II UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CÂMPUS DE BOTUCATU FORMAS DE NITROGÊNIO NO SOLO E PRODUÇÃO DO ARROZ DE TERRAS ALTAS EM PLANTIO DIRETO EDEMAR MORO Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP – Campus de Botucatu, para obtenção do título de Doutor em Agronomia (Agricultura). BOTUCATU - SP Maio - 2011 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CÂMPUS DE BOTUCATU FORMAS DE NITROGÊNIO NO SOLO E PRODUÇÃO DO ARROZ DE TERRAS ALTAS EM PLANTIO DIRETO EDEMAR MORO Engenheiro Agrônomo Orientador: Prof. Dr. Carlos Alexandre Costa Crusciol Co-orientador: Dr. Heitor Cantarella Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP – Campus de Botucatu, para obtenção do título de Doutor em Agronomia (Agricultura). BOTUCATU - SP Maio – 2011 II III OFEREÇO AOS MEUS PAIS ALGEMIRO E NADIR E AOS MEUS IRMÃOS FLÁVIO E LUCIANO, OS GRANDES RESPONSÁVEIS POR ESTÁ CONQUISTA. MENSAGEM “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível.” (São Francisco de Assis) DEDICO À MINHA ESPOSA ADRIANA A MINHA FILHA CATARINA AO MEU FILHO DAVI JOSÉ IV AGRADECIMENTOS A DEUS, por Ele sempre mostrar a razão futura daquilo que não entendemos no presente. À minha esposa Adriana que sempre me incentivou, me deu forças nos momentos difíceis e ajudou na execução deste trabalho. Aos meus pais e a meus irmãos que sempre estiveram junto comigo nesta caminhada, e nunca mediram esforços para que esta conquista fosse possível. Ao Prof. Dr. Carlos Alexandre Costa Crusciol, por me orientar e por ter me avisado que seria o caminho mais longo para obter a colheita. O dia chegou e um sonho foi realizado. Eternamente grato. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP, pelo financiamento da pesquisa e pela concessão de bolsa de estudo. Ao Co-orientador Dr. Heitor Cantarella por ter feito parte desta conquista. Lembrarei-me sempre de seus conselhos. Ao Dr. Fernando Broetto pela ajuda na determinação da enzima nitrato redutase, dedicando seu tempo e disponibilizando as condições necessárias para realização das análises. Márcio Lambais por todo o apoio para realização das análises microbiológicas. Aos amigos Dácio Olibone e Ana Paula Encide Olibone por toda à ajuda e amizade durante os cinco anos de Botucatu. A Embrapa arroz e feijão pela doação de sementes de arroz utilizadas no experimento. A empresa Sementes Facholi pela doação das sementes de braquiárias. Aos companheiros de laboratório Elizeu Luiz Brachtvogel, Fransisco Rafael da Silva Pereira e Jayme Ferrari Neto. Tudo em prol da pesquisa. A Denise de Lourdes Colombo Mescolotti e Luis Fernando Baldesin pela disposição e por toda a ajuda com as análises microbiológicas. Aos funcionários do departamento de Produção Vegetal, em especial a Dorival Pires de Arruda, Vera Lúcia Rossi, Ilanir Rosane R. Bocetto e Célio Mariano. V A todos os funcionários da FCA pela amizade e por propiciarem todas as condições para trilhar esta etapa acadêmica. Aos estagiários, Larissa Lozano Teixeira de Carvalho, Bruno Henrique Fernandes e João Paulo Costa Carneiro, pela dedicação e ajuda prestada. A Alaine Patrícia Moraes e Sarah Setznagl pela amizade e por toda a ajuda prestada durante as análises laboratoriais. Ao Prof. Dr. Rogério Peres Soratto, pela colaboração e sugestões na discussão dos resultados. A todos os colegas do curso de pós-graduação pela amizade e companheirismo. VI SUMÁRIO 1. RESUMO................................................................................................................................1 2. SUMMARY............................................................................................................................4 3. INTRODUÇÃO .....................................................................................................................7 4. REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................................9 4.1. Cultivo do arroz de terras altas no Brasil .........................................................................9 4.2. Dinâmica do nitrogênio no solo .....................................................................................11 4.2.1. Ação de processos biológicos...............................................................................12 4.2.2. Ação de processos físicos-químicos .....................................................................14 4.3. Manejo do N na cultura do arroz de terras altas .............................................................15 4.3.1. Solos com acidez corrigida...................................................................................17 4.3.2. Solos com acidez não corrigida ............................................................................18 4.4. Atividade da enzima nitrato redutase .............................................................................19 4.5. Inibição da nitrificação ...................................................................................................21 4.5.1. Inibidores biológicos da nitrificação ....................................................................21 4.5.2. Inibidores sintéticos da nitrificação......................................................................26 5. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................28 5.1. Experimentos em casa de vegetação ..............................................................................28 5.1.1. Experimento 1 - Atividade da enzima nitrato redutase em cultivares de arroz de terras altas ..............................................................................................................................28 5.1.2. Experimento 2 - Efeito do pH nas formas de N, no teor de micronutrientes e na atividade da enzima nitrato redutase do arroz .......................................................................31 5.1.3. Experimento 3 - Efeito de micronutrientes na atividade da enzima nitrato redutase do arroz....................................................................................................................31 5.2. Experimento de campo - Plantas de cobertura e fontes de nitrogênio para o arroz de terras altas no sistema plantio direto......................................................................................36 5.2.1. Caracterização da área experimental ....................................................................36 5.2.2. Delineamento experimental e tratamentos ...........................................................37 5.2.3. Instalação e condução do experimento.................................................................38 5.2.4. Avaliações ............................................................................................................41 5.3. Análise Estatística ..........................................................................................................42 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................43 6.1. Experimento 1 - Atividade da enzima nitrato redutase em cultivares de arroz de terras altas........................................................................................................................................43 6.2. Experimento 2 - Efeito do pH nas formas de N no solo, no teor de micronutrientes e na atividade da enzima nitrato redutase do arroz .......................................................................44 6.2.1. Teor de N-NH4+ do solo .......................................................................................44 6.2.2. Teor de N-NO3- do solo ........................................................................................46 6.2.3. Teor de micronutrientes na parte aérea do arroz ..................................................47 6.2.4. Atividade da enzima nitrato redutase no arroz ............................................................52 6.2.5. Produção de matéria seca da parte aérea .....................................................................53 6.2.6. Perfilhamento do arroz ................................................................................................54 6.2.7. Componentes da produção e produtividade de grãos ..................................................57 VII 6.3. Experimento 3 - Efeito de micronutrientes na atividade da enzima nitrato redutase .....59 6.3.1. Teor de N-NH4+ do solo .......................................................................................59 6.3.2. Teor de N-NO3- do solo ........................................................................................60 6.3.3. Teor de micronutrientes na parte aérea do arroz ..................................................61 6.3.4. Atividade da enzima nitrato redutase no arroz .....................................................65 6.3.5. Produção de matéria seca da parte aérea ..............................................................67 6.3.6. Perfilhamento do arroz .........................................................................................68 6.3.7. Componentes da produção e produtividade de grãos ...........................................68 6.4. Experimento de campo - Plantas de cobertura e fontes de nitrogênio para o arroz de terras altas no Sistema Plantio Direto....................................................................................71 6.4.1. Teor de N-NH4+ do solo aos 14 dias após a emergência ......................................71 6.4.2. Teor de N-NO3- do solo aos 14 dias após a emergência .......................................71 6.4.3. Nitrogênio total do solo aos 14 dias após a emergência .......................................74 6.4.4. pH do solo aos 14 dias após a emergência............................................................75 6.4.5. Teor de N-NH4+ do solo aos 28 dias após a