UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO PÓLO DE ASTORGA ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA A CRISE BRASILEIRA ATUAL E AS EXPECTATIVAS DOS AGENTES ECONÔMICOS EM MARINGÁ-PR: UMA ANÁLISE SOB O ENFOQUE KEYNESIANO Fernando Dias Marquioto MARINGÁ 2016 FERNANDO DIAS MARQUIOTO A CRISE BRASILEIRA ATUAL E AS EXPECTATIVAS DOS AGENTES ECONÔMICOS EM MARINGÁ-PR: UMA ANÁLISE SOB O ENFOQUE KEYNESIANO Artigo científico apresentado ao Departamento de Administração da Universidade Estadual de Maringá, como requisito parcial para aprovação no Trabalho de Conclusão de Curso – TCC. Elaborado sob orientação da Professora Dra. Rosalina Lima Izepão. MARINGÁ 2016 3 A CRISE BRASILEIRA ATUAL E AS EXPECTATIVAS DOS AGENTES ECONÔMICOS EM MARINGÁ-PR: UMA ANÁLISE SOB O ENFOQUE KEYNESIANO RESUMO O presente artigo tem como objetivo analisar como a crise política e econômica brasileira atual reflete-se nas expectativas dos agentes econômicos do Município de Maringá-PR, tendose como fundamento teórico a visão keynesiana de expectativas. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa bibliográfica onde se utilizou como fundamentação teórica a obra de John Maynard Keynes “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, de 1936, além de artigos científicos. Para a obtenção de dados referentes às expectativas dos agentes econômicos em Maringá, realizou-se uma pesquisa de campo, por meio da aplicação de questionário contendo questões fechadas a 30 cidadãos maringaenses. O artigo está estruturado em 4 seções, além da Conclusão e das Referências. Na primeira seção tem-se a Introdução, na segunda discorre-se sobre a teoria keynesiana, no aspecto expectativas. Na terceira seção apresentam-se os aspectos políticos e econômicos da crise brasileira na atualidade e alguns dos seus reflexos em indicadores para Maringá, e na quarta mostram-se as expectativas dos agentes econômicos maringaenses. Ao final pode-se concluir que o atual ambiente econômico e político nacional de crise foi ocasionado por fatores internos e externos, reduzindo o grau de confiança nos gestores públicos nacionais. Todavia observou-se um nível confortável de desenvolvimento do Município de Maringá-PR, com indicadores econômicos expressivos. Por meio da pesquisa de campo aplicado a uma amostra diversificada de 30 cidadãos maringaenses, apurou-se o grau de confiança da população no atual governo federal, estadual e municipal, que obteve como resultado o fato de que os impactos da atual crise política e econômica nacional afetaram o padrão de vida dos indivíduos, ocasionando mudanças em seus ritmos de consumo e gerando expectativas negativas quanto ao futuro, prejudiciais ao desenvolvimento econômico uma vez que diminui o nível de consumo e investimentos do país. Palavras-Chave: Keynes. Expectativas. Gestores Públicos. Crise Política e Econômica. INTRODUÇÃO Recentemente o Brasil vem passando por um momento perturbado em seu ambiente econômico e político, turbulências que vem surgindo nos últimos anos e se agravaram no ano de 2015, obrigando os gestores públicos a adotarem diversas medidas no intuito de corrigir os desequilíbrios econômicos e políticos que surgiram. A descoberta de escândalos políticos a respeito de desvio de verba e cobrança de propina provoca sérias alterações no ambiente econômico nacional. A confiança que a população deposita nos políticos diminui, e as 4 expectativas dos agentes econômicos são afetadas negativamente. Somado a este fator interno, fatores externos contribuem para agravar a situação econômica do país, como a retração do crescimento econômico da China, principal importadora de produtos brasileiros. Diante do exposto, o objetivo deste artigo é analisar como a crise política e econômica brasileira atual reflete-se nas expectativas dos agentes econômicos do Município de MaringáPR, tendo-se como fundamento teórico a visão keynesiana de expectativas. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa bibliográfica onde se utilizou como fundamentação teórica a obra de John Maynard Keynes “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, de 1936, além de artigos científicos. Para a obtenção de dados referentes às expectativas dos agentes econômicos em Maringá, realizou-se uma pesquisa de campo, por meio da aplicação de questionário contendo questões fechadas, a 30 maringaenses. O artigo encontra-se estruturada em 04 seções, além da Conclusão e das Referências. Na primeira tem-se esta Introdução, na segunda apresenta-se a teoria de John Maynard Keynes, no tocante ao papel das expectativas dos agentes econômicos e sua importância para o desenvolvimento da nação, tendo o Governo como principal agente capaz de proporcionar expectativas positivas que possam alavancar o crescimento econômico, através de uma adequada gestão pública. Na terceira seção, mostram-se alguns dos fatos que levaram a atual situação crítica da economia brasileira, instaurando-se uma crise em todo o ambiente nacional, devido a fatores econômicos e políticos internos e externos. Esta análise servirá de suporte para se entender como o município de Maringá e seus gestores públicos vêm reagindo as possíveis influências do ambiente nacional conturbado sobre sua economia e desenvolvimento. Na quarta seção, são apresentados os resultados da pesquisa de campo realizada com uma amostra de cidadãos maringaenses por meio da aplicação de questionários com questões que visam apurar os efeitos da crise nacional sobre os indivíduos e o grau de confiança dos entrevistados no atual Governo e seus gestores públicos, a nível nacional, estadual e municipal. Na seqüência tem-se a Conclusão e as Referências, respectivamente. 