Desconhecimento da hepatite C dificulta tratamento

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Veículo:
TRIBUNA DA BAHIA ON LINE(ON LINE)
Editoria/Coluna:
SITE
Data:
29/09/2011
Local:
SSA/BA
Link: http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=94628
Desconhecimento da hepatite C dificulta tratamento
O medo de contrair a doença, a ausência de sintomas e o auto grau de
desconhecimento da população sobre a hepatite C motivou uma pesquisa inédita da
Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), divulgada ontem pelo Instituto
Datafolha.
Os resultados apontam que a maioria dos entrevistados (51%) não sabe dizer
espontaneamente o que é hepatite C, a doença que é responsável por mais de 70%
das mortes entre todos os tipos de hepatites ocorridas na última década no Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde a situação pode se tornar um grande problema de
saúde pública.
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A pesquisa investigou qual a percepção da população, em relação a um conjunto de
aspectos importantes da hepatite C (doação de sangue, diagnósticos, vacinação,
complicações no fígado, consequências, entre outros) e o quanto essa percepção
interfere para a disseminação de informação sobre a doença.
De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Salvador (DIVEP), foram
registrados só no primeiro semestre deste ano na capital baiana 44 casos de
hepatites C e 97 em todo o estado. Dados do Programa Estadual das Hepatites
Virais mostrou que no passado em toda a Bahia foram registrados a notificação de
3.200 casos de hepatites virais, sendo 367 do tipo C. O programa tem como metas
reduzir o surgimento de novos casos, através da prevenção.
Contágio – A hepatite C pode ser transmitida por transfusão sanguínea e por via
parenteral, o vírus da hepatite C pode agir silenciosamente ao longo de 20 a 30
anos, levando o indivíduo à cirrose ou ao câncer de fígado.
As pessoas que receberam transfusão sanguínea, que fizeram tatuagem ou
colocaram piercing, que trabalham na área de saúde com exposição percutânea ou
de mucosas por sangue contaminado ou hemoderivados e usuários de drogas
injetáveis são considerados de risco para hepatites virais, de acordo com técnicos do
Programa Estadual das Hepatites Virais da Bahia.
De acordo com a médica hepatologista e presidente da Sociedade de
Gastroenterologia da Bahia, Nelma Santana,"90% dos infectados não conseguem
eliminar o vírus podendo evoluir para doenças crônicas do fígado".
A médica explica que a hepatite C por não apresentar sintomas clássicos com olhos
amarelados, comum nos vírus A e B, dificulta bastante o diagnóstico da doença.
Tratamento – No entanto, a presidente afirma que a população pode fazer testes
gratuitamente na rede pública de saúde para prevenir a doença. Segundo ela, o vírus
diagnosticado precocemente tem grandes chances de cura para o indivíduo.
“Através da junção das substâncias: Interferon Peguiloso e Ribovirina encontradas
facilmente nos postos de saúde, o vírus pode ser eliminado propiciando a cura na
maioria dos casos” afirmou a presidente.
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