universidade estadual de maringá departamento de administração

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
PÓLO DE ASTORGA
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA
A CRISE BRASILEIRA ATUAL E AS EXPECTATIVAS DOS AGENTES
ECONÔMICOS EM MARINGÁ-PR: UMA ANÁLISE SOB O ENFOQUE
KEYNESIANO
Fernando Dias Marquioto
MARINGÁ
2016
FERNANDO DIAS MARQUIOTO
A CRISE BRASILEIRA ATUAL E AS EXPECTATIVAS DOS AGENTES
ECONÔMICOS EM MARINGÁ-PR: UMA ANÁLISE SOB O ENFOQUE
KEYNESIANO
Artigo científico apresentado ao Departamento
de Administração da Universidade Estadual de
Maringá, como requisito parcial para aprovação
no Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.
Elaborado sob orientação da Professora Dra.
Rosalina Lima Izepão.
MARINGÁ
2016
3
A CRISE BRASILEIRA ATUAL E AS EXPECTATIVAS DOS AGENTES
ECONÔMICOS EM MARINGÁ-PR: UMA ANÁLISE SOB O ENFOQUE
KEYNESIANO
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo analisar como a crise política e econômica brasileira
atual reflete-se nas expectativas dos agentes econômicos do Município de Maringá-PR, tendose como fundamento teórico a visão keynesiana de expectativas. Metodologicamente, trata-se
de uma pesquisa bibliográfica onde se utilizou como fundamentação teórica a obra de John
Maynard Keynes “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, de 1936, além de
artigos científicos. Para a obtenção de dados referentes às expectativas dos agentes
econômicos em Maringá, realizou-se uma pesquisa de campo, por meio da aplicação de
questionário contendo questões fechadas a 30 cidadãos maringaenses. O artigo está
estruturado em 4 seções, além da Conclusão e das Referências. Na primeira seção tem-se a
Introdução, na segunda discorre-se sobre a teoria keynesiana, no aspecto expectativas. Na
terceira seção apresentam-se os aspectos políticos e econômicos da crise brasileira na
atualidade e alguns dos seus reflexos em indicadores para Maringá, e na quarta mostram-se
as expectativas dos agentes econômicos maringaenses. Ao final pode-se concluir que o atual
ambiente econômico e político nacional de crise foi ocasionado por fatores internos e
externos, reduzindo o grau de confiança nos gestores públicos nacionais. Todavia observou-se
um nível confortável de desenvolvimento do Município de Maringá-PR, com indicadores
econômicos expressivos. Por meio da pesquisa de campo aplicado a uma amostra
diversificada de 30 cidadãos maringaenses, apurou-se o grau de confiança da população no
atual governo federal, estadual e municipal, que obteve como resultado o fato de que os
impactos da atual crise política e econômica nacional afetaram o padrão de vida dos
indivíduos, ocasionando mudanças em seus ritmos de consumo e gerando expectativas
negativas quanto ao futuro, prejudiciais ao desenvolvimento econômico uma vez que diminui
o nível de consumo e investimentos do país.
Palavras-Chave: Keynes. Expectativas. Gestores Públicos. Crise Política e Econômica.
INTRODUÇÃO
Recentemente o Brasil vem passando por um momento perturbado em seu ambiente
econômico e político, turbulências que vem surgindo nos últimos anos e se agravaram no ano
de 2015, obrigando os gestores públicos a adotarem diversas medidas no intuito de corrigir os
desequilíbrios econômicos e políticos que surgiram. A descoberta de escândalos políticos a
respeito de desvio de verba e cobrança de propina provoca sérias alterações no ambiente
econômico nacional. A confiança que a população deposita nos políticos diminui, e as
4
expectativas dos agentes econômicos são afetadas negativamente. Somado a este fator interno,
fatores externos contribuem para agravar a situação econômica do país, como a retração do
crescimento econômico da China, principal importadora de produtos brasileiros.
Diante do exposto, o objetivo deste artigo é analisar como a crise política e econômica
brasileira atual reflete-se nas expectativas dos agentes econômicos do Município de MaringáPR,
tendo-se
como
fundamento
teórico
a
visão
keynesiana
de
expectativas.
Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa bibliográfica onde se utilizou como
fundamentação teórica a obra de John Maynard Keynes “A Teoria Geral do Emprego, do Juro
e da Moeda, de 1936, além de artigos científicos. Para a obtenção de dados referentes às
expectativas dos agentes econômicos em Maringá, realizou-se uma pesquisa de campo, por
meio da aplicação de questionário contendo questões fechadas, a 30 maringaenses.
O artigo encontra-se estruturada em 04 seções, além da Conclusão e das Referências.
Na primeira tem-se esta Introdução, na segunda apresenta-se a teoria de John Maynard
Keynes, no tocante ao papel das expectativas dos agentes econômicos e sua importância para
o desenvolvimento da nação, tendo o Governo como principal agente capaz de proporcionar
expectativas positivas que possam alavancar o crescimento econômico, através de uma
adequada gestão pública. Na terceira seção, mostram-se alguns dos fatos que levaram a atual
situação crítica da economia brasileira, instaurando-se uma crise em todo o ambiente
nacional, devido a fatores econômicos e políticos internos e externos. Esta análise servirá de
suporte para se entender como o município de Maringá e seus gestores públicos vêm reagindo
as possíveis influências do ambiente nacional conturbado sobre sua economia e
desenvolvimento.