2 AS EXPECTATIVAS DOS AGENTES ECONÔMICOS, SEGUNDO KEYNES Ao publicar suas ideias, em 1936, no livro A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, o economista inglês John Maynard Keynes ficou mundialmente famoso principalmente por mudar o foco do pensamento econômico da Microeconomia para a Macroeconomia. Keynes colocou em xeque os postulados da Teoria Clássica, surgida em 5 1776, com a publicação de A Riqueza das Nações, por Adam Smith, argumentando que as forças de mercado não se ajustam automaticamente e que, em momentos de crise por insuficiência de demanda efetiva, o Estado deve intervir na economia, para gerar emprego e renda. Ao tratar das expectativas, Keynes explica que se tratam de previsões que o produtor faz sobre a venda futura da mercadoria produzida, Normalmente, decorre algum tempo – às vezes bastante – entre o momento em que o produtor assume os custos (tendo em vista o consumidor) e o da compra da produção pelo consumidor final. Enquanto isso, o empresário (aplicando-se esta designação tanto ao produtor quanto ao investidor) tem de fazer as melhores previsões que lhe são possíveis sobre o que os consumidores estarão dispostos a pagar-lhe quando, após um lapso de tempo que pode ser considerável, estiver em condições de os satisfazer (KEYNES, 1992, p. 53). Neste contexto, ele considera que “estas expectativas, das quais dependem as decisões da atividade econômica, dividem-se em dois grupos”, estando no primeiro grupo as expectativas quanto ao “preço que um fabricante pode esperar obter pela sua produção „acabada‟, no momento em que se compromete a iniciar o processo que o produzirá”, onde a este grupo ele denomina de expectativas a curto prazo, e tem-se que o segundo grupo corresponde “ao que o empresário pode esperar ganhar sob a forma de rendimentos futuros, no caso de comprar [...] produtos „acabados‟ para os adicionar a seu equipamento de capital”, denominando este de expectativas a longo prazo. Desta forma, Keynes considera que “são estas diversas expectativas que determinam o volume de emprego oferecido pelas empresas” (KEYNES, 1992, p. 53). Keynes descreve que o estado de expectativas esta sempre sujeito a diversas variações, “surgindo uma nova expectativa antes que a anterior haja produzido todo seu efeito, de tal modo que o mecanismo econômico está sempre ocupado com numerosas atividades que se sobrepõem, cuja existência se deve aos vários estados anteriores das expectativas” (KEYNES, 1992, p. 55). Ao analisar como os agentes econômicos têm sua visão de futuro, Keynes (1992, p. 124) considera que o método mais comum consiste em considerar a situação atual e projetá-la no futuro, realizando modificações conforme ocorram razões mais ou menos definidas para que se espere uma mudança. Quanto à instabilidade econômica, o autor considera que esta possui uma causa que é “inerente à natureza humana, no fato de que grande parte das nossas atividades positivas depende mais do otimismo espontâneo do que de uma expectativa matemática, seja moral, 6 hedonista ou econômica”. Deste modo, argumenta que “ao se arrefecer o entusiasmo e ao vacilar o otimismo espontâneo, ficamos na dependência apenas de previsão matemática e aí o empreendimento desfalece e morre” (KEYNES, 1992, p. 133). Mudando o foco, ao abordar as expectativas por parte dos consumidores, ele relata que a renda auferida por estes, oriunda de seu trabalho, é empregada em consumo e poupança. Expectativas positivas quanto ao ambiente econômico, causará um maior gasto em consumo. Por outro lado, um ambiente econômico conturbado, causará incerteza nos consumidores, que preferiram poupar uma quantia maior de sua renda para fazer frente a acontecimentos futuros. Keynes é defensor de uma intervenção governamental para equilíbrio das forças de mercado, e considera a taxa de juros como o principal instrumento usado pelos governantes para alcançar este equilíbrio, A autoridade monetária controla, com facilidade, a taxa de juros a curto prazo, não só pelo fato de não ser difícil criar a convicção de que sua política não mudará sensivelmente em um futuro muito próximo, como também em virtude de a possível perda ser pequena, quando comparada com o rendimento corrente (KEYNES, 1992, p. 162). Entretanto, a política monetária depende diretamente da opinião pública, onde temos que se a