RELACIONAMENTO ENTRE ENFERMEIRO E FAMÍLIA DE PORTADORES DE TRANSTORNOS MENTAIS: REVISÃO NARRATIVA Suellen Cristina Santos Almeida1 Clívia Thauani Nunes1 Denise Cheavegatti2 PESQUISA – CURSO DE ENFERMAGEM Na assistência à saúde mental, o relacionamento do enfermeiro com a família é de extrema importância, pois promove assistência tanto para a família, quanto para o portador de transtorno psíquico, inserindo a família na terapia. Esse trabalho é eficaz, pois torna o paciente mais confiante, devido ao aumento do vínculo entre ele, os familiares e os profissionais. Para que isto ocorra, a equipe de enfermagem tem que estar capacitada e preparada para prestar assistência. Este estudo foi realizado na disciplina de Pesquisa em Enfermagem, com o objetivo de identificar a produção literária acerca da interação do enfermeiro com a família do paciente com transtornos psíquicos. Foi utilizado o método de revisão narrativa de literatura na base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), no mês de setembro de 2011, utilizando os descritores “saúde mental” e “família”, nas publicações dos últimos 5 anos. Foram encontradas 23 publicações, entre artigos e teses em língua portuguesa. Observou-se que os estudos utilizaram metodologia de revisão literária (36%), qualitativa (29%), quantiqualitativos (14%), quantitativos (14%) e de estudo de caso (7%). Quanto ao enfoque, 46% versaram sobe a atenção às famílias, 15% ao convívio com o portador de transtorno, 15% a desinstitucionalização, além de inclusão pelo trabalho, fatores de risco e condutas terapêuticas (8% cada). Os estudos demonstraram que a equipe de enfermagem geralmente apresenta despreparo profissional, dificultando a comunicação efetiva com os familiares e interação da família com o usuário, impedindo a inserção de terapia adequada para o caso. Consideraram que a integração da família nas estratégias de cuidado ao portador de transtorno mental é fundamental para a sua recuperação, pois gera sentimento de confiança e apoio. Os profissionais percebem as famílias como parceiras no tratamento e representam o vínculo do usuário com a sociedade. Entretanto, estudos demonstram que muitos familiares afastam-se do tratamento devido à sobrecarga que lhes é imposta, que resulta em estresse, envolvendo questões físicas, emocionais e sociais. Alguns estudos demonstram que há familiares que buscam apoio nos serviços como forma de não se envolver no tratamento. Demonstra-se a necessidade de capacitação dos profissionais, para que estes estejam aptos para oferecer suporte às famílias, construindo um relacionamento satisfatório com conseqüentes resultados positivos na vida do portador de transtorno psíquico. Palavras-chave: Saúde Mental. Família. Enfermeiro 1 Acadêmicas de Enfermagem do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná (Ceulji/Ulbra). E-mail: [email protected]; [email protected] 2 Professora Orientadora do Curso de Enfermagem do Ceulji/Ulbra. Mestre em Enfermagem em Saude Coletiva. E-mail: [email protected]