Relatório Mensal de Câmbio e Macroeconomia

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Relatório Mensal de
Câmbio e Macroeconomia
Outubro - 2016
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subjetivas e especulativas, e resultados reais e previsões subsequentes podem variar significativamente em
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Panorama geral
Mercados
Financeiros
Os mercados financeiros se mantiveram bastante apreensivos em outubro, aguardando a decisão
do Fomc e a conclusão do processo eleitoral nos Estados Unidos. Sem notícias sobre o acordo de
corte da OPEP, o barril do petróleo voltou a recuar, pressionando outras commodities.
Com a aproximação do encerramento do programa de repatriação de ativos, em 31/10, foi
registrada a entrada intensa de recursos no mercado brasileiro, contribuindo para forte recuo do
dólar. Na mínima do mês, a divisa chegou aos R$3,107, menor valor desde jun/15.
O Dollar Index registrou forte alta em outubro, seguindo as expectativas para o encontro do Fed
ocorrido no mês. Mais do que a própria decisão, o mercado se focou na sinalização da
autoridade monetária, consolidando as expectativas de uma elevação dos juros em dezembro.
As exportações e importações da China recuaram além do esperado em outubro, sétimo mês
consecutivo de contração da demanda por produtos do país. As exportações chinesas recuaram
7,3% ante o mesmo mês do ano anterior e as importações encolheram de 1,4%.
A inflação no bloco europeu voltou a se recuperar no último mês, atingindo alta de 0,5% a.a.
devido ao aumento no custo de serviços e queda limitada nos preços de energia. O BCE decidiu
em outubro manter o atual nível de estímulos e sinalizou possível afrouxamento em dezembro.
Mercados Financeiros
Dólar avança sobre moedas fortes
Evolução das principais moedas – (var. 12 meses)
Peso Yen
Mexicano
japonês
2,7%
5,4%
Euro Real
2,3%
4,4%
Real
2,1%
Rand Sul-africano
3,6%
Rand
Sul-africano
1,8%
Dólar
Canadense
3,4%
Dólar Taiwanês
-0,6%
Coroa
Norueguesa
2,6%
Dólar Australiano
-0,7% 1,1%
Coroa Sueca
Coroa Yuan
Neozelandesa
Chinês
-1,6%
1,0%
Coroa Franco
Dinamarquesa
0,7%
Suíço
-1,8%
Mexicano
0,6%
Dólar Peso
Neozelandês
-1,9%
Won
sul-coreano
0,4%
Dólar
de Singapura
-2,1%
Dólar
de Singapura
0,3%
Dólar Canadense
-2,1%
Franco Suíço
0,2%
Coroa Dinamarquesa
-2,2%
Dólar
Taiwanês
-0,2%
Yen japonês
-3,4%
Yuan Chinês
-0,4%
Coroa Norueguesa
-3,4%
-0,6%
Won sul-coreano Euro
-3,9%
Dólar
Australiano-5,3% -0,7%
Coroa Sueca
Libra esterlina-5,6% -1,8%
Libra esterlina
-9%
-8%
-6%-4%
-2%0%2%4%6%8%
-6%
-3%
0%
3% 10%
6%
17,2%
10,8%
13,1%
8,4%
Yen japonês
Coroa
Neozelandesa
3,2% 4,8%
Dólaresterlina
Taiwanês
Libra
2,7%3,8%
Coroa
Norueguesa
Dólar
Australiano
2,5%3,6%
Rand Sueca
Sul-africano
Coroa
0,7% 2,3%
DólarDinamarquesa
de Singapura
Coroa
-1,5%0,2%
Eurode Singapura
Dólar
-2,0% 0,0%
Coroa Dinamarquesa
Euro
-2,9%
-0,1%
FrancoSuíço
Suíço
Franco
-4,0%
-0,3%
Dólar
Won Canadense
sul-coreano
-4,4%
-2,5%
Yuan
Chinês
Dólar
Canadense
-5,4%
-5,5%
Dólar
DólarTaiwanês
Neozelandês
-6,3%
-5,8%
Won
sul-coreano
Coroa
Sueca
-6,9%
-6,6%
Coroa
DólarNorueguesa
Australiano
-11,9%
-7,3%
-14,0%
-14,3%
-19,5%
-20,7%
Real
Yen
japonês
Peso
Mexicano
Yuan
Chinês
Real
Peso Mexicano
Rand
LibraSul-africano
esterlina
-30%-20%
-20%-10%
-10%0% 0%10% 10%
-30%
20% 20%
30%
A moeda americana avançou ante outras moedas fortes em outubro com a consolidação do cenário de uma alta do Fed
até o final do ano. A reversão nas pesquisas durante o final do mês, indicando chances maiores de uma vitória de
Trump após a reabertura das investigações do FBI sobre os e-mails de Clinton, mantiveram o suporte ao valor da divisa.