política monetária for facilmente sujeita a mudanças e considerada experimental em sua natureza, incorrerá em falha. Todavia, a mesma política “pode ser facilmente bem sucedida se a opinião pública julgá-la razoável e compatível com o interesse público, baseada em convicção sólida e promovida por uma autoridade que não corra o risco de ser suplantada” (KEYNES, 1992, p. 162). A manutenção realizada pelo Governo de uma taxa de juros a níveis baixos estimula os empresários a realizarem investimentos, propiciando um maior nível de emprego e renda na economia. Entretanto, uma taxa de juros mantida em patamares elevados, desestimula novos investimentos por parte dos empresários, não alavancando, assim, os níveis de emprego e renda. Segundo Keynes, uma das características do ciclo econômico é o fenômeno da crise e o caráter de que “a substituição de uma fase ascendente por outra descendente geralmente ocorre de modo repentino e violento, ao passo que, como regra, a transição de uma fase descendente para uma fase ascendente não é tão repentina” (KEYNES, 1992, p. 244). Ele explica o inicio da fase ascendente da seguinte forma: 7 Enquanto a expansão continua, a maioria dos novos investimentos oferece um rendimento corrente que não é insatisfatório. A desilusão chega porque, de repente, surgem dúvidas quanto à confiança que se pode ter no rendimento esperado, talvez porque o rendimento atual dê sinais de baixa à medida que os estoques de bens duráveis produzidos recentemente aumentem regularmente (KEYNES, 1992, p. 246). Mediante este contexto, Keynes (1992, p. 246) descreve que a suspensão de novos investimentos levará a acumulação de estoques excedentes de produtos ainda não acabados, que possuem um elevado custo de conservação. Desta forma, deve ocorrer uma restrição da produção para assegurar a reabsorção dos estoques excedentes, e este processo representa um investimento negativo, que contribui para baixar o nível de emprego. Em condições de laissez-faire, ou livre mercado, ideia defendida pela Teoria Clássica, seria praticamente impossível impedir flutuações no emprego “sem uma profunda mudança na psicologia do mercado de investimentos, mudança essa que não há razão para esperar que ocorra”, a não ser que seja, segundo Keynes (1992, p. 247), propiciada pelo Governo, e ele finaliza seu pensamento argumentando que, “em conclusão, acho que não se pode com segurança, abandonar à iniciativa privada o cuidado de regular o volume corrente de investimento”, ou seja, ele acredita ser perigoso esperar que a oferta e demanda de mercado sejam automaticamente ajustadas, devendo haver uma intervenção governamental para garantir este equilíbrio. As expectativas positivas que surgem nos investidores no momento de expansão da economia podem levar a um desperdício de recursos, que acarreta em um rendimento abaixo do esperado, Pode acontecer, naturalmente – e na realidade é provável que assim seja –, que as ilusões da expansão levem a produzir certos tipos de bens de capital em tamanha abundância que parte da produção seja, independentemente de qualquer critério, um desperdício de recursos [...]. Quer dizer, levam a um investimento mal orientado. Além disso, porém, uma característica essencial do auge da expansão é que os investimentos que terão um rendimento efetivo de, digamos, 2 por cento em condições de pleno emprego se realizam na esperança de, digamos, 6 por cento e são avaliados nesta base. Quando chega a desilusão, esta expectativa é substituída por um “erro de pessimismo” inverso, com o resultado de que se passa a esperar um rendimento negativo dos investimentos que em situação de pleno emprego renderiam efetivamente 2 por cento; o colapso resultante do investimento novo que daí resulta leva então a um estado de desemprego no qual os investimentos, que em situação de pleno emprego teriam rendido 2 por cento, passa, de fato, a render menos que nada (KEYNES, 1992, p. 248). A solução para este problema proposta pelo economista, “não é a alta, mas a baixa da taxa de juros”, pois acredita que o remédio para o ciclo econômico “não consiste em evitar o auge das expansões e em manter assim uma semidepressão permanente, mas em abolir as 8 depressões e manter deste modo permanente em um quasi-boom”. E reforça seu argumento de maneira metafórica dizendo que “a elevação da taxa de juros como antídoto para a situação criada pela persistência de um fluxo anormal de investimentos pertence à categoria dos remédios que curam a doença matando o paciente” (KEYNES, 1992, p. 249). Dito isso, conclui seu pensamento descrevendo que o remédio consistiria em adotar diversas medidas que aumentassem a propensão a consumir, “através de uma redistribuição da renda ou de um processo semelhante de modo que dado volume de emprego pudesse ser mantido com um volume de investimento menor”, medidas estas que devem ser adotadas pelo Governo (KEYNES, 1992, p. 250). 