Da Bondade da Pergunta: Para Onde Vai a Economia Portuguesa? Pedro Lains Universidade de Lisboa, Instituto de Ciências Sociais Junho de 2015 1 O que pensam os pessimistas…. 2 Vencidos da Vida, 1887-1889 Vasco de Melo Pinto de Soveral Lima Mayer Melo Breyner Guerra Junqueiro Ramalho Ortigão Lobo d’Ávila Bernardo Pindela Eça de Queirrós Oliveira Martins 3 “Portugal está a atravessar a pior crise Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más: - mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje, crédito não temos, dinheiro também não - pelo menos o Estado não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela Política. De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura.” Eça de Queirós, Correspondência, 1891 4 O Spread!... Diferencial das taxas de juro da dívida pública portuguesa e britânica 5 … e o crescimento da riqueza de 1848 a 1958 Afinal, havia crescimento. E continuou, e continuou… 6 …ainda o pessimismo… “Portugal será obrigado a desvalorizar salários ou preços. - Alguns países do sul da Europa como Portugal ou Espanha vão ter de desvalorizar os salários e ou os preços nos próximos anos como consequência da crise financeira.” Vítor Bento, Lusa, 29 de Junho de 2010 7 O que pensam os optimistas…. 8 Em 1933: Optimistas Tipo 1 O Império 9 Em 2015: Optimistas Tipo 2 “Um país a caminho dos 4 000 000 km2” Projecto de extensão da Plataforma Continental 10 O que pensar? 11 “O longo prazo é um guia enganador para os assuntos actuais. A longo prazo, estaremos todos mortos. Os economistas atribuem a si mesmos tarefas com facilidade e de modo inútil, mesmo em períodos tempestuosos, quando só nos conseguem dizer que, depois da tempestade passar, o mar voltará a ficar calmo". John Maynard Keynes, A Tract on Monetary Reform, 1924 12 1922: Keynes num encontro para estabilizar o marco alemão. 13 1944: Keynes em Bretton Woods com Henry Morgenthau, Secretário de Estado do Tesouro dos EUA. 14 Em conclusão: a pergunta “Para onde vai a economia portuguesa?” deve ser substituída pela pergunta “Onde está a economia portuguesa?”. Se o fizermos, mais rapidamente nos concentramos nos problemas correntes e, em particular, nos problemas de quem tem mais problemas. 15 E podemos acrescentar as seguintes perguntas: - Será que a concentração na solução dos problemas correntes não nos leva ao melhor caminho para se conhecerem os problemas económicos? E assim preparar melhor o futuro? 16 Obrigado! 17 Algumas fontes https://largodoscorreios.wordpress.com/2014/03/06/mare-nostrum-ii/ http://www.emepc.pt/pt/component/content/article?id=877 http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1606135 http://www.simontaylorsblog.com/2013/05/05/the-true-meaning-ofin-the-long-run-we-are-all-dead/ http://www.bloomberg.com/bw/articles/2014-10-30/why-johnmaynard-keyness-theories-can-fix-the-world-economy http://blogs.telegraph.co.uk/finance/jeremywarner/100015182/bretto n-woods-uncovered-a-scoop-of-sorts/ http://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/paulkrugman/2015/02/03/evitando-a-responsabilidade-ao-so-pensar-alongo-prazo.htm 18