CIENTÍFICA DA FAMINAS-BH IV ENCONTRO DE PÓS

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IV ENCONTRO DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA DA FAMINAS-BH
IV ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO
DA FAMINAS-BH
“A Prática da Ciência e o Exercício da
Cidadania”
Belo Horizonte – MG, 22 e 23 de
outubro de 2015
1
IV ENCONTRO INTERNACIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA FAMINAS-BH
IV ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FAMINAS-BH
ENIC FAMINAS-BH 2015
“A Prática da Ciência e o Exercício da Cidadania”
(Publicado como Separata da Revista Eletrônica Parlatorium – ISSN 1983-7437)
FAMINAS-BH
Bel. Lael Vieira Varella Filho – Diretor Presidente
Bel. Esp. Luciano Ferreira Varella – Diretor Administrativo e Financeiro
Bel. Luisa Ribeiro Varella – Diretora Executiva
Geraldo Lúcio do Carmo – Gerente Administrativo e Financeiro
Bel. Esp. Luciano Ferreira Varella – Diretor Geral
Prof. Ms. Everton Ricardo Reis – Diretor de Ensino
Prof. Drª. Ivana de Cássia Raimundo – Diretora Acadêmica
Bel. Esp. Andrea Fernandes Lameirinhas – Secretária Acadêmica
COMISSÃO ORGANIZADORA
Profa. Dra. Ivana de Cássia
Diretora Acadêmica
Profa. Ms. Sônia Maria Nunes Viana
Coordenadora de Extensão e Pós-Graduação
Josyanne Cristina Silva Honório
Assistente Administrativo – Extensão
Prof. Ms. André de Abreu Costa
Coordenador de Pesquisa
Profa. Dra. Patrícia Alves Maia Guidine
Coordenadora de Pesquisa
Profa. Ms. Tatiana Domingues Pereira – Coordenadora do Curso de Administração
Profa. Ms. Gustavo Oliveira Gonçalves – Coordenadora do Curso de Biomedicina
Profa. Ms Rosália Gonçalves Costa Santos – Coordenadora do Curso de Ciências Contábeis
Prof. Ms. Vinicius de Araújo Ayala – Coordenador do Curso de Direito
Profa. Ms. Renata Lacerda Prata Rocha – Coordenadora do Curso de Enfermagem
Profa. Dr. Nancy Scárdua Binda – Coordenadora do Curso de Farmácia
Profa. Ms. Vanessa Patrocínio de Oliveira – Coordenadora do Curso de Nutrição
Profa. Dra. Alessandra Duarte Clarizia – Coordenador de Ensino do Curso de Medicina
Profa. Bel. Rubia Mara Pimenta de Carvalho – Coordenadora do Curso de Pedagogia
Profa. Esp. Liliane Maria de Fátima Ribeiro – Coordenadora do Curso de Serviço Social
Prof. Ms. Fabio Neves, de Miranda – Coordenador do Curso de Sistemas de Informação
Profa. Ms. Sandra Minardi Mitre – Coordenadora do Curso de Terapia Ocupacional
2
COMISSÃO CIENTÍFICA
Adirson Monteiro de Castro
Adriana Marcia Silveira
Adriana Nascimento de Sousa
Aldair Fernandes da Silva
Aline Bruna Martins Vaz
Amilton Campos
Ana Cecília de Godoy Gomes
Ana Cristina Nogueira Borges
André de Abreu Costa
André Mauricio Borges de Carvalho
Angélica Monica Andrade
Aniely Coneglian Santos
Antonio Marcos Souza
Argos Soares de Mattos Filho
Ariane Rocha Abergaria
Arno Nunes Ribeiro
Beatriz Martins Borelli
Camila França Campos
Cassia Aparecida de Oliveira
Celeste Magna Araujo Dantas
Celio José de Castro Júnior
Cintia Moreira Gonã Alves
Claudia Lopes Penaforte
Claudia Maria Correia Borges Rech
Claudia Ribeiro
Claudia Starling Bosco
Claudia Toscano Fonseca
Claudia Vasques Chique Gatto
Claudio Henrique Ribeiro da Silva
Claudiney Luis Ferreira
Cristian Kiefer Da Silva
Dalton Dittz Junior
Daniela Camargo Costa
Danilo Ferraz Cordova
Débora Cerqueira Calderaro
Dhionne Correia Gomes
Edson Moura da Silva
Eduardo Simoes Neto
Enilmar da Cunha de Carvalho
Evandro Bernardes de Oliveira
Evaristo Nunes de Magalhães
Eveline de Oliveira Silva
Fabio Neves de Miranda
Fabricio Veiga Costa
Felipe A. Silva Pires
Fernanda Batista
Fernando Gonçalves Coelho Júnior
Fernando Ribeiro Andrade
Flávia Helena Millard Rosa da Silva
Flávio Marcos Gomes de Araújo
Francielda Queiroz Oliveira
Frederico Oliveira Freitas
Geraldo Francisco de Oliveira
Gleison Assis Reis
Gleisy Kelly Neves Goncalves
Gleudson Silva de Aquino
Grazielle Dias
Guilherme de Almeida Santos
Gustavo Guerra Jacob
Gustavo Oliveira Gonçalves
Heber Augusto Lara Cunha
Hercilia Naiara Ferreira de Souza
Hilton Soares de Oliveira
Hyllo Baeta Marcelo Júnior
Hudson de Oliveira Cambraia
Humberto Ferreira Ianni
Inês Chamel José
Izabel Cristina da Silva Reis
Izabela Ferreira Gontijo de Amorim
Janaina Matos Moreira
Jean Pierre Machado Santiago
Jonas Thadeu de Almeida Sousa
Jordana Grazziela Alves Coelho dos Reis
Jose Gilberto de Brito Henriques
José Helvécio Kalil de Souza
Juliana Costa Liboredo
Juliana das Gracas Gonçaves Gualberto
Karine Silvestre Ferreira
Laerte Mateus Rodrigues
Leandro Hollerbach Ferreirra
Leonardo Augusto Silva Machado
Leonardo de Carvalho Starling
Leticia Fernanda Cota Freitas
Lilian Sipoli Carneiro Canete
Liliane Maria de FATIMA Ribeiro
lucas do Carmo Vitor
Lucas Lopardi
Luci Aparecida Nicolau
Lucia de Fatima Pais de Amorim
Lucia Helena de Angelis
Luciana de Paula Lima Gazzola
Luciana Rocha Brandao
Luciene Rodrigues Kattah
Luiz Carlos Panisset Travassos
Maísa Goncalves de Carvalho
Marcelo de Brito Brandao
Marcelo Jose de Oliveira Maia
Marcia Faria Moraes Silva
3
Maria Gabriela Reis Carvalho
Melina Rezende Dias
Miguel Mendes Filho
Milton dos Santos Silva
Monica Paiva Schettini
Nancy Scardua Binda
Nelson Ribeiro de Carvalho Júnio
Nibia Mariana Eleuterio
Orlando Aragão Neto
Patricia Alves Maia
Patricia de Moura Rocha
Paulo César Fonseca Furtado
Rafael Augusto de Morais A. Santos
Rafael Silva Guilherme
Rafael Teixeira de Mattos
Raphael Moreira Maia
Renata Esteves Furbino
Renato Sathler Avelar
Ricardo Lucio de Assis
Ricardo Luiz de Souza
Ricardo Luiz Fontes
Rodrigo Ferretjans Alves
Rogerio Monteiro Barbosa
Rogerio Saint´Clair Pimental Mafra
Rosália Gonã Alves Costa Santos
Rosana Costa do Amaral
Rosane Vieira de Castro
Rosemary Cipriano da Silva
Rosemary Torres de Oliveira
Rosilaine dos Santos Carvalhais
Rubia Mara Pimenta de Carvalho
Sabrina Alves Zamboni
Salvina Maria de Campos
Sandra Maria Ferreira Moizes
Sandra Minardi Mitre
Shigeru Ricardo Sekiya
Shirlei Barbosa Dias
Simone Gomes da Silva
Sonia Maria Nunes Viana
Sther Mendes Cunha
Thatiane Santos Ruas
Tatiana Domingues Pereira
Thiago Frederico Diniz
Thiago Penido Martins
Tiziane Rogerio Madureira
Valdete Gomes Ferreira
Vanessa Patrocínio de Oliveira
Vinicius de Araújo Ayala
Waldemar Roberto Savassi
Wanderley da Silva
Marcio Alexandre Hipólito
Marco Antônio Silva
Marcus Luiz Dias Coelho
4
Sumário
TECNOLOGIA EDUCACIONAL APLICADA À SAÚDE: PRODUÇÃO MULTIMÍDIA PARA O ENSINO DE
PARASITOLOGIA ENTRE ESCOLARES DE CRECHES DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE, MINAS
GERAIS, BRASIL .............................................................................................................................. 9
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NOS TRANSTORNOS ALIMENTARES E OBESIDADE NA
ADOLESCÊNCIA ............................................................................................................................ 10
PROCESSO DE CUIDAR DO ENFERMEIRO A PESSOA PORTADORA DE INSUFICIÊNCIA RENAL
CRÔNICA (IRC). ............................................................................................................................ 12
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DOMICILIAR AO IDOSO .................................. 14
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS COM LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA .................. 16
AÇÃO EDUCATIVA SOBRE CÂNCER DE MAMA, PRÓSTATA E PÊNIS PARA HOMENS EM UMA
UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA) NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO
HORIZONTE. ................................................................................................................................ 18
A IMPORTÂNCIA DA CRIOPRESERVAÇÃO DAS CÉLULAS ESTAMINAIS DO CORDÃO UMBILICAL 20
VALIDAÇÃO ANALÍTICA DO EQUIPAMENTO EPOC® BLOOD ANALYSIS NO SERVIÇO DE MEDICINA
LABORATORIAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE MINAS GERAIS ...................................... 22
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: UMA BREVE REVISÃO DE LITERATURA ................................ 23
ÍNDICE DE TABAGISMO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE ............................ 24
HEPATITE C: A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO E PREVENÇÃO DA DOENÇA PARA DETENTAS
DE UMA PENITENCIARIA FEMININA LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE VESPASIANO, MG .......... 25
O TRABALHO DO ENFERMEIRO NO CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA: ABORDAGEM PARA A
IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO CONTINUADA NA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO ........ 27
O TRABALHO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: ABORDAGEM PARA A IMPORTÂNCIA
DO ESTADO NUTRICIONAL SATISFATÓRIO NO IDOSO E A SUA CONTRIBUIÇÃO NO
ENVELHECIMENTO ...................................................................................................................... 29
VACINA HPV, PARA QUE SE PROTEGER? ..................................................................................... 31
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA 3ª IDADE ............................................................................ 32
POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM JUNTO A UMA COMUNIDADE CIGANA
ANALISANDO O AMBIENTE E PROMOVENDO SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................... 33
A AMBIÊNCIA APLICADA NAS REDES DE ATENÇÃO Á SAÚDE NO ATENDIMENTO AO IDOSO .... 35
A ENFERMAGEM E A AMBIÊNCIA: UM DESAFIO NAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM .................. 37
PROGRAMA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DO HOMEM: UM FRAGMENTO DA REALIDADE
ASSISTENCIAL .............................................................................................................................. 39
A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR ..................................... 40
ORIENTAÇÃO DA POPULAÇÃO DE SANTA LUZIA EM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO DA UNIDADE
DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA .......................................................................................... 41
O ALEITAMENTO MATERNO E OS BENEFÍCIOS PARA A MÃE ...................................................... 42
5
A INSERÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO SISTEMA PRISIONAL LEVANDO
DIGNIDADE E CIDADANIA AOS INDIVÍDUOS PRIVADOS DE LIBERDADE ..................................... 43
A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO DO ADULTO: UM DESAFIO PARA OS PROFISSIONAIS DE
SAÚDE DE BELO HORIZONTE ....................................................................................................... 45
A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA PARA A SAÚDE DO VIAJANTE ...... 47
O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO POR HPV.......................................... 49
OBESIDADE INFANTIL NA ATUALIDADE: IMPLICAÇÕES PARA A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO .... 51
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO ÂMBITO DA CIRURGIA SEGURA.................................................. 52
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: APLICAÇÃO DURANTE O PROCESSO DE
VISITA DOMICILIAR...................................................................................................................... 54
IMUNIZAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA ATUALIZAÇÃO DO CALENDÁRIO VACINAL DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE ............................................................................................................................. 56
O APRENDIZADO ALCANÇADO PELO LÚDICO: UMA POSSIBILIDADE .......................................... 58
O IMPASSE DOS ENFERMEIROS NA IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM............................................................................................................................. 60
A BAIXA PROCURA DA CLIENTELA MASCULINA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ................... 61
PROMOÇÃO E PREVENÇÃO: A SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA ............................ 63
FATORES DE RISCO PARA DEPRESSÃO PÓS-PARTO: UMA REVISÃO DA LITERATURA................. 64
PROMOÇÃO DA SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA PREVENÇÃO DA OBESIDADE NA
ADOLESCÊNCIA ............................................................................................................................ 66
UMA ASSISTÊNCIA HUMANIZADA NO ACOLHIMENTO DE UMA UNIDADE DE PRONTO
ATENDIMENTO ............................................................................................................................ 68
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA NA INCLUSÃO DO
IDOSO A ATIVIDADES DE LAZER .................................................................................................. 70
O TRABALHO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: ABORDAGEM PARA PREVENÇÃO DAS
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM ADOLESCENTES................................................ 72
RELEVÂNCIA DA REALIZAÇÃO DO TESTE DO PEZINHO NA TRIAGEM NEONATAL ....................... 74
CONSULTA DE ENFERMAGEM: A IMPORTÂNCIA DA PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ-NATAL E O
PAPEL DO ENFERMEIRO .............................................................................................................. 76
O GERENCIAMENTO DO ENFERMEIRO EM UMA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA .................. 78
A RELAÇÃO ENTRE EXERCÍCIO DA CIDADANIA E A PRÁTICA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS .................. 80
PAPEL DO ENFERMEIRO COMO LÍDER NO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ...................... 82
VIOLÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA.................................................................................................... 84
FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA SEPSE NEONATAL TARDIA: IMPLICAÇÕES
PARA ENFERMAGEM ................................................................................................................... 85
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE SAÚDE DA FAMÍLIA NO ALEITAMENTO MATERNO . 86
RELATO DE CASO: VIVÊNCIA ACADÊMICA REFERENTE À ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA
ADESÃO E BUSCA ATIVA DA PESSOA IDOSA PARA A VACINAÇÃO CONTRA H1N1 ..................... 87
6
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO A PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO................................................................................................................................. 88
PROMOÇÃO E PREVENÇÃO: A SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA ............................ 89
A HUMANIZAÇÃO E O CUIDADO DO TRABALHADOR DE SAÚDE EM NÍVEL DA ATENÇÃO
PRIMÁRIA .................................................................................................................................... 91
CAPACITAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE PARA VINCULAÇÃO DA POPULAÇÃO A
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA ................................................................................................. 93
TRAUMA NA INFÂNCIA................................................................................................................ 94
A ÉTICA NA ENFERMAGEM ......................................................................................................... 95
SÍNDROME DO MEMBRO FANTASMA......................................................................................... 97
ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE DO HOMEM................................................................................ 99
SÍNDROME DE BURNOUT: INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCOS PARA O PROFISSIONAL DE
ENFERMAGEM........................................................................................................................... 100
ERROS DE PRESCRIÇÃO NO SERVIÇO DE SAÚDE ....................................................................... 102
A ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE REFERENTE AO SUPORTE BÁSICO DE VIDA........ 104
O ENFERMEIRO NO CUIDADO AO PACIENTE PORTADOR DE ALZHEIMER: RELATO DE
EXPERIÊNCIA.............................................................................................................................. 106
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA 3ª IDADE .......................................................................... 108
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NAS PLATAFORMAS DE PETRÓLEO (OFFSHORE) ....................... 109
TESTES DE DENSIDADE, ACIDEZ E ADIÇÃO DE AMIDO PARA A IDENTIFICAÇÃO DE FRAUDES AO
LEITE .......................................................................................................................................... 111
USO DOS ANÁLAGOS DE GnRH NO TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE .................................. 113
TERAPIA HORMONAL COADJUVANTE NA CIRURGIA DE ENDOMETRIOSE ................................ 115
TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL PELA VIA VAGINAL ........................................................ 116
ARMAZENAGEM DE MEDICAMENTOS EM RESIDÊNCIAS E O RISCO DA AUTOMEDICAÇÃO EM
IDOSOS ...................................................................................................................................... 117
AUSÊNCIA DA PENICILINA: TRATAMENTO DA SÍFILIS NA GRAVIDEZ ........................................ 119
OBESIDADE E CÂNCER ............................................................................................................... 120
NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL II: UMA ATUALIZAÇÃO NO MANEJO CLÍNICO E
TRATAMENTO............................................................................................................................ 122
RELATO DE CASO: MUCORMICOSE/ZICOMICOSE EM PACIENTE COM MIELOMA MÚLTIPLO .. 124
CISTOS NEUROENTÉRICOS: FORMAS DE APRESENTAÇÃO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ....... 125
MANUSEIO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA............. 126
OBESIDADE E ASMA NA INFÂNCIA UMA REVISÃO DE LITERATURA ......................................... 128
DOENÇA DE VON GIERKE .......................................................................................................... 130
CUIDADOS PALIATIVOS: A IMPORTÂNCIA DA VALORIZAÇÃO DOS CUIDADOS DO FINAL DA VIDA
................................................................................................................................................... 131
PARACOCCIDIOIDOMICOSE ....................................................................................................... 133
7
A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR NO ACOMPANHAMENTO DO PRÉ-NATAL.... 134
O USO DA CHUPETA E SEUS MALEFÍCIOS AO DESENVOLVIMENTO INFANTIL .......................... 136
ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA- A PRÁTICA DOS COMPONENTES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
À SAÚDE .................................................................................................................................... 138
DIAGNÓSTICO CLÍNICO DIFERENCIAL DAS DEMÊNCIAS DE ALZHEIMER E NÃO ALZHEIMEIR ... 140
USO DE ANTIPSICÓTICOS EM IDOSOS COM DEMÊNCIA: UMA COMPARAÇÃO ENTRE FÁRMACOS
DE PRIMEIRA E SEGUNDA GERAÇÃO......................................................................................... 142
SÍNDROME DA ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA: SUAS CONSEQUÊNCIAS E O PAPEL DO MÉDICO NO
MANEJO DO PACIENTE .............................................................................................................. 144
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO USO DE CRACK ............................................................................... 145
ANÁLISE DO ESTADO NUTRICIONAL, OFERTA CALÓRICA E PROTEICA DE GRANDES QUEIMADOS
INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE BELO HORIZONTE, MG...................................... 146
AGRICULTURA ORGÂNICA: UM EQUILÍBRIO ENTRE MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA E
AMBIENTE SUSTENTÁVEL .......................................................................................................... 148
ASSOCIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL COM A IMUNOCOMPETÊNCIA EM IDOSOS
INSTITUCIONALIZADOS ............................................................................................................. 150
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 3 A 5 ANOS EM UMA CRECHE MUNICIPAL DE
VESPASIANO, MG ...................................................................................................................... 151
ASSOCIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL COM A IMUNOCOMPETÊNCIA EM IDOSOS
INSTITUCIONALIZADOS ............................................................................................................. 152
O DIREITO DE FILIAÇÃO NAS INSEMINAÇÕES ARTIFICIAIS HETERÓLOGAS ............................... 153
A DELAÇÃO PREMIADA E AS CONSEQUÊNCIAS DE SUA APLICAÇÃO NO ORDENAMENTO
JURÍDICO BRASILEIRO................................................................................................................ 154
A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE RELACIONADA À SEXUALIDADE
NA TERCEIRA IDADE .................................................................................................................. 156
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO MEDIANTE A MORTE DE SEUS CLIENTES ..................................... 158
A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO GERIATRA. ......................................................................... 160
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE A EVOLUÇÃO DAS FERIDAS ......................................... 161
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA E A POLÍTICA
NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM. ..................................................... 162
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO RESGATE DA CIDADANIA DO PORTADOR DE ESCLEROSE
MÚLTIPLA. ................................................................................................................................. 163
AS CONTRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NAS ESCOLAS................................................................ 164
O ESTRESSE NA ATIVIDADE LABORAL DO ENFERMEIRO: SÍNDROME DE BURNOUT ................ 166
O PAPEL DO ENFERMERIO NO ATENDIMENTO AOS ADOLESCENTES QUE UTILIZAM
SUBSTÂNCIAS ............................................................................................................................ 168
SAÚDE DO IDOSO: A FALTA DE CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM INSTITUIÇÕES
DE LONGA PERMANÊNCIA (ILPs). .............................................................................................. 170
8
TECNOLOGIA EDUCACIONAL APLICADA À SAÚDE: PRODUÇÃO MULTIMÍDIA PARA O
ENSINO DE PARASITOLOGIA ENTRE ESCOLARES DE CRECHES DO MUNICÍPIO DE BELO
HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL
Caroline Alves de Araújo
William Vinícius de Araújo
Dulciane Alves de Oliveira
Daniela Camargos Costa (Orientador)
Fabio Neves Miranda (Co-orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas, UNI-BH
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
As parasitoses intestinais constituem grave problema de saúde pública, particularmente no
terceiro mundo, devido às precárias condições socioeconômicas. São doenças causadas por
protozoários e helmintos associadas a elevadas taxas de morbidade e mortalidade,
especialmente entre crianças, comprometendo seu desenvolvimento físico e intelectual. O
controle de tais doenças se dá, primordialmente, por meio do diagnóstico precoce, tratamento
dos doentes e medidas educativas. Com o avanço das tecnologias educacionais é possível
aprimorar os processos de ensino em saúde por meio dos recursos de informática disponíveis
nos dias atuais. A produção de material multimídia para a população infantil com fins educativos
é um benefício para a saúde individual e coletiva, uma vez que as crianças atuam como
multiplicadoras do conhecimento. Diante disso, o presente trabalho tem por objetivo produzir
material multimídia para o ensino de parasitologia entre escolares do município de Belo
Horizonte em prol do controle das parasitoses intestinais. Estão sendo utilizadas ferramentas
computacionais para criação e edição de animações visando o aprendizado lúdico de
parasitologia. A este fim, foi criado um roteiro audiovisual da história infantil relacionada ao
tema e, até o momento, cada um dos personagens foi desenhado à mão e digitalizados e
coloridos por meio da mesa digitalizadora Wacom Bamboo Connect. Para a construção das
animações têm sido utilizados os softwares Adobe Illustrator, Adobe Première, Adobe
Photoshop, Adobe After Effects e Adobe Character, que permitem a construção de animações
em vários formatos. Os resultados obtidos serão apresentados para a Secretaria de Saúde do
município e também ao Ministério da saúde para que possam, possivelmente, agregar o produto
ao programa de educação em saúde do SUS. Além disso, o material criado será disponibilizado
para creches de Belo Horizonte, com a finalidade de contribuir para o controle das parasitoses
intestinais. Espera-se, com este trabalho, promover um impacto significativo na redução no
número de casos das doenças entéricas em crianças, ainda um importante problema de saúde
pública na cidade.
9
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NOS TRANSTORNOS ALIMENTARES E OBESIDADE NA
ADOLESCÊNCIA
Marcela Morais Fernandes;
Gabriela Morais Fernandes Sousa
Maria Tânia Da Costa Silva,
Natália Oliveira Guimarães
Rosana Costa do Amaral (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas, UNI-BH
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Adolescência é uma fase de mudanças biopsicossociais, na qual preocupações com o corpo
podem levar a comportamentos alimentares inadequados. Os transtornos alimentares são
síndromes psiquiátricas complexas e ainda relativamente pouco compreendidas, mostrando
cada vez mais importante nos cenários da psiquiatria moderna¹. A obesidade pode ser definida
como o grau de armazenamento de gordura no organismo associados a riscos para a saúde,
devido sua relação com várias complicações metabólicas.¹ A obesidade representa um dos mais
graves problemas de saúde pública da atualidade. O transtorno alimentar e obesidade revelam
uma forte relação, e mesmo sendo doenças do comportamento alimentar aparentemente
opostas, uma doença é fator de risco para o desenvolvimento da outra, envolvendo fatores
psicológicos, levando a complicações nutricionais de ampla complexidade, que afetam
especialmente adolescentes, adultos jovens e um grande número de crianças mais
frequentemente do sexo feminino. A mídia e outros meios de comunicação são grandes
influenciadores que estipulam um conceito irreal de beleza, associado a magreza. O enfermeiro
desempenha um papel fundamental na assistência do paciente com transtornos alimentares e
obesidade para uma melhora da qualidade de vida. Ele deve estar habilitado para lidar com a
função de escutar os anseios, e permitir o surgimento de uma troca de experiência e exposição
de suas dificuldades e dúvidas, criando alternativas para alcançar os resultados pretendidos. O
enfermeiro e sua equipe podem mobilizar atividades no ambiente familiar e escolar visando a
prevenção dos transtornos alimentares e obesidade, envolvendo para práticas lúdicas, cálculo
de IMC e palestras educativas. Destacando substituir o tempo prolongado na frente da televisão
e do computador por práticas que inspiram cuidados a saúde como brincadeiras ao ar livre.
Este estudo tem como objetivo identificar atuação do enfermeiro nos transtornos alimentares
e obesidade na adolescência.
O presente estudo trata-se de uma pesquisa explicativa descritiva, tendo como finalidade
levantar dados através de revisão da literatura, que se baseia em literaturas e artigos científicos
proveniente de bibliotecas convencionais e virtuais especificamente na Scientific Electronic
Library Online- Scielo, disponível em: (http://www.scielo.br) por meio dos descritores anorexia
nervosa, bulimia nervosa, transtornos alimentares, obesidade e adolescentes. Os critérios de
inclusão adotados para a elaboração do estudo foram publicações na língua portuguesa,
condizentes ao tema proposto e artigos publicados nos anos de 2004 à 2012.
10
O corpo é uma das formas de comunicação entre o indivíduo e o meio, por isso a excessiva
preocupação com a aparência no período da adolescência, em que as mudanças físicas naturais
do corpo se resume em sentimentos de tensão sexual e atração física, influenciando os
relacionamentos sociais. A distorção é uma aversão entre corpo real e o ideal e está presente,
nos transtornos alimentares, sendo a forma e o tamanho corporal, grandes focos de conflito. A
insatisfação está relacionada com auto percepção referente a tamanho, imagem e forma do
corpo. As intervenções bem-sucedidas exigem o envolvimento dos pais ou responsáveis, uma
vez que eles são modelos da conduta alimentar e física. São eles que podem orientar os
adolescentes a fazer uma alimentação saudável e são os maiores responsáveis pelo
estabelecimento de um ambiente emocional em que os transtornos e a obesidade pode ou não
ser desencorajada. É importante criar um canal de comunicação adequado entre equipe de
enfermagem e familiares para possibilitar um adequado intercâmbio de informações. Dessa
forma, é essencial que a equipe multidisciplinar, envolvidos no tratamento da obesidade, fiquem
atentos as interfaces entre transtorno alimentares e obesidade, diminuindo as várias
complicações que podem estar associadas a programas de emagrecimento.
11
PROCESSO DE CUIDAR DO ENFERMEIRO A PESSOA PORTADORA DE INSUFICIÊNCIA
RENAL CRÔNICA (IRC).
Andreia Vilela dos Santos
Priscilla Maria Diniz Ramos Silva
Ana Carolina Nunes
Terezinha de Jesus Silva
Mônica Andrade (orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A insuficiência renal crônica (IRC) é caracterizada pela perda lenta, progressiva e irreversível da
função renal. Os sintomas mais comuns são: anemia, perda de peso, fadiga, tremores,
caimbras,prurido, edema, sede excessiva. O tratamento utilizado para a doença renal em estágio
terminal é a diálise. A utilização da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) pelo
enfermeiro visa a melhoria na assistência prestada ao paciente, em que o foco não é somente a
doença mas sim o indivíduo, a família e a comunidade. Foi realizado, a construção de caso
clínico com voluntário do sexo feminino diagnosticada com IRC, estudo da patologia com
descrição do histórico de enfermagem, exame físico, elaboração de diagnósticos de
enfermagem, além de metas para o plano de cuidados e propostas de intervenções. Para tal
utilizou-se as taxonomias NANDA, NIC e NOC. Através desse estudo de caso podemos
compreender os aspectos fisiopatológicos, sinais, sintomas e tratamentos, relacionados à
doença. Foi possível a elaboração de um planejamento de assistência de enfermagem
com os seguintes diagnósticos de enfermagem: Volume de líquidos excessivo relacionado a
ingesta excessiva de líquidos e de sódio, caracterizado por edema e ganho de peso em um curto
período; Conforto Prejudicado relacionado a efeitos secundários relacionados ao tratamento
(hemodiálise), caracterizado por padrão de sono perturbado e incapacidade de relaxar;
Deambulação prejudicada relacionado a prejuízo musculoesquelético (fratura de fêmur direito)
caracterizado pela capacidade prejudicada de subir e descer calçadas; Autocontrole ineficaz da
saúde relacionado a complexidade do regime terapêutico caracterizado por escolhas na vida
diária ineficazes para atingir as metas de saúde e expressão de dificuldade com os regimes
prescritos e Fadiga relacionado ao estado de doença (IRC) caracterizado por falta de energia e
relato de cansaço. As principais metas foram: O indivíduo deverá apresentar diminuição do
edema, anasarca. O indivíduo irá relatar intenção de praticar os comportamentos de saúde
necessários ou desejados para a recuperação da doença e a prevenção de recorrência e
complicações, o indivíduo deverá participar de atividades que estimulem e equilibrem os
aspectos físico, cognitivo,afetivo e social. As principais intervenções foram: pesar o paciente
diariamente, orientar á ingestão de quantidades limitadas de líquidos somente quando estiver
com sede, medir os líquidos permitidos e reservar uma certa quantidade para produzir pedras
de gelo, a prática de chupar gelo reduz a sede,ingerir alimentos antes de tomar líquidos para
aliviar o ressecamento da boca, chupar balas duras ou mascar chicletes para umedecer a boca,
instruir o paciente sobre a importância de adotar dieta prescrita para portadores de IRC,orientar
para que evite os alimentos ricos em potássio, sódio e moderação de proteínas, realizar
monitoramento de ureia, creatinina, eletrólitos, albumina sérica, controle da energia, auxiliar a
12
identificar as prioridades e a eliminar as atividades não essenciais, descansar antes das tarefas
difíceis. Diante do conhecimento integrado através das disciplinas ministradas no terceiro
período, foi possível a elaboração deste trabalho, com a construção de um estudo de caso, com
um planejamento assistencial de forma sistematizada e individualizada, pautada no
conhecimento,correlacionando a patologia do paciente e a importância de valorizar o cuidado
dispensado ao paciente, dentro de suas individualidades e que o foco não seja somente a sua
doença. Foi possível entender o que a enfermagem faz, face ao julgamento sobre as
necessidades humanas e sociais para alcançar resultados, sensíveis a nossa ação, através das
intervenções de enfermagem.
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ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DOMICILIAR AO IDOSO
Marcela Morais Fernandes
Gabriela Morais Fernandes Sousa
Maria Tânia Da Costa Silva,
Natália Oliveira Guimarães
Rosana Costa do Amaral (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas, UNI-BH
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O envelhecimento populacional é um fenômeno global, em especial, nos países desenvolvidos.
Esse processo caracteriza-se pelo constante aumento da expectativa de vida, associado a uma
redução da taxa de fecundidade. O Brasil vem vivenciando um significativo aumento no número
de idosos. Com este crescimento aumenta os agravos não transmissíveis e o desenvolvimento
de inabilidades associadas ao envelhecimento, assim o atendimento domiciliar vem beneficiar
a população idosa comprometida, com cuidados em seu próprio contexto familiar. Atendimento
domiciliar compreende todas as ações, seja ela educativas ou assistências, desenvolvidas pelos
profissionais de enfermagem no domicilio, direcionadas ao paciente e seus familiares. Com isso,
surge a necessidade de novas modalidades de prestação de assistência à saúde para acolher
essa população idosa que se expande e que, em nossa sociedade demograficamente
transicional, leva ao aumento da demanda por ações no cotidiano dos serviços de saúde. O
atendimento domiciliar vem contribuindo para minimizar os custos com os atendimentos
hospitalares e intervir frente às dificuldades dos serviços de saúde para atender a uma elevada
demanda da população idosa e ao incremento das doenças e agravos não transmissíveis. Além
disso, o emprego do domicílio como lugar de atenção e cuidado é um modo da família estar mais
próxima e participar do cuidado do idoso. O objetivo desse estudo é Identificar as Atribuições
do enfermeiro no cuidado do idoso no domicilio. O presente estudo trata-se de uma pesquisa
explicativa descritiva, tendo como finalidade levantar dados através de revisão da literatura, que
se baseia em literaturas e artigos científicos proveniente de bibliotecas convencionais e virtuais
especificamente na Scientific Electronic Library Online- Scielo, disponível em:
(http://www.scielo.br) por meio dos descritores “Idoso, Atendimento domiciliar, Atribuições do
enfermeiro no atendimento domiciliar”. Os critérios de inclusão adotados para a elaboração do
estudo foram publicações na língua portuguesa, condizentes ao tema proposto e artigos
publicados nos anos de 2002 à 2014. O atendimento domiciliar se apresenta como uma inovação
para prestação de atendimento domiciliar ao idoso, tendo a comunidade como núcleo de
atenção, uma vez que suas ações envolvem a atenção preventiva à saúde no acompanhamento
inclusive na sua residência. É importante ressaltar que o enfermeiro deve realizar uma triagem
dos pacientes que irão ser atendidos na atenção domiciliar, os melhores candidatos para este
atendimento são os pacientes cronicamente ou terminalmente doentes com mobilidade
prejudicada ou distúrbios de comportamentos, suspeita de abuso do idoso, faltas frequentes às
consultas no consultório.¹ O enfermeiro tem como atribuição de planejar, organizar, coordenar,
supervisionar e avaliar a prestação da assistência de enfermagem atuando de forma contínua
14
na capacitação da equipe de enfermagem que atua na realização de cuidados nesse ambiente,
executar os cuidados de enfermagem de maior complexidade técnico-científica e que
demandem a necessidade de tomar decisões imediatas.³ O atendimento domiciliar tem como
vantagens evitar ou diminuir internações, mantém o paciente em seu habitat e no convívio com
a família e redução de infecções hospitalar. O enfermeiro e a equipe multidisciplinar têm a
condição de estar acompanhando as doenças crônicas, controlando suas descompensações, a
evolução natural da doença. Podemos reforçar a importância deste atendimento pela equipe de
enfermagem e os benefícios do atendimento domiciliar, uma vez que ele acelera a recuperação
do paciente e promove a redução dos custos da atenção, fortalece as relações idoso/ família e
enfermeiro, a manutenção de uma atenção personalizada, valorizando o idoso, caracterizando
como um atendimento humanizado. Assim, o enfermeiro é fundamental na educação em saúde
e no desenvolvimento de habilidades que garantam a adesão à proposta terapêutica.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS COM LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA
Jaquelyne Almeida Araújo
¹Cássia Lohana C. Silva Rodrigues
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O Estudo aborda a Assistência de Enfermagem em Crianças com Leucemia Linfoide Aguda. Serão
apresentadas características da doença, das crianças e dos cuidados de enfermagem. De acordo
com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, esta patologia é maléfica, de progressão
rápida, em que ocorre o desenvolvimento do câncer que inicia na medula óssea com invasão
para o sangue periférico. A realização desta pesquisa permitirá o entendimento das atividades
realizadas pelo enfermeiro à criança, podendo aumentar as chances de uma assistência de
qualidade ao indivíduo. Objetiva-se conhecer a assistência de enfermagem em crianças com
essa patologia. Pesquisa de caráter exploratório e descritivo, através do levantamento
bibliográfico dos descritores Enfermagem, Leucemia Linfoide Aguda e crianças. As bases
consultadas foram Scielo, Lilacs, associado a sites do governo, como a Associação Brasileira de
Leucemia e Linfoma e o Instituto Nacional do Câncer. A infância constitui uma fase do
desenvolvimento humano, em que ocorrem transformações que permitirão maior habilidade e
resistência para realização de atividades. A leucemia é uma doença que se origina na medula
óssea, onde ocorre o acúmulo de células imaturas. Segundo Maranhão,Veloso, Batista (2012),
“as leucemias têm particular importância, pois são neoplasias do sistema hematopoiético que
tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea.” Os
sintomas são relacionados à diminuição de células do sangue na circulação. Após confirmação
do diagnóstico inicia-se o tratamento que pode ser feito através da quimioterapia, radioterapia
ou transplante de medula óssea. Manifestações clínicas podem ocorrer no tratamento. A
enfermagem além de arte do cuidado é uma ciência. A sistematização da assistência de
enfermagem é realizada pelo enfermeiro, como uma forma de organizar e fazer com que o
cuidado seja baseado na ciência. Ela é concretizada por meio do Processo de Enfermagem. O
enfermeiro faz parte da equipe que realiza o acompanhamento do estado da criança, auxilia na
promoção da saúde, prevenção de complicações, contribuindo para a sua reabilitação. Deve
também dar apoio técnico, emocional e escuta para a ela e a sua família. No exame físico, o
enfermeiro faz a inspeção de possíveis locais de infecção, como o acesso venoso, cavidade oral
e região perianal; da temperatura corporal, nível de consciência, integridade da pele, sinais de
inflamação da mucosa, petéquias, ulcerações, hiperemia, diarreia, sinais de desnutrição, queda
de cabelo, sangramentos, disfunção renal, características da urina e inspeção de locais onde
existe dor. Além disso, faz ausculta do pulmão. O profissional realiza a palpação do baço, do
fígado e dos linfonodos; ausculta e palpa o abdômen. Através dos achados na anamnese e no
exame físico, o enfermeiro identifica os diagnósticos de enfermagem que auxiliará na prescrição
dos cuidados. É importante que o profissional faça o planejamento da assistência à criança,
pensando em atividades lúdicas que a deixe tranquila e a auxilie a expressar seus sentimentos.
O enfermeiro deve prepará-la para as mudanças físicas, como a queda dos cabelos. Para evitar
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infecções, deve-se realizar cuidados de higiene íntima e avaliar o estado febril da criança, além
da coleta da cultura de sangue e de urina. Deve-se cuidar da higiene do orifício do cateter central
inserido no paciente. A prevenção de inflamação da mucosa oral é feita através de avaliações
rotineiras e de orientações à criança. No paciente com diarreia, o profissional deve evitar a
desidratação e a disfunção renal. A promoção de uma nutrição eficiente deve proporcionar
melhora do estado de saúde do paciente. Percebe-se a importância da capacitação e que os
profissionais de saúde tenham conhecimento científico para uma assistência de qualidade. Além
disso, é necessário que o enfermeiro preste um cuidado humano, pois assim poderá ser
amenizado o sofrimento da criança e da família.
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AÇÃO EDUCATIVA SOBRE CÂNCER DE MAMA, PRÓSTATA E PÊNIS PARA HOMENS EM
UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA) NA REGIÃO METROPOLITANA DE
BELO HORIZONTE.
Jaquelyne Almeida Araújo
¹Cássia Lohana C. Silva Rodrigues
Carolina Fernandes Lima (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Este trabalho pretende abordar a ação educativa sobre câncer de mama, próstata e pênis para
homens frequentadores de uma UPA da região metropolitana de Belo horizonte, demonstrando
a importância da realização dessa atividade na população masculina. O câncer de mama não
ocorre somente no sexo feminino. Já o câncer de próstata é uma das neoplasias que mais
acometem os homens. O carcinoma de pênis pode trazer complicações relacionadas à
sexualidade. Materiais e métodos: Estudo descritivo, tipo relato de experiência. Desenvolvido
diante da vivência de seis acadêmicos de enfermagem do sétimo período da Faculdade de
Minas, Belo Horizonte. Tanto pacientes e acompanhantes, como funcionários do local foram
foco das atividades. A visita foi dividida em dois dias. A orientação sobre as neoplasias deu-se
com duas ações: Na primeira, houve a confecção de uma caixa surpresa de papelão, recoberta
por Etileno Acetato de Vinila (EVA) preto e nele colocado uma interrogação em azul. Dentro
dela, colocaram-se perguntas sobre os cânceres e depositou-se geleia (amoeba). Os homens
iriam inserir a mão dentro da caixa com os olhos fechados e com o acerto da pergunta ganhariam
um brinde. Na segunda ação, foi confeccionada cartilhas com o tema: “Homem, seja um superhomem” abordando as características das doenças, e que super-homem é aquele que cuida da
sua saúde. Tudo foi colocado numa cesta. No dia da atividade, o grupo faria uma breve
explicação, entregaria a cartilha e realizaria o jogo. Resultados e Discussão: A UPA possui
atendimento aos usuários por vinte quatro horas, durante todos os dias da semana, sendo os
principais atendimentos em clínica médica e pediatria. Ela é o único serviço de urgência da
região, pois o hospital e uma segunda UPAM da cidade estão desativados. A proposta da ação
educativa em uma UPA foi desafiadora, pois esse local é, na maioria das vezes, agitado. Tornouse um desafio ainda maior pelo fato da população selecionada ser a masculina, uma vez que
esse público quase sempre é resistente a qualquer tipo de mudança que possa na opinião deles,
colocar em risco a sua masculinidade. No dia oito de maio de dois mil e quinze, aconteceu a
primeira visita, com objetivo de observar a população usuária e a viabilidade da ação. Um dos
graduandos ficou na internação masculina. No setor foi perguntado aos técnicos, se a ideia de
uma ação direcionada aos pacientes seria válida. A negativa foi unânime, já que eles são pouco
responsivos devido ao quadro patológico que acomete a maioria. Então, definiu-se que seriam
realizadas duas ações. A primeira, ao público masculino que trabalha na unidade. A segunda, ao
público masculino geral. No dia quinze do mesmo mês, desenvolveu-se a atividade. O primeiro
participante foi o coordenador. Muitos tinham medo de colocar a mão na caixa. E a maioria,
chocava-se ao descobrir que uma das causas do câncer de pênis é a sua higienização inadequada
18
e que eles também podem adquirir o câncer de mama. Um motorista de ambulância chamou a
atenção. Ao perceber as perguntas que estavam sendo feitas ao porteiro, logo foi ajudar o
colega, respondendo-as. Um dos técnicos de enfermagem e um médico, perguntou ao grupo se
aquele dia era uma data especial, pois nunca vira nada específico para os homens,
principalmente numa UPA. Na segunda ação, houve preconceito de um acompanhante em
relação ao toque retal. Entretanto, exceto esse caso, a aceitação foi ótima. Como exemplo, um
paciente de sessenta e quatro anos que relatou realizar o terceiro exame. Conclusões: As ações
trouxeram resultado satisfatório tanto para funcionários e usuários do serviço quanto para os
acadêmicos. Devido à grande aceitação da população, o trabalho despertou no grupo o desejo
do desenvolvimento de um projeto de extensão que será elaborado no segundo semestre de
2015.
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A IMPORTÂNCIA DA CRIOPRESERVAÇÃO DAS CÉLULAS ESTAMINAIS DO CORDÃO UMBILICAL
Vitor Bruno Silva Nicácio
Gustavo Oliveira Gonçalves (Orientador)
karine Silvestre (Co-orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
2.00.00.00-6 Ciências Biológicas
A criopreservação das células estaminais do cordão umbilical constitui um importante recurso
para o tratamento de diversas doenças. Geralmente descartadas durante o parto, as células
estaminais do sangue do cordão umbilical do recém nascido têm-se revelado uma alternativa
real aos transplantes de medula óssea, sobretudo no tratamento de doenças do foro hematooncológico. O cordão umbilical é uma fonte privilegiada de células estaminais. Estas células têm
a capacidade única de se auto-renovarem e dividirem indefinidamente, além de poderem dar
origem a células especializadas, contribuindo assim, para a renovação natural dos tecidos,
danificados e substituição de células que não estão desempenhando sua função ou morrendo.
