Biblioteconomia e Política: luta de classes, acesso à informação e cidadania Librarianship and political: class struggle, access information and citizenship por Vagner Rodolfo da Silva Resumo: Uma contribuição à discussão sobre a relação social da Biblioteconomia no âmbito político a partir de seu contexto histórico e a atuação da biblioteca como instrumento de luta de classes. Palavras-chave: Biblioteconomia; Política; Luta de classes; Acesso à informação; Cidadania; Ideologia; Biblioteca. Abstract: A contribution to the discussion of social relations in the political arena of librarianship from its historical context and the role of the library as an instrument of class struggle. Keywords: Librarianship; Political; Class struggle; Access information; Citizenship; Ideology; Library. Introdução Este artigo tem como propósito o resgate e a reflexão sobre os confrontos sociais que permeiam a Biblioteconomia, as bibliotecas e os profissionais que nelas atuam, através da análise dos processos políticos e ideológicos que mediam o acesso à informação e a constituição da cidadania. Em virtude do principal foco de atenção da área estar relacionado aos processos técnicos e tecnológicos do fazer biblioteconômico, deixa-se de lado, por muitas vezes, a herança e o legado social que deu origem ao desenvolvimento da área, sendo assim necessário salientar e lembrar a responsabilidade social que contextualiza a biblioteca e as lutas de classes que nela ocorrem oriundas do sistema político-ideológico vigente. A Biblioteconomia e a Política Em seu contexto histórico, a Biblioteconomia possui uma herança social e política desde o seu nascimento a partir das áreas da Sociologia e Educação, com o intuito de fundamentar uma área do conhecimento humanístico-social no processo de atuação das bibliotecas. Os mentores da Documentação, Paul Otlet e La Fontaine, ativistas e pacifistas por excelência, acreditavam que a disseminação e o acesso ao conhecimento produzido por todas as nações propiciariam a paz mundial, no sentido do conhecimento das diferenças (classes). Em 1913 La Fontaine recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Nos anos sessenta tem início um movimento dentro da Biblioteconomia preocupado com o compromisso e a responsabilidade social da profissão, isso mais concretamente nos Estados Unidos. As discussões se relacionavam aos ideais associados à profissão bibliotecária no que tange a neutralidade profissional, no desenvolvimento de coleções diante da censura e dos grandes grupos editoriais, assim como também a neutralidade dos sistemas de classificação com as suas problemáticas nos temas como: homossexualidade, religião, guerra, paz e etc. A nível internacional, mais recentemente, surgiram diversos grupos sensibilizados com temas sociais, com destaque para o PLG (Progressive Librarian Guild), associação americana nascida em 1990, que tem objetivo desvendar os interesses políticos e econômicos encontrados em cada um dos processos e práticas do trabalho dos bibliotecários, o que proporcionou muitos inimigos dentro e fora dos Estados Unidos para os mesmos. No México o CEBI (Círculo de Estudos sobre Biblioteconomia Política e Social) produz diversas discussões sobre censura e neutralidade, assim como o GESBI (Grupo de Estudos Sociais em Biblioteconomia e Documentação) na Argentina, já na Espanha há uma forte campanha desde 2004, chamada “Não ao empréstimo pago nas bibliotecas” em que ocorre um embate judicial na Corte Europeia a respeito da mercantilização das bibliotecas e da informação. A Biblioteconomia está inserida nas áreas de conhecimento das Humanidades e das Ciências Sociais Aplicadas, ou seja, no possui laços ligados ao social o que deságua no contexto político, visto que as relações sociais são designadas por processos e atividades políticas, e a política é o resultado da atividade dos próprios homens vivendo em sociedade (MAAR, 1994). Portanto, o nascimento e desenvolvimento da Biblioteconomia não estão ligados somente à sobrevivência dos suportes e o fazer dos processos, como definida na maioria dos dicionários da área, mas também na satisfação e desenvolvimento das necessidades sociais da sociedade. Bibliotecas, Ideologia e Luta de Classes A história da biblioteca é a história do registro da