III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 A INFLUÊNCIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL NOS HÁBITOS DE CONSUMO: uma análise do comportamento de consumo em universitários do curso de Administração com Habilitação em Marketing. Ana Carolina Saad Camargo Ligia Ghisi Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI RESUMO As mudanças na sociedade trouxeram ao consumidor um grande poder de decisão, tornando-o responsável pela escolha de seu consumo e preferências. As empresas para acompanharem tais mudanças apostaram em transformações e adaptaram-se aos novos rumos do mercado. O marketing por sua vez, vem inovando suas estratégias e ações para atender a essas novas necessidades e determinações do consumidor e o marketing social apresenta-se como uma modalidade que tem em suas ações o compromisso de desenvolver uma gestão voltada para causas sociais. A adesão de inúmeras empresas a projetos de responsabilidade social é uma dessas significativas mudanças que vêm ocorrendo com o intuito de atrair e manter consumidores. Esse trabalho analisou a influência desses programas de responsabilidade social no hábito de consumo e ainda investigou a importância dessas ações na sociedade e meio ambiente, segundo as discussões entres os universitários do Curso de Administração com Habilitação em Marketing da Universidade do Vale do Itajaí. PALAVRAS-CHAVE: Hábito de consumo. Marketing social. Responsabilidade Social. ABSTRACT The changes in the society had brought to the consumer a great power of decision, having become it responsible for the choice of its consumption and preferences. The companies to follow such changes had bet in transformations and adaptaram it the new routes of the market. The marketing in turn, comes innovating its strategies and action to take care of to these new necessities and determination of the consumer and the social marketing is presented as a modality that has in its action the commitment to develop a management come back toward social causes. The adhesion of innumerable companies the projects of social responsibility is one of these significant changes that come occurring with intention to attract and to keep consumers. This work analyzed the influence of these programs of social responsibility in the consumption habit and still it investigated the importance of these actions in the society and environment, according to quarrels you enter the colleges student of the Course of Administration with Qualification in Marketing of the University of the Valley of the Itajaí. KEYWORDS: Habit of consumption. Social marketing. Social Responsibility. III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 1. Introdução Os consumidores detêm o poder de decisão de compra e com isso garantem uma vasta concorrência entre as empresas, acirrando a disputa entre qual delas irá satisfazer suas necessidades e desejos. Kotler e Armstrong (1993), dizem que empresas bem sucedidas partilham uma série de princípios básicos de marketing e que cada uma delas se orgulha de obter uma compreensão profunda de seus clientes e mercados e de motivar seus colaboradores a produzir produtos de alta qualidade e valor para os clientes. Em um dado momento, já não bastava para as empresas a preocupação do produto ser aceito pelos consumidores, passaram então a questionar como era esse produto que eles desejavam e acabariam por adquirir. Iniciou então, a trajetória inversa do fim do lucro gerado pelo volume de vendas, para o início do lucro por meio da satisfação dos consumidores (Kotler e Armstrong, 1993). A transição do conceito de vendas para o de marketing, que prioriza as necessidades do mercado faz com que as empresas reavaliem seus processos, orientando-os ao consumidor. Conforme Pringle e Thompson (2000, p.12) esse novo momento gera uma grande mudança no comportamento de compra dos consumidores, porque não avaliam somente preço e qualidade, mas quais valores estão agregados ao produto ou marca que consomem: (...) a medida que iniciamos um milênio e com o amadurecimento das economias ocidentais, há mais evidências de que os consumidores estão procurando novos tipos de “valores de marcas”. Esses vão além das questões práticas do desempenho do produto, do ponto de vista funcional, ou dos benefícios do produto, em termos racionais, e bem além dos aspectos emocionais e psicológicos associados à personalidade e à imagem da marca. Inicialmente o conceito de marketing social orientava que as organizações deveriam determinar as necessidades, desejos e interesses de seus consumidores, com mais eficiência que os concorrentes, de forma que mantivessem o bem estar do consumidor e da sociedade. Passou-se a questionar então, segundo Kotler e Armstrong (1993, p. 8), “se o conceito de marketing tradicional é adequado a uma época de problemas ambientais, escassez de recursos naturais, rápido crescimento populacional, inflação mundial e negligência de serviços sociais”. Tal orientação sugere que as empresas são de alguma forma responsáveis pela solução dessas problemáticas e devem ao menos, buscar a sua minimização incluindo em suas práticas de marketing o equilíbrio dos lucros da empresa, satisfação de seus consumidores e interesse público. Esse conjunto de filosofias, procedimentos e ações de marketing com a intenção primordial de melhorar o bem estar social é definido por Czinkota (2001) como responsabilidade social, encorajando a