Síndrome de Denys-Drash confirmada por CGH em paciente

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
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Key words: Denish-Drash, CGH, Translocação Balanceada , WT1
Cuzzi, JF1; Yashimoto, M2; Laus, AC1; Lourenço, CM3; Laureano, L1; Squire, J2; Martelli, L1
1
Departamento de Genética, Faculdade de Medicina de Riberião Preto – USP, Ribeirão Preto, São Paulo; 2Molecular and Cellular
Biology, Ontario Cancer Institute, Princess Margaret Hospital, Toronto, Ontario, Canadá; 3Serviço de Genética Médica do Hospital
das Clínicas – FMRP/ USP, Ribeirão Preto, São Paulo.
Síndrome de Denys-Drash
confirmada por CGH em paciente
portador de translocação equilibrada
envolvendo os cromossomos 1 e 11
A Síndrome de Denys-Drash (DDS) é uma situação rara, caracterizada por nefropatia, anomalias
genitais e predisposição ao tumor de Wilms. O processo nefropático normalmente tem início nos dois
primeiros anos de vida do paciente e progride para uma síndrome nefropática culminando com falência
renal por volta dos 4 anos. Os pacientes com DDS com cariótipo XY podem apresentar um espectro de
alterações internas e externas, incluindo genitália ambígua e pseudo-hermafroditismo masculino. Por
outro lado, os pacientes com cariótipo XX geralmente têm genitália normal. Dentre os casos relatados
existem crianças que não possuem o fenótipo completo da síndrome, apresentando graus diferentes
de alterações geniturinárias, patologias renais e penetrância do tumor de Wilms. Mais de 90% dos
pacientes com a Síndrome de Denys-Drash são portadores de mutações constitucionais no gene WT1
que está localizado no cromossomo 11p13 e codifica um fator de transcrição do tipo zinc finger essencial
no desenvolvimento dos rins e gônadas. Nestre trabalho relatamos um paciente de 3 anos, do sexo
masculino apresentando hipospádia de grau III, criptorquidia unilateral e portador do cariótipo 46
XY t(1;11)(p25;p13). Após a constatação, por citogenética convencional, da translocação envolvendo
a região 11p13, realizamos a Hibridação Genômia Comparativa (CGH) desse paciente para obtermos
informações mais precisas quanto às perdas e aos ganhos genômicos envolvendo os pontos de quebra
da translocação. Realizamos a hibridação genômica comparativa sobre metáfases normais femininas
utilizando DNA teste com biotina (FITC) e DNA referência com digoxigenina (Rhodamine). Foram
analisadas 15 metáfases e o resultado confirmou a hipótese de que a translocação entre os cromossomos
1 e 11 é equilibrada, já que no nível de resolução da técnica não foram identificados perdas nem ganhos
destes cromossomos. Sabendo que a CGH é sensível alterações genômicas de aproximadamente 10Mb
reconhecemos que metodologias complemetares como o mBAND contribuiriam de forma relevante
para esse diagnostico, sendo um dado importante no procedimento do aconselhamento genético
familiar e no prognostico do paciente.
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