protocolo de priorização de atendimento

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PREFEITURA DE VINHEDO
UPA 24 HORAS
PROJETO DE INSERÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DE SERVIÇO DE
ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO BASEDO NA METODOLOGIA
DE MANCHESTER
Enf Thais Marques de Souza
Enf Diogo Miranda
Enf Elisangela M.T da Silva
2
Vinhedo
2013
Sumário
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 OBJETIVOS..............................................................................................................5
2.1 Objetivos específicos..............................................................................................5
3 MÉTODOS................................................................................................................6
4 ACOLHIMENTO E PROTOCOLO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO METODOLOGIA DE MANCHESTER...........................................................................7
4.1 Àrea Física...........................................................................................................14
4.2 Equipamentos e materiais....................................................................................15
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................19
6 REFERÊNCIAS.......................................................................................................20
ANEXOS.....................................................................................................................21
3
1 INTRODUÇÃO
Triagem na língua portuguesa significa escolha, seleção. A principal finalidade
do serviço de triagem é escolher quais pacientes devem ter prioridade no
atendimento, ou seja, fazer com que os pacientes mais graves sejam atendidos
primeiro. Ressalta-se que, a triagem no serviço de emergência não tem a finalidade
de rejeitar ou excluir o usuário, mas sim, organizar o fluxo de paciente no sistema de
saúde e selecionar os meios adequados para o diagnóstico e tratamento do
problema de saúde apresentado. Como consequência espera-se melhorar tempos e
recursos utilizados, uma racionalização quanto à acessibilidade e afluxos internos e,
principalmente, ao aumento da resolutividade dos serviços, à satisfação do usuário e
da equipe de saúde (PIRES,2010).
Tem por finalidades:
- Identificar rapidamente condições de ameaça à vida e de urgência;
- Garantir o local mais apropriado para os pacientes que procuram o serviço de
emergência;
- Diminuir a ocupação nas áreas de tratamento;
- Prestar melhores informações a pacientes e familiares;
- E oferecer informações que ajudem a definir o nível de acuidade do serviço.
(PIRES, 2010)
O protocolo utilizado pela Política Nacional de Humanização é baseado na
metodologia de Manchester. Sistema que foi desenvolvido pelo Manchester
TriageGroup e começou a ser utilizado nos serviços de Urgência e Emergência do
Reino Unido em 1996 e no Brasil, no estado de Minas Gerais, em 2008 (MOTA et al,
2012).Esse sistema utiliza a classificação do paciente conforme ordem de
prioridade, utilizando cores, sendo:
4
- Emergência, vermelho, atendimento médico imediato;
- Muito urgente, laranja, o atendimento médico deve ocorrer em 10 minutos;
- Urgente, amarelo, o atendimento médico deve ocorrer em 60 minutos;
- Pouco urgente, verde, o atendimento médico deve ocorrer em 120 minutos;
- Não urgente, azul, o atendimento médico ocorrerá em 240 minutos.
O Brasil adequou este processo a nossa realidade utilizando as prioridades
vermelho que inclui os casos que se enquadram as prioridades laranja, amarelo,
verde e azul. E será utilizada neste projeto.
O município de Vinhedo possui uma extensão de 81, 604 km², sendo habitado
por 63.611 pessoas (IBGE, 2010). O cidadão Vinhedense, em sua procura por
atendimento público em situações de Urgência e Emergência, conta com o serviço
do Pronto Atendimento Municipal ( PA do bairro Capela) e com o serviço da UPA 24
horas, culminando em um fluxo diário, médio, de XXXX atendimentos.
A UPA 24 horas de Vinhedo, como diversos serviços de urgência e emergência,
convivem com a demanda de pacientes onde as pessoas esperam ser atendidas
pela hora da chegada. A não distinção de riscos ou graus de sofrimento faz com que
alguns casos se agravem na fila, ocorrendo às vezes até a morte de pessoas pelo
não atendimento no tempo adequado (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).Incutida ai a
extrema importância de se manter um serviço de acolhimento com classificação de
risco, orientando os usuários sobre a Política Nacional do Humaniza SUS e sua
importância.
5
2 OBJETIVOS
Descrever a implantação de um Sistema de Acolhimento com Classificação de
Risco.
2.1 Objetivos específicos
- Construção de protocolo de sistema de triagem adaptado à realidade do serviço de
urgência e emergência do município de Vinhedo/SP.