utilização do marketing na promoção de causas públicas valiosas. Responsabilidade Social é uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torna parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 meio ambiente) e conseguir incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender a demanda de todos e não apenas dos acionistas e proprietários (INSTITUTO ETHOS, 2002). Diante dessa nova dimensão, em que muitas empresas identificam a necessidade de valores éticos e responsáveis na sua cultura organizacional, este trabalho foi direcionado para analisar a influência que programas de responsabilidade social exercem nos hábitos de consumo de um determinado grupo. Foi investigado quanto a existência da mudança de comportamento pela adesão a tais programas, identificando a percepção dos consumidores da importância e da sua própria responsabilidade quando consome. 2. A Evolução do Marketing A era do marketing sustenta, para Kotler e Armstrong (1993), que é necessário determinar os desejos e necessidades do público-alvo, proporcionando as satisfações desejadas de forma mais eficiente e efetiva que os concorrentes, para que os objetivos organizacionais sejam alcançados. Boone e Kurtz (1998), dizem que o marketing deixou de ser considerado uma função a ser executada após a produção, sendo uma orientação da empresa para o consumidor, priorizando e avaliando a satisfação de seus clientes. A era da sociedade, pressupõe para Kotler e Armstrong (1993) que a organização deve determinar os desejos, necessidades e demandas de seu mercado-alvo, proporcionando essa satisfação de forma mais eficiente que seus concorrentes, de modo que mantenha ou melhore o bem estar do consumidor e da sociedade. Lamb Jr., Hair Jr. e McDaniel (2004, p.9) dizem que “uma organização existe não apenas para satisfazer os desejos e necessidades do cliente e para atender a objetivos organizacionais, mas também para preservar ou aprimorar os melhores interesses de longo prazo dos indivíduos e da sociedade”. À medida que esse ritmo de mudanças se acelera, Kotler (2001) diz que as empresas devem buscar novos meios de permanecer no mercado. O autor ainda diz que na corrida pela excelência, a qualidade pode ter muitos significados, quando na maioria das vezes o consumidor não a percebe somente olhando o produto, quando muitas empresas estão se igualando em qualidade, que assim, deixa de ser um determinante na escolha da marca. É preciso então, conclui o autor, oferecer ao mercado algo que esteja além da qualidade vista, que seja percebido como valor. Giglio (1996) diz ainda, que se a meta do marketing futuro é criar e manter relacionamentos, então não há melhor alternativa que as pessoas da linha de frente educando seus consumidores, explicando as possibilidades dos produtos e serviços. Criando assim, a cultura do consumo responsável através de um posicionamento ético e sustentável das empresa, integrando ações sociais ao mapa estratégico da empresa, à gestão do negócio e às atividades do dia-a-dia, afirma Pinto (2005). 2.1 Marketing Social e Responsabilidade Social O conceito de marketing social, segundo Kotler (1996), deve propor às empresas que busquem o equilíbrio de três pontos ao estabelecer sua política de marketing: os lucros da empresa, a satisfação dos desejos dos consumidores e o interesse público. III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 Inicialmente as empresas baseavam suas decisões na maximização dos lucros em longo prazo, depois passaram a perceber a importância da satisfação das necessidades de seus consumidores e agora, as empresas começam a considerar os interesses da sociedade em sua tomada de decisão. Kotler (1978, p. 288) define então marketing social como: (…) o projeto, a implementação e o controle de programas que procuram aumentar a aceitação de uma idéia ou prática social num grupo – alvo. Utiliza conceitos de segmentação de mercado, de pesquisa de consumidores, de configuração de idéias, de comunicações, de facilitação de incentivos e a teoria da troca, a fim de maximizar a reação do grupo alvo. Assim, o marketing social pode ser utilizado como ferramenta estratégica de posicionamento, associando uma empresa ou marca a uma causa social relevante, sendo para Pringle e Thompson (2002) uma forma efetiva de melhorar a imagem corporativa, diferenciando produtos e otimizando vendas e fidelidade. Kotler (2001) define que a marca representa mais que o produto, sendo um conjunto de serviços, valores e promessas oferecidas pelo vendedor. Dessa forma o marketing social é definido para Schiavo e Fontes (1997, p.12) como a “gestão estratégica do processo de mudança social a partir da adoção de novos comportamentos, atitudes e práticas, nos âmbitos individual e coletivo, orientadas por princípios éticos”. Sendo o termo empregado para descrever os métodos de marketing orientados para promover a aceitação de uma causa ou idéia, levando um ou mais segmentos a adotarem um novo posicionamento diante de determinada questão. É relevante, segundo Cruz e Volpon (2003), observar que essas ações desenvolvidas pelas organizações geram conseqüências sociais, o que resulta na sua responsabilidade direta em favor da sociedade. Refletindo esse conceito de responsabilidade social e associando-o aos conceitos de marketing propostos por Kotler, Vassalo (1999) afirma que responsabilidade social não é marketing, ou pelo menos não é aquele marketing utilizado pela maioria