Afaste a hepatite B do seu consultório

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28/03/2016
Afaste a hepatite B do seu consultório ­ Local Odonto
Afaste a hepatite B do seu consultório
Por: Vanessa Navarro
Transmitida por vírus, a hepatite B é uma doença que causa irritação e inflamação do
fígado. O tipo B é um dos gêneros de hepatites virais que existem, que são
classificados pelas letras A, B, C, D e E.
De acordo com as informações da biomédica e cirurgiã­dentista Lusiane Borges, a
hepatite B é causada pelo vírus B, também chamado de VHB. Uma vez dentro do
organismo humano, o vírus ataca os hepatócitos – as células do fígado – e começa a
se multiplicar, levando à inflamação do órgão.
As formas de transmissão do vírus B são: sexual, sanguínea e vertical (materno­fetal).
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“A hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível (DST), pois pode
ser transmitida de pessoa a pessoa por meio do contato com sêmen, saliva e
secreções vaginais durante relação sexual desprotegida. Isso acontece por que o vírus
atinge concentrações muito altas em secreções sexuais”, explica a biomédica.
No Brasil, estima­se que 15% da população já foi contaminada. Atualmente 1%, ou
seja, 2 milhões de pessoas são portadoras crônicas da doença. O Sudeste concentra
36,6% dos casos, seguido do Sul, com 31,6% das notificações, entre os anos de 1999
e 2011. A região Sul registra os maiores índices desde 2002, seguida do Norte. As
taxas observadas nessas duas regiões, em 2009, foram de 14,3 e 11,0 por 100 mil
habitantes, respectivamente.
Em relação à provável fonte/mecanismo de infecção, a via sexual é a forma
predominante de transmissão (52,7%).
Sintomas
Lusiane explica que os sintomas de hepatite B surgem entre dois a quatro meses após
o contato com o vírus, e sua intensidade varia de pessoa para pessoa.
Eis os principais sintomas da doença:
Dor abdominal
Urina escura
Febre
Dor nas articulações
Perda de apetite
Náusea e vômitos
Fraqueza e fadiga
Amarelamento da pele (icterícia).
“Embora a hepatite B possa ser muito grave e mesmo fatal, muitas pessoas infectadas
pelo HBV não apresentam sintomas. Outras podem apresentar uma variedade de
sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo fadiga, febre baixa, dores musculares e
nas articulações, dor abdominal descrita como sensação de peso e diarreia ocasional”,
alerta a também especialista em Microbiologia. “Algumas pessoas desenvolvem
icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos)”, completa.
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Ainda que a maior parte das pessoas se recupere da infecção por HBV,
aproximadamente 10% dos indivíduos infectados podem se tornar portadores crônicos.
De modo geral, esses indivíduos não apresentam sintomas, mas correm o risco de
desenvolver doenças hepáticas graves, como cirrose ou câncer primário do fígado.
Hepatite B e os pro᐀�ssionais de saúde
A biomédica Lusiane Borges adverte que os profissionais de saúde são, certamente,
mais suscetíveis a infecção da hepatite B. “No Brasil, não há estudos de números e
índices recentes de profissionais de saúde e dentistas com hepatite B. Porém, sabe­se
que quanto mais tempo de profissão o dentista tem, maior é sua chance de ter tido
contato com o vírus, devido às escassas medidas de prevenção e estímulo à
imunização do passado”.
O profissional de saúde e o dentista, em especial, tem um risco muito maior de ter
contato com o vírus B e, consequentemente, contrair a hepatite B. “Daí a importância
da imunização do profissional já no primeiro ano de estudo na Odontologia e nos cursos
de ASB/ TSB”, defende a especialista.
Ainda de acordo com a Dra. Lusiane Borges, que também é consultora em Controle de
Infecção e Epidemiologia na Área Odontológica e Hospitalar, a transmissão é dada
basicamente por meio de acidente com material biológico, especialmente com material
perfurocortante, ou seja, cortando­se com instrumental que tenha sangue do paciente
portador de hepatite B.