informação, ou seja, a história do homem como ser social e político, ser político no que se refere a sua maneira hábil de agir e tratar (MILANESI, 1983). As bibliotecas são criaturas e instrumentos de políticas públicas derivadas de processos políticos, afirmamos esta ideia através dos processos rotineiros que ocorrem nas bibliotecas e demais espaços de organização da informação, processos tais como: políticas de desenvolvimento de coleções, políticas de empréstimo, políticas de organização e disponibilização da informação e etc. (BIRDSALL, 2005). Em seu manifesto em 2005 sobre “transparência, bom governo e ausência de corrupção”, a IFLA lembra que a biblioteca é uma instituição necessária ao exercício da democracia, e que deve ajudar na defesa dos direitos civis, na promoção da cidadania e no combate à corrupção, metas impossíveis fora do âmbito político tanto para as bibliotecas quanto para os seus profissionais. As bibliotecas públicas e as co-irmãs devem ter por objetivo uma política de ação social e educacional como uma atividade emancipadora, um instrumento essencial para que os indivíduos se reconheçam como cidadãos, e para isso são geridas quase sempre com uma delimitação política de sua atuação e/ou ligadas aos seus objetivos, ou seja, processos políticos do qual o bibliotecário nem sempre tem consciência. No período colonial as Bibliotecas eram divididas em religiosas e particulares, ambas com acesso restrito e com propósito de atender os anseios informacionais da elite religiosa que se instalava no Brasil e dominava a educação secular impondo a sua ideologia, e dos jovens brasileiros que iam estudar na Europa. Esta última parcela, apesar a sua posição de classe, sofreu com uma intensa censura de livros e outros materiais que confrontassem a ideologia da Coroa Portuguesa. A Biblioteca Nacional, antes chamada de Biblioteca Real, teve uma pouco mais de autonomia, mas somente no que tange a sua forma de organização, sendo por muitos anos, e talvez até hoje em alguns aspectos, usada como um aparelho político-ideológico do Estado reproduzindo ideias da ideologia dominante. Desde os primeiros contextos de agitação política e cultural no Brasil como denúncia das condições econômicas, políticas, sociais e culturais, as bibliotecas ficaram a parte do processo, este distanciamento da sociedade pode ser atribuído aos profissionais bibliotecários que atuavam de maneira alienada, passiva, apática e acomodados diante de todas essas convulsões. Deste modo a biblioteca passou para a opinião pública uma imagem de instituição de caráter elitista, que servia apenas aos letrados, e com a sua localização geralmente em pontos nobres, ou seja, condicionava o afastamento das camadas populares. As bibliotecas pararam no tempo enquanto importantes mudanças ocorriam a nível societário (CABRAL, 1989). Em tempos de Regime Militar e de contracultura constituíram-se movimentos de alfabetização, cultura e educação popular como forma de reação a um sistema educacional voltado para as elites dominantes, em alguns destes movimentos propunham-se a criação de bibliotecas nos bairros, mas mesmo com essa aproximação a “biblioteca” continuava neutra, e os bibliotecários não conseguiam atingir certo nível de crítica e de consciência da realidade social, que os levasse a enxergar e definir qual deveria ser o seu posicionamento dentro deste contexto “sócio-cultural-popular”. Nos movimentos sociais as bibliotecas apareceram em poucas situações como demanda de lutas, devido a várias outras necessidades básicas das populações serem prioritárias, porém aos poucos e paralelamente vai se construindo uma conscientização da necessidade e importância da informação pelas comunidades, seja para fins de estudo, lazer ou para avançar suas lutas. E no final da década de 70 dá-se início a discussões sobre a ideia de “bibliotecas populares” e a visualização nelas de uma possível alternativa aos serviços oferecidos pela biblioteca, que até então vinha privilegiando as classes médias e altas da sociedade, uma nova concepção de biblioteca (CABRAL, 1989). Os homens da classe dominante viam nas bibliotecas uma forma de atenuar os problemas sociais. Assim, foram impostas ao povo, sem terem sido resultantes de uma demanda popular. O desenvolvimento industrial demandava