3 O ATUAL CENÁRIO ECONÔMICO BRASILEIRO E SEUS REFLEXOS EM MARINGÁ-PR Dois fatores são os principais responsáveis pela atual situação conturbada na qual se encontra nosso país, o primeiro diz respeito aos acontecimentos externos, no mercado internacional, o segundo refere-se a acontecimentos internos, no tocante as políticas e atos praticados por nossos governantes nos últimos anos. O principal acontecimento ocorrido nos últimos anos no cenário internacional que proporcionou impacto direto na economia brasileira foi à diminuição do consumo internacional, apontado por Silva (2015, p. 1), onde enfatiza ainda que “a China reduziu suas compras em quase 40%, entre janeiro de 2014 e 2015”. O cientista político descreve ainda que a atual crise decorre do que ele chama de “participação subordinada do país na divisão internacional do trabalho”. Segundo ele, o país centraliza-se na produção e exportação de bens primários, onde “praticamente 50% da pauta de exportações giram em torno de petróleo bruto, minério de ferro, soja, açúcar e café”. Desta forma, o autor argumenta a necessidade de “contestar a centralidade do chamado agronegócio e problematizar o perfil de acolhimento das empresas multinacionais, que trazem poucos recursos em comparação as suas remessas ao exterior” (SILVA, 2015, p. 2). Comparato (2015, p. 2) também afirma que o principal fator externo que influenciou a atual crise econômica, foi a diminuição do crescimento econômico chinês, onde descreve que “na China, o país de mais acelerado crescimento econômico das últimas décadas, a atividade industrial atingiu em 2015 o menor nível em 78 meses”. Internamente, os principais fatores que levaram ao atual estado de crise nacional possuem cunho político. Ferraz (2015, p. 2) aponta as denominadas “pedaladas fiscais” adotadas pelo atual Governo, que explica serem 9 “manobras para aliviar, momentaneamente, as contas públicas”, como principal estopim da crise, e explica: Pedalada Fiscal é o nome dado para práticas que o governo teria usado para cumprir as suas metas fiscais. O Tesouro Nacional teria atrasado repasses para instituições financeiras públicas e privadas que financiariam despesas do governo, entre eles benefícios sociais e previdenciários, como o Bolsa Família, o abono e o segurodesemprego, e os subsídios agrícolas. Os beneficiários receberam tudo em dia, porque os bancos assumiram, com recursos próprios, os pagamentos dos programas sociais. Com isso, o governo registrou, mesmo que temporariamente, um alívio no orçamento. Mas a sua dívida com os bancos cresceu (FERRAZ, 2015, p. 2). Existem ainda, dois outros fatos negativos contra o atual Governo apontados por Ferraz (2015), a saber, em primeiro lugar, a ação movida pelo PSDB – Partido da Social Democracia Brasileira – no Tribunal Superior Eleitoral a respeito de “financiamento irregular e abuso de poder de campanha” da atual presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014, em segundo lugar, tem-se o rompimento político do deputado federal e presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, com o governo, enfraquecendo ainda mais o atual Governo em exercício. Outro fato relevante da economia brasileira que contribuiu para a instauração da crise, segundo Comparato (2015, p. 7), se deve ao “ritmo acelerado do processo de desindustrialização”. O professor argumenta que “em 1995 a produção industrial representava 36% do PIB brasileiro, quando vinte anos após, [...] ela não ultrapassa 9%; ou seja, um quarto daquela cifra”. Por outro lado, há autores que defendam a atuação dos atuais gestores públicos, argumentando que as gestões dos presidentes Lula e Dilma foram atacadas pela imprensa, onde “a mídia chafurdou e fustigou os dois diuturnamente com o vazamento de (falsos e verdadeiros) escândalos que sempre foram acobertados em gestões menos comprometidas com mudanças no status quo” (PAIVA, 2015, p. 1). Paiva (2015, p. 2) relata que a gestão presidencial atual e a anterior sempre foram criticadas, porém como a economia passava por um momento de condições externas favoráveis, “as críticas não conseguiam abalar a popularidade da dupla”. Entretanto, a partir de 2011 a economia entra em um estado que ele chama de “compasso de espera”, que culmina em estagnação em 2014, desta forma ele descreve que o atual estado de crise econômica é decorrente das condições externas desfavoráveis, “quando se faz redistribuição de renda com crescimento da mesma, todos podem ganhar em termos absolutos. Mas quando a renda está estagnada, não pode haver redistribuição sem que alguém perca”. 