das empresas para vender seus produtos. É acima de tudo uma coerência de valores e atitudes, é uma postura que influencia cada decisão tomada na corporação, conseqüência de uma forma diferenciada de ver os negócios e de perceber as demandas de mercado, diz a autora. A empresa é socialmente responsável para Ashley (2003) quando vai além da obrigação de respeitar as leis, pagar impostos e observar as condições adequadas de segurança e saúde para os trabalhadores. Ela posiciona-se dessa forma por acreditar que será uma empresa mais justa e que contribuirá para a melhoria da qualidade de vida da sociedade. Giglio (1996, p.32) afirma que “muito mais do que cuidar de jardins ou manter uma creche seria responsabilidade de uma empresa ter competência no que faz e produzir valores consonantes com as preocupações sociais de todos”. Segundo Oliveira (1984), há cinco tipos de públicos beneficiados com a responsabilidade social: funcionários, clientes, fornecedores, competidores e outros com os quais a empresa mantenha relações comerciais. O conceito de responsabilidade social corporativa, diz Ashley (2003), não pode ser reduzido a uma dimensão social da empresa, mas interpretado por meio de uma visão integrada de dimensões econômicas, ambientais e sociais que, reciprocamente se relacionam e se definem. A responsabilidade social sempre existiu afirma Borger (2001), mas teve sua forma alterada com a evolução da sociedade e das empresas, da interação entre elas. III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 Para Pena (2003, p.7) “Este novo enfoque da responsabilidade social vai exigir um novo conceito de empresa que dê conta dos desafios éticos que as corporações se propõem e que equilibre as responsabilidades econômicas, sociais e ambientais”. No entanto, as empresas não devem se desvincular dos seus objetivos econômicos esclarece Borger (2001), pois também são socialmente responsáveis ao gerar empregos, recolher impostos e gerar riquezas. Para Ashley (2003) responsabilidades éticas correspondem a ações, práticas, políticas e comportamentos esperados por membros da sociedade, mesmo não codificados em forma de lei. Elas envolvem uma série de normas, padrões ou expectativas de comportamento para atender o que seu público considera justo e correto, empreendendo ações que extrapolem suas obrigações e as torne bem vistas para a sociedade. A responsabilidade social assumida de forma inteligente e consistente, segundo Melo Neto e Froes (1999), pode contribuir de forma decisiva para a sustentabilidade e o desempenho operacional: Com a imagem reforçada e dependendo dos resultados dos projetos sociais por ela financiados, a empresa torna-se mais conhecida e vende mais. Seus produtos, serviços e, sobretudo sua marca, ganham maior visibilidade, aceitação e potencialidade. Clientes tornam-se orgulhosos de comprar produtos de uma empresa com elevada responsabilidade social. Fornecedores sentem-se motivados em trabalhar como parceiros de uma empresa dessa natureza. O governo e a sociedade civil tornam-se parceiros dessa empresa em seus empreendimentos sociais. Os concorrentes reconhecem o ganho de valor dessa empresa e seus funcionários sentem-se orgulhosos e motivados a trabalhar nela. (MELO NETO E FROES, 1999, p.94) Uma ação social bem desenvolvida garante a qualquer empresa, o reconhecimento onde atua, frente ao governo, cidadãos, consumidores, fornecedores e concorrentes. Guedes (2000) ressalta que, projetos de responsabilidade social têm a finalidade de alavancar o crescimento dos produtos no mercado. Se um consumidor tiver que optar entre dois produtos similares e de marcas diferentes, sendo um dos produtos associado ao conceito de cidadania e responsabilidade social, o consumidor irá preferir esta última opção, mantendo-se fiel a ela. Esta afirmação é também citada por Cappelin e Giuliani (1999, p.36) quando diz que “as organizações confiáveis atraem a lealdade de seus clientes, que deve ser um dos fatores mais procurados em qualquer relacionamento”. Para Chiavenatto (1999), entre uma empresa que assume uma postura de integrar de forma positiva e contribuir para a sociedade e uma outra voltada para si que ignora o resto, a tendência do consumidor é de ficar com a primeira. Fischer (2002) considera que o diferencial da empresa focada no social popularizou-se, tornando essencial a formação de uma imagem institucional positiva e empática. 3. Definição Metodológica Diante dessa nova dimensão, em que muitas empresas identificam a necessidade de valores éticos e responsáveis na sua cultura organizacional, este trabalho foi direcionado para analisar a influência que programas de responsabilidade social III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 exercem nos hábitos de consumo de um determinado grupo. Foi investigado quanto a existência da mudança de comportamento pela adesão a tais programas, identificando a percepção dos consumidores da importância e da sua própria responsabilidade quando consome. Para tanto, a pesquisa foi realizada com universitários do curso de Administração com Habilitação em Marketing, do Campus de Balneário Camboriú, da Universidade do Vale do Itajaí, baseando-se que estes se encontram inseridos no mercado de trabalho e são consumidores potenciais de diversos produtos, além se serem formadores de opinião pelo seu conhecimento e acesso ao ensino e informações. Aos pesquisados foi questionado se há influência de programas