As células estaminais embrionárias são derivadas de embriões, especificamente de blastócitos
– embriões com 5 dias de desenvolvimento, que ainda não se implantaram no útero –
indiferenciadas e capazes de proliferar, automanter-se, originar progênie de células
diferenciadas e regenerar os tecidos. São capazes de se replicar, autorrenovando a população
de células estaminais ao mesmo tempo que originam células-filhas mais diferenciadas, que vão
perdendo a capacidade de se replicarem, originando os tecidos. Realizou-se um levantamento
bibliográfico tendo como base de parâmetros o conceito de células estaminais embrionárias e
sua criopreservação. Consultou-se também informações relevantes em bancos de
criopreservação. A coleta das células estaminais é um processo simples, rápido, absolutamente
seguro, indolor e não gera qualquer risco para a mãe ou para o bebê. Não interfere de forma
alguma no parto e pode ser realizado após partos normais ou cesarianas. As amostras coletadas
são transportadas para o laboratório, armazenadas, registradas e realizado controle de
qualidade. Existem variações nas técnicas de criopreservação, porém em todas são adicionados
às amostras crioprotetores, que visam proteger as células de variações de temperatura,
formação de cristais intracelulares e danos osmóticos, sendo o dimetilsulfóxido (DMSO) o mais
utilizado. Estudos já comprovam que células armazenadas por mais de 23 anos mantiveram
características funcionais e de viabilidade adequadas para o uso em transplantes. As células do
cordão umbilical têm sido majoritariamente usadas no tratamento de doenças oncológicas,
deficiências medulares, hemoglobinopatias, imunodeficiências e doenças metabólicas. A
utilização das células estaminais pode ser realizada em dois contextos: a) autólogo – em que o
paciente utiliza as próprias células anteriormente criopreservadas; e b) alogênico – em que o
doador não é o paciente, sendo que, neste, existe a possibilidade de rejeição. Atualmente a
utilização das células estaminais embrionárias do cordão umbilical encontra-se em estudo, na
fase de ensaios clínicos para tratamento de diabetes tipos 1 e 2, lesões cerebrais em crianças,
lesões da medula espinhal, doença vascular periférica e perda adquirida de audição. Desde 1988,
já foram realizados mais de 1,5 mil transplantes de sangue de cordão umbilical no Brasil e 25.000
20
no mundo, tratando cerca de 80 doenças. As células armazenadas têm 100% de compatibilidade
com o doador e 25% de probabilidade de serem 100% compatíveis entre irmãos diretos. A
espera, muitas vezes infrutífera, por um doador compatível pode piorar o prognóstico do
tratamento. A principal motivação para uma família optar pela conservação das células
estaminais embrionárias do cordão umbilical é que esta, oferece à criança um “seguro biológico”
para o caso de surgir uma doença com indicação para transplante hematopoiético autólogo. O
armazenamento das células-tronco do sangue do cordão umbilical é uma opção antecipada para
famílias com predisposição às doenças imunológicas e oncológicas e para minorias étnicas, pois
estas apresentam mais dificuldade de encontrar um doador compatível.
21
VALIDAÇÃO ANALÍTICA DO EQUIPAMENTO EPOC® BLOOD ANALYSIS NO SERVIÇO DE
MEDICINA LABORATORIAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE MINAS GERAIS
Gustavo Oliveira Gonçalves
Leonardo de Souza Vasconcellos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O EPOC® Blood Analysis é um equipamento para dosagem de gases, eletrólitos, glicose, lactato
e hematócrito em sangue total heparinizado para uso como Teste Laboratorial Remoto - TLR. O
objetivo do trabalho foi avaliar o desempenho analítico do equipamento EPOC® Blood Analysis
para posterior implantação como TLR em uma Unidade de Terapia Intensiva. O analisador foi
instalado conforme determinações do fabricante. Após verificar a imprecisão através da análise
dos resultados do CIQ, foram processadas 20 amostras de sangue total heparinizado (arterial e
venoso) no equipamento de referência GEM® Premier 4000 e no EPOC® Blood Analysis para
verificação da acurácia. Após a análise no equipamento de referência, as amostras foram
imediatamente processadas no equipamento a ser validado. Os resultados foram inseridos em
planilha para comparação de métodos quantitativos. O erro total aceitável utilizado foi definido
a partir de critérios do CLIA e Tabela de Variação Biológica. Em todos os parâmetros as diferenças
de resultados ficaram dentro das especificações analíticas (TABELA). O equipamento foi
considerado validado e adequado para uso como TLR, sendo necessária realização de estudo de
viabilidade econômico-financeiro antes da implantação nas unidades assistenciais.
22
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: UMA BREVE REVISÃO DE LITERATURA
Romário Pereira de Brito
Débora Cristina Soares
Daniela Camargos Costa (Orientadora)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
9.00.00.00-5 Outros
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune grave, de origem obscura, com
evolução rápida que se caracteriza por formar anticorpos autoimunes que levam a destruição
de células e tecidos do corpo humano, consequentemente alterando o equilíbrio do sistema
imune afetando diversos sistemas e órgãos do organismo, originando divergentes quadros
clínicos que dificultam a vida do indivíduo trazendo transtornos físicos e psicológicos. Apesar do
acesso facilitado as informações nos dias de hoje, o LES ainda é uma doença pouco conhecida.
Diante disso, o objetivo do presente trabalho é foi de fazer uma revisão da literatura sobre Lúpus
Eritematoso Sistêmico e ampliar a linha de conhecimento sobre a doença. O LES é uma
enfermidade que atinge mais frequentemente as mulheres, sendo que o surgimento dos
primeiros sintomas se dá mais comumente entre os 15 aos 45 anos, estudos epidemiológicos
demonstraram que sua incidência ocorre numa proporção de 9 mulheres para cada 1 homem.
A doença requer alguns cuidados que significam diversas mudanças no estilo de vida do
portador, demonstrando assim que seu tratamento e aceitação não são fáceis, levando em
conta a peculiaridade de cada um, ou seja, considerando a família, amigos, o meio em que se
vive e a manifestação dos sintomas da doença. Deve-se abordar a relação da pessoa com a sua
doença para assim obter a melhor psicologia a ser empregada. Com a etiologia pouco conhecida,
sabe-se que existem vários fatores que podem influenciar e aumentar o risco de ocorrer
disfunção no sistema imunológico. Estudos demonstraram que o LES é mais prevalente em
pessoas da raça negra e relatam que sua propagação está relacionada à predisposição genética
que pode ser influenciada por diversos fatores, tais como exposição a raios ultravioletas,
disfunções hormonais e estresse. Geralmente o diagnóstico do LES se dá devido a suas
características clínicas, porém exames laboratoriais podem confirmar ou auxiliar o diagnóstico,
como exame de urina, hemograma, contagem de leucócitos, fator anti-núcleo (FAN), anticorpo
anti-Sm, biopsia. A imunofluorescência é o exame de triagem mais comum utilizado no
diagnóstico do LES, pois essa técnica detecta os anticorpos que interagem com os componentes
nucleares e os anticorpos anti-fita dupla hélice de DNA são os mais sensíveis a essa técnica. O
Tratamento do LES deve ser aplicado de forma individual, observando as características e os
sintomas da doença, e os órgãos ou sistemas acometidos, dessa forma o médico irá avaliar qual
a melhor medicação e se será necessário fazer uso concomitante com outros medicamentos,
sendo que o uso de antimaláricos é continuo a fim de se reduzir a progressão da doença e evitar
o uso de corticóides. Mediante as informações descritas acima, principalmente sobre o
conhecimento sobre a doença, concluímos que é de suma importância o desenvolvimento de
trabalhos que abordem este tema a fins de levar a conhecimentos populacionais e aos indivíduos
de mais suscetibilidade informações úteis como sinais e sintomas, acompanhamento médico e
diagnostico a fins de evitar complicações secundarias oriundas do desconhecimento da doença.
23
ÍNDICE DE TABAGISMO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE
Thais Cristina dos Santos Adão
Luana Lima Pereira Gonçalves
Mônica Paiva Schettini (Orientadora)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
2.00.00.00-6 Ciências Biológicas
Atualmente, a cada ano, morrem cerca de 4 milhões de pessoas em todo o mundo por doenças
relacionadas ao tabaco. No Brasil, o tabagismo representa boa parte dos problemas de saúde
pública. Os dados obtidos na pesquisa realizada em Belo Horizonte e Região Metropolitana,
permitiram verificar os números de fumantes onde 53% são mulheres e 35% são homens, exfumantes compreendendo 14% mulheres e 30% homens e não-fumantes onde 33% são
mulheres e 35% são homens moradores destas regiões. Pode-se ainda, relacionar os índices de
tabagismo entre os sexos feminino e masculino, em que o tabagismo está vinculado na sua
maioria com o sexo feminino. Possivelmente este dado está atribuído à condição de
emancipação da mulher. Mesmo com um número limitado de entrevistados a pesquisa
apresenta dados que elucida diversas questões, em que um indivíduo deu início ao uso do
tabaco dos 14 aos 18 anos, e outros que já tentaram interromper o consumo do mesmo em um
determinado período da sua vida esses representando um total de 50% dos fumantes
entrevistados. Durante a pesquisa fez-se uma campanha com o objetivo de conscientização dos
riscos do tabaco a curto e longo prazo quais os indivíduos podem ser mais vulneráveis, onde
uma parcela relevante dos entrevistados se mostraram conscientes dos riscos presente no uso
passivo ou ativo do tabaco e ainda assim, da dificuldade do abandono da droga. O presente
estudo possui algumas limitações, a principal limitação é número de entrevistados que é
pequeno (n= 100), o que impede a generalização dos dados.
PALAVRAS – CHAVE: Tabagismo. INCA. tabaco. fumantes.
24
HEPATITE C: A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO E PREVENÇÃO DA DOENÇA PARA
DETENTAS DE UMA PENITENCIARIA FEMININA LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE VESPASIANO,
MG
Valéria Lamar Rezende
Newton Rezende (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
As hepatites virais A, B, C, D e E são doenças infecciosas que acometem o fígado, podendo
evoluir para a forma aguada ou crônica. A hepatite viral aguda que é uma inflamação do fígado
causada pela infecção com um dos cinco vírus da hepatite; na maioria dos pacientes, a
inflamação começa repentinamente e dura poucas semanas. A hepatite crônica define-se como
uma inflamação do fígado que dure mais de seis meses. No Brasil, as hepatites virais mais
comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Os vírus D e E são mais frequentes na África e na
Ásia. A hepatite C é causada pelo vírus (VHC) que é transmitido pelo contato com sangue
infectado em virtude de exposição percutânea, contaminação por agulhas, seringas, objetos
pessoais, e secundariamente a infecção pode passar através das vias sexual e vertical (da mãe
para filho). A hepatite C é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, devido ao
seu enorme potencial epidêmico. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no
Brasil existem cerca de três milhões de pessoas cronicamente infectadas por este vírus. Na
última década a hepatite C foi principal causa de morte no Brasil entre as hepatites virais. Diante
desses dados o presente trabalho teve como objetivo, orientar as mulheres encarceradas em
um presídio feminino localizado no município de Vespasiano MG, em decorrência da escassez
de esclarecimentos da população sobre as formas de transmissão, prevenção e complicações da
hepatite C, e aplicar ações educativas para proporcionar conscientização dos riscos envolvendo
esta doença. Foi selecionado esse grupo devido ao fato de que a hepatite C tem uma maior
prevalência de infecção por meio do contato com sangue contaminado. Foi realizada uma
palestra simples e lúdica de orientação com relação às formas de infecção pelo vírus da hepatite
C, e as formas de prevenção e tratamento. Após a palestra foi distribuído um questionário para
analisar o grau entendimento da doença. Todas as presidiárias foram convidadas a participar da
pesquisa. Participaram 35 mulheres com idade entre 18 a 35 anos. O questionário possuía
perguntas que serviram para analisar a idade média, o conhecimento prévio dos meios de
transmissão e prevenção das hepatites virais. As perguntas do questionário aplicado foram: Qual
a sua idade? Você usa preservativos em todas as relações sexuais? Já teve mais de um parceiro
em menos de 6 meses? Conhece as formas de transmissão de DST’s? Sabe quais as formas de
prevenção de DST’s? Com o questionário devidamente respondido pelas detentas verificou-se
que 30 delas (86%) já tiveram mais de um parceiro sexual num período de seis meses, 28 (80%)
alegam saber sobre as formas de transmissão da doença, porem quando questionadas quais
seriam essas formas informaram somente o contato sexual, desconhecendo as outras formas
de transmissão. Todas elas (100%) informaram que a prevenção se da através do uso de
preservativos, porem 23 (66%) não utilizam o mesmo nas relações, demonstrando não dar a
devida importância de se prevenir a hepatite e outras DST’s. A média da idade delas é de 26
anos. Conforme a literatura mulheres encarceradas são predispostas a para infecções
transmitidas por via sexual e para infecções crônicas, pois apresentam, com frequência,
25
comportamentos de risco como atividades relacionadas ao uso de drogas e a troca de sexo por
drogas. Durante o trabalho de campo observou-se que as pessoas têm o conhecimento sobre as
formas de prevenção, porém não dão a devida importância para transmissão a doença, o que
pode ser um fator determinante para a disseminação da mesma. Para o vírus VHC não há vacina,
portanto, a melhor forma de controle é investir em ações de educação em saúde frisando seus
meios de contaminação e sua prevenção.
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O TRABALHO DO ENFERMEIRO NO CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA: ABORDAGEM
PARA A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO CONTINUADA NA PREVENÇÃO DE ÚLCERA
POR PRESSÃO
Maria Tânia da Costa Silva
Marcela Morais Fernandes
Gabriela Morais Fernandes de Souza
Daniely Fernanda Porto Gonçalves
Luciley Aurea da Costa
Tiziane Rogério Madureira (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
As úlceras por pressão (UP) constituem um importante problema de saúde, em particular nas
unidades de terapia intensiva (UTI). A Unidade de Terapia Intensiva, constitui-se de um setor
hospitalar que se difere de outras unidades de internação. Caracteriza-se por um ambiente
constituído de equipamentos de monitorização continua, situações de emergência, isolamento
social, perca da noção de tempo e ausência de privacidade ao indivíduo. Portanto este cliente
em sua maioria pode permanecer ali institucionalizado por um número significativo de dias, em
sua vez sem deambular e estabelecendo-se a vulnerabilidade do desenvolvimento da úlcera por
pressão, na qual envolve também outros fatores colaborativos como: a idade avançada, estado
nutricional deficitário, pressão arteriolar, temperatura corporal, patologias associadas à
mobilidade reduzida, incontinência urinária e fecal e obesidade. Devido ao tempo de
permanência nas UTI, são existentes elevados índices de desenvolvimento de úlcera por pressão
nestas unidades, fato então que deve ser de gestão do profissional enfermeiro e sua equipe de
enfermagem, ali disposta diariamente no cuidado para com o indivíduo. Tornam-se
preocupantes elevados índices de UP desenvolvidas, por se tratar de uma lesão que possa ser
prevenida pelos cuidados. Definida por úlcera por pressão são áreas com necrose celular que
ocorrem sobre proeminências ósseas expostas à pressão por um período suficiente de tempo
para causar isquemia tecidual. O enfermeiro atuante em uma UTI necessita estarem
completamente capacitado quanto a técnicas e manuseio ali disponíveis, como riscos
evidenciados para os pacientes, evolução diária do cuidado do cliente, e assim ser o educador
ativo de sua equipe no qual é responsável pela gestão deste cuidado, para assim fornecerem
uma assistência segura. Através da pesquisa bibliográfica com caráter exploratório e descritivo,
buscamos identificar a importância da educação continuada na prevenção de úlcera por pressão
no âmbito da UTI. Para embasamento literário foram utilizadas palavras chaves: enfermagem
no centro de terapia intensiva úlcera por pressão, enfermagem no tratamento de úlceras por
pressão, educação continuada enfermagem. A partir da busca, foram encontrados 25 artigos
nas bases de dados da Scielo e BIREME, estando disponíveis eletronicamente na integra e que
atenderam os seguintes critérios de inclusão: trabalhos publicados nos últimos 10 anos, língua
portuguesa e coerente com o objetivo e relevância do tema estudado. A necessidade de
profissionais bem preparados neste setor se faz necessário, o cuidado nas UTI, não deve ser
pautado em monitorização em maquinas, mas também em um processo de humanização. O
profissional enfermeiro deve se abstiver de tempo para a capacitação de sua equipe na qual
27
deve estar sempre orientada quanto aos meios de prevenção da UP, sendo principais destes:
Aplicação de escalas para determinação do risco desenvolvimento de UP, a cada 24 horas,
manter integridade da pele (a mesma deve manter-se limpa, sem umidade e hidrata), controle
do excesso de pressão sobre proeminência óssea, mudança de decúbito ou reposicionamento,
proporcionar suporte nutricional adequado, pois o estado nutricional prejudicado compromete
a elasticidade da pele e pode levar a anemia e diminuição da oxigenação celular. Após processo
educacional da equipe deve sempre se avaliar a prática de execução, certificando qualidade na
assistência e se evitando caráter punitivo. Portanto, conclui-se com este estudo que o
conhecimento do profissional enfermeiro que presta o cuidado ao paciente crítico é
fundamental, pois a qualidade do cuidado prestado para a prevenção de úlcera por pressão
pode estar prejudicada se a habilidade e o conhecimento destes não forem adequadamente
conduzidos. A realização de programas educacionais internos e capacitação da equipe com o
objetivo de identificar os fatores de risco para prevenir as úlceras por pressão é uma estratégia
que pode ser eficaz.
28
O TRABALHO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: ABORDAGEM PARA A
IMPORTÂNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL SATISFATÓRIO NO IDOSO E A SUA
CONTRIBUIÇÃO NO ENVELHECIMENTO
Maria Tânia da Costa Silva
Marcela Morais Fernandes
Gabriela Morais Fernandes de Souza
Daniely Fernanda Porto Gonçalves
Luciley Aurea da Costa
Tiziane Rogério Madureira (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O Sistema Único de Saúde representa-se como instrumento de entrada/início no sistema a
Atenção Primária a Saúde, nível de atenção constituinte de uma população adstrita, este serviço
deve-se dispor de maior índice de resolutividade a população. A atenção à saúde do idoso
implica na oferta da assistência à saúde pautada na garantia de acesso e acolhimento,
respeitando suas limitações nas quais este ciclo vital evidencia. Concomitante a estes aspectos
a assistência em saúde deve ser garantida conforme rege a Política Nacional de Saúde do idoso,
criada em 1994 e dispondo dos cuidados em saúde destes indivíduos. De maneira a resguardar
a integridade física, emocional, psicológica do idoso, instituiu-se como complemento o Estatuto
do idoso, com vigor desde 2003, abordando diretrizes para o cuidado, com objetivos de
prevenção e manutenção da saúde deste grupo populacional. O profissional enfermeiro deve
estar sempre em busca da gestão do cuidado, envolvendo uma equipe multidisciplinar obtendo
um olhar holístico acerca do idoso e suas reais necessidades. A educação em saúde aos idosos é
uma das suas funções, a qual pode ser desenvolvida durante a consulta de enfermagem, na sala
de espera, com grupos terapêuticos, por meio de visitas domiciliares, dentre outros. O processo
fisiológico do envelhecimento apresenta modificações na composição corporal, estas alterações
estão relacionadas a ascensão do sedentarismo e ao declínio na taxa de metabolismo basal.
Parcela significativa de idosos, são acometidos por disfunções nutricionais podendo evoluir a
uma desnutrição grave, fator de extrema relevância a ser rastreado pelo profissional
enfermeiro, já que a maioria da população idosa brasileira compartilha-se de patologias cronodegenerativas podendo ser um problema colaborativo. Através da pesquisa bibliográfica com
caráter exploratório e descritivo, buscamos identificar a função do profissional enfermeiro na
saúde nutricional do idoso no âmbito da APS. Para embasamento literário foram utilizados
palavras - chave; enfermagem, nutrição em idosos, envelhecimento ativo, idoso e no Programa
de Saúde a Família. A partir da busca, foram encontrados 18 artigos nas bases de dados da Scielo
e BIREME, estando disponíveis eletronicamente na integra e que atenderam os seguintes
critérios de inclusão: trabalhos publicados nos últimos 10 anos, língua portuguesa e coerente
com o objetivo e relevância do tema estudado. No âmbito da APS a gestão do cuidado a saúde
do idoso é enfatizado a programas, políticas e estratégias voltadas a doenças crônicas, quadro
no qual deve ser alterado, visando também à qualidade do padrão alimentar deste idoso e sua
característica nutricional. Em detrimentos de planos terapêuticos imposto em grupos
operativos, pode não ser observada posteriormente pelo profissional a concomitância da má
29
qualidade do padrão alimentar do idoso e outros comportamentos não saudáveis. É evidente
que o plano terapêutico que se atinja eficácia no controle a doenças crônicas também irá
beneficiar a nutrição do idoso, mas esta hipótese deve ser confirmada pelos profissionais da
equipe multidisciplinar, através de exames laboratoriais e um olhar holístico do idoso, pois com
intuito de controle a saúde, o mesmo por não conhecimento das informações, ou não
compreensão correta das mesmas, pode apresentar um déficit nutricional em detrimento do
controle das doenças crônicas intituladas em grupos operativos. Portanto, conclui-se com este
estudo que o enfermeiro atuante na APS, para uma assistência integral e humanizada, deve
estar articulado com a equipe, visando a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida.
Se tratando de um grupo de indivíduos com maior vulnerabilidade em razão de mudanças
fisiológicas, psicológicas, relevantes a atenção a saúde do idoso ser vista com um olhar
criterioso, em visão a seu aspecto nutricional no qual representa benefícios representativos para
o envelhecimento ativo, envelhecimento com qualidade de vida.
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VACINA HPV, PARA QUE SE PROTEGER?
Rusione Cristina Rodrigues de Meira Oliveira
Priscila Regina Vasconcelos
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O Papiloma Vírus Humano é uma doença infecciosa transmitida sexualmente, principal agente
causador do câncer cervical, e responsável por mortes femininas perdendo apenas para o câncer
de mama, sendo um problema de saúde pública. Existem mais de 150 tipos de HPV, dos quais
quarenta podem infectar o trato genital e destes, doze são de auto risco podendo provocar o
câncer e outros podem causar verrugas genitais. De acordo com dados da Organização Mundial
da Saúde, uma em cada dez pessoas estão infectadas pelo HPV sendo detectados 500 mil novos
casos de câncer cervical por ano. Aproximadamente 70% destes novos casos são observados em
países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, sendo que cerca de 231 mil mulheres
acabarão evoluindo para morte em decorrência de câncer cervical invasivo. No Brasil, ocupa o
terceiro lugar geral de câncer em mulheres e está em primeiro lugar na região Norte. Devido a
essa incidência, o Ministério da Saúde em 2014 por meio do Programa Nacional de Imunização
ampliou o calendário nacional de vacinação introduzindo a vacina Papiloma Vírus Humano
quadrivalente no Sistema Único de Saúde que protege contra HPV tipos 6, 11, 16 e 18 que são
os que acometem o colo uterino e órgãos genitais. Esse trabalho tem como objetivo principal,
melhorar o acesso do grupo-alvo a vacina para imunização do HPV. A vacina é ofertada para
meninas de 9 a13 anos de idade, com três doses cada. Nessa faixa etária, a vacina é mais efetiva
pois essas meninas não tiveram contato sexual, não foram expostas ao HPV e o sistema
imunológico apresenta melhor resposta as vacinas. A introdução das vacinas possibilitará nas
próximas décadas prevenir o câncer do colo do útero que representa hoje uma das principais
causas de mortes de neoplasias em mulheres no país.
O Ministério da Saúde tem como meta vacinar pelo menos 80% do grupo-alvo conforme
população definida, atingindo esta cobertura poderá ocorrer uma imunidade coletiva
possibilitando a redução da transmissão entre as pessoas não vacinadas. Trata-se de uma
pesquisa bibliográfica do Ministério da Saúde e base de dados SCIELO do sítio da Biblioteca
Virtual de Saúde – BVS e DeCS – Descritores em Papiloma Vírus Humano; Vacina HPV; Saúde
pública que foram utilizados como descritores para a busca de artigos sobre a Vacina HPV. Após
leitura de um artigo observamos que a imunização do HPV permitirá uma melhor prevenção e
redução futura do câncer cervical na população feminina seguindo corretamente o esquema
vacinal. As informações e orientações sobre a introdução da vacina HPV veio de forma
insuficiente para a população, causando muitas dúvidas e resistência a vacina HPV, e devido à
falta de informação, muitas meninas não foram autorizadas a tomar a vacina, reduzindo assim
a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. Conclui se então que é necessário uma parceria
com as equipes de saúde da família, profissionais da educação, com a comunidade para sanar
as dúvidas dos responsáveis pelas meninas, focando a importância e a necessidade da
imunização da vacina HPV.
31
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA 3ª IDADE
Cláudio Ramos Branquinho
Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O envelhecimento populacional é um dos maiores desafios da saúde pública mundial. Este
fenômeno ocorreu inicialmente em países desenvolvidos, com a combinação de fatores como,
a queda da mortalidade, urbanização, melhoria nutricional, elevação dos níveis de higiene
pessoal e ambiental, assim como, os avanços tecnológicos contribuíram para este cenário. No
Brasil este fenômeno começou mais tarde quando comparado aos países desenvolvidos e está
crescendo rapidamente, principalmente na população acima dos 60 anos. Esse aumento se
deve, em grande parte, à elevação considerável da expectativa de vida dos brasileiros, e
potencializada com a queda da taxa de natalidade, ampliando a proporção relativa de idosos na
população, com impactos expressivos nas políticas de saúde. A atenção à saúde do idoso reflete
em práticas simples de cuidados, sendo um processo dinâmico que depende de ações
coordenadas de enfermagem, levando em consideração a realidade do idoso e respeitando os
aspectos, fisiológicos, sociais, culturais, econômicos e religiosos na assistência como um todo.
Identificar a importância do papel do enfermeiro no atendimento ao idoso. Este trabalho é um
estudo de revisão bibliográfica, onde se analisou publicações sobre assistência de enfermagem
na 3ª idade, direcionadas ao exercício profissional de enfermagem. Foram selecionados vários
artigos científicos compatíveis com o assunto, a partir da base de dados eletrônicos da SCIELO
com as palavras chaves: Enfermagem, Saúde do idoso no período de 2006 a 2015. As pessoas
idosas apresentam mais doenças crônicas tais como: Hipertensão arterial, diabetes mellitus e
índices superiores de dependência. Isso requer assistência contínua para, por exemplo,
monitorar o uso da medicação prescrita, realização de atividades diárias, hidratação,
alimentação, entre outras. Quando não assistidos, são usuários mais comuns dos três níveis de
atenção à saúde: Primários, secundários e terciários, gerando enormes gastos com a saúde.
Neste contexto, a forma como o profissional de enfermagem cuida do idoso está relacionada à
sua percepção do processo de envelhecimento, atuando diretamente na prevenção e promoção
da saúde, desenvolvendo ações educativas e auxiliando no diagnóstico no decorrer da vida os
quais devem ser compartilhados com a família, para definição das estratégias sobre o tipo de
assistência é mais indicado para o bem-estar do idoso. Neste contexto, o enfermeiro é o
profissional que organiza e articula toda a assistência prestada. É evidente que o cuidado ao
idoso requer da enfermagem, conhecimento, afeto, paciência e dedicação visto que muitos
idosos são resistentes ao tratamento sendo um fator determinante para adequar o tipo de
assistência prestada, o que possibilitará a busca da qualidade de vida visando atender as
necessidades dessa população.
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POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM JUNTO A UMA COMUNIDADE
CIGANA ANALISANDO O AMBIENTE E PROMOVENDO SAÚDE: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Érica Conceição da silva Ivani Aparecida Teixeira
Patrícia souza Candido Ferraz
Tallita Oliveira Souza
Maria do Carmo Balbino
Juliana Alves Viana Matos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A população cigana é composta por comunidades de povos com tradição antiga, com linguagem
e cultura que prevalecem desde as suas origens na Índia, a partir do século XVI. Desde então
eles começaram a emigrar para outros países. No Brasil, os ciganos são conhecidos como uma
população de hábitos primitivos possuem uma cultura sólida de casamentos, nascimentos,
registro de nomes e luto. Assim, a comunicação entre eles é feita por intermédio de uma
linguagem padronizada e particular. A comunidade cigana ainda mantém um distanciamento
dos serviços de saúde, da sociedade, e da cultura das pessoas que vivem ao redor dos
acampamentos. Justificando a necessidade dos enfermeiros e demais profissionais de saúde
adquirir conhecimento sobre esses povos, e buscar uma maneira de interação onde haja procura
pela promoção à saúde, e um ambiente adequado para moradia. Objetivou-se analisar os
impactos ambientais no local de residência de uma comunidade cigana e promover a melhoria
das condições deste espaço. Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo relato de experiência.
Realizou-se um estudo em uma comunidade cigana precedida de autorização do responsável
pelo acampamento, obedecendo aos preceitos éticos, bem como a cultura da população
estudada. A comunidade cigana localizava-se na região Norte de Belo Horizonte, Minas Gerais,
onde os acampados residiam por um período de aproximadamente dois anos. O local era divido
por cerca de cinquenta pessoas incluindo: crianças, jovens, adultos e idosos de ambos os sexos.
Observou-se que as condições de residência eram diferentes do padrão ocidental. Localizaramse alguns nós críticos, causadores de desequilíbrio no ambiente, que afetam a comunidade
dentre eles o hábito de despejar resíduos domiciliares próximos às tendas. O armazenamento
de água e alimentos também era feito de forma inadequada: em compartimentos abertos,
passiveis de contaminação por animais ou produtos. Foi realizada uma apresentação sobre
doenças e agravos relacionados ao ambiente, para um público de aproximadamente trinta
pessoas, onde se encontravam crianças, jovens, adultos e idosos, a ação abordou todos os
integrantes para um aprendizado de todos. Utilizando-se da estratégia de educação em saúde
foram abordados temas como armazenamento adequado de alimentos e da água, recolhimento
de resíduos, e a sensibilização dos moradores na busca pela promoção da saúde na Unidade
Básica Saúde, próxima ao acampamento. Nesta ação destacou-se o uso das tecnologias leves de
forma lúdica para promover maior interação e aproveitamento da troca de conhecimentos entre
o profissional e a sociedade. Com a realização do trabalho foi evidenciado que a comunidade
possuía vários pontos de desequilíbrios com o ambiente, gerando riscos de agravos para seus
integrantes e a pessoas que viviam em torno dela. Com base nesse diagnóstico verifica-se a
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necessidade de busca dos profissionais em ações que sensibilize a população da importância do
ambiente e o cuidado que devemos ter com ele para termos uma qualidade de vida, e um local
de habitação favorável. Devido as diversidades culturais, e as demandas individuais os
profissionais de saúde devem estar aptos a lidar com diferentes públicos. Percebe-se a
importância do desenvolvimento de práticas educativas em saúde relacionadas ao ambiente e
à saúde. Para além dos objetivos propostos o trabalho permitiu que os discentes envolvidos
apreendessem elementos importantes no cuidado às diferentes populações como a adequação
de linguagem e respeito ao outro e suas particularidades.
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A AMBIÊNCIA APLICADA NAS REDES DE ATENÇÃO Á SAÚDE NO ATENDIMENTO AO
IDOSO
Daniely Fernanda Gonzaga Ramos
Maria Tânia da Costa Silva
Tiziane Rogerio Madureira (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O Brasil passa hoje por uma grande mudança no quadro de saúde, também conhecido como
transição demográfica, onde os números de jovens vêm diminuindo e o de idosos aumentando,
com isso vêm aumentando a porcentagem de pessoas com doenças crônicas e à procura de
atendimento nas redes de atenção à saúde. Quando o idoso necessita de tratar a parte clínica
em questão, ele procura atendimento nas redes de atenção, porém juntamente com esse
atendimento ele deveria encontrar um ambiente de acesso compatível com suas especificidades
para que esse atendimento fosse eficaz e de qualidade. Porém nem sempre a realidade é essa,
as redes ainda precisam pensar em ações estratégicas, reorganizar alguns fluxos, qualificar
pessoal, modificar algumas diretrizes e principalmente pensar na ambiência que está sendo
ofertada por ela, se está condizente com as necessidades atuais do paciente em questão, que é
o idoso. O que se encontrado no cenário atual, são ambientes completamente despreparados,
sem material insuficiente para demanda, quadro de profissionais com defasagem, profissionais
sem qualificação para lidar com esse público idoso, falta de recursos tecnológicos, falta de
espaço físico nos ambientes destinados aos atendimentos e internações, falta de recurso
financeiro e falta um olhar diferenciado para esse público específico. Os idosos demandam um
ambiente bem equipado e estruturado para atendê-los, onde cada detalhe faz a diferença no
seu bem-estar, até o piso que ele anda, que pode ocasionar uma queda caso ele não seja
adequado, gerando assim uma nova demanda de atendimento. A Política Nacional de
Humanização tem como uma de suas diretrizes a “Ambiência na Saúde”, onde os espaços físicos
devem proporcionar atenção acolhedora, resolutiva e humana. Para tal a equipe precisa
trabalhar todos os aspectos que envolvem ambiência, devem fazer parte desse processo
gestores e profissionais na tentativa de avaliar todo espaço físico, cuidando para que cada
ambiente consiga acolher esses idosos de maneira humanizada, respeitando suas necessidades
que vão de acordo com as alterações que o ser humano passa conforme o passar dos anos. Além
desse cuidado com o espaço físico, os profissionais devem receber educação continuada,
aprendendo a lidar com as alterações fisiológicas que o idoso passa, para poder ofertar um
atendimento mais específico e integral. Algumas situações fogem da governabilidade dos
profissionais, contudo a ambiência traz um conceito muito amplo, proporcionando assim
alternativas aos profissionais que querem fazer a diferença em seu ambiente de trabalho.
Quando se faz uma análise situacional do ambiente com intuito de avaliar se ele está apto a
receber pessoas idosas, o profissional não precisa necessariamente de recursos financeiros para
adequar aquele local, por exemplo medidas simples como a mudança de posicionamento de um
mobiliário, ou a despoluição visual de paredes rígidas com impressos antigos, sinalização visual
com direções que facilitem o fluxo através de faixas ou placas indicativas, organização do espaço
onde o idoso está sendo atendido, retirada de material pontiagudo ou perfuro cortante,
35
disponibilizar assento ou maca em outro setor que esteja disponível priorizando os idosos. Todas
essas, são atitudes que não precisam de um posicionamento governamental e orçamentário
para acontecer, claro que para que o atendimento do idoso seja eficaz , humanizado e integral
ele precisa de muito mais subsídios, mas o que estiver ao alcance do profissional deve ser feito
afim de reduzir danos, aguardando um posicionamento de leis e diretrizes que visem melhorias
nas redes, que ainda não apresentam como realidade um cenário modelo de atenção voltada
para todas as necessidades biopsicosocial do idoso. As redes de atenção à saúde, ainda não
conseguem atingir um nível ótimo de qualidade no atendimento ofertado e direcionado ao
idoso.
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A ENFERMAGEM E A AMBIÊNCIA: UM DESAFIO NAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM
Daniely Fernanda Gonzaga ramos
Maria Tânia da Costa Silva
Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Ambiência é o tratamento dado ao espaço físico entendido como espaço social, profissional e
de relações interpessoais que deve proporcionar atenção acolhedora, humana e resolutiva.
Estão inclusos nesse tratamento, questões relativas a conforto, privacidade, acolhimento,
integração, espaço de “estar”, assim com espaços que propiciem reflexivo, inclusão e
participação. Alguns elementos que fazem parte dessa composição são: forma, cor, luz, textura,
cheiro, som, espaço adequado, localização de mobiliário. O exercício profissional de
enfermagem é regido pelo Conselho Federal de Enfermagem, que traz como instrumento de
apoio aos profissionais o código de ética, onde este descreve sobre as obrigações, deveres,
direitos e proibições. Contudo esse código não deixa de forma clara e específica quais as
atribuições do enfermeiro na ambiência, ele sugere responsabilidades e compromisso que o
enfermeiro deve manter em relação ao paciente e com a equipe. Dessa forma, surge o interesse
em buscar quais são desafios que a enfermagem enfrenta nas suas práticas em relação a
ambiência, e o que dificulta a implantação da mesma. O intuito da pesquisa é analisar o trabalho
da enfermagem e identificar os desafios que os profissionais têm que enfrentar. Através de
conceitos já existentes na literatura, foi buscado no conteúdo bibliográfico, o papel do
enfermeiro, ressaltando o que é de competência do profissional que está descrito no código de
ética, e o que o código sugere de forma geral sobre o tema. A interação entre os temas foi feita
através da leitura de um texto disponível no site do ministério da saúde, onde esse apresenta o
conceito de ambiência e de que forma pode ser utilizado na área de saúde. Com base no material
pesquisado será feito um levantamento de conceitos, buscando o que a literatura traz em
relação aos temas. Com o resultado obtido na nessa pesquisa, caracterizar os desafios e
enfatizar a importância da ambiência e o que ela traz de benefícios. Os profissionais de
enfermagem ocupam uma vanguarda da arena de cuidados de saúde, por isso que muitas vezes
o paciente tem tanta confiança em seu trabalho. Mas, contudo, os enfermeiros levam iguais
obrigações de responsabilidades e de prestação de contas, de seguir os princípios éticos e os
padrões de cuidados inerentes à profissão. O profissional precisa buscar dados em pesquisas
com base em evidências, para garantir um melhor atendimento ao paciente e evitar riscos. É de
bom tom o profissional incluir a implementação de protocolos, a revisão do desempenho de
preceptores, revisão por pares, educação continuada, levantamentos de satisfação dos
pacientes. Um princípio que trata da beneficência, afirma a aspiração e a obrigação do
profissional a ajudar a promover o bem-estar das outras pessoas. Como toda profissão
regulamentada, a enfermagem também precisa se basear e atuar conforme um código de ética
estabelecido pelo conselho. Esse código que a enfermagem segue ou deve seguir fica disponível
no Conselho regional de enfermagem, que viabiliza para cada inscrito regularmente um manual
todo ano, no conteúdo desse código está inserido todos os artigos que se fazem cruciais na
profissão, é através dele que os profissionais se guiam. É de responsabilidade do profissional se
37
manter atualizado e aplicar o que o código trás, as obrigações, responsabilidades, direitos entre
outros. Porém além do que ele traz bem explicado nas linhas, o profissional tem que ler também
as entrelinhas, porque são nelas que ficam escondidas ações que precisam ser avaliadas,
atitudes a serem tomadas e mudanças a serem realizadas. São esses pequenos detalhes que
fortalecem o elo entre a equipe e os profissionais, detalhes também esses que trazem qualidade
de acertos, eles fazem a diferença nos resultados obtidos. Através dessa percepção do que não
é tratado de forma clara, é possível realizar mudanças no processo saúde.
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PROGRAMA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DO HOMEM: UM FRAGMENTO DA
REALIDADE ASSISTENCIAL
Sandy de Melo Silva
Luciana Clemência de Oliveira
Deborah da Cunha Barbosa
Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Em relação a ESF localizada em Belo Horizonte, o serviço ofertado à saúde do homem realiza
grupos operativos, consulta médica, exames de rotina (PSA) compatível com a idade,
encaminhamentos especializados, consulta de enfermagem e o Núcleo de Atendimento à Saúde
da Família (NASF). O atendimento é realizado por meio de acolhimento da demanda
apresentada pelo paciente com abordagem médica e consulta de rotina. A relação de vínculo
entre o profissional de saúde e o usuário do sexo masculino dificilmente se estabelece devido a
menor procura deste gênero pelo serviço. Com relação à busca de atendimento pela clientela
masculina, percebe-se que há dificuldades porque se trata de população economicamente ativa,
então a busca é feita em folgas ou férias, e em casos agudos a procura é feita por meio do
condicionamento de comprovante de atestado a fim de justificar a ausência no trabalho. Ao ser
analisada a frequência do usuário no serviço de saúde em relação ao sexo, percebe-se que há
uma maior utilização pela mulher, porque historicamente o cuidado está centrado à figura
feminina com o cuidado dos filhos, da família e de si própria. Analisando os resultados da ESF
do município de Ribeirão das Neves, percebe-se que o atendimento fornecido aos usuários
masculino está centrado nos grupos operativos, direcionamento a exames e consultas
especializadas quando necessário. A assistência é realizada por meio da demanda espontânea,
agendamento de consultas com enfermeiro, encaminhamento ao médico caso haja necessidade
e visita domiciliar. Em relação ao vínculo, os profissionais tentam estabelecer, obtendo êxito em
alguns casos, apontando que buscam deixar os usuários à vontade para esclarecer suas dúvidas,
apesar de alguns demonstrarem receio. Ao se cruzar os dois resultados obtidos pela pesquisa,
observa-se que as duas equipes tentam seguir o que é preconizado pelo Ministério da Saúde,
mas a oferta dos serviços (como os exames) ainda está precária principalmente na ESF do
município de Ribeirão das Neves, pois são direcionados para outras unidades. Em ambas ESF o
atendimento é realizado por demanda espontânea e marcação de consulta, mas como a procura
do homem pelo serviço de saúde é menor, existe dificuldade para se estabelecer o vínculo entre
profissionais e usuário. O gênero masculino corresponde a boa parte da população
economicamente ativa e provedora da família o que prejudica a procura pelo serviço de saúde.
Os achados desta pesquisa permitiram desvelar que, apesar de a ESF permitir o acesso dos
homens por meios da demanda espontânea, na maioria dos casos, este gênero não busca o
atendimento visando a prevenção a saúde e sim com uma queixa já estabelecida. Constatou-se
que os serviços de saúde não estão preparados para atender todas as demandas referentes à
saúde do homem, sobretudo aos referentes à prevenção de agravos e promoção da saúde.
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A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR
Lorena Carolina Alves Dos Santos
Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares
Sheila Fonseca Araújo
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
7.00.00.00-0 Ciências Humanas
O enfermeiro do trabalho é um profissional habilitado que possui curso de especialização em
enfermagem do trabalho. Esse profissional pode prestar apoio ao paciente, em ambulatórios,
nos setores de trabalho e na execução de atividades relacionadas ao serviço de higiene,
medicina e segurança do trabalho, elaborar projetos, identificar riscos de doenças ocupacionais,
promover a educação na prevenção de acidentes e fazer treinamentos relacionados à prevenção
da saúde do trabalhador. Além desses atributos, o enfermeiro também é o grande responsável
por realizar inquéritos sanitários, cálculos de estatísticas de doenças e de mortalidade dos
trabalhadores. Diante disso o objetivo desse trabalho é mostrar as atribuições do enfermeiro do
trabalho e sua contribuição para a saúde do trabalhador. O resumo apresentado evidencia que
em trabalho conjunto com a equipe multiprofissional o enfermeiro deve estudar as condições
de segurança e periculosidade da empresa, efetuando observações nos locais de trabalho e
discutindo-as em equipe, para identificar as necessidades no campo da segurança, higiene e
melhoria do trabalho elaborando e executando planos e programas de proteção à saúde dos
empregados, fazem levantamentos de doenças profissionais e lesões traumáticas, investigando
possíveis relações com as atividades funcionais, para obter a continuidade operacional e
aumento da produtividade. A metodologia utilizada para elaboração do presente estudo foi
pesquisa bibliográfica. A mesma forneceu subsídios para que o tema em questão fosse analisado
e assim, enriquecendo ainda mais os conhecimentos adquiridos. A pesquisa bibliográfica
permitiu a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla, principalmente pelo fato
do presente trabalho requerer uma coleta de dados muito dispersos no tempo e no espaço. Foi
realizado um levantamento de artigos científicos publicados, cujo foco central era enfermagem
do trabalho, utilizando bancos de dados como Pubmed (National Libary of Medicine), BVS
(Biblioteca Virtual em saúde) e Scielo (Scientifific Eletronic Libary Online), dentre os 25 artigos
lidos foram selecionados 05 para elaboração do presente resumo. O enfermeiro do trabalho tem
como funções executar e avaliar programas de prevenções de acidentes e de doenças
ocupacionais ou não, fazer análise dos fatores de insalubridade, dos riscos e das condições de
trabalho, para propiciar a preservação de integridade física e mental do trabalhador; prestar
primeiros socorros no local de trabalho, em caso de acidente ou doença, sem deixar de lado o
assistencial fazendo curativos ou imobilizações, administrando medicamentos e tratamentos e
providenciando o posterior atendimento médico adequado, elaborar, executar, supervisionar e
avaliar as atividades de assistência de enfermagem aos trabalhadores, proporcionando-lhes
atendimento ambulatorial, no local de trabalho, controlando sinais vitais, aplicando
medicamentos prescritos, curativos e com isso reduzir o absenteísmo profissional podendo
contribuir para detecção de situações de risco e educação na saúde dos trabalhadores.