10 O autor defende que as políticas redistributivas adotadas pelos atuais gestores públicos, não foram abandonadas com o decréscimo do crescimento da economia, porém “está se realizando, crescentemente, à custa da classe média e média alta”, tornando-se moralista e reacionária com a ajuda da mídia. Ele aponta que a única forma dos gestores públicos enfrentarem a atual crise política é através do crescimento econômico, e este se dará à custa da desvalorização do real e da reversão da política industrial, “fortalecendo o mercado interno e a competitividade da indústria nacional” (PAIVA, 2015, p. 2). Keynes (1992) argumenta que em tempos de crise os consumidores tendem a ter expectativas negativas a respeito dos acontecimentos futuros, e sua reação imediata reflete na queda do consumo, tendo em vista que eles preferem poupar mais de seus recursos para fazer frente a dificuldades econômicas futuras. Em conseqüência a diminuição do consumo, ocorre um excedente de mercadorias, que para serem absorvidas pelo mercado, necessitam baixar seus preços ficando muito próximo do seu preço de custo. Desta forma, as expectativas dos empresários também se tornam negativas, gerando uma redução dos investimentos e da produção, que por sua vez ocasiona uma redução no nível de emprego e renda da economia. Para Keynes o papel dos gestores públicos é a elaboração de políticas que visem proporcionar expectativas otimistas nos agentes econômicos (consumidor e produtor), estimulando o crescimento econômico através do aumento do consumo, investimento, emprego e renda. O estado de crise acontece em uma economia quando seus indicadores econômicos começam a apresentar queda constante. Verificando o Gráfico 1, elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), que elabora estatística dos trabalhadores empregados e desempregados do país, pode-se verificar o estado de crise na economia brasileira, onde no ano de 2008 verifica-se uma queda brusca em razão da crise do mercado imobiliário, e a partir de 2014 observa-se uma nova queda devido a crise política e econômica recente. Outros indicadores importantes que podem ser analisados para verificar se sua evolução apresenta indícios de que o país esteja passando por um momento de recessão, são as taxas de Inflação e do Produto Interno Bruto (PIB). Observando a evolução das taxas de Inflação no Gráfico 2, nota-se a sua elevação a partir do ano de 2014, demonstrando um momento de fragilidade econômica do país, e verifica-se no Gráfico 3 a notória queda nas taxas do PIB brasileiro nos últimos anos. Os agravos nos indicadores econômicos decorrem principalmente do período após as eleições presidenciais de outubro de 2014, quando os gestores públicos iniciaram uma série de medidas de ajustes fiscais para fazer frente às 11 condições externas desfavoráveis, que até então, mesmo que necessárias, eram evitadas em virtude do período eleitoral, já que poderiam prejudicar a reeleição da atual presidente. Gráfico 1: Comportamento do emprego formal nos meses de janeiro no Brasil. Fonte: CAGED, 2015. Com seu caráter de se espalhar rapidamente por todo território nacional, a crise afeta todas as esferas de governo, assim também, os governos municipais passam por diversas dificuldades nestes períodos instáveis, principalmente aqueles municípios que dependem de repasses do governo federal para manterem suas atividades. Taxas de Inflação - Brasil 12 10,67 10 8 6 5,91 6,5 5,84 5,91 6,41 4 2 0 2010 2011 2012 2013 Gráfico 2: Taxas de inflação no Brasil. Fonte: Elaboração própria com base em dados Banco Central do Brasil. 2014 2015 12 Desta forma, ao se elaborar uma breve analise do desenvolvimento nos últimos anos do Município de Maringá, Estado do Paraná, verifica-se que os gestores públicos vêm conseguindo obter êxito em suas políticas e medidas econômicas, levando o município a desfrutar de uma situação confortável, e talvez invejável, em seu ritmo de desenvolvimento. Taxas do PIB - Brasil 8 7 7,5 6 5 4 3,9 3 3 2 1,9 1 0,1 0 2010 2011 2012 2013 2014 Gráfico 3: Taxas do Produto Interno Bruto Brasileiro. Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE. Através do Sistema Firjan que elabora o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, para todas as cidades do território nacional, pode-se verificar a evolução do emprego e renda da economia maringaense, demonstrada no Gráfico 4. Gráfico 4: Evolução anual do emprego e renda do município de Maringá-PR. Fonte: Sistema FIRJAN. 13 O Gráfico 5 mostra que o município ocupa o 1º lugar no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal no estado do Paraná, e ultrapassa todas as médias brasileiras do mesmo índice, resultados excelentes que demonstram uma boa gestão pública e sobretudo, propiciam expectativas otimistas em seus agentes econômicos. Gráfico 5: Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal. Fonte: Sistema FIRJAN. Apesar dos bons resultados econômicos que o município de Maringá vem apresentando nos últimos anos, é inevitável que sinta os efeitos da crise política e econômica nacional. Deste modo, ao analisar a evolução anual do nível de empregos formais realizada pela CAGED, pode-se verificar uma brusca queda na quantidade de cidadãos maringaenses empregados, demonstrada no Gráfico 6. A queda ocorrida no nível de emprego da população acarreta inevitavelmente uma queda no consumo das famílias, tendo em vista que suas rendas foram reduzidas. A baixa no consumo faz com que surjam expectativas negativas nos empresários, que efetuaram uma redução do nível de investimentos. Cabe aos gestores públicos municipais a adoção de medidas visando evitar a queda no nível de emprego, apesar do ambiente de crise econômica nacional, através de políticas que proporcionem expectativas positivas nos empresários, para que elevem seus investimentos, e na população, para que não diminuam seu ritmo de consumo. 