demonstram que pacientes terminais consideram como qualidade de vida receber adequado controle da dor, evitar o prolongamento inapropriado da morte, aliviar o sofrimento e fortalecer laços com entes queridos. Esse desejo destaca a importância de se compreender as particularidades do indivíduo e de tratá-lo com a mesma dignidade de um paciente com bom prognóstico a partir de uma visão não só biológica, mas fundamentalmente humanista. O desafio é ainda maior uma vez que a formação acadêmica dá ênfase á medicina curativa. Assim, não habilitam o médico a lidar com esse paciente e a perceber que, muitas vezes, o foco não é 131 a doença e sim o doente, pois as demandas deste estão muito além do aparato físico. Assim, o cuidado paliativo é um recurso que demanda profissionais treinados para reconhecer as particularidades do sujeito e preservar sua dignidade. Valorizar esse segmento, portanto, é essencial, o que torna importante propiciar sua abordagem durante a formação profissional. Essa perspectiva deve conduzir para que se incorpore visão crítica sobre a negligência, ainda muito recorrente, na conduta com o paciente terminal, partindo-se do preceito de que esse paciente merece o respeito, a dedicação e o cuidado oferecido a todos os demais. O entendimento de que o limite da possibilidade terapêutica não significa o rompimento da relação médico-paciente, assim, deve nortear a conduta de todos os profissionais da saúde por meio do conhecimento, valorização e exercício do cuidado paliativo. 132 PARACOCCIDIOIDOMICOSE Diogo Lima Machado de Souza André Vinicius Costa Carneiro Dourado Pablo Martins Chaves Marcela Vasconcelos Apipe Marina Queiroz Sander Camila França Campos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis. As manifestações clínicas são caracterizadas pela presença de dispneia, febre, prurido, ardor, perda de peso e lesões em vários sítios anatômicos como lábios, bochechas, soalho da boca, língua e faringe. A PCM é considerada a infecção fúngica mais prevalente da América Latina, ocorrendo em regiões tropicais e subtropicais. O trabalho mostrase relevante devido ao Brasil ser considerado um centro endêmico dessa doença, com maior prevalência nas regiões sul, sudeste e centro-oeste. Além disso, devido aos custos econômicos e sociais, pois essa doença acomete os indivíduos, geralmente, na faixa etária mais produtiva e pode vir a ser incapacitante. O objetivo desse trabalho é relatar um caso de infecção por PCM no canto medial do olho direito (OD) e em suas pálpebras superior e inferior (PLSD e PLID), além de descrever as lesões que o fungo ocasiona. Foi utilizado um caso clinico de um paciente do Hospital das Clínicas de Belo Horizonte. A.V.S, 52 anos, sexo masculino, apresentava tumoração com bordas elevadas e centros necróticos em canto medial do OD, com 9 meses de evolução e com crescimento progressivo atingindo PLSD e PLID. Ao exame anatomopatológico, observouse a derme com granulomas abscedados englobando leveduras com gemulações múltiplas compatíveis com Paracoccidioides brasiliensis. O paciente continua em acompanhamento no hospital. A PCM é considerada a terceira causa de morte por doença infecciosa crônica e que resulta em uma taxa de mortalidade de 1,65 casos/1.000.000 de habitantes, o seu diagnóstico torna-se de fundamental importância para o tratamento dessa doença. 133 A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR NO ACOMPANHAMENTO DO PRÉNATAL Izabela Lara Piana Gláucia Gattoni Medeiros João Felipe Barbosa Couy Rodolfo Neiva de Sousa Fernanda Maria Franco Castro Isabel Cristina Miranda de Souza (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O período da gestação e o nascimento do filho são momentos únicos para a mulher, portanto, merecem atenção de uma equipe interdisciplinar qualificada e dos órgãos públicos. Para isso, o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN), instituído pelo Ministério da Saúde (MS), assegura às gestantes acesso facilitado ao serviço de saúde, cobertura e qualidade do acompanhamento durante o pré-natal e a assistência ao parto, puerpério e binômio mãebebê. Para a realização do presente estudo, foi feita revisão bibliográfica nas bases de dados online Lilacs, PubMed e Scielo em que foram utilizados artigos publicados entre 2010 e 2015. Além disso, foi utilizado dados do MS. Para garantir o acompanhamento pré-natal integral, o PHPN estabelece que a captação da gestante pelo serviço de saúde deve ocorrer em até 120 dias da gestação. A grande variação no tempo transcorrido até a chegada ao serviço público de saúde está associada à disponibilidade de acesso aberto pelo serviço, como a oferta de exame confirmatório e da qualidade da primeira consulta. Em relação ao pré-natal, o PHPN recomenda que sejam realizadas, no mínimo, seis consultas, sendo uma no primeiro trimestre, duas no segundo, três no terceiro trimestre da gestação e uma no puerpério, sendo que o ideal é que a primeira consulta seja realizada até o quarto mês de gestação. Somado a este programa, a implementação de grupos de gestantes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) é fundamental para garantir uma abordagem integral à assistência no período gestacional. Assim, o agente comunitário pode intermediar as ações de saúde entre os profissionais da UBS e a comunidade, com o intuito de promover vínculos e facilitar as relações interpessoais. Somado a isso, o Programa Nacional de Humanização à Assistência Hospitalar (PNHAH) visa melhorar a eficácia e a qualidade da assistência e atenção aos usuários da rede hospitalar, capacitando os profissionais para uma atenção baseada na valorização da vida, o que beneficia a futura parturiente. Além disso, os profissionais devem estar aptos a elucidar as dúvidas das gestantes e apoiá-las, o que diminui a insegurança que a gravidez pode gerar. A importância atribuída a participar ou não das consultas e atividades propostas pela equipe de saúde no pré-natal irá determinar o êxito do profissional e a qualidade de vida que a gestante deseja para si e sua família. Há ainda a prevenção de agravos e a diminuição dos riscos de morbimortalidade materna e fetal com o pré-natal. De acordo com a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem, o pré-natal de baixo risco pode ser acompanhado pelo enfermeiro, que elabora o plano de assistência de enfermagem na consulta de pré-natal, de acordo com as necessidades identificadas e priorizadas e estabelece as intervenções, orientações e encaminhamentos a serviço de referência, quando necessário, garantindo uma assistência adequada de forma a 134 prevenir, diagnosticar e tratar eventos indesejáveis que possam ocorrer durante a gestação. A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que “a mulher, no período gestacional, tenha um pré-natal de qualidade, independentemente de a gestação ser classificada como de baixo ou alto risco”. Com isso, as mulheres devem ter garantias e direito ao atendimento, acesso às unidades de referência, atendimento ambulatorial e hospitalar se a gestação for de alto risco. Dessa maneira, o cuidado promovido às gestantes pela equipe multiprofissional mostra-se relevante neste trabalho, visto que com bom relacionamento interpessoal há maior autonomia por parte dos profissionais para articular ações que contemplam a gestante, desde o início do pré-natal até o puerpério. Portanto, pré-natal realizado por uma equipe multidisciplinar tem se mostrado excelente aliado à promoção da saúde, prevenindo transtornos psicoafetivos, transtornos alimentares e socioculturais da gestante, melhorando, assim, a qualidade da assistência materna e do recém-nascido. 135 O USO DA CHUPETA E SEUS MALEFÍCIOS AO DESENVOLVIMENTO INFANTIL Gláucia Gattoni Medeiros Izabela Lara Piana Ana Flávia Garzedim Campos Marina Queiroz Sander Paula Scatolino Isabel Cristina Miranda de Souza (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O uso de chupetas por bebês é um hábito cultural difundido entre as mães, sendo passado de geração a geração, tornando seu uso cada vez mais comum. Porém, estudos mostram que o uso desse objeto a longo prazo traz diversos malefícios para a saúde e desenvolvimento da criança. Sendo assim, mostra-se de grande importância o estudo das vantagens e desvantagens do uso do bico, sendo o objetivo do trabalho enfatizar os malefícios da utilização da chupeta para o bebê. Para a realização do estudo, foram consultados artigos de revisão bibliográfica na base de dados Scielo, com a utilização das palavras chaves “chupeta”, “desenvolvimento”, “infantil”, sendo critérios de exclusão artigos em língua estrangeiras e publicação anterior a 2005, com seleção final de três artigos. Além disso, foi utilizado como principal referência a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Ministério da Saúde. Devido ao baixo preço do produto e fácil acesso das mães às chupetas, muitas optam pela utilização dessas por tratar-se de um calmante imediato do choro. Porém, essa tentativa de deixar o bebê mais tranquilo pode trazer consequências negativas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, sendo esses, deformação na arcada dentária e problemas na mastigação e na fala, prejuízos respiratórios, maior risco de candidíase e verminoses devido à má higiene do objeto e interferência na amamentação materna. Em relação aos prejuízos respiratórios, o uso de chupeta continuamente leva a uma expiração prolongada, fazendo com que o bebê se torne um respirador oral, o que leva a uma maior propensão a cáries e irritações na orofaringe, otite, rinite e amigdalite. Como principal prejuízo da utilização do bico está a redução do período de aleitamento materno, já que estudos mostram que o uso do objeto é um indicador de dificuldade na amamentação. Isso ocorre já que a chupeta é utilizada para acalmar o bebê ao invés de ser dada a alimentação materna. Sendo assim, seu uso leva a diminuição da frequência de mamadas, diminuindo a estimulação da mama para produção do leite e, consequentemente, levando ao desmame precoce. Sabe-se que a amamentação materna é de grande importância para o bebê já que ajuda no desenvolvimento da mandíbula, ossos da face e músculos da mastigação, promove uma respiração de forma adequada, fornece todos nutrientes necessários para a criança e leva a um maior contato entre mãe e filho. Diante disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) tem como recomendação oficial a não utilização da chupeta desde o nascimento e o Ministério da Saúde do Brasil, desde 1990, implantou como um passo para o sucesso da amamentação não utilizar bicos, mamadeiras e chupetas em alojamento conjunto. Além disso, para reduzir a promoção do uso de chupetas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária exige que na embalagem do produto esteja inscrito. 