emergência ......................................76 6.4.6. Teor de N-NO3- do solo aos 28 dias após a emergência .......................................78 6.4.7. Nitrogênio total do solo aos 28 dias após a emergência .......................................79 6.4.8. pH do solo aos 28 dias após a emergência............................................................80 6.4.9. Teor de N-NH4+ do solo aos 42 dias após a emergência ......................................81 6.4.10. Teor de N-NO3- do solo aos 42 dias após a emergência .....................................83 6.4.11. Nitrogênio total do solo aos 42 dias após a emergência .....................................85 6.4.12. pH do solo aos 42 dias após a emergência..........................................................86 6.4.13. Bactérias amonificantes e nitrificantes no solo ..................................................87 6.4.14. Nitrogênio na planta aos 28 dias após a emergência ..........................................90 6.4.15. Nitrogênio na planta aos 42 dias após a emergência ..........................................92 6.4.16. Atividade da enzima nitrato redutase no arroz ...................................................93 6.4.17. Componentes da produção e produtividade de grãos .........................................96 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................101 8. CONCLUSÕES..................................................................................................................102 8.1. Experimento 1 ..............................................................................................................102 8.2. Experimento 2 ..............................................................................................................102 8.3. Experimento 3 ..............................................................................................................102 8.4. Experimento de campo .................................................................................................103 9. REFERÊNCIAS ................................................................................................................104 1 1. RESUMO O nitrogênio (N) é o principal nutriente exigido pela cultura do arroz de terras altas, no entanto o aumento no teor de N no solo nem sempre é vantajoso, principalmente, quando cultivado no sistema plantio direto (SPD), onde há predominância de nitrato. Portanto, o insucesso do arroz de terras altas no SPD pode ser decorrente da predominância de nitrato no solo, pois a correção da acidez resulta em condições favoráveis aos microrganismos nitrificadores. A provável razão para isso pode estar associada à baixa atividade da enzima nitrato redutase nos primeiros 30 dias após a emergência. No entanto, tem sido observado por produtores, que sobre palhada de braquiária a cultura se desenvolve melhor no SPD. Uma das hipóteses que pode explicar tal resultado é o provável efeito que espécies desse gênero exercem na inibição da nitrificação. Diante do exposto, objetivou-se por meio deste trabalho estudar a influência da interação plantas de cobertura x fontes de N nas formas de N no solo e as conseqüências na atividade da enzima nitrato redutase, bem como na produtividade de grãos do arroz de terras altas no sistema plantio direto. A pesquisa foi realizada na Fazenda Experimental Lageado da FCA/UNESP - Botucatu-SP e executado em duas etapas. Na primeira etapa foram realizados três experimentos em casa de vegetação. No experimento 1, o delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 10 x 4, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por 10 cultivares de arroz de terras altas (Caiapó, Carajás, IAC-25, Primavera, IAC 202, BRS Sertaneja, BRS Bonança, BRS Curinga, Maravilha e BRS Talento) combinadas com 4 épocas de avaliação (7, 14, 21 e 28 dias após a emergência - DAE). Foram avaliadas diferenças entre cultivares de arroz quanto a atividade da enzima nitrato redutase (NR). No experimento 2, o delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 4, com 2 quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por 3 níveis de acidez do solo (alta pH 4,5; média pH 5,5 e baixa pH 6,3) combinados com 4 fontes de N (nítrica, amoniacal, amoniacal + inibidor de nitrificação-DCD e testemunha). As avaliações realizadas foram: teor de nitrato e amônio no solo, teor de micronutrientes catiônicos na parte aérea do arroz, atividade da enzima NR, produção de matéria seca de plantas, componentes de produção e produtividade do arroz. No experimento 3, o delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 5, com três repetições. Os tratamentos foram constituídos por três níveis de acidez do solo (alta, média e baixa) combinados com micronutrientes (Fe, Zn, Mn, Fe+Zn+Mn e testemunha - sem micro). As avaliações realizadas foram: teor de nitrato e amônio no solo, teor de micronutrientes catiônicos na parte aérea do arroz, atividade da enzima NR, produção de matéria seca de plantas, componentes de produção e produtividade do arroz. Na segunda a pesquisa foi realizada no campo, safra 2009/2010. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema parcela subdividida, com quatro repetições. As parcelas foram constituídos por seis espécies de plantas de cobertura do solo (Brachiaria brizantha, B. decumbens, B. humidicola, B. ruziziensis, Pennisetum americanum e Crotalaria spectabilis) e as subparcelas por sete formas de manejo da adubação nitrogenada (M1 - 80 kg ha-1 de nitrato de cálcio aos 30 DAE, M2 - 40 kg ha-1 de nitrato de cálcio aos 0 DAE e 40 kg ha-1 aos 30 DAE, M3 - 80 kg ha-1 de sulfato de amônio aos 30 DAE, M4 - 40 kg ha-1 de sulfato de amônio aos 0 DAE e 40 kg ha-1 aos 30 DAE, M5 - 80 kg ha-1 de sulfato de amônio + inibidor de nitrificação/DCD aos 30 DAE, M6 - 40 kg ha-1 de sulfato de amônio + DCD aos 0 DAE e 40 kg ha-1 aos 30 DAE e M7 - testemunha - ausência de N). Foram realizadas as seguintes avaliações: a) N-NO3-, N-NH4+ e bactérias amonificantes e nitrificantes no solo; b) N-total, N-NO3-, N-NH4+ e atividade da enzima NR na parte aérea; c) componentes de produção e produtividade de grãos do arroz. Os dados foram submetidos à análise de variância. As médias dos tratamentos comparadas pelo teste de t – LSD a 5%. Os principais resultados obtidos foram: Experimento 1 - a atividade da enzima NR diminuiu a medida que aumentou o ciclo do arroz. Não houve diferença marcantes entres as cultivares avaliadas. Experimento 2 - a produção de matéria seca da parte aérea e o número de perfilhos foram maiores para média e alta acidez, quando o nitrogênio foi fornecido na forma amoniacal. A cultura do arroz foi prejudicada em condições de baixa acidez, quando a fonte de nitrogênio utilizada foi a nítrica. O uso de inibidor de nitrificação não melhorou a eficiência da fonte 3 amoniacal. As maiores produtividades foram obtidas em condições de alta acidez do solo, independente da fonte de nitrogênio e média acidez quando a fonte de nitrogênio utilizada foi a amoniacal. Experimento 3 - a acidez média do solo proporcionou maior atividade da enzima NR. A atividade da NR diminuiu com o aumento do tempo após a emergência do arroz. A adição de Zn proporcionou maior produção de MSPA com baixa acidez e maior número de panículas por planta. A adição de Fe proporcionou maior peso de 100 grãos em condições de alta acidez e maior produtividade em condições de média acidez do solo. Experimento de campo - O milheto foi a planta de cobertura que proporcionou a maior produtividade de grãos de arroz. O fornecimento de nitrogênio na forma amoniacal não proporcionou maior produtividade de grãos do arroz. O uso do DCD (dicianodiamida) inibiu parte das bactérias nitrificantes e resultou nos maiores teores de amônio no solo. A atividade das bactérias amonificantes e nitrificantes foi maior nas parcelas cultivadas com braquiárias. As formas de manejo de nitrogênio que proporcionaram maior produtividade foram as parceladas. A atividade da NR diminuiu a medida que aumentou o tempo após a emergência. Palavras chaves: plantas de cobertura, bactérias nitrificantes, nitrato redutase, inibição da nitrificação. 4 COVER CROPS AND NITROGEN FERTILIZATION MANAGEMENT FOR UPLAND RICE UNDER NO-TILL SYSTEM. Botucatu, 2011, 133p. Tese (Doutorado em Agronomia/Agricultura) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista. Author: EDEMAR MORO Adviser: CARLOS ALEXANDRE COSTA CRUSCIOL Co-adviser: HEITOR CANTARELLA 2. SUMMARY Nitrogen (N) is the main nutrient required by the upland rice, but the increase in N level in soil it is not always advantageous, especially when grown under no-tillage system (NT), where there is a predominance of nitrate NO3--N. Therefore, the failure of upland rice in a NT is possibly due to the predominance of nitrate in the soil, because the correction of the soil acidity results in favorable conditions for the nitrifying microorganisms. The probable reason for this may be associated to the low activity of NR in the first 30 days after emergence. However, it has been noticed by farms, that rice grows best in NT when Brachiaria is used as a cover crop. One of the hypothesis that can explain this result is the probable effect that species of this genus do on nitrification inhibition. The objective of this work was to study the influence of interaction between cover crops and N sources in the forms of soil N, the consequences on the NR activity, as well as in grain yield of upland rice in a NT. The research was carried out in an experimental area located in Botucatu, São Paulo State, Brazil, in two steps. In the first step three experiments were carried out in a greenhouse. In experiment 1, the experimental design was completely randomized factorial 10 x 4 with four