- Delimitar e descrever características da área física e do ambiente ideal;
- Quantidade e características dos recursos humanos necessários;
- Definir equipamentos e materiais;
- Elaborar treinamento.
6
3 MÉTODOS
Este projeto foi realizado através de levantamento bibliográfico em sites de
arquivamento de artigos científicos e documentos oficiais do Ministério da Saúde.
Sendo, posteriormente apresentado à Gerência de Enfermagem e Secretaria de
Saúde Municipal de Vinhedo.
7
4 ACOLHIMENTO E PROTOCOLO DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
O acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho emsaúde de
forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde,ouvindo seus pedidos e
assumindo no serviço uma postura capaz de acolher,escutar e pactuar respostas
mais adequadas aos usuários. Implica prestar umatendimento com resolutividade e
responsabilização, orientando, quandofor o caso, o paciente e a família em relação a
outros serviços de saúde paraa continuidade da assistência e estabelecendo
articulações com esses serviçospara garantir a eficácia desses encaminhamentos
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).
Tem por objetivos:
- Melhoria do acesso dos usuários aos serviços desaúde, mudando a forma
burocrática de entrada por filas e ordem de chegada;
- Humanização das relações entre profissionais de saúde e usuários no que se
refere à forma de escutar este usuário em seus problemas e demandas;
-Mudança de objeto da doença para o doente (sujeito);
- Abordagem integral a partir de parâmetros humanitários de solidariedade e
cidadania;
- Aperfeiçoamento do trabalho em equipe com a integração e complementaridade
das atividades exercidas pelas diferentes categorias profissionais, buscando orientar
o atendimento dos usuários aos serviços de saúde por riscos apresentados,
complexidade do problema, grau de saber e tecnologias exigidaspara a solução;
- Aumento da responsabilização dos profissionais de saúde em relação aos usuários
e elevação dos graus de vínculo e confiança entre eles;
- Operacionalização de uma clínica ampliada que implica a abordagem do usuário
para além da doença e suas queixas, construção de vínculo terapêutico visando a
8
aumentar o grau de autonomia e de protagonismo dos sujeitos no processo de
produção de saúde, e a elaboração de projeto terapêutico individual e coletivo.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).
O conceito de acolhimento se concretiza no cotidiano das práticas de saúde por
meio de escuta qualificada e da capacidade de pactuação entre a demanda do
usuário e a possibilidadede resposta do serviço, e deve traduzir-se em qualificação
da produção de saúde complementando-se com a responsabilização daquilo que
não se pode responder de imediato, mas que é possível direcionar, de maneira ética
e resolutiva, com segurança de acesso ao usuário.
Logo toda a equipe deve ser treinada e inserida no processo de acolhimento do
usuário, desde a recepção que deve escutar as queixas do paciente e encaminhalos ao setor de triagem, ao segurança devendo primar pela segurança e orientação
dos que entram neste serviço, a equipe de enfermagem que irá avaliar este
paciente, aos médicos e outros agentes de saúde. Há a necessidade de pactuar
com todos os atores envolvidos, buscando a responsabilização destes pelos
atendimentos prestados.
A tecnologia de Avaliação com Classificação
de Risco pressupõe a
determinação deagilidade no atendimento a partir da análise, sob a óptica de
protocolo pré-estabelecido, do grau de necessidade do usuário, proporcionando
atenção centrada no nível de complexidade e não na ordem de chegada. Desta
maneira exerce-se uma análise (Avaliação) e uma ordenação (Classificação) da
necessidade, distanciando-se do conceito tradicional de triagem e suas práticas de
exclusão, já que todos serão atendidos.
A Classificação de Riscos tem por objetivo:
- Avaliar o paciente logo na sua chegada ao serviço, humanizando o atendimento;
- Descongestionar o serviço;
- Reduzir o tempo para o atendimento médico, fazendo com que o paciente seja
visto precocemente de acordo com a sua gravidade;
- Determinar a área de atendimento primário, devendo o paciente ser encaminhado
diretamente às especialidades conforme protocolo.
- Informar os tempos de espera;
9
- Promover ampla informação sobre o serviço aos usuários;
- Retornar informações a familiares.
Abaixo apresentamos o protocolo elaborado para este serviço de triagem.
