Vendas de 81% dos empreendedores do comércio

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Vendas de 81% dos empreendedores do comércio
eletrônico cresceram
Fonte: Portal Gouvêa de Souza
A segunda edição da pesquisa Mercado Livre e Ibope Conecta, realizada com 529 empreendedores (micros, pequenas e
médias empresas (MPMEs) de comércio eletrônico, aponta que 81% dos entrevistados registraram crescimento em
vendas em 2015 e em um percentual maior do que o esperado: na pesquisa anterior, 87% indicaram uma expectativa
de crescimento médio de 25%, porém o registrado no ano foi de 45%.
A pesquisa foi realizada em janeiro deste ano com o mesmo perfil de empreendedores da primeira versão da pesquisa:
MPMEs que utilizam diversos canais de vendas, incluindo o Mercado Livre. Na amostra deste ano, os respondentes se
dividiram entre 73% multicanais (que vendem produtos em sites próprios, outros sites além do Mercado Livre ou em
lojas físicas) e 27% que vendem apenas no Mercado Livre.
As expectativas para este ano se mantêm otimistas: 84% dos entrevistados acreditam que suas vendas crescerão – a
uma média de 31%. Quanto ao crescimento do setor de comércio eletrônico brasileiro, o otimismo é de 64% dos
empreendedores; 20% dizem não acreditar que o setor crescerá neste ano – um percentual bem maior do que o do ano
passado, de 8% – e 14% não souberam responder. Entre os motivos dos pessimistas com o setor estão a política
econômica do governo e as novas regras do ICMS que, segundo eles, impactam em mais custos e aumento de
burocracia.
Os respondentes da pesquisa que estão otimistas com o setor de comércio eletrônico apostam em alguns fatores como:
“a percepção por parte dos compradores de uma maior segurança na compra online” (64%, mesmo percentual do ano
passado); o aumento do número de usuários da Internet (57% – fator que no ano passado era ainda mais relevante,
com 77% das menções); e 51% no crescimento dos usuários de smartphone e tablets.
Outros fatores passaram a ser mais relevantes para os empreendedores neste ano do que no anterior, são eles: os
“custos de frete mais acessíveis” – com 52% das menções, contra 36% no ano passado – e “a busca por mais ofertas
online por causa da economia atual” (de 14% para 48% das menções), além de fatores que não foram citados em 2015,
como: “mais ferramentas de tecnologia disponíveis para melhorar a experiência do cliente” e “profissionalização dos
vendedores” – com 43% e 31% de menções, respectivamente.
Entre os empreendedores que estão pessimistas com as vendas para este ano, os motivos destacados por eles são
similares aos apontados por quem desacredita no crescimento do setor (política econômica, com 63%,muitos encargos
fiscais, alta dos juros e impostos com 14% e a nova Lei do ICMS com 13%).
– A pesquisa reafirma o cenário positivo que o Mercado Livre comentou durante todo o ano de 2015. Apesar da
economia do país não estar forte como antes, o empreendedorismo continua forte na internet, assim como há cada vez
mais consumidores buscando o ambiente online para as compras – afirma Helisson Lemos, presidente do Mercado Livre
Brasil.
A pesquisa aponta também que as contratações e o tamanho das equipes deverão ser reduzidas em 2016. Em 2015,
63% dos empreendedores tinham de um a três funcionários – neste ano 55% terão esse mesmo número de
funcionários. O número de vendedores que trabalharão por conta própria, sem funcionários, sobe de 9% para 24% em
2016. Para aqueles com quatro a cinco funcionários em 2015, foi reduzido de 16% para 12% em 2016. Lojistas maiores,
com seis ou mais funcionários, serão 9% neste ano, dois pontos percentuais a menos do que em 2015.
– Enquanto o fluxo de consumidores diminui nos shoppings, nossas pesquisas apontam um desenvolvimento acentuado
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do mercado de comércio eletrônico. O aumento da segurança nas compras online eleva a confiança do consumidor que,
junto com o crescimento da diversidade da oferta digital, atraem mais clientes e impulsionam o comércio eletrônico.
A Região Sudeste continua a ser a mais importante em vendas para os empreendedores, com 74% das menções
(mesmo índice do ano passado), seguida pelas regiões Nordeste e Centro-oeste, com 9% cada; Sul, com 7%; e Norte,
com 1% – todas com os mesmos índices do ano passado. A expectativa de que a Região Nordeste teria um crescimento
em vendas em 2015, apontada na primeira edição da pesquisa, não se confirmou.
A importância das redes sociais entre os vendedores multicanais chamou a atenção na pesquisa deste ano em
comparação com a anterior. Praticamente metade dos vendedores que usam vários canais de vendas (48%) utiliza
redes sociais para vender produtos; na pesquisa do ano passado, apenas 10% disseram aproveitar este canal.
Os empreendedores pesquisados são do perfil MPME. O faturamento anual dos entrevistados tem as seguintes
variações: 62% faturam de R$ 100 mil a R$ 250 mil; R$ 250 mil a R$ 500 mil (13%); R$ 501 mil a R$ 1 milhão; 7%, de
R$ 1 milhão a 2 milhões; e 6% faturam acima de 2 milhões por ano.