replications. The treatments consisted of 10 cultivars of upland rice (Caiapó, Carajás, IAC-25, Primavera, IAC 202, BRS Sertaneja, BRS Bonança, BRS Curinga, Maravilha and BRS Talento) combined with four evaluation periods (7, 14 , 21 and 28 days after emergence - DAE). Differences between rice cultivars and the activity of the NR enzyme were evaluated. In experiment 2, the experimental design was completely randomized factorial 3 x 4 with four replications. The treatments consisted of three soil pH levels (high acidity - 4,5; medium acidity 5,5 and low 5 acidity - 6,3) combined with 4 N sources (nitric, ammoniacal, ammoniacal + nitrification inhibitor and control). The evaluations were: nitrate and ammonium contents in the soil, content of cationic micronutrients in shoots of rice, NR enzyme activity, shoot dry matter of plants, yield components and rice yield. In experiment 3, the experimental design was completely randomized factorial 3 x 5, with three replications. The treatments consisted of three soil pH levels (high acidity - 4,5; medium acidity 5,5 and low acidity - 6,3) combined with micronutrients (Fe, Zn, Mn, Fe+Zn+Mn and control - without micro). The evaluations were: nitrate and ammonium contents in the soil, content of cationic micronutrients in rice shoots, NR enzyme activity, dry matter of plants, yield components and yield of rice. The field experiment was carried out in the 2009/2010 growing season. The experimental design was a randomized complete block, in splitplot scheme with four replications. The plots were constituted by six species of cover crops (Brachiaria brizantha, B. decumbens, B. humidicola B. ruziziensis, Pennisetum americanum and Crotalaria spectabilis) and the the subplots for seven forms of fertilizer management (M1 - 80 kg ha-1 calcium nitrate at 30 DAE, M2 - 40 kg ha-1 calcium nitrate at 0 DAE and 40 kg ha-1 at 30 DAE, M3 - 80 kg ha-1 ammonium sulfate at 30 DAE, M4 - 40 kg ha-1 ammonium sulfate at 0 and 40 kg ha-1 at 30 DAE, M5 - 80 kg ha-1 ammonium sulfate + nitrification inhibitor (DCD) at 30 DAE, M6 - 40 kg ha-1 ammonium sulfate + DCD at 0 DAE and 40 kg ha-1 at 30 DAE and M7 - control - no N). The following evaluations were performed: a) NO3--N, NH4+-N and ammonifying bacteria and nitrifiers in the soil; b) total-N, NO3--N, NH4+-N and the NR activity in the plants; c) yield components and grain yield of rice. Data were submitted to analysis of variance. The averages were compared by t test - LSD 5%. The main results were: Experiment 1 - The NR activity decreased as increasing the rice cycle. There was no marked difference among the tested cultivars. Experiment 2 - The production of dry matter of shoots and number of tillers were greater for middle and high acidity, when N was supplied as ammonium. The rice crop was affected in conditions of low acidity, when was used nitrate as a source of N. The use of nitrification inhibitor did not improve the efficiency of the ammonia source. The highest yields were obtained under conditions of high soil acidity, regardless of N source and medium acidity when the N source used was ammonium. Experiment 3 - The middle acidity of the soil resulted in higher NR activity. NR activity decreased with increased time after emergence of rice. The addition of Zn produced higher dry matter of plants with low acidity and a higher 6 number of panicles per plant. The addition of Fe provided the highest weight of 100 grains under conditions of high acidity and higher productivity in conditions of medium soil acidity. The application of micronutrients is essential to the development and productivity of rice, especially when soil acidity is low. Field experiment - The pearl millet was the cover crop that provided the highest rice grain yield. Nitrogen fertilization as ammonium did not provide higher grain yield of rice. The use of DCD inhibited depart nitrifying bacteria and resulted in higher levels of ammonium in the soil. The activity of nitrifying and ammonifying bacteria was higher in plots cultivated with Brachiaria. The forms of nitrogen management that provided the highest yield were the splitted ones. NR activity decreased as time increased after rice emergence. Keywords: nitrogen fertilization, ammonium, soil fertility, nitrate, plant nutrition and crop system. 7 3. INTRODUÇÃO O Brasil destaca-se como grande produtor e consumidor de arroz. Produz anualmente entre 10 e 11 milhões de toneladas. Esta quantidade é soma do arroz produzido nos ecossistemas terras altas e várzeas. No entanto, nos últimos anos a área cultivada com arroz de terras altas sofreu grande redução. Uma das razões foi devido a redução de abertura de novas áreas na região central do Brasil, condição em que a cultura se desenvolvia bem. Outra razão foi devido a introdução do Sistema Plantio Direto (SPD) nas áreas já abertas, condição na qual a cultura não vem tendo sucesso, principalmente, na fase inicial de estabelecimento das plantas. Embora o nitrogênio (N) seja o principal nutriente exigido pela cultura do arroz de terras altas, o N total no solo nem sempre traz vantagens à cultura, principalmente quando se trata da sub-espécie Japônica, da qual advêm os materiais adaptados ao ecossistema de terras altas. As cultivares deste grupo desenvolvem-se melhor com o fornecimento de nitrato e amônio em quantidades semelhantes. A provável razão para isso pode estar associada a baixa capacidade de assimilação do nitrato, ou seja, baixa atividade da enzima nitrato redutase (NR) nos primeiros 20 a 30 dias após a emergência. Portanto, o insucesso do arroz de terras altas no SPD pode ser decorrente da predominância de nitrato no solo, devido a correção da acidez proporcionar condições favoráveis aos microrganismos nitrificadores. Outro ponto que deve ser considerado é que a elevação do pH pode provocar a diminuição no teor de alguns micronutrientes, dentre eles o ferro e assim, comprometer a conversão do NO3- a NO2-, visto que o Fe é essencial à redução do nitrato. 8 Assim, a adoção de práticas que limitam por determinado tempo o processo de nitrificação e/ou aumentam o teor de amônio no solo, em quantidades equivalentes ao nitrato, podem ser a solução para o sucesso do arroz de terras altas no SPD. Uma dessas práticas parece ser o planejamento de rotação/sucessão no que diz respeito a cultura e/ou planta de cobertura antecessora ao arroz. Esse argumento é respaldado em resultados de pesquisa em que o arroz de terras altas desenvolveu-se melhor em sucessão a determinadas espécies de braquiária e também após algumas sucessões tais como, Crotalaria juncea/feijoeiro e milheto/feijoeiro (KLUTHCOUSKI & STONE, 2003). Outra possibilidade de contornar o problema da baixa atividade da enzima NR, na fase inicial de desenvolvimento do arroz, seria a utilização de fontes de N na forma amoniacal na semeadura e/ou logo após a emergência. No entanto, como as transformações de N-amoniacal em N-nítrico no solo ocorrem de forma rápida, algumas medidas seriam necessárias, destacando-se o uso de inibidores de nitrificação junto com as fontes amoniacais e o cultivo do arroz após plantas de cobertura com potencial de inibição da nitrificação. Em vista das informações acima descritas as hipóteses deste trabalho foram: a) o baixo desempenho do arroz em SPD pode ocorrer não só pela predominância de nitrato, mas também pela deficiência de micronutrientes; b) plantas de cobertura podem inibir a nitrificação e consequentemente equilibrar a proporção NO3-/NH4+ no solo, melhorando o desenvolvimento do arroz de terras altas para produtividades em níveis econômicos viáveis; c) quando se cultiva arroz de terras altas no SPD a probabilidade de sucesso é maior quando são utilizadas fontes de nitrogênio amoniacais. Portanto, o objetivo deste trabalho foi estudar influência da interação de plantas de cobertura e de fontes de N nas formas de N no solo e as conseqüências na atividade da enzima NR, bem como na produtividade de grãos do arroz de terras altas em SPD. 9 4. REVISÃO DE LITERATURA 4.1. Cultivo do arroz de terras altas no Brasil O arroz de sequeiro ganhou espaço no cenário nacional de produção de grãos em função do avanço da fronteira agrícola para a região dos Cerrados. Foi considerado a principal cultura nesta região agrícola (CRUSCIOL et al. 1999a; CRUSCIOL et al. 1999b) e seu cultivo ocorria em áreas de abertura para implantação de pastagens ou em áreas para fins agrícolas onde era cultivado por um a dois anos em solos preparados e corrigidos de forma precária (GUIMARÃES & STONE, 2004). A cultura do arroz se desenvolvia bem nestas condições por ser este cereal adaptado às condições naturais dos solos ácidos, daí ser considerada a cultura “desbravadora” dos solos, após a derrubada da vegetação nativa (OLIVEIRA & YOKOYAMA, 2003). Outro aspecto que favorece seu cultivo em áreas de abertura é o baixo custo de produção e facilidade de implantação em relação a outras culturas, tais como o milho e a soja (CRUSCIOL et al. 1999a e CRUSCIOL et al. 1999b). Posteriormente, dois fatores contribuíram para a redução da área cultivada. O primeiro foi a preferência dos consumidores pelo arroz com grãos tipo agulhinha, até então cultivado nas condições irrigadas da região sul do país e o segundo foi a redução de aberturas de novas áreas na região central do Brasil (GUIMARÃES & STONE, 2004). Com o advento dos novos cultivares, o arroz de sequeiro tradicional cedeu espaço para uma cadeia produtiva mais tecnificada, empresarial, denominada de “arroz terras altas” (BRESEGHELLO & YOKOYAMA, 2000), e passou a ser cultivado em rotação com soja (COBUCCI, 2001) principalmente, na região dos Cerrados em SPD. 10 O SPD nos trópicos foi consagrado, principalmente com as culturas de soja, milho, feijão, sorgo e