surdos sinalizantes: acesso ao currículo

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SURDOS SINALIZANTES: ACESSO
AO CURRÍCULO
Profª Mcs Gisele Maciel Monteiro Rangel
Professora – Libras IFRS Campus Alvorada
Doutoranda – PPGE/UFPEL
Tem-se poucas publicações sobre o
ensino profissionalizante, sendo mais
direcionadas:
Ensino fundamental;
Alfabetização;
Ensino da Língua Brasileira de Sinais;
Ensino de português e matemática;
Questões politicas, culturais, legais.
O IFRS possui o compromisso de
trabalhar no sentido da democratização
dos conhecimentos, articulado a um
projeto de sociedade baseada na
igualdade de direitos e oportunidades nos
mais
diversos
aspectos
devendo
constituir como uma instituição de
educação conhecedora e comprometida
com a realidade na qual está inserida.
O currículo é entendido como meio de
organizar
o
conhecimento,
sendo
construído coletivamente, levando em
consideração os elementos da realidade
local
e
dos
sujeitos
envolvidos,
influenciado pelas relações dinâmicas
dentro do contexto escolar e carregado
de intencionalidade político-pedagógica.
O ensino para os alunos surdos vai além
de saber Libras, é necessário que as
pessoas que atuam com alunos surdos
compreendam que a Libras que é língua
e não uma linguagem, pois apesar de ser
gestual (visual-espacial),
é composta de todos os componentes
pertinentes às línguas orais, como
gramática semântica, pragmática sintaxe
e outros elementos, preenchendo os
requisitos científicos para ser considerada
instrumental linguístico.
- ADAPTAÇÕES DE ACESSIBILIDADE
AO CURRÍCULO: eliminação de barreiras
arquitetônicas e metodológicas,
condições físicas, materiais e de
comunicação;
- ADAPTAÇÕES PEDAGÓGICAS:
objetivos, conteúdos e metodologias,
critérios de avaliação e temporalidade;
Minhas experiências com
alunos surdos/sinalizantes nos
Institutos Federais
IFSC – Campus São José
2005-2010
IFRS – Campus Rio Grande
2011-2013
* Ensino Médio Bilingue (Turma
Piloto):
* PROEJA-Ensino Médio:
Geografia
Geografia
* PROEJA-Ensino Fundamental:
Geografia, História e Libras
PROEJA – Ensino Fundamental - IFSC
A diferença surda....
O resgate da diferença caracteriza os
grupos
de
surdos
politicamente
engajados que acreditam, como Meyer
(2000), que o processo de diferenciação
constitui a base de produção das
particularidades de uma cultura.
• Tais grupos propõem o resgate do sujeito
surdo como pessoa completa. Tal concepção é
contrária à visão equivocada de que a surdez
transforma o sujeito surdo em um
desajustado. Esse estereótipo é uma falsa
representação de uma dada realidade
segundo a pedagogia da diferença.
São focalizados e entendidos a partir da
diferença e reconhecimento político.
O surdo é reconhecido como um
SUJEITO COMPLETO e não como um
sujeito deficiente, a quem falta algo.
De acordo com Skliar (1999), os Estudos
Surdos, defendem uma Pedagogia Surda,
constituem um programa de pesquisa em
educação, onde:
Argentino Carlos Bernardo Skliar
As identidades
As línguas
Os projetos educacionais
A história
A arte
As comunidades
As culturas surdas
São
focalizados
e
entendidos a partir da
diferença
e
reconhecimento político.
O surdo é reconhecido
como
um
SUJEITO
COMPLETO e não como
um sujeito deficiente, a
quem falta algo.
Porém, ainda hoje, no ambiente escolar,
o surdo sofre por apresentar uma escrita
“estrangeira”
quando
escreve
em
português já que, em muitos casos, é
influenciada pela estrutura da Língua de
Sinais
Em muitos casos, quando o professor
não entende sua escrita, o aluno surdo
pode sofrer preconceito, recebendo até
mesmo rótulos relativos à falta de
interesse, bem
como,
alguns
Surdo
X
Deficiente professores
enfatizam que os alunos surdos possuem
dificuldades de aprendizagem etc.
Direitos do aluno surdo....
Assegurar a toda criança surda o direito
de aprender línguas de sinais e também
português e outras línguas.
Assegurar às crianças, adolescentes e
adultos surdos, educação em todos os
níveis, como pressuposto a uma
capacitação profissional
Levar ao conhecimento das escolas os
direitos dos surdos. Promover a
conscientização sobre questões
referentes aos surdos.
Usar da tecnologia na comunicação com
surdos em escolas e locais públicos uma
vez que se tem constatado que a
tecnologia ajuda na aquisição do
português escrito
Em educação, assegurar ao surdo o direito de
receber os mesmos conteúdos que os
ouvintes, mas através de comunicação visual.
Formas conhecidas, em comunicação visual
importantes para o ensino do surdo são:
línguas de sinais, língua portuguesa, e outras
línguas no que tange à escrita, leitura e
gramática.
Material extraído do documento A educação que nós surdos queremos.
O papel dos Tradutores/Intérpretes da Libras em sala de aula
TILs são os profissionais responsáveis
pela intermediação da comunicação entre
surdos e ouvintes. Na inclusão de alunos
surdos em classes regulares esses
profissionais
assumem
um
papel
importantíssimo
de
garantia
de
comunicação entre surdos e ouvintes,
entre as questões que envolvem a sua
atuação, destacam-se:
Em qualquer sala de aula, o professor é a
figura que tem autoridade absoluta;
Considerando as questões éticas, os
intérpretes devem manter-se neutros e
garantirem o direito dos alunos de manter
as informações confidenciais;
Os intérpretes têm o direito de serem
auxiliados pelo professor através da
revisão e preparação das aulas que
garantem a qualidade da sua atuação
durante as aulas;
As aulas devem prever intervalos que
garantem ao intérprete descansar, pois
isso garantirá um melhor desempenho e
evitará problemas de saúde para o
intérprete;
Deve-se também considerar que o
intérprete é apenas um dos elementos
que garantirá a acessibilidade. Os alunos
surdos participam das aulas visualmente
e precisam de tempo para olhar para o
intérprete, olhar para as anotações no
quadro, olhar para os materiais que o
professor estiver utilizando em aula.
Sobre a atuação dos intérpretes
mais informações estão
disponíveis em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arq
uivos/pdf/tradutorlibras.pdf
Para obter sucesso é necessário…
Flexibilizar, para que o acesso ao
currículo seja adequado às condições dos
estudantes surdos por meio de
adequações/adaptações:
a) Respeitando seu caminhar próprio e
favorecendo seu progresso escolar;
b) Trabalhar as potencialidades e não os
limites do aluno;
c) Adotar metodologias de ensino
diversificadas, respeitando as
Singularidades do estudante;
d) Em caso de dificuldade de atuação busque
apoios especializado na Coordenação
Pedagógica e/ou NAPNE;
e) Trabalhar com aprendizagem significativa;
Muito Obrigada 
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