Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário

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Indicador de Confiança do
Micro e Pequeno
Empresário
Janeiro de 2017
Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário inicia 2017
em alta
O Indicador de Confiança do Micro e Pequeno
Empresário de Varejo e Serviços registrou 51,0
pontos em janeiro de 2017. Com o resultado,
o indicador inicia o ano mostrando haver
otimismo moderado com o ambiente de
negócios – acima dos 50 pontos, o dado revela
otimismo desses empresários. Na comparação
com janeiro de 2016, quando marcou 42,0
pontos, o indicador avançou 9,0 pontos. Já na
comparação com dezembro de 2016, o avanço
foi de 2,1 pontos. Em termos percentuais, a variação anual foi de 21,4%, e a mensal, de 4,3%.
Ao longo do segundo semestre de 2016, o Indicador de Confiança consolidou-se em patamar mais
elevado, oscilando em torno de uma média de 48,5 pontos. No primeiro semestre, essa média fora de
41,9 pontos. A melhora da confiança é componente fundamental para a retomada do crescimento. No
entanto, a consolidação desse processo dependerá do avanço da agenda de Reformas proposta pelo
governo, em especial a discussão das reformas trabalhista e da previdência, e de um ambiente político
mais estável. Os piores resultados do Indicador de Confiança coincidem com os momentos de maior
incerteza na política e de aprofundamento da recessão. Havendo maior estabilidade política, pode-se
esperar que a confiança dos agentes cresça, distanciando-se do nível neutro, de 50 pontos. Para isso,
também poderão contribuir a queda das taxas de juros e da inflação. É forçoso considerar, porém, os
fatores de risco: ainda nada pode assegurar que, pelos próximos meses, haverá a estabilidade de que
depende a confiança dos consumidores e empresários. Às questões internas, somam-se incertezas sobre
os rumos da economia mundial.
Por dentro do indicador
O Indicador de Confiança é composto por dois
outros indicadores: o de Condições Gerais e o
de Expectativas. O primeiro afere a avaliação
dos empresários acerca dos últimos seis meses
da economia e dos negócios. O segundo mede
as perspectivas dos empresários para os
próximos seis. Em janeiro, o Indicador de
Expectativas registrou 63,6 pontos, ficando acima do nível neutro. Já o Indicador de Condições Gerais
marcou 34,2 pontos, ficando abaixo daquele nível. Como ocorre desde o início da série, as expectativas
superaram a avaliação do passado. Além disso, as respostas que dizem respeito à situação dos negócios
foram mais positivas do que as que dizem respeito à economia.
O que pensam os empresários
O fato de os empresários iniciarem este ano
mais otimistas do que estavam no ano anterior
é de fato positivo. Observa-se, porém, que
41,7% dos que se dizem otimistas com a
economia não sabe justificar a razão de seu
otimismo. Entre esses empresários, outra
justificativa que se destaca (26,5%) é a
percepção de que alguns indicadores
econômicos têm mostrado sinais de melhora.
Como mostra a tabela ao lado, aponta-se ainda
a esperança de que a crise política possa ser
resolvida (14%). Já entre os empresários
pessimistas, 42,5% citam as incertezas políticas
para justificar seu desânimo. Para 19,4%, o que
pesa é a percepção de que os problemas
econômicos são graves. 14,9% dizem-se
pessimistas por não acreditarem que o país
passará pelas reformas de que precisa e 9,7%
mencionam o fato de as vendas continuarem
caindo.