PREFEITURA MUNICIPAL DE VINHEDO
SECRETARIA DE SAÚDE
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
METODOLOGIA DE MANCHESTER
Data de
Emissão
Número do protocolo
Revisões
01
Proposta inicial
01/05/2013
Agentes
Quantidade de
páginas
04
- Enfermeiro(Resolução COFEN Nº 423/2012)
- Técnico de Enfermagem
Materiais
Necessários
- Ficha de atendimento com impresso no verso para descrição da triagem e
atendimento de enfermagem;
- Aparelho para verificação de pressão arterial;
- Termômetro;
- Glicosímetro;
- Oxímetro de pulso;
- Relógio;
- Algodão;
- Álcool;
- Lanceta;
- Recipiente para descarte de perfurocortantes;
- Pulseiras descartáveis nas cores azul, verde, amarela e vermelha;
AÇÕES DE ENFERMAGEM
1 – O paciente é recebido na sala de acolhimento conforme queixas e prioridades segundo
Lei 10.048 e ordem de chegada;
10
2–O enfermeiro deverá coletar o breve histórico fornecido pelo paciente, familiar ou
acompanhante; Realizar avaliação dos Sinais Vitais; Proceder à avaliação do estado geral
do paciente; Realizar avaliação segundo Escala de Glasgow do estado geral do paciente;
Avaliação da dor do paciente;
3 – O técnico de enfermagem procederá com a aferição dos sinais vitais do paciente (PA, P,
R, T, SPO2 e glicemia capilar);
4 –O enfermeiro deverá prosseguir com a classificação de risco, determinando as prioridades
segundo a avaliação realizada, sendo:
Prioridade Zero –VERMELHO
Pacientes em situações de Emergência. Devendo ser encaminhado imediatamente à sala de
Emergência para atendimento médico.
 Parada cardiorrespiratória;
 Pacientes politraumatizados – Lesão grave de um ou mais órgãos e sistemas – Escala de
Coma de Glasgow (ECG) < 12;
 Queimadura corporal maior que 25% de área da superfície corporal queimadas ou com
problemas respiratórios;
 Trauma cranioencefálico grave – ECG <12;
 Estado mental alterado ou em coma – ECG <12 e história de uso de drogas;
 Comprometimentos da coluna vertebral;
 Desconforto respiratório grave;
 Dor no peito associada à falta de ar e cianose;
 Perfurações no peito, abdome e cabeça;
 Crises convulsivas, inclusive pós-crises;
 Intoxicações exógenas e tentativas de suicídio com ECG <12;
 Insuficiências respiratórias relacionadas a anafilaxias ou reações alérgicas;
 Complicações do diabetes (hipoglicemia ou hiperglicemia);
 Parada cardiorrespiratória;
 Hemorragias não controláveis;
 Infecções graves – febre, exantema petequial ou púrpura, alteração do nível de
consciência;
 Alterações de Sinais Vitais em paciente sintomático – Pulso >145 bpm ou menor que < 45
bpm, pressão arterial diastólica < 30 mm/hg e sistólica < 80 mm/hg, frequência respiratória
> 34rpm ou < 10rpm.
11
Prioridade 1– AMARELO
Pacientes em situações de Urgência. Devendo identificado com pulseira amarela, ser
encaminhado ao consultório médico ou a sala de Urgência, para ser avaliado pelo médico
em no máximo entre 15 a 30 minutos.
 Politraumatizado com ECG entre 13 e 15 – sem alterações de sinais vitais;
 Cefaléia intensa de início súbito ou rapidamente progressivo, acompanhado de sinais e
sintomas neurológicos, parestesias, alterações do campo visual, dislalia e afasia;
 Trauma crânioencefálico leve – ECG entre 13 e 15;
 Diminuição do nível de consciência;
 Alteração aguda de comportamento – agitação, letargia ou confusão mental;
 História de convulsão / pós-ictal-convulsão nas últimas 24 horas;
 Dor torácica intensa – Avaliar necessidade e, se necessário, solicitar eletrocardiograma;
 Crise asmática;
 Diabético apresentando sudorese, alteração do estado mental, visão turva, febre, vômitos,
taquipnéia ou taquicardia;
 Estados de pânico e overdose;
 Alterações de sinais vitais em pacientes sintomáticos – Pressão Arterial sistólica < 90
mm/hg ou >240mm/hg, pulso<50bpm ou >140bpm, temperatura < 35ºC ou >39ºC;
 História recente de melena ou enterorragia ou hematêmese com PA sistólica 100 mm/hg ou
FC >120 bpm;
 Epistaxe com alteração de sinais vitais;
 Dor abdominal maior que 7 com náuseas e vômitos, sudorese, com alteração de sinais
vitais;
 Sangramento vaginal com dor abdominal e alterações em sinais vitais – gravidez
confirmada ou suspeita;
 Vômitos ou diarreias persistentes com sinais de desidratação grave – letargia, mucosas
ressecadas, turgor pastoso e alterações de sinais;
 Intoxicação exógena sem alterações de sinais vitais e Glasgow de 15;
 Fraturas anguladas, e luxações com comprometimento neuromuscular ou dor maior que 7;
 Vítimas de abuso sexual;
 Imunodeprimidos com febre;
 Mordedura extensa;
 Ferimento menor com sangramento compressível;
12
Prioridade 3– VERDE
Pacientes em condições agudas (urgência menor) ou não agudas atendidos com prioridade
sobre consultas simples, identificar com pulseira verde. Tempo de espera de até 60
minutos.