14 Evolução do Emprego Formal - Maringá-PR 10.000 9.141 8.000 6.985 6.000 7.142 6.484 4.000 2.404 2.000 0 -2.000 2010 2011 2012 2013 2014 -4.000 2015 -3274 Gráfico 6: Evolução do emprego formal anual por município. Fonte: CAGED. Como pode-se verificar o município de Maringá tem apresentado uma boa condução do desenvolvimento econômico por parte dos gestores públicos, entretanto os impactos da crise nacional são inevitáveis. Em decorrência dos principais fatos que levaram a atual crise partirem do ambiente político, realizar-se-á uma pesquisa de campo para apurar dos cidadãos maringaenses qual o grau de confiança destes nos atuais gestores públicos municipais e federais. 4 EXPECTATIVAS DOS CIDADÃOS MARINGAENSES A atual crise política e econômica que vem se arrastando após as eleições de 2014, provoca alterações no estado de expectativas dos agentes econômicos, que Keynes (1992) considera ser o principal motor do nível de atividade economia. O grau de confiança nos atuais gestores públicos possui ligação direta com as expectativas e o comportamento dos produtores e consumidores. Visando apurar qual o estado atual do grau de confiança da população na vigente gestão pública, foi desenvolvida uma pesquisa de campo por meio da aplicação de questionário à uma amostra bem diversificada de cidadãos maringaenses. A amostra contou com a participação de 30 cidadãos maringaenses, onde no Gráfico 7 demonstra a faixa etária de todos os participantes, tendo em sua maioria idade entre 18 a 30 anos, pois geralmente este intervalo de idade é a maioria em manifestações políticas, pois são os mais reacionários. 15 Idade dos Entrevistados 13 14 Quantidade 12 9 10 7 8 6 4 1 2 0 18 a 30 31 a 43 44 a 57 acima de 57 Anos Gráfico 7: Idade dos entrevistados. Fonte: Elaboração própria. Perguntou-se o grau de escolaridade de todos os entrevistados, compreendendo desde o ensino fundamental incompleto, até o ensino superior completo, e verificou-se conforme o Gráfico 8 que a maioria possui o ensino superior completo, que demonstra um ótimo grau de qualificação dos cidadãos maringaenses, uma vez que a maioria já possui formação acadêmica antes dos 30 anos. Quantidade Nível de Escolaridade 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 18 9 3 0 0 0 Fundamental Fundamental Médio Incompleto Completo Incompleto Médio Completo Superior Incompleto Superior Completo Gráfico 8: Grau de escolaridade dos entrevistados. Fonte: Elaboração própria. Em seguida, perguntou-se aos participantes da pesquisa se o atual estado de crise econômica e política do Brasil acarretou em alguma mudança no seu ritmo habitual de consumo, onde dos 30 entrevistados, um total de 28 responderam que modificaram o seu 16 consumo, e apenas 2 participantes responderam que não. Isso demonstra que o estado de crise da economia brasileira esta afetando a maioria da população, levando a uma redução da demanda de mercadorias. Apurou-se em quais setores foram verificadas as mudanças no consumo apontadas pelos entrevistados, dividindo em quatro categorias: Produtos Alimentícios, Vestuário, Lazer ou Outros, ficando a critério do participante apontar o seguimento onde sentiu a mudança. Foi permitido aos entrevistados escolher mais de um setor, onde dos 28 cidadãos que disseram haver mudado seu ritmo de consumo, a principal mudança foi verificada no setor Lazer com 23 apontamentos, como mostra o Gráfico 9, seguida do setor de Produtos Alimentícios com 20 apontamentos e de Vestuário com 17 apontamentos, tendo apenas 1 apontamento na categoria Outros, onde sendo apontada mudança na área de Saúde. Keynes (1992) aponta que em momentos de crise é normal que se verifique primeiro uma queda nas atividades relacionadas ao lazer dos indivíduos, pois tendem a poupar a parte de sua renda que seria empregada em bens supérfluos. As mudanças no modo de consumo dos cidadãos ocorridas em momentos de crise são decorrentes das expectativas negativas quanto ao futuro, onde realizam mudanças, que vão desde uma simples troca de marca de um produto por outra mais barata, até a preferência de consertar uma mercadoria que já possui ao invés de comprar uma mercadoria nova, visando poupar suas rendas para fazer frente a dificuldades futuras, principalmente nos itens de necessidade básica. Setores de Mudança no Consumo 1 20 Produtos Alimentícios 23 Vestuário Lazer Outros 17 Gráfico 9: Setores com mudança no consumo. Fonte: Elaboração própria. 