trigo. A cultura do arroz, também tem apresentado bom desempenho no SPD quando cultivado sob irrigação por inundação, entretanto, quando cultivada no ecossistema de terras altas, a cultura não tem se desenvolvido adequadamente (MOURA NETO et al., 2002). Aidar & Kluthcouski (2003) relataram que o arroz de terras altas parece ser, dentre as principais culturas, o menos adaptado ao SPD, embora as razões desta observação ainda não foram elucidadas. O cultivo de arroz no ecossistema de terras altas, apesar das importantes inovações tecnológicas conseguidas nas décadas de 80 e 90, tem dois grandes desafios; o primeiro, é consolidar a cultura de forma sustentável nos diferentes sistemas de produção de grãos, especialmente sob SPD e o segundo é a mudança do perfil do rizicultor, ainda falta muito para se alcançar um estágio que possa classificá-los como profissionais da cultura (KLUTHCOUSKI & PINHEIRO, 2003). Séguy & Bouzinac (1996) desenvolveram pesquisas com o arroz de terras altas no SPD no Centro-Norte do Mato Grosso e relatam que a cultura não expressou seu potencial produtivo. Os autores observaram que no SPD a produção foi de 1.655 kg ha-1, enquanto que no cultivo com gradagens contínuas e com aração profunda a produção foi de 1.835 kg ha-1 e 3.093 kg ha-1, respectivamente. Algumas hipóteses surgiram na tentativa de explicar o baixo desempenho da cultura no SPD. Uma delas seria a grande exigência em macroporosidade no perfil do solo. No entanto, essa hipótese não foi sustentada. Segundo Kluthcouski et al. (2000) a adoção do SPD nos últimos anos deu-se em razão da solução parcial ou total dos problemas de primeira geração, tais como a formação e manutenção de cobertura morta, correção das propriedades físicas e químicas do perfil do solo, dentre outros. Porém, mesmo com todas estas melhorias, a cultura do arroz não tem apresentado bom desenvolvimento. Embora haja correção do perfil do solo, as mudanças superficiais são muito intensas. O não-revolvimento do solo no SPD e o conseqüente acúmulo de resíduos vegetais, corretivos e fertilizantes na superfície promovem modificações das características químicas, físicas e biológicas do solo. Estas alterações refletem na fertilidade e na eficiência do uso de nutrientes pelas culturas. Modificam o movimento e a redistribuição de compostos mais solúveis, entre os quais se destaca o nitrogênio (KOCHHANN & SELLES, 1991). 11 4.2. Dinâmica do nitrogênio no solo O nitrogênio está presente no solo sob de três formas principais, compostos orgânicos em restos vegetais (i), nos organismos e húmus do solo (ii) e em formas inorgânicas (iii). Nesta última forma o N está representado pelo NH4+ fixado em minerais de argila e pelo NH4+, NO3- e NO2- presentes na solução do solo. A proporção média de ocorrência de cada forma está representada na Figura 1 (MCLAREN & CAMERON, 1996). O nitrogênio no solo está predominantemente na forma orgânica e é liberado ao solo por processos biológicos (mineralização, desnitrificação e imobilização). Após as transformações microbiológicas do N, atuam os processos físicos-químicos (volatilização, fixação e lixiviação), geralmente associados a saídas de N dos sistemas agrícolas. A disponibilidade de N no solo depende do balanço entre os processos de mineralização e os de imobilização. O balanço entre esses processos pode variar com o tempo, com a constituição do resíduo orgânico em decomposição, com a atividade microbiana do solo (MARSCHNER, 1995; AITA & GIACOMINI, 2007) e também com o sistema de cultivo adotado. Gonçalves et al. (2000) observaram que após seis anos de manejo do solo no SPD, apenas 4% do nitrogênio foi encontrado sob a forma mineral (NO3-, NO2- e NH4+). N-NH4+ fixado em minerais de argila (1-6%) N Mineral NH4+ NO2NO3(1-2%) N Orgânico (94-98%) Figura 1. Distribuição das formas de nitrogênio no solo (McLAREN & CAMERON, 1996). 12 4.2.1. Ação de processos biológicos O acúmulo de resíduos orgânicos na superfície do solo promove aumento da atividade biológica e como conseqüência transformações do material orgânico. Em relação ao N as principais transformações de origem biológica são: mineralização (amonificação e nitrificação), desnitrificação e imobilização. a) Mineralização O processo de transformação do nitrogênio orgânico em formas inorgânicas é chamado de mineralização. No processo de mineralização da matéria orgânica, o N passa pelas seguintes etapas: N-orgânico; N-amídico; N-amoniacal; N-nitrico (N-nitrito e N-nitrato). O amônio e o nitrato produzidos são conseqüência de dois processos microbiológicos distintos, a amonificação e a nitrificação (PAUL & CLARK, 1989). A amonificação, é o processo de desaminação de compostos orgânicos nitrogenados complexos (PAUL & CLARK, 1989) que podem ser proteínas, aminoácidos e ácidos nucleicos. Quando os microorganismos decompositores (bactérias saprófitas e fungos) atuam sobre a matéria orgânica nitrogenada liberam diversos resíduos para o meio ambiente, entre eles a amônia (NH3). Combinando-se com a água do solo, a amônia forma hidróxido de amônio que ionizando-se, produz NH4+ (íon amônio) e OH- (hidroxila) (CARDOSO, 1992). O processo de nitrificação envolve a conversão de NH4+ do solo em NO3-, por reações de oxidação (CAMERON, 1992). Esta reação é governada pela atividade de dois grupos específicos de bactérias autotróficas e ocorre em duas etapas. A primeira denominada de nitritação envolve a conversão de NH4+ a NO2- por Nitrosomonas e Nitrosospira, (WILD, 2009) de acordo com a Equação 1. Equação 1. 2NH4+ + 3O2 ---Nitrosomonas---> 2NO2- + 2H2O + 4H+ Esta etapa da nitrificação pode ser subdividida em outras duas, de acordo com a atuação das enzimas amônia mono-oxigenase (AMO) e hidroxilamina oxidoredutase (HAO), presentes nas bactérias Nitrosomonas (SUBBARAO et al., 2007a; 2007b). Estas enzimas catalisam as reações essenciais do processo de oxidação da amônia 13 (SUBBARAO et al., 2008). A AMO atua na conversão da amônia em hidroxalamina (Equação 2) e a HAO atua na conversão da hidroxalamina à nitrito (Equação 3). Equação 2. NH3 + O2 + 2H+ ----AMO----> NH2OH + H2O Equação 3. NH2OH + H2O -----HAO-----> NO2- + 5H+ A segunda etapa do processo de nitrificação é chamada de nitratação, ou seja, a oxidação de NO2- à NO3-. É realizada em uma única fase por ação da enzima nitrito oxidoredutase presente nas bactérias do gênero Nitrobacter (Equação 4). Esta conversão ocorre rapidamente e, portanto, o nitrito raramente se acumula no solo (WILD, 2009). 2NO2- + O2 ---nitrito oxidoredutase---> 2NO3- Equação 4. Nos sistemas existem várias causas que aceleração o processo de nitrificação (POUDEL et al., 2002). Algumas dessas causas são inevitáveis como a correção do solo e melhorias na estrutura física, o que resulta em maior aeração. Porém existem outras que poderiam ser contornadas, como a falta de rotação de culturas e o uso excessivo de fertilizantes nitrogenados (SUBBARAO, 2009a). Dessa forma, a principal forma de N encontrada em solos de terras - altas é o NO3 , independente da fonte de N aplicada. Além disso, quando o solo é cultivado com arroz as raízes podem arejar o solo (na região da rizosfera) o que favorece ainda mais o processo de nitrificação (RUBINIGG et al, 2002; WANG & PENG, 2003). b) Desnitrificação Muitas bactérias são capazes de utilizar NO3- em vez de oxigênio como aceptor de elétrons em seus terminais da cadeia respiratória e, assim, reduzir NO3- em nitrito (NO2-) e hiponitrito (HON2O2), e depois em N elementar (N2), óxido nitroso (N2O) e nítrico (NO) cujo destino é a atmosfera. Este processo é conhecido como desnitrificação (FENN & HOSNER, 1985). 14 c) Imobilização A imobilização do N é um processo que ocorre concomitantemente com a mineralização, porém no sentido inverso. A imobilização é definida como a transformação do N inorgânico em N orgânico. Esse processo é mediado por microorganismos que incorporam o N inorgânico disponível no solo às suas células. Ao morrerem, o N assimilado pode voltar a ser mineralizado ou ser incorporado às células de outros microorganismos (CANTARELLA, 2007). A disponibilidade de N no solo é, portanto, controlada pelos processos microbianos de mineralização e imobilização, os quais dependem basicamente da relação C/N e da composição bioquímica dos resíduos culturais em decomposição (MARY et al., 1996). As leguminosas possuem baixa relação C/N, quando comparada a plantas de outras famílias. Esta característica, associada à presença de compostos solúveis, favorece a mineralização dos restos vegetais (ZOTARELLI, 2000). Já as espécies nãoleguminosas de modo geral apresentam alta relação C/N, o que favorece a imobilização temporária do nitrogênio na biomassa microbiana (ANDREOLA et al., 2000). 4.2.2. Ação de processos físicos-químicos Após as transformações biológicas dos compostos nitrogenados atuam os processos físicos-químicos, geralmente associados a saídas de N dos sistemas agrícolas. Os principais processos são volatilização de N-NH3, fixação de N-NH4+ e lixiviação de N-NO3-. A maior parte do N é liberada durante o início da decomposição, o que pode coincidir com a baixa demanda em N pela cultura em desenvolvimento. Se o N mineral estiver disponível precocemente, poderão ocorrer perdas do nutriente por volatilização de amônia (AITA et al., 2001) e por lixiviação de N-NO3- (ROSECRANCE et al., 2000). A maior perda de nitrato por lixiviação no SPD ocorre devido a menor evaporação e melhor estruturação ao longo do perfil, o que favorece a infiltração de água no solo. O íon nitrato acompanha esse fluxo para camadas mais profundas (MUZILLI, 1983). O nitrato é o elemento mais facilmente perdido por lixiviação (FRYE, 2005), acompanhando o movimento descendente da água que percola no perfil do solo. Isto ocorre devido à predominância de cargas negativas na camada superficial do solo e à baixa interação química do ânion com os minerais do solo (CANTARELLA & MARCELINO, 2008). 