40
ORIENTAÇÃO DA POPULAÇÃO DE SANTA LUZIA EM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO DA
UNIDADE DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Miriã Micaela de Oliveira
Micaelle Pizzoti Alves Bento
Lorena Carolina Alves dos Santos
Isabella Cristina Carvalho Costa
Karine Veloso dos Santos
Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A expectativa de vida vem sofrendo um aumento considerável nos últimos tempos e
consequentemente tem-se um processo de envelhecimento acelerado. Isto tem feito com que
a procura pelo serviço de saúde seja cada vez mais buscado. Sabe-se que o aumento dos idosos
na população implica um maior número de problemas de saúde de longa duração, que
frequentemente exigem intervenções custosas, envolvendo tecnologias complexas para um
cuidado adequado¹. Percebe-se também que a população muitas vezes procura o serviço de
saúde sem orientação de onde de fato poderia resolver seu problema de saúde. Considerando
tais fatos, empreendeu-se neste resumo um relato de experiência de discentes de Graduação
em Enfermagem, do sétimo período da Faculdade de Minas (Faminas-BH), realizado em maio
de 2015. A experiência vivenciada pelos alunos se deu com duas visitas técnica supervisionadas
em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Luzia onde foi possível colocar em
prática as teorias ensinadas em sala referente à consulta de enfermagem, além de uma melhor
compreensão da realidade vivenciada pelos trabalhadores da área da saúde. As discentes
passaram por todos os setores da UPA para conhecer o fluxo e demanda dessa unidade. Isso
propiciou o levantamento do dado de interesse da pesquisa, ou seja, o motivo que levou o idoso
a buscar atendimento na UPA. Dos resultados obtidos percebeu-se que a grande maioria da
população, incluindo aqui os idosos, procura por serviços na UPA que podem ser resolvidos em
unidades básicas de saúde e que isso, em geral, ocorre por falta de informação do que a unidade
pode de fato oferecer ao usuário. Reitera-se que, na maior parte das situações, as queixas
apresentadas deveriam ser resolvidas na atenção primária. Com os dados levantados, foram
realizadas ações de Promoção em Saúde voltadas para a população idosa e os demais usuários
sobre a importância do autocuidado, das práticas saudáveis de vida, do uso correto de
medicações, alimentação saudável e a adesão da maior procura de Centros de Saúde. Foram
distribuídos panfletos informativos acerca da temática, com linguagem fácil e explicativa sobre
boas práticas de saúde e também uma abordagem individual. Nesta, os alunos explicaram a
importância do uso correto dos medicamentos e a prática do autocuidado, bem como
orientações sobre os serviços ofertados nos Centros de Saúde. Também foi colocado na porta
de entrada da UPA um banner com imagens autoexplicativas sobre serviços ofertados nas UPAs
e nos Centros de Saúde. Espera-se que as ações ministradas pelos discentes possam contribuir
para um melhor entendimento da população e, em especial os idosos, em relação aos serviços
ofertados pelas UPAs e Centros de Saúde.
41
O ALEITAMENTO MATERNO E OS BENEFÍCIOS PARA A MÃE
Isabella Cristina Carvalho Costa
Lorena Carolina Alves dos Santos
Dijanira Paloma Rebeca Brandão
Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O aleitamento materno é uma prática natural, decorrente do parto a fim de nutrir o bebê. O
leite materno tem todos os nutrientes necessários para o crescimento e o desenvolvimento dos
recém-nascidos até o sexto mês de vida. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda
que a amamentação deva ser exclusiva por 4-6 meses e complementada até 2 anos ou mais.
Muito se tem discutido sobre as vantagens do aleitamento para a criança, mas também é de
extrema importância para a vida da mãe. Baseado nisso o objetivo desse trabalho é
compreender a importância e os benefícios do aleitamento materno para a mãe. A metodologia
utilizada para o presente estudo foi pesquisa bibliográfica utilizando as palavras chaves
aleitamento materno, benefícios do aleitamento materno e aleitamento materno na saúde da
mulher. O material foi selecionado a partir da base de dados eletrônicos da Pubmed (National
Library of Medicine), Scielo (Scientific Eletronic Library Online) e Ministério da Saúde. Foram
selecionados 10 artigos científicos sendo 06 utilizados, no período de 2000 a 2015.Estudos
demonstraram que há uma relação positiva entre amamentar e apresentar menor risco de
doenças como o câncer de mama e de ovário. Indaga-se também sobre o efeito da
amamentação no menor risco de morte por artrite reumatoide e como a amamentação se
relaciona à amenorréia pós-parto e ao consequente maior espaçamento intergestacional.
Outros benefícios para a mulher que amamenta são o retorno ao peso pré-gestacional mais
precocemente e o menor sangramento uterino pós-parto e um menor índice de anemia, devido
à involução uterina mais rápida provocada pela maior liberação de ocitocina que pelo contato
da pele e o ato de sugar estimulam o nervo vago que faz com que esse hormônio seja liberado,
provocado também a sensação de prazer durante a amamentação e contribui para a elevação
da autoestima e a diminuição das depressões pós parto. Estudos demonstram importantes
benefícios da amamentação quanto à saúde da mulher, confirmando-se o menor risco de
diversas patologias e também contribuindo para a saúde psíquica da mãe. Apesar das pesquisas
científicas explorarem mais os benefícios para a saúde das crianças, este tema já foi suficiente
para aumentar o interesse sobre o assunto e também o desejo de divulgar mais sobre os
benefícios da amamentação para a mãe. O sucesso do aleitamento materno como benefício
para a saúde da mulher está diretamente ligado ao treinamento e encorajamento por parte dos
profissionais de saúde e o meio familiar, que possam apoiar e orientar corretamente a mulher
desde o princípio da gravidez. São passos simples de uma boa orientação que podem fazer com
que surja uma grande mãe e uma mulher mais feliz e mais saudável.
42
A INSERÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO SISTEMA PRISIONAL LEVANDO
DIGNIDADE E CIDADANIA AOS INDIVÍDUOS PRIVADOS DE LIBERDADE
Bruno Alexandre E Silva
Maria de Fátima Da Silva Castro (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A inserção do profissional de enfermagem no sistema prisional levando dignidade e cidadania
aos indivíduos privados de liberdade. O sistema prisional brasileiro há muitos anos deixou de ser
um instrumento de reabilitação. Segundo a secretaria de estado de defesa social (Seds), há uma
superlotação que inviabiliza a separação, em algumas penitenciarias, dos presos provisórios de
outros que foram condenados pela justiça do estado de Minas Gerais, por crimes graves. Esse
campo é um grande desafio para o Enfermeiro. A incidência da AIDS, Hanseníase e tuberculose,
por exemplo, é muito alta nos presídios, conforme dados do Sistema Integrado de Informações
Penitenciárias do Ministério da Justiça (Infopen). Exige que o enfermeiro tenha habilidades para
realizar educação permanente, para promoção da saúde e prevenção de doenças transmissíveis,
nesse ambiente confinado, o que aumenta os riscos de contaminação. Paralelamente, os
ministérios da saúde, conjuntamente com o Ministério da justiça, criaram a portaria n°1777, de
9 de setembro de 2003, que instituiu o plano nacional de saúde, no sistema penitenciário.
Porém, mesmo com a criação da portaria e frente aos direitos reservados ás pessoas privadas
de liberdade, pouco foi feito. Percebe-se a falta de investimento das três esferas
governamentais para reverter toda situação. Assim, fica mais difícil a reabilitação do infrator,
para que possa exercer seu papel de cidadão, e almejar um futuro melhor para si mesmo e para
a sua família. E é através das instituições que poderá oferecer uma assistência das equipes
multidisciplinares como médicos, psicólogos, enfermeiros que vão auxiliar numa boa assistência
à saúde. O nosso atual sistema prisional é, sem hesitação, uma das maiores dívidas sociais que
o estado brasileiro e a sociedade vem presenciando. Uma situação alarmante e de impacto
profundo e eminente no cotidiano do nosso país: Trata-se de uma revisão integrativa realizada
na base de dados da biblioteca virtual em saúde (bvs) no período que compreende o ano 20062015. Utilizando os descritores: saúde, enfermagem, prisões, vulnerabilidade. E reportagens
online, pesquisa que discutem acerca da atuação da enfermagem no sistema prisional. O
presente trabalho tem como objetivo identificar e discutir as várias possibilidades de atuação
da equipe de enfermagem dentro do sistema carcerário. A presença do agente penitenciário e
a periculosidade são os elementos limitantes da prática de enfermagem. A atuação do
profissional de enfermagem é de caráter preventivo englobando profissional, detento e atuando
alguns assuntos urgentes, como: ferimentos por brigas, entre outros e campanhas de vacinação.
Dentro das celas há uma divisão para o Melhor atendimento dessa população: em celas
separadas, por delitos. As equipes de saúde que realizam atendimento em presídios são feitas
pelo programa saúde da família (PSF), como visitas e são compostas de médico, do enfermeiro,
técnicos de enfermagem e agentes penitenciários. Essas equipes podem ser compostas por
outros profissionais: Cirurgião dentista, Psicólogo, Assistente Social. As ações são voltadas para
promover promoção, prevenção de doenças. Mas na prática a realidade é outra, a superlotação
dos presídios dificulta a qualidade da assistência, a prevenção e promoção à saúde dos detentos.
Percebe-se que a falta de investimento do governo em políticas públicas, reflete diretamente
43
na assistência de saúde dos detentos. Pois há falta de investimento em qualificações
profissionais e baixas remunerações. Há que se reconhecer que existem muitas limitações para
o trabalho nesse campo, tais como a presença dos agentes penitenciários que muitas vezes
dificultam o atendimento e a periculosidade que esses profissionais enfrentam para
desempenhar suas ações. O desafio dessa profissão é fazer a junção de segurança com a saúde
deles e levar a melhor qualidade com um mínimo de segurança.
44
A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO DO ADULTO: UM DESAFIO PARA OS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE
Maria Aparecida Coura
Luciana Veríssimo Duarte
Maria Santos Rosa
Wagner de Souza Fernandes
Ana Luiza dos Reis
Salvina Campos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é um dos programas mais bem-sucedidos no Brasil e
oferece gratuitamente a diversos imunobiológicos permitindo à população prevenção contra
infecções por micro-organismos considerados relevantes em saúde pública. Manter o calendário
de vacinação do adulto atualizado tem sido um desafio e um tema ainda muito pouco abordado
na rotina da maioria dos profissionais de saúde. Por hábito e desconhecimento, há uma
constante preocupação do adulto apenas com a vacinação das crianças, não sabendo ou não
dando importância para o próprio histórico de vacinação. O objetivo deste trabalho foi realizar
um levantamento de adultos vacinados até o momento no ano de 2015, demonstrar a
importância da vacinação do adulto e o papel do profissional de saúde na atualização da
caderneta de vacinação. Devido a impossibilidade de acesso aos dados de cobertura vacinal dos
postos de saúde, uma vez que a maioria não realiza registros das vacinas administradas em
adultos e não há informatização, tomou-se por base dados compilados pelo Serviço de Saúde
do Viajante de Belo Horizonte, e fez-se uma breve análise quantitativa de vacinas aplicadas em
adultos que procuraram o serviço no primeiro semestre de 2015. Todos os dados apresentados
neste estudo correspondem ao número absoluto de adultos atendidos e de vacinas aplicadas.
Foram realizados no Serviço de Atenção à Saúde do Viajante, no primeiro semestre de 2015,
7.189 atendimentos onde foram aplicadas, 2.581 doses correspondente à vacina contra febre
amarela. Outras 2.926 doses foram de tríplice viral, 1.765 doses de hepatite B e 2.151 doses de
dupla adulto, sendo que foi aplicado em mesma pessoa uma ou mais vacinas. Todas as vacinas
foram ofertadas mediante consulta de enfermagem para aqueles que não estavam em dia e
aceitaram ser vacinados. A rede pública possui um calendário específico para a população
adulta, com a disponibilização de uma grande variedade de vacinas, mas a adesão da população
ainda está abaixo do esperado e a situação é ainda pior quando analisado o número de adultos
que não retornam para o reforço de uma vacina. Não vacinado, o adulto fica suscetível a vários
tipos de infecção, colocando não só apenas a sua vida em risco. Entre as vacinas que são
importantes para o adulto e que são oferecidas pelo SUS destacam-se a tríplice viral, hepatite B,
tétano e febre amarela. A indicação de vacinas na vida adulta ainda é feita de maneira incipiente.
Os profissionais de saúde são aptos e responsáveis por informar, esclarecer e destacar a
importância da vacinação, promovendo a atualização da caderneta de vacinação destes
indivíduos. Não há dúvidas de que a principal barreira é a falta de conhecimento dos esquemas
de vacinação pela população adulta. Um desafio comum é a vacinação com registros
desconhecidos. Muitos não possuem a caderneta de vacinação e os testes sorológicos se tornam
45
a única opção para o esclarecimento do estado imunológico. Contudo, todas as oportunidades
devem ser aproveitadas e utilizadas pelos profissionais de saúde para orientação e oferta de
imunobiológicos, nenhuma chance deve ser perdida, visando a proteção contra doenças graves
e imunopreveníveis, evitando a assim a disseminação destas por toda a população.
46
A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA PARA A SAÚDE DO
VIAJANTE
Maria Aparecida Coura
Luciana Veríssimo Duarte
Maria Santos Rosa
Wagner de Souza Fernandes
Ana Luiza dos Reis
Salvina Campos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O número de viagens nacionais e internacionais cresceu muito nos últimos anos. As pessoas
viajam por diversos motivos como lazer, trabalho, estudo, missão, dentre outros. A vacina contra
febre amarela é recomendada para áreas endêmicas no Brasil e é exigida para mais de 100 países
segundo o Regulamento Sanitário Internacional da Organização Mundial de Saúde,
principalmente nas florestas da África e Américas. Considerando dados gerados e fornecidos
pelo Serviço de Saúde do Viajante de Belo Horizonte, que é compilado mensalmente, a
metodologia deste trabalho consistiu em uma breve análise quantitativa do atendimento no
serviço para emissão do certificado no primeiro semestre de 2015. Todos os dados apresentados
neste estudo correspondem ao número absoluto de atendimentos. O presente trabalho
consistiu também em uma revisão bibliográfica de caráter descritivo exploratório sobre a
vacinação contra febre amarela, realizado na Biblioteca Virtual de Saúde, cujas bases de dados
foram da Medical Literature on Line (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO). A febre amarela é uma
doença infecciosa febril aguda, causada por um por um arbovírus do gênero flavivírus, família
flaviviridae, transmitida por picada de mosquitos, podendo ter manifestações de formas leves e
inaparentes a sintomas graves. Em áreas silvestres a doença é transmitida por mosquitos do
gênero haemagogus do sendo os principais hospedeiros do vírus amarílico os primatas não
humanos (macacos), e em áreas urbanas é transmitida pelo aedes aegypti sendo o único
hospedeiro o homem. É de difícil diagnóstico e pode levar rapidamente ao óbito. É de grande
relevância epidemiológica por sua gravidade e potencial de disseminação em áreas urbanas. O
objetivo deste trabalho é demonstrar a relevância da doença, a importância da vacinação, as
recomendações atuais para viajantes, o que fazer quando se deslocar para um país de exigência,
como agir em caso de contraindicação para receber a vacina, como retirar o certificado de
isenção da vacinação, contribuindo assim para melhor conhecimento na área acadêmica. Belo
Horizonte conta hoje com um serviço pioneiro em atenção à saúde do viajante para emissão do
certificado e outras atribuições. É importante consultar a lista dos países de exigência disponível
no site da ANVISA, receber a vacina no mínimo dez dias antes da viagem e dirigir-se a um serviço
onde seja feita a emissão do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia-CIVP. No
primeiro semestre de 2015, o Serviço de Atenção à Saúde do Viajante realizou 7.189
atendimentos para emissão do certificado internacional de vacinação ou profilaxia. A Febre
Amarela é uma doença grave, relevante e de ampla distribuição geográfica. É necessário uma
permanente vigilância, conscientização entre autoridades e população, vacinar quando for
47
deslocar para áreas endêmicas e controle ou eliminação do mosquito transmissor. A vacinação
contra a Febre Amarela é uma importante medida de prevenção e controle da doença e leva em
conta a idade, condições de saúde, viagens, indicações e contraindicações. Estas importantes
informações contribuem para o esclarecimento sobre uma doença de grande magnitude,
promovendo assim saúde, proteção individual e coletiva, bloqueio da propagação geográfica e
prevenção de epidemias, pois com uma população adequadamente vacinada, reduz-se a
transmissibilidade da doença e os índices de morbimortalidade.
48
O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO POR HPV
Sabrina Soares da Silva
Laís Kelle de Oliveira
Jéssica Vírginia Ribeiro de Araujo
Angélica Mônica Andrade (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
As Doenças Sexualmente Transmissíveis se tornaram um grande problema de saúde pública. O
câncer de colo de útero ou câncer cervical, embora passível de prevenção e cura, ainda é
responsável por um grande número de mortes entre mulheres, especialmente em países em
desenvolvimento. O Papilomavírus Humano (HPV) é fator necessário, ainda que não suficiente,
para o desenvolvimento do câncer de colo do útero. A motivação para o desenvolvimento deste
estudo deu-se por observar através da vivência profissional grande incidência do HPV entre os
adolescentes e jovens. Este estudo torna-se relevante, pois busca refletir junto aos enfermeiros,
a importância das orientações junto a população, quanto à prevenção das infecções do HPV, a
fim de evitar maiores agravos. A escolha do tema deu-se em função de grande incidência do
HPV entre adolescentes e jovens, que nos leva a refletir sobre a importância da Educação em
Saúde, através da atuação do enfermeiro. A presente pesquisa baseou-se em uma busca de
artigos científicos e manuais do Ministério da Saúde. O acesso a esta revisão bibliográfica
ocorreu entre os meses de julho a agosto de 2015. A transmissão do HPV acontece por contato
direto com a pele infectada e dos HPVs genitais, por meio das relações sexuais, podendo causar
lesões na vagina, no colo do útero, no pênis e ânus. Na adolescência, as relações acontecem
com um maior número de parceiros, o que contribui para o aumento da ocorrência das Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Demonstra como período de transmissibilidade enquanto
houver lesão viável. Segundo o Ministério de Saúde (2010), as complicações de lesões são a
cancerização, mais frequente nas mulheres, com localização tropica no colo uterino. O
tratamento tem como objetivo reduzir ou eliminar as lesões causadas pela infecção. A forma de
tratamento depende de fatores como a idade do paciente, o tipo, a extensão e a localização das
lesões. O tratamento para o HPV pode ser feito em casa com remédios antivirais ou no hospital
com técnicas como a cauterização das verrugas. O HPV, popular "crista de galo", consiste num
vírus com alta capacidade de disseminação, sendo percebido pela rápida proliferação do
papilomavírus. Pode induzir a formação de tumores no epitélio vaginal, são ainda caracterizadas
pelos condilomas genitais. Quando não tratado ou cuidado inadequadamente, corre-se o risco
de aparecimento de câncer de colo de útero, é bom ressaltar que nem todos os tipos do HPV
são oncogênicos, alertando-se ainda quanto ao diagnóstico precoce. Os cuidados de
enfermagem envolvem explicar a história da doença, informando suas evoluções, que é devido
à baixa do sistema imunológico. Aconselhar as mulheres a realizar o preventivo semestralmente,
se houver resultado positivo, ao iniciar o tratamento orientar quanto à abstinência sexual e
tratamento do parceiro, incentivando-a na persistência do tratamento e aumentar o suporte
psicológico, sendo relevante a ação do profissional de enfermagem neste suporte aos
portadores de HPV, de maneira a amenizar os conflitos psíquicos. Como o enfermeiro atua na
prevenção é interessante investir em ações educativas (com palestras, panfletos, campanhas na
49
mídia), para que assim a população possa ter um conhecimento prévio das doenças e de outra
DSTs, de forma a enfatizar o uso do preservativo, sendo esta a proteção mais segura. É
fundamental conservar a confiança e a vida sexual com o parceiro, pois é imprescindível no seu
tratamento e consequentemente em sua recuperação. Para uma melhor aceitação do
tratamento pelo paciente deve se explicar de modo claro e conciso quanto aos métodos
preventivos, dessa forma instruir o paciente pela escolha que mais o agrade durante o ato
sexual.
50
OBESIDADE INFANTIL NA ATUALIDADE: IMPLICAÇÕES PARA A ATUAÇÃO DO
ENFERMEIRO
Sabrina Soares da Silva
Jéssica Vírginia de Araújo Ribeiro
Laís Kelle de Oliveira
Angélica Mônica Andrade (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A obesidade é uma doença crônica que apresenta etiologia multifatorial (fatores biológicos,
psicológicos, sociais, econômicos, ambientais e genéticos). Trata-se de uma doença de difícil
tratamento e de alta morbimortalidade, resultante do desequilíbrio à longo prazo entre a
ingesta e queima energética. Consequência do mundo moderno, a obesidade é considerada
grande problema de saúde pública, provocado por maus hábitos alimentares em conjunto com
o sedentarismo. De acordo com pesquisas, uma em cada três crianças brasileiras entre 5 a 9
anos estavam acima do peso em 2013, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
Pensando nisso, o enfermeiro atua em uma abordagem profilática. Para se evitar a obesidade
infantil deve-se trabalhar a reeducação alimentar, incentivar a prática de atividades físicas e a
conscientização da população, principalmente dos pais que não reconhecem a obesidade dos
filhos. O presente trabalho, objetiva identificar a importância da atuação do enfermeiro na
prevenção da obesidade infantil. O levantamento bibliográfico utilizou a base de periódicos
científicos nacionais disponíveis na BDENF, MEDLINE e LILACS acessadas pela Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS), utilizando como palavra-chave “Obesidade Infantil”, compreendendo o limite
de criança, publicados no período de 2010 a 2014, disponíveis em língua portuguesa do Brasil e
disponíveis completos online. Após o levantamento de referencial bibliográfico totalizou 30
artigos, os quais foram lidos os resumos e os títulos dos artigos, sendo selecionados para leitura
na íntegra os 10 artigos que tiverem relação com a temática deste trabalho. O excesso de peso
pode provocar prejuízo da saúde com o aparecimento de doenças, diminuição da expectativa
de vida, sendo assim pode ocasionar algumas doenças crônicas, endócrinas, relacionadas as
articulações, ao sistema ósseo muscular, cardíacas, e desconforto estético e psicológico
(bullying). É importante que o enfermeiro trabalhe na prevenção e promoção da saúde,
observando o desenvolvimento da criança, identificando os riscos para o desenvolvimento da
obesidade, trabalhando na educação e conscientização da criança e familiares. E quando
diagnosticada, acompanhar durante o tratamento proposto pela equipe multidisciplinar,
objetivando avaliar a sua eficácia, identificando o aparecimento de doenças consequentemente
da obesidade .O enfermeiro deve iniciar a educação em saúde com as mães desde o pré-natal,
orientando sobre a importância do aleitamento materno para a prevenção da obesidade na fase
adulta; promover educação em saúde para toda a sociedade, ensinando como alimentar
adequadamente e os benefícios que essa alimentação saudável traz para saúde. Percebe-se que
a enfermagem tem um importante papel na promoção de hábitos alimentares saudáveis,
prevenção, identificação de riscos e detecção precoce da obesidade. Os enfermeiros devem
desenvolver ações educativas e assumir a responsabilidade de elaborar ações que venham
51
diminuir o aumento do crescimento da obesidade infantil reduzindo o número de adultos
obesos.
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO ÂMBITO DA CIRURGIA SEGURA
Núbia Gizele Viana Oliveira
Carolina Leão Vieira Lasarino Braz
Kimberly Fernanda Pereira Alves
Fernanda Ventura Ricoy de Sousa Castro
Everaldo Rodrigues da Silva Júnior
Angélica Mônica Andrade (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), por meio
da Portaria MS/GM nº 529, de 01/04/2013. Esta portaria estabelece que um conjunto de
protocolos básicos, definidos pela OMS, devem ser elaborados e implementados. Dentre eles se
encontra o protocolo de cirurgia segura. O volume anual de cirurgias de grande porte foi
estimado em uma cirurgia para cada 25 pessoas por ano. Nas últimas décadas, as técnicas
cirúrgicas foram bastante aperfeiçoadas, aumentando as oportunidades de tratamento de
patologias complexas. No entanto, esses avanços também aumentaram de modo expressivo, o
potencial de ocorrência de erros que podem resultar em dano para o paciente e levar à
incapacidade ou à morte. Pensando nessa perspectiva, o presente estudo justifica-se pela
relevância da atuação do enfermeiro em todo o período perioperatório, com intuito de que esse
profissional aja de forma a minimizar as possibilidades de erros neste período. O estudo foi
desenvolvido com o objetivo de elucidar o papel do enfermeiro na cirurgia segura. Trata-se de
uma revisão bibliográfica integrativa, com levantamento bibliográfico nas bases de dados:
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic
Library Online (SCIELO). Foram selecionados artigos publicados na língua portuguesa do Brasil,
com delimitação de período entre 2011 e 2014, com os resumos e textos completos disponíveis.
Os descritores utilizados foram: Cirurgia segura, Enfermagem de Centro Cirúrgico e Enfermagem
Perioperatória. Encontrou-se 501 artigos. Foram excluídos os artigos que não atendiam aos
critérios de inclusão. Foi realizada leitura criteriosa do resumo de cada artigo restante, durante
a qual foram excluídos os artigos que não respondiam à pergunta norteadora: Qual o papel do
enfermeiro na cirurgia segura? Assim, a amostra foi composta por 04 artigos, 01 dissertação, 01
protocolo do Ministério da Saúde e 01 documento referência do Ministério da Saúde. As
competências do enfermeiro perioperatório são propostas em três esferas de conhecimento:
científico (compreensão da linguagem, familiaridade técnica e processual com os
procedimentos cirúrgicos e anestésicos, aderência as orientações de controle de infecção, as
políticas hospitalares e protocolos); prático (capacidade de antecipar a necessidade do paciente
e da equipe com base na experiência clínica adquirida e familiaridade, desempenha uma
variação de situações e informa as ações de enfermagem tomadas); ético (habilidades de
enfermagem que prolongam além de funções técnicas para a de cuidador, um papel que envolve
52
maior empatia com o paciente em um nível psicossocial). Conferir a montagem da sala
operatória, para assegurar que os materiais e equipamentos estejam disponíveis e adequados
faz parte da atividade do enfermeiro do centro cirúrgico, e pode contribuir na melhoria do
processo e na segurança do paciente. O enfermeiro é o profissional indicado para realizar a
aplicação da lista de verificação de cirurgia segura desenvolvida pela Organização Mundial da
Saúde. Na segurança do paciente no período transoperatório é necessário que o enfermeiro
realize a avaliação pré-operatória, a qual permite a identificação de fatores de risco potenciais
que possam levar a resultados indesejáveis. É indiscutível a importância da atuação do
enfermeiro para a segurança do paciente durante sua permanência no centro cirúrgico. Esta
atuação acontece desde o momento do planejamento da assistência que inclui recepção,
transporte, permanência na sala de operação e alta para recuperação anestésica até a previsão,
requisição e provisão de recursos humanos e materiais. Contudo, é de suma importância, que o
enfermeiro entenda sua competência no centro cirúrgico além de práticas organizacionais e
passe a visualizar a relação destas práticas com a segurança do paciente.
53
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: APLICAÇÃO DURANTE O
PROCESSO DE VISITA DOMICILIAR
Núbia Gizele Viana Oliveira
Carolina Leão Vieira Lasarino Braz
Irlênio Carvalho de Oliveira
Kamyla Roberta Santos Dourado
Everaldo Rodrigues da Silva Júnior
Angélica Mônica Andrade (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma metodologia de organização,
planejamento e execução de ações sistematizadas, que são realizadas pela equipe de
enfermagem durante o período em que o indivíduo se encontra sob a assistência dos mesmos,
independente do ambiente terapêutico em que este indivíduo se encontra. A SAE subsidia ações
de assistência de enfermagem e contribui para a promoção, prevenção, recuperação e
reabilitação da saúde do indivíduo, família e comunidade. Favorece o aumento na qualidade da
assistência prestada ao cliente, consolida e dá subsídio à profissão. A visita domiciliar (VD) é
entendida como o tipo de atendimento domiciliar feito pelo profissional de saúde e/ou equipe
e realizada na residência dos usuários e suas famílias. Tem como objetivo, avaliar as demandas
do paciente e de seus familiares, bem como o ambiente em que vivem. Para a realização da VD,
é necessário realizar um planejamento, executar, registrar os dados e avaliar a ação. O registro
é considerado um critério de avaliação da assistência prestada nos serviços de saúde, aspecto
relevante da informação sobre o processo de trabalho desenvolvido pelos profissionais. Este
trabalho justifica-se pela importância da vista domiciliar ser conduzida no bojo de um processo
racional. O presente estudo tem por objetivo elucidar a importância da aplicação da SAE nas
visitas domiciliares realizadas pelo enfermeiro a fim de aperfeiçoar a assistência prestada ao
indivíduo em seu contexto domiciliar. Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa, com
levantamento bibliográfico nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Foram selecionados
artigos publicados na língua portuguesa do Brasil, com delimitação de período entre 2009 e
2014, com os resumos e textos completos disponíveis. Os descritores utilizados foram: Visita
Domiciliar, Enfermagem e Sistematização da assistência de Enfermagem. Encontrou-se 536
artigos. Foram excluídos os artigos que não atendiam aos critérios de inclusão. Foi realizada
leitura criteriosa do resumo de cada artigo, durante a qual foram excluídos os artigos que não
respondiam à pergunta norteadora: A sistematização da assistência de Enfermagem tem sido
aplicada em visitas Domiciliares? Assim, a amostra foi composta por 03 artigos, 01 dissertação,
01 portaria do Ministério da Saúde e 01 caderno de atenção domiciliar do Ministério da Saúde.
Para o pleno sucesso da realização da visita domiciliar é necessário a adoção de um método
sistemático que viabilize o planejamento, execução, registro de dados e avaliação das ações. É
nesse contexto que a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) se apresenta,
constituída por fases: coleta de dados, diagnóstico, planejamento, intervenção e avaliação. Este
método, que consiste na aplicação do raciocínio científico ao agir do enfermeiro, viabiliza ao
mesmo organizar o seu trabalho, que se efetivará através da consulta de enfermagem realizada
54
durante a visita no domicilio, tornando o cuidado individualizado e humanizado. Durante a visita
domiciliar, o enfermeiro, coleta dados que lhe permite identificar diagnósticos de enfermagem
que são de sua autonomia. Essa é uma prática baseada em evidências, uma vez que os
diagnósticos são a base para o planejamento das melhores intervenções de enfermagem, com
qualificação dos cuidados e dos resultados. A utilização da SAE nas visitas domiciliares se
apresenta como uma ferramenta viável para expor o relacionamento interpessoal subjacente à
prática do cuidar.
55
IMUNIZAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA ATUALIZAÇÃO DO CALENDÁRIO VACINAL DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Luciana Veríssimo Duarte
Maria Aparecida Coura
Maria Santos Rosa
Wagner Souza Fernandes
Grazieli Aparecida dos Santos
Salvina Campos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A vacinação de crianças e adolescentes é uma estratégia de saúde muito importante para a
prevenção de doenças. Nos Estados Unidos, Kao et al., realizaram um estudo de revisão sobre
as últimas pesquisas e recomendações sobre imunizações em crianças e adolescentes e de
acordo com esses pesquisadores, a vacinação na infância reduziu significativamente a
morbiletalidade infantil nos Estados Unidos. No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI)
existe há mais de 40 anos e estabelece um padrão de excelência na proteção contra muitas
doenças. Em 2014, a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM) realizou algumas mudanças em
seu calendário vacinal, visando melhorar ainda mais a eficiência, a eficácia e a cobertura da
imunização, melhorando a imunização contra doenças. “Vacinas como a do pneumococo, da
varicela, do HPV, da hepatite A e do meningococo, introduzidas recentemente, têm aumentado
o espectro de proteção”, afirma o Dr. Marco Aurélio Sáfadi. Diante do pressuposto, o presente
trabalho busca demonstrar a importância da vacinação da criança e do adolescente, e o papel
do profissional de saúde nesta promoção. Os pesquisadores destacam ainda que os estudos
sobre a cobertura vacinal, seu custo-efetividade e o impacto da vacinação reforçam a
importância de se aderir ás recomendações. Recomendam-se as seguintes fontes para
informações dos calendários de vacinação no Brasil: Programa Nacional de Imunizações - PNI,
do Ministério da Saúde do Brasil Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP e Associação Brasileira
de Imunizações – SBIM. O Comitê Assessor de Práticas de Imunizações (Advisory Committee on
Immunization Practices - ACIP), dos Estados Unidos, é uma importante referência muito utilizada
nas recomendações em vacinas. Os temas de interesses discutidos/desenvolvidos sobre a
vacinação consistiram em buscar na literatura científica e em dados fornecidos pelo ministério
da saúde informações sobre os benefícios e programas de imunização de crianças no Brasil.
Onde a proposta do grupo foi desenvolver o juízo critico, a auto-estima e um projeto de vida,
para que o adolescente possa então exercer o autocuidado. Ademais, é preciso intensificar o
trabalho feito pelos profissionais de saúde para aumentar a cobertura vacinal protegendo
crianças e adolescentes. Considerando dados da Secretaria Municipal de Saúde de Belo
Horizonte, fez-se uma breve análise quantitativa de doses da vacina HPV que está sendo
distribuída gratuitamente para uma faixa etária da população feminina (entre 9 a 13 anos de
idade) e, mesmo assim, a cobertura ficou abaixo do esperado que é de 80%. A infecção pelo HPV
causa lesões benignas e malignas, como o câncer em diferentes locais do organismo,
especialmente o câncer do colo do útero. Apesar dos avanços reais, o esforço é contínuo, sendo
importante manter a pesquisa e a inclusão de novas vacinas e novas recomendações aos
56
profissionais de saúde. È necessário que os profissionais de saúde esclareçam sobre a
possibilidade de eventos adversos e que essa existe com todas as vacinas, mas que em geral são
efeitos leves ou no local de aplicação. Entretanto, os profissionais de saúde não são os únicos
responsáveis pelo sucesso das estratégias públicas de vacinação. Cuidadores e pais devem ser
conscientizados sobre a importância da vacinação. Ao manterem o calendário de vacinação de
suas crianças e adolescentes em dia reduzirão de forma muito significativo os índices de
morbiletalidade infanto-juvenil. Os calendários de vacinação para esta faixa etária devem ser
consultados constantemente, uma vez que novas vacinas são frequentemente incorporadas,
podendo, também, ocorrer alteração nas recomendações para utilização de vacinas que já
fazem parte da rotina.
57
O APRENDIZADO ALCANÇADO PELO LÚDICO: UMA POSSIBILIDADE
Viviane de Miranda Bonfá da Silva Lourenço
Thaís Françoise do Nascimento
Sara Jéssica de Alcântara
Everaldo Júnior
Angélica Mônica Andrade
Sônia Maria Nunes Viana (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O homem vive em um determinado contexto social com o qual interage de forma dinâmica.
Sendo assim, a cultura imprime suas marcas no indivíduo, ditando normas e fixando ideais nas
dimensões intelectual, afetiva, moral e física, ideais esses que indicam à sociedade o que se deve
ser alcançado no processo de socialização. Em recente pesquisa sobre as relações entre as
brincadeiras, jogos e educação, constatou-se que proporcionar aprendizagem é o mais
frequente motivo pelo qual os jogos são inseridos na educação. Jogos e brincadeiras humanizam
o indivíduo e possibilitam-lhe, ao seu modo e ao seu tempo, compreender e realizar, com
sentido, sua natureza humana, bem como o fato de pertencerem a uma família e a uma
sociedade em determinado tempo histórico e cultural. Após uma fase de mecanização do corpo
voltada para a produtividade, em que a visão dualista do homem em corpo e espírito era a
tônica; em que o capitalismo industrial mergulhou o indivíduo no sistema do rendimento, do
recorde, da medida, da competição surge no horizonte uma nova perspectiva de humanização!
Há uma busca pelo desenvolvimento holístico do indivíduo; várias frentes procuram caminhos
alternativos para que a tonalidade emocional volte à experiência pessoal da cada um; surgem
métodos para que os sentimentos, ideias e lembranças perpassem o que é físico, corporal, capaz
de expressões e movimentos. Mas não só isso. O homem não nasce com capacidades
estimuladas e com competências definitivas, porém de sua ancestralidade traz traços e
espectros de suas inteligências. Mesmo sem intenção de aprender, quem brinca aprende, até
porque se aprende a brincar. A associação do jogo à aprendizagem traz consigo o problema do
direcionamento da brincadeira em termos de intencionalidade e produtividade. A importância
de promover espaço para jogos proporciona ao sujeito uma maneira peculiar de cumprir tarefas.
A atividade lúdica tem sido alvo de pesquisas e estudos como instrumento de aprendizagem.
Nela ficam implícitos como se trabalha os questionamentos, assimilações, auto-estima,
conceitos e valores, obtenção de resultados e a corporeidade. O brincar surge como
oportunidade para o resgate de nossos valores mais essenciais como seres humanos; como
potencial para a cura psíquica e física; como forma de comunicação entre iguais e entre as várias
gerações; como instrumento de desenvolvimento e ponte para a aprendizagem; como
possibilidade de resgatar o patrimônio lúdico-cultural nos diferentes contextos
socioeconômicos. Podemos pensar nos jogos como desafio deste novo século em relação ao uso
do tempo livre, como proposta criativa, como instrumento de inserção em uma sociedade
regrada, como soma na convivência com os outros, de se colocar no lugar do outro, de ganhar
hoje e perder amanhã, de liderar e ser conduzido, de falar e de ouvir. O brincar surge como
desafio do trabalho solidário, em equipe, com uma postura mais cooperativa e ecológica, como
58
caminho do conhecimento e descoberta de potenciais ocultos, como trajetória de autonomia, a
livre escolha, a transformação e a tomada de decisões. O objetivo deste presente estudo foi
analisar as formas pelas quais as brincadeiras e os jogos promovem a aprendizagem. Através de
uma revisão bibliográfica narrativa chegamos a um seguinte denominador, de que vivemos em
uma cultura de muitos brinquedos e menos brincadeiras; muita tecnologia e pouca artesania;
muita impessoalidade e pouco respeito à individualidade; mais solidão da criança do que troca;
uma cultura mais competitiva do que cooperativa; uma cultura lúdica violenta, impassível,
indiferente, com medo. Uma cultura em crise entre aquilo que não mais se adequa às atuais
gerações e inúmeras dúvidas a respeito de como restituir ou recriar uma ludicidade mais
saudável. As opções mencionadas vislumbram novos caminhos, novas possibilidades, e precisam
serem conhecidas, aproveitadas, recriadas e, sobretudo, trazidas à consciência de cada
educador.
59
O IMPASSE DOS ENFERMEIROS NA IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Miriã Micaela de Oliveira
Karine Veloso dos Santos
Aline Junia de Oliveira
Anderson da Silva
Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares
Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O Processo de Enfermagem (PE) é um modelo científico desenvolvido para planejar a prática da
enfermagem na assistência¹. Embora o PE venha sendo implantado no Brasil desde a década de
1970, quando foi introduzido por Wanda de Aguiar Horta, somente em 2002 a Sistematização
de Assistência de Enfermagem (SAE) recebeu apoio legal do Conselho Federal de Enfermagem
(COFEN), por meio da Resolução n°272, a fim de ser implementada em âmbito nacional nas
instituições de saúde brasileiras². Considerando este contexto, empreende-se uma revisão de
literatura do tipo narrativa abordando as dificuldades de implementação da Sistematização da
Assistência de Enfermagem. O estudo foi realizado por meio de busca livre. Selecionou-se 3
artigos. O período de busca compreendeu os anos de 2002 a 2013. Os achados revelam a
importância do processo de enfermagem, não só para o enfermeiro, mas também para o cliente.
A literatura reforça que o enfermeiro obtém embasamento científico e respaldo para poder
prestar um cuidado integral e de qualidade por meio do PE. Foi apontado porém, que na
formação acadêmica os alunos apresentam o interesse voltado para as habilidades técnicas,
deixando de lado os problemas de enfermagem (parte importante do PE) sem um planejamento
necessário para o cuidado ou até mesmo pela dificuldade que encontram na execução de cada
fase do processo de enfermagem. A falta de conhecimento profissional sobre o processo de
enfermagem e de como implantar este sistema em seu local de trabalho tem sido um problema
a ser enfrentado cotidianamente pelo enfermeiro. Nota-se que o enfermeiro nem sempre é
direcionado ao cuidado das necessidades dos pacientes, pois muitas vezes estão
sobrecarregados na execução de atividades burocráticas ou até mesmo pela falta de interesse
das instituições de saúde em aderir à SAE, devido ao déficit de funcionários. Os resultados
encontrados permitem concluir que a Sistematização da Assistência de Enfermagem tem a
finalidade de organizar o serviço de saúde e que compete ao profissional pensar sobre seu modo
de agir, a maneira como irá identificar os problemas e buscar soluções, uma vez que em sua
formação acadêmica é ensinado o cuidado integral e multidisciplinar. Cabe também às
instituições de saúde investir mais na sistematização e em equipes multiprofissionais, abrindo
novos olhares para um cuidar diferenciado.
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A BAIXA PROCURA DA CLIENTELA MASCULINA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Karine Veloso dos Santos
Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares
Aline Junia de Oliveira
Miriã Micaela de Oliveira
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A porta de entrada do Sistema Único de Saúde no Brasil, denominada atenção primária, consiste
em um importante espaço destinado à promoção e prevenção da assistência integral à saúde.
No entanto, mesmo cientes de que a prevenção e detecção precoce de um agravo aumentam
consideravelmente as chances de cura, muitos homens não se atentam em procurar os serviços
de saúde, e quando os procuram as enfermidades muitas das vezes já foram instaladas, fazendo
com que a população masculina procure diretamente a atenção secundária e terciária de saúde,
divergindo o fluxo de atendimentos. Devido a isto, busca-se entender o motivo desta não
procura, e assim propor medidas para que consigamos resgatar o público masculino. Deste
modo, este trabalho foi concretizado através de revisão de literatura na qual utilizamos o
descritor: saúde do homem; na base de dados: Biblioteca Virtual em Saúde e Google acadêmico.
Buscamos artigo cujo contexto fosse pertinente ao assunto proposto, e que estivesse disponível
em versão completa no idioma Português. Encontramos 27 publicações. Após a leitura dos
resumos, eliminamos 23 artigos uma vez que não abordavam a proposta desta pesquisa.
Utilizamos então 4 artigos que foram lidos na íntegra, para uma compreensão melhor do
assunto. Em 2009, o governo brasileiro lança a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do
Homem. Esta política, de acordo com seu documento original, objetiva a redução da
morbimortalidade masculina através da ampliação e facilitação do acesso e de ações destinadas
à assistência. No entanto em um estudo realizado em cinco municípios por Leal; Figueiredo; Silva
(2012) observa-se uma grande diferença em termos do conhecimento das diretrizes contidas na
política por parte dos gerentes e dos profissionais da assistência, essa diferença também é
observada em relação à implantação da política na rotina dos serviços. Este fato evidencia que
a formação das pessoas diretamente ligadas à esta política ainda é bastante deficiente, o que
acarreta em uma atenção ineficaz à saúde do público masculino. Alguns homens entrevistados
em uma pesquisa realizada por BRASIL, 2008 apud Campanucci; Lanza, 2011, alegam que muitas
vezes perdem um dia inteiro de trabalho enfrentando filas intermináveis e não conseguem
resolver todas as demandas em apenas um dia de consulta. Temos hoje um cenário no qual a
atenção primária é historicamente estruturada para o atendimento às mulheres e crianças em
geral, sendo precária em programas destinados exclusivamente à população masculina, com
isso a frequência de homens neste serviço é baixa e consequentemente a relação entre paciente
e enfermeiro é prejudicada. Aliado a isto, temos ainda os horários de funcionamento das
Unidades Básicas de Saúde, que geralmente coincidem com os horários de serviço da maioria
da população masculina, o que consequentemente leva à baixa frequência desta população ao
serviço. Por todos os fatos mencionados acima, concluímos que se torna um desafio conseguir
incluir o homem nas ações de saúde, uma vez que a cultura masculina ainda não está ligada ao
61
cuidado de si própria. Vale ressaltar também que temos em mãos uma excelente proposta
destinada à promoção e prevenção da saúde do público masculino, no entanto torna-se
necessário uma readequação estrutural e funcional das Unidades Básicas de Saúde para que
consigam atender e trazer a demanda masculina de forma mais ampla e eficiente.
62
PROMOÇÃO E PREVENÇÃO: A SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Dijanira Paloma Rebeca Brandâo
Lorena Carolina Alves dos Santos
Elisângela Maria Carvalho
Orientadora: FREITAS, Letícia Fernanda Cota
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Na sociedade atual o homem se titula como o “homem de aço” acreditando que nada poderá
atingi-los. Por esse motivo há uma preocupação maior por homens que não procuram uma
Unidade Básica de Saúde e não se preocupam em cuidar da sua própria saúde. A saúde do
homem na atenção primária é um desafio às políticas públicas, pois alguns deles não
reconhecem a importância da promoção da saúde e prevenção de doenças como questões
associadas ao homem (ALBANO, BASILIO e NEVES, 2010). No Brasil é bastante disseminada a
ideia de que as unidades de atenção primária a saúde (UAPS) são serviços destinados quase que
exclusivamente para mulheres, crianças e idosos. Muitas são as suposições e justificativas para
a pouca presença masculina nos serviços de atenção primária à saúde (ALBANO, BASILIO e
NEVES, 2010). Os estudos apontam para marcadas diferenças por sexo quanto ao motivo da
procura de serviços de saúde, mesmo quando excluídos os partos e os atendimentos de prénatal as mulheres buscam mais serviços para realização de exames de rotina e prevenção,
enquanto os homens procuram mais serviços de saúde por motivo de doença já instalada.
