Confiança das micro e pequenas empresas cai 12,1

Propaganda
Confiança das micro e pequenas
empresas cai 12,1% e atinge o menor
patamar em sete meses, mostra
indicador do SPC Brasil e da CNDL
Dados também mostram que 66,5% dos micro e pequenos empresários não
têm perspectivas de que suas receitas cresçam nos próximos seis meses
A economia brasileira em recessão e o aprofundamento da crise política têm
afetado o ambiente de negócios dos micro e pequenos varejistas e dos
prestadores de serviços. O Indicador de Confiança da Micro e Pequena
Empresa (ICMPE) calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e
pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apresentou queda de
12,1% no último mês, passando de 43,15 pontos para 37,92 pontos na
passagem de março para abril. Trata-se do patamar mais baixo verificado pelas
duas instituições desde setembro do ano passado, quando o índice estava em
37,62 pontos. O resultado, abaixo do nível neutro de 50 pontos, indica que a
percepção desses empresários é pessimista. A escala do indicador varia de zero
a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, mais confiante está o micro e
pequeno empresário consultado.
Indicador de Confiança
44
42,03
42
40,03
40
38
42,99 43,15
38,72
36,65 36,38 37,06 36,70
37,62
38,27
37,92
36
34
32
O ICMPE é composto mensalmente pelo Indicador de Condições Gerais e pelo
Indicador de Expectativas a partir das opiniões dos micro e pequenos
empresários residentes nas 27 capitais e no interior. O Indicador de Condições
Gerais, que avalia a percepção do micro e pequeno empresariado sobre o
desempenho de suas empresas e da economia brasileira nos últimos seis meses,
retraiu, passando de 25,94 pontos para 24,02 pontos na escala. Em termos
percentuais, 85,0% dos empresários entrevistados consideram que a economia
piorou nos últimos seis meses, contra apenas 5,1% que relatam ter havido
melhora. A proporção dos que notam deterioração na performance de seus
negócios é um pouco menor, mas ainda assim é elevada: 64,0% dos
entrevistados. Além disso, a queda nas vendas é uma realidade para seis em
cada dez (64,8%) entrevistados que observam piora no desempenho dos seus
negócios
“Com o agravamento da crise política e econômica, houve uma piora generalizada
na confiança dos empresários dos mais diversos ramos. O mesmo acontece com
os consumidores, que acuados com a queda da renda e aumento do desemprego,
retraem o consumo, reduzindo por consequência o faturamento das empresas.
Para a reversão desse quadro, é preciso superar o impasse político com o
encaminhamento de medidas que ataquem o problema fiscal, que é a raiz da
crise econômica. Sem um fato novo capaz de reverter as expectativas dos
consumidores e empresários, a tendência é que esse círculo vicioso se mantenha
ainda por mais tempo”, afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
Expectativas deterioradas para os próximos seis meses
A percepção dos micro e pequenos empresários de como serão os próximos seis
meses para a economia e para os seus negócios também foi analisada e
apresentou um patamar modesto. Em abril, o Indicador de Expectativas caiu
para 48,36 pontos frente aos 56,06 pontos verificados no mês de março. Como
o indicador ficou abaixo do nível neutro de 50 pontos, significa que a maior parte
dos empresários está pessimista com o ambiente de negócios no curto prazo. Os
dois componentes que estruturam esse indicador apresentaram queda no último
mês. A abertura focada nas expectativas para os negócios caiu de 62,19 para
55,12 pontos. Já as expectativas para a economia do país passaram de 49,92
pontos para 41,59. Em termos percentuais, somente 28,3% dos micro e
pequenos empresários estão confiantes com o desempenho da economia, ao
passo que 49,5% estão pessimistas.
Em se tratando exclusivamente do desempenho de seus negócios, 45,5% dos
entrevistados disseram estar confiantes para os próximos seis meses, enquanto
28,1% demonstram pessimismo com o futuro das suas empresas. Dentre os que
manifestam pessimismo, o que mais pesa é a convicção de que a economia não
irá se recuperar, mencionada por 60,0% da amostra, seguido pelos que disseram
não ter mais recursos para investir no negócio (10,2%).
Considerando as
expectativas sobre o faturamento da empresa nos próximos seis meses, 66,5%
dos micro e pequenos empresários não têm perspectivas de que suas receitas
cresçam.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, para o país esboçar
sinais de melhora em meio à crise a retomada da confiança é peça-chave. “Se
há otimismo, os empresários estão mais dispostos a assumir riscos para ampliar
seus negócios e contratar mais funcionários. Mas o humor do empresariado
também depende de medidas efetivas do governo para conter o aumento
exacerbado do desemprego e da deterioração fiscal”, afirma.
Metodologia
O Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário (ICMPE) leva em
consideração 800 empreendimentos do setor comércio varejista e serviços, com
até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior.
Quando o indicador vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por
parte dos empresários. A escala do indicador varia de zero a 100. Zero indica a
situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições
gerais da economia e dos negócios “pioraram muito”; 100 indica a situação limite
em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais “melhoraram
muito”.
Baixe a análise do Indicador de Confiança MPE clicando em "baixar arquivos" no
link: https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos
Informações a imprensa:
Vinícius Bruno
(11) 3251 2035 | (11) 9 7142 0742
[email protected]
Renan Miret
(11) 3254 8810 | (11) 9 7215 6303
[email protected]
Carolina Laert
(61) 3049-9565 | 8299 3339
[email protected]
Download