136 O Ministério da Saúde adverte: a criança que mama no peito não necessita de mamadeira, bico ou chupeta. O uso de mamadeira, bico ou chupeta prejudica a amamentação e seu uso prolongado prejudica a dentição e a fala da criança”. Diante desse quadro, ficam evidentes os malefícios que a utilização da chupeta a longo prazo pode trazer e o esforço dos Órgãos de Saúde Pública em esclarecer sobre o assunto. Porém, muitos leigos e até mesmo profissionais de saúde não tem esclarecimento sobre o assunto, mostrando-se necessário enfatizar a importância da orientação das mães, explicando que o uso da chupeta deve ser evitado e, quando utilizado para acalmar, deve ser retirado no momento que o bebê dormir. Sendo assim, o uso de chupeta com muita frequência deve ser visto como um marcador de dificuldade no aleitamento materno, exigindo maior acompanhamento do bebê pelos profissionais de saúde, levando a uma melhoria na saúde das crianças. 137 ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA- A PRÁTICA DOS COMPONENTES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Gláucia Gattoni Medeiros Izabela Lara Piana Ana Flávia Garzedim Campos Gabriela Martins Perez Garcia Cibelle Silva Sampaio Sheila Mara Silva de Oliveira (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A prática de uma medicina mais humana é um tema que vem sendo muito discutido atualmente, havendo necessidade de atendimento ao indivíduo de forma integral e uma relação médicopessoa mais estreita. Com isso, surgiu o método clínico centrado na pessoa com o objetivo de transformar o antigo método centrado na doença. O método clínico baseado no modelo biomédico – surgido no início do século 19 e que alcançou hegemonia durante o século 20 – trouxe grandes avanços para a ciência médica e conferiu grande poder ao médico, mas tornou o diagnóstico da doença preponderante sobre o doente. Acontece que nem todas as pessoas adoecem da mesma forma ou se enquadram numa doença bem definida, e isso provocou questionamentos ao método clínico desde o início do século passado. Além disso, com o passar do tempo a medicina se tornou cada vez mais especializada, levando a uma fragmentação do indivíduo. Diante desse quadro, houve a necessidade da criação de um método que tratasse a pessoa de forma integral, contemplando suas preocupações e vivências relacionadas à saúde e à doença, considerando seu aspecto biopsicossocial e o contexto de vida, família e comunidade onde está inserido. A prática da medicina centrada na pessoa, de acordo com Stewart, trás diversas vantagens no atendimento, acompanhamento ou no tratamento, seja na cura ou no controle de doenças/condições. Sendo assim, mostra-se de grande importância o estudo da utilização desse método, sendo o objetivo do trabalho enfatizar as vantagens que pode trazer tanto para o médico quanto para a pessoa. Para sua realização, foram consultados artigos de revisão bibliográfica na base de dados SciELO, a partir das palavras chaves “medicina”, “centrada”, “paciente”, em que foram selecionados seis artigos, sendo utilizado como critério de exclusão ter língua estrangeira, e data de publicação anterior a 2005, com seleção final de três artigos. Além disso, foi utilizado o livro “Medicina centrada na pessoa – transformando o método clínico”, em que a autora define os princípios deste método: exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da experiência de adoecer da pessoa, tendo a experiência de adoecer quatro dimensões: o sentimento de estar doente, a ideia a respeito do que está errado, o impacto do problema na vida diária e as expectativas sobre o que deveria ser feito; entendimento global da pessoa; a busca de objetivos comuns, entre o médico e a pessoa, a respeito do problema ou dos problemas e sua condução; a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde; a melhora ou intensificação da relação médico-pessoa e a sua viabilidade em termos de custos e tempo. O médico deve possuir atributos como empatia, compaixão e cuidado com o objetivo de intensificar sua relação com a pessoa, fazendo com que aumentem as chances de que o plano terapêutico decidido em conjunto seja realmente 138 colocado em prática e tornando a pessoa um co-participante do cuidado com sua saúde. A medicina centrada na pessoa traz diversas vantagens para o médico, para a pessoa e para o sistema de saúde, como maior satisfação da pessoa e do médico, redução de preocupações e ansiedade, maior adesão ao tratamento, redução de sintomas e melhora na saúde mental. A sua utilização também leva a um menor número de processos por erro médico, necessidade de menor número de exames complementares e menor frequência de encaminhamentos para especialistas, o que gera menor custo para o sistema de saúde e para a pessoa, apesar de ser ainda pequena a parcela de profissionais que utilizam esse método. Assim, é necessário que a prática da medicina mais humanizada seja estimulada desde a formação médica, nos centros acadêmicos, com o objetivo de formar profissionais que consigam atender a pessoa de forma integral, com modificação da atenção médica individual e coletiva, trazendo às consultas discussões de aspectos culturais e expectativas das pessoas. 139 DIAGNÓSTICO CLÍNICO DIFERENCIAL DAS DEMÊNCIAS DE ALZHEIMER E NÃO ALZHEIMEIR Maria Cecília Campos Gurgel Adriane Maria Damasceno Pinto Ana Flávia Dias Humberto Ferreira Ianni (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Com o aumento da expectativa de vida há maior parcela de idosos na sociedade com consequente alta na prevalência de doenças crônico-degenerativas, dentre elas, principalmente, as demências. Estas podem ser classificadas entre reversíveis e irreversíveis. Este último grupo, que constitui em média 95% dos casos, é subdividido em Alzheimer e não Alzheimer (vascular, frontotemporal e de corpos de lewy) (JOSVIAK, 2015). Realizou-se uma revisão bibliográfica por meio de buscas nas bases de dados Scielo, Pubmed e Bireme, além de pesquisas em livros de referência na área de geriatria. Pode-se distinguir as demências de acordo com sua apresentação clínica. A demência frontotemporal manifesta-se clinicamente por volta dos 57 anos de idade e apresenta incidência igualitária entre os sexos. O início é insidioso e de caráter progressivo, há discreto comprometimento de memória episódica, alterações cognitivas, alterações significativas de comportamento, personalidade e linguagem. A sintomatologia inicial é a alteração de comportamento. Pode ainda ser acompanhada de apatia profunda, desinibição precoce, impulsividade, labilidade emocional e hipersexualidade (JOSVIAK, 2015). A apresentação clínica da demência vascular depende da causa e localização do infarto cerebral. Pode iniciar-se com um evento cerebrovascular, seja ele por acidente vascular cerebral ou ataque isquêmico transitório, abrupto, levando a uma deterioração em degraus ou flutuante, com melhora ou piora progressiva (GURAV, 2014). As principais características clinicas da demência de Lewy são alucinações visuais, déficit de atenção variante, estados confusionais agudos e parkisonismo (TATSCHA, 2002). É importante salientar que o início dessa demência é gradual e rápida. É comumente encontrada em pacientes entre 60 anos de idade e sua sobrevida é pequena, em média 6 anos (SERENILI, 2008). Na demência de Alzheimer, o acúmulo de emaranhados neurofibrilares, principalmente no cortéx entorrinal e hipocampo, faz com que a primeira manifestação clinica observada seja a amnésia anterógrada, posteriormente acontecem alterações nas funções da linguagem visuoespacial e cognitiva respectivamente. Nos graus leves a moderado, a memória remota ainda está preservada (SANTOS, 2015). As dificuldades de atenção, a fluência verbal e a capacidade de fazer cálculos se deterioram progressivamente à medida que a patologia avança. Já as funções de vigília e lucidez são preservadas por quase toda a evolução, se deteriorando apenas em casos muito avançados. Além disso, existem as alterações comportamentais como agressividade, alucinações, hiperatividade, irritabilidade e depressão (SANTOS, 2015). O diagnóstico diferencial é clínico, mas exames de imagens podem demonstrar a hipotrofia do hipocampo nos casos de demência de Alzheimer, bem como áreas de infarto nas demências vasculares. O tratamento para as demências é sintomático e tenta retardar a evolução do quadro. Na vascular, o controle de fatores de risco para eventos isquêmicos se faz essencial. O estudo tem como objetivo uma ampla diferenciação entre as demências, mostrando que apesar da similaridade, existem 140 características clínicas capazes de diferenciar os quadros. Além disso, observa-se a importância da elaboração de novas pesquisas para melhor compreensão da fisiopatogenia das demências e com isso obter-se melhora da terapêutica e diagnóstico. 141 USO DE ANTIPSICÓTICOS EM IDOSOS COM DEMÊNCIA: UMA COMPARAÇÃO ENTRE FÁRMACOS DE PRIMEIRA E SEGUNDA GERAÇÃO Felipe Augusto Biccas Mourão Heitor Stephenson Aguiar Santos César Augusto Silva Déby Yuri da Silva Coelho Stéphanie Paula Neris Nastas Patrícia Alves Maia Guidine (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A melhoria do índice de desenvolvimento humano proporcionou o aumento na expectativa de vida da população. Entretanto, esse acréscimo traz consigo maior probabilidade de desenvolvimento de diversas patologias, dentre elas as síndromes demenciais, as quais possuem o Alzheimer como principal representante. De fato, estima-se haver 35,5 milhões de pessoas com demências no mundo. Esse distúrbio apresenta fisiopatologia complexa, com deterioração progressiva da cognição, trazendo prejuízos ao indivíduo na realização de suas atividades cotidianas. Além disso, observa-se também sintomas psicóticos, como ideação delirante, fenômenos alucinatórios, agressividade verbal e agitação. Estudos demonstram que a psicose afeta aproximadamente 40% das pessoas com demência de Alzheimer, enquanto a agitação ocorre em 80% ou mais das pessoas demenciadas. Assim, o objetivo desse trabalho é avaliar a melhor terapia com fármacos antipsicóticos em portadores de demências. Para isso, foi uma realizada uma busca por artigos nos bancos de dados Scielo e Pubmed, com o uso dos seguintes descritores: demência; antipsicóticos; idosos. Foram selecionados artigos em português e inglês publicados no período de 2008 a 2015.Estudos mostram que o uso de neurolépticos no controle de sintomas psicóticos e comportamentais em pacientes com demência deve ser realizado com cautela, observando-se a relação entre efeitos terapêuticos e adversos apresentados pelos pacientes após a administração dos mesmos. Assim, fármacos como o haloperidol, um neuroléptico de primeira geração, pode resultar em efeitos colaterais que, em muitos casos, inviabilizam a manutenção do tratamento. Em um estudo randomizado e duplo-cego, foi demonstrado que doses de 2 a 3 mg/dia de haloperidol foram mais eficazes que doses