15 4.3. Manejo do N na cultura do arroz de terras altas O entendimento da dinâmica do N no solo é de suma importância. De todos os nutrientes minerais, o N é quantitativamente o mais importante para o crescimento das plantas. A forma de nitrogênio no solo (NO3-, NH4+) pode influenciar o balanço de cátions-ânions nas plantas (ENGELS & MARSCHNER, 1995). O nitrogênio é o principal elemento exigido pela cultura do arroz de terras altas, especialmente às cultivares modernas (CRUSCIOL et al., 1999b) e o que mais limita a produtividade de grãos (PETERS & CALVERT, 1982). Este nutriente propicia, entre outros, os seguintes benefícios ao arroz: aumenta o número de perfilhos e com isso o número de panículas, aumenta o número e o tamanho dos grãos e o teor de proteína (FAGERIA et al., 2003). A maioria das plantas absorve indistintamente nitrato e amônio. O arroz tem preferência pela absorção de amônio, porém outros fatores como idade, ambiente, espécie vegetal, bem como a disponibilidade no solo podem determinar a absorção preferencial de uma das formas. A utilização conjunta das duas formas de N pode levar a melhores desempenhos da planta (TISDALE et al., 1985). Para o bom crescimento e desenvolvimento do arroz é necessário o fornecimento de nitrato e amônio em quantidades semelhantes (TA & OHIRA, 1981). Dada a sua importância e a alta mobilidade no solo, o nitrogênio tem sido intensamente estudado, no sentido de maximizar a eficiência do seu uso (BREDEMEIER & MUNDSTOCK, 2000). Porém, o efeito da adubação nitrogenada na cultura do arroz é variável, ora incrementa a produtividade (FARINELLI et al., 2004; BORDIN et al., 2003; STONE et al., 1999), ora não (ARF et al., 1996; ARF et al., 2003). A baixa eficiência do uso agronômico do N observada em grande parte dos sistemas agrícolas é resultado de perdas de N associadas a nitrificação, ou seja, as perdas de N por lixiviação e desnitrificação do NO3(RYDEN et al., 1984). Para superar essa variação de resultados, tem-se procurado diminuir as perdas do nitrogênio no solo, bem como melhorar a absorção e a metabolização do N na planta (BREDEMEIER & MUNDSTOCK, 2000). Um das razões da inconsistência dos resultados ou provavelmente a principal, é a forma que o N está presente no solo. 16 É importante relatar que nos sistemas que envolvem culturas anuais, principalmente no SPD, os teores de nitrato superam os de amônio na camada superficial do solo. O predomínio do nitrato ocorre em função da adubação e da correção da acidez propiciarem condições favoráveis aos microrganismos nitrificadores (D’ANDRÉA et al., 2004). Outro aspecto a ser considerado é a velocidade de absorção. Íons como NO3-, K+ e Cl- são absorvidos mais rapidamente, enquanto a absorção de Ca2+, SO42- é relativamente lenta. A diferença na taxa de absorção significa que a planta remove cátions e ânions em quantidades desiguais do meio (MENGEL & KIRKBY, 1987). Dessa forma, quando predomina a absorção de nitrato poderá ocorrer deficiência de enxofre. Nestas situações deve-se realizar o fornecimento de S nas mesmas proporções do N, a fim de garantir o equilíbrio destes nutrientes na planta (MALAVOLTA, 1986). Considerando estas informações, o sulfato de amônio apresenta a vantagem em relação a outras fontes de N por conter S (24 % S) em sua formulação (PRIMAVESI et al., 2004), porém apresenta a desvantagem do maior custo por unidade de N. Outro aspecto a ser considerado em relação a fontes amoniacais é a acidificação do solo, o que para a cultura do arroz não seria problema. Fageria & Zimmermann (1998) observaram maior produtividade do arroz de terras altas, quando o pH do solo estava abaixo de 5,3. Além disso, a acidez poderia retardar a nitrificação, o que também seria interessante para o arroz, uma vez essa cultura requer equilíbrio entre nitrato e amônio no solo. Entretanto, em ambientes favoráveis à nitrificação o uso do sulfato de amônio não seria suficiente para equilibrar os teores de amônio e nitrato no solo. De acordo com Cantarella & Marcelino (2008) a maioria dos fertilizantes nitrogenados incluindo os amoniacais são solúveis em água, e liberam rapidamente NH4+. Aita et al. (2007) observaram que o N amoniacal é rapidamente nitrificado no solo em SPD e completamente oxidado a N nítrico, entre 15 e 20 dias após a aplicação. Para que o equilíbrio entre amônio e nitrato seja atingido não bastam soluções imediatas. É necessário pensar no sistema como um todo e executar as alternativas antes da implantação da cultura. Soluções pontuais como o fornecimento de N na forma amoniacal surtiriam pouco efeito, visto que o N do fertilizante também seria nitrificado. 17 De modo geral a análise do sistema sugere que o cultivo de plantas, especialmente a do arroz seria beneficiado se fosse desenvolvido em solos com pH mais ácidos, não tão próximos da neutralidade. Nestas condições poderia ser utilizada qualquer fonte nitrogenada. 4.3.1. Solos com acidez corrigida Em estudos avaliando o efeito da acidez do solo na cultura do arroz de terras altas, Fageria & Zimmermann (1998) relataram a diminuição na produção com o aumento do pH acima de 5,3 em Latossolo Vermelho-Escuro do cerrado. As maiores taxas de nitrificação têm sido obtidas nos solos onde se procede a correção da acidez do solo (HAYATSU & KOSUGE, 1993). Estudos microscópicos tem revelado que sob condições de boa nitrificação, microrganismos amônio-oxidantes e nitrito-oxidantes estão em perfeita simbiose (PHILIPS & VERSTRAETE, 2001), o que significa que não ocorrerá acúmulo de amônio no solo. Portanto, a provável causa na redução da produtividade com a elevação do pH e melhoria da fertilidade do solo pode estar relacionada com a predominância de NO3- no solo. Outro fator associado ao pH que pode diminuir a produção de grãos é a deficiência de micronutrientes (FAGERIA et al., 1994). Em pH elevado (alcalino) além da diminuição da absorção dos nutrientes aniônicos da solução (NO3-, H2PO4-, SO4-, Cl-, MoO42-), ocorre também a precipitação do Fe2+, Mn2+ e Zn2+ (FAQUIN et al., 1996). Portanto, o cultivo em áreas com maior acidez poderia proporcionar maior disponibilidade e aproveitamento dos micronutrientes catiônicos do solo ou aqueles fornecidos pela adubação. Fageria (2000) observou sintomas de deficiência de Fe nas folhas mais novas do arroz a partir do nível de pH de 5,7. De acordo com Tisdale et al. (1985), a disponibilidade de Fe diminui cerca de 1.000 vezes com o aumento de uma unidade de pH. A falta de Fe deprime a produção de ferredoxina, o que, por sua vez, afeta o transporte de elétrons para processos, tais como a redução de nitrato. Por esta razão o nitrato está freqüentemente presente em níveis elevados em plantas deficientes em Fe. Portanto, a capacidade total de redução do nitrato pelas plantas, além de outros fatores depende do Fe (CAMPBELL, 1999). 18 A acumulação de Zn, Fe e Mn na planta diminui significativamente com o aumento do pH do solo, o que pode estar relacionado com a adsorsão ou precipitação desses micronutrientes. Há diminuição na acumulação de Fe, Mn e Zn com a elevação do pH do solo acima de 5,5 (FAGERIA, 2000). Tisdale et al. (1985) relataram que a disponibilidade de Mn e de Zn diminui cerca de 100 vezes com o aumento de uma unidade de pH. O manganês (Mn) tem função primordial na cadeia de transporte de elétrons durante a fotossíntese, quando ocorre deficiência deste micronutriente a reação à luz durante a fotossíntese é seriamente prejudicada e todas as outras reações associadas com o transporte de elétrons também o são. Isto inclui a redução de nitrito o que acarreta em seu acúmulo podendo exercer um controle em feedback sobre a nitrato redutase de tal modo que o NO3- se acumula, como, algumas vezes, é observado em plantas deficientes em Mn (KIRKBY & RÖMHELD, 2007). 4.3.2. Solos com acidez não corrigida Os microorganismos amonificantes são poucos afetados pelo pH do solo, entretanto, a atividade dos nitrificadores é extremamente dependente do pH. Em solos ácidos a população dos grupos nitrificadores (nitrossomonas e nitrobacter), é extremamente baixa (AQUINO, 1984). A taxa de nitrificação decresce abaixo do pH 6,0 em água e é insignificante abaixo de pH 4,5 (ADAMS & MARTIN, 1984). De acordo com Rosolem et al. (2003) a nitrificação é limitada em camadas de solo com pH (CaCl2,0,1 M) da ordem de 4,0. Por estas razões a forma predominante de N minerals solos sob cerrado nativo e sob pastagem, ao longo de praticamente todo o perfil, é a amoniacal (D’ANDRÉA et al., 2004). O predomínio desta forma de N no solo ocorre devido a acidez inibir a nitrificação e conseqüentemente a produção de nitrato (ADAMS & MARTIN, 1984). Foram justamente nestas condições que o arroz se destacou, sendo a cultura mais utilizada em áreas de abertura na região dos Cerrados. Na ausência do equilíbrio entre amônio e nitrato no solo, o arroz se desenvolve melhor quando a proporção de N-NH4+ é maior, o contrário não é verdadeiro. Fageria & Zimmermann (1998) observaram maior produtividade do arroz de terras altas, quando o pH do solo estava abaixo de 5,3, ou seja, condição na qual há predominância de N-NH4+ no solo. Uma das hipótese para explicar 19 menores produtividades em ambientes com predominância de N-NO3- está relacionada com a menor atividade da enzima NR nas fases iniciais da cultura. 