uma mão-de-obra especializada e a biblioteca surgiu como meio de aperfeiçoamento dos trabalhadores que já estavam fora do ensino formal (WADA, 1985). O pensamento da segunda metade do século XΙX, no contexto de um crescente capitalismo, entregou a sociedade um modelo de biblioteca pública mantida pelo Estado, na Inglaterra e nos Estados Unidos surgem movimentos em prol da biblioteca pública, sendo tal reivindicação atrelada a ideia de educação, ou seja, as classes baixas esperavam através da “instituição biblioteca” ter mais condições de ascender à classe hegemônica. Já a classe hegemônica vislumbrava uma instituição para manter a ordem pública que mais tarde se tornou um receio de que um instrumento de tal proporção viria a contestar a posição que essa classe detinha na estrutura social, sabendo que não poderiam ter controle dessa demanda, as classes privilegiadas estruturaram a biblioteca pública como mais um aparelho voltado para a manutenção da estabilidade social e difusora dos valores, propostas, normas e ideias convenientes. Um alto índice de analfabetismo não permitia a população utilizar um instrumento que estava ao seu dispor fisicamente, mas não cognitivamente. A biblioteca tornou-se por um bom período de tempo segregadora, um reflexo da sociedade brasileira naqueles dias e de certo modo hoje também. Em muitos casos, as informações que normalmente eram e são veiculadas pela biblioteca apenas são decodificadas e absorvidas pelos que possuem um mínimo de conhecimento, neste sentido as bibliotecas acabam reafirmando a luta de classes ao se preocupar com o usuário culto ampliando as diferenças na distribuição da informação. A biblioteca pública se define essencialmente ambígua, pois, ao passo que atende aos interesses ideológicos da classe hegemônica, ela pode propiciar também espaços, brechas para a contestação, podendo ser um local para a expressão das classes populares, mas enfrentando uma incrível burocracia, que de fato não deveria existir. Para o argentino Edgardo Ciavallero (Primeiro Congresso Nacional de Bibliotecas Públicas do Chile, Santiago do Chile, novembro 2006) “a biblioteca está de posse de uma arma mais potente que existe sobre a terra, e esta não se carrega com pólvora e nem cospe fogo e morte, funciona a base de informação, e nela florescem ideias, compreensão, saber, inteligência e cultura”. O Acesso à Informação e a Cidadania Em seu manifesto a UNESCO (1994) conclama que a liberdade, a prosperidade e o desenvolvimento da sociedade e dos indivíduos são valores humanos fundamentais e só serão atingidos quando os cidadãos estiverem na posse da informação que lhes permita exercer os seus direitos democráticos e ter um papel ativo na sociedade. Ser cidadão significa ser sujeito de um conjunto de direitos e deveres no contexto da sociedade, e o direito à informação é considerado direito síntese dos direitos humanos no processo de efetivação da cidadania, pois sem o qual os outros ficam prejudicados, confluindo a busca por esses direitos de cidadão com objetivos de igualdade social e democracia. A construção da cidadania está intimamente relacionada à questão do acesso e uso da informação. A conquista de direitos políticos, civis, sociais e os deveres dos cidadãos são reivindicados e reconhecidos mediante a ampla circulação da informação (SILVA; JAMBEIRO; LIMA; BRANDÃO, 2005). A informação em relação à cidadania é: [...] um bem comum, que pode e deve atuar como fator de integração, democratização, igualdade, cidadania, libertação, dignidade pessoal. Isto porque, até para cumprir seus deveres e reivindicar seus direitos, sejam eles civis, políticos ou sociais, o cidadão precisa conhecer e reconhecê-los e isto é informação (TARGINO, 1991, p.155). De maneira geral, a informação pode ser considerada a matéria-prima e o produto do processo de produção e disseminação do conhecimento. Todo conhecimento é social, pois é criação de um ser humano, histórico, fruto de determinada classe social, representante consciente ou inconsciente dos interesses provenientes da posição que o mesmo ocupa no processo produtivo. Com o advento do capitalismo a informação além se ser usada como matéria-prima e produto, passa a ser utilizada como mercadoria, em decorrência do processo de desenvolvimento científico