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Colégio “Euclides Faicare”
INFORMATIVO Nº 94 – Outubro/2013
TDAH: mudança de diretrizes pode elevar número de diagnósticos
A faixa etária em que o TDAH pode ser diagnosticado ampliou de 7 para 12 anos.
Veja o que isso significa na prática
Queixa das mais comuns nos serviços de apoio educacional e psicológico, estima-se que o Transtorno do Déficit de
Atenção com Hiperatividade (TDAH) afete cinco em cada 100 crianças no Brasil e no mundo. Identificar o transtorno não
é fácil, já que os sintomas podem sugerir outras doenças psiquiátricas ou simples problemas de comportamento. Mas,
entre todas as dificuldades, uma delas começa a diminuir – pelo menos nos Estados Unidos. Até pouco tempo,
considerava-se que os sintomas deveriam aparecer antes dos 7 anos de idade para que a criança fosse diagnosticada
com o distúrbio. Agora, a Associação Americana de Psiquiatria acaba de ampliar essa faixa etária para 12 anos,
conforme medida publicada na quinta edição do Manual de Estatística e Diagnóstico de Transtornos Mentais (o DSM)
que traz também outras mudanças em relação à abordagem do TDAH.
Ou seja, é muito provável que aumentemos diagnósticos, já que muitos quadros são percebidos apenas quando a
criança vai para o ensino fundamental. O que isso muda para os pais? Nos Estados Unidos, o sistema de saúde será
obrigado a tratar também quem começa a apresentar sintomas após os 7 anos, o que não ocorre hoje. E tanto lá quanto
aqui as crianças poderão ter o diagnóstico correto.
Por enquanto, a orientação continua a mesma: ao desconfiar de que seu filho tem o transtorno, recorra a um psiquiatra,
independentemente da idade dele, mas, lembre-se de que o tratamento com remédios só deve começar a partir dos 6
anos. “Normalmente, as pessoas adiam abusca por ajuda até os prejuízos à vida da criança se tornarem significativos”,
lamenta o psiquiatra Enio Roberto de Andrade, coordenador do ambulatório de TDAH na infância e adolescência do
Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (SP).
A seguir, o médico explica o que muda, na prática, com as novas diretrizes.
Por que a alteração foi feita? - Não é simples fechar o diagnóstico até os 7 anos. Estudos demonstram que muitas
crianças só têm sintomas evidentes após o ingresso na escola, quando a atenção é mais exigida. Se não ampliassem o
prazo, esse grupo ficaria sem diagnóstico correto e tratamento.
Qual o impacto disso? - A maioria dos casos aqui no Brasil já é diagnosticada depois dos 7 anos, quando a criança entra
na escola e chegam as reclamações de comportamento e dificuldades de aprendizado. A novidade mais significativa é
que antes não se podia diagnosticar TDAH se a criança tivesse um quadro de autismo, pois todos os sintomas eram
atribuídos exclusivamente a ele. Agora, ambas as doenças podem ser tratadas conjuntamente. O fato é que o Brasil
segue a CID 10 (Classificação Internacional das Doenças), da Organização Mundial da Saúde. Por causa disso, o DSM
influi pouco. Só que a CID 10 também está em processo de atualização e levará em conta critérios do manual americano
de psiquiatria.
Há quem critique o excesso de medicação para TDAH... - É claro que há muito diagnóstico indevido, mas é absurdo
negar a existência do transtorno ou supor que são prescritos remédios demais. De vez em quando, são publicados
dados sobre o aumento na prescrição e na venda de metilfenidato, a principal droga empregada no controle do TDAH.
Mas um levantamento do número de caixas vendidas mostra que nem 1% das pessoas com a doença tomam o
medicamento no Brasil.
Tire suas dúvidas
PODE SER TDAH - O transtorno se manifesta por 18 sintomas. Conheça alguns deles:
1 - A criança parece não ouvir quando se fala com ela.
2 - Ela mexe com as mãos ou pés ou se remexe o tempo todo na cadeira.
3 - Corre de um lado para outro ou sobe onde não deve com frequência.
4 - Não presta atenção em detalhes ou, por descuido, erra nas tarefas escolares.
5 - responde logo a uma pergunta que nem acabou de ser feita.
NÃO É TDAH - Embora sejam similares aos sintomas da doença, algumas atitudes podem ter outros gatilhos:
1 - Efeitos colaterais de alguns medicamentos, como os antialérgicos, podem interferir no comportamento normal da
criança.
2 - Quadros psiquiátricos como ansiedade, depressão e distúrbio bipolar eventualmente provocam impulsividade e
agitação.
3 - A própria personalidade da criança, que pode ser brincalhona. Não é motivo de preocupação se ela se sair bem na
escola.
4 - Diante de situações novas, como ir ao teatro, por exemplo, ela pode ficar nervosa, agitada.
5 - Falta de limites e de uma educação adequada também fazem com que ela apronte além da conta.
Fonte: Revista Crescer
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