“É importante ressaltar que também é possível ocorrer transmissão do vírus ao
profissional com o contato de mãos sem luvas nas secreções de sangue e saliva do
paciente. Sempre deve­se trabalhar com os EPIs (Equipamento de Proteção Individual)
e ter a imunização em todos os profissionais”, sustenta a cirurgiã­dentista.
Prevenção e diagnóstico
Sobre as ações preventivas contra a hepatite B, o esquema de vacinação consiste em
três doses, que devem ser administradas em 0, 30 e 180 dias. Lusiane alerta que a
vacina é gratuita a todos os profissionais e estudantes da área da saúde.
“É altamente recomendável que o profissional faça um exame para ratificar sua
imunização – Anti­HBS. Esse exame garante que a imunização foi atingida qualitativa e
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quantitativamente. O Anti­HBS deve ser realizado de 30 a 60 dias após a terceira
dose. Depois de confirmada a imunização não há necessidade de revacinação. Uma
vez imunizado, para sempre imunizado”, instrui a biomédica e cirurgiã­dentista.
O diagnóstico da doença se dá por meio da sorologia para hepatite B e exames de
sangue complementares.
Tratamento
O tratamento para a hepatite B nem sempre é necessário, pois, na maioria das vezes,
a doença se cura sozinha, de forma espontânea. Em alguns casos, pode ser necessário
o uso de medicamentos receitados pelo médico habilitado.
Tratamento para hepatite B aguda
Consiste em repouso, hidratação e uma alimentação equilibrada. Para diminuir o
desconforto causado pelos enjoos e as dores musculares, recomenda­se ingerir
medicamentos analgésicos e antieméticos, não sendo necessário tomar nenhum
medicamento específico contra o vírus da hepatite B.
“Ao longo dos seis meses de recuperação, o paciente não poderá tomar nenhum tipo
de bebida alcoólica, não deve usar a pílula anticoncepcional e, se houver a necessidade
de tomar algum outro medicamento, o médico deverá ser avisado, pois pode
prejudicar o tratamento ou não fazer efeito”, revela a Dra. Lusiane Borges, que além de
biomédica e cirurgiã­dentista, é pós­graduada em Epidemiologia, Prevenção e Controle
de Infecção.
Tratamento para hepatite B crônica
Lusiane explica que o tratamento para a hepatite B crônica pode ser realizado por meio
da toma de medicamentos, como Lamivudina, Interferon Alfa, Famciclovir ou Adenofir.
Alguns pacientes deverão tomar o medicamento por toda a vida, para assim evitar o
desenvolvimento de doenças, como o câncer no fígado, pois com a replicação do vírus
ao longo dos anos, o fígado poderá sofrer danos irreversíveis. Existem casos em que a
hepatite crônica pode ser curada, e muitas vezes isso acontece por conta do
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Interferon.
“Quem possui hepatite B crônica deve ter cuidados alimentares. Não deve consumir
nenhum tipo de bebida alcoólica e só deve ingerir remédios sob orientação médica,
evitando mais danos ao fígado”, esclarece a especialista.
Previna-se dentro do seu consultório
Representante do Brasil na OSAP (Organization for Safety, Asepsis and Prevention),
Lusiane Borges apresenta algumas dicas essenciais para manter a hepatite B bem
longe do seu consultório odontológico.
Realize anamnese detalhada em todos os pacientes, na primeira consulta e
anualmente.
Utilize sempre o EPI completo (gorro, óculos, máscara, avental e luva) para
atendimento e lavagem de instrumental.
Mantenha o esquema vacinal de todos os profissionais em dia e, especialmente o da
hepatite com o Anti­HBS positivo.
Todos os profissionais do serviço devem estar cientes dos riscos e devem ter fácil
acesso ao protocolo de procedimentos pós­exposição.
Separe e acondicione os resíduos de saúde adequadamente, sobretudo, os
perfurocortantes.
Tenha sempre a noção de que prevenção é o melhor caminho para a saúde.
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