BB 13. Estudo da produção de Proteína Verde Fluorescente (GFP) utilizando Escherichia coli BL21 Camila Lopes1,2, Danuza Rossi1, Sandro Roberto Valentini1, Valéria Carvalho Santos Ebinuma1, Jorge Fernando Brandão Pereira1. 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas, UNESP. 2Unifal - MG. Introdução: A proteína verde fluorescente (GFP, do inglês “Green Fluorescent Protein”) é produzida naturalmente por águas-vivas do gênero Aequorea. Porém, cientistas isolaram e clonaram seu gene de interesse, a fim de promover sua expressão em outros organismos. Esta proteína não depende de outros componentes para emitir fluorescência, já que o fluoróforo encontra-se na sua cadeia polipeptídica. Ao se ligar com outras proteínas, a GFP não altera as propriedades desses ligantes, conferindo sua aplicabilidade de marcador biológico eficiente e não invasivo. Dentre os diversos microrganismos capazes de expressar a GFP, encontra-se a bactéria Escherichia coli, que foi utilizada no presente estudo. Objetivo: Este trabalho avaliou a viabilidade do emprego da bactéria E. coli BL21 na produção de GFP, para posterior emprego em processos de purificação com sistemas aquosos bifásicos com líquidos iônicos (SABs-LIs). Metodologia: Colônias de E. coli BL21 com os plasmídeos pET-28(a) e pLysS foram fermentadas em meio de cultura Luria-Bertani acrescido dos antibióticos canamicina (50µg/mL) e cloranfenicol (50µg/mL). Os meios foram inoculados e incubados sob agitação a 100 rpm e 30ºC de temperatura. Após a determinação da curva de crescimento (durante 72h, com amostragem às 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 24, 28, 32, 36, 48h) de E. coli BL21, procedeu-se o estudo da produção de GFP. Adicionou-se o composto indutor de produção de GFP Isopropil-β-D-1-Tiogalactopiranosídeo (IPTG) ao caldo fermentativo após 6h da inoculação da bactéria. Durante o bioprocesso, foram coletadas amostras do meio fermentado de hora em hora (durante 6h), as quais foram posteriormente utilizadas para determinar o crescimento celular por absorbância UV-Vis a 600 nm. A produção de GFP foi analisada por fluorimetria em comprimentos de onda de excitação (395 nm) e emissão (520 nm) específicos para quantificação da GFP, e por gel de eletroforese SDS-PAGE. Resultados e discussão: Os resultados obtidos demonstraram que a 30ºC a E. coli apresenta uma fase exponencial de crescimento da primeira hora até às 12h de incubação. Desse modo, determinou-se que a indução da produção de GFP por adição de IPTG deveria ser após 6h de fermentação. As análises por eletroforese SDSPAGE confirmaram que ocorreu a produção da GFP logo após a indução, tendo sido observadas bandas largas em todos os tempos coletados. As análises por fluorimetria demonstraram um aumento da fluorescência com o decorrer do tempo de fermentação, mostrando que a E. coli possui grande capacidade de produção da proteína. Conclusão: Os resultados obtidos mostraram que é viável a utilização da E. coli BL21 para a produção de GFP. A otimização da via fermentativa para a produção de GFP em larga escala é fundamental quando se objetiva a sua purificação por técnicas mais econômicas e sustentáveis como os SABs-LIs. Assim, a avaliação da produção de GFP foi uma etapa chave para a escolha dos melhores sistemas para a sua recuperação direta a partir do caldo fermentado e viabilização de sua extração em escala piloto (trabalho em desenvolvimento). Palavras-chave: Proteína verde fluorescente, Escherichia coli BL21. Apoio Financeiro: FAPESP(Processo 14/16424-7), CNPq, CAPES.