 Idade superior a 60 anos;
 Gestantes;
 Pacientes escoltados;
 Deficientes físicos;
 Retornos com períodos inferiores a 24 horas devido a não melhora do estado;
 Impossibilidade de deambulação;
 Asma fora de crise;
 Enxaqueca – com diagnóstico anterior de Enxaqueca;
 Dor de ouvido - > 5 na escala de dor;
 Dor abdominal < 7, sem alterações de sinais vitais;
 Sangramento vaginal sem dor abdominal ou dor < 5;
 Vômitos e diarréia sem sinais de desidratação;
 História de convulsão sem alteração do nível de consciência - > 24 horas;
 Lombalgiamoderada > 4 e < 7 na escala de dor;
 Abcessos;
 Distúrbios neurovegetativos;
 Intercorrências ortopédicas;
 Mordedura não extensa;
 Suspeita de fratura, entrose ou luxação;
Prioridade 4– AZUL
Demais condições não enquadradas nas condições/ queixas acima, colocar pulseira azul.
Tempo de espera de 120 minutos.
 Queixas crônicas sem alterações agudas;
 Dor leve < 4 na escala de dor;
 Contusões, distenções e mialgias;
 Escoriações;
 Procedimentos como: curativos, trocas ou requisições de receitas médicas, avaliação de
resultados de exames, solicitações de atestados médicos.
13
5 – Após avaliação de risco o enfermeiro deverá identificar na ficha e colocar a pulseira nos
pacientes; os pacientes de prioridade Zero serão encaminhados à emergência; os de
prioridade 1 devem ser orientados quanto ao tempo de espera e encaminhados ao
consultório ou à sala de Urgência; os pacientes com prioridade 2 e 3 devem ser orientados
quanto ao tempo de espera e aguardar na recepção a convocação do agente de
direcionamento de fluxos.
Fluxograma
Chegada
Emergência
NÃO
Urgência ou
Não urgência
SIM
Primeira
Escuta
Sala de
Emergência
Ficha de
Atendimento
Atendimento
Médico Imediato
Verificação de Sinais Vitais
Téc. e Aux. Enfermagem
Vermelho
Classificação de Risco
Enfermeiro
Urgência
SIM
NÃO
MAIOR
MENOR
Amarelo
Verde
Azul
Atendimento
Médico em 60
minutos
Atendimento
Médico por ordem
de chegada – em
Atendimento
Médico em 30
minutos
14
Referências:
COREN. Resolução COFEN Nº 423/2012 – Normatiza, no âmbito do Sistema COFEN/ Conselhos
Regionais de Enfermagem, a participação do Enfermeiro na Atividade de Classificação de Risco.
Disponível:
<http://www.coren-df.org.br/portal/index.php/resolucoes/1562-resolucao-cofen-n-423>.
Acesso: 23 de abril de 2013.
PIRES da S P. IN: CALIL A M; PARANHOS W W. O Enfermeiro em Situações de Emergência. 2ª
ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2010.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da
Atenção e Gestão do SUS. Acolhimento e Classificação de Risco nos Serviços de Urgência.
Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
MOTA J A C, et al. Classificação de risco em serviços de Emergência: Uma discussão da literatura
sobre o Sistema de Triagem de Manchester.Rev. Med. Minas Gerais. 2012. Disponível em:
<http://rmmg.medicina.ufmg.br/index.php/rmmg/article/viewFile/520/516> . Acesso em: 27 de abril
de 2013.