Na quarta seção, são apresentados os resultados da pesquisa de campo realizada com
uma amostra de cidadãos maringaenses por meio da aplicação de questionários com questões
que visam apurar os efeitos da crise nacional sobre os indivíduos e o grau de confiança dos
entrevistados no atual Governo e seus gestores públicos, a nível nacional, estadual e
municipal. Na seqüência tem-se a Conclusão e as Referências, respectivamente.
2 AS EXPECTATIVAS DOS AGENTES ECONÔMICOS, SEGUNDO KEYNES
Ao publicar suas ideias, em 1936, no livro A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da
Moeda, o economista inglês John Maynard Keynes ficou mundialmente famoso
principalmente por mudar o foco do pensamento econômico da Microeconomia para a
Macroeconomia. Keynes colocou em xeque os postulados da Teoria Clássica, surgida em
5
1776, com a publicação de A Riqueza das Nações, por Adam Smith, argumentando que as
forças de mercado não se ajustam automaticamente e que, em momentos de crise por
insuficiência de demanda efetiva, o Estado deve intervir na economia, para gerar emprego e
renda. Ao tratar das expectativas, Keynes explica que se tratam de previsões que o produtor
faz sobre a venda futura da mercadoria produzida,
Normalmente, decorre algum tempo – às vezes bastante – entre o momento em que
o produtor assume os custos (tendo em vista o consumidor) e o da compra da
produção pelo consumidor final. Enquanto isso, o empresário (aplicando-se esta
designação tanto ao produtor quanto ao investidor) tem de fazer as melhores
previsões que lhe são possíveis sobre o que os consumidores estarão dispostos a
pagar-lhe quando, após um lapso de tempo que pode ser considerável, estiver em
condições de os satisfazer (KEYNES, 1992, p. 53).
Neste contexto, ele considera que “estas expectativas, das quais dependem as decisões
da atividade econômica, dividem-se em dois grupos”, estando no primeiro grupo as
expectativas quanto ao “preço que um fabricante pode esperar obter pela sua produção
„acabada‟, no momento em que se compromete a iniciar o processo que o produzirá”, onde a
este grupo ele denomina de expectativas a curto prazo, e tem-se que o segundo grupo
corresponde “ao que o empresário pode esperar ganhar sob a forma de rendimentos futuros,
no caso de comprar [...] produtos „acabados‟ para os adicionar a seu equipamento de capital”,
denominando este de expectativas a longo prazo. Desta forma, Keynes considera que “são
estas diversas expectativas que determinam o volume de emprego oferecido pelas empresas”
(KEYNES, 1992, p. 53).
Keynes descreve que o estado de expectativas esta sempre sujeito a diversas variações,
“surgindo uma nova expectativa antes que a anterior haja produzido todo seu efeito, de tal
modo que o mecanismo econômico está sempre ocupado com numerosas atividades que se
sobrepõem, cuja existência se deve aos vários estados anteriores das expectativas” (KEYNES,
1992, p. 55).
Ao analisar como os agentes econômicos têm sua visão de futuro, Keynes (1992, p.
124) considera que o método mais comum consiste em considerar a situação atual e projetá-la
no futuro, realizando modificações conforme ocorram razões mais ou menos definidas para
que se espere uma mudança.
Quanto à instabilidade econômica, o autor considera que esta possui uma causa que é
“inerente à natureza humana, no fato de que grande parte das nossas atividades positivas
depende mais do otimismo espontâneo do que de uma expectativa matemática, seja moral,
6
hedonista ou econômica”. Deste modo, argumenta que “ao se arrefecer o entusiasmo e ao
vacilar o otimismo espontâneo, ficamos na dependência apenas de previsão matemática e aí o
empreendimento desfalece e morre” (KEYNES, 1992, p. 133).
Mudando o foco, ao abordar as expectativas por parte dos consumidores, ele relata que
a renda auferida por estes, oriunda de seu trabalho, é empregada em consumo e poupança.
Expectativas positivas quanto ao ambiente econômico, causará um maior gasto em consumo.
Por outro lado, um ambiente econômico conturbado, causará incerteza nos consumidores, que
preferiram poupar uma quantia maior de sua renda para fazer frente a acontecimentos futuros.
Keynes é defensor de uma intervenção governamental para equilíbrio das forças de
mercado, e considera a taxa de juros como o principal instrumento usado pelos governantes
para alcançar este equilíbrio,
A autoridade monetária controla, com facilidade, a taxa de juros a curto prazo, não
só pelo fato de não ser difícil criar a convicção de que sua política não mudará
sensivelmente em um futuro muito próximo, como também em virtude de a
possível perda ser pequena, quando comparada com o rendimento corrente
(KEYNES, 1992, p. 162).
