Hepatites matam um milhão por ano

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Veículo:
TRIBUNA DA BAHIA (ON LINE)
Editoria/Coluna:
SITE
Data:
03/08/2011
Local:
SSA/ BA
Link: http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=89485
Hepatites matam um milhão por ano
A doença é silenciosa e chega a matar cerca de 1 milhão de pessoas por ano em todo o
mundo. A Organização Mundial de Saúde estima que anualmente, 3 milhões a 4 milhões de
pessoas são infectadas pela hepatite C. No Brasil, há cerca de seis milhões de infectados
com os tipos B e C.
O vírus é de 50 a 100 vezes mais infeccioso do que o HIV. O tipo mais grave da doença é o
tipo C, uma das causas da maioria dos casos de cirrose e câncer primário de fígado, em
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alguns casos é necessário transplante do fígado. Não existe vacina para esse tipo do vírus, o
tratamento é a base de antivirais, fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com a médica da Unidade de Gastro-Hepatologia do Hospital Português (UGH),
Andrea Cavalcanti, em entrevista postada no site da unidade, a hepatite é qualquer
inflamação do fígado e pode ser causada por infecções (vírus, bactérias), bebidas alcoólicas,
medicamentos, drogas, doenças hereditárias (depósitos anormais de ferro, cobre) e doenças
autoimunes.
A Organização Mundial de Saúde estima que 80% das pessoas não apresentam sintomas, o
indivíduo pode adquirir o vírus, desenvolver anticorpos e resolver o processo infeccioso, sem
sintomas. Os sintomas, quando aparecem, são inespecíficos como - febre, dor no corpo,
náuseas, vômitos, desconforto abdominal – associados à icterícia (coloração amarelada na
esclera ou “branco do olho”), colúria (urina cor de “dendê”) e acolia fecal (fezes
esbranquiçadas).
“Quando os sintomas aparecem, há uma baixa carga viral e um menor risco de contágio,
portanto, não há necessidade de isolamento de utensílios do indivíduo sintomático ou do
próprio indivíduo”, explicou a gastrohepatologista. Por ser uma doença silenciosa, a
recomendação é consultar um médico com frequência.
Dos cinco vírus denominados A, B, C, D e E, o mais comum é o B e pode ser transmitido
pelas mães aos filhos no parto ou na primeira infância, assim como é transmitido por injeções
contaminadas ou pelo uso de droga injetável, diz um novo documento da OMS. O vírus E,
transmitido pela água ou por alimentos infectados, é uma causa comum de surtos da doença
nos países em desenvolvimento e é registrado cada vez mais em economias desenvolvidas.
Na Bahia, de acordo com dados da Secretaria de Saúde, de 1999 a 2010 foram registrados
10.563 mil casos do tipo A e 4.707 mil do tipo B, já do tipo C, quase três mil pessoas foram
infectadas. Nesses 11 anos, foram notificados 43.639 casos de todos os tipos de hepatites
virais.
De acordo com critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), a frequência de casos
encontrados (chamada endemicidade) das hepatites B e C é considerada baixa no Brasil. No
caso da hepatite A, varia entre intermediária e baixa.
Até o momento, estimativas da OMS classificavam o país na faixa de endemicidade
intermediária a alta, porém não se baseavam em estudos amplos e atuais. Sendo que os
tipos mais comuns são hepatite A, B e C.
Transmissão e tratamento
Os vírus das Hepatites A e E são transmitidos pela via fecal-oral, água contaminada (grandes
calamidades), transmissão pessoa/pessoa e transmissão da mãe para o bebê. A hepatite C é
transmitida pelo contato com o sangue de uma pessoa contaminada por meio de transfusão
de sangue, de mãe para filho durante a gravidez e compartilhamento de seringas ou objetos
que furam ou cortam, como alicates de unha e aparelhos usados em cirurgias, tatuagens,
piercing e acupuntura.
A transmissão pode ocorrer pela relação sexual sem camisinha, mas é uma forma mais rara
de infecção, segundo a OMS. As hepatites D e E são excepcionais na Bahia. A vacinação ou
imunização é o método mais eficaz para evitar as hepatites virais, porém, somente estão
disponíveis vacinas contra os vírus A e B.
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A vacina contra Hepatite B é fornecida a pessoas de zero a 19 anos, pela via intra-muscular,
em três doses. A vacina contra Hepatite A ainda não é fornecida gratuitamente, mas também
deve ser oferecida a partir do primeiro mês de vida.
O tratamento da hepatite A é de suporte. Existem várias opções de drogas antivirais
(disponíveis no SUS) para tratamento das hepatites B e C, com taxas de sucesso que variam
de 30% a 90%, a depender do genótipo do vírus, carga viral, gravidade da doença e das
características do paciente. Na presença de cirrose hepática descompensada, o tratamento
recai na maioria das vezes no transplante de fígado.
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