mais baixas (0,5 a 0,75 mg/dia) e do que o placebo no tratamento de sintomas psicóticos e da agitação psicomotora. Porém, doses mais elevadas correlacionaram-se com uma maior incidência de efeitos adversos, como o parkinsonismo. Além disso, observou-se o aparecimento de outras síndromes extrapiramidais. Em idosos, tais manifestações podem causar rigidez, imobilidade e quedas e estão relacionadas à morbidade significativa. O mecanismo farmacodinâmico no controle dos sintomas psicóticos na demência consiste na capacidade dos neurolépticos típicos de bloquear os receptores dopaminérgicos no sistema mesolímbico, reduzindo os sintomas positivos da psicose. Por outro lado, o bloqueio de receptores dopaminérgicos na via nigroestriatal resulta em síndromes extrapiramidais. Ademais, o bloqueio dos receptores D2 na via tuberoinfundibular aumenta os níveis séricos de prolactina, o que se manifesta clinicamente como aumento da sensibilidade mamária, galactorréia, ou disfunção erétil. Torna-se claro, então, que a terapia com antipsicóticos típicos em demência não é a mais recomendável. Nesse 142 sentido, os neurolépticos de segunda geração surgiram como uma alternativa mais eficaz terapeuticamente e com menos efeitos colaterais. Entre esses fármacos, a risperidona é o único antipsicótico com a indicação oficial para distúrbios comportamentais da demência no Canadá, bem como na Europa e nos EUA. Estudos indicam que as drogas de segunda geração possuem ação em outros receptores além dos D2, como o receptor serotoninérgico 5-HT2A, o que ajuda a explicar a menor incidência de efeitos extrapiramidais. No entanto, constata-se que o uso de doses acima da faixa terapêutica ocasiona efeitos semelhantes aos causados por neurolépticos de primeira geração. Portanto, a terapia com antipsicóticos em idosos demenciados é efetiva, porém, devido aos inúmeros efeitos colaterais, não é a ideal. Não obstante, intervenções não farmacológicas associadas aos fármacos devem sempre ser consideradas, a fim de garantir um impacto positivo no tratamento dos pacientes. 143 SÍNDROME DA ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA: SUAS CONSEQUÊNCIAS E O PAPEL DO MÉDICO NO MANEJO DO PACIENTE Elisa Machado Heringer Carla Cíntia Ferreira Humberto Ferreira Ianni (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O uso do álcool entre a população brasileira é grande e relevante. Segundo um estudo feito por Laranjeira, et. al entre 2005 e 2006, 48% da população afirmou ter consumido álcool naquele ano. Esse consumo elevado causa dependência. A síndrome da abstinência alcoólica, os seus sintomas, seus prejuízos e o papel do médico no seu manejo, são os aspectos estudados e relatados nesse trabalho. Esse estudo foi elaborado através de revisão bibliográfica de artigos e livros publicados encontrados nos sites scielo e pubmed. Um conjunto de sintomas característicos como tremor, vômitos, aumento da pressão arterial, irritabilidade, disforia, agitação e taquicardia formam a síndrome da abstinência alcoólica. Há ainda sintomas mais severos como delirium tremens, manifestações autonômicas, ilusões, alucinações visuais e cenestésicas (DALGALARRONDO, 2008). Podem ocorrer outras complicações como a alucinose alcoólica, Síndrome de Marchiava Bignami (diminuição da densidade do tecido no corpo caloso), Síndrome de Wernicke Korsakoff e deficiência de vitaminas do complexo B. A Síndrome da abstinência alcoólica surge horas ou dias após a falta da ingesta da substância. A anamnese deve abordar o histórico do paciente, identificando fatores de agravo bem como eventuais comorbidades clínicas. É possível classificar o paciente em nível 1 (leve/moderado) ou nível 2 (grave) sendo que o tratamento do nível 1 é ambulatorial e do nível 2, hospitalar. (LARANJEIRA, et. al 2000). Além da terapia farmacológica, a abordagem médica humanizada, acolhedora, sem julgamentos, firme e afetuosa é de grande valia para a recuperação. Ouvir o paciente, ser receptivo às suas angústias, identificar fatores motivadores para o uso do álcool, incentivar e montar estratégias de manutenção da abstinência com a participação da família e de amigos é função do médico e da equipe multidisciplinar. Focchi (2004), propõe alguns passos para direcionar a abordagem do médico em relação ao paciente. Ele sugere o incentivo a ficar uma semana em abstinência até a próxima consulta, que deve ser dentro deste prazo. É importante estimular o paciente a evitar contato com outros dependentes químicos para que não seja influenciado a usar droga. Com a ajuda dos familiares e amigos, deve- se eliminar os produtos alcoólicos ou similares em casa ou no ambiente em que o paciente esteja. Uma boa estratégia é aconselhar a participação em grupos de auto-ajuda, como os alcoólicos anônimos. Também é válido encorajar o paciente a manter-se ocupado, seja em seu trabalho, em casa ou praticando atividades de lazer. A criação de um diário, que deve ser levado nas consultas, é interessante a fim de verificar se houve uso, o que usou e como se sentiu, abrindo possibilidade para que o médico o oriente de forma específica. O êxito do tratamento passa pelo atendimento centrado na pessoa, aumentando sua adesão, vínculo e confiança às propostas terapêuticas. 144 EFEITOS FISIOLÓGICOS DO USO DE CRACK Clara Nina Eto de Vasconcelos Natália Nitsa Pereira Silva Larissa Assis Abreu Ricardo Luiz Fontes Moreira (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O crack é uma droga obtida a partir da purificação da cocaína, e vem se tornando cada dia mais popular no mundo todo. Segundo pesquisadores da Fiocruz (2011), o consumo de crack no Brasil – somando todas as capitais e o Distrito Federal – atinge 0,81% da população, o que representaria cerca de 370 mil usuários regulares. Atualmente, o crack é considerado a droga mais consumida no país. Estes números são preocupantes quando se observa a gravidade das sequelas que esta droga é capaz de provocar nos usuários. Dentre os danos causados pelo crack destacam-se a deterioração funcional do pulmão, o edema pulmonar, os fenômenos de hipersensibilidade, a exacerbação da asma, a bronquiolite obliterante, entre outros. Também podem ser observadas alterações comportamentais, como aumento da promiscuidade sexual, o que torna as doenças sexualmente transmissíveis mais prevalentes entre os usuários de crack, bem como a perda de apetite, a qual pode evoluir para quadros de desnutrição grave. Para a realização deste trabalho foram realizadas buscas nos idiomas português e inglês no PsycInfo, PubMed e LILACS, utilizando as palavras "crack", "fisiologic effects of crack use", "efeitos fisiologicos do crack", "obtenção do crack a partir da cocaína". Foram encontrados 53 artigos e, com base em datas e adequação ao tema, foram selecionados oito. Artigos publicados antes de 2010 foram excluídos, bem como aqueles encontrados em qualquer idioma diferente dos pesquisados e aqueles que fugiam do objetivo do trabalho. Revisando a literatura disponível, observa-se que o número de usuários de crack vem crescendo de forma alarmante, principalmente entre a população jovem, fato que se deve à facilidade do acesso à droga e a suas características altamente viciantes. Além dos efeitos sistêmicos deletérios, o crack é capaz de provocar sensações de grande prazer aos seus usuários, provocando comportamentos inapropriados, o que o torna especialmente perigoso e, por essa razão, faz-se necessário compreender profundamente sua ação fisiológica. Pode-se concluir que a classe médica deve ficar alerta às complicações provocadas nos usuários de crack, especialmente porque estas podem levar os indivíduos à morte em pouco tempo. 145 ANÁLISE DO ESTADO NUTRICIONAL, OFERTA CALÓRICA E PROTEICA DE GRANDES QUEIMADOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE BELO HORIZONTE, MG Gabriela Ferreira Bohrer Rossi-Maire de Freitas Ribeiro Adriana Márcia Silveira (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Queimaduras são lesões teciduais que podem desencadear em trauma, ou seja, a homeostase do organismo fica comprometida, resultando numa resposta fisiopatológica complexa. Ocorre catabolismo intenso e excreção de nitrogênio na urina, além da proteína ser perdida também pelo exsudato das feridas. O estado hipermetabólico e a magnitude do trauma levam a uma reação inflamatória sistêmica aguda seguida de uma série de possíveis infecções o que torna um desafio a suplementação adequada de calorias e proteínas. A terapia nutricional (TN) para pacientes queimados deve atingir seu estado anabólico sendo instituída entre 24 horas a no máximo 48 horas após o trauma, prevenindo a resposta hipermetabólica grave. Para esses pacientes recomenda-se um aumento na oferta calórica de 30 kcal/kg/dia a 35 kcal/kg/dia, realizada para promoção de substratos para fase anabólica. A quantidade de proteínas ofertadas ao paciente deve ser adequada a sua recuperação, esse valor varia de 1,2 g/kg/dia a 2,0 g/kg/dia, dependendo do seu estado metabólico. O objetivo atual do trabalho foi analisar o estado nutricional, a necessidade e a oferta calórica e proteica da dieta de pacientes queimados internados em um hospital público de Belo Horizonte, MG. Trata-se de um estudo transversal exploratório, descritivo e retrospectivo com abordagem quantitativa, realizado na ala de queimados de um hospital público de Belo Horizonte, MG. Foi realizada análise aleatória nas fichas dos pacientes atendidos pelo serviço de nutrição entre agosto de 2014 a fevereiro de 2015, totalizando 43 fichas de pacientes vítimas de queimaduras. Para o estudo foram analisadas as seguintes variáveis: idade, Superfície Corporal Queimada (%SCQ) acima de 20%, diagnóstico nutricional, valor calórico e proteico determinado através de cálculos elaborados segundo a fórmula de Curreri para valor calórico e proteína pelo peso atual do paciente, considerando uma dieta hiperproteica, conforme recomendado na literatura para valor proteico total. Foi considerado também o valor calórico e proteico ofertado aos pacientes. Esse trabalho teve aprovação ética pela Plataforma Brasil com número CAAE: 44688415.1.0000.5105. A média de %SCQ de grandes queimados foi de 40,3% variando de 20% a 80%. A média de idade foi de 41,7 anos e mediana de 46 anos com predomínio do sexo masculino n=22 (68,7%) em relação ao sexo feminino n=12 (37,5%). Com relação ao cálculo calórico estimado para estes paciente foi obtido média de 40,3 kcal/kg/dia, caracterizando uma dieta hipercalórica. A média de proteína ao dia foi de 102,2 g/dia equivalente a um aporte proteico de 1,5 g/kg/dia caracterizando uma dieta hiperproteica. O total calórico calculado para cada paciente relacionado ao total de dieta enteral ofertada ao paciente com infusão padrão diária de 22 horas foi de uma dieta normocalórica e hiperproteica (60g\L), com 1,2 kcal/mL. Conforme o exposto pode-se inferir que a necessidade estimada e ofertada de calorias está adequada, com média de 101,35% de adequação, julgando padrão aceitável de 90% a 110% de adequação. Queimaduras em geral podem desencadear uma série de alterações metabólicas levando a complicações e 146 até ao óbito. Se tratando de grandes queimados atenção multiprofissional se acentua e compete ao nutricionista proceder de forma cautelosa e correta ao calcular e prescrever a dieta de um paciente grande queimado. Esse estudo possibilitou analisar a dieta oferecida e a real necessidade de cada paciente, concluindo que se baseia em valores dentro do padrão normal recomendado para esses pacientes, caracterizando um suporte nutricional eficiente e adequado para a melhora e manutenção do estado nutricional dos pacientes, evitando complicações futuras e potencializando sua recuperação. 