Entretanto, a política monetária depende diretamente da opinião pública, onde temos
que se a política monetária for facilmente sujeita a mudanças e considerada experimental em
sua natureza, incorrerá em falha. Todavia, a mesma política “pode ser facilmente bem
sucedida se a opinião pública julgá-la razoável e compatível com o interesse público, baseada
em convicção sólida e promovida por uma autoridade que não corra o risco de ser suplantada”
(KEYNES, 1992, p. 162).
A manutenção realizada pelo Governo de uma taxa de juros a níveis baixos estimula
os empresários a realizarem investimentos, propiciando um maior nível de emprego e renda
na economia. Entretanto, uma taxa de juros mantida em patamares elevados, desestimula
novos investimentos por parte dos empresários, não alavancando, assim, os níveis de emprego
e renda.
Segundo Keynes, uma das características do ciclo econômico é o fenômeno da crise e
o caráter de que “a substituição de uma fase ascendente por outra descendente geralmente
ocorre de modo repentino e violento, ao passo que, como regra, a transição de uma fase
descendente para uma fase ascendente não é tão repentina” (KEYNES, 1992, p. 244). Ele
explica o inicio da fase ascendente da seguinte forma:
7
Enquanto a expansão continua, a maioria dos novos investimentos oferece um
rendimento corrente que não é insatisfatório. A desilusão chega porque, de repente,
surgem dúvidas quanto à confiança que se pode ter no rendimento esperado, talvez
porque o rendimento atual dê sinais de baixa à medida que os estoques de bens
duráveis produzidos recentemente aumentem regularmente (KEYNES, 1992, p.
246).
Mediante este contexto, Keynes (1992, p. 246) descreve que a suspensão de novos
investimentos levará a acumulação de estoques excedentes de produtos ainda não acabados,
que possuem um elevado custo de conservação. Desta forma, deve ocorrer uma restrição da
produção para assegurar a reabsorção dos estoques excedentes, e este processo representa um
investimento negativo, que contribui para baixar o nível de emprego.
Em condições de laissez-faire, ou livre mercado, ideia defendida pela Teoria Clássica,
seria praticamente impossível impedir flutuações no emprego “sem uma profunda mudança na
psicologia do mercado de investimentos, mudança essa que não há razão para esperar que
ocorra”, a não ser que seja, segundo Keynes (1992, p. 247), propiciada pelo Governo, e ele
finaliza seu pensamento argumentando que, “em conclusão, acho que não se pode com
segurança, abandonar à iniciativa privada o cuidado de regular o volume corrente de
investimento”, ou seja, ele acredita ser perigoso esperar que a oferta e demanda de mercado
sejam automaticamente ajustadas, devendo haver uma intervenção governamental para
garantir este equilíbrio.
As expectativas positivas que surgem nos investidores no momento de expansão da
economia podem levar a um desperdício de recursos, que acarreta em um rendimento abaixo
do esperado,
Pode acontecer, naturalmente – e na realidade é provável que assim seja –, que as
ilusões da expansão levem a produzir certos tipos de bens de capital em tamanha
abundância que parte da produção seja, independentemente de qualquer critério, um
desperdício de recursos [...]. Quer dizer, levam a um investimento mal orientado.
Além disso, porém, uma característica essencial do auge da expansão é que os
investimentos que terão um rendimento efetivo de, digamos, 2 por cento em
condições de pleno emprego se realizam na esperança de, digamos, 6 por cento e
são avaliados nesta base. Quando chega a desilusão, esta expectativa é substituída
por um “erro de pessimismo” inverso, com o resultado de que se passa a esperar um
rendimento negativo dos investimentos que em situação de pleno emprego
renderiam efetivamente 2 por cento; o colapso resultante do investimento novo que
daí resulta leva então a um estado de desemprego no qual os investimentos, que em
situação de pleno emprego teriam rendido 2 por cento, passa, de fato, a render
menos que nada (KEYNES, 1992, p. 248).
A solução para este problema proposta pelo economista, “não é a alta, mas a baixa da
taxa de juros”, pois acredita que o remédio para o ciclo econômico “não consiste em evitar o
auge das expansões e em manter assim uma semidepressão permanente, mas em abolir as
8
depressões e manter deste modo permanente em um quasi-boom”. E reforça seu argumento de
maneira metafórica dizendo que “a elevação da taxa de juros como antídoto para a situação
criada pela persistência de um fluxo anormal de investimentos pertence à categoria dos
remédios que curam a doença matando o paciente” (KEYNES, 1992, p. 249).
Dito isso, conclui seu pensamento descrevendo que o remédio consistiria em adotar
diversas medidas que aumentassem a propensão a consumir, “através de uma redistribuição da
renda ou de um processo semelhante de modo que dado volume de emprego pudesse ser
mantido com um volume de investimento menor”, medidas estas que devem ser adotadas pelo
Governo (KEYNES, 1992, p. 250).
3 O ATUAL CENÁRIO ECONÔMICO BRASILEIRO E SEUS REFLEXOS EM
MARINGÁ-PR
Dois fatores são os principais responsáveis pela atual situação conturbada na qual se
encontra nosso país, o primeiro diz respeito aos acontecimentos externos, no mercado
internacional, o segundo refere-se a acontecimentos internos, no tocante as políticas e atos
praticados por nossos governantes nos últimos anos.