Diante disso o objetivo desse trabalho é mostrar a importância de ações de promoção e
prevenção da população masculina dentro das unidades à atenção primaria e de como levar o
mesmo para dentro das Unidades Básicas de saúde. A metodologia utilizada para elaboração do
presente estudo foi pesquisa bibliográfica, sendo utilizado a base de dados Bireme e Scielo, foi
utilizado 3 artigos dos anos de 2005 a 2011, com temas relacionados ao homem na atenção
primaria. A mesma forneceu subsídios para que o tema em questão fosse analisado. Percebeuse então a necessidade de um cuidado especial ao homem. Em 2008 foi criada então a Política
Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem porque visa qualificar a saúde da população
masculina na perspectiva de linhas de cuidado que resguardem a integralidade da atenção. Os
homens hoje poderiam evitar muitas complicações em relação a saúde se tivessem procurado
uma Unidade Básica de Saúde.Segundo A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do
Homem aproximadamente 75% das enfermidades e agravos dessa população está concentrada
em 5 (cinco) grandes áreas especializadas: cardiologia, urologia, saúde mental,
gastroenterologia e pneumologia.Por outro lado, no entanto, afirma-se que, na verdade, os
homens preferem utilizar outros serviços de saúde, como farmácias ou prontos-socorros, que
responderiam mais objetivamente às suas demandas. Nesses lugares, os homens sentem que
são atendidos mais rapidamente e conseguiriam expor seus problemas com mais facilidade.
Sendo assim conclui-se que com a finalidade de trazer o público masculino para a atenção
primária devem ser criadas medidas educativas visando essa população, levando em conta o
horário de disponibilidade, as necessidades masculinas dentre outras, assim promovendo saúde
com palestras e rodas de conversas para que essa população seja incluída no contexto de
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prevenção e promoção a saúde, capacitando as diversas equipes para recebê-los, podendo
assim evitar doenças e agravos.
FATORES DE RISCO PARA DEPRESSÃO PÓS-PARTO: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Maria José Rodrigues
Thiago Ubaldo Silveira de Mendonça
Gleisy Kelly Neves Gonçalves (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A depressão pós-parto (DPP) é um importante problema de saúde pública, que afeta tanto a
saúde da mãe quanto o desenvolvimento de seu filho. A DPP é definida como transtorno psicoafetivo, podendo ser de intensidade leve e transitória ou agravar-se até uma neurose ou
desordem psicótica. Inicia-se normalmente, nas primeiras quatro semanas após o parto,
alcançando sua intensidade máxima nos seis primeiros meses. No pós-parto a mulher passa por
intensas modificações de ordem familiar e social, além de oscilações hormonais fisiológicas
responsáveis pelas modificações comportamentais em alguns casos. De 15 a 29% das mulheres
durante a gestação e puerpério, manifestam alguma psicopatologia, sendo a DPP uma das
principais, com uma incidência em torno de 10 a 20% segundo pesquisas. Estudos trazem que o
enfermeiro pode prestar decisiva colaboração na assistência a pacientes com DPP, pois ao
conhecer a situação vivenciada, este profissional auxilia a puérpera a superá-la e a se readaptar
melhor às suas dificuldades. Diante do contexto, desenvolvemos este estudo com o objetivo de
identificar as evidências científicas disponíveis sobre os fatores de riscos para DPP. Foram
considerados os seguintes critérios de inclusão: trabalhos publicados em língua portuguesa, com
os resumos disponíveis nas bases de dados eletrônicas Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências de Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), e na Biblioteca
Virtual de dissertações e teses da Universidade de São Paulo, utilizando as terminologias em
saúde: Depressão Pós- Parto, Planejamento da Assistência de Enfermagem, Epidemiologia,
consultadas na grande área Ciências da saúde. A busca foi realizada na íntegra pelo acesso livre
on-line, utilizando como eixo norteador a questão: Quais evidencias científicas disponíveis no
Brasil acerca dos fatores de risco para DPP? A população deste estudo constou de 1217 artigos
indexados e 2626 artigos/teses. Após leitura dos títulos e análise destes, obtivemos uma
população de 35 artigos e 3 teses. Após, leitura exaustiva dos mesmos, apenas 11 artigos e 2
teses, responderam na íntegra a pergunta de interesse. Os artigos foram publicados entre os
anos de 2003 a 2014. A partir da análise desses artigos, elaboramos quatro categorias
importantes para o direcionamento da discussão acerca do tema: 1) Riscos obstétricos: Autores
do grupo amostral demostram que o número elevado de gestações aumenta o risco de
desenvolver DPP. Outra pesquisa contradiz estes estudos quanto cita a baixa paridade como
fator de risco. Autores citam o não planejamento da gravidez como fator predisponente da DPP.
2) Riscos sociais: O menor tempo de relacionamento com o companheiro, o pouco suporte
oferecido pelo mesmo e a insatisfação da mulher quanto sua relação marital, são apontados
como predisponentes para DPP. Mulheres com estado civil solteira, também apresentam
predisposição para DPP. Baixo nível sócio-econômico também é apresentando como fator
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predisponente para DPP. 3) Riscos psicológicos: Mulheres com histórico de depressão comum
ou DPP prévia, são apontadas como um grupo propício ao desenvolvimento de DPP. 4) Risco
biológico: Como fator de risco biológico, foi encontrado apenas a idade. As pesquisas
consideram que quanto menor a idade, maior a incidência de DPP. Esse estudo nos
proporcionou analisar os possíveis fatores de risco para DPP. Considerando o período puerperal
uma fase importante para avaliarmos as mudanças que ocorrem na puérpera, viabilizando a
realização de intervenções, sendo um dos objetivos principais o de apoiá-la neste momento
importante de transição. Acreditamos que os resultados encontrados possam subsidiar a
realização de novos estudos que busquem o desenvolvimento de estratégias para intervenções
que considerem as particularidades dos quadros depressivos, considerando os fatores de risco
destacados e relacionados ao aumento da incidência de DPP, como ferramenta para a prevenção
desta.
65
PROMOÇÃO DA SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA PREVENÇÃO DA OBESIDADE NA
ADOLESCÊNCIA
Maria José Rodrigues
Thiago Ubaldo Silveira de Mendonça
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A prevalência de sobrepeso e de obesidade na infância e adolescência tem aumentado
expressivamente nas últimas décadas. A obesidade é definida como o aumento do tecido
adiposo, com prevalência crescente mundial. No Brasil, a prevalência de sobrepeso aumentou
de 3,9% (1974-1975) para 17,9% (2002-2003) no sexo masculino, e de 7,5% para 15,4%, no sexo
feminino, de 10 a 19 anos, nesse mesmo período. Na atualidade há consenso de que o excesso
de peso e a obesidade devem ser prevenidos precocemente, por se constituírem em fatores de
risco para outras morbimortalidades tanto nesta fase da vida como em períodos mais tardios.
Ressalta-se que a puberdade é um período crucial para o desenvolvimento da obesidade. As
instituições de saúde, a família e o ambiente escolar são recursos importantes, que podem
influenciar de forma positiva ou negativa o compromisso e o envolvimento das pessoas com
condutas que levam à promoção da saúde. Diante do contexto, este estudo foi desenvolvido
com o objetivo de identificar as evidências cientificas disponíveis sobre promoção da saúde
como estratégia para prevenção da obesidade na adolescência. Foram considerados os
seguintes critérios de inclusão: trabalhos publicados em língua portuguesa, com os resumos
disponíveis nas bases de dados eletrônicas Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
de Saúde (LILACS), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) e Scientific
Eletronic Library Online (SCIELO), utilizando as terminologias em saúde: Obesidade, Cuidados de
enfermagem; Promoção da saúde, consultadas em Ciências da saúde. A busca foi realizada na
íntegra pelo acesso livre on-line, utilizando como eixo norteador a questão: Quais as evidências
científicas disponíveis no Brasil acerca da promoção da saúde do adolescente como meio a
prevenção da obesidade? A população deste estudo constou de 122 artigos indexados. Após
leitura dos títulos, e posteriormente dos resumos, obtivemos uma amostra de 11 artigos que
descreviam acerca do tema de interesse. Após, leitura criteriosa dos mesmos, apenas 7 artigos
responderam na íntegra a pergunta de interesse. Os artigos foram publicados entre os anos de
2004 a 2011. Estudos mostram que a saúde está bem mais relacionada com o modo de viver das
pessoas do que com a ideia prevalente da sua determinação genético-biológica. Essa situação
coloca a necessidade de se traçar estratégias que contemplem a emergente abordagem de
saúde no seu conceito positivo, substituindo a noção de saúde como ausência de doença, por
outra que amplie a capacidade de autonomia dos sujeitos para o alcance da saúde com
qualidade de vida. Assim, a promoção da saúde aparece como campo conceitual, metodológico
e instrumental na procura de superar a concepção da história natural das doenças, exigindo uma
visão ampliada do processo saúde-doença. Promover a saúde, então, tem por finalidade a
atenção ao desenvolvimento integral, contemplando: o cuidado com a qualidade das relações
interpessoais, aporte nutricional balanceado, adequadas condições de moradia e acesso aos
66
serviços de saúde, o acesso à informação e à educação formal ou profissionalizante e à prática
de esportes e lazer para um adequado desenvolvimento físico, emocional, intelectual e social.
Percebe-se que a escola como um centro de aprendizagem por excelência, passa a ser concebida
como um espaço importante na promoção de um estilo de vida saudável como a prática de
atividade física. É necessário que os profissionais de saúde conheçam os hábitos das crianças e
adolescentes no espaço escolar, principalmente no que tange à prática de atividades físicas, para
que possam estabelecer estratégias que promovam a saúde e o bem-estar dos escolares, bem
como a prevenção de doenças. A ação integrada dos membros da equipe de saúde é de grande
importância para conquistas futuras. Essas medidas só serão obtidas se houver participação das
famílias, das escolas e das comunidades, em um trabalho conjunto da sociedade e do governo.
67
UMA ASSISTÊNCIA HUMANIZADA NO ACOLHIMENTO DE UMA UNIDADE DE PRONTO
ATENDIMENTO
Elen de Jesus Brito
Yeda Christina Villar
Luana Miranda Avelar
Daiana Silva Pinto
Leticia Freitas (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A humanização é hoje um tema frequente nos serviços públicos de saúde. Humanizar os
cuidados envolve respeitar a individualidade do ser humano e construir um espaço concreto nas
instituições de saúde, que legitime o humano das pessoas envolvidas, para cuidar de forma
humanizada, o profissional da saúde, principalmente o enfermeiro, que presta cuidados mais
próximos ao paciente, deve ser capaz de entender a si mesmo e ao outro, ampliando esse
conhecimento na forma de ação e tomando consciência dos valores e princípios que norteiam
essa ação. O PNH (Programa nacional de Humanização), no qual objetiva uma nova perspectiva
de uma assistência humanizada e acolhedora, envolvendo diversos atores ativos neste processo,
dentre eles: profissionais de saúde, gestores, usuários do serviço na gestão do cuidado. As UPAs
fazem parte da Política Nacional de Urgência e Emergência, lançada pelo Ministério da Saúde
em 2003, que estrutura e organiza a rede de urgência e emergência no país. O acolhimento
numa unidade de serviço de urgência é baseado em protocolos o que muitas vezes acaba
intimidando este usuário o direito de ser acolhido de maneira a se permitir relato espontâneo
de sua queixa clínica, deixando de perceber que o ser ao qual se aplica essa técnica é um agente
biopsicossocial sendo fundamental para humanizar. O objetivo do presente estudo é identificar
o impacto de uma assistência humanizada no momento do acolhimento ao paciente com
classificação de risco em um pronto atendimento. A pesquisa foi desenvolvida por meio de
revisão literária com intuito de compreender e investigar conteúdos científicos. Foram utilizadas
como base de dados a BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), Política Nacional de Humanização em
seu contexto online. Utilizou-se como palavras chaves: humanização em um pronto
atendimento; acolhimento humanizado. Os critérios de inclusão estabelecidos foram: artigos
originais disponibilizados na íntegra e na forma online, no idioma Português, publicados a partir
de 2005). Sendo utilizado 4 artigos. Preservar o direito do cliente a sua assistência humanizada
é sem dúvida um desafio aos profissionais de saúde, pois os mesmos devem incluir esta
assistência humanizada com alguns fatores que dificulta essa assistência como rotinas
hospitalares, acolhimento com classificação de risco baseados em critérios pré-estabelecidos,
que gera o desencontro da liberdade de expressão do paciente. Salienta-se, também, a
importância da Política nacional de humanização nos atendimentos de urgência/emergência,
pois por meio dela ficam consolidados pontos relevantes, tais como: redução das filas e do
tempo de espera. Enfatiza-se que acolher o usuário ou recebê-lo de forma atenciosa e integral
é promover saúde de forma humana. Esse dispositivo de humanização faz com que a sociedade
seja educada quanto aos níveis de atenção à saúde e saiba se direcionar ao adequado serviço
de saúde. Portanto conclui-se que entender que o ser humano não se resume meramente a um
68
ser somente com necessidades biológicas, mas como um agente biopsicossocial e espiritual,
com direitos a serem respeitados sob um olhar humano, deve ser garantido sua dignidade ética,
e para isso é fundamental uma humanização dos cuidados de saúde desde seu primeiro contato
no acolhimento. Assim sendo, evidencia-se que existe um longo caminho a ser percorrer para
se chegar a um ideal de assistência ao paciente, demandando um processo de mudança, que
perpassa por questões éticas relacionadas à reorientação de práticas e atitudes que possam
gerar acolhimento, humanização e resolutividade no contexto da gestão do cuidado.
69
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA NA
INCLUSÃO DO IDOSO A ATIVIDADES DE LAZER
Elen de Jesus Brito
Luana Miranda Avelar
Yeda Christina Villar
Daiana Silva Pinto
Letícia Freitas (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Até 2025, segundo a OMS, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. Ainda é
grande a desinformação sobre a saúde do idoso e as particularidades e desafios do
envelhecimento populacional para a saúde pública em nosso contexto social. Este aumento do
número de anos de vida, no entanto, precisa ser acompanhado pela melhoria ou manutenção
da saúde e qualidade de vida. Como uma das estratégias para suprir as necessidades do
crescimento da população com idade superior a 60 anos criaram-se Instituições de Longa
Permanência para Idosos (ILPIs), definindo-as como estabelecimentos para atendimento
integral a pessoas idosas, dependentes ou não, sem condições familiares ou domiciliares para a
sua permanência na comunidade de origem. Cabe ressaltar que a criação e a expansão desses
serviços vêm ocorrendo, muitas vezes, sem cumprir requisitos mínimos. Vivenciar experiências
de lazer nas ILPIs é algo que já está presente na realidade brasileira. O presente estudo tem
como objetivo identificar a atuação do enfermeiro nas ILPI na inclusão do idoso a atividades de
lazer e que essa assistência não somente proporcionam a inserção desse idoso na sociedade
com também contribui de maneira preventiva na sua saúde. A pesquisa foi desenvolvida por
meio de revisão literária com intuito de compreender e investigar conteúdos científicos. Foram
utilizadas como base de dados a BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), Estatuto do Idoso em seu
contexto online. Utilizou-se como palavras chaves: lazer nas ILPI; lar de idosos, saúde do idoso,
atuação do enfermeiro. Os critérios de inclusão estabelecidos foram: artigos originais
disponibilizados na íntegra e na forma online, no idioma Português, e publicados a partir de
2004). Foram encontrados 15 artigos, destes selecionados 4.Diante de seu direito garantido,
intitula ao profissional de saúde das ILPI, a desenvolver ações que ofereçam inserção social
destes idosos, trazendo aos mesmo qualidade de vida, articulada ao tratamento dos mesmos .O
envolvimento de toda a equipe é fundamental para o sucesso da garantia de lazer e sentimento
de gratificação vivenciados por estes idosos, os profissionais são sujeitos ativos no desenvolver
de todo processo de responsabilização do lazer destes idosos. A atuação do enfermeiro
responsável por uma ILPI torna-se relevante, para que esse modo de residência venha a ser o
mais satisfatório possível para o usuário. Para tanto, o enfermeiro precisa ter ciência do seu
papel, das ações de sua competência. O enfermeiro por meio de um acompanhamento passa a
vivenciar as necessidades e particularidades de cada idoso institucionalizado o que contribui de
maneira eficaz em um planejamento de atividades onde o enfermeiro pode programar
atividades para desenvolver nas ILPS , como atividades físicas, educativas e recreativas sendo
atividades essas que contribui para melhorias na saúde desse idoso e no cognitivo onde o
enfermeiro tem sempre como objetivo proporcionar qualidade de vida para o idoso residente.
70
Portando, conclui-se que com a garantia dos seus direitos a assistência a ser prestada ao idoso
passou a não ser somente ações biomédicas e curativista, nos dias atuais as ILPI tem como base
proporcionar qualidade de vida ao idoso e inserção dele na sociedade. Atividades de lazer não
somente proporcionam a inserção desse idoso na sociedade com também contribui de maneira
preventiva na sua saúde. Podendo ser visto que o enfermeiro desenvolve um papel fundamental
na elaboração dessas atividades que além de retirar esse idoso da rotina da instituição contribui
de maneira eficaz na prevenção de patologias e nos agravos das que já são instaladas nesse
idoso institucionalizado.
71
O TRABALHO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: ABORDAGEM PARA
PREVENÇÃO DAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM ADOLESCENTES
Juciene Barbosa da Silva
Yeda Christina Hoff Villar
Luana Miranda Oliveira Avelar
Elen de Jesus Brito
Gleisy Gonçalves (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Segundo o Estatuto da Criança e do adolescente (2008), considera-se criança, para os efeitos da
lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze a vinte anos
incompletos conforme Organização Mundial de Saúde. O período da adolescência compreende
um estágio do ciclo vital onde se vivencia diversas descobertas, dentre estas incluem-se aspectos
físicos, emocionais e psicológicos. É neste estágio onde a sexualidade começa a ser descoberta
e junto desta, estabelece-se a necessidade de ações educativas voltadas para a prevenção das
doenças sexualmente transmissíveis (DST).Para Starfield (2002), a atenção primária a saúde
(APS) deve ser a porta de entrada para acesso dos usuários nos serviços de saúde, desta forma
a APS deve assistenciar, acolher este adolescente para que haja o estabelecimento de vínculo
entre profissional e cliente e assim seja evidenciado o processo de gestão do cuidado, onde este
adolescente será assistido pelo profissional e orientado sobre todo o processo de sexualidade e
prevenção das DST. Dentre os desafios que o enfermeiro, enquanto educador em saúde,
enfrenta para a redução das taxas infecção de DST/AIDS entre os adolescentes, têm-se o
estímulo ao empoderamento desses sujeitos ao comportamento sexual seguro, assunto dos
profissionais de Enfermagem, com vistas a minimizar os riscos na população. Através da
pesquisa bibliográfica com caráter exploratório e descritivo, buscamos identificar a função do
profissional enfermeiro na prevenção das DST em adolescentes no âmbito da APS. Para
embasamento literário foram utilizados os seguintes descritores: enfermagem, doenças
sexualmente transmissíveis e atenção primária, adolescência. A partir da busca, foram
encontrados 24 artigos nas bases de dado da Scielo e BIREME, estando disponíveis
eletronicamente na integra e que atenderam os seguintes critérios de inclusão: trabalhos
publicados nos últimos 10 anos, língua portuguesa e coerente com o objetivo e relevância do
tema estudado. DESENVOLVIMENTO: As ações educativas vinculadas aos adolescentes devem
contemplar a saúde sexual e reprodutiva de modo a respeitar o contexto cultural em que este
adolescente está inserido, fator de grande relevância a ser considerado pelo profissional de
saúde. Um fato marcante na adolescência, em nossa sociedade, é o início prematuro da vida
sexual, contribuindo para a suscetibilidade de infecção pelas DST como também uma gravidez
indesejada. Pelas diversas formas de comunicação possíveis, como, por exemplo, diálogos,
mídia, fórum de discussão, é importante explicar aos adolescentes, os que possuem vida sexual
ativa ou não, a necessidade do uso de preservativo nas relações sexuais. Uma das formas de
comunicação que deve ser trabalhada com o jovem é o diálogo, para que se possam vencer os
tabus que estão relacionados com o sexo e diminuir o índice de jovens em estado de
vulnerabilidade diante das DST/AIDS. A APS, portanto, deve garantir a criação do vínculo para
72
com este adolescente e o profissional enfermeiro capacitado para o respeito à cultura e
diversidade, além da flexibilização nas condutas com este público específico, incluindo-se ações
de promoção a saúde, esclarecimento de dúvidas e anseios deste adolescente, oferta de
material necessário para prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, dentre outras
ações que podem ser desenvolvidas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, conclui-se com este
estudo que a atuação do profissional aponta para sua inserção ações educativas utilizando
participação, motivadoras e lúdicas onde, demonstra como tem se empenhado na construção
de novas formas de produzir saúde através de ações de caráter individual e coletivo, bem como
realizando atividades que interligam o sujeito, a família e a sociedade. A enfermagem, ao atuar
como educador em saúde, promove o cuidado integral e criativo aprimorando a assistência,
colocando o sujeito como participante das ações em saúde e protagonista da sua qualidade de
vida.
73
RELEVÂNCIA DA REALIZAÇÃO DO TESTE DO PEZINHO NA TRIAGEM NEONATAL
Jéssica Virgínia de Araújo Ribeiro
Sabrina Soares da Silva Laís kelle de Oliveira
Maria Cristina Ferreira dos Anjos
Angélica Mônica de Andrade (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Historicamente a Triagem Neonatal (TN) foi instituída em 1963, pelo médico norte americano
Robert Guthrie, por meio de um ensaio de inibição bacteriana a fim de identificar as
concentrações de fenilalanina em uma determinada população de recém-nascidos (RN). Tal
estudo objetivava identificar RN´s portadores de fenilcetonúria assintomáticos. Ao longo do
período intrauterino, o RN pode desenvolver erros inatos do metabolismo, mais conhecidos
como doenças metabólicas, que não são identificados durante seu desenvolvimento visto que,
todo suprimento nutricional e escória de seu organismo, é disponibilizado e eliminado pela
placenta materna. A partir dos primeiros dias de vida do RN, em que as funções básicas para a
sobrevida estão sem suporte materno, pode-se detectar algumas anormalidades, que ainda
podem apresentar-se assintomáticas, que se não tratadas ocasiona a morte do mesmo. Este
estudo teve como finalidade identificar a necessidade da realização do Teste do Pezinho.
Caracteriza-se como uma pesquisa de cunho exploratório, realizado por meio de levantamento
bibliográfico, usando como base de periódicos científicos nacionais disponíveis online na BDENF
(Base de Dados em Enfermagem), tendo como descritores “teste do pezinho”, “triagem
neonatal” e “enfermagem”. Utilizando os artigos em português do Brasil publicados entre o
período de 2001 a 2015. Todo o material totalizou 306 artigos. Destes foram lidos seus resumos
e selecionados 06 artigos. Desde a década de 60, a Organização Mundial de Saúde preconiza a
elaboração e realização de medidas para identificação de RN´s que sofram de tais deficiências.
No Brasil a TN iniciou em 1976 no estado de São Paulo. Com o intuito de tornar acessível a TN
de forma gratuita à população brasileira, foi criado em 2001 o Programa Nacional de Triagem
Neonatal (PNTN). É por meio de testes de segregação (testes do pezinho, da orelhinha, do
olhinho e do coraçãozinho) aplicados especificamente à população de 0 a 28 dias de vida, que a
TN é obtida. Dependendo do país ou até mesmo dos estados que o compõem, e de fatores
epidemiológicos, étnicos e socioeconômicos, variam-se as doenças triadas. A realização do Teste
do Pezinho é uma iniciativa preventiva de saúde pública. Segundo o Núcleo de Ações em
Pesquisa de Apoio Diagnóstico (NUPAD), referência estadual de Minas Gerais no TP, o mesmo
deve ser realizado através de gotas de sangue retiradas do calcanhar do RN entre o 3º e 5º dia
de vida (salvo algumas particularidades como transfusão sanguínea cuja nova punção deverá ser
programada após 90 dias do nascimento e prematuridade que pode ser considerada a coleta no
7º dia de vida) do RN colhidas em papel filtro. Em concordância com a PNTN e por meio da
análise do sangue do RN, no estado de Minas Gerais preconiza-se identificar o Hipotireoidismo
Congênito, a Fenilcetonúria, a Doença Falciforme, a Fibrose Cística, a Deficiência de Biotinidase
e a Hiperplasia Adrenal Congênita. Diante a literatura pesquisada, pode-se afirmar que as
puérperas apresentam conhecimento superficial e/ou inadequado sobre o TP. Na maioria das
vezes, essa informação é repassada as puérperas durante a alta hospitalar, de forma breve, o
74
que favorece a não compreensão da temática. Contudo, para que alcancemos índices
satisfatórios de adesão a realização do TP, é imprescindível o investimento em educação
continuada e permanente aos profissionais, principalmente ao enfermeiro, que serão
formadores de opinião, proporcionando a população melhor qualidade de assistência de
enfermagem. Outrossim, é indispensável que o enfermeiro, trabalhe previamente durante as
consultas de pré-natal sobre a realização do TP, afim de conscientizar e sensibilizar as puérperas,
para o aumento da adesão ao mesmo.
75
CONSULTA DE ENFERMAGEM: A IMPORTÂNCIA DA PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉNATAL E O PAPEL DO ENFERMEIRO
Maria Aparecida Mendes
Andreza Nayla de Assis Aguiar
Geisielle Bruna Prado Barbosa
Sônia Maria Nunes Viana (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A consulta de enfermagem é uma atividade, que por ser privativa do (a) enfermeiro(a), fornece
subsídios para a determinação do diagnóstico de enfermagem e elaboração do plano
assistencial, servindo, como meio para melhor assistir o paciente/cliente e documentar sua
prática. Objetivou-se caracterizar a importância da primeira consulta de pré-natal e as
atribuições do enfermeiro na mesma. Ressalta-se que o presente trabalho é uma pesquisa
bibliográfica, de caráter descritivo de natureza qualitativa. Realizaram-se pesquisas nas bases
de dados constantes no site da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Usaram-se principalmente as
bases de dados LILACS e BDENF. Com pesquisas baseadas em artigos em português, no ano de
2005 a 2014. Tendo como resultado uma média de 70 artigos, dessa forma posteriormente
realizou-se uma filtragem de forma que, serão usados como motivo de exclusão artigos em
inglês ou qualquer idioma que não seja o português, trabalhos que não tenham relevância para
a assistência de enfermagem na consulta de pré-natal. Ressalta-se também que artigos
realizados anteriormente ao ano de 2005, serão irrelevantes para esta pesquisa. Reduzindo-se
assim o número de achados para 10 artigos. Posteriormente se realizou uma segunda filtragem,
onde se usou como descritores enfermagem e pré natal associando-os com a terminologia em
inglês “and” para uma busca mais especifica. Reduzindo-se os achados para 5 artigos. Observase que o enfermeiro é importantíssimo para que seja realizada uma consulta de pré-natal
qualificada, orientando a gestante de forma clara e objetiva, baseando-se em referências
técnico-científicas, construindo assim sua identidade, adquirindo autonomia na equipe de saúde
e fortalecendo vínculo com a paciente, pois o enfermeiro atua de forma efetiva na educação
permanente da mãe, através de orientações e grupos educativos. É de suma importância a
atuação do enfermeiro para a redução da mortalidade materno infantil. Dessa forma o
enfermeiro deve ocupar verdadeiramente o seu espaço com interesse e responsabilidade. Na
consulta de enfermagem às gestantes, deve ocorrer a participação ativa da cliente através da
interação com o profissional enfermeiro, em que ambos trocam saberes e informações visando
à promoção do autocuidado. Nessa perspectiva, através da consulta de enfermagem como um
momento de diálogo, entre enfermeiro/cliente pode-se definir metas e objetivos a serem
atingidos visando a melhoria nas condições de saúde do binômio mãe e filho. Estudos realizados
mostram a preocupação com a frequência com que ainda ocorrem mortes de mulheres e
crianças por complicações decorrentes da gravidez, parto e puerpério. A maioria destas mortes
são evitáveis por meio de uma adequada assistência pré-natal. Ressalta-se que a gravidez,
apesar de ser um processo fisiológico, produz modificações no organismo materno que o
colocam no limite do patológico. Se a gestante não for adequadamente acompanhada o
processo reprodutivo transforma-se em situação de alto risco tanto para a mãe quanto para o
76
feto. Observa-se então o quão é importante as orientações que são fornecidas as mães através
do enfermeiro na primeira consulta de pré-natal e a importância do vínculo profissional/cliente
para garantir uma melhor assistência, redução da mortalidade materno infantil e uma maior
valorização do profissional de enfermagem.
77
O GERENCIAMENTO DO ENFERMEIRO EM UMA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Jéssica Virgínia de Araújo Ribeiro
Sabrina Soares da Silva Laís Kelle de Oliveira
Everaldo Rodrigues da Silva Júnior
Angélica Mônica de Andrade (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Integrante fundamental na equipe de saúde, o enfermeiro pode atuar em diferentes serviços.
Na assistência ao paciente, o enfermeiro pode atuar no atendimento de urgência e emergência.
Situações de emergência como a Parada Cardiorrespiratória (PCR), que consiste na ausência de
batimentos cardíacos e respiratórios de um indivíduo, requer desse profissional habilidades
específicas. Anualmente estima-se que no Brasil ocorram 200.000 PCR ao ano, sendo metade
dos casos em ambiente hospitalar. Apesar dos avanços das últimas décadas, relacionados a
prevenção e ao tratamento da PCR, muitos são os óbitos no Brasil, provenientes de problemas
cardiovasculares. Neste contexto, o sucesso do atendimento à PCR é dependente da atuação do
enfermeiro, durante o gerenciamento do processo à prestação do cuidado, e de sua equipe, que
pode antecipar condutas e medidas, prevenindo ou diminuindo os danos ao paciente que sofreu
este mal súbito. Este estudo buscou identificar a atuação do enfermeiro, frente ao
gerenciamento da equipe de enfermagem no atendimento a uma PCR. Trata-se de uma pesquisa
de cunho exploratório, realizado por meio de levantamento bibliográfico, usando como base de
periódicos científicos nacionais disponíveis online na BDENF (Base de dados em Enfermagem),
LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e MEDLINE (Sistema
Online de Busca e Análise de Literatura Médica) tendo como descritores “Enfermeiros”, “Parada
Cardiorrespiratória”, e “Educação Continuada”. Utilizando os artigos em português do Brasil,
publicados entre o período de 2005 a 2014. Todo o material identificado totalizou 23.395
artigos, destes foram selecionados 10 artigos para leitura na íntegra. A PCR é o cessar súbito dos
batimentos cardíacos e dos movimentos respiratórios, que podem causar danos cerebrais e até
mesmo a morte do paciente. Por se tratar de um acometimento imprevisível, o atendimento ao
paciente que sofreu PCR, exige do profissional de saúde, em especial o enfermeiro, realizar o
gerenciamento de todo o processo de atendimento (pré/trans/pós). O gerenciamento do
processo visa prevenir, identificar, minimizar e detectar precocemente, situações que podem
ser propícias ao desenvolvimento de PCR, o que justifica a importância da realização do presente
trabalho. Dentre as medidas que o enfermeiro pode realizar durante o processo de
gerenciamento, está inserido a segregação dos grupos de risco que estão mais susceptíveis ao
desenvolvimento da PCR (pacientes cardiopatas, hipertensivos, diabéticos, com antecedentes
familiares de morte súbita principalmente). Outrossim, o enfermeiro deve estar preparado
tecnicamente para realizar a condução ao atendimento à PCR, deve estar capacitado para
reconhecer a eminência do evento. Nesta situação, o enfermeiro alia a fundamentação teórica,
à capacidade de liderança, a rapidez, a eficiência e a habilidade técnica no desempenho da ação.
É essencial que o enfermeiro se mantenha calmo, impedindo que a ansiedade interfira em seu
raciocínio, orientando com responsabilidade a equipe no desempenho de suas atividades,
mantendo uma postura ética. Neste sentido, o enfermeiro deve investir em educação
78
continuada e permanente com sua equipe por meio de treinamentos, minimizando erros e
perda de tempo essencial a sobrevida do paciente em PCR. Atribuindo-se ao fato, que as
habilidades não praticadas ou treinadas constantemente, contribui para o déficit da assistência
prestada. Contudo, é de responsabilidade exclusiva do enfermeiro, o planejamento da
assistência, elaborar e revisar os protocolos institucionais baseados no Guideline disponibilizado
pela American Heart Association, conhecer a sequência do atendimento ao PCR, bem como
organizar a equipe de enfermagem, a se portar e a reunir os materiais necessários durante o
atendimento, mantendo sempre a tranquilidade para o atendimento ao paciente grave com
risco eminente de morte, oferecendo suporte básico até a chegada do médico.
79
A RELAÇÃO ENTRE EXERCÍCIO DA CIDADANIA E A PRÁTICA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Glace kele Aparecida Ribeiro de Assis
Jessika Damasceno Ferreira
Sandra Celia Lopes dos Santos
Rosilene da Silva Mendes
Danielle Aparecida Gomes da Cunha
Gleisy Kelly Neves Gonçalves (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A Constituição Federal garante a todos o pleno exercício da cidadania, pautados na equidade,
liberdade, democracia e nos direitos e deveres civis, políticos e sociais. Mas não é o que se vê
na prática. As Ciências Sociais, a partir de sua investigação sociológica, podem oferecer subsídios
para que o exercício da cidadania seja realmente garantido (CHAIA; TEIXEIRA, 2001). Nesse
sentido, torna-se importante instrumento social, compreender a relação entre a prática das
ciências sociais, e o exercício da cidadania. A sociedade atual se caracteriza por um acelerado
avanço científico-tecnológico, porém vem cercada de demandas e exclusões sociais e pela não
observância do exercício da cidadania. Sendo assim, a efetiva prática das Ciências Sociais tem se
mostrado como ferramenta para a garantia dos direitos dos cidadãos e por isso foi tomada como
tema central desta pesquisa. Neste trabalho, utilizamos como fonte de publicações, a Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS), a Literatura Latina Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS)
e o Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), utilizando as palavras chaves: Exercício de
cidadania, prática das ciências sociais, consciência e orientação, justiça social. Após leitura dos
resumos e análise destes, obtivemos uma população de 15 artigos. Após, leitura exaustiva dos
mesmos, apenas 5 artigos responderam na íntegra a pergunta de interesse. Após análise prévia,
foram incluídos trabalhos publicados entre os anos de 2001 e 2015 na língua portuguesa e
excluídas publicações em língua estrangeira e anteriores a 2001. Para que o indivíduo possa
exercer plenamente a cidadania, ele precisa ter ao mesmo tempo a consciência de si e de como
se relaciona com o mundo sedo que, consciência e mundo não podem ser entendidos
separadamente. Assim, o homem, ciente de sua condição e importância, passa a lutar e a exigir
seus direitos individuais e coletivos, pautados na igualdade civil e política, que por sua vez leva
à efetiva justiça social, pois esses sujeitos passaram a ser críticos, exigentes e questionadores.
Nesse sentido, as ciências sociais, ramo ou a área da pesquisa que estuda os aspectos sociais
relacionados ao homem, ou a vida social de indivíduos e grupos, formam profissionais que
devem ter como característica principal a compreensão das relações sociais de modo amplo,
levando em consideração aspectos históricos/temporais dos povos e culturas, para da formação
das relações sociais, considerando as necessidades, as expectativas, os elementos objetivos e
subjetivos e as demandas individuais e coletivas das sociedades. A partir das práticas sociais,
exercidas de maneira efetiva e contundente, é que o cidadão ou um grupo de pessoas percebem
o contexto no qual estão inseridos, quais suas reais necessidades, quais os seus deveres e
direitos como indivíduo ou grupo, quais as obrigações dos diversos personagens envolvidos no
processo (seja individual, do Estado, da sociedade, das instituições, etc.), ou seja, como exercer
a cidadania, que é um direito de cada um. A prática das ciências sociais como mecanismo do
80
exercício pleno da cidadania, mostra que se trata de um processo bem mais amplo do que
simplesmente exigir os direitos de cidadão baseados em legislações. Percebe-se que as ciências
sociais permitem o entendimento de que se trata de processo que abrange aspectos como o
entendimento da importância da autonomia, da equidade, da não discriminação, da
diversidade, sempre procurando a valorização de sujeitos críticos, exigentes, participativos,
engajados e coerentes, que tenham não só o poder de exigir seus direitos de cidadão, mas
construir um mundo melhor.
81
PAPEL DO ENFERMEIRO COMO LÍDER NO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Irlênio Carvalho de Oliveira
Thiago Ubaldo Silveira de Mendonça
Stéphanie Cardoso de Souza
Núbia Gizele Viana Oliveira
Daniela Claudina de Macêdo
Letícia Fernanda Cota Freitas (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A enfermagem desempenha ações através de um processo no qual o enfermeiro exerce o papel
de líder, buscando influenciar todo um contexto para a definição e conquista de objetivos que
resulta em definir e planejar a assistência de enfermagem num campo interativo. Por ser um
profissional de destaque no processo de liderança organizacional, o enfermeiro deve estar
embasado técnico e cientificamente para assim desenvolver ações gerenciais com liderança,
para as quais o conhecimento é ferramenta indispensável. Enquanto responsável legal sobre as
atividades da equipe de enfermagem, o Enfermeiro exerce poder sobre a equipe, o que lhe é
conferido pelo cargo que ocupa. (BARCELOS E DERBOLI, 2007). Para a Organização PanAmericana de Saúde, o setor de emergência está destinado a realizar assistência em saúde com
caráter de urgência para prolongar a vida ou prevenir consequências críticas. Então, a atuação
do enfermeiro nesse setor, requer competências especificas no atendimento e também
habilidade e tomada de decisões cabíveis para a execução das intervenções para esse setor
crítico (MATIAS, 2012). Diante deste contexto, desenvolve - se este estudo como o objetivo de
identificar evidências científicas acerca da importância do enfermeiro como líder no setor de
urgência e emergência. Foram considerados os seguintes critérios de inclusão: trabalhos
publicados em língua portuguesa, com resumos disponíveis nas bases de dados Scientific
Electronic Library Online (SCIELO) e no Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), utilizando as
palavras chave: Papel do Profissional de Enfermagem, Liderança, Cuidados de Enfermagem e
Enfermagem em Emergência. A busca foi realizada na íntegra pelo acesso livre on-line, utilizando
como eixo norteador a questão: Qual a importância da liderança do enfermeiro no setor de
urgência e emergência? A população deste estudo constou de 414 artigos indexados. Após
leitura dos títulos dos artigos, foram selecionados 27 artigos e 4 teses. Após leitura dos resumos,
apenas 3 artigos e 2 teses, responderam na íntegra a pergunta de interesse. Os trabalhos foram
publicados entre 2001 e 2012. Para que o enfermeiro possa efetivamente exercer uma
liderança, deve-se buscar de estratégias que possibilitem este profissional conhecer a si mesmo
e para a eficácia do processo de liderar, necessita-se conhecer as necessidades e expectativas
pessoais e profissionais dos membros da equipe de enfermagem (WEHBE e GALVÃO, 2001). A
competência em liderança oportuniza aos enfermeiros criar mecanismos que influenciem
positivamente as suas equipes na busca de uma assistência de qualidade, o que constitui um
dos objetivos organizacionais (BARCELOS E DERBOLI, 2007). Os enfermeiros das unidades de
emergência aliam à fundamentação teórica (imprescindível) a capacidade de liderança, o
trabalho, o discernimento, a iniciativa, a habilidade de ensino, a maturidade e a estabilidade
emocional. Por isso a constante atualização destes profissionais, é necessária pois, desenvolvem
82
com as demais equipesn habilidades para que possam atuar em situações inesperadas de forma
objetiva e sincrônico na qual estão inseridos. Em resumo, o enfermeiro deve compreender o
que é o processo de liderança, entender a importância da comunicação efetiva, do
relacionamento irterpessoal, da tomada de decisão, e assim aplicá-las na prática. O setor de
emergência exigirá do profissional enfermeiro tais ações citadas acimada, pois somente então,
ele terá a confiança da equipe de enfermagem e dos demais profissionais inseridos neste
contexto e poderá também possibilitar as mudanças requeridas no gerenciamento da
assistência de enfermagem prestada aos pacientes.
83
VIOLÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA
Ana Paula Freitas Moreira
Luana Miranda de Oliveira Avelar
Samara Martins Marçal Campos
Everaldo Rodrigues da Silva Junior
Fernanda Ventura Ricoy de Sousa Castro
Sônia Maria Nunes Viana (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta, caracterizado pelos
impulsos do desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social. Seus limites
cronológicos são definidos pela Organização Mundial de Saúde 2010 entre 10 e 19 anos, sendo
a etapa da vida humana de maior risco de mortes por causas violentas. Para a violência que
acomete crianças e adolescentes, o Ministério da Saúde define: quaisquer atos ou omissões dos
pais, parentes, responsáveis, instituições e em última instância da sociedade em geral que
resultam dano físico, emocional, sexual e moral às vítimas. A violência tem atingindo
diretamente a juventude brasileira de modo que o principal grupo de riscos para mortalidade
por homicídio são adolescentes e adultos jovens, do sexo masculino, residentes em áreas pobres
e às vezes periferias das grandes metrópoles de cor negra com baixa escolaridade e pouca ou
nenhuma qualificação profissional. As causas externas (acidentes e violências) ocupam a
primeira causa de morte na faixa etária de 10 a 19 anos. Este trabalho justifica-se devido à alta
taxa de violência entre crianças e adolescentes, onde são submetidos as mais diversas e
dolorosas agressões, desde física, psíquica e emocional em todo o mundo. Objetivou-se
determinar os fatores que levam a violência na adolescência. O estudo foi desenvolvido com
base de dados SciELO e LILACS, onde foram encontrados mais de 300 artigos relacionados com
o tema. Delimitou-se nesta revisão a quantidade de quatro artigos para elaboração do tema
proposto. Utilizou-se Palavras-chave: violência, adolescência, e cuidados de enfermagem, os
critérios de inclusão foram artigos publicados em língua portuguesa entre 2009 e 2015, em
formato completo e que se adequassem ao tema, como critério de exclusão foram artigos
indisponíveis para consulta online, artigos estrangeiros, artigos anteriores a 2009. Os primeiros
resultados apontam que no Brasil e no mundo o impacto da morbimortalidade por causas
externas violência e acidentes constitui uma das maiores preocupações para chefes de estados
e dirigentes do setor de saúde. Conclui-se que a violência traz diferentes consequências na vida
social, representando hoje uma das principais causas de morbimortalidade nesta faixa etária,
por isso que os profissionais de saúde, em especial o enfermeiro, enfrentam no dia a dia,
inúmeros desafios para alcançar uma prática mais resolutiva no que diz respeito às situações de
violência contra os adolescentes. Saber identificar os principais agravos de violência a que
adolescentes e jovens estão sujeitos é o primeiro passo para que o profissional possa planejar
sua abordagem e possível conduta. Para tal a notificação é de suma importância, visando
comunicar às organizações competentes a existência do fato, para que possam continuar
investigando e atuando na proteção dos direitos dos jovens e adolescentes.
84
FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA SEPSE NEONATAL TARDIA:
IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM
Ana Paula Freitas Moreira
Luana Miranda de Oliveira Avelar
Samara Martins Marçal Campos
Everaldo Rodrigues da Silva Junior
Fernanda Ventura Ricoy de Sousa Castro
Sônia Maria Nunes Viana (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected].
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A sepse neonatal tardia é uma síndrome clínica caracterizada por sinais sistêmicos de infecção,
acompanhada pela presença de bacteremia no primeiro mês de vida, podendo determinar a
disfunção de órgãos e sistemas e é uma das principais causas de morbimortalidade no período
neonatal e caracterizada pelos sintomas que o recém-nascido apresenta depois do quarto dia
de vida, geralmente causado por bactérias intra-hospitalares ou aquelas levadas pelo
profissional de saúde na unidade neonatal. Os fatores de risco para infecção do recém-nascido
podem ser divididos em fatores intrínsecos ou extrínsecos. Os fatores intrínsecos podem ser por
idade gestacional, peso ao nascer, grau de desenvolvimento imunológico e agressividade da
doença de base. Já os extrínsecos incluem, tempo de internação, uso de procedimentos
invasivos, ambientes, área física, técnica de higienização escassa e controle de infecção
ineficiente. Este estudo justifica-se devido à elevada frequência da sepse neonatal tardia e as
consequências que a infecção pode levar aos recém-nascidos. Objetivou-se determinar os
fatores de risco para a sepse neonatal tardia e sugerir medidas de prevenção e controle
direcionadas para a equipe de enfermagem. Utilizou-se como metodologia a base de dados
SciELO e LILACS, onde foram encontrados mais de 300 artigos relacionados com o tema. Utilizouse Palavras Chaves: Sepse. Recém-nascidos. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Cuidados
de enfermagem. Os critérios de inclusão foram artigos publicados em língua portuguesa entre
2008 e 2015, em formato completo e que se adequassem ao tema, os critérios de exclusão,
foram, artigos indisponíveis para consulta online, artigos estrangeiros, artigos anteriores a 2008.