147 AGRICULTURA ORGÂNICA: UM EQUILÍBRIO ENTRE MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA E AMBIENTE SUSTENTÁVEL Ana Paula Pereira Mol Raquel Ribeiro Rocha Denise Alves Jusceli Sudário Nayara Pereira de Meira Luiz Carlos Travassos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Agricultura orgânica é um sistema de produção alternativo seguro e sustentável isento de contaminação que coloque em risco a saúde humana e do ambiente. Esse sistema de produção se diferencia da agricultura convencional principalmente por preservar a biodiversidade, promover a saúde dos seres humanos e o equilíbrio ambiental, é ecologicamente correta, viável economicamente. Objetiva-se com este trabalho apresentar os malefícios dos agrotóxicos para a saúde humana e a sustentabilidade ambiental. O presente trabalho foi realizado através de revisão bibliográfica com consultas a artigos científicos, dissertações e teses publicadas em revistas e meios eletrônicos como: Biblioteca Virtual de Saúde (Bireme), Scielo e Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde. Uma das questões presentes no debate atual sobre sustentabilidade relaciona-se à agricultura orgânica e à alimentação saudável. O uso de agrotóxicos, usados na produção agrícola, estão relacionados com os impactos gerados ao meio ambiente, atingindo ar, solo e água. Em virtude disto tem aumentado progressivamente a procura por alimentos produzidos de forma orgânica, isto é, livres de fertilizantes químicos, de antibióticos, de hormônios e de outras drogas comumente utilizada. Afirmam que nas últimas décadas, o uso indiscriminado de agrotóxicos vem causando preocupação em diversas partes do mundo, e a crítica ao modelo de agricultura vigente cresce à medida que estudos comprovam que os agrotóxicos contaminam alimentos e ambiente, causando danos à saúde humana. O Brasil é maior consumidor mundial de agrotóxicos na atualidade. Aponta que mesmo que alguns dos ingredientes ativos possam ser classificados como medianamente ou pouco tóxicos – baseado em seus efeitos, não se pode perder de vista os efeitos crônicos que podem ocorrer meses, anos ou até décadas após a exposição, manifestando-se em várias doenças como cânceres, malformação congênita, distúrbios endócrinos e neurológicos. Aponta ainda que o leite humano possa ser um dos meios de contaminação, pois parte dos agrotóxicos utilizados tem a capacidade de se dispersar no ambiente, e outra parte pode se acumular no organismo humano, ao ser consumido pelos recém-nascidos pode provocar agravos à saúde, pois os mesmos são mais vulneráveis à exposição a agentes químicos presentes no ambiente. Os efeitos agudos sobre a saúde humana são os mais visíveis e as informações obtidas sobre essas nocividades vêm dos dados dos sistemas de informação sobre óbitos, emergências e internações hospitalares de pessoas intoxicadas por esses produtos. A exposição a baixas doses de agrotóxicos induz a morte celular, à citotoxidade e à redução de viabilidade das células, o que já aponta para grandes prejuízos à saúde humana. Em contrapartida, a agricultura orgânica visa a sustentabilidade ambiental, o desenvolvimento de sistemas de cultivo com hortaliças que 148 assegurem o equilíbrio do ambiente e seus recursos, amplia o desafio em gerar soluções e adotar práticas culturais ambientalmente conservacionistas. A partir da agricultura orgânica é possível equilibrar a interação meio ambiente e saúde humana. A demanda por produtos orgânicos tende a ser maior a cada momento, pois os seus benefícios conduzem o consumidor a avaliar entre a escolha por produtos convencionais a produtos orgânicos. O consumo de produtos orgânicos ainda está envolvido com o processo de transição ecológica, para que haja promoção da saúde ambiental e social. 149 ASSOCIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL COM A IMUNOCOMPETÊNCIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS Carla Carolina Cunha Pereira Gabriela Barbosa Pires Fagundes Nayara Ingrid de Medeiros Rafael Teixeira Mattos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Várias modificações ocorrem durante o processo de envelhecimento como, mudanças fisiológicas, anatômicas e diminuição do metabolismo, justificando uma menor ingestão alimentar, acarretando assim no comprometimento do estado nutricional do idoso. Quando comparado ao indivíduo jovem, o idoso possui mais susceptibilidade a doenças infecciosas, apresentando assim uma menor resposta imunológica. Também utilizado como marcador nutricional, os linfócitos e leucócitos periféricos são usados para o cálculo da contagem total de linfócitos (CTL) e medem as reservas imunológicas momentâneas, indicando as condições de defesa celular do organismo que sofre interferência direta do estado nutricional, sendo, portanto, utilizado para a medição da competência imunológica. Os parâmetros bioquímicos, como a contagem total de linfócitos (CTL), são frequentemente utilizados como índice nutricional, combinados ou não com outros parâmetros bioquímicos e do estado nutricional, e mostraram-se válidos e confiáveis para este fim. O objetivo deste estudo foi avaliar o estado nutricional e o estado imunológico segundo CTL de 22 idosos institucionalizados de ambos os sexos (80±7,89 anos), sendo agrupados segundo IMC em: Grupo controle (IMC 22 a 27 Kg/m², n=12), grupo baixo peso (IMC ≤ 22 Kg/m², n=5) e grupo sobrepeso (IMC ≥ 27 Kg/m², n=5). Os indivíduos foram avaliados antropometricamente quanto ao peso, estatura, circunferência de braço (CB), índice de massa corpórea (IMC), prega cutânea tricipital (PCT), circunferência do braço (CB) e circunferência da panturrilha (CP) e a avaliação dos exames bioquímicos leucócitos e linfócitos foi através de dados contidos em prontuários. Os resultados mostram diferença estatística significativa entre o IMC e CB quando comparado todos os grupos; quanto a CP e PCT apresenta-se estatisticamente menor no grupo baixo peso em relação ao sobrepeso; já em relação aos leucócitos mostram-se estatisticamente menor no grupo baixo peso em relação aos eutróficos. Não foi observado diferença entre os grupos quando comparado o total de linfócitos e leucócitos, já em relação à CTL foi encontrada diferença estatística entre os grupos eutrófico e baixo peso e uma tendência de estar menor no grupo sobrepeso, quando comparado aos eutróficos. Resultados preliminares mostram que os indivíduos institucionalizados diagnosticados nutricionalmente com baixo peso apresentam uma perda de massa magra importante, associado a um possível comprometimento imunológico, assim como no grupo sobrepeso que apresentou uma tendência de imuno comprometimento. Portanto, sugere-se que diferentes condições do estado nutricional refletem na imunocompetência. 150 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 3 A 5 ANOS EM UMA CRECHE MUNICIPAL DE VESPASIANO, MG Gabriela Ferreira Bohrer Carla Carolina Cunha Pereira Adriana Márcia Silveira (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Atualmente o consumo alimentar da população caracteriza-se por uma dieta rica em açúcar e gorduras em geral especialmente as saturadas e consumo insuficiente de frutas, verduras e hortaliças. As consequências desse novo perfil alimentar são reflexos observados na mudança do estado nutricional das crianças brasileiras menores de cinco de idade. Estudos em creches de todo o território brasileiro demostram uma relação entre o consumo alimentar inadequado e o déficit de crescimento e desenvolvimento. Há presença do aumento do índice de sobrepeso e obesidade em detrimento à desnutrição protéico-energética, baixa estatura e o excesso de peso. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), na área de alimentação e nutrição, vem buscando promover a segurança alimentar e nutricional por meio da formação de hábitos alimentares saudáveis, promoção do crescimento e desenvolvimento das crianças e melhoria da aprendizagem e rendimento escolar. De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) as últimas estatísticas mostraram a cobertura de 42,2 milhões de crianças e jovens, cerca de 27% da população brasileira. Com base no exposto o presente trabalho visa avaliar o estado nutricional de crianças de uma creche pública de Vespasiano MG. Foi realizado um estudo transversal descritivo, de 09 de fevereiro de 2015 a 01 de abril de 2015, em uma creche pública situada no município de Vespasiano, MG. Foi adotada a técnica do Sistema de Vigilância Alimentar Nutricional (SISVAN, 2011) para coleta de peso e estatura dentro da faixa etária estabelecida. A determinação do índice peso/idade (P/I) e IMC/idade (IMC/I) foram feitos pelo critério percentil, considerando-se o novo padrão de um estudo multicêntrico, WHO multicentre Growth Reference Study10 (2007), para avaliar o crescimento e desenvolvimento de crianças ao nascer aos cinco anos de idade e de cinco anos aos dezenove anos de idade. A população foi de 108 crianças no estágio de vida de 3 a 5 anos. Das crianças avaliadas, 54,7% eram do sexo masculino e 45,3%, do feminino. A média e mediana do peso (kg) foi de 19,3 kg e 18,1 kg, respectivamente e a média e mediana para altura equivalente a 110 centímetros e 109 centímetros. As crianças apresentaram-se eutróficas com percentuais de 86,11% para o índice P/I. A prevalência das crianças em risco para baixo peso foi de 1,85%. O risco para sobrepeso e obesidade prevaleceu em 7,41% e 4,63% respectivamente para o critério P/I. Em relação ao IMC/I observou-se que 82,4% das crianças estavam eutróficas, sendo que 11,1% e 3,7% estavam com sobrepeso e obesidade, respectivamente. Apenas 2,7% do total da população avaliada apresentava-se com magreza. A transição do perfil alimentar trouxe para as crianças consequências observadas no estado nutricional. Embora a maioria das crianças estivesse com peso adequado no momento da avaliação, é importante trabalhar a educação nutricional voltada especificamente para essa faixa etária para que se forme bons hábitos alimentares e se previna doenças como sobrepeso e obesidade no futuro. 