O principal acontecimento ocorrido nos últimos anos no cenário internacional que
proporcionou impacto direto na economia brasileira foi à diminuição do consumo
internacional, apontado por Silva (2015, p. 1), onde enfatiza ainda que “a China reduziu suas
compras em quase 40%, entre janeiro de 2014 e 2015”.
O cientista político descreve ainda que a atual crise decorre do que ele chama de
“participação subordinada do país na divisão internacional do trabalho”. Segundo ele, o país
centraliza-se na produção e exportação de bens primários, onde “praticamente 50% da pauta
de exportações giram em torno de petróleo bruto, minério de ferro, soja, açúcar e café”. Desta
forma, o autor argumenta a necessidade de “contestar a centralidade do chamado agronegócio
e problematizar o perfil de acolhimento das empresas multinacionais, que trazem poucos
recursos em comparação as suas remessas ao exterior” (SILVA, 2015, p. 2).
Comparato (2015, p. 2) também afirma que o principal fator externo que influenciou a
atual crise econômica, foi a diminuição do crescimento econômico chinês, onde descreve que
“na China, o país de mais acelerado crescimento econômico das últimas décadas, a atividade
industrial atingiu em 2015 o menor nível em 78 meses”. Internamente, os principais fatores
que levaram ao atual estado de crise nacional possuem cunho político. Ferraz (2015, p. 2)
aponta as denominadas “pedaladas fiscais” adotadas pelo atual Governo, que explica serem
9
“manobras para aliviar, momentaneamente, as contas públicas”, como principal estopim da
crise, e explica:
Pedalada Fiscal é o nome dado para práticas que o governo teria usado para cumprir
as suas metas fiscais. O Tesouro Nacional teria atrasado repasses para instituições
financeiras públicas e privadas que financiariam despesas do governo, entre eles
benefícios sociais e previdenciários, como o Bolsa Família, o abono e o segurodesemprego, e os subsídios agrícolas. Os beneficiários receberam tudo em dia,
porque os bancos assumiram, com recursos próprios, os pagamentos dos programas
sociais. Com isso, o governo registrou, mesmo que temporariamente, um alívio no
orçamento. Mas a sua dívida com os bancos cresceu (FERRAZ, 2015, p. 2).
Existem ainda, dois outros fatos negativos contra o atual Governo apontados por
Ferraz (2015), a saber, em primeiro lugar, a ação movida pelo PSDB – Partido da Social
Democracia Brasileira – no Tribunal Superior Eleitoral a respeito de “financiamento irregular
e abuso de poder de campanha” da atual presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014, em
segundo lugar, tem-se o rompimento político do deputado federal e presidente da Câmara de
Deputados, Eduardo Cunha, com o governo, enfraquecendo ainda mais o atual Governo em
exercício.
Outro fato relevante da economia brasileira que contribuiu para a instauração da crise,
segundo Comparato (2015, p. 7), se deve ao “ritmo acelerado do processo de
desindustrialização”. O professor argumenta que “em 1995 a produção industrial representava
36% do PIB brasileiro, quando vinte anos após, [...] ela não ultrapassa 9%; ou seja, um quarto
daquela cifra”. Por outro lado, há autores que defendam a atuação dos atuais gestores
públicos, argumentando que as gestões dos presidentes Lula e Dilma foram atacadas pela
imprensa, onde “a mídia chafurdou e fustigou os dois diuturnamente com o vazamento de
(falsos e verdadeiros) escândalos que sempre foram acobertados em gestões menos
comprometidas com mudanças no status quo” (PAIVA, 2015, p. 1).
Paiva (2015, p. 2) relata que a gestão presidencial atual e a anterior sempre foram
criticadas, porém como a economia passava por um momento de condições externas
favoráveis, “as críticas não conseguiam abalar a popularidade da dupla”. Entretanto, a partir
de 2011 a economia entra em um estado que ele chama de “compasso de espera”, que culmina
em estagnação em 2014, desta forma ele descreve que o atual estado de crise econômica é
decorrente das condições externas desfavoráveis, “quando se faz redistribuição de renda com
crescimento da mesma, todos podem ganhar em termos absolutos. Mas quando a renda está
estagnada, não pode haver redistribuição sem que alguém perca”.
10
O autor defende que as políticas redistributivas adotadas pelos atuais gestores
públicos, não foram abandonadas com o decréscimo do crescimento da economia, porém
“está se realizando, crescentemente, à custa da classe média e média alta”, tornando-se
moralista e reacionária com a ajuda da mídia. Ele aponta que a única forma dos gestores
públicos enfrentarem a atual crise política é através do crescimento econômico, e este se dará
à custa da desvalorização do real e da reversão da política industrial, “fortalecendo o mercado
interno e a competitividade da indústria nacional” (PAIVA, 2015, p. 2).
