Título: ESTUDO DE PREVALÊNCIA DAS HEPATITES VIRAIS B E C

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Título: ESTUDO DE PREVALÊNCIA DAS HEPATITES VIRAIS B E C NO MUNICÍPIO DE
PALHOÇA- SC
Resumo:
Introdução: A Hepatite é a inflamação do fígado e pode ser causada por vírus,
uso de medicamentos, álcool e outras drogas. É uma doença de notificação
compulsória e representa um grave problema de saúde pública no Brasil e no
mundo. Dentre as infecções por Hepatites Virais no país, temos como mais
expressivas as Hepatites causadas pelos vírus B e C, que apresentaram
respectivamente 16.354 e 18.889 casos em 2012. A notificação de casos e os
cuidados com o paciente infectado são medidas importantes de controle dessa
doença. Com base nisso, este estudo analisa a prevalência das Hepatites
Virais B e C no município de Palhoça, SC, enfatizando as fontes de infecção e
o perfil epidemiológico. Material e método: A população estudada reuniu
casos confirmados de Hepatite B e C do município, no período de 2008 a 2012,
com registro na base de dados do Ministério da Saúde - SINAN. A análise foi
realizada por meio da distribuição de frequência das variáveis pesquisadas,
com o auxílio do programa StataSE 11. O estudo é do tipo descritivo, de
observação e retrospectivo, cujas variáveis foram estratificadas segundo
tempo, sexo, faixa etária, escolaridade, vacinação, modo de transmissão,
agravos associados e evolução do caso. Os dados, de indivíduos não
identificados, foram coletados a partir da ficha de investigação das Hepatites
Virais, fornecida pela Vigilância Epidemiológica. Resultados: A amostra deste
estudo constitui-se de 318 casos investigados pela Vigilância Epidemiológica,
sendo 275 os casos confirmados de hepatites B, C e B+C. A mediana de idade
foi de 45 anos; a raça branca foi predominante com 91,64% dos casos; em
24,0% dos casos confirmados os indivíduos concluíram o ensino médio;
65,90% dos indivíduos não eram vacinados; 26,9% tinham HIV e 5%
apresentaram outra DST como agravo associado; o modo de transmissão mais
comum para hepatite B foi o tratamento cirúrgico e para a hepatite C foi o uso
de drogas; letalidade de 4%. Discussão: A maior prevalência das hepatites foi
no ano de 2010 com 53,88 casos a cada 100.000 habitantes. No período do
estudo, 60,0% dos casos ocorreram no sexo masculino e dos casos no sexo
feminino, seis eram gestantes. Apesar de ser um número relativamente baixo,
ter conhecimento dessas estimativas é extremamente relevante no que diz
respeito à importância do pré-natal, a fim de priorizar os cuidados para evitar
transmissão vertical. Conclusões: Este estudo permitiu traçar o perfil
epidemiológico e identificar as principais fontes de infecção das hepatites.
Sabe-se que sob vários aspectos, o Brasil é considerado um país heterogêneo,
com grandes desigualdades sociais e espaciais, o que pode justificar a
diferença do perfil encontrado no município quando comparado à estudos
nacionais. Por esse motivo, traçar a prevalência das hepatites é crucial para
entender a epidemiologia da doença no município e priorizar ações preventivas
diretamente para quem é mais atingido pela doença e reduzir o número de
indivíduos infectados.
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