51º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005 Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4 Palavras chave: Linfoblástica, progenitora, mielóide, translocação, FISH, citogenética, trissomia Sagrillo, MR; Rodrigues, M; Cardoso, SH; Oliveira, LRJ; Santucci, R; Bacal, NS; Ribeiro, AAF; Kutner, JM; Hamerschlak, N; Borovik, CL Hospital Israelita Albert Einstein. Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) e rearranjo envolvendo o gene MLL em lactente Embora não haja um predomínio dos subtipos linfóide ou mielóide entre crianças com idade inferior a 12 meses diagnosticadas com leucemia, a maioria dos casos apresenta rearranjos envolvendo o gene MLL, localizado em 11q23. Existem evidências de que a alteração cromossômica tem origem pré-natal, atingindo uma célula progenitora ainda não comprometida com a diferenciação linfóide ou mielóide. Neste grupo há um predomínio de meninas afetadas e, apesar da origem pré-natal, considera-se que a contribuição de alelos parentais anormais seja muito baixa, não havendo recorrência familial. LLA com rearranjo envolvendo o gene MLL em lactentes é uma doença de alto risco. Na maioria dos casos a alteração consiste na t(4;11)(q21;q23) e devido aos poucos casos descritos na literatura não se conhece a importância do segundo cromossomo envolvido na translocação. MFSP, sexo feminino, nascida em 30/09/2004, foi internada aos 3 meses de idade, em 12/2004, com quadro de febre, hepatoesplenomegalia, distensão abdominal e quadro laboratorial compatível com LLA. O resultado da imunofenotipagem foi compatível com LLA-B Calla negativo com expressão aberrante de CD7 e CD15. Análise por FISH em células interfásicas de sangue periférico utilizando sonda LSI MLL dual color probe (Vysis, Inc.) mostrou a presença de sinais compatíveis com rearranjo envolvendo o gene MLL. A análise citogenética com banda G, confirmou essa alteração revelando um cariótipo: 46,XX,t(1;11)(p32;q23). Recebeu tratamento quimioterápico intensivo tendo alta em fevereiro de 2005, em remissão hematológica, citogenética e imunofenotípica. Após dois meses, a análise por FISH em células da medula óssea já mostravam uma freqüência de 7,4% de células com rearranjo indicando recaída da doença. A análise citogenética posterior (05/2005) mostrou alterações cromossômicas adicionais (trissomia X e del(12p)). Submetida a novo tratamento quimioterápico a criança foi encaminhada para transplante alogênico com células tronco provenientes de cordão umbilical. 992