Indicador de Confiança

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Indicador de Confiança dos micro e pequenos
empresários demonstra pessimismo com cenário
Desaceleração da indústria e do comércio já afeta o segmento MPE. Novo indicador SPC
Brasil demonstra pessimismo com o futuro da economia, mas otimismo com os negócios
A desaceleração da economia brasileira e o receio de piora na situação já afeta a
confiança do micro e pequeno varejista e prestador de serviço. Os dados do novo
Indicador de Confiança MPE (ICMPE), medido pelo Serviço de Proteção ao
Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)
registraram 36,70 pontos e o resultado, abaixo do nível neutro de 50 pontos, indica
pessimismo com o presente e futuro próximo da economia e dos negócios. O novo
indicador mensal consulta a opinião dos micro e pequenos empresários nos 27
estados sobre o estado atual da economia, de sua empresa e também das
perspectivas para o futuro.
Para os especialistas da CNDL e SPC Brasil, um dos principais requisitos para o
crescimento sustentável do Brasil é a confiança dos empresários nos rumos da
economia. “Se há otimismo, os empresários estão mais dispostos a assumir riscos
para ampliarem seus negócios e contratar mais funcionários. É daí que decorre a
importância de se medir como consumidores e empresários avaliam o cenário
econômico, bem como quais são suas perspectivas para o futuro”, explica Honório
Pinheiro, presidente da CNDL. Em maio, o Indicador de Confiança registrou 36,70
pontos, numa escala que varia de 0 a 100. “O resultado indica que, considerada a
situação do seu negócio e a situação da economia, os micros e pequenos
empresários estão pouco confiantes.”
O Indicador de Confiança de MPE é baseado nas avaliações dos micro e pequenos
empresários sobre as Condições Gerais da situação da economia e da empresa, e
também nas Expectativas para os próximos seis meses.
Piora das condições gerais da economia e dos negócios
O Indicador de Condições Gerais mede a percepção do empresário com a trajetória
da economia e de seu negócio nos últimos seis meses. Em maio, registrou 23,39
pontos, indicando que houve piora sensível nas condições gerais.
“O primeiro dado da série histórica mostra uma clara percepção de que o ambiente
econômico se deteriorou nos últimos seis meses”, diz Pinheiro. Quando analisada as
Condições Gerais da Economia, o indicador marcou 16,60 pontos, marca distante
dos 50 pontos, ou seja, da situação em que entrevistados não sentem mudança
alguma do quadro econômico. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela
Kawauti, o resultado indica que para os empresários, a economia brasileira piorou
nos últimos seis meses. “O cenário de estagnação econômica, associado à aceleração
da inflação e o descontrole das contas públicas, afetou a percepção dos micro e
pequenos empresários sobre o desempenho da economia”, explica.
As Condições Gerais do Negócio também são analisadas no indicador e atingiram
30,18 pontos em maio, patamar acima daquele atribuído às condições da
economia. “A piora na situação dos negócios não foi tão sensível quanto a piora da
economia, e o indicador mostra que as condições gerais não mudaram tanto nos
últimos seis meses”, analisa Kawauti.
Baixas expectativas com os rumos da economia
A percepção dos micro e pequenos empresários de como serão os próximos seis
meses para a economia e seus negócios também foi analisada e ficaram em patamar
acima das condições atuais. Em maio, o Indicador de Expectativas registrou 46,69
pontos, e o resultado reflete uma desconfiança para os próximos seis meses com a
economia, mas uma melhora esperada para os negócios.
Ao se analisar as Expectativas para a Economia, o indicador registrou resultado
abaixo da média geral, 38,27 pontos. Segundo Kawauti, os MPE entrevistados
estão pessimistas com sua trajetória para os próximos seis meses: “No ano passado,
mesmo com desaceleração da economia já no segundo trimestre do ano, a taxa de
desemprego permaneceu baixa, enquanto a renda crescia. Esse quadro, no entanto,
está mudando em 2015: a taxa de desemprego aumenta e a inflação sobe”, explica
Kawauti. “Mês após mês, os efeitos do cenário são mais sentidos, afetando a
confiança dos consumidores e, por consequência, o faturamento do Comércio e de
Serviços.”
Já as Expectativas para os Negócios registraram 55,11 pontos, acima dos 50
pontos. “O indicador mostra que, na percepção dos empresários, a situação do
negócio não mudará nos próximos seis meses. Apesar da falta de confiança nos
rumos da economia, esse resultado mostra que há mais empresários que se dizem
confiantes em seu negócio do que empresários pessimistas”, conclui.
Indicador de Confiança MPE (maio/2015)
Confiança > 50
Nível Neutro = 50
36,70
46,69
Pessimismo < 50
23,39
INDICADOR DE CONFIANÇA
INDICADOR DE
EXPECTATIVAS
INDICADOR DE CONDIÇÕES
GERAIS
Metodologia
O Indicador e suas aberturas mostram que houve melhora quando os pontos
estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50,
indica que houve percepção de piora por parte dos empresários. A escala do
indicador varia de zero a 100. Zero indica a situação limite em que todos os
entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios
“pioraram muito”; 100 indica a situação limite em que todos os entrevistados
consideram que as condições gerais “melhoraram muito”.
Baixe a análise do Indicador de Confiança MPE no link:
https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos
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