Keynes (1992) argumenta que em tempos de crise os consumidores tendem a ter
expectativas negativas a respeito dos acontecimentos futuros, e sua reação imediata reflete na
queda do consumo, tendo em vista que eles preferem poupar mais de seus recursos para fazer
frente a dificuldades econômicas futuras. Em conseqüência a diminuição do consumo, ocorre
um excedente de mercadorias, que para serem absorvidas pelo mercado, necessitam baixar
seus preços ficando muito próximo do seu preço de custo. Desta forma, as expectativas dos
empresários também se tornam negativas, gerando uma redução dos investimentos e da
produção, que por sua vez ocasiona uma redução no nível de emprego e renda da economia.
Para Keynes o papel dos gestores públicos é a elaboração de políticas que visem proporcionar
expectativas otimistas nos agentes econômicos (consumidor e produtor), estimulando o
crescimento econômico através do aumento do consumo, investimento, emprego e renda.
O estado de crise acontece em uma economia quando seus indicadores econômicos
começam a apresentar queda constante. Verificando o Gráfico 1, elaborado pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED), que elabora estatística dos trabalhadores empregados e desempregados do país,
pode-se verificar o estado de crise na economia brasileira, onde no ano de 2008 verifica-se
uma queda brusca em razão da crise do mercado imobiliário, e a partir de 2014 observa-se
uma nova queda devido a crise política e econômica recente.
Outros indicadores importantes que podem ser analisados para verificar se sua
evolução apresenta indícios de que o país esteja passando por um momento de recessão, são
as taxas de Inflação e do Produto Interno Bruto (PIB). Observando a evolução das taxas de
Inflação no Gráfico 2, nota-se a sua elevação a partir do ano de 2014, demonstrando um
momento de fragilidade econômica do país, e verifica-se no Gráfico 3 a notória queda nas
taxas do PIB brasileiro nos últimos anos. Os agravos nos indicadores econômicos decorrem
principalmente do período após as eleições presidenciais de outubro de 2014, quando os
gestores públicos iniciaram uma série de medidas de ajustes fiscais para fazer frente às
11
condições externas desfavoráveis, que até então, mesmo que necessárias, eram evitadas em
virtude do período eleitoral, já que poderiam prejudicar a reeleição da atual presidente.
Gráfico 1: Comportamento do emprego formal nos meses de janeiro no Brasil.
Fonte: CAGED, 2015.
Com seu caráter de se espalhar rapidamente por todo território nacional, a crise afeta
todas as esferas de governo, assim também, os governos municipais passam por diversas
dificuldades nestes períodos instáveis, principalmente aqueles municípios que dependem de
repasses do governo federal para manterem suas atividades.
Taxas de Inflação - Brasil
12
10,67
10
8
6
5,91
6,5
5,84
5,91
6,41
4
2
0
2010
2011
2012
2013
Gráfico 2: Taxas de inflação no Brasil.
Fonte: Elaboração própria com base em dados Banco Central do Brasil.
2014
2015
12
Desta forma, ao se elaborar uma breve analise do desenvolvimento nos últimos anos
do Município de Maringá, Estado do Paraná, verifica-se que os gestores públicos vêm
conseguindo obter êxito em suas políticas e medidas econômicas, levando o município a
desfrutar de uma situação confortável, e talvez invejável, em seu ritmo de desenvolvimento.
Taxas do PIB - Brasil
8
7
7,5
6
5
4
3,9
3
3
2
1,9
1
0,1
0
2010
2011
2012
2013
2014
Gráfico 3: Taxas do Produto Interno Bruto Brasileiro.
Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE.
Através do Sistema Firjan que elabora o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal,
para todas as cidades do território nacional, pode-se verificar a evolução do emprego e renda
da economia maringaense, demonstrada no Gráfico 4.
Gráfico 4: Evolução anual do emprego e renda do município de Maringá-PR.
Fonte: Sistema FIRJAN.
13
O Gráfico 5 mostra que o município ocupa o 1º lugar no Índice Firjan de
Desenvolvimento Municipal no estado do Paraná, e ultrapassa todas as médias brasileiras do
mesmo índice, resultados excelentes que demonstram uma boa gestão pública e sobretudo,
propiciam expectativas otimistas em seus agentes econômicos.
Gráfico 5: Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal.
Fonte: Sistema FIRJAN.
Apesar dos bons resultados econômicos que o município de Maringá vem
apresentando nos últimos anos, é inevitável que sinta os efeitos da crise política e econômica
nacional. Deste modo, ao analisar a evolução anual do nível de empregos formais realizada
pela CAGED, pode-se verificar uma brusca queda na quantidade de cidadãos maringaenses
empregados, demonstrada no Gráfico 6.
A queda ocorrida no nível de emprego da população acarreta inevitavelmente uma
queda no consumo das famílias, tendo em vista que suas rendas foram reduzidas. A baixa no
consumo faz com que surjam expectativas negativas nos empresários, que efetuaram uma
redução do nível de investimentos. Cabe aos gestores públicos municipais a adoção de
medidas visando evitar a queda no nível de emprego, apesar do ambiente de crise econômica
nacional, através de políticas que proporcionem expectativas positivas nos empresários, para
que elevem seus investimentos, e na população, para que não diminuam seu ritmo de
consumo.