151 ASSOCIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL COM A IMUNOCOMPETÊNCIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS Carla Carolina Cunha Pereira Gabriela Barbosa Pires Fagundes Nayara Ingrid de Medeiros Rafael Teixeira Mattos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Várias modificações ocorrem durante o processo de envelhecimento como, mudanças fisiológicas, anatômicas e diminuição do metabolismo, justificando uma menor ingestão alimentar, acarretando assim no comprometimento do estado nutricional do idoso. Quando comparado ao indivíduo jovem, o idoso possui mais susceptibilidade a doenças infecciosas, apresentando assim uma menor resposta imunológica. Também utilizado como marcador nutricional, os linfócitos e leucócitos periféricos são usados para o cálculo da contagem total de linfócitos (CTL) e medem as reservas imunológicas momentâneas, indicando as condições de defesa celular do organismo que sofre interferência direta do estado nutricional, sendo, portanto, utilizado para a medição da competência imunológica. Os parâmetros bioquímicos, como a contagem total de linfócitos (CTL), são frequentemente utilizados como índice nutricional, combinados ou não com outros parâmetros bioquímicos e do estado nutricional, e mostraram-se válidos e confiáveis para este fim. O objetivo deste estudo foi avaliar o estado nutricional e o estado imunológico segundo CTL de 22 idosos institucionalizados de ambos os sexos (80±7,89 anos), sendo agrupados segundo IMC em: Grupo controle (IMC 22 a 27 Kg/m², n=12), grupo baixo peso (IMC ≤ 22 Kg/m², n=5) e grupo sobrepeso (IMC ≥ 27 Kg/m², n=5). Os indivíduos foram avaliados antropometricamente quanto ao peso, estatura, circunferência de braço (CB), índice de massa corpórea (IMC), prega cutânea tricipital (PCT), circunferência do braço (CB) e circunferência da panturrilha (CP) e a avaliação dos exames bioquímicos leucócitos e linfócitos foi através de dados contidos em prontuários. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética da Faculdade de Minas – FAMINAS BH. Os resultados mostram diferença estatística significativa entre o IMC e CB quando comparado todos os grupos; quanto a CP e PCT apresentase estatisticamente menor no grupo baixo peso em relação ao sobrepeso; já em relação aos leucócitos mostram-se estatisticamente menor no grupo baixo peso em relação aos eutróficos. Não foi observado diferença entre os grupos quando comparado o total de linfócitos e leucócitos, já em relação à CTL foi encontrada diferença estatística entre os grupos eutrófico e baixo peso e uma tendência de estar menor no grupo sobrepeso, quando comparado aos eutróficos. Resultados preliminares mostram que os indivíduos institucionalizados diagnosticados nutricionalmente com baixo peso apresentam uma perda de massa magra importante, associado a um possível comprometimento imunológico, assim como no grupo sobrepeso que apresentou uma tendência de imuno comprometimento. Portanto, sugere-se que diferentes condições do estado nutricional refletem na imunocompetência. 152 O DIREITO DE FILIAÇÃO NAS INSEMINAÇÕES ARTIFICIAIS HETERÓLOGAS Hevelly Lírika Olivência Barbosa Cássia Lorena Rezende Saraiva Fabrício Veiga Costa (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 6.00.00.00-7 Ciências Sociais Aplicadas O presente trabalho tem por objetivo esclarecer as discussões existentes acerca da reprodução humana assistida, bem como a necessidade de adequação do tema ao Direito das Famílias, conforme dispõe o Código Civil de 2002, e aos Princípios consagrados na Constituição da República de 1988. Pretende-se com esta pesquisa uma análise acerca do Direito de filiação nas inseminações artificiais heterólogas, tema totalmente relacionado aos avanços da sociedade. A técnica da inseminação artificial tem apresentado diversos problemas, visto que nas inseminações heterólogas utiliza-se o material de um doador, cuja identidade é preservada. Tal sigilo reflete diretamente na vida dos filhos havidos por inseminação, em temas como filiação, alimentos e herança. O direito de filiação é tolido em detrimento do direito ao sigilo do doador e esta é a problemática focalizada pela presente pesquisa. Manter o sigilo do doador é uma decisão contestada por vários autores e doutrinadores brasileiros, e apoiada pela resolução do Conselho Federal de Medicina de número 1358/92. A conclusão da pesquisa foi fundamentada no “meio termo” entre manter o sigilo do doador ou garantir o direito de filiação, qual seja, garantir à criança a possibilidade de conhecer a origem genética com o fundamento estritamente médico. Evitar relações incestuosas para que os descendentes não tenham problemas de saúde, ou encontrar um doador de sangue ou órgãos, caso haja incompatibilidade com a mãe, por exemplo, seriam motivos para solicitar da clínica que realizou a inseminação, que quebre, em tese, o sigilo do doador, ponderando assim as normas médicas e os princípios e regras presentes no ordenamento jurídico, visto que a prática da Ciência deve respeitar, ou não infringir, os direitos e garantias fundamentais. PALAVRAS-CHAVE: Inseminação Artificial. Direito de Filiação. Sigilo do doador. 153 A DELAÇÃO PREMIADA E AS CONSEQUÊNCIAS DE SUA APLICAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO Marcos Roberto Leite Cardoso Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares Anderson da Silva Lorena Carolina Alves dos Santos Silvana Silverio Renata Esteves Furbino (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 6.00.00.00-7 Ciências Sociais Aplicadas O instituto jurídico conhecido como delação premiada trata-se de uma técnica de investigação consistente na oferta de benefícios pelo Estado àquele que confessar e prestar informações úteis ao esclarecimento do fato delituoso. Para Boldt (2005, p. 4), delação premiada é a possibilidade que tem o participante ou associado de ato criminoso de ter sua pena reduzida ou até mesmo extinta, mediante a denúncia de seus comparsas às autoridades, permitindo o desmantelamento do bando ou quadrilha, ou ainda facilitando a libertação do sequestrado, possível no caso do crime de extorsão mediante sequestro cometido em concurso de agentes. A utilização “desenfreada” deste instituto demonstra a incapacidade do Estado em desvendar crimes, acaba por ferir alguns direitos expressamente previstos na Constituição Federal, como o direito ao silêncio e também o da ampla defesa, trai seus companheiros e diante disso recebe benefícios. Nesse sentido, sábia são as palavras de Mello (1995, p. 538), ao dizer que é o conhecimento dos princípios que preside a intelecção das diferentes partes dos componentes do todo unitário que há por nome sistema jurídico positivo. Violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma. É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido, porque representa a insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço e corrosão de sua estrutura mestra. Portanto, o Estado com intuito de facilitar a sua atuação e demonstrar uma eficácia perante a sociedade, deixa de lado seu próprio valor ético e moral e se iguala ao universo criminoso, que neste, não se pode dizer em ética, dada pela natureza da prática de condutas delituosas que ferem bens jurídicos protegidos pelo Estado. Deste modo, objetivou-se demonstrar que o instituto jurídico da delação premiada utilizado de maneira excessiva traz ao ordenamento jurídico brasileiro algumas consequências éticas e morais contrários aos princípios constitucionais estabelecidos. Este estudo trata-se de uma fonte de produção do conhecimento, do tipo exploratório, que buscou sistematizar o conhecimento divulgado sobre a temática. Foram investigadas as bases de pesquisa primárias e sucundárias jurídico-formais, utilizando-se como palavras chave: delação premiada, princípios constitucionais, ética e moral. Como critério de inclusão para a busca e seleção de estudos, adotou-se artigos científicos publicados em português entre 1984 e 2015. Dos resultados obtidos, pode-se destacar que a delação premiada é uma forma de justiça negociada, que se contrapõe aos valores éticos e moral que acabam sendo destituídos no momento em que o Estado realiza um acordo com o próprio criminoso. Conclui-se que a delação premiada promove uma verdadeira extorsão da verdade, pois se trata de uma busca irracional por pretensos ideais de "verdade" e "justiça", e faz com que presenciemos hodiernamente situações em que se legitimam uma "arbitrariedade legalmente constituída", promovendo um sem número de abusos e ofensas às garantias constitucionais ínsitas aos cidadãos. Como diz Hassemer (1984, p. 154 140) não é permitido ao estado utilizar os meios empregados pelos criminosos, se não quer perder, por razões simbólicas e práticas, a sua superioridade moral. Portanto, a delação premiada deve ser utilizada como último recurso, pois o efeito desse instituto pode ser devastador e nos remeter ao retrocesso as garantias constitucionais arduamente adquiridas, pois extrair a confissão do réu era o objetivo do processo penal na Idade Média. Tudo se legitimava, até o sofrimento corporal, para obter a declaração de culpabilidade, que diziam ser “voluntária”. O Estado necessita de um maior aparato para combater a criminalidade com eficácia, porém não se pode tentar compensar a sua ineficiência, atingindo garantias constitucionais devidamente instituídas. 