Fonte: Bloomberg.
Evolução das principais moedas – (var. mensal %)
Fonte: Thomson Reuters.
Dollar Index dispara em outubro com eleições
O Dollar Index apresentou forte alta na primeira metade de outubro, próxima dos 2,7%, encerrando o restante do mês
em movimento lateral. A aceleração da primeira quinzena esteve associada às expectativas para a reunião do Fed, com
o mercado em busca de evidências de uma alta em dezembro, e ao otimismo com os dados da economia americana.
Fonte: Thomson Reuters.
Peso mexicano acompanha intenção de votos
A forte retomada de Hillary Clinton nas pesquisas de intenção de voto após os três debates entre os candidatos à
presidência dos EUA deu fôlego ao peso mexicano, que devolveu parte das perdas em relação ao dólar em outubro. No
final do mês, com a queda dos preços do petróleo e a reabertura das investigações do FBI contra Clinton – ampliando
as chances de vitória de Trump –, o dólar voltou a avançar diante da moeda mexicana.
O Ibovespa registrou forte alta em outubro, acompanhando o fluxo intenso de entrada de divisas associado ao Regime
Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT), também conhecido como lei da repatriação. Os índices
acionários das bolsas americanas e europeias, por sua vez, exibiram movimento mais contido e praticamente lateral. A
decisão do Fed de manter a taxa de juros de referência nos Estados Unidos inalterada manteve o suporte ao mercado
de ações no país.
Fonte: Thomson Reuters.
Ibovespa registra forte alta com repatriação
Petróleo recua com dólar mais caro e OPEP
Commodity
Preço
Var. anual Var. mensal
Petróleo WTI (US$/bar)
46,86
Petróleo Brent (US$/bar)
48,61
Gasolina (c/gal)
141,95
Óleo para calefação (US$/gal) 150,39
Óleo combustível (US$/t)
441,25
Gás Natural (US$/MI btu)
3,026
Metais
Fonte: Thomson Reuters.
Ouro (US$/oz)
Prata (US$/oz)
Alumínio (US$/t)
Cobre (US$/t)
Milho (c/bu)
Trigo (c/bu)
Soja (c/bu)
Café (c/lb)
Açúcar (c/lb)
Algodão (c/lb)
Cacau (US$/t)
Farelo de soja (US$/t)
Óleo de soja (US$/lb)
-10,2%
-14,8%
-1,3%
-11,4%
-14,2%
5,8%
-4,0%
-4,2%
-1,1%
-2,9%
-1,6%
-3,4%
1277,21
17,91
1734
4853
Agricultura
11,8%
15,2%
17,3%
-5,1%
-2,9%
-6,6%
3,6%
-0,2%
362,75
416,25
1011,75
167,55
21,57
69,37
2643
316,1
35,17
-13,2%
-24,1%
13,0%
23,6%
50,4%
8,1%
-16,7%
6,1%
20,5%
4,7%
3,5%
5,5%
8,2%
-6,2%
1,2%
-3,3%
5,5%
5,2%
No mês, os preços do complexo de petróleo reverteram quase a totalidade dos ganhos de setembro em função da
forte alta da moeda americana – tornando o petróleo, denominado na divisa, mais caro e pressionando sua demanda.
Também contribuiu com o movimento de queda, o vácuo de novidades sobre o acordo firmado entre os membros da
OPEP para limitar a produção do hidrocarboneto, ampliando as dúvidas sobre a eficácia da decisão sobre o mercado.
Fonte: Bloomberg.
Energia
Brasil
As expectativas para taxa de juros de
referência apresentaram recuo em
outubro, considerando um corte de
0,5 ponto na decisão de dezembro do
Copom. A revisão foi motivada após a
divulgação dos números do IPCA de
setembro, com forte desaceleração, e
expectativa de valorização da moeda
brasileira.
