Relatorio_Comentario Diario

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14/09/2012
Estratégia Econômica: A piora na crise internacional joga no
sentido de queda das bolsas e corte de juros. Diversificar em
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André Perfeito
Economista-chefe
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Passo precipitado do FED;
Programa pode monetizar a dívida;
Real tende a se fortalecer;
Ampla liquidez irá afetar a bolsa.
Morning Call | Diariamente às 09h30
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QE3: tragédia e farsa.
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Passo precipitado do FED;
Programa pode monetizar a dívida;
Real tende a se fortalecer;
Ampla liquidez irá afetar a bolsa.
Eis o tamanho da encrenca até agora. No gráfico abaixo vemos a evolução do Balanço do FED e as medidas adotadas
para enfrentar a crise.
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14/09/2012
O FED fez o que não parecia sensato e mesmo antes de saber quem irá sentar na cadeira do Salão Oval, Ben Bernake
resolver abrir as portas da lassidão monetária sem limites e anunciou um QE3 que é modesto em tamanho, mas
infinito em duração. O FED alargou o horizonte do dinheiro em 0% até meados de 2015 (o que por si só já seria uma
medida forte) e mandou avisar que irá pingar mais US$ 40 bilhões por mês até “tudo ficar bem”.
A diferença entre um Qunatative Easing e a pura emissão monetária é sutil. A diferença é que no primeiro caso o
banco central cria um programa específico para uma situação de crise, é anunciado para a sociedade o escopo, o
tamanho da ação e, principalmente, a duração do programa. É um programa de exceção e deve ser tratado como
excepcional na condução da política monetária.
O que preocupa é a compra indiscriminada de títulos de longo prazo nos EUA (área vermelha do gráfico acima). A taxa
de juros nos EUA já está no patamar mais baixo da história e puxar para mais baixo que isso não faz sentido
econômico.
Mesmo para um economista de orientação kenesiana, como é o meu caso, a utilização indiscriminada dos juros
monetário para estimular a economia não faz sentido. Não adianta jogar à zero os juros se a expectativa de lucro dos
empresários continua menor do que zero. O estímulo monetário não sai dos bancos e empoça num caso típico de
armadilha de liquidez: os agentes entendem que o prêmio de ficar líquido supera, e muito, o retorno esperado de
qualquer empreendimento.
Ao comprar tal volume de títulos do governo o FED incorre em outro risco, o de monetizar a dívida dos EUA. Se o
mercado sentir que o dólar está calcado num Estado que simplesmente emite para se financiar o resultado será
desastroso. O pior é que os EUA nem usam esta “folga” no financiamento para fazer estímulos fiscais de fato. Por isso
que imaginávamos que o FED iria esperar a definição do pleito eleitoral.
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14/09/2012
Falemos sobre o Brasil neste cenário. Se a euforia inicial persistir com o QE3 a tendência inexorável é do Real se
apreciar frente ao Dólar pelo simples motivo que o Dólar está agora mais fraco. Como nosso Banco Central resolveu
parar de cortar a SELIC o diferencial de juros será mais que suficiente para atrair capitais (que é um dos argumentos do
nosso BC para apontar que a taxa de juros neutra caiu).
Não é só o resto do mundo que quer ficar “comprado” em Real. Os empresários brasileiros fizeram uma aposta pesada
– na verdade mais que dobraram em relação a 2005 – a contratação de divida no exterior. Em outras palavras: se o
Real se enfraquecer abruptamente o passivo destas empresas tende a explodir.
Esta dinheirama captada lá fora tende a entrar na economia brasileira demandando Reais, o que irá valorizar mais
uma vez a moeda nacional. Recentemente o governo brasileiro emitiu bonds de 10 anos no exterior e conseguiu uma
taxa equivalente a da Bélgica. Este é o grau de demanda por Brasil lá fora, ou seja, por Reais.
Queremos ver como o governo irá segurar o Dólar com tanto jogando contra.
No curto prazo a tendência é da bolsa se valorizar juntamente com os outros ativos (commodities por exemplo).
Sugerimos cuidado; a crise econômica ainda não foi enfrentada de maneira contundente, por isso a eleição norteamericana é tão importante.
Os QEs começaram como reação à tragédia. Este QE 3 nos parece mais uma farsa.
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Este relatório 23/08/10
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ao mercado em geral. Não possuindo a Gradual Investimentos qualquer vínculo com pessoas que atuem no âmbito das companhias
analisadas, assim como a empresa não recebe remuneração por serviços prestados ou apresenta relações comerciais com as
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