155 A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE RELACIONADA À SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares Marcos Roberto Leite Cardoso Anderson da Silva Lorena Carolina Alves dos Santos Karine Veloso dos Santos Shirlei Barbosa Dias (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Vivemos em um mundo, cuja expectativa de vida da população vem aumentando significativamente, fato que se associa a um considerável crescimento na população de idosos. Consequentemente, a assistência em enfermagem ao idoso vem evoluindo ao longo do tempo. O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, de modificações, bioquímicas, morfológicas e psicológicas. Havendo perda progressiva da capacidade de adaptação do individuo ao meio ambiente, promovendo assim, o envelhecimento do ser humano que é considerado uma realidade mundial, o idoso teve sua expectativa de vida aumentada diminuindo seu grau de deficiência mental ou física (MAZO et al; 2007, p. 438). A sexualidade atualmente vem sendo entendida não só como um ato sexual e genital, mas sim como um conforto sentimental e emocional, deste modo, fica evidente a importância do conhecimento a respeito deste contexto e sobre as principais dificuldades enfrentadas perante ela (TEIXEIRA et al; 2012, p. 51). O profissional enfermeiro exerce um papel importantíssimo neste processo, pois a sexualidade é um tema que necessita de orientação em todas as fases da vida e com os idosos não é diferente, apesar de vivermos em uma sociedade que ignora a sexualidade nos idosos, ela está presente cada dia mais entre eles. Deste modo, como provedor da arte de cuidar, o enfermeiro deve exercer uma assistência em enfermagem, que possa proporcionar qualidade de vida aos idosos. O envelhecimento fisiológico acarreta inúmeras mudanças que influenciam diretamente na sexualidade. Tais mudanças afetam todas as pessoas que chegam à terceira idade (TEIXEIRA et al; 2012, p. 51). Portanto, objetivou-se analisar à importância do enfermeiro frente a sexualidade na velhice. Este ensaio trata-se de uma revisão bibliográfica, que buscou sistematizar o conhecimento divulgado sobre a temática no meio acadêmico. Foram investigadas as bases de dados Scientific Eletronic Library On-line (Scielo) e Google Acadêmico, utilizando-se como descritores: idoso, sexualidade e enfermeiros. Adotou-se como critério de inclusão estudos publicados em português no período entre 2007 e 2014. Foram excluídos relatos de casos informais e artigos sem disponibilidade do texto na íntegra. Os resultados apontam que o enfermeiro exerce diversas funções e uma delas é a de educador, que é primordial para instruir a população idosa na educação em saúde, proporcionando a eles um melhor desenvolvimento das atividades de vida diária. Cabe ao enfermeiro preparar os idosos a enfrentar o processo de envelhecimento em todas as suas fases, ouvir e entender todas suas queixas, podendo assim, dar a eles uma devida assistência em enfermagem. A sexualidade faz parte desta temática que deve ser abordada de maneira precavida, pois cada idoso tem sua crença, cultura e aceitação perante a mesma, e muitos bloqueiam em si a possibilidade de ter uma vida sexual ativa por diversos fatores, e o profissional enfermeiro pode e deve agir orientando até mesmo sobre as doenças sexualmente transmissíveis, visto que sofrem os 156 mesmos riscos em qualquer fase da vida. Conclui-se que o enfermeiro deve ter uma visão holística das pessoas idosas, ele exerce uma função primordial na vida dos mesmos. Estes profissionais têm que estabelecer relações de ajuda, respeito, escuta, entre outros, que possibilitam uma maior aceitação e entendimento frente à sexualidade na terceira idade, podendo proporcionar aos idosos respostas às suas necessidades, encarando a sexualidade de acordo com que a mesma representa na vida de cada um. 157 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO MEDIANTE A MORTE DE SEUS CLIENTES Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares Anderson da Silva Karine Veloso dos Santos Gabriela Morais Fernandes de Sousa Miriã Micaela de Oliveira Rosana Costa do Amaral (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O modelo biomédico ou mecanicista foi por muito tempo realizado pautado à cura de enfermidades, caracterizado por diagnósticos que determinam o modo de tratamento, monopolizado pelo médico, no qual se privilegia a doença e não o doente (LEITE, 2010). Contudo, as pessoas tinham maior aceitação diante da morte, encarada pelos seres humanos como parte do ciclo natural da vida, uma experiência crucial aos seres vivos, muitas vezes provocadas por acidentes, doenças agudas e infecções. Entretanto, na atualidade a morte é vista de modo diferente, os progressos tecnológicos propiciaram a oportunidade de tratar e curar patologias, aumentando a expectativa de vida (WOLD ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA, 2013, p. 243). O contato rotineiro com esse fenômeno pode afetar a capacidade humana e profissional dos envolvidos no cuidado em saúde, entre eles o enfermeiro. Este profissional em questão, durante o processo de formação constrói saberes pautados na prevenção ou cura das patologias que podem discernir a morte como uma falha pessoal ou profissional, levando eles a desenvolver diversas reações frente este fato. A morte pode provocar vários sentimentos nos profissionais enfermeiros, tais como medo, frustrações, tristeza e desespero, decorrentes de uma formação acadêmica voltada para o cuidado e a cura de enfermidades, apesar de a morte fazer parte do ciclo natural da vida, os enfermeiros, geralmente, não vem sendo adequadamente preparados para lidar com ela (MOTA et al; 2011, p. 134). Deste modo, objetivou-se analisar a atuação do enfermeiro perante a morte de seus clientes. Para construção desse estudo, realizou uma revisão bibliográfica exploratória, que buscou sistematizar o conhecimento divulgado sobre a temática. Foram utilizados as bases de dados Scientific Eletronic Library On-line (Scielo) e Google Acadêmico, como descritores: morte, atitude frente à morte e enfermeiros. O critério de inclusão utilizado para construção do estudo foi artigos científicos publicados em português no período entre 2004 e 2013, e como critério de exclusão, relatos de casos informais e artigos sem disponibilidade do texto na íntegra (online). Dos resultados obtidos, pode-se destacar que vivenciar a morte de clientes, gera nos enfermeiros, diversas reações negativas, decorrentes do despreparo psicológico ou falta de qualificação desses profissionais perante este contexto. Por outro lado, a morte também pode ser vista como libertação e consolo do sofrimento, tanto para os enfermeiros, quanto ao cliente e seus familiares. Os profissionais enfermeiros precisam ser capazes de se comunicar de maneira eficaz e de atender o cliente, assim como abordar as necessidades da família e de outras pessoas próximas, à medida que eles enfrentam sofrimento, perda e luto. Uma alternativa apontada é a criação de grupos de discussão no ambiente de trabalho, não só para os enfermeiros, mas para os profissionais de saúde que lidam com esta situação, podendo assim discutir suas experiências, buscando minimizar as reações e sensações frente à morte de seus clientes. Deste modo, dará aos familiares e aos referidos clientes uma assistência em enfermagem de forma humana e ética, pois poderão compreender que a morte faz parte do ciclo vital, podendo muitas vezes até 158 ser poupada, mas nunca impedida. Portanto, conclui-se que embora a morte faça parte do cotidiano dos profissionais enfermeiros, deve-se respeitar a individualidade e aptidão de absorver sensações de cada indivíduo frente à morte. Superar os sentimentos de frustrações ou incapacidade, reconhecendo que o momento da morte acontecerá para todos e que é necessário mudar o foco do cuidado, atendendo a individualidade de cada pessoa. 159 A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO GERIATRA. Maria Aparecida Marques Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras Ana Paula Grigório de Carvalho Priscila Regina Vasconcelos Shirlei Barbosa Dias (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Envelhecer é um processo dinâmico, progressivo e inevitável, pois há mudanças morfológicas, bioquímicas, funcionais e psicológicas ocasionando maior predisposição a processo patológicos que acabam levando a morte. Com a inversão da pirâmide demográfica no território brasileiro, temos muito mais adultos e/ou idosos do que adolescentes e/ou crianças. O objetivo desta pesquisa é fomentar o enfermeiro a voltar seu olhar para a Geriatria. Mas o que vem a ser um enfermeiro geriatra e qual seu papel? Esta revisão bibliográfica propõe esclarecer qual a importância do enfermeiro no processo de envelhecimento do ser humano. Para esta revisão bibliográfica de caráter exploratório foram lidos 11 artigos do CIELO, e da Biblioteca Virtual de Saúde; dois foram escolhidos por ter o descritor buscado, com os critérios de inclusão de artigos na língua portuguesa, excluindo outros idiomas; e teve como descritores: A importância do enfermeiro na geriatria. Sabendo-se que apesar de ser um trabalho interdisciplinar e intersetorial, o atendimento integral ao idoso vem sendo dificultado cada vez mais por diversos fatores, e um deles é o aumento da expectativa de vida sem saúde, onde o idoso se encontra por vezes acamado, ou em situação de fragilidade. O enfermeiro é de extrema importância para fazer este elo de conectividade entre os demais profissionais. Para realizar o processo de enfermagem, com sistematização da assistência para o paciente, somente então pode se colocar um plano de ação para que o paciente recupere sua saúde e sinta vontade de se cuidar. Fomentar a higiene, o auto cuidado, o exercício físico sob indicação médica e esclarecer dúvidas são funções do enfermeiro que se especializa em geriatria. Atualmente, é de fundamental importância que o profissional interessado nesta área esteja atualizado nas peculiaridades anatômicas e funcionais do envelhecimento, sabendo discernir com máxima precisão os efeitos naturais deste processo. Concluímos que se faz necessário o aprimoramento profissional para o cuidado com o idoso, não podemos de deixar de enfatizar a importância do enfermeiro nessa fase da vida, destacando ainda o papel essencial na capacitação do cuidador do idoso. A função do enfermeiro é muito importante em relação à capacitação dos cuidadores pois, a enfermagem que irá treinar, educar, supervisionar, auxiliar quanto ao processo saúde-doença, pois se não há uma equipe de saúde, e nesta não contendo um enfermeiro para fazer a capacitação dos mesmos não tem como prestar um atendimento qualificado. É certo que o idoso necessita de atenções específicas e significativas, concernentes ao seu cotidiano. 160 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE A EVOLUÇÃO DAS FERIDAS Maria Aparecida Marques Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras Ana Paula Grigório de Carvalho Priscila Regina Vasconcelos Shirlei Barbosa Dias (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Ferida é qualquer interrupção na continuidade da pele, que afeta sua integridade. Também é definida como uma deformidade ou lesão que pode ser superficial ou profunda, fechada ou aberta, simples ou complexa, aguda ou crônica. Esta pesquisa tem como objetivo identificar como se dá evolução das feridas, através de uma revisão bibliográfica e o acompanhamento de caso clínico real. Pesquisa em livros de fisiologia e patologia, pesquisa no acervo da Biblioteca Virtual de Saúde e Base de dados do CIELO. Escolhemos 4 artigos e 1 livro, como método de inclusão usamos os descritores buscados e artigos publicados em língua portuguesa e adotamos os descritores: Evolução das Feridas, A Enfermagem no cuidado das feridas, o enfermeiro e a evolução da ferida. As feridas são superficiais quando limitadas à epiderme, derme e hipoderme, e profundas, quando outras estruturas são atingidas (fáscias, músculos, aponeuroses, articulações, cartilagens, tendões, ligamentos, ossos, vasos e órgãos cavitários). Nos ferimentos fechados, a continuidade da pele e dos tecidos não é violada ou danificada e eles podem ser tanto superficiais quanto profundos. Nas feridas abertas, ocorre a descontinuidade e o rompimento da barreira de proteção da pele, acentuando os riscos de infecção. As feridas simples evoluem rapidamente para a cicatrização. As complexas têm evolução lenta e progressiva, tendendo para a cronicidade. Podem estar contaminadas, colonizadas ou infectadas, quando mostram evidências de processo infeccioso, com tecidos desvitalizados, exsudação e odor característico. As agudas são causadas por fatores externos ao organismo humano, como as lesões acidentais, que ocorrem por traumas físicos, químicos ou biológicos e, ainda, aquelas que são produzidas por incisão cirúrgica. As crônicas são produzidas por fatores internos, como doenças vasculares e metabólicas, infecções e neoplasias. As úlceras por pressão são resultantes de longa permanência sobre proeminências ósseas. Concluímos que é neste contexto em que o profissional enfermeiro, estando bem treinado em tratamento de feridas, entra colaborando exponencialmente para a boa evolução da ferida e para uma melhor qualidade de vida do paciente. Pois a bom prognóstico da ferida está nas mãos de quem faz o primeiro curativo. 