Elaboradores: Enf Thais Marques de Souza , Enf Diogo Miranda ,Enf Elisangela M.T da Silva
Aprovado por:
Nadia Cibelle Capovilla
_________________
Dro Carlos Henrique M.A.Martins
__________________
Secretária de Saúde
Diretora em Saúde
Enf Roberta CA.T Cardoso
______________________
Gestora do N. Urg. e Emerg.
4.1Área física e ambiente
Pretende-se utilizar área já existente na recepção (Figura 1), localizada ao lado
da porta de acesso aos serviços, optou-se por esta localização, pois, permite um
fluxo adequado que favoreça os processos de trabalho.
A porta da triagem deve ser larga o suficiente para permitir a entrada de uma
pessoa em cadeira de rodas, assim como, o tamanho da área da triagem deva
permitir a circulação de cadeiras de rodas. É importante que o espaço em frente à
porta da triagem esteja livre, diminuindo os ruídos e permitindo privacidade ao
usuário, acompanhante e ao enfermeiro no atendimento prestado.
15
Segundo o SOMASUS (2011), o espaço físico deve ter as seguintes características:
- Deve ter área mínima de 3 m²;
- O piso deve ser liso (sem frestras), de fácil higienização e resistente aos processos
de limpeza, descontaminação e desinfecção;
- As paredes devem ser lisas (sem frestras), de fácil higienização e resistentes aos
processos de limpeza, descontaminação;
- O teto deve ser resistente à lavagem e ao uso de desinfetantes;
- A porta deve ser revestida com material lavável. Vão de no mínimo de 0,80X2,10
m;
Quanto aos condicionantes do ambiente:
- A temperatura deve ser confortável;
- A iluminação deve ser de 150 a 300 lux-geral/ 300 a 750 lux – junto ao local de
exame;
- Ser ventilado e com exaustão direta ou indireta;
- Quanto ao risco de transmissão e infecção é uma área semicrítica;
Quanto à infraestrutura necessária:
- Deve ter instalação padrão de proteção contra descarga elétrica;
- Deve ter lavatório para as mãos, com água fria;
Pensando ainda na humanização do ambiente, seria ideal colocar um quadro de
uma paisagem que represente a cultura da população atendida.
4.2 Equipamentos e materiais
Os mobiliários necessários são:
- Mesa de escritório;
- Três cadeiras ergonômicas;
16
- Uma bancada resistente para acomodar balança digital, com duas portas abaixo
para condicionar materiais de consumo.
Os aparelhos e equipamentos necessários são:
- Uma balança adulta com régua de altura;
- Uma balança digital infantil;
- Dois glicosímetro;
- Dois aparelhos multiparâmetros para verificação de pressão arterial, oximetria de
pulso, temperatura e respiração;
- Ou três aparelhos de pressão arterial manual, dois termômetros digitais de
tempora, dois de saturação;
- Suporte para descarte de materiais perfurocortantes;
- Pote em aço inox para algodão;
- Suporte para álcool gel;
- Suporte para sabonete líquido;
- Quatro caixas suspensas em acrílico, com três divisórias;
- Suporte para guardanapo descartável.
Materiais de consumo:
- Fitas de glicosímetro;
- Lancetas;
- Luvas descartáveis nos tamanhos P, M e G;
- Descarte para perfurocortantes;
- Pulseiras descartáveis de papel nas cores azul, verde, amarelo, laranja e vermelha/
adesivos para roupa;
- Álcool gel em refil;
- Sabonete líquido em refil;
17
- Canetões coloridos, nas cores azul, verde, amarelo, laranja e vermelho; (marcar
FAA e senha)
- Guardanapos descartáveis;
- Almotolias de alcoóis de 200ml;
- Pasta catálogo;
- Arquivo de mesa com 20 divisórias;
- Luvas de procedimento.
Divulgação:
- Banners;
- Mídia.
Equipamento e Material
Características
Contato
REGIÃO GRANDE SÃO PAULO
Dixtal DX 2022 – Monitor DIXTAL Biomédica Ind. Com. Ltda
multiparâmetros
para
verificação de PA, P, R,
SPO2 e temperatura.