de responsabilidade social na escolha dos produtos que adquirem hoje e verificado o quanto conhecem a respeito dos conceitos da responsabilidade social, assim como se identificam essas ações na sociedade. Além de investigar o quanto se sentem responsáveis e preocupados com essas ações, verificou-se a existência da construção de um comportamento de consumo responsável, influenciado por esses programas. A pesquisa foi desenvolvida utilizando o método qualitativo de abordagem exploratória. O objetivo da pesquisa qualitativa, para Gaskell (2003, p.65) é “uma compreensão detalhada das crenças, atitudes, valores e motivações, em relação aos comportamentos das pessoas em contextos específicos”. A sua característica básica é que o método qualitativo não solicita que o entrevistado limite suas respostas a categorias pré-atribuídas, estas são verbais e não numéricas, e pede-se que o entrevistado as faça com suas próprias palavras, afirmam Sheth, Mittal e Newman (2001). Esta pesquisa qualitativa utiliza a abordagem exploratória porque durante a coleta e análise de dados foi necessário não somente classificar as opiniões, mas também compreender os conteúdos de cada afirmação dentro do tema pesquisado previamente. Tal como afirma Mattar (1997) que essa abordagem provê ao pesquisador um maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva, e que é de grande utilidade quando há necessidade de aprofundar o assunto para que o problema de pesquisa seja mais bem estabelecido através da elaboração de questões de pesquisa. Como instrumento para coleta de dados foi elaborado um roteiro para entrevista, utilizando a dinâmica de focus grou, também conhecida por grupo focal ou grupo de discussão. Para McDaniel e Gates (2004), a meta da pesquisa de grupo focal é saber e compreender o que as pessoas têm a dizer e porquê, com a intenção de descobrir o que elas sentem em relação a um produto, um conceito, uma idéia ou uma organização, como tudo isso se encaixa na vida dessas pessoas e qual o seu envolvimento pessoal com essas coisas. A dinâmica desta estratégia de coleta de dados foi por meio da observação e análise da interação dos participantes, que estarão segudo Giovinazzo (2001), estimulados e influenciados pelos demais integrantes do grupo e pelo pesquisador. O autor considera ainda, que a aplicação da dinâmica de focus group é extremamente válida quando objetiva explicar como determinadas pessoas consideram uma experiência, idéia ou evento. McDaniel e Gates (2004) afirmam que nos grupos focais, o pesquisador pode ver as reações de consumidores de “carne e osso”, e que estudos nessa área indicam que em meio a um grupo as pessoas independentemente de sua posição social, situação econômica ou de sua ocupação, falam mais sobre um determinado tópico, e fazem isso com mais profundidade e assertividade se estimuladas a agir espontaneamente, em vez de para reagir a perguntas. A coleta de dados foi realizada durantes os meses de abril e maio do ano de 2006. Conforme identificado na amostra da pesquisa, os grupos foram recrutados de III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 acordo com a sua disponibilidade e entendeu-se por mais conveniente que os grupos fossem por períodos acadêmicos. Após definição do período que participaria do focus group e contando com a autorização do coordenador do curso e do professor da turma, a pesquisadora apresentou a proposta do trabalho em sala de aula, e solicitou voluntários para a participação da pesquisa. Os interessados foram encaminhados até a sala onde foram realizadas as sessões de discussão, que estavam devidamente equipadas com aparelhos que gravaram áudio e vídeo, e com um layout apropriado para fornecer um ambiente propício à realização dos grupos, tal ambientação foi proposta por Gaskell (2003). A análise dos dados foi realizada por meio da análise do conteúdo, tendo como modelo de dados registros, frases, expressões, entre outros, assim como afirma Franco (2005), que há um vínculo do envio de mensagens e o contexto dos seus informantes. Toda a análise de conteúdo para autora implica comparações contextuais, que devem obrigatoriamente ser direcionados a partir da sensibilidade, da intencionalidade e da competência do pesquisador. 4. Análise e Interpretação dos Dados Durante as sessões do grupo focal, a pesquisadora assumiu também o papel de moderadora, e após a realização dos seis grupos focais, foi iniciada a leitura das mídias (áudio e vídeo), quando a pesquisadora assistiu e ouviu, por mais de uma vez, as sessões realizadas, a fim de efetuar a transcrição dos dados. Nessa etapa todas as informações fornecidas pelos participantes foram tomadas, inclusive observações feitas durante as discussões, e até mesmo, gestos, fisionomias e expressões que tinham algum significado relevante com a discussão. Após a transcrição dos seis grupos, iniciou-se a classificação dos dados, conforme Franco (2005), executando o agrupamento de idéias semelhantes ou que denotavam o mesmo significado. O tempo utilizado para o reconhecimento das informações, representados por 3 etapas, foi dispendioso, e representou 75% da duração total da pesquisa, por necessitar do entendimento, por parte da pesquisadora, da intenção de resposta dos participantes durante a realização dos grupos, reconhecendo que a classificação e o agrupamento dos conceitos formados e das idéias expressas foi a parte mais importante e delicada para o sucesso