161 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA E A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM. Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras , Maria Aparecida Marques Priscila Regina Vasconcelos Shirlei Barbosa Dias (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A implantação do Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, instituída pela portaria nº1.944/GM, Ministério da Saúde 2009, vem buscando acolher o gênero masculino, considerando que o papel provedor ainda está muito atrelado à figura do homem, que está incutido na cultura. Assim, deve-se olhar para a saúde deste indivíduo de forma diferenciada e atenta. Vários estudos comparativos entre gêneros têm provado o fato de que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às graves e crônicas e morrem mais precocemente que as mulheres. Os homens entram no sistema de saúde pela atenção ambulatorial e hospitalar, com quadros patológicos já instalados, como consequência aumentam o custo para o sistema de saúde, principalmente, se o assunto é câncer de próstata. Este estudo teve como objetivo analisar se a promoção da saúde e a prevenção de agravos proporcionada pela atuação do enfermeiro na prevenção do câncer de próstata está realmente atraindo a população masculina. Para esta revisão bibliográfica de caráter exploratório foram lidos trinta artigos, e quatro foram escolhidos por subsidiarem melhor tema. Neste contexto, o enfermeiro, com suas atribuições privativas e conhecimento científico, contribui para a qualidade e manutenção da vida dos homens em relação à prevenção do câncer de próstata. No contexto da atenção em saúde não se deve perder as oportunidades de abordar os homens, aproveitando as situações cotidianas da assistência de enfermagem, na perspectiva da promoção da saúde e detecção precoce de agravos, no sentido de orientá-los sobre os fatores de risco e a importância do exame preventivo proctológico. Identificar a presença desses fatores e buscar sinais e sintomas que possam indicar alterações relacionadas. Articulando a promoção da saúde, reforçando a corresponsabilidade na manutenção da saúde de cada individuo, pois, o silenciamento a respeito da prevenção desses outros tipos de neoplasias também se repete no âmbito da mídia e os serviços de saúde, resultando frequentemente em uma menor produção de campanhas e ações de sensibilização, incentivem e orientem os homens para a prevenção de outros tipos de câncer. O papel do enfermeiro na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem é ajudar a ampliar o acesso aos homens às informações sobre as enfermidades que o podem acometer como o câncer de próstata, dentre outras, contribuindo para o enfrentamento racional dos fatores de risco. Diminuindo o absenteísmo e os períodos de afastamento remunerados pelo Sistema Único de Saúde. Estratégias como educação em saúde em todos os níveis da sociedade, a geração de opinião pública, apoio e estímulo à formulação de leis que permitam monitorar a ocorrência de casos de câncer de próstata, por exemplo, pode colaborar para a redução da morbimortalidade da população masculina. 162 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO RESGATE DA CIDADANIA DO PORTADOR DE ESCLEROSE MÚLTIPLA. Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras , Maria Aparecida Marques Priscila Regina Vasconcelos Shirlei Barbosa Dias (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Existem vários tipos de doenças crônicas e degenerativas, e a atuação do enfermeiro é de extrema importância para a reintegração deste paciente na sociedade. O diagnóstico de Esclerose Múltipla é complexo, e tem um critério a ser considerado: os sintomas precisam ter relação com a dificuldade de funcionamento da substância branca no Sistema Nervoso Central. Esta pesquisa tem como objetivo atentar olhar do enfermeiro para a importância da atuação da classe, em prol do resgate da cidadania do portador de Esclerose Múltipla. Se trata de um estudo de caso. Foi feita pesquisa em livros de neuro fisiologia, consulta à Biblioteca Virtual de Saúde e Base de dados do CIELO. Escolhemos 17 bibliografias com os descritores: Fisiopatologia da Esclerose Múltipla, resgate da cidadania do portador de Esclerose Múltipla, Sistematização da Assistência de Enfermagem ao portador de Esclerose Múltipla. Observa-se que a Esclerose múltipla é de fundo idiopático e altamente degenerativa, com péssimo prognóstico, o paciente portador dessa enfermidade necessita da atuação do enfermeiro. Os diagnósticos de enfermagem para este paciente são inúmeros, tais como: comprometimento da mobilidade física relacionada com fraqueza, paresia muscular, espasticidade; eliminações prejudicadas relacionadas com a disfunção do sistema nervoso central; fala e deglutição prejudicadas relacionadas com o comprometimento dos nervos cranianos; déficit do auto cuidado relacionada a dificuldade de locomoção; distúrbios de raciocínio ( perda da memória recente, demência, euforia), relacionado com a disfunção cerebral; enfrentamento individual ineficaz, relacionado com a incerteza do curso da enfermidade; dentre outros. Os cuidados de enfermagem são importantes para o resgate da cidadania do paciente: a sistematização da assistência de enfermagem para o portador de Esclerose Múltipla, incentivar o autocuidado, incentivar e encorajar o enfretamento pessoal e a independência do paciente. No plano de alta hospitalar, ou do homecare é imprescindível à orientação do paciente e da família, comentando que a qualquer momento ele poderá recorrer a um profissional psicólogo que o auxilie no enfrentamento individual. O profissional enfermeiro deve empoderarse de conhecimento científico, para ter um olhar diferenciado com o portador de Esclerose Múltipla, de acordo com as necessidades de cada um, para juntos resgatarem a cidadania deste paciente. 163 AS CONTRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NAS ESCOLAS Karine Veloso Santos Miriã Micaela Oliveira Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares, ,Shirlei Barbosa Dias (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde O ambiente escolar, no qual jovens e crianças estão em processo de amadurecimento e formação, é um local ideal para desenvolvimento de programas e projetos destinados a promoção e prevenção da saúde, uma vez que a escolas estão inseridas em todas as extensões de aprendizado, sendo assim, a conscientização dessas crianças ou jovens pode influenciar tanto nos hábitos de vida pessoais, quanto de toda família. Busca-se entender as contribuições do enfermeiro na vida dos estudantes. Deste modo, este trabalho foi concretizado através de revisão de literatura, onde foi utilizado o descritor: Serviços de Enfermagem Escolar; na base de dados: Biblioteca Virtual em Saúde e Google acadêmico. Buscamos então artigos cujos contextos fossem pertinentes ao assunto proposto, e que estivessem disponíveis em versão completa no idioma Português. Foram então encontradas 15 publicações. Após a leitura dos resumos, foram descartados 12 artigos, uma vez que não abordavam a proposta deste trabalho. Utilizamos então 3 publicações que foram lidas propiciando uma melhor compreensão do assunto. No ambiente escolar, são ministrados ensinamentos sobre coleta seletiva, postura corporal, higiene, alimentação saudável, dentre tantos outros que auxiliam crianças e adolescentes a desenvolverem hábitos saudáveis, e a assumirem estas atividades no dia a dia, colaborando para uma qualidade de vida melhor para si e para as pessoas ao seu redor. Além de orientações acerca de hábitos saudáveis e autocuidado, os estudantes recebem acompanhamento de enfermagem, onde muitas vezes são identificados problemas que nem mesmo os pais tinham conhecimento, possibilitando uma intervenção mais rápida e diminuindo os gastos com remédios. A enfermagem na escola possibilita o conhecimento da realidade vivida por cada aluno, promovendo ações que vão de acordo com essas necessidades e guiando a família e a sociedade para a assistência às crianças e jovens. Esta entidade passa a ser, além de ministradora de conhecimentos, uma entidade promotora de saúde, consequentemente, os alunos adoecem menos e o ensino é absorvido de forma melhor. Vale ressaltar que para conseguirmos êxito nesta parceria entre escola e equipes de saúde, se faz necessário o apoio e participação dos pais, valorizando e dando continuidade às ações realizadas pelos profissionais. No entanto, o desemprego dos pais, a fome, as drogas, a falta de moradia, a violência, dentre tantos outros fatores, interferem na observação dos pais quanto aos agravos da criança, apesar de os mesmos entenderem a avaliação de saúde das crianças e adolescentes de forma positiva. (ALVARENGA et al., 2012.). Assim, conhecendo as particularidades de cada aluno, as equipes de enfermagem juntamente com as escolas, poderão traçar estratégias mais adequadas aos estudantes e conseguirão com isso envolvê-los de uma forma mais ampla tendo um resultado mais satisfatório. Com isso, podemos concluir que os profissionais de enfermagem quando inseridos no ambiente escolar, trazem grandes benefícios a toda instituição, propiciando aos 164 alunos e seus familiares a oportunidade de terem uma qualidade de vida melhor dentro das especificidades de cada um, através de medidas de prevenção e promoção de saúde. 