17 Para apurar o grau de confiança da população nos atuais gestores públicos, realizou-se perguntas a respeito de como o entrevistado julgava a atuação dos mesmos, onde primeiramente perguntou-se sobre os gestores a nível nacional, dando-lhes as opções de escolherem entre: Bom, Regular ou Ruim. O Gráfico 10 mostra que 70% dos cidadãos consideram a atuação dos governantes nacionais como Ruim, e 30% consideram estar a um nível Regular, não tendo nenhum participante da amostra apontado que o governo seria Bom. Verificou-se, assim, que o grau de confiança da população no atual Governo Federal é negativo, e isso decorre dos diversos escândalos de corrupção noticiados nos últimos anos, que se agrava a cada dia. Como efeito, tem-se que a crise política se agrava cada vez mais, afetando drasticamente a economia nacional, pois diminuem os níveis de investimento dos empresários, que se tornam cada vez mais receosos em contraírem prejuízos, acarretando em queda do emprego, renda e consumo. Realizou-se levantamento também do grau de confiança dos gestores públicos estaduais, podendo os participantes escolherem entre as opções: Bom, Regular ou Ruim. O resultado auferido demonstrou que 54% acreditam que a gestão pública estadual é Ruim, 43% considera como Regular e apenas 3% acredita ser Boa, como podemos observar no Gráfico 11. Confiança nos Gestores Nacionais 0 0% 9 30% Bom Regular Ruim 21 70% Gráfico 10: Grau de confiança da população nos gestores públicos nacionais. Fonte: Elaboração própria. 18 Confiança nos Gestores Estaduais 1 3% 13 43% 16 54% Bom Regular Ruim Gráfico 11: Grau de confiança da população nos gestores públicos estaduais. Fonte: Elaboração Própria. Ao apurar-se o grau de confiança nos gestores públicos municipais, verificou-se que há uma ligeira inversão quanto ao governo nacional, apresentando níveis mais favoráveis de aceitação por parte dos cidadãos. Os resultados contidos no Gráfico 12 mostram que 67% da população acreditam que os atuais gestores municipais possuem um nível Regular de desempenho, enquanto que 23% consideram como Bom, e apenas 10% apontaram ser Ruim. Este melhor nível de desempenho comparado aos gestores estaduais e federais é fruto de políticas que vem se desenvolvendo nos últimos anos, visando uma melhora no nível de bemestar dos cidadãos maringaenses, e se refletem nos índices de desenvolvimento do município, como já apontado. Confiança nos Gestores Municipais 3 10% 7 23% Bom Regular Ruim 20 67% Gráfico 12: Grau de confiança da população nos gestores públicos municipais. Fonte: Elaboração própria. 19 Finalmente perguntou-se aos entrevistados a questão chave do presente artigo, que diz respeito ao estado de expectativas dos indivíduos quanto aos acontecimentos futuros, dos seus sentimentos quanto à condução do desenvolvimento econômico e político em todas as esferas de governo. O Gráfico 13 demonstra os resultados obtidos, onde 67% dos cidadãos possuem expectativas negativas e apenas 33% são otimistas e acreditam em uma reversão do atual estado recessivo que se encontra o país. Expectativas dos Cidadãos Maringaenses 10 33% Positivas Negativas 20 67% Gráfico 13: Expectativas dos entrevistados. Fonte: Elaboração própria. Os gestores públicos possuem papel fundamental na promoção de expectativas positivas nos agentes econômicos, onde segundo Keynes (1992), são estas que proporcionam um maior nível de investimentos, que propiciam emprego e renda para a população. Apesar de o atual estado de expectativas negativas ser comum em momentos de crise, se o intuito dos gestores públicos é a retomada do desenvolvimento econômico, estas devem ser eliminadas pois só agravam ainda mais a situação desfavorável. Entretanto, a cada dia surgem novos escândalos políticos que agravam ainda mais a confiança da população na atual gestão pública, dificultando qualquer ação política ou econômica que possa ser adotada para melhoria dos indicadores econômicos. Políticas como a de ajuste fiscal, já não possuem mais efeito, pois a população esta cada vez mais reacionária e duvidosa quanto aos reais fins que o sacrifício de seus recursos tomará. Concluindo o questionário da pesquisa de campo, perguntou-se aos participantes quais as principais medidas eles acreditam ser importantes para a estabilização do cenário político e econômico brasileiro, onde foram descritas algumas opções ao qual poderiam ser selecionadas quantas achassem necessárias. Os resultados estão englobados no Gráfico 14, onde apontam 20 que a maioria dos entrevistados acredita que a principal medida seria uma elevação da fiscalização das ações dos gestores públicos nas três esferas de poder (executivo, legislativo e judiciário). Isso decorre principalmente do fato de que os escândalos políticos de corrupção deixaram a população duvidosa quanto as ações dos gestores públicos, onde prevaleciam o interesse individual sobre o interesse coletivo. Medidas para Estabilização Quantidade 30 25 24 22 20 16 13 15 10 5 0 Revisão da Legislação Redução de Gastos Governamentais Investimentos em Maior Fiscalização Setores de das Ações Produção Aplicadas nos Três Poderes Gráfico 14: Medidas propostas para estabilização do cenário político e econômico. Fonte: Elaboração Própria. Observou-se que os efeitos da atual crise política e econômica esta afetando os mais diversos agentes econômicos, acarretando em mudança no ritmo de consumo da população e brusca diminuição do grau de confiança nos gestores públicos em exercício. As expectativas mostraram-se em sua maioria negativas, e os cidadãos acreditam que mudanças importantes devem ocorrer no setor político, principalmente no tocante as ações dos atuais gestores governamentais. 