mercado aberto

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ab
SExTA-FEIRA, 12 DE FEvEREIRO DE 2016
HHH
mercado A13
Karime Xavier/Folhapress
Sergio Cruz,
presidente da fabricante
de produtos de higiene
MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS
[email protected]
DIRETO NO BALCÃO
Os medicamentos de venda livre, aqueles isentos de
prescrição médica, do laboratório EMS registraram um
crescimento acima do mercado em 2015, na comparação
com o ano anterior.
Enquanto o setor cresceu
em torno de 15%, o laboratório registrou 24% de avanço
em 2015 na comparação com
o ano anterior, percentual
também superior ao alcançado no último período, de 18%.
Para este ano, a farmacêutica projeta um crescimento
entre 30% e 35%, com a previsão de lançamento de ao
menos dois produtos. A empresa investiu mais de R$ 100
milhões em OTC (“over the
counter”) em dois anos.
Entre os principais medicamentos do laboratório, está um bálsamo para dores
reumáticas, que representa
40% dos investimentos.
lIvRe de
PRESCRIçÃO
24%
foi o crescimento do setor
de medicamentos isentos
de receita da EMS em 2015
R$ 100 milhões
foi o investimento feito na
área de venda livre de prescrição nos últimos dois anos
d com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
Suécia deixa juros ainda mais negativos
andrew Testa - 10.jul.14/The new York Times
Situação do país é incomum: economia cresce bem, mas inflação continua muito baixa
Do “Financial Times”
O banco central da Suécia,
que já tinha taxas de juros negativos, fez um novo corte de
0,15 ponto percentual, para
0,5% negativo. O principal
motivo é a inflação, que está
abaixo de 1%, enquanto a metadobancoéelevá-lapara2%.
A baixa inflação tem levado bancos centrais de vários
países e regiões do mundo a
adotar juros negativos —que,
na prática, têm o objetivo de
estimular que o dinheiro circule na economia, em vez de
ficar depositado em instituições financeiras.
crescimento forte
A Suécia, no entanto, ocupa posição incomum, por ter
crescimento econômico forte. O banco central prevê expansão de 3,5% no PIB deste
ano, perto dos 3,7% de 2015.
Mas a inflação anualizada
foi de apenas 0,1% em dezembro, e a taxa de inflação básica, o indicador mais acompanhado pelo Riksbank (o BC
sueco), foi de 0,9%.
O Riksbank foi criticado
por outros países por ter sido
um dos primeiros a elevar os
juros depois da crise financeira mundial e, depois, por
se tornar o primeiro banco
central do mundo a tornar negativa sua taxa de redesconto —em lugar de reduzir a taxa de depósito, como o BCE,
ou a taxa aplicada às novas
reservas bancárias, como no
Japão.
decisão controversa
A decisão mais recente do
BC sueco não foi unânime: 2
dos 6 integrantes do comitê
executivo defenderam a ma-
nutenção da taxa.
O Riksbank argumentou
que a fraqueza recente na inflação sueca, combinada à incerteza econômica mundial,
tornava necessário o corte
nos juros.
A decisão foi acelerada pelo temor de que a moeda sueca, a coroa, se valorize acima
do previsto, o que tenderia a
reduzir ainda mais a inflação.
O Riksbank vem se pronunciando abertamente sobre
seu desejo de manter a coroa
fraca em relação ao dólar, para evitar a perda de competitividade de seus produtos no
mercado internacional.
O banco central no começo do ano delegou autoridade ao seu presidente e a um
de seus vices para que intervenham nos mercados cambiais a qualquer hora, decisão que causou alguma preo-
cupação aos políticos de Estocolmo e rejeição da parte
de outro dos vice-presidentes
do banco central.
saúde dos bancos
O novo corte da taxa de juros foi criticado por analistas.
James Pomeroy, economista
do banco HSBC, disse que,
“dado o crescimento econômico e o mercado florescente de habitação, a decisão só
servirá para provocar ainda
mais questões sobre a estabilidade financeira”.
Economistas têm expressado preocupação com o efeito das taxas básicas negativas sobre a lucratividade dos
bancos comerciais, já que
muitos vêm relutando em
transferir aos clientes o custo dos juros negativos.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
Rebocador atracado em cargueiro em Gotemburgo, Suécia
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