No tocante aos negócios, 32,3% dos otimistas não
sabem justificar por que estão confiantes. 20,7%
sustentam sua percepção em base mais sólida,
dizendo estar fazendo boa gestão do próprio
negócio, enquanto 18,8% dizem estar investindo
no negócio para enfrentar a crise. Para 16,1%, o
otimismo vem da economia. Entre os pessimistas
com o próprio negócio, a principal justificativa,
mencionada por 52,1%, é que a crise econômica
pode continuar. Menciona-se também a queda das
vendas (13,7%), a falta de recursos para investir
(12,3%), além do acúmulo de dívidas. Como se vê,
o futuro da economia divide opiniões: serve para
justificar tanto o otimismo quanto o pessimismo
dos negócios. Observa-se também que, tanto para
a economia quanto para os negócios, os
empresários que se apresentam como otimistas
não sabem explicar a razão.
Em termos percentuais, mais da metade (51,0%) dos entrevistados diz-se confiantes no futuro da
economia e uma proporção ainda maior (60,4%) diz-se confiante com o futuro de seu negócio. Por
sua vez, os pessimistas com a economia somam 16,7% e os pessimistas com os negócios somam
9,1%. Entre os extremos, porém, quase 30,0% não se têm a perspectiva de melhora nem de piora do
cenário econômico. Com relação aos negócios, essa proporção é semelhante, 27,8%.
A quantidade de indecisos reforça, uma vez mais, o fato de que a confiança não está consolidada,
por mais que tenha melhorado. Com efeito, há a possibilidade de que o Indicador avance ao longo
do ano, desde que observados progressos econômicos e políticos, entre os quais é preciso destacar
a aprovação das reformas trabalhista e da previdência e a retomada do crescimento da economia,
esperada para o segundo semestre.
Expectativas sobre o faturamento
Um dado positivo é que a maior parte dos micro e
pequenos empresários de Varejo e Serviços esperam
que seu faturamento cresça nos próximos seis meses.
A opinião foi manifesta por 44,0% dos empresários. Há,
porém, 41,4% que acreditam que seu faturamento
permanecerá estável e 8,0% que acreditam que poderá
cair. Entre os que esperam crescimento, 34,1% dizem
que são otimistas e têm fé que tudo vai dar certo;
25,6%, apontando razão mais sólida, dizem estar
buscando novas estratégias de vendas e 12,5% dizem ter melhorado a gestão. Já entre aqueles que
esperam queda do faturamento, o impacto da crise nas vendas é a razão maior, mencionada por
49,6%. 15,6% alegam que a demanda por seu produto está caindo e outros 15,6% afirmam que o
preço dos insumos está aumentando.
Metodologia
A pesquisa abrange todo o território nacional e considera somente as empresas de micro e pequeno
porte que atuam no Varejo e no Setor de Serviços. Ao todo, são consultados 800 empresários, que
avaliam a evolução da economia e dos negócios nos últimos seis meses e revelam suas expectativas
para os próximos seis. As sondagens são realizadas nos 10 primeiros dias úteis de cada mês.
O Indicador de Confiança (IC) é uma média ponderada de dois outros indicadores: o Indicador de
Condições Gerais e o Indicador de Expectativas. Por meio do Indicador de Condições Gerais, buscase medir como os empresários avaliam a evolução da economia e do seu negócio nos últimos seis
meses. Por meio do Indicador de Expectativas, busca-se medir o que os empresários esperam para a
economia nos próximos seis meses.
Em ambos os casos, a escala dos indicadores varia de zero a 100, tendo como ponto neutro o valor
de 50. Assim, para valores abaixo de 50, o Indicador de Condições Gerais da Economia mostra que,
na percepção dos micro e pequenos empresários, as Condições Gerais da economia pioraram nos
seis meses; para valores abaixo de 50, o Indicador de Expectativas para a Economia mostra que os
empresários estão pessimistas com os rumos do país; valores acima de 50 indicam que os
empresários estão confiantes. A mesma regra vale para os indicadores de negócios.
Como média ponderada dos demais indicadores, o IC (Indicador de Confiança) também varia de zero
a 100. O número irá refletir a avalição dos micro e pequenos empresários sobre o presente e o futuro
da economia e de seus negócios. Abaixo de 50, indicará falta de confiança; acima de 50, indicará
confiança.
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