Rua Eng. Francisco Pitta Brito, 703 Jd. Promissão
04753-080 - São Paulo - SP
Fone: (11) 5548-4155
Fax: (11) 5548-4883
E-mail: [email protected]
Balança
digital
para www.catalogohospitalar.com.br
pesar bebes.
www.cirurgicapassos.com.br
-Balança adulto;
www.catalogohospitalar.com.br
-Capacidade até 180 www.cirurgicapassos.com.br
18
kg;
-Régua antropométrica
de 1,00 a 2,00 m
-Capacidade
de
até
150 kg;
-Frações de 100g;
-Base em chapa;
-Pés
e
tapete
em
borracha;
Mesa para suporte da www.hospmoveis.com.br
balança,
acondicionamento
do
material da triagem e
troca do bebe.
19
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A classificação de risco adaptada de Manchester auxiliará na coordenação de
fluxo e prioridades de atendimento. Ajudando-nos a trabalhar de forma mais eficiente
e eficaz.
Os tempos de espera vermelho/imediato, amarelo/30 minutos, verde/60 minutos
ou azul/120 minutos, foram adaptados a realidade da UPA 24 horas de Vinhedo,
porém, em tempo similar ao preconizado pelo humanizaSUS e menor do que o
preconizado pelo protocolo de Manchester.
Enfatizamos a necessidade de não apenas a compra de equipamentos e
materiais de qualidade, e também a importância da realização da manutenção
preventiva dos mesmos.
Sugerimos que sejam feitas algumas adequações na Ficha de Atendimento
Ambulatorial, como a retirada do quadro de triagem e queixa na frente desta, a
inserção do horário de atendimento médico e da alta do serviço(para levantamento
de estatísticas com relação ao tempo; Confecção da ficha- triagem- atendimento –
alta/transferência), e o aumento do quadro de prescrição médica. E destino, alta,
evasão, transferência e óbito. É importante que sejam realizadas as estatísticas com
relação ao perfil do usuário para melhor adequação do serviço de acolhimento com
classificação de risco. Além de ser um indicador da melhora ou não do serviço.
20
6 REFERÊNCIAS
COREN. Resolução COFEN Nº 423/2012 – Normatiza, no âmbito do Sistema
COFEN/ Conselhos Regionais de Enfermagem, a participação do Enfermeiro na
Atividade
de
Classificação
de
Risco.
Disponível:
<http://www.coren-
df.org.br/portal/index.php/resolucoes/1562-resolucao-cofen-n-423>. Acesso: 23 de
abril de 2013.
IBGE. Infográficos de cidades: Franco da Rocha – 2010. Disponivel em:
<www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=351640>. Acesso em: 23 de
abril de 2013.
PIRES da S P. IN: CALIL A M; PARANHOS W W. O Enfermeiro em Situações de
Emergência. 2ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2010.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de
Humanização da Atenção e Gestão do SUS.Acolhimento e Classificação de Risco
nos Serviços de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
MOTA J A C, et al. Classificação de risco em serviços de Emergência: Uma
discussão da literatura sobre o Sistema de Triagem de Manchester.Rev. Med. Minas
Gerais.
2012.
Disponível
em:
<http://rmmg.medicina.ufmg.br/index.php/rmmg/article/viewFile/520/516> . Acesso
em: 27 de abril de 2013.
SOMASUS. Sistema de apoio à elaboração de projetos de investimentos em saúde.
Brasília:
DF,
2011.Disponível
em:
<bvms.saude.gov.br/bvs/publicações/programação_arquitetônica_somasus_vpdf>.
Acesso em: 23 de abril de 2013.
21
ANEXOS : A Verso da Ficha de Atendimento Ambulatorial - Triagem
Triagem
Hora:____:____
Queixa:_____________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Drogas utilizadas:____________________________________________________
Alergia:_____________________________________________________________
Doenças preexistentes:_______________________________________________
Dados antropométricos:
Altura:__________m
Peso:________Kg
Sinais Vitais
Pulso:_____bpm
P.A:_________mm/hg
Respiração:_______rpm
Temperatura:____ºC Saturação de O2: _______ Glicemia
Capilar: _______mg/dl
Escala de intensidade da Dor
Características da Dor:________________________________________________
Eletrocardiograma: ( )Não ( )Sim
Escala de Coma de Glasgow
Total:_______
Classificação de Risco:( ) Vermelha
( ) Amarela
( )Verde
( ) Azul
Identificação do avaliador:
Anotações de enfermagem:
___________________________________________________________________
22
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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