Fonte: Banco Central do Brasil
Mercado reduz projeção para inflação e juros
Ponta longa dos DIs recua em outubro
14,00%
13,50%
13,00%
12,50%
29/07/2016
12,00%
30/09/2016
31/10/2016
11,50%
Os contratos mais próximos de juros futuros encerraram outubro praticamente estáveis em relação ao mês anterior,
com viés de queda na ponta longa da curva. Com a redução da Selic durante o encontro do Copom na metade do
mês e o forte recuo do dólar associado à lei de repatriação, as expectativas do mercado para o controle da inflação e
para os a política monetária foram revisadas para baixo.
Fonte: Reuters.
out-29
mar-29
ago-28
jan-28
jun-27
nov-26
abr-26
set-25
fev-25
jul-24
dez-23
mai-23
out-22
mar-22
ago-21
jan-21
jun-20
nov-19
abr-19
set-18
fev-18
jul-17
11,00%
dez-16
Hundreds
Curva de juros futuros - DI
O IPCA registrou avanço contido em outubro, de
0,26%, desacelerando a inflação acumulada em 12
meses para 7,87%. Trata-se do menor valor
acumulado do índice desde fevereiro de 2015. Cinco
das nove categorias de bens tiveram contribuição nula
ou negativa para o IPCA de outubro, com as maiores
altas registradas em Transportes e Habitação
De maneira semelhante, os antecedentes de inflação
medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo
(IPA), componente do IGP-M, exibiram potencial
menor de alta para os próximos meses, recuando dos
0,18% registrados em setembro para 0,15% em
outubro.
Fonte: IBGE, FGV e Fipe
IPCA em 12 meses recua para 7,87%
Déficit primário passa a 3,1% do PIB
Dívida bruta e resultado primário (% PIB)
10%
8%
6%
4%
2%
mai/16
jan/16
set/15
mai/15
jan/15
set/14
mai/14
jan/14
set/13
mai/13
jan/13
set/12
mai/12
jan/12
set/11
mai/11
jan/11
0%
-150,00
-200,00
Em setembro, o setor público consolidado – que
engloba o governo central, estados, municípios e
estatais – registrou déficit primário recorde para o
mês e para o acumulado dos nove primeiros meses
do ano. No mês o resultado primário foi
contabilizado em -R$26,64 bilhões, e nos nove
primeiros meses do ano 2016 o saldo negativo
totalizou R$85,50 bilhões. Em 12 meses o déficit
primário do setor público responde por 3,08% do
PIB, sua maior participação desde o início da série
histórica do Bacen, em 2002, e a dívida bruta do
governo geral corresponde a 70,72% do PIB,
também recorde.
jun/16
fev/16
out/15
jun/15
-250,00
Fonte: Banco Central do Brasil
Déficit nominal (% PIB)
12%
-100,00
fev/15
set/16
mai/16
jan/16
set/15
mai/15
jan/15
set/14
mai/14
jan/14
set/13
mai/13
jan/13
set/12
mai/12
-4%
jan/12
50,0%
set/11
-3%
mai/11
52,5%
jan/11
55,0%
-2%
out/14
57,5%
-50,00
jun/14
-1%
fev/14
60,0%
0,00
out/13
0%
jun/13
62,5%
50,00
fev/13
1%
out/12
65,0%
12 meses
100,00
jun/12
2%
fev/12
3%
67,5%
out/11
70,0%
Mensal
150,00
jun/11
4%
200,00
fev/11
72,5%
Resultado primário do setor público consolidado
Resultado primário
R$ bilhões
Dívida bruta
Fonte: IBGE
Fonte: CAGED
Perda de emprego mantém ritmo reduzido
Em setembro, o ritmo de destruição de postos de trabalho manteve-se mais contida, em 39,28 mil empregos perdidos.
Indústria de Transformação e Comércio, por sua vez, apresentaram saldo positivo, gerando 13,30 mil empregos.
Fonte: FGV.
Confiança avança apesar da economia real
Os índices de Confiança mantiveram nível sustentado em outubro. A trajetória de alta, iniciada por volta de maio com a
abertura do processo de impeachment, porém, parece descolada do desempenho da economia real, ainda frágil.
Fonte: MDIC
Real mais forte comprime saldo comercial
O Saldo da Balança Comercial de outubro voltou a apresentar recuo, encolhendo para US$ 2,35 bilhões. No acumulado
de 12 meses a diferença entre exportações e importações é recorde e encontra-se em US$ 46,31 bilhões.
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