4.4. Atividade da enzima nitrato redutase A nitrato redutase, é a primeira enzima que atua no processo de assimilação do nitrogênio nas plantas, é responsável pela redução do nitrato a nitrito (PURCINO et al., 1994), conforme a Equação 5: Equação 5. NO3- + NAD(P)H + H+ + 2e- NO2- + NAD(P) + H2O O NAD(P)H se refere a NADH ou NADPH (nicotinamida adenina dinucleotídeo reduzido). O NADH é o doador de elétrons para que a NR reduza o nitrato a nitrito, é o agente redutor na parte aérea das plantas (SOLOMONSON & BARBER, 1990) e atua em conjunto com o molibdênio que é o co-fator desta enzima (VIEIRA et al., 1992). Nos tecidos não clorofilados, como raízes, o agente redutor pode ser tanto o NADH quanto o NADPH (WARNER & KLEINHOFS, 1992). Qualquer fator que interfira na funcionalidade a enzima NR pode comprometer a transformação do N nítrico. A seqüência do metabolismo do N também é de suma importância, visto que, o nitrito é um íon altamente reativo e potencialmente tóxico. A toxidez por nitrito não ocorre porque as células vegetais transportam rapidamente o nitrito que foi originado pela redução do nitrato do citosol para o interior dos cloroplastos das folhas e nos plastídeos nas raízes (TAIZ & ZEIGER, 2004). Nessas organelas, a enzima nitrito redutase reduz o nitrito a amônio, conforme a Equação 6. Equação 6. NO2- + 6Fdred + 8H+ + 6e- NH4+ + 6Fdox + 2H2O Onde o Fd representa a ferrodoxina e os símbolos subscritos red e ox, forma reduzida e oxidada, respectivamente. O amônio derivado da absorção pela raiz, ou produzido por assimilação do nitrato ou da fotorrespiração, é convertido a glutamina e glutamato pelas ações seqüenciais da glutamina sintetase e glutamato sintase, que estão localizadas no citosol e nos plastídeos das raízes ou dos cloroplastos (CELESTINO, 2006). 20 O assunto da absorção de nitrato e a atividade da enzima NR em arroz foi recentemente abordado por Santos (2007). O autor estudou a atividade enzimática em duas cultivares de arroz, tradicional (Piauí) e melhorada (IAC-47) e observou maior atividade das enzimas nitrato redutase e glutamina sintase na variedade tradicional. Para entender as diferenças entres as cultivares de arroz, quanto a absorção e assimilação do nitrogênio, é preciso antes conhecer a origem desses materiais. O arroz cultivado é dividido em dois grandes grupos (sub-espécies): o Indica e o Japônica (OKA, 1958). Atualmente no grupo Japônica são reconhecidos dois subgrupos temperado e tropical (MATSUO, 1997). Em estudo com 53 cultivares de arroz do grupo Japônica e Indica, os autores observaram que a atividade da enzima NR foi maior nas espécies do grupo Indica, com atividade 30% superior as espécies do grupo Japônica (BARLAAN & ICHII, 1996). A maior eficiência na utilização do N por espécies do grupo Indica também foi constatada por Ta & Ohira (1981). Os autores observaram que genótipos do grupo Indica absorvem e reduzem o NO3- mais rapidamente que genótipos do grupo Japônica. Diferenças entre os genótipos de arroz quanto à atividade da enzima nitrato redutase, também foram observadas por Ouko (2003), sendo que as variações foram maiores nas espécies adaptadas ao ecossistema de terras altas, ou seja, para os materiais que pertencem ao grupo Japônica. Neste mesmo estudo o autor observou que quando o N é fornecido apenas na forma de nitrato para o grupo Japônica o crescimento é baixo e as plantas apresentaram sintomas de clorose. Ta & Ohira (1981) sugerem que isto pode ocorrer em função da baixa capacidade de assimilação do nitrato, ou seja, baixa atividade da enzima NR. No Brasil, os tipos Japônica eram cultivados no sistema de cultivo terras altas (sequeiro) e os tipos Indica sob irrigação por inundação, diferenças essas, já não perceptíveis nas variedades atuais (BADAN, 2003). No entanto, a maioria das cultivares tradicionais adaptadas às condições de terras altas é do tipo Japônica tropical (TORO, 2006). Deste modo, a baixa adaptação do arroz ao SPD, provavelmente está associada a baixa atividade da NR, visto que, conforme já discutido, neste sistema de produção ocorre a predominância de nitrato. A predominância de N na forma de nitrato pode prejudicar a cultura do arroz de duas maneiras. A primeira pela hipótese de que no início do desenvolvimento da 21 cultura a atividade da enzima NR seja baixa. Leyshon et al. (1980) observaram que plantas de trigo assimilaram mais prontamente amônio que nitrato pois, nos primeiros estágios de desenvolvimento, o sistema nitrato redutase não estava em pleno funcionamento. A segunda devido a preferência por absorção de N na forma amoniacal, ou seja, o arroz poderia se desenvolver melhor se houvesse maior oferta de amônio. Heinrichs et al. (2006) adubaram um grupo de plantas de arroz com amônio marcado (15NH4NO3) e outro grupo com nitrato marcado (NH415NO3) e observaram que a recuperação do N amoniacal foi superior. Outro aspecto que pode provocar a diminuição da atividade da NR é o excesso de nitrato. Fernandes & Rossielo (1986) relatam que a utilização combinada de nitrato e amônio pode promover aproveitamento direto da forma amoniacal, com a formação de compostos nitrogenados como proteínas estruturais e enzimas, as quais poderiam estimular a ação do sistema nitrato-redutase, uma vez que o nitrato acumulado não induziria a ação enzimática. 4.5. Inibição da nitrificação A inibição da nitrificação pode ser o processo mais importante que determina a eficiência do ciclo do N (ou seja, a proporção de N, que permanece no ecossistema ao longo de um ciclo completo). A eficiência na utilização do nitrogênio (matéria seca produzida por unidade de N aplicado) é uma função fisiológica intrínseca (GLASS, 2003), portanto, difícil de manipular geneticamente (SUBBARAO et al., 2009a). Melhorias na eficiência da utilização do nitrogênio são decorrentes da forma que o elemento é absorvido (FINZI et al., 2007). A redução da taxa de nitrificação possibilitará às plantas uma melhor oportunidade de absorver N, enquanto ele ainda permanece na região das raízes (DINNES et al., 2002, LIAO et al., 2004). No caso da cultura do arroz a regulação da nitrificação é importante para equilibrar a proporção entre NH4+ e NO3- no solo, condição na qual a cultura se desenvolve melhor (TA & OHIRA, 1981). 4.5.1. Inibidores biológicos da nitrificação Na tentativa de evitar a predominância de nitrato no SPD, qualquer prática que favoreça a manutenção do N na forma amoniacal seria desejável para a cultura do arroz. Uma delas seria a utilização de plantas de cobertura. De acordo com Scivittaro et al. (2003) a associação de adubos verdes a fertilizantes minerais como fonte de N para as culturas 22 é uma atividade de manejo promissora, com o propósito de racionalizar o uso das fontes minerais, sem prescindir de produtividades elevadas. Moreira & Siqueira (2006) relataram que a presença de N na forma NH4+ é favorecida por substâncias excretadas pelas raízes das gramíneas, que inibem a nitrificação, e pela existência de menores valores de pH, que ocorrem, geralmente, nessas condições. De acordo com Ishikawa et al. (2003) para minimizar as perdas de N associadas a nitrificação em sistemas de produção agrícola, é necessário manter o N no solo na forma amoniacal o maior tempo possível. Está estratégia permitirá a sincronia entre a oferta de N e a demanda das culturas (ISHIKAWA et al., 2003). A regulação da nitrificação poderia ser a chave para melhorar a recuperação de nitrogênio (N) e a eficiência agronômica do uso de N em situações em que a perda de N por nitrificação é significativa (SUBBARAO et al., 2007c), principalmente para espécies que exigem equilíbrio entre amônio e nitrato no solo, como é o caso do arroz (TA & OHIRA, 1981). Vários pesquisadores observaram baixa taxa de nitrificação em solos cultivados com gramíneas forrageiras tropicais e solos de floresta, o que levou à hipótese de que compostos liberados pelas raízes das plantas podem influenciar a nitrificação (LAVERMAN et al., 2000; ISHIKAWA et al., 2003; FILLERY, 2007). Recentemente, foi demonstrado que a nitrificação pode ser estimulada ou suprimida, dependendo do tipo do ecossistema (LATA et al., 2004). Na maioria dos casos, os constituintes químicos ativos não foram identificados ou não houve fornecimento de ingredientes ativos em quantidades suficientes para manter a inibição (FILLERY, 2007). Subbarao et al. (2007c) testaram várias espécies de plantas quanto à capacidade de produção de inibidores de nitrificação. Foram testadas espécies forrageiras, cereais e leguminosas. Dentre as forrageiras as espécies que mais se destacaram na inibição da nitrificação biológica foram as do gênero Brachiaria. Em solos onde houve o cultivo de Brachiaria humidicola a supressão da nitrificação foi maior que 90%. A inibição da nitrificação ocorreu pela liberação de exsudados das raízes. Porém, isto ocorreu, somente quando a fonte de adubação nitrogenada foi o NH4+. A capacidade natural de uma planta de inibir a nitrificação, através de exsudatos radiculares é denominado inibição biológica da nitrificação-IBN (SUBBARAO et 23 al., 2006b). Tal mecanismo foi observado em Brachiaria humidicola (ISHIKAWA et al., 2003; SUBBARAO et al., 2006a; 2007a; 2007c). O fracionamento biomonitorado dos exsudatos de Brachiaria humidicola permitiu o isolamento de um diterpeno cíclico, o qual foi denominado “brachialactone”. A inibição da nitrificação no nosso sistema in vitro ensaio de N. europaea foi linearmente relacionada à concentração de brachialactone. Brachialactone, pode ser considerado um potente IBN, quando comparado com nitrapirina ou dicianodiamida, dois dos inibidores de nitrificação sintéticos mais utilizados. A contribuição da brachialactone ao total da atividade inibitória dos exsudatos variou de 60% a a 96% (SUBBARAO, et al., 2009b). Os IBNs de raízes de Brachiaria humidicola parecem bloquear os caminhos das enzimas amônia mono-oxigenase (AMO) e hidroxilamina oxidoredutase (HAO) presentes nas bactérias Nitrosomonas (N.) europaea (SUBBARAO et al., 2007a, 2007b). A AMO e a HAO são vias enzimáticas, que catalisam as reações essenciais do processo de oxidação da amônia em NO3- (SUBBARAO et al., 2008). Um ensaio de bioluminescência usando uma cepa recombinante de Nitrosomonas europaea foi adotado para detectar e quantificar a presença de inibidores de nitrificação liberados nas raízes de plantas (IIZUMI et al., 1998; SUBBARAO et al., 2006a). A relação funcional entre a emissão de bioluminescência e a produção de nitrito no ensaio demonstrou ser linear. A inibição na bioluminescência causada por 0,22 mM de AT (inibidor sintético – allylthiourea) foi de 80% (SUBBARAO et al., 2006a). Usando um gradiente de concentração gradiente de AT (curva padrão, dose-resposta), o efeito inibitório de amostras (por exemplo exsudatos de raízes ou estratos de plantas) pode ser expresso e comparado. Com essas ferramentas metodológicas, é possível determinar e comparar a capacidade de IBN de culturas ou pastagens. O efeito inibitório de 0,22 mM AT em um ensaio contendo 18,9 mM de NH4+ é definido como uma unidade de atividade de AT (SUBBARAO et al., 2006a). Estudos com pastagens tropicais, cereais e leguminosas indicaram que existe uma a ampla capacidade de IBN entre as espécies de plantas. Foram testadas 18 espécies quanto a produção de IBN (ATU atividade-1 por peso seco de raiz) os resultados variaram de 0 (ou seja, nenhuma atividade detectável) a 18,3 unidades AT (SUBBARAO et al., 2007c). 