ESTADO, ECONOMIA E SOCIEDADE Após a Segunda Grande

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ESTADO, ECONOMIA E SOCIEDADE
Após a Segunda Grande Guerra, o mundo ficou dividido entre capitalistas de um
lado (liderados pelos EUA) e socialistas de outro (liderados pela URSS), mas hoje esta
bipolaridade ficou mais sutil e ela está presente principalmente no que tange a
participação do Estado na economia.
Nesta nova bipolaridade temos o pensamento neoliberal (também liderado pelos
EUA e pelo Reino Unido) e fazendo contra ponto países da Europa (Noruega, Suécia,
Itália, etc.) com o modelo chamado Estado de bem-estar.
No primeiro modelo, a idéia principal é o Estado mínimo com privatizações e livre
concorrência aliada à globalização. As desigualdades são vistas como algo bom a ser
mantido e os sindicatos são excretados. Apregoa-se flexibilização de leis trabalhistas e
redução drástica da carga tributária.
No segundo modelo temos a interferência do Estado na economia, possibilitando
garantias trabalhistas e sistemas de educação e saúde universais que acarretam numa
carga tributária maior, porém estimulando uma melhor convivência entre os cidadãos.
De um modo geral, o modelo neoliberal estava avançando, prova disso é a opção
da Espanha na última década e da França com a eleição de Nicolai Sarkozy, além de
governos recentes na América Latina. Nos últimos anos porém, eleições de presidentes
com viés mais social ocorreram em diversas partes do muno e a crise mundial iniciada
em 2008 e continuada em 2011 coloca novamente dúvidas sobre a eficiência desta forma
de pensamento.
ESTADO DO BEM ESTAR SOCIAL
Nasceu do pensamento de Lord John Maynard Keynes (1883-1946), economista
britânico, teórico e pensador de fundamental importância na renovação das teorias
econômicas clássicas e na reformulação da política econômica de mercado livre. Em
meio a crise mundial de 1929 e a consequente quebra da Bolsa norte-americana, ele
buscou saídas para o impasse gerado pela falta de empregos que essa situação caótica
gerava. Seu modo de pensar a economia deixava claro que o Estado era o último
guardião capaz de fazer com que um país não sucumbisse diante da falta de postos de
trabalhos e da completa estagnação econômica.
No início da década de 30, Keynes defendia a tese de que o Estado, ao contrário
do que dizia a escola clássica de economia, deveria ser o motor propulsor do
desenvolvimento e do bem estar social. Segundo ele, "O Estado - leia-se governo - não
poderia ficar paralisado sob a desculpa de que não tinha direito de intervir na economia
do país". O Estado deveria tomar para si a responsabilidade de fazer com que a
economia pudesse voltar a gerar emprego e renda, e o conseqüente reaquecimento seria
o princípio da retomada econômica. Isso deveria ser conseguido através de "Obras e
gastos públicos, de maneira a colocar todos para trabalhar, ganhar, comprar e gastar".
Os críticos questionaram, argumentando que o preço a pagar pelo estado do bem
social seria muito alto, já que isso acarretaria despesas e faria aumentar o endividamento
público, pois, à princípio, era dinheiro aplicado que não teria retorno. Keynes contraargumentava dizendo que o investimento governamental voltaria para os cofres públicos
sob a forma de impostos recolhidos através da movimentação econômica gerada, o que
permitiria ao Estado honrar suas dívidas e fazer com que o cidadão tivesse a sua
sustentabilidade garantida.
Todo esse poder do Estado numa conjuntura política de crise, apesar de significar
avanços significativos no campo trabalhista e social, favoreceu também o aparecimento
de líderes que não souberam se direcionar para a geração de empregos e crescimento
econômico, preferindo uma política de domínio e controle do cidadão através do Estado.
NEOLIBERALISMO
Derivado do Liberalismo Clássico, esse modo traz embutido um pensamento
completamente antagônico ao estado do bem social, o de que o Estado deveria tornar-se
mais leve, mais enxuto, para desempenhar melhor as funções básicas que se esperam
dele: educação e saúde. Essa nova proposta econômica começou com o livro “O
Caminho da Servidão” de Hayek e se concretizou com a subida ao poder de dois políticos
"linha-dura": O Presidente Ronald Reagan, nos EUA e a Primeira-ministra Margareth
Tatcher, no Reino Unido.
Era o início dos anos 80, a economia socialista baseada na onipresença do Estado
na vida do cidadão começava a dar os primeiros sinais da queda eminente (que seria
sacramentada no final da década, com a queda do muro de Berlim e a derrocada da
União Soviética), o mundo buscava uma nova alternativa para a crisa política e
econômica decorrente da alta do petróleo e do crescente poderio dos países da OPEPE,
em sua maioria árabes. No Brasil tais reflexos se intensificam nos governos Collor de
Mello e FHC.
A proposta neoliberal era simples: diminuição considerável das conquistas sociais,
para acabar com a acomodação dos cidadãos, que muitas vezes preferiam receber
polpudos auxílio-desempregos à ter que trabalhar. Além disso, o Estado, excessivamente
"pesado" com suas empresas deficitárias, acabava servindo muito mais de moeda de
troca e cabide de empregos do que propriamente governo voltado para o bem estar
social, portanto era urgente "enxugar" a máquina administrativa, diminuindo o auxílio aos
desempregados, privatizando as empresas estatais e reduzindo a proteção social dos
trabalhadores. Dessa forma, os neoliberais acreditavam que o Estado estaria livre para
"Se dedicar ao que de fato seria seu papel: melhorar a educação e saúde"
Essa nova política econômica acirrou a competição dentro das empresas e da
sociedade como um todo, pois aqueles considerados "mais fracos" ou "mais inaptos"
começaram a encontrar dificuldades para competir com os "mais fortes". É a sociedade
capitalista onde prevalece a lei do mais forte.
Fazendo uma analogia. . .
Observe que esses dois modelos tendem a uma visão de políticas econômicas
dependendo de quem está no poder. De formas diferentes os modelos pretendem
distribuir riquezas e melhorar a sociedade em que vivem. Os dois modelos de forma
extremada levam a ditaduras tanto de direita como de esquerda, no primeiro implantando
um modelo socialista e no segundo um modelo nacionalista.
Agora tente observar o que ocorre quando comparamos a atuação desses
modelos em relação a:
 CONSUMO
 CRESCIMENTO
 BENEFÍCIOS SOCIAIS
 IMPOSTOS
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