5 CONCLUSÃO Por meio do presente artigo pode-se verificar que para Keynes, as expectativas dos agentes econômicos têm papel fundamental no desempenho da economia. Assim, expectativas positivas geram resultados positivos, e, negativas, reflexos negativos. Portanto, em tempos de crise, o Estado precisa intervir na economia por meio de políticas públicas direcionadas à geração de emprego e renda, levando-se em consideração que, diferente do que pensavam os economistas clássicos, o mercado não se ajusta automaticamente. 21 No caso brasileiro atual, os problemas políticos e econômicos têm gerados desconfiança nos agentes econômicos aumentando os reflexos da crise sobre a economia nacional. Observou-se que o atual cenário de crise nacional possui origem em fatores internos e externos, destacando no cenário internacional a diminuição do crescimento da China, e internamente se tem uma crise política oriunda de escândalos de corrupção que põe em dúvida a idoneidade dos gestores públicos em exercício, afetando drasticamente o grau de confiança da população no governo. No que se refere ao município de Maringá, o resultado da pesquisa de campo revelou que a atual crise provocou mudanças no ritmo de consumo habitual dos agentes econômicos maringaenses, tornando-os mais receosos e precavidos. Demonstrou ainda que o atual estado de expectativas é negativo, fato que segundo Keynes (1992) deve ser revertido por qualquer governo que procure superar a crise e retomar o desenvolvimento econômico da nação. REFERÊNCIAS BANCO CENTRAL DO BRASIL. Histórico de Metas para a Inflação no Brasil. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/Pec/metas/TabelaMetaseResultados.pdf>. Acesso em: 01 mar. 2016. COMPARATO, Fábio Konder. Significado e Perspectivas da Crise Atual: idéias para uma mudança de nossa vida política, econômica e social, rumo a uma civilização mundial realmente humanista. 2015. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/politica/significa do-e-perspectivas-da-crise-atual-539.html>. Acesso em: 01 mar. 2016. FERRAZ, Vagner Henrique. Entenda a Crise Política no Brasil. 2015. Disponível em: <http://blog.maxieduca.com.br/entenda-a-crise-politica-no-brasil/>. Acesso em: 05 jan. 2016. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/indicadores.php>. Acesso em: 29 fev. 2016. KEYNES, John Maynard. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Trad. Mario R. da Cruz. São Paulo: Atlas, 1992. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/caged_mensal/principa l.htm>. Acesso em: 02 mar. 2016. PAIVA, Carlos Aguedo. A Crise Política e Econômica Atual e Suas Conexões Internas. 2015. Disponível em: <http://brasildebate.com.br/a-crise-politica-e-economica-atual-e-suasconexoes-internas/>. Acesso em: 05 jan. 2016. 22 SILVA, Roberto Bitencourt da. A Crise Econômica Brasileira: o que está sendo esquecido?. 2015. Disponível em: <http://jornalggn.com.br/blog/roberto-bitencourt-da-silva/a-criseeconomica-brasileira-o-que-esta-sendo-esquecido>. Acesso em: 05 jan. 2016. SISTEMA FIRJAN. Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Disponível em: <http://www.firjan.com.br/ifdm/>. Acesso em: 02 mar. 2016. 23 ANEXO I Pesquisa de Campo 1. Qual sua faixa etária: ( ) 18 a 30 anos ( ) 31 a 43 anos ( ) 44 a 57 anos ( ) acima de 57 anos 2. Nível de Escolaridade: ( ) Fundamental Incompleto ( ) Fundamental Completo ( ) Médio Incompleto ( ) Médio Completo ( ) Superior Incompleto ( ) Superior Completo 3. O atual estado da crise econômica e política brasileira acarretou em mudanças no seu ritmo de consumo? ( ) Sim ( ) Não 4. Em quais setores ? ( ( ( ( ) Produtos Alimentícios ) Vestuário ) Lazer ) Outros ____________________ 5. Quanto aos gestores públicos nacionais, você atribui que seu governo é: ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim 6. Quanto aos gestores públicos estaduais, você atribui que seu governo é: ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim 7. Quanto aos gestores públicos municipais, você atribui que seu governo é: ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim 8. Quais suas expectativas em relação ao ambiente político e econômico: ( ) Positivas ( ) Negativas 24 9. Quais medidas seriam importantes para a estabilização do cenário político e econômico: ( ) Revisão na Legislação (Constituição, Tributária, Eleitoral, Administrativa e Penal) ( ) Redução de Gastos Governamentais ( ) Investimentos em Setores de Produção (bens e serviços) ( ) Maior Fiscalização das Ações Aplicadas nos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) ( ) Outros ___________________.