14
Evolução do Emprego Formal - Maringá-PR
10.000
9.141
8.000
6.985
6.000
7.142
6.484
4.000
2.404
2.000
0
-2.000
2010
2011
2012
2013
2014
-4.000
2015
-3274
Gráfico 6: Evolução do emprego formal anual por município.
Fonte: CAGED.
Como pode-se verificar o município de Maringá tem apresentado uma boa condução
do desenvolvimento econômico por parte dos gestores públicos, entretanto os impactos da
crise nacional são inevitáveis. Em decorrência dos principais fatos que levaram a atual crise
partirem do ambiente político, realizar-se-á uma pesquisa de campo para apurar dos cidadãos
maringaenses qual o grau de confiança destes nos atuais gestores públicos municipais e
federais.
4 EXPECTATIVAS DOS CIDADÃOS MARINGAENSES
A atual crise política e econômica que vem se arrastando após as eleições de 2014,
provoca alterações no estado de expectativas dos agentes econômicos, que Keynes (1992)
considera ser o principal motor do nível de atividade economia. O grau de confiança nos
atuais gestores públicos possui ligação direta com as expectativas e o comportamento dos
produtores e consumidores. Visando apurar qual o estado atual do grau de confiança da
população na vigente gestão pública, foi desenvolvida uma pesquisa de campo por meio da
aplicação de questionário à uma amostra bem diversificada de cidadãos maringaenses.
A amostra contou com a participação de 30 cidadãos maringaenses, onde no Gráfico 7
demonstra a faixa etária de todos os participantes, tendo em sua maioria idade entre 18 a 30
anos, pois geralmente este intervalo de idade é a maioria em manifestações políticas, pois são
os mais reacionários.
15
Idade dos Entrevistados
13
14
Quantidade
12
9
10
7
8
6
4
1
2
0
18 a 30
31 a 43
44 a 57
acima de 57
Anos
Gráfico 7: Idade dos entrevistados.
Fonte: Elaboração própria.
Perguntou-se o grau de escolaridade de todos os entrevistados, compreendendo desde
o ensino fundamental incompleto, até o ensino superior completo, e verificou-se conforme o
Gráfico 8 que a maioria possui o ensino superior completo, que demonstra um ótimo grau de
qualificação dos cidadãos maringaenses, uma vez que a maioria já possui formação acadêmica
antes dos 30 anos.
Quantidade
Nível de Escolaridade
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
18
9
3
0
0
0
Fundamental Fundamental
Médio
Incompleto
Completo
Incompleto
Médio
Completo
Superior
Incompleto
Superior
Completo
Gráfico 8: Grau de escolaridade dos entrevistados.
Fonte: Elaboração própria.
Em seguida, perguntou-se aos participantes da pesquisa se o atual estado de crise
econômica e política do Brasil acarretou em alguma mudança no seu ritmo habitual de
consumo, onde dos 30 entrevistados, um total de 28 responderam que modificaram o seu
16
consumo, e apenas 2 participantes responderam que não. Isso demonstra que o estado de crise
da economia brasileira esta afetando a maioria da população, levando a uma redução da
demanda de mercadorias.
Apurou-se em quais setores foram verificadas as mudanças no consumo apontadas
pelos entrevistados, dividindo em quatro categorias: Produtos Alimentícios, Vestuário, Lazer
ou Outros, ficando a critério do participante apontar o seguimento onde sentiu a mudança. Foi
permitido aos entrevistados escolher mais de um setor, onde dos 28 cidadãos que disseram
haver mudado seu ritmo de consumo, a principal mudança foi verificada no setor Lazer com
23 apontamentos, como mostra o Gráfico 9, seguida do setor de Produtos Alimentícios com
20 apontamentos e de Vestuário com 17 apontamentos, tendo apenas 1 apontamento na
categoria Outros, onde sendo apontada mudança na área de Saúde. Keynes (1992) aponta que
em momentos de crise é normal que se verifique primeiro uma queda nas atividades
relacionadas ao lazer dos indivíduos, pois tendem a poupar a parte de sua renda que seria
empregada em bens supérfluos.
As mudanças no modo de consumo dos cidadãos ocorridas em momentos de crise são
decorrentes das expectativas negativas quanto ao futuro, onde realizam mudanças, que vão
desde uma simples troca de marca de um produto por outra mais barata, até a preferência de
consertar uma mercadoria que já possui ao invés de comprar uma mercadoria nova, visando
poupar suas rendas para fazer frente a dificuldades futuras, principalmente nos itens de
necessidade básica.
Setores de Mudança no Consumo
1
20
Produtos Alimentícios
23
Vestuário
Lazer
Outros
17
Gráfico 9: Setores com mudança no consumo.
Fonte: Elaboração própria.
17
Para apurar o grau de confiança da população nos atuais gestores públicos, realizou-se
perguntas a respeito de como o entrevistado julgava a atuação dos mesmos, onde
primeiramente perguntou-se sobre os gestores a nível nacional, dando-lhes as opções de
escolherem entre: Bom, Regular ou Ruim. O Gráfico 10 mostra que 70% dos cidadãos
consideram a atuação dos governantes nacionais como Ruim, e 30% consideram estar a um
nível Regular, não tendo nenhum participante da amostra apontado que o governo seria Bom.