da análise de dados desta pesquisa. a) Perfil dos Participantes A pesquisa realizada com os acadêmicos do curso de Administração com Habilitação em Marketing, teve a participação de sessenta e nove alunos, com idade entre 18 e 29 anos, distribuída em seis grupos de foco, conforme se observa na Tabela 1. Conforme a tabela abaixo, os grupos receberam uma identificação de G1 a G6, representando cada grupo de discussão formado. É possível identificar uma participação maior de homens em quatro grupos de discussão e das mulheres em apenas dois. III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 Tabela 1 – Perfil dos Grupos de Discussão Homens Mulheres Economicamente Dependentes Economicamente Independentes Idade Média G1 G2 G3 G4 G5 G6 7 5 4 8 22 7 5 2 10 23 11 2 9 22 4 6 3 7 23 6 5 4 7 21 5 8 2 11 20 b) Conhecimento Acerca da Responsabilidade Social Na discussão, os participantes foram questionados se conheciam o termo responsabilidade social e o que sabiam dele. Alguns relataram seu conhecimento e auxiliados por outros participantes formaram conceitos mais concretos da responsabilidade social. Uma vez que não existiu a intenção de pesquisar o conhecimento individual de cada grupo, as respostas estão agrupadas representando toda a amostra da pesquisa. Nesta questão o objetivo principal era de conhecer os argumentos e idéias dos pesquisados sobre o tema. O quadro 1 apresenta os conceitos construídos pelos acadêmicos: O que é Responsabilidade Social? São benefícios oferecidos pela empresa a seus funcionários, como: alimentação, saúde e estudos. É a contratação de funcionários com algum tipo de deficiência física ou mental, por determinadas empresas. É a preocupação das empresas com a preservação ecológica. São empresas que destinam parte de seu faturamento a projetos sociais. São programas executados por empresas que visam auxiliar a comunidade. É a doação de dinheiro, alimentos e roupas a instituições de caridade e organizações assistenciais. São empresas que trabalham com redução de resíduos e preservação ecológica. É a utilização de problemas sociais para aumentar a venda de um determinado produto. São programas de comunicação institucional para melhorar a imagem da empresa. É a utilização da ajuda a problemas sociais, para atrair abatimentos e / ou redução de impostos. Quadro 1 – O que é responsabilidade social Foi possível perceber que os participantes não tinham um conhecimento profundo e esclarecido das práticas sociais, mas tentaram contextualizar ao máximo a questão ao ambiente de trabalho e estudo que estão inseridos, apresentando satisfatoriamente uma idéia dos objetivos da responsabilidade social praticada nas empresas em que trabalham, e independente dessas ações serem ou não verdadeiras práticas sociais, são percebidas como positivas para os participantes. Muitos também questionaram a ausência dessas práticas em suas empresas, que mesmo não conhecendo III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 profundamente tais questões, consideraram-nas de extrema relevância para a sociedade, despertando em alguns um senso crítico e responsável em favor das causas sociais. A grande maioria dos indivíduos, diz Mrtvi (2003), faz confusão entre algumas ações sociais de caráter esporádico e pouco pretensiosas desenvolvidas por determinadas organizações e outras amparadas num compromisso social mais denso e efetivo. No entanto, entende-se que se o consumidor é capaz de identificar ações positivas que se desenvolvem no meio, isto pode ser um indicador bastante promissor de que não está alheio ao que ocorre a sua volta. Ficou clara a categorização dos conceitos apresentados no quadro 1, que representa as diversas percepções que os indivíduos têm dessa prática. Os conceitos construídos a partir da discussão sobre “o que é responsabilidade social” foram classificados em 3 grupos distintos: Ecológico – focado na preservação ecologia-ambiental, conforme figura 1; Social – focado nas ações sociais de caridade e filantropia, conforme figura 2; Institucionais – focada nos benefícios internos, conforme figura 3. Os pesquisados identificaram ações de preservação ecológica e de desenvolvimento sustentável como sendo programas de responsabilidade social das empresas, Ashley (2003) diz que esse conceito de responsabilidade social não pode ser reduzido a uma dimensão social da empresam, mas interpretado por meio de uma dimensão econômica, ambiental e social. A autora ainda menciona que a busca das empresas por uma atuação mais justa quanto ás questões sócio-ambientais é uma iniciativa espontânea das organizações para a construção de uma sociedade melhor e mais saudável. ECOLÓGICAS “É a preocupação das empresas com a preservação ecológica”. “São empresas que trabalham com redução de resíduos e preservação ecológica”. Muitas ações ecológicas são associadas à responsabilidade social, como desenvolvimento sustentável, reciclagem, eliminação e redução de resíduos; e essas questões são percebidas pelos consumidores como de extrema importância, porquê denotam um significado de preocupação e compromisso com o futuro. Figura 1 – Percepção Ecológica da Responsabilidade Social Os pesquisados também mostraram-se bastante receptivos às ações de empresas inseridas nas comunidades as quais pertencem, valorizando, desenvolvendo e oportunizando o crescimento desses grupos distintos. Um fator muito discutido também foi a contratação de funcionários portadores de