Os respondentes iniciaram suas atividades no Mercado Livre de forma diversa: 53% deles começaram a vender com a
empresa já formada (pessoas jurídicas); 22% iniciaram como pessoa física (percentual menor do que o apontado na
pesquisa do ano passado, de 40%) e 26% como Micro Empreendedor Individual (MEI). Entre os vendedores multicanais,
32% apontam o Mercado Livre como o responsável pela maior parcela das suas vendas online.
A faixa etária predominante entre os respondentes é de 26 a 35 anos, representando 44% da amostra. 29% têm de 36
a 45 anos; 12% têm menos de 25; e outros 16%, mais de 45 anos. As principais regiões dos respondentes são: Sudeste
(73%) e Sul (22%), seguidas por Centro-oeste e Nordeste, com 2% cada; e Norte, com 1%.
SPC e CNDL: 56% dos MPEes relatam piora no desempenho de suas empresas
O Indicador de Confiança dos MPEs calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) registrou uma leve melhora em fevereiro e atingiu os 43,0 pontos, acima dos
42,0 pontos apresentados em janeiro. Ainda que o resultado mostre uma avaliação menos pessimista que no mês
anterior, segue abaixo do nível neutro de 50 pontos, demonstrando que os empresários entrevistados continuam pouco
confiantes com as condições econômicas do país e de seus negócios.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a recuperação da confiança dos empresários é uma importante condição
para a retomada do crescimento da economia.
– Um pouco de otimismo no mercado pode fazer os empresários ficarem mais dispostos para assumir riscos e
possivelmente ampliarem seus negócios, mas sem os ajustes econômicos necessários isso não acontece – explica
Pinheiro.
O indicador é baseado nas avaliações dos micro e pequenos empresários sobre as condições gerais da economia
brasileira e também sobre o ambiente de negócios, além das expectativas para os próximos seis meses tanto para a
economia quanto para suas empresas.
A abertura do Indicador de Confiança, chamada de Indicador de Condições Gerais, que mensura a percepção do
empresariado tanto em relação à trajetória da economia como de seus negócios nos últimos seis meses, registrou 27,7
pontos em fevereiro, o que representa uma leve melhora em relação ao mês de janeiro do ano passado, quando o
número estava em 26,6 pontos.
O subindicador das condições gerais para os negócios, que avalia apenas a percepção do empresário em relação ao seu
próprio empreendimento, levando em consideração os últimos seis meses, também esboçou uma leve melhora,
passando de 31,6 pontos, verificado em dezembro, para 33,9 pontos no último mês de janeiro. Já o subindicador de
condições gerais que diz respeito somente à situação econômica do país obteve um leve retrocesso, de 21,5 para 21,4
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pontos. Os resultados, muito abaixo dos 50 pontos, indicam que na percepção desses empresários, houve piora tanto
da economia quanto dos negócios.
O levantamento do SPC Brasil mostra que 56% dos micro e pequenos empresários notaram uma piora em seus
negócios nos últimos seis meses. Em relação à economia do país, esse percentual aumenta para 78%.
– O impasse político e o aprofundamento da recessão acabaram por reforçar a crise de confiança que já existia,
iniciando um ciclo vicioso de descrédito na economia e queda da atividade – analisa o presidente do SPC Brasil, Roque
Pellizzaro.
Mesmo em meio a crise, a expectativa dos micro e pequenos empresários sobre os próximos seis meses de seus
negócios apresentou melhora. O indicador de passou de 58,5 pontos em janeiro para 60,8 pontos em fevereiro. O
resultado mostra que a maior parte dos empresários se diz relativamente confiante com sua empresa. Já o indicador de
expectativas com a economia do país ficou em 48,1 pontos, levemente abaixo do observado em janeiro, quando estava
em 48,7 pontos. Com isso, o Indicador Geral de Expectativas registrou 54,4 pontos, ante 53,6 pontos do mês anterior.
– Apesar de boa parte dos MPEs dizer que está confiante no desempenho dos seus negócios, poucos empresários
encaram o momento como oportuno para ampliar seus negócios. Cerca de 81% dos micro e pequenos empresários não
consideram um momento bom para expandir a empresa – explica Pellizzaro.
Para ele, “a confiança que manifestam esses empresários está mais na sua capacidade de se manter no cenário de
crise do que na perspectiva de crescimento.”
Considerando as expectativas sobre o faturamento da empresa nos próximos seis meses, para 33% dos entrevistados
haverá aumento e 63% acreditam que não irá crescer (para 15% haverá queda e para 48% dos entrevistados acreditam
que não irá se alterar). Entre os que acreditam que o faturamento irá crescer, 32% justificam dizendo que estão
buscando novas estratégias de vendas e 26% dizem que estão otimistas.
Para aqueles que acreditam que o faturamento irá cair, a maioria diz que a crise está afetando suas vendas.
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