24 A maior capacidade IBN foi encontrada em espécies do gênero Brachiaria. Pastagens de B. humidicola e B. decumbens, que são altamente adaptados aos ambientes de baixa oferta de N (RAO et al., 1996). No entanto, há variações entre diferentes cultivares de B. humidicola quanto a produção de IBNs. Além disso, independente da cultivar a produção de inibidores só foi identificada com o fornecimento de N-NH4+ (SUBBARAO et al., 2007a). A liberação de IBNs está relacionada ao status de N na planta (SUBBARAO et al., 2006a). Em particular, a forma de N aplicada (NH4+ ou NO3-) tem uma grande influência sobre a síntese e liberação de IBNs nas raízes de Brachiaria humidicola (SUBBARAO et al., 2007a; 2007b). As plantas cultivadas com NO3- como fonte de nitrogênio não estimularam a liberação IBNs nas raízes (SUBBARAO et al., 2007a). A liberação de IBNs em raízes foi observada em plantas cultivadas com N-NH4+ como fonte de N (SUBBARAO et al., 2007a; 2007b; 2009a; 2009b). Além disso, mesmo para as plantas cultivadas com N-NH4+ a presença de NH4+ na rizosfera é fundamental para a síntese e liberação de IBNs (SUBBARAO et al., 2007a; 2007b). A quantidade de IBNs liberada foi três vezes mais elevada quando as plantas foram cultivadas com N-NH4+, ao invés de N-NO3- (SUBBARAO et al., 2006a). A contínua presença de NH4+ e, talvez, o efeito secundário na redução do pH na rizosfera decorrente da sua absorção são fundamentais para a sustentação do desenvolvimento e exsudação IBN compostos. O pH baixo protege o IBN da inativação e os mantém funcionalmente ativo depois da exsudação. A associação de pH baixo e presença de NH4+ na rizosfera têm um efeito sinérgico sobre a exsudação de IBNs nas raízes (SUBBARAO et al., 2007a). O papel regulador que o NH4+ e o pH exercem na síntese e liberação de IBNs sugere que isto é um mecanismo de adaptação para proteger o NH4+ dos nitrificadores (SUBBARAO et al. 2006b) especialmente em sistemas naturais com limitação de N (LATA et al. 2004, SUBBARAO et al. 2006b). Assim, o estresse por falta de N poderia ser o estímulo para a evolução das plantas em produzir inibidores de nitrificação (RICE & PANCHOLY 1972, LATA et al., 2004). Esta teoria é relevante, visto que a absorção de NO3- é favorecida em meio ácido (pH baixo), com valor em torno de 4,0. Em contrapartida, a absorção de NH4+ é favorecida em meio alcalino (MARSCHNER, 1995). 25 Para averiguar a dependência do mecanismo de síntese de IBN a + presença de NH4 na rizosfera utilizou-se um sistema de raízes subdivididas. Inicialmente as plantas foram cultivadas apenas com (NH4)2SO4 como fonte de nitrogênio. Posteriormente, metade do sistema radicular foi exposta à NH4+ e outra metade à NO3-, em vasos separados. A exsudação de IBN (brachialactone) foi acionado somente na parte do sistema radicular exposto a NH4+, e não em todo o sistema radicular (SUBBARAO et al., 2009b). Outra característica da adaptação de plantas em solos de baixa fertilidade, especialmente em gramíneas tropicais, é o intenso desenvolvimento do sistema radicular, que pode ser observado pela magnitude de incorporação de carbono no solo, muitas vezes superior ao de outras culturas ou mesmo da mata nativa (FISHER et al., 1994). Quanto ao N está adaptação parece lógica, visto que, com a inibição da nitrificação, a planta dependerá do NH4+, o qual tem menor mobilidade no solo quando comparado ao NO3-. Não é pois de estranhar que as leguminosas não apresentam capacidade de produzir inibidores de nitrificação. Para as leguminosas, é provável que a produção dos IBNs teria pouco ou nenhum valor adaptativo, visto que, apresentam capacidade de fixar N por simbiose. Desta forma a manutenção de N na forma amoniacal não traria vantagens para as leguminosas, além do que favoreceria espécies concorrentes que não realizam simbiose (SUBBARAO et al., 2009a). Estudos preliminares em laboratório indicam que exsudatos das raízes da soja estimulam a nitrificação (SUBBARAO et al., 2007d). Por meio da utilização de plantas de cobertura em sistemas agrícolas, torna-se possível adicionar ao solo quantidades de resíduos vegetais capazes de afetar a biomassa microbiana do solo e, consequentemente, alterar o processo de mineralização do nitrogênio e outros elementos. Contudo, efeitos diferenciados sobre a biomassa microbiana têm sido observados em função do tipo de resíduo adicionado ao solo (ALMEIDA, 1991). Há uma estimativa que anualmente 30% da massa da raiz de pastagens de Brachiaria humidicola permanece no solo, o que equivale a uma tonelada de matéria seca de raízes por hectare (FISHER et al., 1994). Esta quantidade de raiz pode conter quantidades significativas de IBNs, podendo ser uma das principais razões para a baixa taxa de nitrificação observada em áreas cultivadas com esta espécie (ISHIKAWA et al., 2003). Kluthcouski & Stone (2003) observaram melhor desempenho do arroz de terras altas quando cultivado em sucessão a braquiária. Bordin et al. (2003) constataram 26 maior produtividade do arroz de terras altas quando cultivado após resíduos de Crotalaria juncea/feijoeiro e milheto/feijoeiro. Como a síntese de IBN só ocorre com a presença de NH4+ na rizosfera, em ambientes em que a nitrificação é favorecida é provável que as plantas não sejam estimuladas a produzir IBN, o que seria um problema à utilização de fertilizantes amoniacais. Uma forma de estimular a síntese de IBN seria adicionar inibidores sintéticos nas fontes amoniacais. 4.5.2. Inibidores sintéticos da nitrificação Inibidores sintéticos de nitrificação são compostos que retardam a oxidação do NH4+ à NO3-. A inibição da nitrificação ocorre pelo bloqueio da enzima AMO (SUBBARAO et al., 2007a; 2007b) presente nas bactérias Nitrosomonas (Figura 2). A AMO (enzima crítica envolvida na oxidação de amônia) tem ampla gama de substratos para oxidação catalítica, e os efeitos inibitórios de muitos compostos são devido à concorrência do sítio ativo da enzima (McCARTY, 1999). Esta fraqueza fundamental no funcionamento da enzima AMO permite que uma vasta gama de moléculas com diversas estruturas químicas possam agir como inibidores de nitrificação. Isto tem sido explorado durante o desenvolvimento de inibidores químicos da nitrificação (SUBBARAO et al., 2006b). Inibidor de nitrificação Nitrosomonas NH4+ amônia mono-oxigenase NO2- N2O NO3- Nitrobacter NO3Lixiviação Figura 2. Ação do inibidor sintético sobre a nitrificação (adaptado de CAMERON et al., 2004). 27 A manutenção do N na forma NH4+ traria vantagens para melhorar o aproveitamento do N nos sistemas agrícolas. No entanto, para obtenção das vantagens, além da utilização de plantas de cobertura com capacidade de produção de IBN, muitas vezes será necessário o uso de inibidores sintéticos de nitrificação (SUBBARAO et al., 2006b), principalmente quando a nitrificação é favorecida, visto que, nestas condições as plantas não seriam estimuladas a produzir IBN. Existem numerosos compostos registrados como inibidores da nitrificação (MCCARTY, 1999, SUBBARAO et al., 2006b). Porém, apenas alguns foram bastante estudados e testados em condições de campo. Os principais são, nitrapirina, DCD (dicianodiamida), e DMPP (3,4-dimetil pirazol fosfato) (DI & CAMERON 2002a; SUBBARAO et al., 2006b). O inibidor de nitrificação DCD retarda a primeira fase da nitrificação desativando as enzimas das bactérias que convertem as formas de N amoniacais em nítrica, resultando em significativa redução da lixiviação de NO3- (DI & CAMERON 2004). Além dos benefícios resultantes da redução da lixiviação de NO3-, os inibidores também podem ser utilizados como estratégias para redução das emissões de N2O (WILD, 2009). A vantagem do uso do DCD é o menor custo em relação a outros inibidores como nitrapirina e a alta solubilidade em água, possibilitando que seja aplicado de forma líquida. É menos volátil que nitrapirina e se decompõe em NH4+ e CO2 no solo (DI & CAMERON, 2002b). Além disso, o DCD é classificado como uma substância não-tóxica (AMBERGER, 1989). Marcelino (2009) observou redução de 76% da oxidação do amônio a nitrato em uréia tratada com DCD passados 15 dias após a incubação do fertilizante ao solo. Apesar dos resultados positivos obtidos com inibidores sintéticos, estes produtos ainda não foram amplamente adotados como uma ferramenta tecnológica, há dúvidas em relação ao custo x benefício. Estas dúvidas surgem pela falta de consistência dos resultados nos diversos ambientes agro-climáticos e diferentes tipos de solo (SUBBARAO et al., 2006b). Apesar das inovações tecnológicas há muitos desafios na pesquisa agronômica brasileira no que se refere à cultura do arroz de terras altas. O maior desafio é a consolidação da cultura, de forma sustentável, como um componente dos sistemas de produção de grãos, especialmente no SPD (CAZETTA et al., 2008). 