deficiência, que mesmo sendo obrigatoriedade para algumas organizações, é percebida como o primeiro passo de uma empresa na inclusão social; assim como Ashley (2003), quando considera que a III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 empresa é socialmente responsável quando vai além das suas obrigações legais buscando contribuir para a qualidade de vida da sociedade. Muitos disseram que “se sentem bem” quando consomem produtos ou serviços associados a esse tipo de prática, pois se identificam com os ideais e valores aplicados nas ações. Karsaklian (2000) diz existir esse vínculo entre a imagem que um consumidor tem de si mesmo (seu autoconceito) e os produtos que ele compra, assemelhando o perfil do produto à sua própria imagem, baseada na percepção que tem (ou gostaria de ter) de si mesmo e de suas ações. SOCIAL “É a contratação de funcionários com algum tipo de deficiência física ou mental”. “São empresas que destinam parte de seu faturamento a projetos sociais”. “É a doação em dinheiro, alimentos e roupas à instituições de caridade e organizações assistenciais ”. Existe ainda uma associação confusa entre filantropia, caridade e responsabilidade social. Muitas ações percebidas pelos grupos como de responsabilidade social denotavam ações de puro assistencialismo praticadas por diversas organizações, fugindo dos objetivos da responsabilidade corporativa. Figura 2– Percepção Social da Responsabilidade Social Com as organizações cada vez mais envolvidas no processo de busca de diferenciação de seus produtos, tanto pela qualidade, como também pela construção de uma imagem que as posicione não como simples fabricantes, os pesquisados associaram esses fatores ao conceito de responsabilidade social. Mrtvi (2003) afirma que em um ambiente inundado de mensagens publicitárias, destacar-se como organização ética, confiável, comprometida com a sociedade pode ser de grande valia para a construção de uma forte identidade corporativa e de marca. Esse novo enfoque exige das empresas o equilíbrio das suas atividades, no entanto, Borger (2001) lembra que as empresas não devem se desvincular dos seus objetivos econômicos e institucionais, pois são socialmente responsáveis ao gerar empregos, recolher impostos e gerar riquezas. Uma parcela dos pesquisados apresentou descrença quanto às ações de responsabilidade social realmente resultarem em algum resultado para a sociedade, Pringle e Thompson (2002) afirmam que existem duas maneiras muito simples de oferecer um antídoto à reação potencial de descrença do público são: a empresa deve assumir um compromisso de longo prazo com a causa e a marca deve se orgulhar do seu relacionamento e procurar divulgá-lo. III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 INSTITUCIONAL “É a utilização de problemas sociais para aumentar as vendas de determinado produto”. “São programas de comunicação institucional para melhorar a imagem da empresa”. “É a utilização da ajuda a problemas sociais, para atrair abatimentos e redução de impostos” Como conseqüência de não conhecerem os conceitos de responsabilidade social, o grupo não associou essas práticas aos objetivos de marketing. O grupo apresentou uma postura crítica e reprovativa ás práticas de responsabilidade social, que disseram ser usadas como programas de comunicação institucional ou como meio da empresa aproximar-se dos seus clientes, mostrando-se totalmente indiferentes e desacreditados á união dos interesses corporativos e sociais. Figura 3 – Percepção institucional da responsabilidade social c) Preferência de Consumo Quando questionados se na existência de uma marca ligada a programas de responsabilidade social os participantes deixariam de consumir uma outra por aquela socialmente responsável, as respostas obtidas na discussão estão descritas abaixo: Daria preferência ao consumo de uma marca ligada a programas de responsabilidade social? Sim, se essa marca satisfizesse minhas necessidades pessoais. Sim, se a marca estivesse na moda. Sim, se ela tivesse um custo menor. Sim, se a qualidade fosse superior ou igual à de minha preferência. Sim, se percebesse verdadeiramente ações de preservação ecológica. Sim, trocaria apenas pela marca exercitar a responsabilidade social. Não, não trocaria por não ver importância nessas ações. Não, não mudaria a marca de costume. Não, não trocaria porque a responsabilidade social não é um fator importante na escolha de uma marca. Não, mas acho que será muito importante para o futuro, as crianças estão aprendendo isso hoje para usarem no futuro. Quadro 2 - Preferência de consumo III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 A grande maioria os participantes disse que daria preferência ao consumo de uma marca ligada à responsabilidade social, mas somente se essa marca atendesse primeiramente outros fatores como: preço, qualidade, moda e necessidades pessoais. Priorizam a adequação da marca à sua imagem, que Karsaklian (2000) diz derivar do somatório de experiências do indivíduo, como sua história passada, seu ambiente, personalidade e sua estrutura fisio-psicológica. Percebeu-se nas respostas do grupo que a responsabilidade social não é um fator relevante nas escolhas de consumo. Foi considerada importante, mas tendo vários outros atributos que deveriam ser atendidos anteriormente, o que também foi verificado na classificação de atributos de escolha da marca. d) Investimento em Programas de Responsabilidade