Delimitou-se nesta revisão a quantidade de três artigos para elaboração do tema proposto. Os
resultados apontam que as taxas de infecção hospitalar em unidades neonatais de países
desenvolvidos variam de 8,4 a 26%. No Brasil, unidades de terapia intensiva neonatal de nível
terciário possuem taxas de infecção entre 18,9 a 57%, mostrando-nos a importância de cuidados
para que diminua sua incidência. Conclui-se que é a sepse neonatal é um grande problema nas
unidades de terapia intensiva, podendo ser prevenida por todos os profissionais de saúde
envolvidos com o manejo dos recém-nascidos, inclusive o Enfermeiro, que tem atuação direta
minimizando a incidência dessa patologia.
85
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE SAÚDE DA FAMÍLIA NO ALEITAMENTO
MATERNO
Lais kelle de Oliveira
Jessica Virgínia de Araujo Ribeiro
Sabrina Soares Silva
Shirley Brabosa Dias
Angélica Monica de Andrade (Orietador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
7.00.00.00-0 Ciências Humanas
O aleitamento materno é uma prática que permite a mãe criar vínculo de proteção, afeto e
cuidado com o bebê, é uma forma de nutrição econômica, rápida e eficaz que permite reduzir
riscos de infecção, desnutrição e doenças oportunistas. O processo de aleitamento é
influenciado por uma série de fatores como condição emocional, social, história da família de
amamentação, suporte oferecido pela família, profissionais de saúde e entre outros. Embora as
informações sobre o aleitamento materno e suas vantagens estejam vastas na literatura, o
desmame precoce e a falta de amamentação é uma realidade. As orientações, importância,
vantagens e forma correta de amamentação se fazem presente em todo pré-natal da gestante.
O enfermeiro é o profissional habilitado para prestar toda assistência com este público
especifico sendo nas consultas de enfermagem ou vistas domiciliares. O trabalho tem como
objetivo discutir a atuação do enfermeiro quanto a assistência a gestantes, parturientes e
familiares sobre o aleitamento materno no âmbito da Atenção Primária. Com o intuito de
enfatizar a importância desse profissional como norteador dos cuidados prestados, além de
fornecer orientações sobre o mesmo para que essa criança tenha o desenvolvimento saudável.
Mediante busca na literatura foi realizado por meio de levantamento bibliográfico usando como
base a BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) além da leitura do caderno de atenção básica na saúde
da criança, Dentre os 25 artigos nacionais lidos 10 foram selecionados no período de 2010 a
2014 como critérios de exclusão foram descartados artigos em inglês e espanhol e artigos
nacionais com periodicidade inferior a 2010 e aqueles que não apresentavam a importância da
atuação do enfermeiro no aleitamento materno, como palavras chaves foram utilizados
“aleitamento materno”, ”atenção primaria” e ”PSF”. O enfermeiro atuante na Atenção Primária
cria o vínculo usuário e profissional onde permite estar mais presente em todas as fases deste
processo de amamentação iniciando por todo o pré-natal onde grupos de orientação a gestantes
são criados para abordar assuntos relevantes como a autoconfiança da mulher, a importância
do aleitamento até o 6 meses, a pega correta, posição correta e os riscos de não amamentar. O
enfermeiro da equipe da saúde da família é profissional essencial durante este processo, pois
através da cumplicidade e confiança criado com estes familiares a abordagem se torna
facilitadora quanto aos cuidados, orientação intervenção e educação permanente proposto pelo
enfermeiro.
86
RELATO DE CASO: VIVÊNCIA ACADÊMICA REFERENTE À ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
NA ADESÃO E BUSCA ATIVA DA PESSOA IDOSA PARA A VACINAÇÃO CONTRA H1N1
Danielle Aparecida Gomes da Cunha
Grazielle Barbosa
Sílvia Cristina dos Santos Ferreira
Glace Kele Aparecida Ribeiro de Assis
Jessica Damasceno Ferreira
Tiziane Rogério Madureira (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O presente trabalho descreve um relato de experiência acadêmica vivenciada em Unidade
Básica de Saúde (UBS) em Belo Horizonte. O objetivo principal é descrever possíveis ações de
enfermagem na falta de adesão à vacinação do Idoso. Para realização deste estudo, optou-se
por simples observação da sala de vacina e de relato de visita dos Agentes Comunitários de
Saúde (ACS) com a busca ativa, não havendo necessidade de assinatura de termo de
consentimento livre e esclarecido. O embasamento teórico se deu através de literatura
acadêmica dos sites: LILAC´S e SCIELO. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),
pessoa idosa é aquela com idade igual ou superior a 60 anos, e com idade igual ou superior a 65
anos em conformidade com o Estatuto do Idoso. O Programa Nacional de Imunização (PNI)
estabelece que tem direito à vacinação contra a gripe, todos os idosos que assim declararem
interesse, podendo comparecer à UBS no ato de campanhas disponibilizadas através do
Ministério da Saúde, na sala de vacina de Hospitais, quando em regime de internação, bem
como, receber a Equipe de Saúde da Família (ESF), responsável pela visita domiciliar. No que
tange os aspectos relacionados às boas práticas de vacinação, a aceitação vem relatada na forma
de prevenção contra doenças, melhoria do bem-estar e de sua saúde como um todo. Já a
negação é relatada mediante exacerbação de sinais e sintomas de gripe em campanhas
anteriores sendo os principais: gripe forte, mal-estar geral, inapetência e náuseas intensas. O
enfermeiro responsável pela visita domiciliar do idoso, pode realizar diversas ações de
conscientização e educação no intuito de garantir a adesão da população, principalmente dos
idosos à campanha de vacinação. No ato dessas visitas, esse profissional deve ressaltar a
importância da vacinação, que o vírus da gripe é mutável, ou seja, sofre constantes mudanças,
e que a cada ano é disponibilizada a vacina contendo cepas diferentes. Dentre as diversas ações,
podemos destacar a organização de palestras em grupos operativos, em grupo de renovação de
receitas, grupo de hipertensos e diabéticos bem como em grupo de recreações voltados para a
terceira idade. A busca ativa também é uma importante ferramenta de trabalho da equipe
responsável pela área de abrangência do domicílio do idoso. Dessa forma, conclui-se que o idoso
é uma pessoa que necessita de cuidados específicos e que a imunização confere resistência ao
sistema imunológico, prevenindo as formas graves da gripe e doenças oportunistas naturais
inerentes à senescência ou senilidade.
Palavras chave: Vacinação idoso, Gripe idoso e Adesão vacina idoso.
87
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO A PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO
Elisângela maria Carvalho
Lorena Carolina Alves Dos Santos
Isabella Cristina carvalho Costa
Angélica Mônica Andrade (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O acidente vascular encefálico ocorre quando há uma interrupção ou a ocorrência inadequada
do fluxo sanguíneo para áreas especificas do cérebro, resultando em disfunção neurológica
transitória ou permanente dependendo da gravidade, região e extensão afetada. É um problema
mundial de saúde pública, sendo responsável por uma grande proporção de doenças
neurológicas que resultam em uma causa importante de morbidade e mortalidade no mundo.
A maioria dos pacientes que sofrem acidente vascular encefálico exibem incapacidades residuais
significativas, o que faz desta patologia a primeira causa de incapacitação funcional no mundo
ocidental. A Sistematização de Assistência de Enfermagem no cuidado a pacientes portadores
de morbidades provenientes do acidente vascular encefálico é importante para melhorar a
qualidade de vida do paciente e de seus familiares, durante a internação em instituições
hospitalares e se estendendo para cuidados domiciliares. Esse estudo tem como objetivo
descrever a função do enfermeiro no desenvolvimento de um melhor autocuidado a pacientes
que sofreram acidente vascular encefálico e necessitam de atenção especial sem perder sua
essência. Para realização do presente estudo foi realizada pesquisa bibliográfica, que forneceu
subsídios para que o tema em questão fosse analisado. A implementação da sistematização de
assistência de enfermagem se faz necessária desde a hospitalização até os cuidados
domiciliares. O enfermeiro deve auxiliar, encorajar e preparar pacientes e familiares para
reorganizarem a vida em seus lares de modo que possam assumir os cuidados detectando,
prevenindo e controlando situações que possam ocorrer durante as atividades de vida diária.
Ademais o enfermeiro incentiva cuidados para o menor risco possível ao paciente sequelado de
acidente vascular encefálico, sem que o mesmo perca sua autonomia pessoal e que mantenha
a qualidade de vida dentro dos parâmetros do paciente, afinal, a fase final da recuperação irá
acontecer no domicilio. Conclui- se que o enfermeiro tem papel fundamental para executar
cuidados de enfermagem ao paciente com acidente vascular encefálico a fim de promover o
autocuidado, dependendo do quadro do paciente, membros da equipe multiprofissional serão
acionados e juntos farão o planejamento das terapias. Com essa atenção a tendência é que os
pacientes voltem a ser independentes em suas atividades de vida diária como alimentação,
vestuário, higiene e marcha, se tratados precocemente e de forma eficaz. A reabilitação atua
em duas frentes, treinando o paciente para sua independência, com o potencial de função que
ele já apresenta e estimulando mecanismos tentando recuperar ou desenvolver a função
perdida.
88
PROMOÇÃO E PREVENÇÃO: A SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Dijanira Paloma Rebeca Brandao
Lorena Carolina Alves dos Santos
Elisangela Maria Carvalho
Leticia Fernanda Cota Freitas (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Na sociedade atual o homem se titula como o “homem de aço” acreditando que nada poderá
atingi-los. Por esse motivo há uma preocupação maior por homens que não procuram uma
Unidade Básica de Saúde e não se preocupam em cuidar da sua própria saúde. A saúde do
homem na atenção primária é um desafio às políticas públicas, pois alguns deles não
reconhecem a importância da promoção da saúde e prevenção de doenças como questões
associadas ao homem (ALBANO, BASILIO e NEVES, 2010). No Brasil é bastante disseminada a
ideia de que as unidades de atenção primária a saúde (UAPS) são serviços destinados quase que
exclusivamente para mulheres, crianças e idosos. Muitas são as suposições e justificativas para
a pouca presença masculina nos serviços de atenção primária à saúde (ALBANO, BASILIO e
NEVES, 2010). Os estudos apontam para marcadas diferenças por sexo quanto ao motivo da
procura de serviços de saúde, mesmo quando excluídos os partos e os atendimentos de prénatal as mulheres buscam mais serviços para realização de exames de rotina e prevenção,
enquanto os homens procuram mais serviços de saúde por motivo de doença já instalada.
Diante disso o objetivo desse trabalho é mostrar a importância de ações de promoção e
prevenção da população masculina dentro das unidades a atenção primaria e de como levar o
mesmo para dentro das Unidades Básicas de saúde. A metodologia utilizada para elaboração do
presente estudo foi pesquisa bibliográfica, sendo utilizado a base de dados Bireme e Scielo, foi
utilizado 3 artigos dos anos de 2005 a 2011, com temas relacionados ao homem na atenção
primaria. A mesma forneceu subsídios para que o tema em questão fosse analisado. Percebeuse então a necessidade de um cuidado especial ao homem. Em 2008 foi criada então a Política
Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem porque visa qualificar a saúde da população
masculina na perspectiva de linhas de cuidado que resguardem a integralidade da atenção. Os
homens hoje poderiam evitar muitas complicações em relação a saúde se tivessem procurado
uma Unidade Básica de Saúde. Segundo A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do
Homem aproximadamente 75% das enfermidades e agravos dessa população está concentrada
em 5 (cinco) grandes áreas especializadas: cardiologia, urologia, saúde mental,
gastroenterologia e pneumologia. Por outro lado, no entanto, afirma-se que, na verdade, os
homens preferem utilizar outros serviços de saúde, como farmácias ou prontos-socorros, que
responderiam mais objetivamente às suas demandas. Nesses lugares, os homens sentem que
são atendidos mais rapidamente e conseguiriam expor seus problemas com mais facilidade.
Sendo assim conclui-se que com a finalidade de trazer o público masculino para a atenção
primária devem ser criadas medidas educativas visando essa população, levando em conta o
horário de disponibilidade, as necessidades masculinas dentre outras, assim promovendo saúde
com palestras e rodas de conversas para que essa população seja incluída no contexto de
89
prevenção e promoção a saúde, capacitando as diversas equipes para recebe-los, podendo
assim evitar doenças e agravos.
90
A HUMANIZAÇÃO E O CUIDADO DO TRABALHADOR DE SAÚDE EM NÍVEL DA
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Angélica Cristina Duarte Gonçalves
Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A humanização tem sido preconizada para a assistência de saúde em todos os níveis. Ocorre
que, para prestar um cuidado humanizado, é preciso que os profissionais de saúde tenham
imbuídos em si mesmos, os valores requeridos para a efetivação de ações que concretizem o
acolhimento e humanização do atendimento. A equipe de auxiliares e técnicos de enfermagem
especificamente, que na maioria das vezes presta o primeiro atendimento e tem maior interface
com o usuário, é a mais cobrada para prestar assistência humanizada e acolhedora. Porém, nem
sempre esses profissionais são sequer ouvidos em suas demandas. Neste contexto, este estudo
visa esclarecer quais têm sido as estratégias gerenciais desenvolvidas pelo enfermeiro para a
humanização e o cuidado das equipes que ele lidera. O tema se justifica por alertar a todos sobre
a necessidade de cuidar de quem cuida. Dessa forma, será possível o desenvolvimento de uma
nova cultura que fortaleça a realização pessoal e profissional desses trabalhadores, por meio do
respeito e da valorização humana. Nessa perspectiva, há que se estabelecer o respeito pela
individualidade e demostrar para cada um, de forma concreta e verdadeira, o reconhecimento
de seus esforços e comprometimento para o melhor funcionamento do serviço. Segundo Backes
et al. (2006, p.222), “problematizar e concretizar a humanização do ambiente, mais
especificamente a partir do trabalhador, implica uma reflexão crítica e dialógica acerca dos
princípios e valores que norteiam a prática dos profissionais”. Assim, a utilização de estratégias
para implantar as práticas de humanização nos ambientes de saúde voltada para os profissionais
assistenciais é indispensável. Negligenciar neste campo implica na dissonância de um discurso
contradizendo a prática. Mesmo assim, a maioria das instituições de saúde insistem em tratar
seus profissionais de maneira inapropriada, deixando de oferecer melhores condições de
trabalho e não se importam com o excesso de tarefas e obrigações e as precárias condições de
vida, resultantes de noites mal dormidas, falhas na alimentação, hábitos condenáveis como
automedicação, tabagismo, alcoolismo entre outros. Mesmo quando estão verdadeiramente
doentes, fazem “consultas de corredores” numa conversa breve com um colega médico. A
metodologia adotada para o desenvolvimento do estudo foi a pesquisa bibliográfica em
periódicos nacionais, através da base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde, utilizando os descritores: humanização, atenção primária à saúde e gestão
de pessoas. Foram selecionados 11 artigos, por estarem escritos em língua portuguesa e terem
sido publicados nos últimos dez anos. Segundo Serra (2001 apud BEZERRIL, 2009, p.45) “é
necessário cuidar dos próprios profissionais da área de saúde, constituindo equipes de trabalhos
saudáveis para serem capazes de promover a humanização do serviço”. Vários outros autores
ressaltam que os gestores têm que a cada dia mais estimular os profissionais, pois, este estimulo
faz com que sejam desenvolvidas as habilidades e competências para a implantação de práticas
de humanização nos ambientes de trabalho de saúde. Os desafios para a implantação de um
programa de humanização nos ambientes de saúde são amplos. Mas é preciso que os gestores,
percorram esse caminho para que a realidade posta seja modificada. Os profissionais de saúde
91
também são seres humanos, que necessitam se sentirem acolhidos e protegidos pela instituição
em que prestam seus serviços. A partir daí, poderão repassar esse carinho de maneira natural e
espontânea, rotineiramente e com mais compromisso e assertividade.
92
CAPACITAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE PARA VINCULAÇÃO DA
POPULAÇÃO A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Angélica Cristina Duarte Gonçalves
Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
No atual contexto do setor saúde, o Agente Comunitário de Saúde (ACS) tem uma atribuição
importante na Estratégia Saúde da Família (ESF). O cargo foi criado em 1994, pelo Ministério da
Saúde, para a reorganização da atenção básica. Segundo as diretrizes propostas, o ACS deveria
ser algum membro da própria comunidade, pois dessa forma, conhecedor da população como
um todo, facilitaria a interlocução dos usuários com a equipe de saúde da família, tornando mais
forte a relação entre trabalho e vida social (BRASIL, 1999). As diretrizes para a assistência à
saúde, preconizadas pelo Sistema Único de Saúde/Sus, tem como ponto central a família (ROSA;
LABATE, 2005). Assim, o Programa Agente Comunitário de Saúde (PACS) é um marco e a chave
para efetivação das ações propostas. Atualmente, o ACS é um dos principais profissionais na
equipe multiprofissional. É ele quem está diretamente ligado à população adstrita. São inúmeras
as funções a serem desempenhadas e elas só se tornarão efetivas se ele souber chegar e
perceber a realidade em cada local por onde passa em suas visitas diárias. Assim, é grande
importância que ele seja capacitado e orientado sobre a importância do seu trabalho. Neste
sentido, o objetivo desse estudo é identificar as ações e estratégias necessárias para capacitação
e acompanhamento do ACS em seu cotidiano para o alcance dos resultados pretendidos. Tratase de uma revisão bibliográfica que aborda a importância da educação permanente para os
agentes comunitários de saúde. Ao longo dos capítulos, estão apresentadas abordagens de
ações de educação continuada, como quesito essencial na formação dos agentes comunitários
de saúde, que foram realizadas pelo enfermeiro. Além disso, trata da importância do
desenvolvimento de ações que permitam o aprimoramento da pratica profissional. Foi utilizada
a base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, utilizando os
descritores: agente comunitário de saúde, saúde da família, atenção primaria. De todos os
artigos levantados, foram selecionados 8, por estarem escritos integralmente em língua
portuguesa e terem sido publicados nos últimos dez anos. Os documentos revisados retratam a
importância da realização dessas atividades de educação continuada, que atualmente estão
sendo ditas como atividades de educação permanente. Realizadas principalmente por
enfermeiros, essas ações contribuem significativamente para o crescimento técnico científico
do agente comunitário de saúde. Consequentemente, contribuem para o reconhecimento do
agente comunitário de saúde, na comunidade na qual está inserido. Todos ressaltam a
importância da capacitação do ACS, considerando principalmente a relevância do seu papel, na
busca dos usuários em nível da atenção primária, para a conscientização da população em prol
da saúde, por meio da promoção à saúde e prevenção da doença.
93
TRAUMA NA INFÂNCIA
Natália De Oliveira Guimarães
Marcela Morais Fernandes
Lucia Maria Gomes Viana
Cynthia De Fátima Reis Lealdade
Lydiane Paula De Souza
Inês Chamel José (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O trauma é a principal causa de morte e invalidez na infância. Dessas mortes, 80% poderiam ser
evitadas, por meio de estratégias de prevenção que evitem o trauma infantil ou por tratamento
apropriado. Assim, pode-se considerar que todos os aspectos do atendimento pediátrico, a
avaliação e o atendimento adequados da criança traumatizada, requer um conhecimento amplo
das características próprias do crescimento e desenvolvimento da criança, principalmente da
anatomia e fisiologia de seu desenvolvimento, como também dos mecanismos específicos de
lesão. O objetivo deste trabalho foi identificar os principais mecanismos de trauma na infância
e o perfil das vítimas. Foi realizada uma pesquisa por meio de revisão de literatura, utilizando
artigos científicos, textos e livros específicos, sendo a busca realizada em banco de dados
nacionais e biblioteca física. Dados obtidos por diferentes autores revelam que, das vítimas de
trauma na infância, em geral, 52% a 67% são do sexo masculino. A prevalência de meninos pode
ter relação com seu comportamento natural e tipos de brincadeiras geralmente preferidas. As
quedas foram às causas mais comuns de trauma em crianças menores de dez anos. Dentre as
causas de morte por trauma, as mais frequentes em crianças são aquelas por acidentes de
transporte, com destaque aos atropelamentos. Atropelamento foi o segundo maior fator
causador de trauma, sendo comum em crianças entre seis e dez anos. Cerca de 49% dos traumas
com crianças ocorreram de sábado a segunda-feira, entre 19 horas e zero hora, horário onde
ocorreu o maior número de traumas por acidentes e agressões. De acordo com as estatísticas,
em 87% dos casos, os traumas relacionam-se com esportes, como uso de skate e bicicleta e, em
4%, é resultante de agressão. Em média, 33% correspondem à agressão sexual e 22% estão
relacionados às outras síndromes de maus-tratos. A necessidade de cuidado contínuo pode
predispor a criança ao abuso por parte de quem cuida dela, seja em ambiente domiciliar ou
instituições, como escolas e creches, que prestam cuidado integral à criança. Os resultados
apresentados contribuem para os dados epidemiológicos, mas é reforçada a necessidade de
identificar cada trauma. Esses resultados também são compatíveis com o estágio de
desenvolvimento esperado das crianças, que se encontram sob alto risco de cair de leitos,
cadeiras, sofás e outras mobílias. A abordagem educacional deve ter papel de destaque nas
medidas preventivas. O ambiente domiciliar é um local frequente de acidentes domésticos e
quedas. Assim, pais, cuidadores e professores precisam compreender os fatores de riscos
envolvidos e o alto grau de complexidade. Os profissionais de saúde também devem estar
envolvidos nesta linha de cuidados, pois desempenham um papel importante no cuidado e
promoção da saúde na infância.
94
A ÉTICA NA ENFERMAGEM
Natália De Oliveira Guimarães
Marcela Morais Fernandes
Lucia Maria Gomes Viana
Cynthia de Fátima Reais Lealdade
Lydiane Paula De Souza
Inês Chamel José (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Este estudo trata-se de uma reflexão teórica sobre a ética na Enfermagem e na saúde,
apontando as limitações e os desafios dos profissionais de saúde na construção da ética na
profissão, em especial os profissionais da Enfermagem, argumentando sobre como o cuidado
da enfermagem precisa fundamentar-se dentro de uma conduta ética, tendo em vista a
complexidade das questões éticas com que se deparam os profissionais da enfermagem e da
saúde, atualmente. O objetivo deste estudo foi refletir acerca de considerações éticas que
necessitam fundamentar as ações de enfermagem. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre
questões relevantes, agregando informações de artigos científicos, revistas eletrônicas,
protocolos, textos e livros específicos. A busca foi realizada em banco de dados nacionais e
biblioteca física. Diversos autores apontam a capacidade da enfermagem atuar eticamente,
auxiliando, assim, a equipe multiprofissional. São reais as limitações do ensino de ética em
saúde, os desafios e as suas contribuições. Os autores destacam a função gerencial do
enfermeiro, indicando que esta deve ser baseada em valores da profissão, em seu código de
ética e nos direitos do paciente, integrando cuidado humano qualificado, guiado pelo respeito,
por livre consentimento e pela promoção do paciente como um protagonista e sujeito do seu
cuidado. Em Enfermagem, o termo ético refere-se aos padrões de comportamento relativo ao
paciente, à chefia e aos colegas de trabalho. Ter discernimento significa saber o que é certo e o
que é errado e como agir para chegar ao equilíbrio. Prestar cuidado a alguém implica lidar com
crenças e valores de si próprio e de outros, que constituem referências sobre a forma de estar
e viver, na relação com os outros e com o mundo. É importante que os contextos, os conflitos
de convivência e de trabalho, venham ser um plano de fundo que direciona ao ensino e
aprendizagem da Ética, sobre o qual, chefia e colegas de trabalho estabelecem o diálogo. Nas
experiências vivenciadas na vida e no trabalho, o ensino e a aprendizagem da Ética se dão de
maneira mais eficaz; o estudo deixa claro a necessidade de participação do enfermeiro e da sua
intervenção. A proposta é redirecionar o ensino da ética em enfermagem em um enfoque
centrado em discussões conceituais para um ensino transversal de valores, por meio de
metodologias ativas. Isso exige que todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem
adotem uma postura inovadora. O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem do Brasil,
reestruturado e aprovado pelo Conselho Federal de Enfermagem, constitui numa declaração
pública que visa o aprimoramento do comportamento ético do profissional, expressando
questões morais, valores e metas da Enfermagem. Mas, para que isso se concretize, é necessário
planejar uma educação internacionalizada. Considera-se os resultados desta pesquisa em
concordância com estudos levantados que revelam que o profissional deve promover uma
95
estratégia de ensino. O propósito, com essas reflexões, é promover uma educação em
enfermagem que envolva o espírito crítico e a capacidade de dialogar, buscar a justiça, a
solidariedade, a igualdade e a coerência entre os meios e os fins. É importante que se tenha um
ambiente em que a Ética seja uma realidade. Para a formação moral é preciso que os educadores
contribuam com atitudes éticas. Não basta adotar metodologias e meios inovadores, se não
houver uma concepção pedagógica e estruturada que fundamente a formação de profissionais
éticos.
96
SÍNDROME DO MEMBRO FANTASMA
Cynthia de Fátima Reis Lealdade
Adriana Gomes Cintya Rachel Vieira Silva
Alexandrina Maria Fernandes de Paula
Rose Hellen Cota Bomfim
Sônia Maria Nunes Viana (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A sensação do membro fantasma é um fenômeno que acomete pacientes submetidos à
amputação de qualquer um dos membros, e essa sensação pode ser acompanhada ou não de
dor. Na maioria dos casos, o membro fantasma possui o mesmo tamanho, forma e postura que
o membro amputado apresentava no pré-operatório ou trauma, podendo, em até 20% dos
casos, evoluir com redução progressiva do tamanho do membro, esse fenômeno é denominado
telescopagem. Independente da causa que motivou a amputação, até 80% dos pacientes
apresentam dor no membro fantasma, o que pode ocupar uma postura anormal ou
anatomicamente impossível. O impacto da dor fantasma extrapola o causado pela amputação
em si ou da presença da sensação fantasma. A dor é em geral incapacitante e está usualmente
associada à síndrome dolorosa miofascial na musculatura próxima da região amputada. O
tratamento dessa síndrome dolorosa é baseado no manuseio farmacológico e no tratamento
dos aspectos físico, psicológico e comportamental do paciente. A intervenção cirúrgica pode ser
utilizada, sendo geralmente direcionada para o tratamento do neuroma do coto de amputação.
No que concerne o tratamento farmacológico, são utilizados analgésicos não opioides,
antidepressivos tricíclicos (ou inibidores duais), neurolépticos, anticonvulsivantes, opioides,
bloqueadores neuromusculares, cetamina e capsaicina. JUSTIFICATIVA: Apesar de pouco
conhecida a Síndrome do membro fantasma acontece em pessoas cujo foi necessário o
amputamento de algum membro do corpo como braço, perna, dentre outros membros. Essa
síndrome é caracterizada pela dor no membro que foi perdido. Segundo o INCA 80% dos
pacientes submetido a esse procedimento de amputação de membro, relatam dor no membro
que foi retirado. Para esses pacientes a sensação de ainda possuírem o membro é muito real.
Alguns estudos revelam que alguns pacientes acabam sofrendo acidentes pelo impulso de
tentarem utilizar o membro amputado. A causa para esse tipo de fenômeno é variada.
Acreditava-se que ocorria a síndrome por motivos psicológicos, hoje se acredita que além das
causas neurológicas há também influências fisiológicas. OBJETIVO: Discutir a síndrome a fim de
adquirirmos mais informações e conhecimento sobre o assunto para que, possamos melhor
acolher o paciente portador da mesma. Avaliar uma melhor forma de assistir os pacientes com
o problema além de realizar uma busca de informações sobre esse fenômeno. METODOLOGIA:
Pesquisa realizada para fins acadêmicos, a fim de responder questões relacionadas a síndrome
do membro fantasma. Como critérios de investigação foram utilizados artigos sobre síndrome
do membro fantasma e dor fantasma e dados do INCA. Foram utilizadas fontes publicadas de
2003 a 2013. RESULTADOS: Após a realização deste trabalho foi possível observar a gravidade
desta síndrome a necessidade de cuidado e o respeito ao portador da mesma, pois é muito
grande a dificuldade do paciente conseguir expressar esta dor se não houver a confiança no
97
profissional que o está assistindo, trata-se de um constrangimento sentir dor em um membro
que não mais existe e difícil de compreender que realmente está dor existe. CONCLUSÃO:
Apesar de não ser muito comum a ocorrência desta síndrome, o profissional de enfermagem
precisa estar preparado para se deparar com pacientes nesta situação. Por isso é necessário um
conhecimento sobre o assunto para que o paciente venha ser assistido como um todo. A falta
de informação pode ser um dos dificultadores para o tratamento. Uma vez que muitos pacientes
não falam sobre o assunto pelo medo de serem tratados como loucos. Por esse motivo torna-se
necessário uma intervenção de saúde com o objetivo de informar e assistir esse paciente nas
diversas áreas.
98
ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE DO HOMEM
Cynthia de Fátima Reis Lealdade
Cintya Rachel Vieira Silva
Adriana Gomes
Alexandrina Maria Fernandes de Paula
Rose Hellen Cota Bomfim
Sônia Maria Nunes Viana (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO: O homem tem certa dificuldade em buscar atendimento médico, principalmente
nas unidades básicas de saúde (UBS) e mais ainda quando se trata de prevenção. Existe um
receio entre eles de que os serviços oferecidos pela UBS são destinados quase que
exclusivamente para mulheres, crianças e idosos. Neste caso os homens têm como justificativa
o horário de atendimento, a dificuldade de conseguir ser atendido e também a maioria dos
profissionais para o atendimento ser mulher. JUSTIFICATIVA: O cuidado com a saúde do homem
não se limita só para ele próprio, pois o homem em sua maioria é um pai de família e deve zelar
por ela e para isso precisa estar bem fisicamente e mentalmente o que engloba o cuidado com
a saúde em todas as fazes da vida. Devemos saber se os profissionais de saúde estão aptos a
atender este público. OBJETIVO: Discutir a saúde do homem na atenção primária, conseguir
identificar problemas em relação ao atendimento prestado a população masculina e a
dificuldade de adesão dos mesmos. METODOLOGIA: Foi realizada uma visita técnica a uma UBS
na região de Santa Luzia, onde foi realizado perguntas informais aos profissionais de saúde
referentes ao assunto e também observação do ambiente. RESULTADOS: A maioria dos
entrevistados apresentou alguma dificuldade em abordar o público masculino, e alguns
assumiram que não sabem lidar com estes pacientes. E todos os profissionais reconheceram a
necessidade de investir em estratégias de saúde voltadas para este público, pois apesar de
existir uma PNASH, nunca houve na UBS um treinamento relacionado à saúde do homem e
também não existe nenhuma atividade específica para este público. Existem na unidade alguns
informativos e cartazes que comentavam sobre o assunto. Foi identificada também, a
necessidade e importância de estar preparando esses profissionais para atender esse público, e
também é fundamental que haja a elaboração de uma estratégia para atrair esse público para a
UBS. CONCLUSÃO: Através da realização deste trabalho foi possível identificar a necessidade de
mudanças de paradigmas no que concerne à percepção da população masculina em relação ao
cuidado com sua saúde e a saúde de sua família. E também a dificuldade do profissional de saúde
em relação ao cuidado com este público, pois se faz necessário uma reorganização do
atendimento nas UBS colocando em prática as intervenções que estão disponíveis na PNASH
para que assim o usuário tenha acesso a um serviço de qualidade e que se sinta incluído neste
meio. “Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca pela
excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito.
99
SÍNDROME DE BURNOUT: INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCOS PARA O PROFISSIONAL
DE ENFERMAGEM
Érica Conceição da Silva
Ivani Aparecida Teixeira
Tallita Oliveira Souza
Patrícia Souza Candido Ferraz
Priscila Regina Vasconcelos
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psicológico que
é descrito desde 1974 por Freudenberger um médico americano. É um transtorno registrado no
grupo V da CID 10. A principal característica é a tensão emocional e estresse que tende a durar
um longo período, tornando as condições de trabalho desgastantes em todos os sentidos
fisicamente, emocionalmente e psicologicamente, essa síndrome acomete especialmente
profissionais cujo exercício da profissão exija envolvimento interpessoal direto e constante
(VARELLA, 2011). Essa pesquisa é justificada devido a necessidade de busca de informações de
uma patologia de grande acometimento e causadora de um grande número de afastamento
profissional por esgotamento no ambiente de trabalho. O objetivo foi identificar a incidência e
os fatores de riscos para a Síndrome de Burnout em profissionais de Enfermagem. Trata-se de
uma pesquisa bibliográfica de revisão analítica, em artigos encontrados no banco de dados
eletrônicos Scielo sítio da biblioteca virtual de saúde- BVS, cujas palavras chave utilizadas na
busca de artigos, que demonstraram potenciais de riscos e percentuais de profissionais
propensos ao distúrbio, foram “Síndrome de Bournout” e “esgotamento profissional”. Foram
escolhidos seis artigos encontrados de acordo com o tema, destes ocorreu a escolha de três
através da leitura do título e resumo, de acordo com o propósito da pesquisa, para avaliação de
incidência e fatores de riscos para o profissional de Enfermagem no ambiente de trabalho. Em
determinadas pesquisas verificaram-se que mulheres, profissionais que atuam em dois turnos e
trabalhadores com a faixa etária avançada apresentam maior probabilidade de serem
acometidos pela síndrome. Em uma pesquisa realizada em um hospital no Rio grande do Norte
com duzentos e cinco profissionais verificou-se que 93% dos mesmos apresentavam níveis da
Síndrome de Burnout moderado a elevado (BORGES et al., 2002 apud SOUZA, 2013). Segundo
Figueiras e Cols (2002) apud Souza (2013) a Síndrome de Burnout é responsável por 70% das
consultas a médicos e sua incidência é crescente. O trabalho dos profissionais favorece o
desenvolvimento da Síndrome de Burnout, pois estes têm relação direta com seus pacientes,
podendo assim estabelecer laços em uma relação de proximidade, muitas vezes, causando
sofrimento e até o adoecimento do mesmo. A partir dessas evidências surgem questionamentos
a respeito da atuação dos enfermeiros que estão na docência e até acadêmicos na área busquem
meios que contribuam para uma diminuição na incidência de Burnout nesses profissionais. A
Enfermagem é uma das áreas afetadas por essa síndrome, ou seja, existem outras profissões
que também são afetados, assim existe há necessidade de busca de maior conhecimento e
100
meios de controlar essa síndrome, e tende-se a trazer momentos de trabalho com harmonia aos
profissionais, e em contrapartida um atendimento ou serviço prestado com mais qualidade e
eficácia aos clientes. Com o material utilizado foi evidenciado que vários fatores interferem
diariamente no processo de trabalho do Enfermeiro gerando um atrito direto em seu empenho,
com isso a necessidade de inovação, e da busca de um ambiente onde haja participação de todos
os profissionais de uma maneira harmoniosa, verificou-se uma alta incidência da patologia o que
desperta um olhar crítico para necessidade de buscar meios de prevenção aos riscos, e um
diagnóstico precoce para que ocorra um tratamento eficaz e adequado. O profissional que cuida
também deve ser cuidado e esse processo deve se tornar uma habito constante, pois com o
processo cada dia mais acelerado, tendemos a um nível psicológico mais instável, onde muitos
podem perder. Enquanto acadêmicos temos a visão de que pequenas atividades podem mudar
esse quadro, que se torna difícil pela demanda vivida no cotidiano, e cada profissional deveria
buscar um meio de convívio com interação entre equipes para se obter um resultado
satisfatório.
101
ERROS DE PRESCRIÇÃO NO SERVIÇO DE SAÚDE
Marlene Conceição da silva
Rose Hellen Cota Bonfim
Aparecida Fernandes de Oliveira
Cleide Aparecida Miranda
Natália De Oliveira Guimarães
Sonia Maria Nunes Viana (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A prescrição é essencialmente, um instrumento de comunicação entre médico farmacêutico,
enfermeiro, cuidador e paciente. Para ser considerada adequada, além da clareza deve seguir
os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) para prescrição racional, sendo apropriada,
segura, efetiva e econômica. Essas características contribuem para maiores chances de êxito da
terapia aplicada e segurança do paciente. Conforme o programa nacional de medicamento
(PNM) a prescrição é o ato de definir o medicamento a ser utilizado, com a respectiva dosagem
e duração do tratamento. De acordo com a Lei 5991/73 no Brasil, as prescrições devem conter:
nome do paciente, data, nome dos medicamentos a serem administrado, concentração,
dosagem, via de administração, frequência/ horário de administração, assinatura e registro no
Conselho Regional de Medicina (CRM), devendo ser legível e sem rasuras. Nos Serviços de saúde
além do atendimento imediato aos pacientes críticos, é necessário o raciocínio clínico do
enfermeiro, em conjunto com a equipe multiprofissional, sobre a utilização dos fármacos
prescritos, para evitar uma possível interação ou a diminuição da eficácia do tratamento
proposto. Esse trabalho busca identificar os tipos de erros de prescrições mais comuns ocorridos
nas unidades de saúde. A pesquisa foi realizada através de revisão bibliográfica com seleção de
artigos na base de dados da BVS com as Palavras Chave: “erros prescrição” e “administração de
medicamentos”, os filtros utilizados foram: Artigos escritos em português, publicações
posteriores a 2009. Foram pré-selecionados 20 artigos. Após leitura de resumo restaram 8 que
foram utilizados para a construção desse trabalho. Na pesquisa constatou-se que nos estudos
realizados em setores hospitalares foi observado que em 72,6% das prescrições não estava
descrito a via de administração, a ausência da duração do tratamento foi verificado em 55,5%
das prescrições médicas e a duração do tratamento estava presente apenas em 48,8% dos caso.
Já em estudos realizados em unidade básica de saúde a ausência do tempo de tratamento foi
verificada em 79% das prescrições. Em uma pesquisa realizada na unidade de saúde na cidade
de Ouro Preto foram encontrados 1062 prescrições sendo que 2,35% delas não apresentavam a
forma farmacêutica,10,5% não continham a concentração, 1,69% a posologia e 17,42% não
estabelecia a duração total do tratamento. Além disso foram descritos também como problemas
a falta de legibilidade (gerando potencialmente interpretações equivocadas), e a não
identificação do prescritor. Observa-se que os erros não são raros de ocorrer, tendo os trabalhos
analisados evidenciado e comprovado que eles existem e em proporções muito maiores do que
o aceitável. Visto que erradicar o erro é praticamente impossível e considerando que atividades
humanas sempre estarão susceptíveis ao erro, o que cabe a nós enfermeiros é ficar atentos e
intervir diante de situações onde o erro da prescrição/prescrição incorreta pode potencialmente
102
provocar dano ao paciente. Porem entende-se também que isoladamente não é suficiente, visto
que o processo de trabalho na saúde consta de trabalho em equipe onde uma área está
intimamente relacionada à outra. Para minimizar os efeitos dos erros de prescrição, acredita-se
ser necessário trabalho de educação e conscientização dos prescritores e interação da equipe a
fim de garantir a segurança do paciente e da assistência.
103
A ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE REFERENTE AO SUPORTE BÁSICO DE
VIDA
Gabriela Monique Sabino Salustiano
Raquel Jorge da Costa Vasconcelos
Stephanie Cardoso de Souza
Cleide Aparecida Miranda
Daniela Claudina de Macêdo
Aniely Coneglian Santos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
As causas mais comuns de óbitos no Brasil, são as Doenças do Sistema Circulatório. Por ser
representado através de manifestações pré-hospitalares, a educação em saúde da população
poderia reduzir o índice de mortalidade diante destes casos. A identificação precoce de uma
situação de risco, é fundamental para intervenção através dos primeiros socorros. A parada
cardiorrespiratória é definida como a interrupção abrupta da atividade cardíaca, podendo ser
reversível. As manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP) constitui uma sequência de
procedimentos que podem ser realizados por profissionais capacitados ou leigos treinados,
mediante o reconhecimento da obstrução de vias aéreas e da parada cardíaca e respiratória,
tais manobras podem reduzir o índice da mortalidade em vítimas de Parada Cardiorrespiratória
(PCR), se realizada de maneira imediata. A atuação do enfermeiro diante destes casos, é de
significativa relevância, pois este profissional poderá estimular e motivar a população de forma
positiva através da educação em saúde, contando também com o apoio da equipe
multidisciplinar. Diante disso o presente trabalho tem o objetivo descrever a importância do
enfermeiro na educação em saúde voltada para o suporte básico de vida. Trata-se de uma
revisão de literatura desenvolvida com base em artigos científicos, teses e livros. As bases de
dados utilizadas foram: BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), para a seleção de artigos publicados
no período de 2010 a 2014, sendo adotado como inclusão para este trabalho os textos que se
apresentavam no idioma português e disponíveis por completo. A atuação do profissional
enfermeiro como educador é indispensável para o desenvolvimento da cidadania, pois por meio
da informação em saúde, é permitida a escolha de intervir ou não na tomada decisão. O
enfermeiro é então um profissional que agrega habilidades em saúde e educação, o que o torna
capacitado ao processo ensino-aprendizagem de pessoas leigas no atendimento à vítima
durante o suporte básico de vida. Proporcionar tais informações significa estimular a formação
de indivíduos autônomos e preparados para contribuir com a saúde da sociedade. É um grande
desafio para o enfermeiro, como educador em saúde, conseguir atingir uma grande parcela da
população a fim de alcançar o seu objetivo de educar através de informações, no intuito de
garantir o conhecimento dos usuários acerca do suporte básico de vida. O desenvolvimento de
técnicas para educação deve ser realizado de forma a facilitar o aprendizado de todos que estão
ao alcance educador do enfermeiro. A educação em saúde voltada para o suporte básico de vida
é uma das estratégias básicas para a formação de uma população capaz de prestar atendimentos
iniciais e primordiais as vítimas na urgência. Sendo fundamental a realização de atividades pelo
104
profissional enfermeiro que aumente a conscientização, proporcionando maior sobrevida da
vítima durante uma emergência.
105
O ENFERMEIRO NO CUIDADO AO PACIENTE PORTADOR DE ALZHEIMER: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Ivani Aparecida Teixeira
Érica Conceição Tallita Oliveira Souza
Patrícia Souza Ana Paula Grigório
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva que provoca
demência, comprometendo a autonomia dos pacientes e prejudicando sua qualidade de vida.
Quando em estágio mais avançado, o indivíduo pode perder a capacidade de operacionalizar
sua vida de modo independente. Dessa forma, o paciente perde sua autonomia tendo
sentimento de impotência, desamparo, fragilidade e falta de perspectiva de futuro. O
conhecimento sobre a doença permite ao enfermeiro adequar o tratamento, bem como intervir
junto aos familiares e cuidadores, considerando as singularidades de cada paciente. O objetivo
deste trabalho foi descrever a experiência de discentes do curso de enfermagem na aplicação
do Processo de Enfermagem junto ao paciente portador de DA. Trata-se de um relato de
experiência, realizou-se um estudo de caso com um paciente portador de DA. Os formulários de
histórico de enfermagem foram devidamente preenchidos e realizou-se o exame físico no
paciente. O estudo foi precedido de autorização do responsável e preservou-se o sigilo do
mesmo. O paciente Sr. J.T, 84 anos, natural de Sete Lagoas, portador de DA e Diabetes mellitus.
Hipertensão Arterial Sistêmica e faz uso dos seguintes medicamentos: Captopril, Omeprazol,
Insulina, Eranz (cloridrato de Donepezila). Apresenta dificuldade na deglutição e pouca ingestão
hídrica. Ao exame físico: paciente encontrava-se agitado, desorientado no tempo e espaço,
abdome simétrico, sistema tegumentar e músculos esqueléticos sem alterações. Destaca-se que
o paciente apresentava marcha lentificada e identificou-se a pressão arterial de 150x90mmHg
no momento do exame. Assim, elaborou-se os seguintes diagnósticos de enfermagem: “Déficit
no autocuidado evidenciado por incapacidade de se auto cuidar”; “Comunicação verbal
prejudicada evidenciada por prejuízos cognitivos”; “Socialização prejudicada evidenciada pela
incapacidade de estabelecer relacionamento”; “Risco de violência direcionada para si e para os
outros relacionado ao déficit cognitivo”. As prescrições de enfermagem envolveram: capacitar
o indivíduo nas pequenas ações de autocuidado. Estimular hábitos de vida que favoreçam a
promoção da saúde. Atentar para a dificuldade de deambular e risco de se perder. Conversar
com o paciente de maneira tranquila e pausada, para reduzir os riscos de surtos, agitações e
autoagressão. Estimular e acompanhar a realização de atividades diárias como vestir-se, tomar
banho e escovar os dentes. Percebe-se que iniciativas que parecem simples como o incentivo
aos passeios e promoção de um ambiente mais tranquilo podem provocar melhorias na
qualidade de vida do paciente. Conclui-se que o papel da família no cumprimento das metas é
essencial, para isso é preciso estabelecer uma relação dialógica junto aos mesmos para sanar
dúvidas e esclarecê-los. A realização do trabalho permitiu perceber a importância do olhar
singular a cada um dos pacientes, de acordo com suas demandas, num esforço em estabelecer
106
um cuidado eficaz. Ao sistematizar o cuidado de enfermagem para o paciente foi possível
estabelecer suas prioridades e qualificar a assistência.
