Apenas 31% dos micro e pequenos empresários estão

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Apenas 31% dos micro e pequenos
empresários estão confiantes com o futuro da
economia, mostra SPC Brasil
Em meio à crise econômica, Indicador de Confiança revela que 86% dos MPEs
acreditam que as condições econômicas se deterioraram nos últimos seis
meses, mas quase metade se diz confiante com seus negócios
A conjuntura da economia brasileira segue afetando a confiança dos micro e
pequenos varejistas e prestadores de serviços. O Indicador de Confiança do
Micro e Pequeno Empresário (ICMPE), calculado pelo Serviço de Proteção
ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas
(CNDL), registrou 38,72 pontos em outubro. Embora o resultado tenha ficado
ligeiramente acima do observado em setembro (37,62 pontos), o indicador
segue abaixo do nível neutro de 50 pontos. A maior parte dos empresários
continua pessimista com o ambiente econômico do país: cerca de 85,88% dos
empresários
consultados
acreditam
que
as
condições
econômicas
se
deterioraram nos últimos seis meses e apenas 31% estão confiantes com o
futuro da economia.
INDICADOR DE CONFIANÇA
38,72
39,00
38,50
38,00
37,50
37,00
36,50
36,00
35,50
35,00
37,62
37,06
36,65
36,38
36,70
O ICMPE é composto mensalmente pelo Indicador de Condições Gerais e o
Indicador de Expectativas, com as opiniões dos micro e pequenos empresários
nos 27 estados.
Condições da economia e dos negócios são negativas
O Indicador de Condições Gerais mede a percepção do empresário em relação à
trajetória da economia e de seu negócio nos últimos seis meses. Em outubro,
registrou 23,34 pontos, pouco acima do verificado em setembro, quando o
número estava em 22,82 pontos. Apesar da discreta melhora, abaixo dos 50
pontos, o resultado indica que a maior parte dos empresários faz uma avaliação
pessimista dos últimos seis meses.
Quando analisada as Condições Gerais da Economia, o indicador marcou 17,30
pontos em outubro, ante 17,36 pontos em setembro. O indicador de Condições
Gerais do Negócio sobre os últimos seis meses também é negativo, ainda que
mais moderado, com 29,38 pontos, contra 28,28 pontos no mês anterior.
“Os dados evidenciam que a crise econômica é percebida pelos micro e
pequenos varejistas e já afeta os negócios”, indica o presidente da CNDL,
Honório Pinheiro. “A situação econômica do país ainda não apresentou sinais de
recuperação nos últimos meses, e a confluência negativa dos principais
indicadores econômicos tem resultado no pessimismo dos empresários.”
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados apresentam
um cenário recessivo e pouco animador para os empresários. “O governo e o
mercado preveem uma queda do PIB brasileiro próxima de 3% em 2015 e para
o próximo ano ainda não há perspectiva de retomada vigorosa”, analisa.
47% estão confiantes com o futuro do seu negócio
A percepção dos MPEs sobre como serão os próximos seis meses para a
economia e para os seus negócios também foi analisada. Em outubro, o
Indicador de Expectativas registrou 50,25 pontos, acima dos 48,71 pontos
verificados em setembro.
O resultado, porém, foi puxado pelas expectativas sobre os negócios: quase
metade dos empresários (47,13%) diz estar confiante com a sua própria
empresa. “Como nos meses anteriores, em outubro, o sub-indicador de
Expectativas para os Negócios foi o que obteve o resultado mais elevado, com
56,60 pontos”, diz Kawauti. “As expectativas podem estar favorecidas pela
proximidade com final de ano, quando as vendas costumam ser maiores.”
Quando são indagados sobre o que acreditam que acontecerá com o
faturamento de sua empresa nos próximos seis meses, boa parte dos
empresários não contam com quedas: para 41,1%, o faturamento permanecerá
no mesmo nível; outros 32,6% acreditam que ele poderá até mesmo crescer e
23,4% acreditam que suas receitas irão cair.
Já o subindicador de Expectativas para a Economia registou 43,90 pontos em
outubro. “Mesmo o indicador estando melhor que os 41,28 pontos de setembro,
a maior parte dos empresários ainda está pessimista com a trajetória da
economia nos próximos seis meses”, diz Kawauti. 47,25% dos empresários
manifestaram pessimismo com o futuro da economia; já 25,38% afirmaram
que tudo permanecerá como está.
Metodologia
O Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário (ICMPE) leva em
consideração 800 empreendimentos do setor comércio varejista e serviços, com
até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior.
Quando o indicador vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por
parte dos empresários. A escala do indicador varia de zero a 100. Zero indica a
situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições
gerais da economia e dos negócios “pioraram muito”; 100 indica a situação
limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais
“melhoraram muito”.
Baixe a análise do Indicador de Confiança MPE clicando em "baixar arquivos" no
link:
https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos
Informações à imprensa:
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