Social Como os grupos diziam não serem influenciados por essas ações, foram questionados os motivos que faziam as empresas inserirem essas práticas no seu planejamento. As respostas geradas nessa questão foram de extrema importância, quando os acadêmicos mostraram que consideram essas ações como diretamente ligadas a lucratividade das empresas e também como ferramenta para trabalharem sua imagem no mercado. Este questionamento foi amplamente discutido e debatido, revelando uma visão mais critica e madura por parte dos acadêmicos. A discussão é apresentada conforme o quadro 3. Quais fatores levam as empresas a investir em responsabilidade social? Para melhorar sua imagem junto aos consumidores. Porque esses programas resultam em boa propaganda para a empresa. Porque a responsabilidade social tornou-se um diferencial competitivo. Porque motiva os funcionários e acionistas. Porque gera status com os fornecedores. Pelo abatimento de impostos concedido. Porque esses programas influenciam o ambiente interno da empresa. Porque pode ser uma forma diferente de apresentar um produto. Porque vincular a imagem da marca / produto a programas de responsabilidade social comove os consumidores. Porque chama mais atenção na mídia, apesar de não gerar conscientização. Porque programas como esses, geram maior lucratividade na empresa. Porque estão preocupadas com o ambiente em que estão inseridas. Porque acreditam que no futuro essas ações podem gerar mudança de comportamento. Quadro 3– Fatores de investimento Os aspectos de imagem e propaganda foram os mais citados, sendo justificados com a associação entre mídia e vendas e também pela necessidade de muitos consumidores serem “convencidos” por certas campanhas. Os grupos vêem essas práticas intimamente ligadas à lucratividade e vendas das empresas. Vassalo (1999) diz que as empresas não se posicionam como socialmente responsáveis somente para aumentar a venda de seus produtos, mas por uma coerência de valores que influencie a III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 tomada de decisão na organização, conseqüência da forma diferenciada de ver os negócios e de perceber as demandas do mercado. Outro fator bastante lembrado foi o financeiro quando as empresas, segundo os acadêmicos, são contempladas com abatimentos e redução de impostos, além de outras facilidades junto ao governo quando apresentam essas práticas na sociedade. Um número significativo de participantes discutiu um aspecto relevante dessas práticas, a preocupação social e ecológica das empresas que por estarem inseridas em um determinado ambiente onde são contempladas com mão de obra e recursos naturais, assim, Melo Neto e Froes (1999) ressaltam que a empresa consome recursos naturais e que utilizam capital financeiro e tecnológico que são de propriedade da sociedade e que gera a sobrevivência da empresa, que deve no mínimo prestar contas do modo como utiliza esses recursos. Também foi mencionado pelos pesquisados que a intenção das empresas é de influenciar o comportamento de seus consumidores, privilegiando-se da influência de identificação que exerce para associar práticas socialmente responsáveis, éticas e de desenvolvimento sustentável ao dia-a-dia dos seus clientes, que para Araújo (2005) resultam na criação de novas opiniões e emoções objetivando uma mudança comportamental em relação às questões sociais, e garantindo ainda efetividade nas práticas e responsabilidades sociais individuais e coletivas. Um último ponto abordado foi que a responsabilidade social tornou-se um diferencial competitivo e que as empresas precisaram se adequar para manter-se no mercado, os grupos disseram ter muitos consumidores preocupados e exigentes em relação a essas práticas, apesar de não conseguiram explicar o motivo deles não compartilharem essa atitude. Estas ações corporativas representam a mudança de paradigma do processo de gerar lucros em busca da excelência executando ações orientadas por princípios éticos, e nesse momento essas práticas são vistas por Pringle e Thompson (2000) como oportunidade de negócios aos que percebem essa nova tendência como um meio de diferenciação, adequando suas ações aos descontentamentos sociais existentes. 5. Considerações Finais A prática do focus group foi um momento de ensino-aprendizagem para todos que participaram, inclusive para a pesquisadora. A escolha desta estratégia foi adequada pela forma de consolidar as informações quando o grupo construiu conceitos, partindo de opiniões individuais e finalizando por contextualizações coletivas. Essa interação foi muito importante, quando observado que a responsabilidade social é um assunto ainda pouco discutido em sala de aula, mas de grande relevância no contexto científico e mercadológico. Os objetivos específicos deste trabalho foram contemplados quando os resultados responderam aos problemas de pesquisa, com os acadêmicos pesquisados apontando os motivos que influenciam suas escolhas, assim como o relato da pequena importância da responsabilidade social no seu comportamento de consumo. Foi possível verificar também o consumo consciente de algumas marcas vinculadas a programas de responsabilidade social, a importância desses programas para os pesquisados e os motivos que pelos quais as empresas investem nessas ações. III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 Os resultados obtidos revelaram que os pesquisados construíram os conceitos, validaram