107
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA 3ª IDADE
Cláudio Ramos Branquinho
Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O envelhecimento populacional é um dos maiores desafios da saúde pública mundial. Este
fenômeno ocorreu inicialmente em países desenvolvidos, com a combinação de fatores como,
a queda da mortalidade, urbanização, melhoria nutricional, elevação dos níveis de higiene
pessoal e ambiental, assim como, os avanços tecnológicos contribuíram para este cenário. No
Brasil este fenômeno começou mais tarde quando comparado aos países desenvolvidos e está
crescendo rapidamente, principalmente na população acima dos 60 anos. Esse aumento se
deve, em grande parte, à elevação considerável da expectativa de vida dos brasileiros, e
potencializada com a queda da taxa de natalidade, ampliando a proporção relativa de idosos na
população, com impactos expressivos nas políticas de saúde. A atenção à saúde do idoso reflete
em práticas simples de cuidados, sendo um processo dinâmico que depende de ações
coordenadas de enfermagem, levando em consideração a realidade do idoso e respeitando os
aspectos, fisiológicos, sociais, culturais, econômicos e religiosos na assistência como um todo.
Identificar a importância do papel do enfermeiro no atendimento ao idoso. Este trabalho é um
estudo de revisão bibliográfica, onde se analisou publicações sobre assistência de enfermagem
na 3ª idade, direcionadas ao exercício profissional de enfermagem. Foram selecionados vários
artigos científicos compatíveis com o assunto, a partir da base de dados eletrônicos da SCIELO
com as palavras chaves: Enfermagem, Saúde do idoso no período de 2006 a 2015. As pessoas
idosas apresentam mais doenças crônicas tais como: Hipertensão arterial, diabetes mellitus e
índices superiores de dependência. Isso requer assistência contínua para, por exemplo,
monitorar o uso da medicação prescrita, realização de atividades diárias, hidratação,
alimentação, entre outras. Quando não assistidos, são usuários mais comuns dos três níveis de
atenção à saúde: Primários, secundários e terciários, gerando enormes gastos com a saúde.
Neste contexto, a forma como o profissional de enfermagem cuida do idoso está relacionada à
sua percepção do processo de envelhecimento, atuando diretamente na prevenção e promoção
da saúde, desenvolvendo ações educativas e auxiliando no diagnóstico no decorrer da vida os
quais devem ser compartilhados com a família, para definição das estratégias sobre o tipo de
assistência é mais indicado para o bem estar do idoso. Neste contexto, o enfermeiro é o
profissional que organiza e articula toda a assistência prestada. É evidente que o cuidado ao
idoso requer da enfermagem, conhecimento, afeto, paciência e dedicação visto que muitos
idosos são resistentes ao tratamento sendo um fator determinante para adequar o tipo de
assistência prestada, o que possibilitará a busca da qualidade de vida visando atender as
necessidades dessa população.
108
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NAS PLATAFORMAS DE PETRÓLEO (OFFSHORE)
Cláudio Ramos Branquinho
Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Com a grande demanda energética atual cada vez mais expressiva e a descoberta do Pré-sal pela
Petrobrás, o Brasil se coloca em uma posição estratégica no cenário mundial. O volume de
negócios gerado pelo pré-sal impulsiona o desenvolvimento de toda a cadeia de bens e serviços,
trazendo tecnologia, capacitação profissional e grandes oportunidades para a indústria com a
construção naval de plataformas, sondas e tudo que envolve a exploração e produção de
petróleo, tem despertado grande interesse de profissionais de enfermagem, porém, será que
estes profissionais sabem realmente quais os desafios a serem alcançados e os obstáculos a
serem enfrentados em uma plataforma em alto mar? Avaliar os desafios que o enfermeiro deve
enfrentar na plataforma de exploração de petróleo em alto mar é de grande importância. As
atividades desenvolvidas e os riscos inerentes a elas requerem a assistência de enfermagem em
diferentes contextos. Além das ações de vigilância e promoção da saúde, espera-se que os
profissionais de enfermagem possam contribuir de forma efetiva para o bem estar dos
profissionais envolvidos no processo de extração e produção do petróleo. Mostrar a importância
da inserção do profissional de enfermagem na área petrolífera em alto mar. Este trabalho é um
estudo de revisão bibliográfica, onde se analisou publicações sobre enfermagem offshore,
direcionadas ao exercício profissional de enfermagem. Foram selecionados artigos científicos
compatíveis com o assunto, a partir da base de dados eletrônicos da SCIELO num período de
2010 a 2015. Enfermagem offshore é a assistência de enfermagem desenvolvida na área de
exploração, produção de petróleo e gás natural em alto mar. logo, as atividades são voltadas
para trabalhadores a bordo de plataformas, e navios petrolíferos. Este tipo de atividade requer
do profissional de enfermagem conhecimentos específicos e experiência em emergência, UTI,
bloco cirúrgico, pronto atendimento, enfermagem do trabalho, resgate em altura, medicina
hiperbárica, prevenção e combate a incêndios, língua estrangeira entre outras, devido a
possíveis situações de sinistros, com lesões graves aos trabalhadores, decorrentes de operações
complexas na plataforma. A possibilidade de um atendimento de emergência de grande
proporção e gravidade é uma realidade bastante possível para o enfermeiro offshore, visto que
as operações envolvidas na exploração de petróleo e gás tem grande periculosidade, tanto que
este tipo de serviço é descrito pelo Ministério do Trabalho como de grau de risco IV, numa escala
que vai de I à IV, ou seja, é um dos de maiores riscos no Brasil. Por ter esta característica o
enfermeiro deve ser capaz de lidar com situações inerentes a profissão, que vai desde a
prevenção até a prestação de cuidados na ocorrência de sinistros extremos. Habilidades
científicas e técnicas serão sempre colocadas à prova e serão os pontos primordiais para
assistência em ferimentos, paradas cardíacas, doença descompressiva, amputações,
queimaduras, envenenamento por gás, atendimento a vítimas de explosões, entre outros. A
atividade tornou-se tão importante para a área que o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)
reconheceu a enfermagem offshore como uma nova especialidade por meio da resolução 389,
de 18 de outubro de 2011, passando a ser a 44º especialidade reconhecida na área. O papel do
109
profissional de enfermagem é vital para o desenvolvimento do país na indústria petrolífera,
sendo a primeira e última linha de defesa em situações adversas, garantindo a soberania
nacional, seja de forma preventiva ou atuante mantendo o moral alto das equipes embarcadas.
110
TESTES DE DENSIDADE, ACIDEZ E ADIÇÃO DE AMIDO PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
FRAUDES AO LEITE
Camila Ferreira Nasário
Amanda Maria Mesquita Figueiredo
Dhionne Correia Gomes (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Desde o início da vida, o leite apresenta-se na maioria das vezes indispensável na alimentação
dos seres humanos, pois representa a maior fonte de cálcio dentre os alimentos consumidos na
dieta. O leite é o terceiro item alimentício mais consumido, e o segundo mais consumido no
Brasil. As técnicas de produção de leite sofrem modificações que podem favorecer ao consumo;
aumentando a qualidade nutricional ou favorecendo o comércio (diminuindo gastos dos
produtores). Várias alterações podem interferir na qualidade do produto final, dentre elas:
características organolépticas, nutricionais e microbiológicas. Foi utilizado o laboratório de
tecnologia de alimentos da Faculdade de Minas BH, para desenvolver alguns testes de qualidade
de uma marca de leite bovino pasteurizado dentre as mais comuns. Os testes foram realizados
durante a aula prática do primeiro semestre de 2015, foram realizados de acordo com a
metodologia padrão preconizada e os resultados foram comparados com os parâmetros
determinados pela legislação vigente. A alteração de acidez ocorre pela transformação da
lactose de sua composição, com formação de ácido lático, causando diminuição do pH do leite.
A acidez foi quantificada pelo método de titulação expressa em graus Dornic. Para ser
considerado adequado para o consumo, deve variar de 0,13% a 0,17% da amostra. A densidade
do leite deve variar de 1,023 g/mL e 1,040 g/mL obtendo uma média de 1,032g/mL. A densidade
do leite pode ser influenciada pela concentração de gordura, amido ou água presente no leite,
acima do preconizado. Valores acima da faixa indicam adição de água, e valores abaixo da faixa
indicam a adição de outras substâncias como o amido ou desnate do leite. A identificação de
amido na amostra de leite indica uma forma de adulteração de leite pois pode ser utilizado para
promover a correção da densidade do leite caso esteja abaixo do valor de referência, tornando
o leite mais viscoso e atrativo para consumo. Foi aquecida uma amostra de 10mL em um bico
de busen e resfriada em banho de gelo, e adicionou-se 2 gotas de lugol para que ocorra a reação
de identificação e aparecimento da coloração azul no interior do tubo. Os resultados
encontrados foram: acidez, 0,207% (valores de referência: 0,13% A 0,17%); densidade,
1,028G/ML (valores de referência: 1,023 G/ML E 1,040 G/ML) e adição de amido: amarelo
(valores de referência: azul = positivo e amarelo= negativo). De acordo com os resultados
obtidos, podemos observar quanto ao parâmetro de acidez, que a amostra se encontrou fora
do padrão estabelecido. O que nos permite indicar que possivelmente houve uma acidificação
da lactose resultante da proliferação de microrganismos deterioradores e/ou patogênicos.
Devido transformação da lactose pelas enzimas microbianas ocorrendo à formação de ácido
láctico ocasionando a elevação da acidez do leite. A falta de refrigeração imediata logo após a
pasteurização ou a falta de higiene durante a produção podem também influenciar na
acidificação do leite. Quanto ao padrão de densidade e a adição de amido, amostra atendeu aos
padrões de qualidade destes parâmetros pois o resultado encontra-se dentro da faixa
111
estabelecida pela legislação vigente. Pode-se concluir que existem várias formas de fraudes na
produção de leite, porém as técnicas utilizadas para essa finalidade a cada dia vêm sendo
observadas e possíveis de descobertas através de testes de qualidade simples e possíveis de
execução em laboratórios. É possível concluir também que a amostra utilizada para os testes
nos indica possível contaminação microbiológica devido ao valor de acidez apresentar-se fora
dos valores de referência permitidos, porém atende aos padrões de densidade e adição de
amido testados.
112
USO DOS ANÁLAGOS DE GnRH NO TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE
Isabela Ferreira Caetano
Juliane Soares Boa Morte
Gabriela Almeida Bicalho
Rafaela Bessa Uchôa
Thaís Cardoso
José Hélvecio Kalil (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A endometriose é definida histologicamente com a presença de glândulas e ou estroma
endometriais fora da cavidade uterina. Algumas pacientes portadoras de endometriose são
assintomáticas, no entanto, a maioria apresenta queixas clínicas em diferentes intensidades,
sendo as principais: dismenorreia, dor pélvica crônica, infertilidade, dispareunia, sintomas
intestinais e urinários cíclicos como dor ou sangramento ao evacuar/urinar durante o período
menstrual. Devido essa importância seu manejo atual é baseado em tratamento clínico e
intervenção cirúrgica ou envolvendo a combinação de ambos. Daremos enfoque na elucidação
da real efetividade ou não da terapia médica pré-operatória e pós-operatória na cirurgia de
endometriose, com uso de análogos de GnRH, que são pequenas modificações na molécula
original do GnRH e tem como objetivo criar um ambiente desfavorável aos implantes ectópicos,
inibindo liberação de gonadotrofinas. Serão pesquisados ensaios na base de dados do MEDLINE,
da biblioteca COCHRANE e lista de artigos relevantes que comparam terapias médicas para a
supressão hormonal. Uma revisão da Cochrane identificou um total de 50 ensaios randomizados
que avaliaram o uso de GnRH’s no tratamento de endometriose sintomática. Todos os ensaios
incluíram mulheres na pré-menopausa com endometriose por laparoscopia diagnosticada. A
conclusão do estudo foi que há pouca ou nenhuma diferença na eficácia de GnRH’s em
comparação com outros tratamentos médicos para a endometriose. Já um estudo retrospectivo
que incluiu 32 mulheres com idades entre 23 a 43 anos, que haviam sido escolhidas para o tipo
de tratamento cirúrgico laparoscópico baseado no tamanho do endometrioma ovariano. Dessas
mulheres foram detectados 11 casos com endometrioma com diâmetro menor que três cm e
assim submetidas a drenagem e retirada de cápsula. E as outras 21 restantes com drenagem do
endometrioma, em seguida tratamento com GnRH por 4 meses e posterior retirada de capsula.
Nas 21 mulheres com endometriomas acima de 3 cm foram registrados 3 recidivas. A explicação
das recidivas, segundo Lopez et al ( 2000) apud Donnez (1996), os análogos de GnRH parecem
não agir tão bem no ovário, levando a ocorrência de supressão incompleta das células
endometrióticas, o que explica a recorrência após o término da terapia hormonal. Cinco ensaios
foram incluídos. Destes, 02 ensaios não mostraram nenhuma evidência de benefício em
comparação a cirurgia sozinha. Não houve nenhuma evidência de benefício da supressão
hormonal no pós-cirúrgico em comparação a cirurgia sozinha, no que diz respeito à recorrência
da doença e no controle da dor. Não houve ensaios que comparou a terapia hormonal antes e
após a cirurgia, com a cirurgia isolada. Por fim, de acordo com o artigo Pre and post-operative
medical therapy for endometriosis surgery, publicado na Cochrane foram feitos dezesseis
ensaios: dois ensaios de terapia hormonal pré-cirúrgica não mostraram nenhuma evidência de
113
benefício em comparação com a cirurgia sozinha, e, não havia nenhuma evidência de benefícios
para a supressão hormonal pós-cirúrgica de endometriose em comparação com a cirurgia
sozinha para os resultados de dor, a recorrência da doença ou as taxas de gravidez. A partir da
análise dos artigos conclui-se então que não existem estudos suficientes para confirmar a
alegação de que os análogos de GnRH são eficazes na endometriose como terapia clínica pré e
pós cirúrgica. Não há nenhuma evidência de estudos válidos para concluir que a supressão
hormonal em associação com a cirurgia para a endometriose está associada a uma vantagem
significativa no que diz respeito apenas à cirurgia.
114
TERAPIA HORMONAL COADJUVANTE NA CIRURGIA DE ENDOMETRIOSE
Gabriela Almeida Bicalho
William Camargos de Lima
Thais Cardoso de Oliveira
Juliane Soares Boa Morte
Rafaela Bessa Uchôa
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A endometriose é uma das condições ginecológicas benignas mais comuns, caracterizando-se
pela presença de glândulas endometriais e estroma fora da musculatura e da cavidade uterina.
O mecanismo de histogênese, refere-se à teoria de Sampson, que foi o primeiro a descrever a
endometriose em 1921, e sugeriu que as lesões resultariam de um refluxo de tecido endometrial
viável através das trompas, com implantação na superfície peritoneal e nos órgãos pélvicos. Esse
parece ser um fenômeno crítico para o desenvolvimento dos focos, mas não explica o processo
fisiopatológico. Um número crescente de estudos indica combinação de fatores genéticos,
hormonais, imunológicos e anatômicos como contribuintes para a formação e o
desenvolvimento dos focos. Foi realizado uma busca nos bancos de dados Pub-Med, Scielo,
Medline e UpToDate por artigos nacionais e internacionais, selecionando as melhores evidências
científicas disponíveis, os quais foram classificados de acordo com grau de evidência
recomendado. O uso da terapia hormonal no pós-cirúrgico permanece em constante discussão,
sendo a diminuição da recorrência da doença uma das principais justificativas de sua utilização.
Em relação aos outros benefícios associados, dos estudos selecionados, dois analisaram o uso
análogos do GnRH após cirurgia para endometriose e demonstraram melhor controle da dor e
retardo na recorrência em período de acompanhamento de mais de 12 meses em relação ao
placebo, porém sem alteração em taxas de fecundidade. Outros ensaios clínicos referiram que
o uso de análogos por período de 3 meses após cirurgia não mostrou benefício em melhora da
dor e taxas de fecundidade. Visto isso, as evidências do benefício do tratamento combinado não
são inequívocas, ficando o tratamento medicamentoso melhor indicado para pacientes
sintomáticas após o tratamento cirúrgico ou com maior probabilidade de recorrência da doença.
115
TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL PELA VIA VAGINAL
Carolina Menezes Uaquim
Fillipe Moroni Menezes Martins
Henrique Monteiro de Castro
Isadora Leite Pessoa
Paula Januária Figueredo Braga
José Helvécio Kalil (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Os sintomas do climatério e da menopausa, provenientes da queda brusca de estrogênio, no
período pós-reprodutivo vem atingido um número cada vez maior de mulheres, já que a
expectativa de vida vem aumentando. Atualmente, estão disponíveis no mercado uma
variedade de hormônios para terapia de reposição hormonal (TRH) e algumas diferentes vias de
administração. Dentre elas destacaremos a via vaginal, suas vantagens e desvantagens no corpo
da mulher. A depender da via de administração, o medicamento pode sofrer ações metabólicas,
o que nos leva a inferir que tal terapia requer individualização para cada paciente a fim de
esclarecer riscos e benefícios para seu tratamento. Dentre as não orais, as mais aplicadas na
prática clínica são as injetáveis, implantes sub dérmicos, via trans dérmica, via percutânea e via
vaginal. Estudos recentes demostraram que, tanto a via oral quanto a não oral são eficazes e
que a escolha da via deve ser individualizada e atrelada com a experiência do profissional,
adequando-a aos sintomas predominantes. Entretanto ficou evidente que quando ocorre atrofia
genital e incontinência urinária, decorrente da queda brusca de estrogênio, a via vaginal
demostrou melhores resultados quando comparados a via sistêmica que leva algum tempo até
induzir proliferação vaginal e aliviar os sintomas. Sendo que o efeito do estrógeno varia de
acordo com o local de aplicação vaginal e seu respectivo fluxo de sangue. Os estudos do fluxo
de Doppler mostram um aumento do fluxo nas artérias uterinas quando o estradiol é aplicado
perto do colo do útero e posterior ao fornix, e pequena alteração no fluxo uterino é notada
quando o estrogênio é aplicado à porção distal da vagina, mas aumentada em torno da uretra e
da bexiga. A diferença básica entre as vias de administração se prende ao fato de que toda
medicação oral é absorvida pela mucosa gastrointestinal e passa obrigatoriamente pelo fígado
antes de ser distribuída na circulação geral. Este fato é conhecido como primeira passagem
hepática e terá como consequência a transformação do estradiol em estrona, que é um
estrogênio menos ativo e a produção de várias proteínas hepáticas, algumas relacionadas com
os mecanismos da coagulação sanguínea, podendo favorecer um quadro de trombose venosa,
e outras, como o substrato renina ou angiotensinogênio, que numa pequena porcentagem dos
casos, pode provocar a elevação da pressão arterial. Contudo, qualquer que seja a via utilizada,
objetiva-se atingir níveis sanguíneos hormonais fisiológicos, correspondendo à quantidade de
estrogênios produzidos pelos ovários no início de um ciclo menstrual normal. Estes níveis são
adequados para exercer a proteção cardiovascular, a manutenção da massa óssea, melhorar os
sintomas relacionados à função cerebral, sintomas vasomotores (ondas de calor e suores
noturnos que podem causar alterações do sono) e os sintomas vaginais aliviando a grande
maioria dos sintomas climatéricos.
116
ARMAZENAGEM DE MEDICAMENTOS EM RESIDÊNCIAS E O RISCO DA
AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSOS
Kelly Cristina Teixeira da Silva
Rodolfo Neiva de Sousa
Rosieny Rufino Santos
Julia Albernaz de Sousa
Ana Carolina Souza Ameno
Patrícia Alves Maia Guidine (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A utilização inadequada de medicamentos constitui um sério risco de saúde pública,
particularmente para a população idosa. Nesse contexto, um fator que contribui para a
automedicação é o fato de que, muitas vezes, medicamentos que não foram utilizados em
terapias vigentes pelos pacientes são armazenados, gerando o que chamamos de estoque
residencial. De acordo com Arunava (2015), essa prática pode ser mais prevalente em idosos
devido a polifarmácia, trazendo riscos para a saúde, uma vez que os medicamentos podem estar
estocados de maneira inadequada e podem estar com validade de uso vencida. Esse trabalho é
uma revisão literária nas bases de dados SCIELO, Pubmed, MEDLINE e LILACS, buscando artigos
em português e inglês. Os unitermos da pesquisa em português foram: estoque; medicamentos;
idosos, automedicação. Já os unitermos em inglês foram: inventory; medications; elderly, selfmedication. Foram selecionados 30 artigos publicados entre 2005 e 2015. Em um estudo
realizado por Silva (2015) nos postos de dispensação de medicamentos das Unidades de Atenção
Primária à Saúde (UAPS) ligadas ao SUS, incluindo as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a Central
de Medicamentos (CDM) do município de Alfenas, entre aproximadamente 354 pacientes
atendidos, 11,9% eram semianalfabetos e 60% possuíam no mínimo ensino fundamental
completo. Destes 354 pacientes, 90,6% armazenavam algum tipo de medicamento em casa,
sendo que 46,9% afirmaram que praticam a automedicação sem leitura da bula e 56,2% lêem a
bula antes de usar os medicamentos. Cerca de 70% dos entrevistados analisavam o aspecto dos
medicamentos antes de utilizar e 80,8% afirmaram conferir o prazo de validade antes do uso. A
influência das propagandas na compra dos medicamentos foi apontada por 15,5% dos
entrevistados, embora a maioria dos entrevistados (65,3%) adquirisse apenas medicamentos
nas UAPS. De acordo com Oliveira (2012), no Brasil, 60% dos idosos se automedicam e a
prevalência estimada do uso de medicamentos na população idosa em Minas Gerais é de 72,1%.
Estudo desenvolvido por Arunava (2015) mostrou que 64,81 % dos idosos que se auto-medicam
são aposentados do sexo masculino. As drogas mais utilizadas para a automedicação pelos
idosos foram analgésicos (92%) , comprimidos frios (74%) e vitaminas (61%). Os motivos mais
comuns relatados pelos usuários para a automedicação foram a certeza da segurança de
medicamentos (93%) (JAFARI, 2015). Os medicamentos armazenados são aqueles que não
fizeram parte de uma terapia vigente do paciente ou foram adquiridos sem prescrição médica.
Esse armazenamento pode induzir a prática da automedicação recorrente no Brasil e no mundo
e não exclusiva da população leiga. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa
prática consiste na seleção e o uso de medicamentos para tratar sintomas ou doenças auto117
reconhecidas pelo indivíduo. Em uma pessoa idosa, a automedicação pode ser ainda mais grave.
Isso porque o envelhecimento traz consigo um aumento na prevalência de doenças crônicas não
transmissíveis e degenerativas, além de alterações funcionais, acarretando modificações na
farmacocinética dos medicamentos, em função, por exemplo, do comprometimento da função
renal, essencial para depuração de fármacos que são primariamente excretados pelos rins, do
comprometimento da distribuição, responsável pelo transporte do fármaco até seu receptor, e
também da biotransformação hepática, processo responsável pela metabolização dos fármacos.
A prevalência de automedicação entre os idosos foi relativamente alta. As razões mais comuns
dessa automedicação foram certeza da sua segurança, experiência prévia sobre a droga, não
gravidade das doenças e experiência prévia sobre a doença. Analgésicos, drogas frias,
medicamentos digestivos foram os mais comumente relatados tipos de medicamentos para a
automedicação. Dada a alta prevalência de automedicação, parece ser necessário implementar
programas educacionais para aumentar a percepção do risco de automedicação.
118
AUSÊNCIA DA PENICILINA: TRATAMENTO DA SÍFILIS NA GRAVIDEZ
Ricardo Luiz Fontes Moreira
Gabriella Borborema Ribeiro
Amanda Caroline Tiago Oliveira
Brena Oliveira Vieira
Bruno Fonseca Oliveira
Mariana de Oliveira Silva
José Helvécio Kalil Souza (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
2.00.00.00-6 Ciências Biológicas
A Penicilina é a principal droga utilizada no tratamento da Sífilis na gestação, afim de se evitar
sua transmissão vertical. Atualmente o Brasil tem enfrentado um grande desafio em relação ao
não fornecimento adequado desse antimicrobiano. Na ausência da penicilina, métodos
alternativos têm sido utilizados para o tratamento da doença, como o estearato de eritromicina,
o ceftriaxone e a azitromicina., que são preconizados pelo Ministério da Saúde. Entretanto,
esses fármacos não evitam transmissão da sífilis para o feto, sendo suas efetividades avaliadas
ao longo deste estudo. Foram levantadas algumas hipóteses para o problema da falta da
penicilina, no entanto, essas não foram confirmadas, devido à ausência de achados na literatura
que justifiquem a sua falta. Sendo um problema recente e de grande impacto na saúde pública,
o estudo se mostra relevante por abordar um tema com poucas publicações acerca do assunto.
Os resultados obtidos não foram suficientes para comprovar a eficácia de outros medicamentos
alternativos.
119
OBESIDADE E CÂNCER
Larissa Assis Abreu
Clara Nina Eto de Vasconcelos
Natália Nitsa Pereira da Silva
Richard Fernandes de Sousa
Camila França Campos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo em excesso de tecido adiposo
no organismo. Ela afeta negativamente a qualidade de vida do indivíduo e é considerada fator
de risco para diversas doenças, como o câncer mamário. O excesso de peso possui relação direta
com o câncer de mama, podendo influenciar no prognóstico da doença, interferir
negativamente no tratamento quimioterápico e aumentar a morbimortalidade. É de extrema
importância o estudo sobre a relação entre obesidade e câncer, uma vez que há relação direta
entre o desenvolvimento de neoplasias relacionadas ao aumento do índice de massa corporal
(IMC). Dessa forma, é possível auxiliar na melhora na qualidade de vida dos pacientes com
câncer de mama, assim como, auxiliar no controle dessa doença. Trata-se de uma revisão
bibliográfica através de artigos científicos selecionados por meio de busca no banco de dados
do MEDLINE, LILACS e SCIELO.O desenvolvimento do câncer se dá por diversos mecanismos,
como a alta de adipocinas que levam à resistência insulínica e inflamação. Nesse contexto, o
aumento de citocinas inflamatórias, como o Fator de Necrose Tumoral- α (TNF- α) e Interleucina
6 (IL6), têm efeitos proliferativos e antiapoptóticos, que favorecem o desenvolvimento tumoral.
A hiperinsulinemia promove a ativação de vias proliferativas e o stress oxidativo aumenta a
peroxidação lipídica, além disso, há ainda fatores genéticos. Nesse contexto, um estudo da
LANCET, 2011, fez uma projeção que em 2030 a obesidade causaria 500 mil novos casos de
câncer nos EUA e Reino Unido. A maior incidência de câncer de mama em mulheres obesas é
atribuída, principalmente, à maior síntese de estradiol, o principal agente promotor do câncer
mamário. Há ainda maior expressão da aromatase no tecido adiposo, enzima responsável pela
conversão de androgênios em estrogênio, o que é importante fator de risco. De acordo com
uma metanálise realizada em 2014, em que foram analisados 82 estudos (213.075 pacientes
câncer de mama) há aumento de 41% na mortalidade por câncer das pacientes com IMC >30
(CHON et al). Diante disso, os objetivos da prevenção/tratamento serão a correção dos fatores
de risco e evitar outras causas de progressão da doença. Os resultados do presente estudo
permitem concluir que: os obesos têm maior incidência de cânceres, dado evidenciado pelo
Jornal The new england jornal of Medicine: Overweight, Obesity, and Mortality from Cancer in
a Prospectively Studied Cohort of U.S Adults, em que as taxas de mortalidade por câncer foram
52 a 62% maiores nos adultos obesos. Destes, 20% (mulheres) e 14% (homens) das mortes por
câncer (EUA) poderiam ser atribuíveis à obesidade. Além disso, os pacientes portadores de
neoplasias com excesso de peso têm dificuldades no tratamento e piores resultados devido à
maior toxicidade radioterápica, a doses inadequadas de quimioterápicos, possuem mais
complicações operatórias e a taxa de mortalidade é maior devido ao prognóstico pior. Diante
disso, é de extrema importância a realização de mais estudos a respeito da influência da
120
obesidade no desenvolvimento de neoplasias, pois, neste caso, a educação alimentar e atividade
física poderiam prevenir e auxiliar no tratamento do câncer.
121
NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL II: UMA ATUALIZAÇÃO NO MANEJO CLÍNICO E
TRATAMENTO
Agatha Marcela Andrade de Aguiar
Adriane Maria Damasceno Pinto
Ana Flávia Moura Dias
Michele Gomes Ank
Maria Cecília Campos Gurgel
José Helvécio Kalil (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O câncer de colo uterino é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, segundo
dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Câncer e apresenta-se como a quarta causa de
morte de mulheres no Brasil. Ele é precedido por uma fase pré-invasiva, denominada de
neoplasia intraepitelial cervical (NIC). A NIC é classificada em graus I, II e III, de acordo com a
espessura do epitélio que apresenta células maduras e diferenciadas. São avaliadas para
diagnóstico, anomalias nucleares tais como aumento dos núcleos, aumento da razão núcleocitoplasma, hipercromasia, polimorfismo nuclear e anisocariose. O grau I é considerado leve e
já os graus II e III são considerados os mais graves, pois apresentam uma maior proporção da
espessura do epitélio composto de células indiferenciadas e devido à sua maior probabilidade
de evolução para o câncer, se não tratadas. No Brasil, o manejo da NIC II é o mesmo da NIC III
uma vez que são classificadas no mesmo grau. Os casos confirmados de lesões de NIC II na
periferia do colo ou vagina devem ser encaminhados para unidade hospitalar para avaliação e
tratamento. Após confirmação de lesões de alto grau deve ser realizada, a partir de um método
excecional, a exérese da zona de transformação,no caso de colposcopia satisfatória e conização,
no caso de colposcopia insatisfatória (quando há junção escamocolunar não visível, inflamação
severa, atrofia severa, trauma e/ou cérvice não visível). A conização é um procedimento que irá
permitir o diagnóstico e a terapêutica, principalmente nos casos de colposcopia insatisfatória,
uma vez que fornece tecido para avaliação a fim excluir câncer invasivo.Já a colposcopia consiste
em um método de amplificação de imagens,que por meio do uso do ácido acético, permite a
visualização da área de alteração tecidual, local aonde será feita a biópsia. Segundo a associação
brasileira de ginecologia, EZT trata-se da retirada da área de displasia de alto grau quando essa
é plenamente visível e não ultrapassa o primeiro centímetro do canal do colo do útero. Porém,
estudos recentes demonstraram que a NIC II é uma lesão menos invasiva que a NIC III,
necessitando de uma abordagem menos agressiva e adequada para cada paciente. Segundo
McAllum et.al, 2011, em um estudo retrospectivo em 452 mulheres menores de 25 anos
diagnosticadas com NIC II do período de 2005 a 2009, 157 dessas mulheres corresponderam ao
tratamento conservador, e 62% delas tiveram regressão da displasia e nenhuma evoluiu para
câncer de colo de útero. Em um estudo realizado na UNIFESP em 2011, mostrou-se que em 74%
das mulheres com lesões NIC II, que tiveram diagnostico feito por meio citopatológico e
colposcopia foram acompanhadas por meio de consultas de três em três meses nos quais eram
feitos novamente a colposcopia e citopatologia, tiveram regressão da lesão. A taxa de
progressão para NIC III foi de 24%, sendo que 70% desses foram identificados nos 12 meses de
122
acompanhamento. Outro ponto importante desse estudo é que a idade de regressão do NIC II
era a mesma para progressão de NIC I. Com isso pode-se concluir que nos casos em que as
pacientes apresentam NIC II poderia ser realizado um acompanhamento de três em três meses,
não só para as adolescentes, como o preconizado no Brasil. Desse modo, de acordo com estudos
mais recentes, a abordagem de NIC II deve ser menos agressiva levando-se em consideração que
o grau dessa lesão é diferente da NIC III. Sendo assim, a avaliação específica de cada paciente é
fundamental para o melhor tratamento de acordo com o tipo de lesão apresentada. Para
construção desse trabalho foram utilizados como descritores: Câncer de Colo Uterino, Neoplasia
Intraepitelial Cervical, NIC2, Cervical intraepithelial neoplasia e CIN II nos bancos de dados
Cochrane, Capes, PubMed, Scielo e Bireme, além de guidelines propostas pelo Ministério da
Saúde e livros de referência na área de Patologia,sendo selecionadas publicações entre os anos
de 2008 e 2015.
123
RELATO DE CASO: MUCORMICOSE/ZICOMICOSE EM PACIENTE COM MIELOMA
MÚLTIPLO
Brena de Oliveira Vieira
Gabriella Borborema Ribeiro
Amanda Caroline Tiago de Oliveira
Camila França (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Trata-se de infecção fúngica que acomete, principalmente, indivíduos debilitados e
imunocomprometidos. Mesmo nesses pacientes, a zicomicose permanece como infecção
oportunista rara. As manifestações podem ser rino-órbito-cerebral, pulmonar, cutânea,
disseminada e gastrointestinal. Pode haver deformação facial do paciente, infiltração na região
frontal, zigomática e nasal, além de lesões vesicobolhosas e necrose cutânea da pálpebra e asa
do nariz. A invasão no tecido por hifas com ramificação em ângulo reto pode ser vista por
microscopia pelo método de Grocott e é essencial para estabelecer o diagnóstico. O tratamento
de sucesso envolve uma abordagem combinada: diagnóstico precoce, pronto início do uso de
antifúngicos (como Anfotericina B), correção de distúrbio metabólico ou reversão da
neutropenia e, se recomendável, debridamento cirúgico. É uma doença que, se não tratada, há
disseminação hematogênica para outros órgãos, particularmente para o cérebro, ocasionando
óbito entre 2-3 semanas. Paciente R.C.R., sexo masculino, 40 anos, portador de mieloma
múltiplo e neutropenia grave apresentando lesão arredondada, 4 cm de maior extensão,
purpúrica, bordas infiltradas com centro necrótico em região de asa nasal. Microscopia: cortes
histológicos mostram biópsia de pele apresentando epiderme necrótica com descamação. A
derme exibe hifas largas, vesiculosas, não septadas, dispostas em 90 graus. O relato de caso
apresenta Mucormicose/Zicomicose, de difícil diagnóstico e rápida evolução. O estudo faz-se
relevante para a comunidade médica, visto a rápida evolução clínica da patologia, sendo
necessário o diagnóstico precoce. Devido à similaridade clínica entre outras doenças causadas
por fungos filamentosos, muitos casos de zigomicose pulmonar, por exemplo, não são
suspeitados na apresentação clínica inicial. Portanto, torna-se necessário fornecer subsídios
fundamentais para um diagnóstico precoce e orientações para um melhor tratamento dos
pacientes com suspeita da doença.
124
CISTOS NEUROENTÉRICOS: FORMAS DE APRESENTAÇÃO E DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
Brena de Oliveira Vieira
Lucas Miranda de Carvalho Amorim
Mariana Oliveira Silva
Paula Paes Rettore
João Bosco Dupin (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
São anomalias do desenvolvimento do tipo disrafismo espinhal fechado, compreendendo a um
grupo heterogêneo de lesões cuja incidência é rara e pouco conhecida. Caracterizam-se cistos
envoltos por epitélio frequentemente de aspecto intestinal e de origem endodérmica.
Geralmente estão localizados na coluna cervicotorácica, situados dentro do neuroeixo
anteriormente à medula. Possuem origem embriológica na separação incompleta do
endoderma primitivo e do ectoderma. Foram revistos artigos publicados entre os anos de 1993
e 2015 nos bancos de dados da PubMed, Scielo, LiLacs, no período de julho a agosto de 2015,
que apresentam revisões literárias e apresentações de casos clínicos. A sintomatologia é
insidiosa surgindo com frequência na primeira e segunda década de vida, podendo decorrer com
dor e déficit neurológico progressivo ou transitório. Esses cistos causam sinais e sintomas
neurológicos e radiológicos de lesão expansiva intramedular por esse motivo é necessária sua
diferenciação de outras lesões por massas cervicais congênitas, císticas e mediastinais incluindo:
linfangioma, teratoma, cisto tímico, cisto da fenda branquial, cisto do ducto tireoglosso,
malformações vasculares ou hérnia pulmonar. O diagnóstico é feito baseado na história clínica
de compressão medular, presença de outras malformações observadas externamente ou pelo
estudo de exames de imagem como radiológico simples e ressonância magnética nuclear. Os
cistos neuroentéricos frequentemente são acompanhados de malformações podendo ser do
próprio sistema nervoso, dos corpos vertebrais, do aparelho digestivo ou. Em alguns casos, a
ausência de malformações associadas dificulta o diagnóstico e em casos de ausência de
anomalias do desenvolvimento o diagnóstico pode ser feito pelo exame anátomo-patológico. O
tratamento é sempre cirúrgico com retirada total ou parcial da lesão. A remoção por uma
abordagem posterior com laminectomia osteoplástica é uma técnica usada nesses casos por
permitir restauração perfeita do arcabouço ósseo da coluna impedindo alterações posturais
futuras e consequentemente lesões medulares mais graves para o paciente. O prognóstico é
bom, porém pode cursar com desordens motora, recidiva da lesão, aracnoidite e piora do déficit
neurológico. Trata-se de uma doença extremamente rara, mas que possui elevada gravidade,
principalmente quando relacionada a outras malformações, e por isso faz-se necessário estudo
aprofundado do tema para melhora de conduta, diagnóstico diferenciai e prognóstico.
125
MANUSEIO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Júlia Albernaz De Sousa
Ana Carolina Souza Ameno
Thereza Christine Ranção
André Vinícius Costa Carneiro Dourado
Stéphanie Paula Neris Nastas
Heber Augusto Lara Cunha (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O presente trabalho consiste em uma revisão de literatura, em que foram selecionados artigos
disponíveis nas bibliotecas virtuais, SCIELO e Pubmed, escritos em português, publicados em
2012 a 2014, além das diretrizes para o cuidado de pessoas com doença crônica nas redes de
atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritário, do Ministério da Saúde. Posteriormente à
pesquisa da Diretriz "Cuidado de pessoas com doença crônica nas redes de atenção à saúde",
do Ministério da Saúde, propomos então um enfoque maior em doenças cardiovasculares,
neoplásicas, respiratórias crônicas e diabetes, visto que no Brasil, em 2009, responderam por
80,7% do total de óbitos no país (Disability Ajusted Life Years). Temos que as doenças crônicas
não transmissíveis (DCNT) são uma das principais, se não a principal causa de morbimortalidade
e hospitalização no Brasil (Organização Pan Americana de Saúde, 2010) e seu impacto constitui
um grande desafio e responsabilidade primordial do governo, já que reflete no cenário
econômico e social. A Organização Mundial de Saúde mostrou que cerca de 80% dos óbitos por
DCNT ocorreram por em países de baixa ou média renda, causando sofrimento e morte
prematura, além de interferir diretamente e de modo negativo na economia do país. Isso
acontece formando um vínculo vicioso, afetando, por exemplo, de maneira direta quando
pensarmos em hospitalizações e indireta quando pensarmos em medicamentos, perda da
capacidade de produção, invalidez e aposentadoria. Visando reduzir essas estatísticas, em 2011,
o Ministério da Saúde propôs ações populacionais para controlar essas doenças, que são
desencadeadas, entre outros, pela falta de prática de atividade física, alimentação inadequada
e uso prejudicial de álcool e fumo, com projeto de promoção de saúde que estimulam mudanças
comportamentais da população como o "Combate ao fumo", ações legislativas em relação a
bebidas alcoólicas e alimentos. O Brasil vem respondendo a esse desafio de maneira satisfatória,
suas taxas de mortalidade apontam diminuição de 31% entre 1991 a 2010. Ainda existem
algumas necessidades pendentes em alguns serviços prestadores de saúde, como incorporação
de tecnologias em saúde com prontuários eletrônicos e rastreamento dessas doenças.
Concluímos assim que, se o governo continuar priorizando a atenção primária, porta de entrada
para a maioria desses pacientes, com intervenções para a melhoria da assistência básica de
saúde, proporcionando cuidado em saúde integral, fornecendo tratamento, redução de danos,
reabilitação e manutenção da saúde para esses usuários, esses índices tendem a continuarem
indo pelo caminho certo. Mas, por consequência, o número de atendimentos nos centros de
saúde tende a aumentar, gerando a necessidade de organização, qualificação e amplificação
desses recursos, desenvolvendo também elos intermitentes que permitem planejamento
126
baseado na avaliação desses impactos no setor de saúde, expandindo e gerenciando ações de
vigilância de doenças e fatores de risco.
127
OBESIDADE E ASMA NA INFÂNCIA UMA REVISÃO DE LITERATURA
Júlia Albernaz De Sousa
Rosieny Rufino Santos
Thereza Christine Ranção
Kelly Cristina Teixeira Silva
Lúcia de Fátima Pais Amorim (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Esse estudo constitui-se de uma revisão integrativa de literatura, tendo sido selecionados artigos
disponíveis no banco de dados do Scientific Electronic Library Online. Realizada inicialmente a
leitura de todos os títulos e após realizada a leitura de todos os resumos, com o objetivo de
avaliar os critérios de inclusão estabelecidos, foram selecionados aqueles que respondia melhor
a indagação, sob a forma de artigo completo em periódicos, disponíveis por acesso online, no
período de 2005 a 2013. Utilizadas também as diretrizes: “Obesidade: diagnóstico e tratamento
da criança e do adolescente” e “O manejo da asma”. O objetivo principal deste trabalho é relatar
o aumento da prevalência de duas doenças inflamatórias crônicas, a obesidade e asma, entre
crianças e adolescentes nas últimas décadas. Como objetivo secundário consideramos avaliar a
existência de uma relação paralela entre essas duas doenças, questionando se a obesidade
poderia desencadear a asma ou se a asma poderia predispor a obesidade. No Brasil, a asma e a
obesidade constituem um importante problema de saúde pública. O manejo dessas duas
condições está aquém do ideal, considerando que existem diversos fatores de risco em comum,
como o sedentarismo, desmame materno precoce, ambiente e genética, e essa tendência não
tem tido monitoramento correto do diagnóstico médico e implementação de políticas públicas,
visando reverter a atual tendência. Buscando estabelecer vínculos entre essas duas
enfermidades, temos que, o grau de obesidade define o nível de inflamação, o que leva ao
aumento de citocinas que participam das atividades metabólicas e endócrinas do corpo
humano. A leptina, secretada por adipócitos, atua no sistema nervoso central, no controle do
nível de saciedade e no metabolismo energético. Em crianças com sobrepeso, o nível de leptinas
está aumentado, porém, devido a um defeito no transporte dessas proteínas para a barreira
hematoencefálica, ocorre um efeito inverso. Nesse contexto Mai et al, realizaram um estudo
avaliando a concentração de leptina em crianças asmáticas, e observaram que a baixa
concentração dessa proteína sérica foi um fator protetor para a asma, e o aumento dessa
proteína, aumentou as chances do desenvolvimento da doença respiratória. Esse estudo sugere
um elo entre essas duas patologias. Outra observação que apoia a relação entre obesidade e
asma, foi exemplificada por estudos realizados em ratos de laboratório que evidenciou que a
perda de peso melhoraria a hiper-reatividade brônquica nos animais. No estudo, realizado por
Shore SA (2006), ratos com excesso de peso têm hiperresponsividade inata da via aérea e maior
resposta a desencadeantes da asma. E por último, temos que, a prevalência da obesidade e
asma é elevada entre crianças que vivem em ambientes urbanos, quando comparados com o
meio rural. Segundo Fernando et al (2011) observa-se aumento de aproximadamente cinco
pontos percentuais nas crianças moradoras na zona urbana, em 2008 em relação a 1998. A base
para essas relações é desconhecida e questionável, mas pode ser o resultado de etiologias em
128
comum. Cerca de 30% da população mundial está obesa, paralelamente a ela, a asma acomete
aproximadamente 300 milhões de pessoas, com consequências negativas para os indivíduos e a
sociedade. Tais resultados podem ser oriundos de dias e custos decorrentes de hospitalização,
ocasionando em impactos econômicos e social para o país. Tendo em vista o exposto, a melhoria
da cobertura de atenção básica no nosso país, priorizando políticas públicas voltadas ao cuidado
integral, assim como a promoção à saúde com estímulo a mudanças comportamentais da
população, como incentivar a prática de atividade física, poderá contribuir para a redução dos
fatores de risco modificáveis, em comum, para as duas doenças estudadas.
