ALECRIM (Rosmarinus officinalis): UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Oliveira, Amanda Almeida deˡ Lopes, Marcelo Erick2 PÔSTER A utilização das plantas medicinais é uma das mais antigas armas empregadas para o tratamento das enfermidades humanas e muito já se conhece a respeito de seu uso por parte da sabedoria popular. Com os avanços científicos, esta prática milenar perdeu espaço para os medicamentos sintéticos, entretanto, o alto custo destes fármacos e os efeitos colaterais apresentados contribuíram para o ressurgimento da fitoterapia (terapia através das plantas). A flora brasileira é riquíssima em exemplares que são utilizados pela população como plantas medicinais. Este processo de utilização de plantas como meio curativo é uma atividade altamente difundida e popular, às vezes, empregada de maneira equivocada e até mesmo malévola, afinal muitas plantas possuem princípios tóxicos e o seu uso indiscriminado pode causar sérios problemas. Para tanto, a presente pesquisa reforça os dados a cerca dos constituintes químicos de uma erva medicinal de uso difundido em todo país, o alecrim. A pesquisa procedeu-se por revisão bibliográfica em meio eletrônico. Os compostos químicos presentes no alecrim encontram-se principalmente nas folhas e sumidades floridas e caracterizam-se como óleo volátil a partir do qual foram isolados (hidrocarbonetos monoterpênicos, cânfora, borneol e cineol). Em análise fitoquímica designaram-na como uma droga derivada do ácido cafeíco que, por sua vez, o insere nas drogas com ácidos fenólicos. Dentre os compostos encontrados em menor quantidade destaca-se as saponinas, fitoquímicos que se ligam ao colesterol e as toxinas do trato digestivo o que explica a grande utilização desta erva como produto fitoterápico antiespasmódico. O Rosmarinus é contraindicado para gestantes, devido, a presença de ácido rosmarínico. O ácido rosmarínico possui propriedades anti-inflamatórias podendo ser utilizado como compressa em casos de gengivite. Apresenta-se como um composto de baixa solubilidade em água, portanto, sua absorção se dá melhor quando deixado em óleo ou em solução alcoólica. A absorção do ácido rosmarínico acontece no intestino ou através da pele aumentando a produção da prostaglandina E2 e reduz a produção do leucotrieno B4 em leucócitos humanos. Em pesquisas recentes ressaltam as propriedades antibacterianas do óleo essencial contra culturas de microrganismos, no entanto, são necessários estudos mais abrangentes que enfatizem os efeitos terapêuticos ou tóxicos desta planta e de seus ativos. Palavras chave: Rosmarinus officinalis. Teor de ativo. Atividade farmacológica. _______________ ˡ Acadêmica do 5° semestre do curso de farmácia do CEULJI/ULBRA. E-mail: [email protected] 2 Farmacêutico e Biomédico pela Universidade de Franca. Possui pós-graduação em Citologia Esfoliativa e Mestrado em Cirurgia e Anestesiologia Veterinária com ênfase em Pesquisa e Desenvolvimento de novos fármacos para uso em humanos e animais de grande e pequeno porte pela Universidade de Franca. E-mail: [email protected]