165 O ESTRESSE NA ATIVIDADE LABORAL DO ENFERMEIRO: SÍNDROME DE BURNOUT Dáphine Regina Soares de Souza Carvalho Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde Atualmente, o estresse é uma palavra muito utilizada pelas pessoas para demonstrar o seu cansaço, seja ele físico, emocional ou psíquico. O século XXI tem sido marcado como o tempo da modernidade e do capitalismo, e as pessoas acabam trabalhando uma carga horária cada vez maior, possuindo consequentemente poucos momentos de descanso e lazer. Rodrigues (1997 apud FILGUEIRAS e HIPPERT 1999) definem o estresse como uma relação particular entre uma pessoa, seu ambiente, e as circunstâncias as quais está submetida, que é avaliada pela pessoa como uma ameaça ou algo que exige dela mais que as suas próprias habilidades ou recursos e que põe em perigo o seu bem-estar. No Brasil, o enfermeiro possui baixa remuneração se comparada com a relevância de sua profissão. Esse fator influencia diretamente na vida do profissional, pois o mesmo tem que fazer jornadas duplas ou triplas para conseguir um salário melhor. Dessa maneira, o indivíduo fica sobrecarregado com o seu trabalho e diminui consideravelmente a sua qualidade de vida. Sabe-se que o enfermeiro lida diretamente com o paciente e seus familiares em seus momentos mais meticulosos de vida que é o momento da doença. Tal ocupação é considerada uma das profissões mais estressantes, pois ele trabalha com as enfermidades e até mesmo com a morte do cliente. Esse profissional está inserido em todas as áreas da saúde, tais como: atenção primária, secundária e terciária, instituições de ensino, setores administrativos, entre outros. A atividade laboral do mesmo requer conhecimento cientifico e práticas baseadas em evidências para atender o paciente de forma holística. Considerando o abordado, o presente estudo objetivou apresentar o enfrentamento do estresse pelo enfermeiro em sua atividade laboral e o acometimento do mesmo pela Síndrome de Burnout. Optou-se metodologicamente pela revisão literária do tipo narrativa com busca livre, na qual foram selecionados três artigos que responderam à pergunta de pesquisa: “O enfermeiro passa por situações de estresse em seu cotidiano de trabalho? Os achados mostram que o estresse ocupacional diminui o interesse e o otimismo do profissional com o seu trabalho, acarretando absenteísmo, diminuição na qualidade da assistência prestada e acidentes de trabalho. França (1987 apud COSTA; LIMA E ALMEIDA 2003) definem a Síndrome de Burnout, se caracteriza por um conjunto de sinais e sintomas de exaustão física, psíquica e emocional, em consequência da má adaptação do sujeito a um trabalho prolongado, altamente estressante e com alta carga emocional, podendo estar acompanhado de frustação em relação a si e ao trabalho. Tal síndrome se dá pelo esgotamento do profissional. O enfermeiro passa por situações de estresse corriqueiramente em seu cotidiano de trabalho, pois a literatura mostra que o mesmo possui uma sobrecarga de trabalho. O profissional se sente insuficientemente preparado para lidar com as exigências emocionais de seus pacientes. A classe da enfermagem trabalha em uma estrutura física muitas vezes inadequada, sem local apropriado para o descanso. O enfermeiro media conflitos diariamente, cumpre com funções que vão além das pré-estabelecidas, com alto nível de responsabilidade, entre outros fatores que podem desencadear o estresse no trabalho desse profissional e, somado a isso ainda, deve-se relevar a 166 questão da baixa remuneração. Kandolin (1993 apud WURDIG; RIBEIRO 2014) um estudo realizado em profissionais de saúde que praticam o trabalho por turnos (incluídos aqui a equipe de enfermagem), encontrou três aspectos de Burnout: fadiga psicológica; perda na satisfação do trabalho e endurecimento de atitudes. Conclui-se que para o enfermeiro cuidar bem dos seus pacientes, ele precisa de uma boa saúde para concluir tal tarefa. Desse modo, devem-se criar maneiras de minimizar o estresse e o sofrimento desse profissional e de sua equipe, pois assim ele ficará satisfeito consigo mesmo e com o seu trabalho, consequentemente prestará uma assistência de qualidade ao paciente e aos seus familiares. 167 O PAPEL DO ENFERMERIO NO ATENDIMENTO AOS ADOLESCENTES QUE UTILIZAM SUBSTÂNCIAS Dáphine Regina Soares de Souza Carvalho Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] 4.00.00.00-1 Ciências da Saúde A adolescência é uma fase transitória entre a infância e a vida adulta. É um momento marcado por muitas mudanças, sendo uma fase de vulnerabilidades da vida, pois ainda se está aprendendo a lidar com os conflitos. O adolescente tem a curiosidade aguçada e nessa fase o mesmo tende a procurar por novas experiências, sendo que nem sempre essas elas são positivas. Um dos problemas é o uso de drogas. Este é um problema crescente na população mundial. O uso abusivo pode levar o indivíduo a dependência química, culminando em violência, em ruptura familiar, em incapacidade para atividades e menor tempo de vida. O Ministério da Saúde (2010) define substâncias psicoativas como substâncias que ao entrarem em contato com o organismo, sob diversas vias de administração, atuam no Sistema Nervoso Central produzindo alterações de comportamento, humor e cognição, possuindo grande propriedade reforçadora sendo, portanto, passíveis de autoadministração. O enfermeiro que atua na atenção primária tem contato direto com a comunidade. Esse profissional conhece o território e o contexto em que seus pacientes estão inseridos. O mesmo tem grande potencial para reconhecer problemas relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e assim o mesmo deve intervir com ações assistenciais efetivas. O profissional deve ter conhecimento cientifico e práticas baseadas em evidências para atender a população, e em especial, para atender o adolescente. Considerando o abordado, o presente estudo objetivou apresentar o papel do enfermeiro no atendimento a adolescentes que utilizam substâncias psicoativas. Optou-se metodologicamente pela revisão literária do tipo narrativa com busca livre na qual três artigos científicos foram selecionados pois responderam a seguinte pergunta de pesquisa: “ Qual é o papel do enfermeiro com adolescentes que utilizam substâncias psicoativas? ”. A atuação do enfermeiro deve ter enfoque na reabilitação e na reinserção social dos usuários de substâncias psicoativas. No caso dos adolescentes, o profissional deve contar com o apoio da família do paciente, como um suporte emocional, pois isso o ajudará no processo de reabilitação. Na consulta de enfermagem deve ser estabelecido um vínculo de confiança entre o profissional e o paciente para que o atendimento seja feito integralmente, e que dessa maneira o cliente seja atendido em todas as suas necessidades. Devem ser realizadas ações de promoção à saúde para diminuir a incidência de tal agravo e o enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família (ESF) tem papel fundamental em tal ação. Com o papel de educador, o mesmo deve trabalhar junto à comunidade e fazê-los perceber sobre os malefícios do uso das drogas e quais são as suas consequências para o organismo e para a sociedade em geral. Cavalcante, Alves e Barroso (2008), destacam que o principal desafio na implementação das ações de prevenção e promoção à saúde do adolescente é a captação do público alvo, trazer o adolescente para as unidades de saúde, otimizando o contato deste com a equipe de saúde e disponibilizando os serviços de apoio. Afonso et al. (2003 168 apud NETO et al.) propõe a formação de grupo operativo para a realização de atividades com os adolescentes, incentivando as interações sociais, trocas de experiências, realização de atividades de lazer planejadas por eles próprios, discussões das práticas e das relações que desenvolvem no cotidiano. Conclui-se que para o enfermeiro deve cuidar integralmente dos adolescentes que fazem uso de substâncias psicoativas e para isso o mesmo deve estar livre de pré-conceitos e disposto a trabalhar na prevenção e promoção à saúde, bem como na reabilitação e reinserção do adolescente usuário na sociedade. 169 SAÚDE DO IDOSO: A FALTA DE CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA (ILPs). Henrique Silva dos Santos NETO (IC- [email protected])¹, Grazielli Aparecida SANTOS (IC)², Luciana Verissimo Duarte (IC), Angélica Mônica ANDRADE (PQ), Sônia Maria Nunes VIANA (PQ), Ana Cecilia GOMES (PQ). 1 Curso de Enfermagem FAMINAS-BH; 2Faculdade de Minas – FAMINAS – Belo Horizonte/MG É grande o numero de idosos em nossa sociedade e que cresce a cada ano, “desde os anos 1980, essa é a faixa etária que mais cresce em nosso país.” (VARELLA; JARDIM, 2009). Conscientizar a equipe de enfermagem sobre a importância da capacitação, visando que o idoso necessita de cuidados técnicos, científicos e humanos, incentivarem a busca de conhecimento que torne- o capaz de saber e fazer cuidados específicos para o idoso. O presente estudo foi desenvolvido a partir de revisão de literatura, referenciada pelos teóricos que abordam o tema. Foram realizadas pesquisas bibliográficas por livros em acervo pessoal e nas bases de dados da Scielo, onde foram consultados artigos. As clinicas especializadas trabalham principalmente com a hospedagem de longa permanência, a enfermagem neste serviço, assume papel fundamental na assistência do idoso, na articulação entre família e equipe multiprofissional, de acordo com Pelissari et al. (2009) o trabalho em saúde é essencial para a vida humana, seu produto é indissociável do processo que o produz e é a própria realização da atividade. Por isso, em nosso meio, as instalações geriátricas conquistam espaço nos serviços de saúde. O envelhecimento saudável é consequência de várias ações ao longo da vida, que resultam em boas condições físicas e psíquicas e em inclusão social. A equipe de enfermagem precisa de capacitação para garantir saúde a este ser humano. PELISSARI et al. Envelhecimento Saudável na Maturidade, São Paulo, v.1, n.1, p.39, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=00347167&lng=pt&nr > Acesso em: 23 maio. 2015. VARELA, Drauzio; JARDIM Carlos. Guia Prático de saúde Bem- Estar, Envelhecimento. 1. ed. SÃO PAULO: Gold Ltda, 2009, p. 10. 170 PERFIL DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BAIRRO METROPOLITANO- RIBEIRÃO DAS NEVES Sandra Pereira Silva Roselaine Carvalhais (Orientador) FAMINAS-BH - Faculdade de Minas [email protected] Administração Este artigo apresenta o perfil dos pequenos comerciantes, bem como as forças e fraquezas que possuem diante dos constantes desafios encontrados internamente e externamente. Apresenta revisão bibliográfica dos aspectos que permeiam o universo dos pequenos comércios e de seus dirigentes. A metodologia utilizada teve como base a pesquisa de campo, realizada em uma amostra de dez comércios escolhidos aleatoriamente no Bairro Metropolitano, cidade de Ribeirão das Neves. Os resultados demonstram que há uma forte tendência a desmotivação destes comerciantes, visto que ao intentar suprir as necessidades e demandas, tomaram para si um fardo demasiadamente pesado, não encontrando instituições que lhes possam servir por apoio. O que resulta em empresas mal administradas e com pouca rentabilidade. 171