129
DOENÇA DE VON GIERKE
João Marcos Barcelos Sales
Tiago Azevedo Duarte
Ludmila dos Reis Sampaio
Izabela Ferreira Gontijo de Amorim (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
joaombarcelos@gmailcom
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A glicose é uma das principais fontes energéticas utilizadas pelas células, tornando-se
indispensável uma manutenção rígida da concentração glicêmica plasmática basal. Além dos
lipídeos e das proteínas, o glicogênio (polímero de glicose) consiste no principal reservatório de
energia nos períodos de jejum. Em uma situação fisiológica comum, ao se alimentar, um
indivíduo aumenta a concentração dessa molécula no organismo, a qual é armazenada,
principalmente, em órgãos como fígado e músculo para posterior utilização em períodos de
jejum. Diante disso, nota-se o quão importante é manter a via de degradação do glicogênio
preservada, a qual é denominada de glicogenólise. Existe um grupo de doenças conhecidas por
glicogenoses, que são caracterizadas pela deficiência na degradação do glicogênio e de seus
compostos intermediários. Dentre elas, a mais comum chama-se doença de von Gierke (também
conhecida como glicogenose tipo I), causada por deficiências na enzima glicose-6-fosfatase (tipo
Ia, tipo IaSP) ou em um transportador de glicose-6-fosfato (tipo Ib, tipo Ic, tipo Id), impedindo,
dessa forma, a liberação da molécula de glicose da célula armazenadora para o interstício. Essa
patologia possui caráter autossômico recessivo, tendo sua prevalência de 1:100.000 pessoas.
Com isso, o presente trabalho, que foi realizado por meio de 4 artigos das bases de dados SciELO
e Google Acadêmico, além de livros didáticos, propõe abordar a patogênese dessa doença, além
das formas de diagnóstico e terapêutica. Seu diagnóstico, é feito nos primeiros 28 dias de vida,
quando os neonatos apresentam sinais e sintomas característicos, tais como hipoglicemia,
hepatomegalia, obesidade troncular e “face de boneca”, o qual pode ser confirmado através do
exame de biópsia hepática (determinação da atividade enzimática). Dentre as consequências
características dessa enfermidade, notam-se principalmente: baixa estatura e fadiga crônica,
oriundas da hipoglicemia, hipofosfatemia e acidose lática; gota, cálculos renais e nefropatia,
advindas da hiperuricemia; hepatomegalia, devido à hiperlipidemia; e adenomas e neoplasias
hepáticas advindas do desgaste prolongado do tecido hepático. Apesar da doença de von Gierke
não possuir cura, o tratamento dietético representa um dos pilares utilizados, que intenciona a
melhora dos sinais e sintomas clínicos do paciente, uma vez que o mesmo visa a manutenção
dos níveis glicêmicos do paciente. Dessa forma, uma das possibilidades consiste na ingestão de
polímeros de glicose, como o amido de milho cru, que, devido as suas propriedades moleculares,
é absorvido de forma lenta e gradual, a outra consiste na alimentação contínua por sonda, que
é considerada um dos maiores avanços no tratamento da glicogenose em questão. No entanto,
caso não haja sucesso nesse tipo de tratamento, pode ser indicado o transplante hepático.
Diante disso, é de extrema importância o conhecimento dos profissionais sobre essa patologia
para que haja um tratamento imediato e eficaz, evitando, assim, agravos maiores ao paciente.
130
CUIDADOS PALIATIVOS: A IMPORTÂNCIA DA VALORIZAÇÃO DOS CUIDADOS DO
FINAL DA VIDA
Nathália Macedo Marteletto
Rodolfo Neiva de Sousa
Stéphanie Paula Neris Nastas
Evaristo Magalhães (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Atualmente, a concepção social dominante considera a cura e o tratamento de doenças como
principal objetivo dos serviços de saúde. Nesse contexto, a morte é vista como fracasso, em vez
de um episódio natural a tudo o que é vivo. Essa dificuldade em lidar com a fragilidade do “poder
de cura” faz com que, frequentemente, profissionais da saúde manifestem desânimo e
desinteresse em relação ao paciente terminal. No entanto, sabe-se que todo paciente deve ser
respeitado e tratado durante toda sua vida segundo os princípios éticos de não maleficência,
beneficência, respeito à autonomia e justiça. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é ressaltar a
importância da temática alusiva aos cuidados paliativos, uma vez que essa noção surge com o
objetivo de transgredir o paradigma de que o compromisso do médico se encerra com a
impossibilidade da cura e, portanto, sua abordagem prática tem adquirido importância nos
hospitais em âmbito internacional. Inicialmente conhecida como Hospice – abrigos que no
século V acolhiam peregrinos e doentes de modo leigo e caridoso voltado para o cuidado
espiritual e controle da dor –, a preocupação com o alívio do sofrimento de pacientes terminais,
foi objeto de estudo da médica Cicely Saunders, no século XX, na Inglaterra. A primeira definição
técnica do termo remonta o ano de 1990 e atualmente é entendida como “an approach that
improves the quality of life of patients and their families facing the problem associated with lifethreatening illness, through the prevention and relief of suffering by means of early
identification and impeccable assessment and treatment of pain and other problems, physical,
psychosocial and spiritual” (WHO, 2015). Essa prática expandiu-se inicialmente para países
como Estados Unidos e Canadá e, nos últimos anos, é abordada no Brasil de forma incipiente. O
termo palliare tem origem no latim e significa proteger, abrigar, ou seja, a perspectiva de
humanização surge ativa, trazendo a essência da medicina como foco. Assim, esse conceito
chamou a atenção para o sofrimento humano, para o despreparo dos serviços de saúde e para
delinear diretrizes do cuidado com o paciente elegível para cuidados paliativos. Cuidado que
visa à possibilidade de que recebam atenção holística por meio de equipe multidisciplinar e em
ambiente apropriado, à redução do sofrimento e ao alivio de necessidades físicas, psicológicas,
sociais e espirituais de cada indivíduo juntamente com sua família e entorno afetivo. Estudos
realizados demonstram que pacientes terminais consideram como qualidade de vida receber
adequado controle da dor, evitar o prolongamento inapropriado da morte, aliviar o sofrimento
e fortalecer laços com entes queridos. Esse desejo destaca a importância de se compreender as
particularidades do indivíduo e de tratá-lo com a mesma dignidade de um paciente com bom
prognóstico a partir de uma visão não só biológica, mas fundamentalmente humanista. O
desafio é ainda maior uma vez que a formação acadêmica dá ênfase á medicina curativa. Assim,
não habilitam o médico a lidar com esse paciente e a perceber que, muitas vezes, o foco não é
131
a doença e sim o doente, pois as demandas deste estão muito além do aparato físico. Assim, o
cuidado paliativo é um recurso que demanda profissionais treinados para reconhecer as
particularidades do sujeito e preservar sua dignidade. Valorizar esse segmento, portanto, é
essencial, o que torna importante propiciar sua abordagem durante a formação profissional.
Essa perspectiva deve conduzir para que se incorpore visão crítica sobre a negligência, ainda
muito recorrente, na conduta com o paciente terminal, partindo-se do preceito de que esse
paciente merece o respeito, a dedicação e o cuidado oferecido a todos os demais. O
entendimento de que o limite da possibilidade terapêutica não significa o rompimento da
relação médico-paciente, assim, deve nortear a conduta de todos os profissionais da saúde por
meio do conhecimento, valorização e exercício do cuidado paliativo.
132
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Diogo Lima Machado de Souza
André Vinicius Costa Carneiro Dourado
Pablo Martins Chaves
Marcela Vasconcelos Apipe
Marina Queiroz Sander
Camila França Campos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
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4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica causada pelo fungo dimórfico
Paracoccidioides brasiliensis. As manifestações clínicas são caracterizadas pela presença de
dispneia, febre, prurido, ardor, perda de peso e lesões em vários sítios anatômicos como lábios,
bochechas, soalho da boca, língua e faringe. A PCM é considerada a infecção fúngica mais
prevalente da América Latina, ocorrendo em regiões tropicais e subtropicais. O trabalho mostrase relevante devido ao Brasil ser considerado um centro endêmico dessa doença, com maior
prevalência nas regiões sul, sudeste e centro-oeste. Além disso, devido aos custos econômicos
e sociais, pois essa doença acomete os indivíduos, geralmente, na faixa etária mais produtiva e
pode vir a ser incapacitante. O objetivo desse trabalho é relatar um caso de infecção por PCM
no canto medial do olho direito (OD) e em suas pálpebras superior e inferior (PLSD e PLID), além
de descrever as lesões que o fungo ocasiona. Foi utilizado um caso clinico de um paciente do
Hospital das Clínicas de Belo Horizonte. A.V.S, 52 anos, sexo masculino, apresentava tumoração
com bordas elevadas e centros necróticos em canto medial do OD, com 9 meses de evolução e
com crescimento progressivo atingindo PLSD e PLID. Ao exame anatomopatológico, observouse a derme com granulomas abscedados englobando leveduras com gemulações múltiplas
compatíveis com Paracoccidioides brasiliensis. O paciente continua em acompanhamento no
hospital. A PCM é considerada a terceira causa de morte por doença infecciosa crônica e que
resulta em uma taxa de mortalidade de 1,65 casos/1.000.000 de habitantes, o seu diagnóstico
torna-se de fundamental importância para o tratamento dessa doença.
133
A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR NO ACOMPANHAMENTO DO PRÉNATAL
Izabela Lara Piana
Gláucia Gattoni Medeiros
João Felipe Barbosa Couy
Rodolfo Neiva de Sousa
Fernanda Maria Franco Castro
Isabel Cristina Miranda de Souza (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O período da gestação e o nascimento do filho são momentos únicos para a mulher, portanto,
merecem atenção de uma equipe interdisciplinar qualificada e dos órgãos públicos. Para isso, o
Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN), instituído pelo Ministério da
Saúde (MS), assegura às gestantes acesso facilitado ao serviço de saúde, cobertura e qualidade
do acompanhamento durante o pré-natal e a assistência ao parto, puerpério e binômio mãebebê. Para a realização do presente estudo, foi feita revisão bibliográfica nas bases de dados
online Lilacs, PubMed e Scielo em que foram utilizados artigos publicados entre 2010 e 2015.
Além disso, foi utilizado dados do MS. Para garantir o acompanhamento pré-natal integral, o
PHPN estabelece que a captação da gestante pelo serviço de saúde deve ocorrer em até 120
dias da gestação. A grande variação no tempo transcorrido até a chegada ao serviço público de
saúde está associada à disponibilidade de acesso aberto pelo serviço, como a oferta de exame
confirmatório e da qualidade da primeira consulta. Em relação ao pré-natal, o PHPN recomenda
que sejam realizadas, no mínimo, seis consultas, sendo uma no primeiro trimestre, duas no
segundo, três no terceiro trimestre da gestação e uma no puerpério, sendo que o ideal é que a
primeira consulta seja realizada até o quarto mês de gestação. Somado a este programa, a
implementação de grupos de gestantes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) é fundamental
para garantir uma abordagem integral à assistência no período gestacional. Assim, o agente
comunitário pode intermediar as ações de saúde entre os profissionais da UBS e a comunidade,
com o intuito de promover vínculos e facilitar as relações interpessoais. Somado a isso, o
Programa Nacional de Humanização à Assistência Hospitalar (PNHAH) visa melhorar a eficácia e
a qualidade da assistência e atenção aos usuários da rede hospitalar, capacitando os
profissionais para uma atenção baseada na valorização da vida, o que beneficia a futura
parturiente. Além disso, os profissionais devem estar aptos a elucidar as dúvidas das gestantes
e apoiá-las, o que diminui a insegurança que a gravidez pode gerar. A importância atribuída a
participar ou não das consultas e atividades propostas pela equipe de saúde no pré-natal irá
determinar o êxito do profissional e a qualidade de vida que a gestante deseja para si e sua
família. Há ainda a prevenção de agravos e a diminuição dos riscos de morbimortalidade
materna e fetal com o pré-natal. De acordo com a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem,
o pré-natal de baixo risco pode ser acompanhado pelo enfermeiro, que elabora o plano de
assistência de enfermagem na consulta de pré-natal, de acordo com as necessidades
identificadas e priorizadas e estabelece as intervenções, orientações e encaminhamentos a
serviço de referência, quando necessário, garantindo uma assistência adequada de forma a
134
prevenir, diagnosticar e tratar eventos indesejáveis que possam ocorrer durante a gestação. A
Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que “a mulher, no período gestacional, tenha
um pré-natal de qualidade, independentemente de a gestação ser classificada como de baixo
ou alto risco”. Com isso, as mulheres devem ter garantias e direito ao atendimento, acesso às
unidades de referência, atendimento ambulatorial e hospitalar se a gestação for de alto risco.
Dessa maneira, o cuidado promovido às gestantes pela equipe multiprofissional mostra-se
relevante neste trabalho, visto que com bom relacionamento interpessoal há maior autonomia
por parte dos profissionais para articular ações que contemplam a gestante, desde o início do
pré-natal até o puerpério. Portanto, pré-natal realizado por uma equipe multidisciplinar tem se
mostrado excelente aliado à promoção da saúde, prevenindo transtornos psicoafetivos,
transtornos alimentares e socioculturais da gestante, melhorando, assim, a qualidade da
assistência materna e do recém-nascido.
135
O USO DA CHUPETA E SEUS MALEFÍCIOS AO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Gláucia Gattoni Medeiros
Izabela Lara Piana
Ana Flávia Garzedim Campos
Marina Queiroz Sander
Paula Scatolino
Isabel Cristina Miranda de Souza (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O uso de chupetas por bebês é um hábito cultural difundido entre as mães, sendo passado de
geração a geração, tornando seu uso cada vez mais comum. Porém, estudos mostram que o uso
desse objeto a longo prazo traz diversos malefícios para a saúde e desenvolvimento da criança.
Sendo assim, mostra-se de grande importância o estudo das vantagens e desvantagens do uso
do bico, sendo o objetivo do trabalho enfatizar os malefícios da utilização da chupeta para o
bebê. Para a realização do estudo, foram consultados artigos de revisão bibliográfica na base de
dados Scielo, com a utilização das palavras chaves “chupeta”, “desenvolvimento”, “infantil”,
sendo critérios de exclusão artigos em língua estrangeiras e publicação anterior a 2005, com
seleção final de três artigos. Além disso, foi utilizado como principal referência a Sociedade
Brasileira de Pediatria e o Ministério da Saúde. Devido ao baixo preço do produto e fácil acesso
das mães às chupetas, muitas optam pela utilização dessas por tratar-se de um calmante
imediato do choro. Porém, essa tentativa de deixar o bebê mais tranquilo pode trazer
consequências negativas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, sendo esses,
deformação na arcada dentária e problemas na mastigação e na fala, prejuízos respiratórios,
maior risco de candidíase e verminoses devido à má higiene do objeto e interferência na
amamentação materna. Em relação aos prejuízos respiratórios, o uso de chupeta
continuamente leva a uma expiração prolongada, fazendo com que o bebê se torne um
respirador oral, o que leva a uma maior propensão a cáries e irritações na orofaringe, otite, rinite
e amigdalite. Como principal prejuízo da utilização do bico está a redução do período de
aleitamento materno, já que estudos mostram que o uso do objeto é um indicador de
dificuldade na amamentação. Isso ocorre já que a chupeta é utilizada para acalmar o bebê ao
invés de ser dada a alimentação materna. Sendo assim, seu uso leva a diminuição da frequência
de mamadas, diminuindo a estimulação da mama para produção do leite e, consequentemente,
levando ao desmame precoce. Sabe-se que a amamentação materna é de grande importância
para o bebê já que ajuda no desenvolvimento da mandíbula, ossos da face e músculos da
mastigação, promove uma respiração de forma adequada, fornece todos nutrientes necessários
para a criança e leva a um maior contato entre mãe e filho. Diante disso, a Organização Mundial
de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) tem como recomendação
oficial a não utilização da chupeta desde o nascimento e o Ministério da Saúde do Brasil, desde
1990, implantou como um passo para o sucesso da amamentação não utilizar bicos, mamadeiras
e chupetas em alojamento conjunto. Além disso, para reduzir a promoção do uso de chupetas,
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária exige que na embalagem do produto esteja inscrito.
136
O Ministério da Saúde adverte: a criança que mama no peito não necessita de mamadeira, bico
ou chupeta. O uso de mamadeira, bico ou chupeta prejudica a amamentação e seu uso
prolongado prejudica a dentição e a fala da criança”. Diante desse quadro, ficam evidentes os
malefícios que a utilização da chupeta a longo prazo pode trazer e o esforço dos Órgãos de Saúde
Pública em esclarecer sobre o assunto. Porém, muitos leigos e até mesmo profissionais de saúde
não tem esclarecimento sobre o assunto, mostrando-se necessário enfatizar a importância da
orientação das mães, explicando que o uso da chupeta deve ser evitado e, quando utilizado para
acalmar, deve ser retirado no momento que o bebê dormir. Sendo assim, o uso de chupeta com
muita frequência deve ser visto como um marcador de dificuldade no aleitamento materno,
exigindo maior acompanhamento do bebê pelos profissionais de saúde, levando a uma melhoria
na saúde das crianças.
137
ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA- A PRÁTICA DOS COMPONENTES NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE
Gláucia Gattoni Medeiros
Izabela Lara Piana
Ana Flávia Garzedim Campos
Gabriela Martins Perez Garcia
Cibelle Silva Sampaio
Sheila Mara Silva de Oliveira (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A prática de uma medicina mais humana é um tema que vem sendo muito discutido atualmente,
havendo necessidade de atendimento ao indivíduo de forma integral e uma relação médicopessoa mais estreita. Com isso, surgiu o método clínico centrado na pessoa com o objetivo de
transformar o antigo método centrado na doença. O método clínico baseado no modelo
biomédico – surgido no início do século 19 e que alcançou hegemonia durante o século 20 –
trouxe grandes avanços para a ciência médica e conferiu grande poder ao médico, mas tornou
o diagnóstico da doença preponderante sobre o doente. Acontece que nem todas as pessoas
adoecem da mesma forma ou se enquadram numa doença bem definida, e isso provocou
questionamentos ao método clínico desde o início do século passado. Além disso, com o passar
do tempo a medicina se tornou cada vez mais especializada, levando a uma fragmentação do
indivíduo. Diante desse quadro, houve a necessidade da criação de um método que tratasse a
pessoa de forma integral, contemplando suas preocupações e vivências relacionadas à saúde e
à doença, considerando seu aspecto biopsicossocial e o contexto de vida, família e comunidade
onde está inserido. A prática da medicina centrada na pessoa, de acordo com Stewart, trás
diversas vantagens no atendimento, acompanhamento ou no tratamento, seja na cura ou no
controle de doenças/condições. Sendo assim, mostra-se de grande importância o estudo da
utilização desse método, sendo o objetivo do trabalho enfatizar as vantagens que pode trazer
tanto para o médico quanto para a pessoa. Para sua realização, foram consultados artigos de
revisão bibliográfica na base de dados SciELO, a partir das palavras chaves “medicina”,
“centrada”, “paciente”, em que foram selecionados seis artigos, sendo utilizado como critério
de exclusão ter língua estrangeira, e data de publicação anterior a 2005, com seleção final de
três artigos. Além disso, foi utilizado o livro “Medicina centrada na pessoa – transformando o
método clínico”, em que a autora define os princípios deste método: exploração e interpretação,
pelo médico, da doença e da experiência de adoecer da pessoa, tendo a experiência de adoecer
quatro dimensões: o sentimento de estar doente, a ideia a respeito do que está errado, o
impacto do problema na vida diária e as expectativas sobre o que deveria ser feito;
entendimento global da pessoa; a busca de objetivos comuns, entre o médico e a pessoa, a
respeito do problema ou dos problemas e sua condução; a incorporação de medidas de
prevenção e promoção de saúde; a melhora ou intensificação da relação médico-pessoa e a sua
viabilidade em termos de custos e tempo. O médico deve possuir atributos como empatia,
compaixão e cuidado com o objetivo de intensificar sua relação com a pessoa, fazendo com que
aumentem as chances de que o plano terapêutico decidido em conjunto seja realmente
138
colocado em prática e tornando a pessoa um co-participante do cuidado com sua saúde. A
medicina centrada na pessoa traz diversas vantagens para o médico, para a pessoa e para o
sistema de saúde, como maior satisfação da pessoa e do médico, redução de preocupações e
ansiedade, maior adesão ao tratamento, redução de sintomas e melhora na saúde mental. A sua
utilização também leva a um menor número de processos por erro médico, necessidade de
menor número de exames complementares e menor frequência de encaminhamentos para
especialistas, o que gera menor custo para o sistema de saúde e para a pessoa, apesar de ser
ainda pequena a parcela de profissionais que utilizam esse método. Assim, é necessário que a
prática da medicina mais humanizada seja estimulada desde a formação médica, nos centros
acadêmicos, com o objetivo de formar profissionais que consigam atender a pessoa de forma
integral, com modificação da atenção médica individual e coletiva, trazendo às consultas
discussões de aspectos culturais e expectativas das pessoas.
139
DIAGNÓSTICO CLÍNICO DIFERENCIAL DAS DEMÊNCIAS DE ALZHEIMER E NÃO
ALZHEIMEIR
Maria Cecília Campos Gurgel
Adriane Maria Damasceno Pinto
Ana Flávia Dias
Humberto Ferreira Ianni (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Com o aumento da expectativa de vida há maior parcela de idosos na sociedade com
consequente alta na prevalência de doenças crônico-degenerativas, dentre elas,
principalmente, as demências. Estas podem ser classificadas entre reversíveis e irreversíveis.
Este último grupo, que constitui em média 95% dos casos, é subdividido em Alzheimer e não
Alzheimer (vascular, frontotemporal e de corpos de lewy) (JOSVIAK, 2015). Realizou-se uma
revisão bibliográfica por meio de buscas nas bases de dados Scielo, Pubmed e Bireme, além de
pesquisas em livros de referência na área de geriatria. Pode-se distinguir as demências de acordo
com sua apresentação clínica. A demência frontotemporal manifesta-se clinicamente por volta
dos 57 anos de idade e apresenta incidência igualitária entre os sexos. O início é insidioso e de
caráter progressivo, há discreto comprometimento de memória episódica, alterações
cognitivas, alterações significativas de comportamento, personalidade e linguagem. A
sintomatologia inicial é a alteração de comportamento. Pode ainda ser acompanhada de apatia
profunda, desinibição precoce, impulsividade, labilidade emocional e hipersexualidade
(JOSVIAK, 2015). A apresentação clínica da demência vascular depende da causa e localização
do infarto cerebral. Pode iniciar-se com um evento cerebrovascular, seja ele por acidente
vascular cerebral ou ataque isquêmico transitório, abrupto, levando a uma deterioração em
degraus ou flutuante, com melhora ou piora progressiva (GURAV, 2014). As principais
características clinicas da demência de Lewy são alucinações visuais, déficit de atenção variante,
estados confusionais agudos e parkisonismo (TATSCHA, 2002). É importante salientar que o
início dessa demência é gradual e rápida. É comumente encontrada em pacientes entre 60 anos
de idade e sua sobrevida é pequena, em média 6 anos (SERENILI, 2008). Na demência de
Alzheimer, o acúmulo de emaranhados neurofibrilares, principalmente no cortéx entorrinal e
hipocampo, faz com que a primeira manifestação clinica observada seja a amnésia anterógrada,
posteriormente acontecem alterações nas funções da linguagem visuoespacial e cognitiva
respectivamente. Nos graus leves a moderado, a memória remota ainda está preservada
(SANTOS, 2015). As dificuldades de atenção, a fluência verbal e a capacidade de fazer cálculos
se deterioram progressivamente à medida que a patologia avança. Já as funções de vigília e
lucidez são preservadas por quase toda a evolução, se deteriorando apenas em casos muito
avançados. Além disso, existem as alterações comportamentais como agressividade,
alucinações, hiperatividade, irritabilidade e depressão (SANTOS, 2015). O diagnóstico diferencial
é clínico, mas exames de imagens podem demonstrar a hipotrofia do hipocampo nos casos de
demência de Alzheimer, bem como áreas de infarto nas demências vasculares. O tratamento
para as demências é sintomático e tenta retardar a evolução do quadro. Na vascular, o controle
de fatores de risco para eventos isquêmicos se faz essencial. O estudo tem como objetivo uma
ampla diferenciação entre as demências, mostrando que apesar da similaridade, existem
140
características clínicas capazes de diferenciar os quadros. Além disso, observa-se a importância
da elaboração de novas pesquisas para melhor compreensão da fisiopatogenia das demências e
com isso obter-se melhora da terapêutica e diagnóstico.
141
USO DE ANTIPSICÓTICOS EM IDOSOS COM DEMÊNCIA: UMA COMPARAÇÃO ENTRE
FÁRMACOS DE PRIMEIRA E SEGUNDA GERAÇÃO
Felipe Augusto Biccas Mourão
Heitor Stephenson Aguiar Santos
César Augusto Silva
Déby Yuri da Silva Coelho
Stéphanie Paula Neris Nastas
Patrícia Alves Maia Guidine (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A melhoria do índice de desenvolvimento humano proporcionou o aumento na expectativa de
vida da população. Entretanto, esse acréscimo traz consigo maior probabilidade de
desenvolvimento de diversas patologias, dentre elas as síndromes demenciais, as quais possuem
o Alzheimer como principal representante. De fato, estima-se haver 35,5 milhões de pessoas
com demências no mundo. Esse distúrbio apresenta fisiopatologia complexa, com deterioração
progressiva da cognição, trazendo prejuízos ao indivíduo na realização de suas atividades
cotidianas. Além disso, observa-se também sintomas psicóticos, como ideação delirante,
fenômenos alucinatórios, agressividade verbal e agitação. Estudos demonstram que a psicose
afeta aproximadamente 40% das pessoas com demência de Alzheimer, enquanto a agitação
ocorre em 80% ou mais das pessoas demenciadas. Assim, o objetivo desse trabalho é avaliar a
melhor terapia com fármacos antipsicóticos em portadores de demências. Para isso, foi uma
realizada uma busca por artigos nos bancos de dados Scielo e Pubmed, com o uso dos seguintes
descritores: demência; antipsicóticos; idosos. Foram selecionados artigos em português e inglês
publicados no período de 2008 a 2015.Estudos mostram que o uso de neurolépticos no controle
de sintomas psicóticos e comportamentais em pacientes com demência deve ser realizado com
cautela, observando-se a relação entre efeitos terapêuticos e adversos apresentados pelos
pacientes após a administração dos mesmos. Assim, fármacos como o haloperidol, um
neuroléptico de primeira geração, pode resultar em efeitos colaterais que, em muitos casos,
inviabilizam a manutenção do tratamento. Em um estudo randomizado e duplo-cego, foi
demonstrado que doses de 2 a 3 mg/dia de haloperidol foram mais eficazes que doses mais
baixas (0,5 a 0,75 mg/dia) e do que o placebo no tratamento de sintomas psicóticos e da agitação
psicomotora. Porém, doses mais elevadas correlacionaram-se com uma maior incidência de
efeitos adversos, como o parkinsonismo. Além disso, observou-se o aparecimento de outras
síndromes extrapiramidais. Em idosos, tais manifestações podem causar rigidez, imobilidade e
quedas e estão relacionadas à morbidade significativa. O mecanismo farmacodinâmico no
controle dos sintomas psicóticos na demência consiste na capacidade dos neurolépticos típicos
de bloquear os receptores dopaminérgicos no sistema mesolímbico, reduzindo os sintomas
positivos da psicose. Por outro lado, o bloqueio de receptores dopaminérgicos na via
nigroestriatal resulta em síndromes extrapiramidais. Ademais, o bloqueio dos receptores D2 na
via tuberoinfundibular aumenta os níveis séricos de prolactina, o que se manifesta clinicamente
como aumento da sensibilidade mamária, galactorréia, ou disfunção erétil. Torna-se claro,
então, que a terapia com antipsicóticos típicos em demência não é a mais recomendável. Nesse
142
sentido, os neurolépticos de segunda geração surgiram como uma alternativa mais eficaz
terapeuticamente e com menos efeitos colaterais. Entre esses fármacos, a risperidona é o único
antipsicótico com a indicação oficial para distúrbios comportamentais da demência no Canadá,
bem como na Europa e nos EUA. Estudos indicam que as drogas de segunda geração possuem
ação em outros receptores além dos D2, como o receptor serotoninérgico 5-HT2A, o que ajuda
a explicar a menor incidência de efeitos extrapiramidais. No entanto, constata-se que o uso de
doses acima da faixa terapêutica ocasiona efeitos semelhantes aos causados por neurolépticos
de primeira geração. Portanto, a terapia com antipsicóticos em idosos demenciados é efetiva,
porém, devido aos inúmeros efeitos colaterais, não é a ideal. Não obstante, intervenções não
farmacológicas associadas aos fármacos devem sempre ser consideradas, a fim de garantir um
impacto positivo no tratamento dos pacientes.
143
SÍNDROME DA ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA: SUAS CONSEQUÊNCIAS E O PAPEL DO
MÉDICO NO MANEJO DO PACIENTE
Elisa Machado Heringer
Carla Cíntia Ferreira
Humberto Ferreira Ianni (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O uso do álcool entre a população brasileira é grande e relevante. Segundo um estudo feito por
Laranjeira, et. al entre 2005 e 2006, 48% da população afirmou ter consumido álcool naquele
ano. Esse consumo elevado causa dependência. A síndrome da abstinência alcoólica, os seus
sintomas, seus prejuízos e o papel do médico no seu manejo, são os aspectos estudados e
relatados nesse trabalho. Esse estudo foi elaborado através de revisão bibliográfica de artigos e
livros publicados encontrados nos sites scielo e pubmed. Um conjunto de sintomas
característicos como tremor, vômitos, aumento da pressão arterial, irritabilidade, disforia,
agitação e taquicardia formam a síndrome da abstinência alcoólica. Há ainda sintomas mais
severos como delirium tremens, manifestações autonômicas, ilusões, alucinações visuais e
cenestésicas (DALGALARRONDO, 2008). Podem ocorrer outras complicações como a alucinose
alcoólica, Síndrome de Marchiava Bignami (diminuição da densidade do tecido no corpo caloso),
Síndrome de Wernicke Korsakoff e deficiência de vitaminas do complexo B. A Síndrome da
abstinência alcoólica surge horas ou dias após a falta da ingesta da substância. A anamnese deve
abordar o histórico do paciente, identificando fatores de agravo bem como eventuais
comorbidades clínicas. É possível classificar o paciente em nível 1 (leve/moderado) ou nível 2
(grave) sendo que o tratamento do nível 1 é ambulatorial e do nível 2, hospitalar. (LARANJEIRA,
et. al 2000). Além da terapia farmacológica, a abordagem médica humanizada, acolhedora, sem
julgamentos, firme e afetuosa é de grande valia para a recuperação. Ouvir o paciente, ser
receptivo às suas angústias, identificar fatores motivadores para o uso do álcool, incentivar e
montar estratégias de manutenção da abstinência com a participação da família e de amigos é
função do médico e da equipe multidisciplinar. Focchi (2004), propõe alguns passos para
direcionar a abordagem do médico em relação ao paciente. Ele sugere o incentivo a ficar uma
semana em abstinência até a próxima consulta, que deve ser dentro deste prazo. É importante
estimular o paciente a evitar contato com outros dependentes químicos para que não seja
influenciado a usar droga. Com a ajuda dos familiares e amigos, deve- se eliminar os produtos
alcoólicos ou similares em casa ou no ambiente em que o paciente esteja. Uma boa estratégia é
aconselhar a participação em grupos de auto-ajuda, como os alcoólicos anônimos. Também é
válido encorajar o paciente a manter-se ocupado, seja em seu trabalho, em casa ou praticando
atividades de lazer. A criação de um diário, que deve ser levado nas consultas, é interessante a
fim de verificar se houve uso, o que usou e como se sentiu, abrindo possibilidade para que o
médico o oriente de forma específica. O êxito do tratamento passa pelo atendimento centrado
na pessoa, aumentando sua adesão, vínculo e confiança às propostas terapêuticas.
144
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO USO DE CRACK
Clara Nina Eto de Vasconcelos
Natália Nitsa Pereira Silva
Larissa Assis Abreu
Ricardo Luiz Fontes Moreira (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O crack é uma droga obtida a partir da purificação da cocaína, e vem se tornando cada dia mais
popular no mundo todo. Segundo pesquisadores da Fiocruz (2011), o consumo de crack no Brasil
– somando todas as capitais e o Distrito Federal – atinge 0,81% da população, o que
representaria cerca de 370 mil usuários regulares. Atualmente, o crack é considerado a droga
mais consumida no país. Estes números são preocupantes quando se observa a gravidade das
sequelas que esta droga é capaz de provocar nos usuários. Dentre os danos causados pelo crack
destacam-se a deterioração funcional do pulmão, o edema pulmonar, os fenômenos de
hipersensibilidade, a exacerbação da asma, a bronquiolite obliterante, entre outros. Também
podem ser observadas alterações comportamentais, como aumento da promiscuidade sexual,
o que torna as doenças sexualmente transmissíveis mais prevalentes entre os usuários de crack,
bem como a perda de apetite, a qual pode evoluir para quadros de desnutrição grave. Para a
realização deste trabalho foram realizadas buscas nos idiomas português e inglês no PsycInfo,
PubMed e LILACS, utilizando as palavras "crack", "fisiologic effects of crack use", "efeitos
fisiologicos do crack", "obtenção do crack a partir da cocaína". Foram encontrados 53 artigos e,
com base em datas e adequação ao tema, foram selecionados oito. Artigos publicados antes de
2010 foram excluídos, bem como aqueles encontrados em qualquer idioma diferente dos
pesquisados e aqueles que fugiam do objetivo do trabalho. Revisando a literatura disponível,
observa-se que o número de usuários de crack vem crescendo de forma alarmante,
principalmente entre a população jovem, fato que se deve à facilidade do acesso à droga e a
suas características altamente viciantes. Além dos efeitos sistêmicos deletérios, o crack é capaz
de provocar sensações de grande prazer aos seus usuários, provocando comportamentos
inapropriados, o que o torna especialmente perigoso e, por essa razão, faz-se necessário
compreender profundamente sua ação fisiológica. Pode-se concluir que a classe médica deve
ficar alerta às complicações provocadas nos usuários de crack, especialmente porque estas
podem levar os indivíduos à morte em pouco tempo.
145
ANÁLISE DO ESTADO NUTRICIONAL, OFERTA CALÓRICA E PROTEICA DE GRANDES
QUEIMADOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE BELO HORIZONTE, MG
Gabriela Ferreira Bohrer
Rossi-Maire de Freitas Ribeiro
Adriana Márcia Silveira (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Queimaduras são lesões teciduais que podem desencadear em trauma, ou seja, a homeostase
do organismo fica comprometida, resultando numa resposta fisiopatológica complexa. Ocorre
catabolismo intenso e excreção de nitrogênio na urina, além da proteína ser perdida também
pelo exsudato das feridas. O estado hipermetabólico e a magnitude do trauma levam a uma
reação inflamatória sistêmica aguda seguida de uma série de possíveis infecções o que torna um
desafio a suplementação adequada de calorias e proteínas. A terapia nutricional (TN) para
pacientes queimados deve atingir seu estado anabólico sendo instituída entre 24 horas a no
máximo 48 horas após o trauma, prevenindo a resposta hipermetabólica grave. Para esses
pacientes recomenda-se um aumento na oferta calórica de 30 kcal/kg/dia a 35 kcal/kg/dia,
realizada para promoção de substratos para fase anabólica. A quantidade de proteínas ofertadas
ao paciente deve ser adequada a sua recuperação, esse valor varia de 1,2 g/kg/dia a 2,0 g/kg/dia,
dependendo do seu estado metabólico. O objetivo atual do trabalho foi analisar o estado
nutricional, a necessidade e a oferta calórica e proteica da dieta de pacientes queimados
internados em um hospital público de Belo Horizonte, MG. Trata-se de um estudo transversal
exploratório, descritivo e retrospectivo com abordagem quantitativa, realizado na ala de
queimados de um hospital público de Belo Horizonte, MG. Foi realizada análise aleatória nas
fichas dos pacientes atendidos pelo serviço de nutrição entre agosto de 2014 a fevereiro de
2015, totalizando 43 fichas de pacientes vítimas de queimaduras. Para o estudo foram
analisadas as seguintes variáveis: idade, Superfície Corporal Queimada (%SCQ) acima de 20%,
diagnóstico nutricional, valor calórico e proteico determinado através de cálculos elaborados
segundo a fórmula de Curreri para valor calórico e proteína pelo peso atual do paciente,
considerando uma dieta hiperproteica, conforme recomendado na literatura para valor proteico
total. Foi considerado também o valor calórico e proteico ofertado aos pacientes. Esse trabalho
teve aprovação ética pela Plataforma Brasil com número CAAE: 44688415.1.0000.5105. A média
de %SCQ de grandes queimados foi de 40,3% variando de 20% a 80%. A média de idade foi de
41,7 anos e mediana de 46 anos com predomínio do sexo masculino n=22 (68,7%) em relação
ao sexo feminino n=12 (37,5%). Com relação ao cálculo calórico estimado para estes paciente
foi obtido média de 40,3 kcal/kg/dia, caracterizando uma dieta hipercalórica. A média de
proteína ao dia foi de 102,2 g/dia equivalente a um aporte proteico de 1,5 g/kg/dia
caracterizando uma dieta hiperproteica. O total calórico calculado para cada paciente
relacionado ao total de dieta enteral ofertada ao paciente com infusão padrão diária de 22 horas
foi de uma dieta normocalórica e hiperproteica (60g\L), com 1,2 kcal/mL. Conforme o exposto
pode-se inferir que a necessidade estimada e ofertada de calorias está adequada, com média de
101,35% de adequação, julgando padrão aceitável de 90% a 110% de adequação. Queimaduras
em geral podem desencadear uma série de alterações metabólicas levando a complicações e
146
até ao óbito. Se tratando de grandes queimados atenção multiprofissional se acentua e compete
ao nutricionista proceder de forma cautelosa e correta ao calcular e prescrever a dieta de um
paciente grande queimado. Esse estudo possibilitou analisar a dieta oferecida e a real
necessidade de cada paciente, concluindo que se baseia em valores dentro do padrão normal
recomendado para esses pacientes, caracterizando um suporte nutricional eficiente e adequado
para a melhora e manutenção do estado nutricional dos pacientes, evitando complicações
futuras e potencializando sua recuperação.
147
AGRICULTURA ORGÂNICA: UM EQUILÍBRIO ENTRE MELHORIA DA QUALIDADE DE
VIDA E AMBIENTE SUSTENTÁVEL
Ana Paula Pereira Mol
Raquel Ribeiro Rocha
Denise Alves
Jusceli Sudário
Nayara Pereira de Meira
Luiz Carlos Travassos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Agricultura orgânica é um sistema de produção alternativo seguro e sustentável isento de
contaminação que coloque em risco a saúde humana e do ambiente. Esse sistema de produção
se diferencia da agricultura convencional principalmente por preservar a biodiversidade,
promover a saúde dos seres humanos e o equilíbrio ambiental, é ecologicamente correta, viável
economicamente. Objetiva-se com este trabalho apresentar os malefícios dos agrotóxicos para
a saúde humana e a sustentabilidade ambiental. O presente trabalho foi realizado através de
revisão bibliográfica com consultas a artigos científicos, dissertações e teses publicadas em
revistas e meios eletrônicos como: Biblioteca Virtual de Saúde (Bireme), Scielo e Biblioteca
Virtual do Ministério da Saúde. Uma das questões presentes no debate atual sobre
sustentabilidade relaciona-se à agricultura orgânica e à alimentação saudável. O uso de
agrotóxicos, usados na produção agrícola, estão relacionados com os impactos gerados ao meio
ambiente, atingindo ar, solo e água. Em virtude disto tem aumentado progressivamente a
procura por alimentos produzidos de forma orgânica, isto é, livres de fertilizantes químicos, de
antibióticos, de hormônios e de outras drogas comumente utilizada. Afirmam que nas últimas
décadas, o uso indiscriminado de agrotóxicos vem causando preocupação em diversas partes do
mundo, e a crítica ao modelo de agricultura vigente cresce à medida que estudos comprovam
que os agrotóxicos contaminam alimentos e ambiente, causando danos à saúde humana. O
Brasil é maior consumidor mundial de agrotóxicos na atualidade. Aponta que mesmo que alguns
dos ingredientes ativos possam ser classificados como medianamente ou pouco tóxicos –
baseado em seus efeitos, não se pode perder de vista os efeitos crônicos que podem ocorrer
meses, anos ou até décadas após a exposição, manifestando-se em várias doenças como
cânceres, malformação congênita, distúrbios endócrinos e neurológicos. Aponta ainda que o
leite humano possa ser um dos meios de contaminação, pois parte dos agrotóxicos utilizados
tem a capacidade de se dispersar no ambiente, e outra parte pode se acumular no organismo
humano, ao ser consumido pelos recém-nascidos pode provocar agravos à saúde, pois os
mesmos são mais vulneráveis à exposição a agentes químicos presentes no ambiente. Os efeitos
agudos sobre a saúde humana são os mais visíveis e as informações obtidas sobre essas
nocividades vêm dos dados dos sistemas de informação sobre óbitos, emergências e internações
hospitalares de pessoas intoxicadas por esses produtos. A exposição a baixas doses de
agrotóxicos induz a morte celular, à citotoxidade e à redução de viabilidade das células, o que já
aponta para grandes prejuízos à saúde humana. Em contrapartida, a agricultura orgânica visa a
sustentabilidade ambiental, o desenvolvimento de sistemas de cultivo com hortaliças que
148
assegurem o equilíbrio do ambiente e seus recursos, amplia o desafio em gerar soluções e adotar
práticas culturais ambientalmente conservacionistas. A partir da agricultura orgânica é possível
equilibrar a interação meio ambiente e saúde humana. A demanda por produtos orgânicos
tende a ser maior a cada momento, pois os seus benefícios conduzem o consumidor a avaliar
entre a escolha por produtos convencionais a produtos orgânicos. O consumo de produtos
orgânicos ainda está envolvido com o processo de transição ecológica, para que haja promoção
da saúde ambiental e social.
149
ASSOCIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL COM A IMUNOCOMPETÊNCIA EM IDOSOS
INSTITUCIONALIZADOS
Carla Carolina Cunha Pereira
Gabriela Barbosa Pires Fagundes
Nayara Ingrid de Medeiros
Rafael Teixeira Mattos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Várias modificações ocorrem durante o processo de envelhecimento como, mudanças
fisiológicas, anatômicas e diminuição do metabolismo, justificando uma menor ingestão
alimentar, acarretando assim no comprometimento do estado nutricional do idoso. Quando
comparado ao indivíduo jovem, o idoso possui mais susceptibilidade a doenças infecciosas,
apresentando assim uma menor resposta imunológica. Também utilizado como marcador
nutricional, os linfócitos e leucócitos periféricos são usados para o cálculo da contagem total de
linfócitos (CTL) e medem as reservas imunológicas momentâneas, indicando as condições de
defesa celular do organismo que sofre interferência direta do estado nutricional, sendo,
portanto, utilizado para a medição da competência imunológica. Os parâmetros bioquímicos,
como a contagem total de linfócitos (CTL), são frequentemente utilizados como índice
nutricional, combinados ou não com outros parâmetros bioquímicos e do estado nutricional, e
mostraram-se válidos e confiáveis para este fim. O objetivo deste estudo foi avaliar o estado
nutricional e o estado imunológico segundo CTL de 22 idosos institucionalizados de ambos os
sexos (80±7,89 anos), sendo agrupados segundo IMC em: Grupo controle (IMC 22 a 27 Kg/m²,
n=12), grupo baixo peso (IMC ≤ 22 Kg/m², n=5) e grupo sobrepeso (IMC ≥ 27 Kg/m², n=5). Os
indivíduos foram avaliados antropometricamente quanto ao peso, estatura, circunferência de
braço (CB), índice de massa corpórea (IMC), prega cutânea tricipital (PCT), circunferência do
braço (CB) e circunferência da panturrilha (CP) e a avaliação dos exames bioquímicos leucócitos
e linfócitos foi através de dados contidos em prontuários. Os resultados mostram diferença
estatística significativa entre o IMC e CB quando comparado todos os grupos; quanto a CP e PCT
apresenta-se estatisticamente menor no grupo baixo peso em relação ao sobrepeso; já em
relação aos leucócitos mostram-se estatisticamente menor no grupo baixo peso em relação aos
eutróficos. Não foi observado diferença entre os grupos quando comparado o total de linfócitos
e leucócitos, já em relação à CTL foi encontrada diferença estatística entre os grupos eutrófico
e baixo peso e uma tendência de estar menor no grupo sobrepeso, quando comparado aos
eutróficos. Resultados preliminares mostram que os indivíduos institucionalizados
diagnosticados nutricionalmente com baixo peso apresentam uma perda de massa magra
importante, associado a um possível comprometimento imunológico, assim como no grupo
sobrepeso que apresentou uma tendência de imuno comprometimento. Portanto, sugere-se
que diferentes condições do estado nutricional refletem na imunocompetência.