Verificou-se, assim, que o grau de confiança da população no atual Governo Federal é
negativo, e isso decorre dos diversos escândalos de corrupção noticiados nos últimos anos,
que se agrava a cada dia. Como efeito, tem-se que a crise política se agrava cada vez mais,
afetando drasticamente a economia nacional, pois diminuem os níveis de investimento dos
empresários, que se tornam cada vez mais receosos em contraírem prejuízos, acarretando em
queda do emprego, renda e consumo.
Realizou-se levantamento também do grau de confiança dos gestores públicos
estaduais, podendo os participantes escolherem entre as opções: Bom, Regular ou Ruim. O
resultado auferido demonstrou que 54% acreditam que a gestão pública estadual é Ruim, 43%
considera como Regular e apenas 3% acredita ser Boa, como podemos observar no Gráfico
11.
Confiança nos Gestores Nacionais
0
0%
9
30%
Bom
Regular
Ruim
21
70%
Gráfico 10: Grau de confiança da população nos gestores públicos nacionais.
Fonte: Elaboração própria.
18
Confiança nos Gestores Estaduais
1
3%
13
43%
16
54%
Bom
Regular
Ruim
Gráfico 11: Grau de confiança da população nos gestores públicos estaduais.
Fonte: Elaboração Própria.
Ao apurar-se o grau de confiança nos gestores públicos municipais, verificou-se que
há uma ligeira inversão quanto ao governo nacional, apresentando níveis mais favoráveis de
aceitação por parte dos cidadãos. Os resultados contidos no Gráfico 12 mostram que 67% da
população acreditam que os atuais gestores municipais possuem um nível Regular de
desempenho, enquanto que 23% consideram como Bom, e apenas 10% apontaram ser Ruim.
Este melhor nível de desempenho comparado aos gestores estaduais e federais é fruto de
políticas que vem se desenvolvendo nos últimos anos, visando uma melhora no nível de bemestar dos cidadãos maringaenses, e se refletem nos índices de desenvolvimento do município,
como já apontado.
Confiança nos Gestores Municipais
3
10%
7
23%
Bom
Regular
Ruim
20
67%
Gráfico 12: Grau de confiança da população nos gestores públicos municipais.
Fonte: Elaboração própria.
19
Finalmente perguntou-se aos entrevistados a questão chave do presente artigo, que diz
respeito ao estado de expectativas dos indivíduos quanto aos acontecimentos futuros, dos seus
sentimentos quanto à condução do desenvolvimento econômico e político em todas as esferas
de governo. O Gráfico 13 demonstra os resultados obtidos, onde 67% dos cidadãos possuem
expectativas negativas e apenas 33% são otimistas e acreditam em uma reversão do atual
estado recessivo que se encontra o país.
Expectativas dos Cidadãos Maringaenses
10
33%
Positivas
Negativas
20
67%
Gráfico 13: Expectativas dos entrevistados.
Fonte: Elaboração própria.
Os gestores públicos possuem papel fundamental na promoção de expectativas
positivas nos agentes econômicos, onde segundo Keynes (1992), são estas que proporcionam
um maior nível de investimentos, que propiciam emprego e renda para a população. Apesar
de o atual estado de expectativas negativas ser comum em momentos de crise, se o intuito dos
gestores públicos é a retomada do desenvolvimento econômico, estas devem ser eliminadas
pois só agravam ainda mais a situação desfavorável. Entretanto, a cada dia surgem novos
escândalos políticos que agravam ainda mais a confiança da população na atual gestão
pública, dificultando qualquer ação política ou econômica que possa ser adotada para
melhoria dos indicadores econômicos. Políticas como a de ajuste fiscal, já não possuem mais
efeito, pois a população esta cada vez mais reacionária e duvidosa quanto aos reais fins que o
sacrifício de seus recursos tomará.
Concluindo o questionário da pesquisa de campo, perguntou-se aos participantes quais
as principais medidas eles acreditam ser importantes para a estabilização do cenário político e
econômico brasileiro, onde foram descritas algumas opções ao qual poderiam ser selecionadas
quantas achassem necessárias. Os resultados estão englobados no Gráfico 14, onde apontam
20
que a maioria dos entrevistados acredita que a principal medida seria uma elevação da
fiscalização das ações dos gestores públicos nas três esferas de poder (executivo, legislativo e
judiciário). Isso decorre principalmente do fato de que os escândalos políticos de corrupção
deixaram a população duvidosa quanto as ações dos gestores públicos, onde prevaleciam o
interesse individual sobre o interesse coletivo.
Medidas para Estabilização
Quantidade
30
25
24
22
20
16
13
15
10
5
0
Revisão da
Legislação
Redução de
Gastos
Governamentais
Investimentos em Maior Fiscalização
Setores de
das Ações
Produção
Aplicadas nos Três
Poderes
Gráfico 14: Medidas propostas para estabilização do cenário político e econômico.
Fonte: Elaboração Própria.