e tecnológico, ou seja, instrumento econômico-político de relação da sociedade. O Bibliotecário e a Biblioteconomia no âmbito Social e Ideológico A biblioteconomia não é simplesmente um conjunto de técnicas desvinculadas da sociedade em que ocorrem, e caso seja realmente neutra como alguns afirmam, a ideia de neutralidade já é uma das premissas do campo neoliberal, que marca os parâmetros ideológicos que movem a sociedade hoje, e não há nenhum setor que não seja atingido por essa ideologia atual. Como exemplo, cita-se os trabalhos da OMC na regulamentação do comércio internacional através de uma série de acordos, um deles denominado “Acordo sobre Direitos de Propriedade Intelectual relacionados com o Comércio” (ADPIC), que afeta politicamente e ideologicamente o acesso à informação através de projetos de privatização das bibliotecas públicas e o aumento dos direitos de propriedade intelectual, por pressão de grandes grupos empresariais. A premissa de que o bibliotecário não deve ser em sua prática profissional, nem de esquerda, nem de direita, ou de centro, devendo ser totalmente apolítico e neutro, trata-se também de uma maneira de utilizar os mesmos e as instituições como armas de controle. A neutralidade, em sua essência, supõe a aceitação acrítica da ideologia dominante, isso já é uma postura política, diante disto propõe-se que qualquer profissional da informação poderia aspirar ser mais independente, reflexivo, crítico e com um discurso contra-ideológico, esta última premissa no que se refere ao bem comum visto que a ideologia generaliza interesses particulares (SKREPETZ, 2011). De acordo com Campelo (2003, p.30), o bibliotecário além de “ensinar as habilidades tradicionais (localizar e recuperar informação), também está envolvido no desenvolvimento de habilidades de pensar criticamente, ler, ouvir e ver”, habilidades estas essenciais para viver em uma sociedade complexa e em constantes mudanças. Hoje talvez falte ao bibliotecário a consciência de que a biblioteca pode atuar como instrumento de mudança social, pois a defesa da liberdade intelectual, a garantia do pluralismo das coleções e a defesa do livre acesso à informação são atividades políticas exercidas diretamente ou indiretamente pelos profissionais da informação. Segundo Almeida Júnior (1995, p.10) “o bibliotecário precisa agir de uma maneira mais revolucionária, dado que este tem sido considerado como sendo passivo, guardião do passado, ocioso, inútil, sem função social, funcionário público, dentre outras atribuições”. Conclusão A partir do estudo sobre a origem das bibliotecas, biblioteconomia e seus profissionais foi possível verificar a responsabilidade social em que está inserida a área, e o seu papel no desenvolvimento da sociedade através do tripé: luta de classes, acesso à informação e cidadania, estes embutidos nos processos entre a biblioteconomia e a política. A informação tratada, organizada e compartilhada democraticamente se torna a chave da ação política na sociedade como elemento importante para a construção da cidadania, e as bibliotecas podem se configurar como uma instituição compensatória das desigualdades crescentes entre ricos e pobres em informação, amenizando assim as lutas de classes oriundas do sistema políticoideológico atual que se transpõem para dentro das mesmas. Referências ALMEIDA JÚNIOR, Osvaldo Francisco de. Bibliotecas populares características e confrontos. São Paulo, 1992 (Dissertação de Mestrado). ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de. Biblioteca pública: avaliação de serviços. Londrina: UEL, 2003. ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de. Biblioteca pública: ambiguidade, conformismo e ação guerrilheira do bibliotecário. São Paulo: APB, 1995. (Ensaios APB, n. 15). ARAÚJO, Eliany Alvarenga de. Informação, cidadania e sociedade no Brasil. Informação & Sociedade, João Pessoa, v. 2, n. 1, p.42-49, jan./dez. 1992. 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Este artigo, produzido de forma independente, foi apresentado no Biblio.Lab da VI Semana de Biblioteconomia ECA/USP em: 28 set. 2011. Sobre o autor Vagner Rodolfo da Silva [email protected] Aluno do 6º Semestre do Curso de Biblioteconomia e Documentação do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - USP.