150
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 3 A 5 ANOS EM UMA CRECHE
MUNICIPAL DE VESPASIANO, MG
Gabriela Ferreira Bohrer
Carla Carolina Cunha Pereira
Adriana Márcia Silveira (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Atualmente o consumo alimentar da população caracteriza-se por uma dieta rica em açúcar e
gorduras em geral especialmente as saturadas e consumo insuficiente de frutas, verduras e
hortaliças. As consequências desse novo perfil alimentar são reflexos observados na mudança
do estado nutricional das crianças brasileiras menores de cinco de idade. Estudos em creches de
todo o território brasileiro demostram uma relação entre o consumo alimentar inadequado e o
déficit de crescimento e desenvolvimento. Há presença do aumento do índice de sobrepeso e
obesidade em detrimento à desnutrição protéico-energética, baixa estatura e o excesso de peso.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), na área de alimentação e nutrição, vem
buscando promover a segurança alimentar e nutricional por meio da formação de hábitos
alimentares saudáveis, promoção do crescimento e desenvolvimento das crianças e melhoria da
aprendizagem e rendimento escolar. De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE) as últimas estatísticas mostraram a cobertura de 42,2 milhões de crianças e
jovens, cerca de 27% da população brasileira. Com base no exposto o presente trabalho visa
avaliar o estado nutricional de crianças de uma creche pública de Vespasiano MG. Foi realizado
um estudo transversal descritivo, de 09 de fevereiro de 2015 a 01 de abril de 2015, em uma
creche pública situada no município de Vespasiano, MG. Foi adotada a técnica do Sistema de
Vigilância Alimentar Nutricional (SISVAN, 2011) para coleta de peso e estatura dentro da faixa
etária estabelecida. A determinação do índice peso/idade (P/I) e IMC/idade (IMC/I) foram feitos
pelo critério percentil, considerando-se o novo padrão de um estudo multicêntrico, WHO
multicentre Growth Reference Study10 (2007), para avaliar o crescimento e desenvolvimento
de crianças ao nascer aos cinco anos de idade e de cinco anos aos dezenove anos de idade. A
população foi de 108 crianças no estágio de vida de 3 a 5 anos. Das crianças avaliadas, 54,7%
eram do sexo masculino e 45,3%, do feminino. A média e mediana do peso (kg) foi de 19,3 kg e
18,1 kg, respectivamente e a média e mediana para altura equivalente a 110 centímetros e 109
centímetros. As crianças apresentaram-se eutróficas com percentuais de 86,11% para o índice
P/I. A prevalência das crianças em risco para baixo peso foi de 1,85%. O risco para sobrepeso e
obesidade prevaleceu em 7,41% e 4,63% respectivamente para o critério P/I. Em relação ao
IMC/I observou-se que 82,4% das crianças estavam eutróficas, sendo que 11,1% e 3,7% estavam
com sobrepeso e obesidade, respectivamente. Apenas 2,7% do total da população avaliada
apresentava-se com magreza. A transição do perfil alimentar trouxe para as crianças
consequências observadas no estado nutricional. Embora a maioria das crianças estivesse com
peso adequado no momento da avaliação, é importante trabalhar a educação nutricional
voltada especificamente para essa faixa etária para que se forme bons hábitos alimentares e se
previna doenças como sobrepeso e obesidade no futuro.
151
ASSOCIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL COM A IMUNOCOMPETÊNCIA EM IDOSOS
INSTITUCIONALIZADOS
Carla Carolina Cunha Pereira
Gabriela Barbosa Pires Fagundes
Nayara Ingrid de Medeiros
Rafael Teixeira Mattos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Várias modificações ocorrem durante o processo de envelhecimento como, mudanças
fisiológicas, anatômicas e diminuição do metabolismo, justificando uma menor ingestão
alimentar, acarretando assim no comprometimento do estado nutricional do idoso. Quando
comparado ao indivíduo jovem, o idoso possui mais susceptibilidade a doenças infecciosas,
apresentando assim uma menor resposta imunológica. Também utilizado como marcador
nutricional, os linfócitos e leucócitos periféricos são usados para o cálculo da contagem total de
linfócitos (CTL) e medem as reservas imunológicas momentâneas, indicando as condições de
defesa celular do organismo que sofre interferência direta do estado nutricional, sendo,
portanto, utilizado para a medição da competência imunológica. Os parâmetros bioquímicos,
como a contagem total de linfócitos (CTL), são frequentemente utilizados como índice
nutricional, combinados ou não com outros parâmetros bioquímicos e do estado nutricional, e
mostraram-se válidos e confiáveis para este fim. O objetivo deste estudo foi avaliar o estado
nutricional e o estado imunológico segundo CTL de 22 idosos institucionalizados de ambos os
sexos (80±7,89 anos), sendo agrupados segundo IMC em: Grupo controle (IMC 22 a 27 Kg/m²,
n=12), grupo baixo peso (IMC ≤ 22 Kg/m², n=5) e grupo sobrepeso (IMC ≥ 27 Kg/m², n=5). Os
indivíduos foram avaliados antropometricamente quanto ao peso, estatura, circunferência de
braço (CB), índice de massa corpórea (IMC), prega cutânea tricipital (PCT), circunferência do
braço (CB) e circunferência da panturrilha (CP) e a avaliação dos exames bioquímicos leucócitos
e linfócitos foi através de dados contidos em prontuários. Pesquisa aprovada pelo Comitê de
Ética da Faculdade de Minas – FAMINAS BH. Os resultados mostram diferença estatística
significativa entre o IMC e CB quando comparado todos os grupos; quanto a CP e PCT apresentase estatisticamente menor no grupo baixo peso em relação ao sobrepeso; já em relação aos
leucócitos mostram-se estatisticamente menor no grupo baixo peso em relação aos eutróficos.
Não foi observado diferença entre os grupos quando comparado o total de linfócitos e
leucócitos, já em relação à CTL foi encontrada diferença estatística entre os grupos eutrófico e
baixo peso e uma tendência de estar menor no grupo sobrepeso, quando comparado aos
eutróficos. Resultados preliminares mostram que os indivíduos institucionalizados
diagnosticados nutricionalmente com baixo peso apresentam uma perda de massa magra
importante, associado a um possível comprometimento imunológico, assim como no grupo
sobrepeso que apresentou uma tendência de imuno comprometimento. Portanto, sugere-se
que diferentes condições do estado nutricional refletem na imunocompetência.
152
O DIREITO DE FILIAÇÃO NAS INSEMINAÇÕES ARTIFICIAIS HETERÓLOGAS
Hevelly Lírika Olivência Barbosa
Cássia Lorena Rezende Saraiva
Fabrício Veiga Costa (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
6.00.00.00-7 Ciências Sociais Aplicadas
O presente trabalho tem por objetivo esclarecer as discussões existentes acerca da reprodução
humana assistida, bem como a necessidade de adequação do tema ao Direito das Famílias,
conforme dispõe o Código Civil de 2002, e aos Princípios consagrados na Constituição da
República de 1988. Pretende-se com esta pesquisa uma análise acerca do Direito de filiação nas
inseminações artificiais heterólogas, tema totalmente relacionado aos avanços da sociedade. A
técnica da inseminação artificial tem apresentado diversos problemas, visto que nas
inseminações heterólogas utiliza-se o material de um doador, cuja identidade é preservada. Tal
sigilo reflete diretamente na vida dos filhos havidos por inseminação, em temas como filiação,
alimentos e herança. O direito de filiação é tolido em detrimento do direito ao sigilo do doador
e esta é a problemática focalizada pela presente pesquisa. Manter o sigilo do doador é uma
decisão contestada por vários autores e doutrinadores brasileiros, e apoiada pela resolução do
Conselho Federal de Medicina de número 1358/92. A conclusão da pesquisa foi fundamentada
no “meio termo” entre manter o sigilo do doador ou garantir o direito de filiação, qual seja,
garantir à criança a possibilidade de conhecer a origem genética com o fundamento
estritamente médico. Evitar relações incestuosas para que os descendentes não tenham
problemas de saúde, ou encontrar um doador de sangue ou órgãos, caso haja incompatibilidade
com a mãe, por exemplo, seriam motivos para solicitar da clínica que realizou a inseminação,
que quebre, em tese, o sigilo do doador, ponderando assim as normas médicas e os princípios e
regras presentes no ordenamento jurídico, visto que a prática da Ciência deve respeitar, ou não
infringir, os direitos e garantias fundamentais.
PALAVRAS-CHAVE: Inseminação Artificial. Direito de Filiação. Sigilo do doador.
153
A DELAÇÃO PREMIADA E AS CONSEQUÊNCIAS DE SUA APLICAÇÃO NO
ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO
Marcos Roberto Leite Cardoso
Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares
Anderson da Silva
Lorena Carolina Alves dos Santos
Silvana Silverio
Renata Esteves Furbino (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
6.00.00.00-7 Ciências Sociais Aplicadas
O instituto jurídico conhecido como delação premiada trata-se de uma técnica de investigação
consistente na oferta de benefícios pelo Estado àquele que confessar e prestar informações
úteis ao esclarecimento do fato delituoso. Para Boldt (2005, p. 4), delação premiada é a
possibilidade que tem o participante ou associado de ato criminoso de ter sua pena reduzida ou
até mesmo extinta, mediante a denúncia de seus comparsas às autoridades, permitindo o
desmantelamento do bando ou quadrilha, ou ainda facilitando a libertação do sequestrado,
possível no caso do crime de extorsão mediante sequestro cometido em concurso de agentes.
A utilização “desenfreada” deste instituto demonstra a incapacidade do Estado em desvendar
crimes, acaba por ferir alguns direitos expressamente previstos na Constituição Federal, como
o direito ao silêncio e também o da ampla defesa, trai seus companheiros e diante disso recebe
benefícios. Nesse sentido, sábia são as palavras de Mello (1995, p. 538), ao dizer que é o
conhecimento dos princípios que preside a intelecção das diferentes partes dos componentes
do todo unitário que há por nome sistema jurídico positivo. Violar um princípio é muito mais
grave que transgredir uma norma. É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade,
conforme o escalão do princípio atingido, porque representa a insurgência contra todo o
sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço e
corrosão de sua estrutura mestra. Portanto, o Estado com intuito de facilitar a sua atuação e
demonstrar uma eficácia perante a sociedade, deixa de lado seu próprio valor ético e moral e se
iguala ao universo criminoso, que neste, não se pode dizer em ética, dada pela natureza da
prática de condutas delituosas que ferem bens jurídicos protegidos pelo Estado. Deste modo,
objetivou-se demonstrar que o instituto jurídico da delação premiada utilizado de maneira
excessiva traz ao ordenamento jurídico brasileiro algumas consequências éticas e morais
contrários aos princípios constitucionais estabelecidos. Este estudo trata-se de uma fonte de
produção do conhecimento, do tipo exploratório, que buscou sistematizar o conhecimento
divulgado sobre a temática. Foram investigadas as bases de pesquisa primárias e sucundárias
jurídico-formais, utilizando-se como palavras chave: delação premiada, princípios
constitucionais, ética e moral. Como critério de inclusão para a busca e seleção de estudos,
adotou-se artigos científicos publicados em português entre 1984 e 2015. Dos resultados
obtidos, pode-se destacar que a delação premiada é uma forma de justiça negociada, que se
contrapõe aos valores éticos e moral que acabam sendo destituídos no momento em que o
Estado realiza um acordo com o próprio criminoso. Conclui-se que a delação premiada promove
uma verdadeira extorsão da verdade, pois se trata de uma busca irracional por pretensos ideais
de "verdade" e "justiça", e faz com que presenciemos hodiernamente situações em que se
legitimam uma "arbitrariedade legalmente constituída", promovendo um sem número de
abusos e ofensas às garantias constitucionais ínsitas aos cidadãos. Como diz Hassemer (1984, p.
154
140) não é permitido ao estado utilizar os meios empregados pelos criminosos, se não quer
perder, por razões simbólicas e práticas, a sua superioridade moral. Portanto, a delação
premiada deve ser utilizada como último recurso, pois o efeito desse instituto pode ser
devastador e nos remeter ao retrocesso as garantias constitucionais arduamente adquiridas,
pois extrair a confissão do réu era o objetivo do processo penal na Idade Média. Tudo se
legitimava, até o sofrimento corporal, para obter a declaração de culpabilidade, que diziam ser
“voluntária”. O Estado necessita de um maior aparato para combater a criminalidade com
eficácia, porém não se pode tentar compensar a sua ineficiência, atingindo garantias
constitucionais devidamente instituídas.
155
A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE RELACIONADA À
SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE
Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares
Marcos Roberto Leite Cardoso
Anderson da Silva
Lorena Carolina Alves dos Santos
Karine Veloso dos Santos
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Vivemos em um mundo, cuja expectativa de vida da população vem aumentando
significativamente, fato que se associa a um considerável crescimento na população de idosos.
Consequentemente, a assistência em enfermagem ao idoso vem evoluindo ao longo do tempo.
O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, de modificações, bioquímicas,
morfológicas e psicológicas. Havendo perda progressiva da capacidade de adaptação do
individuo ao meio ambiente, promovendo assim, o envelhecimento do ser humano que é
considerado uma realidade mundial, o idoso teve sua expectativa de vida aumentada
diminuindo seu grau de deficiência mental ou física (MAZO et al; 2007, p. 438). A sexualidade
atualmente vem sendo entendida não só como um ato sexual e genital, mas sim como um
conforto sentimental e emocional, deste modo, fica evidente a importância do conhecimento a
respeito deste contexto e sobre as principais dificuldades enfrentadas perante ela (TEIXEIRA et
al; 2012, p. 51). O profissional enfermeiro exerce um papel importantíssimo neste processo, pois
a sexualidade é um tema que necessita de orientação em todas as fases da vida e com os idosos
não é diferente, apesar de vivermos em uma sociedade que ignora a sexualidade nos idosos, ela
está presente cada dia mais entre eles. Deste modo, como provedor da arte de cuidar, o
enfermeiro deve exercer uma assistência em enfermagem, que possa proporcionar qualidade
de vida aos idosos. O envelhecimento fisiológico acarreta inúmeras mudanças que influenciam
diretamente na sexualidade. Tais mudanças afetam todas as pessoas que chegam à terceira
idade (TEIXEIRA et al; 2012, p. 51). Portanto, objetivou-se analisar à importância do enfermeiro
frente a sexualidade na velhice. Este ensaio trata-se de uma revisão bibliográfica, que buscou
sistematizar o conhecimento divulgado sobre a temática no meio acadêmico. Foram
investigadas as bases de dados Scientific Eletronic Library On-line (Scielo) e Google Acadêmico,
utilizando-se como descritores: idoso, sexualidade e enfermeiros. Adotou-se como critério de
inclusão estudos publicados em português no período entre 2007 e 2014. Foram excluídos
relatos de casos informais e artigos sem disponibilidade do texto na íntegra. Os resultados
apontam que o enfermeiro exerce diversas funções e uma delas é a de educador, que é
primordial para instruir a população idosa na educação em saúde, proporcionando a eles um
melhor desenvolvimento das atividades de vida diária. Cabe ao enfermeiro preparar os idosos a
enfrentar o processo de envelhecimento em todas as suas fases, ouvir e entender todas suas
queixas, podendo assim, dar a eles uma devida assistência em enfermagem. A sexualidade faz
parte desta temática que deve ser abordada de maneira precavida, pois cada idoso tem sua
crença, cultura e aceitação perante a mesma, e muitos bloqueiam em si a possibilidade de ter
uma vida sexual ativa por diversos fatores, e o profissional enfermeiro pode e deve agir
orientando até mesmo sobre as doenças sexualmente transmissíveis, visto que sofrem os
156
mesmos riscos em qualquer fase da vida. Conclui-se que o enfermeiro deve ter uma visão
holística das pessoas idosas, ele exerce uma função primordial na vida dos mesmos. Estes
profissionais têm que estabelecer relações de ajuda, respeito, escuta, entre outros, que
possibilitam uma maior aceitação e entendimento frente à sexualidade na terceira idade,
podendo proporcionar aos idosos respostas às suas necessidades, encarando a sexualidade de
acordo com que a mesma representa na vida de cada um.
157
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO MEDIANTE A MORTE DE SEUS CLIENTES
Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares
Anderson da Silva
Karine Veloso dos Santos
Gabriela Morais Fernandes de Sousa
Miriã Micaela de Oliveira
Rosana Costa do Amaral (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O modelo biomédico ou mecanicista foi por muito tempo realizado pautado à cura de
enfermidades, caracterizado por diagnósticos que determinam o modo de tratamento,
monopolizado pelo médico, no qual se privilegia a doença e não o doente (LEITE, 2010).
Contudo, as pessoas tinham maior aceitação diante da morte, encarada pelos seres humanos
como parte do ciclo natural da vida, uma experiência crucial aos seres vivos, muitas vezes
provocadas por acidentes, doenças agudas e infecções. Entretanto, na atualidade a morte é vista
de modo diferente, os progressos tecnológicos propiciaram a oportunidade de tratar e curar
patologias, aumentando a expectativa de vida (WOLD ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA, 2013,
p. 243). O contato rotineiro com esse fenômeno pode afetar a capacidade humana e
profissional dos envolvidos no cuidado em saúde, entre eles o enfermeiro. Este profissional em
questão, durante o processo de formação constrói saberes pautados na prevenção ou cura das
patologias que podem discernir a morte como uma falha pessoal ou profissional, levando eles a
desenvolver diversas reações frente este fato. A morte pode provocar vários sentimentos nos
profissionais enfermeiros, tais como medo, frustrações, tristeza e desespero, decorrentes de
uma formação acadêmica voltada para o cuidado e a cura de enfermidades, apesar de a morte
fazer parte do ciclo natural da vida, os enfermeiros, geralmente, não vem sendo
adequadamente preparados para lidar com ela (MOTA et al; 2011, p. 134). Deste modo,
objetivou-se analisar a atuação do enfermeiro perante a morte de seus clientes. Para construção
desse estudo, realizou uma revisão bibliográfica exploratória, que buscou sistematizar o
conhecimento divulgado sobre a temática. Foram utilizados as bases de dados Scientific
Eletronic Library On-line (Scielo) e Google Acadêmico, como descritores: morte, atitude frente
à morte e enfermeiros. O critério de inclusão utilizado para construção do estudo foi artigos
científicos publicados em português no período entre 2004 e 2013, e como critério de exclusão,
relatos de casos informais e artigos sem disponibilidade do texto na íntegra (online). Dos
resultados obtidos, pode-se destacar que vivenciar a morte de clientes, gera nos enfermeiros,
diversas reações negativas, decorrentes do despreparo psicológico ou falta de qualificação
desses profissionais perante este contexto. Por outro lado, a morte também pode ser vista como
libertação e consolo do sofrimento, tanto para os enfermeiros, quanto ao cliente e seus
familiares. Os profissionais enfermeiros precisam ser capazes de se comunicar de maneira eficaz
e de atender o cliente, assim como abordar as necessidades da família e de outras pessoas
próximas, à medida que eles enfrentam sofrimento, perda e luto. Uma alternativa apontada é a
criação de grupos de discussão no ambiente de trabalho, não só para os enfermeiros, mas para
os profissionais de saúde que lidam com esta situação, podendo assim discutir suas experiências,
buscando minimizar as reações e sensações frente à morte de seus clientes. Deste modo, dará
aos familiares e aos referidos clientes uma assistência em enfermagem de forma humana e
ética, pois poderão compreender que a morte faz parte do ciclo vital, podendo muitas vezes até
158
ser poupada, mas nunca impedida. Portanto, conclui-se que embora a morte faça parte do
cotidiano dos profissionais enfermeiros, deve-se respeitar a individualidade e aptidão de
absorver sensações de cada indivíduo frente à morte. Superar os sentimentos de frustrações ou
incapacidade, reconhecendo que o momento da morte acontecerá para todos e que é
necessário mudar o foco do cuidado, atendendo a individualidade de cada pessoa.
159
A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO GERIATRA.
Maria Aparecida Marques
Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras
Ana Paula Grigório de Carvalho
Priscila Regina Vasconcelos
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Envelhecer é um processo dinâmico, progressivo e inevitável, pois há mudanças morfológicas,
bioquímicas, funcionais e psicológicas ocasionando maior predisposição a processo patológicos
que acabam levando a morte. Com a inversão da pirâmide demográfica no território brasileiro,
temos muito mais adultos e/ou idosos do que adolescentes e/ou crianças. O objetivo desta
pesquisa é fomentar o enfermeiro a voltar seu olhar para a Geriatria. Mas o que vem a ser um
enfermeiro geriatra e qual seu papel? Esta revisão bibliográfica propõe esclarecer qual a
importância do enfermeiro no processo de envelhecimento do ser humano. Para esta revisão
bibliográfica de caráter exploratório foram lidos 11 artigos do CIELO, e da Biblioteca Virtual de
Saúde; dois foram escolhidos por ter o descritor buscado, com os critérios de inclusão de artigos
na língua portuguesa, excluindo outros idiomas; e teve como descritores: A importância do
enfermeiro na geriatria. Sabendo-se que apesar de ser um trabalho interdisciplinar e
intersetorial, o atendimento integral ao idoso vem sendo dificultado cada vez mais por diversos
fatores, e um deles é o aumento da expectativa de vida sem saúde, onde o idoso se encontra
por vezes acamado, ou em situação de fragilidade. O enfermeiro é de extrema importância para
fazer este elo de conectividade entre os demais profissionais. Para realizar o processo de
enfermagem, com sistematização da assistência para o paciente, somente então pode se colocar
um plano de ação para que o paciente recupere sua saúde e sinta vontade de se cuidar.
Fomentar a higiene, o auto cuidado, o exercício físico sob indicação médica e esclarecer dúvidas
são funções do enfermeiro que se especializa em geriatria. Atualmente, é de fundamental
importância que o profissional interessado nesta área esteja atualizado nas peculiaridades
anatômicas e funcionais do envelhecimento, sabendo discernir com máxima precisão os efeitos
naturais deste processo. Concluímos que se faz necessário o aprimoramento profissional para o
cuidado com o idoso, não podemos de deixar de enfatizar a importância do enfermeiro nessa
fase da vida, destacando ainda o papel essencial na capacitação do cuidador do idoso. A função
do enfermeiro é muito importante em relação à capacitação dos cuidadores pois, a enfermagem
que irá treinar, educar, supervisionar, auxiliar quanto ao processo saúde-doença, pois se não há
uma equipe de saúde, e nesta não contendo um enfermeiro para fazer a capacitação dos
mesmos não tem como prestar um atendimento qualificado. É certo que o idoso necessita de
atenções específicas e significativas, concernentes ao seu cotidiano.
160
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE A EVOLUÇÃO DAS FERIDAS
Maria Aparecida Marques
Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras
Ana Paula Grigório de Carvalho
Priscila Regina Vasconcelos
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Ferida é qualquer interrupção na continuidade da pele, que afeta sua integridade. Também é
definida como uma deformidade ou lesão que pode ser superficial ou profunda, fechada ou
aberta, simples ou complexa, aguda ou crônica. Esta pesquisa tem como objetivo identificar
como se dá evolução das feridas, através de uma revisão bibliográfica e o acompanhamento de
caso clínico real. Pesquisa em livros de fisiologia e patologia, pesquisa no acervo da Biblioteca
Virtual de Saúde e Base de dados do CIELO. Escolhemos 4 artigos e 1 livro, como método de
inclusão usamos os descritores buscados e artigos publicados em língua portuguesa e adotamos
os descritores: Evolução das Feridas, A Enfermagem no cuidado das feridas, o enfermeiro e a
evolução da ferida. As feridas são superficiais quando limitadas à epiderme, derme e hipoderme,
e profundas, quando outras estruturas são atingidas (fáscias, músculos, aponeuroses,
articulações, cartilagens, tendões, ligamentos, ossos, vasos e órgãos cavitários). Nos ferimentos
fechados, a continuidade da pele e dos tecidos não é violada ou danificada e eles podem ser
tanto superficiais quanto profundos. Nas feridas abertas, ocorre a descontinuidade e o
rompimento da barreira de proteção da pele, acentuando os riscos de infecção. As feridas
simples evoluem rapidamente para a cicatrização. As complexas têm evolução lenta e
progressiva, tendendo para a cronicidade. Podem estar contaminadas, colonizadas ou
infectadas, quando mostram evidências de processo infeccioso, com tecidos desvitalizados,
exsudação e odor característico. As agudas são causadas por fatores externos ao organismo
humano, como as lesões acidentais, que ocorrem por traumas físicos, químicos ou biológicos e,
ainda, aquelas que são produzidas por incisão cirúrgica. As crônicas são produzidas por fatores
internos, como doenças vasculares e metabólicas, infecções e neoplasias. As úlceras por pressão
são resultantes de longa permanência sobre proeminências ósseas. Concluímos que é neste
contexto em que o profissional enfermeiro, estando bem treinado em tratamento de feridas,
entra colaborando exponencialmente para a boa evolução da ferida e para uma melhor
qualidade de vida do paciente. Pois a bom prognóstico da ferida está nas mãos de quem faz o
primeiro curativo.
161
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA E A POLÍTICA
NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM.
Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras
, Maria Aparecida Marques
Priscila Regina Vasconcelos
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A implantação do Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, instituída pela
portaria nº1.944/GM, Ministério da Saúde 2009, vem buscando acolher o gênero masculino,
considerando que o papel provedor ainda está muito atrelado à figura do homem, que está
incutido na cultura. Assim, deve-se olhar para a saúde deste indivíduo de forma diferenciada e
atenta. Vários estudos comparativos entre gêneros têm provado o fato de que os homens são
mais vulneráveis às doenças, sobretudo às graves e crônicas e morrem mais precocemente que
as mulheres. Os homens entram no sistema de saúde pela atenção ambulatorial e hospitalar,
com quadros patológicos já instalados, como consequência aumentam o custo para o sistema
de saúde, principalmente, se o assunto é câncer de próstata. Este estudo teve como objetivo
analisar se a promoção da saúde e a prevenção de agravos proporcionada pela atuação do
enfermeiro na prevenção do câncer de próstata está realmente atraindo a população masculina.
Para esta revisão bibliográfica de caráter exploratório foram lidos trinta artigos, e quatro foram
escolhidos por subsidiarem melhor tema. Neste contexto, o enfermeiro, com suas atribuições
privativas e conhecimento científico, contribui para a qualidade e manutenção da vida dos
homens em relação à prevenção do câncer de próstata. No contexto da atenção em saúde não
se deve perder as oportunidades de abordar os homens, aproveitando as situações cotidianas
da assistência de enfermagem, na perspectiva da promoção da saúde e detecção precoce de
agravos, no sentido de orientá-los sobre os fatores de risco e a importância do exame preventivo
proctológico. Identificar a presença desses fatores e buscar sinais e sintomas que possam indicar
alterações relacionadas. Articulando a promoção da saúde, reforçando a corresponsabilidade
na manutenção da saúde de cada individuo, pois, o silenciamento a respeito da prevenção
desses outros tipos de neoplasias também se repete no âmbito da mídia e os serviços de saúde,
resultando frequentemente em uma menor produção de campanhas e ações de sensibilização,
incentivem e orientem os homens para a prevenção de outros tipos de câncer. O papel do
enfermeiro na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem é ajudar a ampliar o
acesso aos homens às informações sobre as enfermidades que o podem acometer como o
câncer de próstata, dentre outras, contribuindo para o enfrentamento racional dos fatores de
risco. Diminuindo o absenteísmo e os períodos de afastamento remunerados pelo Sistema Único
de Saúde. Estratégias como educação em saúde em todos os níveis da sociedade, a geração de
opinião pública, apoio e estímulo à formulação de leis que permitam monitorar a ocorrência de
casos de câncer de próstata, por exemplo, pode colaborar para a redução da morbimortalidade
da população masculina.
162
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO RESGATE DA CIDADANIA DO PORTADOR DE
ESCLEROSE MÚLTIPLA.
Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras
, Maria Aparecida Marques
Priscila Regina Vasconcelos
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Existem vários tipos de doenças crônicas e degenerativas, e a atuação do enfermeiro é de
extrema importância para a reintegração deste paciente na sociedade. O diagnóstico de
Esclerose Múltipla é complexo, e tem um critério a ser considerado: os sintomas precisam ter
relação com a dificuldade de funcionamento da substância branca no Sistema Nervoso Central.
Esta pesquisa tem como objetivo atentar olhar do enfermeiro para a importância da atuação da
classe, em prol do resgate da cidadania do portador de Esclerose Múltipla. Se trata de um estudo
de caso. Foi feita pesquisa em livros de neuro fisiologia, consulta à Biblioteca Virtual de Saúde e
Base de dados do CIELO. Escolhemos 17 bibliografias com os descritores: Fisiopatologia da
Esclerose Múltipla, resgate da cidadania do portador de Esclerose Múltipla, Sistematização da
Assistência de Enfermagem ao portador de Esclerose Múltipla. Observa-se que a Esclerose
múltipla é de fundo idiopático e altamente degenerativa, com péssimo prognóstico, o paciente
portador dessa enfermidade necessita da atuação do enfermeiro. Os diagnósticos de
enfermagem para este paciente são inúmeros, tais como: comprometimento da mobilidade
física relacionada com fraqueza, paresia muscular, espasticidade; eliminações prejudicadas
relacionadas com a disfunção do sistema nervoso central; fala e deglutição prejudicadas
relacionadas com o comprometimento dos nervos cranianos; déficit do auto cuidado
relacionada a dificuldade de locomoção; distúrbios de raciocínio ( perda da memória recente,
demência, euforia), relacionado com a disfunção cerebral; enfrentamento individual ineficaz,
relacionado com a incerteza do curso da enfermidade; dentre outros. Os cuidados de
enfermagem são importantes para o resgate da cidadania do paciente: a sistematização da
assistência de enfermagem para o portador de Esclerose Múltipla, incentivar o autocuidado,
incentivar e encorajar o enfretamento pessoal e a independência do paciente. No plano de alta
hospitalar, ou do homecare é imprescindível à orientação do paciente e da família, comentando
que a qualquer momento ele poderá recorrer a um profissional psicólogo que o auxilie no
enfrentamento individual. O profissional enfermeiro deve empoderarse de conhecimento
científico, para ter um olhar diferenciado com o portador de Esclerose Múltipla, de acordo com
as necessidades de cada um, para juntos resgatarem a cidadania deste paciente.
163
AS CONTRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NAS ESCOLAS
Karine Veloso Santos
Miriã Micaela Oliveira
Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares,
,Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
O ambiente escolar, no qual jovens e crianças estão em processo de amadurecimento e
formação, é um local ideal para desenvolvimento de programas e projetos destinados a
promoção e prevenção da saúde, uma vez que a escolas estão inseridas em todas as extensões
de aprendizado, sendo assim, a conscientização dessas crianças ou jovens pode influenciar tanto
nos hábitos de vida pessoais, quanto de toda família. Busca-se entender as contribuições do
enfermeiro na vida dos estudantes. Deste modo, este trabalho foi concretizado através de
revisão de literatura, onde foi utilizado o descritor: Serviços de Enfermagem Escolar; na base de
dados: Biblioteca Virtual em Saúde e Google acadêmico. Buscamos então artigos cujos contextos
fossem pertinentes ao assunto proposto, e que estivessem disponíveis em versão completa no
idioma Português. Foram então encontradas 15 publicações. Após a leitura dos resumos, foram
descartados 12 artigos, uma vez que não abordavam a proposta deste trabalho. Utilizamos
então 3 publicações que foram lidas propiciando uma melhor compreensão do assunto. No
ambiente escolar, são ministrados ensinamentos sobre coleta seletiva, postura corporal,
higiene, alimentação saudável, dentre tantos outros que auxiliam crianças e adolescentes a
desenvolverem hábitos saudáveis, e a assumirem estas atividades no dia a dia, colaborando para
uma qualidade de vida melhor para si e para as pessoas ao seu redor. Além de orientações
acerca de hábitos saudáveis e autocuidado, os estudantes recebem acompanhamento de
enfermagem, onde muitas vezes são identificados problemas que nem mesmo os pais tinham
conhecimento, possibilitando uma intervenção mais rápida e diminuindo os gastos com
remédios. A enfermagem na escola possibilita o conhecimento da realidade vivida por cada
aluno, promovendo ações que vão de acordo com essas necessidades e guiando a família e a
sociedade para a assistência às crianças e jovens. Esta entidade passa a ser, além de
ministradora de conhecimentos, uma entidade promotora de saúde, consequentemente, os
alunos adoecem menos e o ensino é absorvido de forma melhor. Vale ressaltar que para
conseguirmos êxito nesta parceria entre escola e equipes de saúde, se faz necessário o apoio e
participação dos pais, valorizando e dando continuidade às ações realizadas pelos profissionais.
No entanto, o desemprego dos pais, a fome, as drogas, a falta de moradia, a violência, dentre
tantos outros fatores, interferem na observação dos pais quanto aos agravos da criança, apesar
de os mesmos entenderem a avaliação de saúde das crianças e adolescentes de forma positiva.
(ALVARENGA et al., 2012.). Assim, conhecendo as particularidades de cada aluno, as equipes de
enfermagem juntamente com as escolas, poderão traçar estratégias mais adequadas aos
estudantes e conseguirão com isso envolvê-los de uma forma mais ampla tendo um resultado
mais satisfatório. Com isso, podemos concluir que os profissionais de enfermagem quando
inseridos no ambiente escolar, trazem grandes benefícios a toda instituição, propiciando aos
164
alunos e seus familiares a oportunidade de terem uma qualidade de vida melhor dentro das
especificidades de cada um, através de medidas de prevenção e promoção de saúde.
165
O ESTRESSE NA ATIVIDADE LABORAL DO ENFERMEIRO: SÍNDROME DE BURNOUT
Dáphine Regina Soares de Souza Carvalho
Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
Atualmente, o estresse é uma palavra muito utilizada pelas pessoas para demonstrar o seu
cansaço, seja ele físico, emocional ou psíquico. O século XXI tem sido marcado como o tempo
da modernidade e do capitalismo, e as pessoas acabam trabalhando uma carga horária cada vez
maior, possuindo consequentemente poucos momentos de descanso e lazer. Rodrigues (1997
apud FILGUEIRAS e HIPPERT 1999) definem o estresse como uma relação particular entre uma
pessoa, seu ambiente, e as circunstâncias as quais está submetida, que é avaliada pela pessoa
como uma ameaça ou algo que exige dela mais que as suas próprias habilidades ou recursos e
que põe em perigo o seu bem-estar. No Brasil, o enfermeiro possui baixa remuneração se
comparada com a relevância de sua profissão. Esse fator influencia diretamente na vida do
profissional, pois o mesmo tem que fazer jornadas duplas ou triplas para conseguir um salário
melhor. Dessa maneira, o indivíduo fica sobrecarregado com o seu trabalho e diminui
consideravelmente a sua qualidade de vida. Sabe-se que o enfermeiro lida diretamente com o
paciente e seus familiares em seus momentos mais meticulosos de vida que é o momento da
doença. Tal ocupação é considerada uma das profissões mais estressantes, pois ele trabalha com
as enfermidades e até mesmo com a morte do cliente. Esse profissional está inserido em todas
as áreas da saúde, tais como: atenção primária, secundária e terciária, instituições de ensino,
setores administrativos, entre outros. A atividade laboral do mesmo requer conhecimento
cientifico e práticas baseadas em evidências para atender o paciente de forma holística.
Considerando o abordado, o presente estudo objetivou apresentar o enfrentamento do estresse
pelo enfermeiro em sua atividade laboral e o acometimento do mesmo pela Síndrome de
Burnout. Optou-se metodologicamente pela revisão literária do tipo narrativa com busca livre,
na qual foram selecionados três artigos que responderam à pergunta de pesquisa: “O
enfermeiro passa por situações de estresse em seu cotidiano de trabalho? Os achados mostram
que o estresse ocupacional diminui o interesse e o otimismo do profissional com o seu trabalho,
acarretando absenteísmo, diminuição na qualidade da assistência prestada e acidentes de
trabalho. França (1987 apud COSTA; LIMA E ALMEIDA 2003) definem a Síndrome de Burnout, se
caracteriza por um conjunto de sinais e sintomas de exaustão física, psíquica e emocional, em
consequência da má adaptação do sujeito a um trabalho prolongado, altamente estressante e
com alta carga emocional, podendo estar acompanhado de frustação em relação a si e ao
trabalho. Tal síndrome se dá pelo esgotamento do profissional. O enfermeiro passa por
situações de estresse corriqueiramente em seu cotidiano de trabalho, pois a literatura mostra
que o mesmo possui uma sobrecarga de trabalho. O profissional se sente insuficientemente
preparado para lidar com as exigências emocionais de seus pacientes. A classe da enfermagem
trabalha em uma estrutura física muitas vezes inadequada, sem local apropriado para o
descanso. O enfermeiro media conflitos diariamente, cumpre com funções que vão além das
pré-estabelecidas, com alto nível de responsabilidade, entre outros fatores que podem
desencadear o estresse no trabalho desse profissional e, somado a isso ainda, deve-se relevar a
166
questão da baixa remuneração. Kandolin (1993 apud WURDIG; RIBEIRO 2014) um estudo
realizado em profissionais de saúde que praticam o trabalho por turnos (incluídos aqui a equipe
de enfermagem), encontrou três aspectos de Burnout: fadiga psicológica; perda na satisfação
do trabalho e endurecimento de atitudes. Conclui-se que para o enfermeiro cuidar bem dos seus
pacientes, ele precisa de uma boa saúde para concluir tal tarefa. Desse modo, devem-se criar
maneiras de minimizar o estresse e o sofrimento desse profissional e de sua equipe, pois assim
ele ficará satisfeito consigo mesmo e com o seu trabalho, consequentemente prestará uma
assistência de qualidade ao paciente e aos seus familiares.
167
O PAPEL DO ENFERMERIO NO ATENDIMENTO AOS ADOLESCENTES QUE UTILIZAM
SUBSTÂNCIAS
Dáphine Regina Soares de Souza Carvalho
Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
4.00.00.00-1 Ciências da Saúde
A adolescência é uma fase transitória entre a infância e a vida adulta. É um momento marcado
por muitas mudanças, sendo uma fase de vulnerabilidades da vida, pois ainda se está
aprendendo a lidar com os conflitos. O adolescente tem a curiosidade aguçada e nessa fase o
mesmo tende a procurar por novas experiências, sendo que nem sempre essas elas são
positivas. Um dos problemas é o uso de drogas. Este é um problema crescente na população
mundial. O uso abusivo pode levar o indivíduo a dependência química, culminando em violência,
em ruptura familiar, em incapacidade para atividades e menor tempo de vida. O Ministério da
Saúde (2010) define substâncias psicoativas como substâncias que ao entrarem em contato com
o organismo, sob diversas vias de administração, atuam no Sistema Nervoso Central produzindo
alterações de comportamento, humor e cognição, possuindo grande propriedade reforçadora
sendo, portanto, passíveis de autoadministração. O enfermeiro que atua na atenção primária
tem contato direto com a comunidade. Esse profissional conhece o território e o contexto em
que seus pacientes estão inseridos. O mesmo tem grande potencial para reconhecer problemas
relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e assim o mesmo deve intervir com ações
assistenciais efetivas. O profissional deve ter conhecimento cientifico e práticas baseadas em
evidências para atender a população, e em especial, para atender o adolescente. Considerando
o abordado, o presente estudo objetivou apresentar o papel do enfermeiro no atendimento a
adolescentes que utilizam substâncias psicoativas. Optou-se metodologicamente pela revisão
literária do tipo narrativa com busca livre na qual três artigos científicos foram selecionados pois
responderam a seguinte pergunta de pesquisa: “ Qual é o papel do enfermeiro com
adolescentes que utilizam substâncias psicoativas? ”. A atuação do enfermeiro deve ter enfoque
na reabilitação e na reinserção social dos usuários de substâncias psicoativas. No caso dos
adolescentes, o profissional deve contar com o apoio da família do paciente, como um suporte
emocional, pois isso o ajudará no processo de reabilitação. Na consulta de enfermagem deve
ser estabelecido um vínculo de confiança entre o profissional e o paciente para que o
atendimento seja feito integralmente, e que dessa maneira o cliente seja atendido em todas as
suas necessidades. Devem ser realizadas ações de promoção à saúde para diminuir a incidência
de tal agravo e o enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família (ESF) tem papel fundamental em
tal ação. Com o papel de educador, o mesmo deve trabalhar junto à comunidade e fazê-los
perceber sobre os malefícios do uso das drogas e quais são as suas consequências para o
organismo e para a sociedade em geral. Cavalcante, Alves e Barroso (2008), destacam que o
principal desafio na implementação das ações de prevenção e promoção à saúde do adolescente
é a captação do público alvo, trazer o adolescente para as unidades de saúde, otimizando o
contato deste com a equipe de saúde e disponibilizando os serviços de apoio. Afonso et al. (2003
168
apud NETO et al.) propõe a formação de grupo operativo para a realização de atividades com os
adolescentes, incentivando as interações sociais, trocas de experiências, realização de
atividades de lazer planejadas por eles próprios, discussões das práticas e das relações que
desenvolvem no cotidiano. Conclui-se que para o enfermeiro deve cuidar integralmente dos
adolescentes que fazem uso de substâncias psicoativas e para isso o mesmo deve estar livre de
pré-conceitos e disposto a trabalhar na prevenção e promoção à saúde, bem como na
reabilitação e reinserção do adolescente usuário na sociedade.
169
SAÚDE DO IDOSO: A FALTA DE CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM
INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA (ILPs).
Henrique Silva dos Santos NETO (IC- [email protected])¹, Grazielli
Aparecida SANTOS (IC)², Luciana Verissimo Duarte (IC), Angélica Mônica
ANDRADE (PQ), Sônia Maria Nunes VIANA (PQ), Ana Cecilia GOMES (PQ).
1
Curso de Enfermagem FAMINAS-BH; 2Faculdade de Minas – FAMINAS – Belo
Horizonte/MG
É grande o numero de idosos em nossa sociedade e que cresce a cada ano, “desde os anos
1980, essa é a faixa etária que mais cresce em nosso país.” (VARELLA; JARDIM, 2009).
Conscientizar a equipe de enfermagem sobre a importância da capacitação, visando que
o idoso necessita de cuidados técnicos, científicos e humanos, incentivarem a busca de
conhecimento que torne- o capaz de saber e fazer cuidados específicos para o idoso. O
presente estudo foi desenvolvido a partir de revisão de literatura, referenciada pelos
teóricos que abordam o tema. Foram realizadas pesquisas bibliográficas por livros em
acervo pessoal e nas bases de dados da Scielo, onde foram consultados artigos. As clinicas
especializadas trabalham principalmente com a hospedagem de longa permanência, a
enfermagem neste serviço, assume papel fundamental na assistência do idoso, na
articulação entre família e equipe multiprofissional, de acordo com Pelissari et al. (2009)
o trabalho em saúde é essencial para a vida humana, seu produto é indissociável do
processo que o produz e é a própria realização da atividade. Por isso, em nosso meio, as
instalações geriátricas conquistam espaço nos serviços de saúde. O envelhecimento
saudável é consequência de várias ações ao longo da vida, que resultam em boas
condições físicas e psíquicas e em inclusão social. A equipe de enfermagem precisa de
capacitação para garantir saúde a este ser humano.
 PELISSARI et al. Envelhecimento Saudável na Maturidade, São Paulo, v.1,
n.1, p.39, 2009. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=00347167&lng=pt&nr
> Acesso em: 23 maio. 2015.
 VARELA, Drauzio; JARDIM Carlos. Guia Prático de saúde Bem- Estar,
Envelhecimento. 1. ed. SÃO PAULO: Gold Ltda, 2009, p. 10.
170
PERFIL DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BAIRRO METROPOLITANO- RIBEIRÃO DAS
NEVES
Sandra Pereira Silva
Roselaine Carvalhais (Orientador)
FAMINAS-BH - Faculdade de Minas
[email protected]
Administração
Este artigo apresenta o perfil dos pequenos comerciantes, bem como as forças e fraquezas que
possuem diante dos constantes desafios encontrados internamente e externamente. Apresenta
revisão bibliográfica dos aspectos que permeiam o universo dos pequenos comércios e de seus
dirigentes. A metodologia utilizada teve como base a pesquisa de campo, realizada em uma
amostra de dez comércios escolhidos aleatoriamente no Bairro Metropolitano, cidade de
Ribeirão das Neves. Os resultados demonstram que há uma forte tendência a desmotivação
destes comerciantes, visto que ao intentar suprir as necessidades e demandas, tomaram para si
um fardo demasiadamente pesado, não encontrando instituições que lhes possam servir por
apoio. O que resulta em empresas mal administradas e com pouca rentabilidade.
171
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