Observou-se que os efeitos da atual crise política e econômica esta afetando os mais
diversos agentes econômicos, acarretando em mudança no ritmo de consumo da população e
brusca diminuição do grau de confiança nos gestores públicos em exercício. As expectativas
mostraram-se em sua maioria negativas, e os cidadãos acreditam que mudanças importantes
devem ocorrer no setor político, principalmente no tocante as ações dos atuais gestores
governamentais.
5 CONCLUSÃO
Por meio do presente artigo pode-se verificar que para Keynes, as expectativas dos
agentes econômicos têm papel fundamental no desempenho da economia. Assim, expectativas
positivas geram resultados positivos, e, negativas, reflexos negativos. Portanto, em tempos de
crise, o Estado precisa intervir na economia por meio de políticas públicas direcionadas à
geração de emprego e renda, levando-se em consideração que, diferente do que pensavam os
economistas clássicos, o mercado não se ajusta automaticamente.
21
No caso brasileiro atual, os problemas políticos e econômicos têm gerados
desconfiança nos agentes econômicos aumentando os reflexos da crise sobre a economia
nacional. Observou-se que o atual cenário de crise nacional possui origem em fatores internos
e externos, destacando no cenário internacional a diminuição do crescimento da China, e
internamente se tem uma crise política oriunda de escândalos de corrupção que põe em dúvida
a idoneidade dos gestores públicos em exercício, afetando drasticamente o grau de confiança
da população no governo.
No que se refere ao município de Maringá, o resultado da pesquisa de campo revelou
que a atual crise provocou mudanças no ritmo de consumo habitual dos agentes econômicos
maringaenses, tornando-os mais receosos e precavidos. Demonstrou ainda que o atual estado
de expectativas é negativo, fato que segundo Keynes (1992) deve ser revertido por qualquer
governo que procure superar a crise e retomar o desenvolvimento econômico da nação.
REFERÊNCIAS
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Histórico de Metas para a Inflação no Brasil.
Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/Pec/metas/TabelaMetaseResultados.pdf>. Acesso
em: 01 mar. 2016.
COMPARATO, Fábio Konder. Significado e Perspectivas da Crise Atual: idéias para uma
mudança de nossa vida política, econômica e social, rumo a uma civilização mundial
realmente humanista. 2015. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/politica/significa
do-e-perspectivas-da-crise-atual-539.html>. Acesso em: 01 mar. 2016.
FERRAZ, Vagner Henrique. Entenda a Crise Política no Brasil. 2015. Disponível em:
<http://blog.maxieduca.com.br/entenda-a-crise-politica-no-brasil/>. Acesso em: 05 jan. 2016.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores.
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/indicadores.php>. Acesso
em: 29 fev. 2016.
KEYNES, John Maynard. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Trad. Mario
R. da Cruz. São Paulo: Atlas, 1992.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (CAGED). Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/caged_mensal/principa
l.htm>. Acesso em: 02 mar. 2016.
PAIVA, Carlos Aguedo. A Crise Política e Econômica Atual e Suas Conexões Internas.
2015. Disponível em: <http://brasildebate.com.br/a-crise-politica-e-economica-atual-e-suasconexoes-internas/>. Acesso em: 05 jan. 2016.
22
SILVA, Roberto Bitencourt da. A Crise Econômica Brasileira: o que está sendo esquecido?.
2015. Disponível em: <http://jornalggn.com.br/blog/roberto-bitencourt-da-silva/a-criseeconomica-brasileira-o-que-esta-sendo-esquecido>. Acesso em: 05 jan. 2016.
SISTEMA FIRJAN. Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Disponível em:
<http://www.firjan.com.br/ifdm/>. Acesso em: 02 mar. 2016.
23
ANEXO I
Pesquisa de Campo
1. Qual sua faixa etária:
( ) 18 a 30 anos
( ) 31 a 43 anos
( ) 44 a 57 anos
( ) acima de 57 anos
2. Nível de Escolaridade:
( ) Fundamental Incompleto
( ) Fundamental Completo
( ) Médio Incompleto
( ) Médio Completo
( ) Superior Incompleto
( ) Superior Completo
3. O atual estado da crise econômica e política brasileira acarretou em mudanças no seu ritmo
de consumo?
( ) Sim
( ) Não
4. Em quais setores ?
(
(
(
(
) Produtos Alimentícios
) Vestuário
) Lazer
) Outros ____________________
5. Quanto aos gestores públicos nacionais, você atribui que seu governo é:
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
6. Quanto aos gestores públicos estaduais, você atribui que seu governo é:
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
7. Quanto aos gestores públicos municipais, você atribui que seu governo é:
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
8. Quais suas expectativas em relação ao ambiente político e econômico:
( ) Positivas
( ) Negativas
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9. Quais medidas seriam importantes para a estabilização do cenário político e econômico:
( ) Revisão na Legislação (Constituição, Tributária, Eleitoral, Administrativa e Penal)
( ) Redução de Gastos Governamentais
( ) Investimentos em Setores de Produção (bens e serviços)
( ) Maior Fiscalização das Ações Aplicadas nos Três Poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário)
( ) Outros ___________________.
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