a proposta, mas não são influenciados pelas ações de responsabilidade social, caso precisem optar por uma marca vinculada a esses programas, apesar de sentirem-se comprometidos e identificados com muitas dessas causas. Acredita-se que este tema fará a diferença em um futuro próximo, nas quais as ações dos programas não acontecerão mais isoladamente, mas que ilustrarão uma necessidade dos indivíduos. Tal previsão pode tornar-se realidade pelo investimento em cultura e educação, que estimulam o senso crítico e lógico dos indivíduos. É também, uma oportunidade das empresas mostrarem-se mais envolvidas com o desenvolvimento da sociedade motivando e promovendo o consumo consciente, envolvendo os consumidores nessas ações, responsabilizando e conscientizando-os pelo futuro de suas gerações. Referências Bibliográficas ARAÚJO, E. T. Estão “assassinando” o Marketing Social? Uma reflexão sobre a aplicabilidade deste conceito no Brasil. Disponível em: http://www.ucb.br/comsocial/mba/Estao_assassinando_o_mkt_social.pdf. Acessado em nov./2005 ASHLEY, P. A. (Coord.) Ética e Responsabilidade Social nos Negócios. São Paulo: Saraiva, 2003. BOONE, L. E. ; KURTZ, D. L. Marketing Contemporâneo. 8.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998. BORGER, F. G. Responsabilidade Social: efeitos da atuação social na dinâmica empresarial. 2001. Tese (Doutorado em Administração) – Faculdade de Economia, Adinistração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. CAPPELLIN, P. ; GIULLIANI, G. M. As Entidades Empresariais Face à Responsailidade Social no Brasil. Rio de Janeiro, UFRJ: 1999. CHIAVENATO, I. Administração nos Novos Tempos. Campos, 1999. 14.ed. Rio de Janeiro: CRUZ, E. P ; VOLPON, C. T. A Importância da Responsabilidade Social na Fidelização dos Clientes: uma investigação no mercado bancário. In: Encontro Anual da ANPAD – ENAMPAD. São Paulo, 2004. Disponível em http://www.anpad.org.br/enanpad/2004/dwn/enanpad2004-gsa-0883.zip , acesso em nov./ 2005. CZINCOTA, M. R. Marketing e as Melhores Práticas. 1.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. FRANCO, M. L. P. B. Análise de Conteúdo. 2.ed. Brasília: Líber Livro, 2005. III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 GASKELL, G. Entrevistas Individuais e Grupais. In: BAUER, M. W. ; GASKELL, G. Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e Som: um manual prático. 2.ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2003. GIGLIO, E. O Comportamento do Consumidor e a Gerência de Marketing. São Paulo: Pioneira, 1996. GIOVINAZZO, R. A. Focus Group em Pesquisa Qualitativa: fundamentos e reflexões. Administração On-Line, São Paulo, v.2, n.4, out/nov/dez /2001 GUEDES, R. C. Responsabilidade Social e Cidadanias Empresariais: conceitos estratégicos para empresas face à globalização. 2000. 110f. Dissertação (Mestrado em Administração), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2000. INSTITUTO ETHOS DE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL Responsabilidade Social das Empresas – Percepção e Tendências do Consumidor Brasileiro. São Paulo:, 2000. KARSAKLIAN, E. Comportamento do Consumidor. São Paulo: Atlas, 2000. KOTLER, P. Marketing Para Organizações que Não Visam Lucro. São Paulo: Atlas,1978. __________; ROBERTO, E. Marketing Social: estratégias para alterar o comportamento público. Rio de Janeiro: Campus, 1. ed., 1992. ______.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 5.ed. Rio de Janeiro: PHB, 1993. ______. Administração de Marketing. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1996. ______. Marketing Para o Século XXI : como criar, conquistar e dominar mercados. São Paulo: Futura, 2001. LAMB Jr.,C. W. ; HAIR Jr., J. F. ; MCDANIEL, C. Princípios de Marketing. 2.ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. MATTAR, F. N. Pesquisa de Marketing. São Paulo: Atlas, 1993. MCDANIEL, C. ; GATES, R. Pesquisa de Marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2004. MELO NETO, F. P. ; FROES, C. Responsabilidade Social e Cidadania Empresarial: a administração do terceiro setor. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. MRTVI, V. O. Percepção do Consumidor Sobre Ações Corporativas Vinculadas ao Conceito de Responsabilidade Social: um estudo no setor de cosméticos. In: Encontro Anual do ANPAD – ENAMPAD. São Paulo, 2003. Disponível em: http:/anpad.org.br/enampad/2003/dwn/enampad2003-mkt-2112.pdf . Acessado em Set./2005 III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006 OLIVEIRA, N. B. Cooperativismo: guia prático. Porto Alegre: Ocergs, 1984. PENA, R. P. M. Ética e Estratégia: marco referencial na ética de negócios. Minas Gerais, PUC, 2003. PINTO, M. R. A Cidadania Corporativa Como Uma Orientação De Marketing: um estudo no varejo. Revista de Administração Eletrônica, Minas Gerais, v.44, 2005. PRINGLE, H. ; THOMPSON, M. Marketing Social: marketing para causas sociais e a construção das marcas. São Paulo: Makron Books, 2000. SCHIAVO M. R. ; FONTES, M. B. Conceito e Evolução do Marketing Social. Rio de Janeiro, II Curso de Capacitação em Marketing Social, 1997. Disponível em: http:// www.socialtec.org.br/downloads/marketingsocial/marcioruizschiavo_conceitoevolucao ms.doc Acessado em Dez./2005. SHETH, Jagdish N. ; MITTAL, Banwari. ; NEWMAN, Bruce I. Comportamento do Cliente: indo além do comportamento do consumidor. São Paulo: Atlas, 2001. VASSALLO, C. Agenda Para o Futuro. Exame. Ano 32, n.1,p. 64-79, 1999.