28 5. MATERIAL E MÉTODOS 5.1. Experimentos em casa de vegetação Como são vários os fatores que podem estar relacionadas ao baixo desempenho do arroz no Sistema Plantio Direto (SPD), antes da instalação do experimento no campo foram realizados três experimentos em casa de vegetação para averiguação da consistência das hipóteses e para pré-definição dos tratamentos. Esses experimentos foram conduzidos em casa de vegetação no Departamento de Produção Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas/Unesp, Campus de Botucatu-SP. 5.1.1. Experimento 1 - Atividade da enzima nitrato redutase em cultivares de arroz de terras altas a) Delineamento experimental Foi utilizado o delineamento de blocos inteiramente casualizado em esquema fatorial 10 x 4, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por 10 cultivares de arroz de terras altas (Tabela 1) combinadas com 4 épocas de avaliação (7, 14, 21 e 28 DAE ). 29 Tabela 1. Variedades de arroz que foram estudadas e algumas de suas características. Botucatu-SP, 2009. Variedade Classificação Ciclo Detentor Lançamento Caiapó Carajás IAC-25 Primavera IAC 202 BRS Sertaneja BRS Bonança BRS Curinga Maravilha BRS Talento Tradicional Tradicional Tradicional Intermediária Intermediária Intermediária Moderna Moderna Moderna Moderna dias orgão ano 96 84 95 - 105 87 110 88 EMBRAPA EMBRAPA IAC EMBRAPA IAC EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA 1992 1994 1996 1988 2007 2000 95 - 105 110 1996 2001 b) Instalação e condução do experimento O solo utilizado foi um Latossolo Vermelho eutrófico proveniente de uma área sob SPD já consolidado, por ser neste sistema que o arroz não tem apresentado bom desenvolvimento. Foram utilizadas amostras deformadas com as seguintes características químicas (RAIJ et al., 2001) na camada 0-20 cm: matéria orgânica, 29,9 g dm-3; pH (1:2,5 solo/suspensão de CaCl2 0,01 mol L-1), 5,60; P (resina), 26,3 mg dm-3; K, Ca e Mg trocáveis de 3,4, 55,0 e 30,0 mmolc dm-3, respectivamente, acidez total em pH 7,0 (H + Al) de 31 mmolc dm-3, capacidade de troca de cátions total (CTC) de 119 mmolc dm-3, saturação por bases de 74 %. O solo foi peneirado (malha 2 mm) e adubado com 150 mg dm-3 de P e 80 mg dm-3 de K e colocado em vasos de 8 litros. Não foi fornecido N, para que este nutriente não alterasse a atividade da enzima nitrato redutase. Foram semeadas 20 sementes por vaso e após a germinação mantidas as 10 plantas mais uniformes. Os vasos foram irrigados para manutenção do teor de água do solo em 80% da capacidade de campo. O volume de reposição de água foi determinado por meio da pesagem dos vasos. 30 c) Avaliações Atividade da enzima nitrato redutase Pesou-se 200 mg de tecido foliar (provenientes do terço médio). A matéria fresca pesada foi colocada em tubos de ensaio com 5 mL de solução de incubação (JAWORSKI, 1971). Está solução foi constituída por tampão fosfato (KH2PO4 0,1 M; pH 7,5), KNO3 (0,1M), n-propanol (3% v/v) e NADH (β-nicotinamida adenina dinucleotídeo, forma reduzida). O n-propanol foi usado para aumentar a permeabilidade celular ao nitrato e ao nitrito. O NADH foi utilizado como doador de elétrons para ativação da enzima nitrato redutase. Isto foi necessário porque o congelamento das amostras em nitrogênio líquido inativou o NADH presente naturalmente na planta. O tecido vegetal, submerso na solução de incubação, foi infiltrado à vácuo durante um minuto com descanso de 30 segundos. Este procedimento foi repetido três vezes e teve por finalidade aumentar a penetração da solução nos tecidos. Após a infiltração, os tubos foram cobertos com papel alumínio e mantidos, na ausência de luz, em banho-maria a 30 °C, por 30 minutos. Finalizada a incubação efetuou-se a filtragem do material. O material filtrado foi diluído oito vezes em tampão fosfato. Desta diluição retirou-se uma alíquota de 1 mL a qual foi adicionado 1 mL de sulfanilamida 1% (para interromper a reação) e 1 mL de N-naftil-etilenodiamino 0,02%. Após a adição destes reagentes procedeu-se a leitura de absorbância em espectrofotômetro a 540 nm. A atividade da enzima foi expressa em µmoles de NO2- liberados por grama de matéria fresca na solução de incubação no período de uma hora (µmoles de NO2- h-1 g mf -1), com base na curva padrão de NaNO3 (0, 5, 10, 20, 25, 40 e 50 µM) de acordo com a metodologia proposta por Jaworski (1971). Os dados foram submetidos à analise de variância. As médias entre os cultivares foram comparadas pelo teste Scott-Knott e as médias das épocas de coleta pelo teste LSD, ambos a 5% de probabilidade. 31 5.1.2. Experimento 2 - Efeito do pH nas formas de N, no teor de micronutrientes e na atividade da enzima nitrato redutase do arroz a) Delineamento experimental O delineamento experimental foi de blocos inteiramente casualizado no esquema fatorial 3 x 4, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos de 3 níveis de acidez do solo (pH CaCl2), alta (4,5), média (5,5) e baixa (6,3) combinados com 4 fontes de N: nítrica - Ca(NO3)2.4H2O; amoniacal - (NH4)2SO4; amoniacal + inibidor de nitrificação-DCD (dicianodiamida) e controle - testemunha. A quantidade de N aplicada para cada fonte foi 80 mg dm-3 de solo. b) Instalação e condução do experimento O solo utilizado foi proveniente da camada arável (0-20 cm) de um Latossolo Vermelho, cuja a caracterização química está contida na Tabela 2. A caracterização química foi realizada de acordo com RAIJ et al. (2001). Tabela 2. Atributos químicos do solo antes da incubação com calcário e 30 dias após. Botucatu-SP, 2009. Níveis pH M.O. P (resina) H+Al K Ca Mg SB CTC V de acidez CaCl2 g dm-3 mg dm-3 --------------- mmolc dm-3 -------------% Antes da incubação 21 Alta 4,5 16,9 8,2 5,51 0,46 14 5 19,5 91,3 Média 5,5 15,4 Baixa 6,3 15,6 * Valores de pH pré-estabelecidos. 30 dias após a incubação 7,7 30,7 0,56 11,2 20,6 0,60 25 59 18 29 43,6 74,2 88,6 109,2 59 81 O solo coletado foi dividido em três porções iguais. Uma das porções foi mantida com o pH original e nas outras duas procedeu-se a elevação do pH à 5,5 e a 6,3. Para a elevação do pH aos valores propostos foi utilizado CaCO3 + MgCO3 p.a., sendo a quantidade necessária determinada pelo método de incubação (30 dias). As quantidades determinadas de calcário foram aplicas nas porções de solo, as quais permaneceram em 32 incubação durante 30 dias, com umidade na capacidade máxima de retencão de água do solo para reação do corretivo. Após a incubação, foi realizada novamente a caracterização química do solo (Tabela 2). Foram determinados também os micronutrientes catiônicos (Fe2+, Mn2+, Zn2+ e Cu2+) e teores de NO3- e NH4+ (Tabela 3). Tabela 3. Teores de micronutrientes catiônicos, nitrato e amônio do solo, antes da incubação com calcário e 30 dias após. Botucatu-SP, 2009. Níveis Fe2+ Mn2+ Zn2+ Cu2+ NO3NH4+ de acidez ------------------mg dm-3 ----------------------mg dm-3 -----Antes da incubação Alta 16,6 41 1,1 8,8 7,0 10,2 Média Baixa 11,0 7,5 30 dias após a incubação 14,4 0,8 7,0 9,7 0,6 6,2 14,0 30,0 6,6 7,2 As porções de solo foram submetidas a uma lavagem para a remoção do NO3-, objetivando a lixiviação forçada para remover o NO3- que eventualmente poderia ser maior nas porções de solo que receberam calagem. A lixiviação do NO3- foi realizada em vasos de 17 litros mediante a adição de água. O volume de água utilizado foi duas vezes a capacidade de retenção de água do solo. Após a lixiviação os teores de nitrato foram 4,5 e 9,45 mg dm-3 de solo, para o pH 5,5 e 6,3, respectivamente. O solo foi retirado dos vasos, secado à sombra e cada porção de solo foi adubada com 150 mg dm-3 de P e 80 mg dm-3 de K, nas formas de super fosfato triplo e cloreto de potássio, respectivamente. Nesta etapa as três porções de solo foram divididas em duas partes, uma para ser usada neste experimento e a outra para o Experimento 3. Os micronutrientes foram fornecidos junto com a reposição de água aos vasos, após a germinação das plantas. As quantidades aplicadas foram: 2,0 mg dm-3 de B; 3,0 mg dm-3 de Mn; 10,0 mg dm-3 de Zn e 1,5 mg dm-3 de Cu, fornecidos nas formas de H3BO3, MnSO4, ZnSO4, CuSO4, respectivamente. As unidades experimentais foram constituídas por vasos plásticos com capacidade para 17 kg de solo. Foram alocadas 20 sementes de arroz por vaso (cultivar IAC- 33 47) e após a germinação foram cultivadas 10 plantas. A quantidade de N fornecida pela fonte nítrica e amoniacal + DCD foi equivalente a 80 mg dm-3 de N e foi aplicada em duas épocas. A metade imediatamente após a germinação do arroz e a outra parte aos 15 dias após a primeira. A umidade do solo foi controlada diariamente por meio de pesagem dos vasos e reposição da água evapotranspirada para 80% da capacidade de campo. c) Avaliações NO3- e NH4+ no solo, micronutrientes e atividade da enzima nitrato redutase na parte aérea do arroz A coleta de solo e das plantas foi realizada a cada 7 dias após a emergência (DAE) até os 28 DAE. O solo coletado foi mantido a -20ºC, até o momento da análise. Os teores de NO3- e NH4+ no solo foram determinados pelo método proposto por Silva (1999). O teor de micronutrientes na parte aérea foi determinado de acordo com Malavolta et al. (1997) e a atividade da enzima nitrato redutase (NR) nas folhas do arroz conforme a metodologia descrita por Jaworski (1971). As folhas destinadas a determinação da enzima NR ficaram armazenadas a -80ºC, até o momento da análise. Matéria seca da parte aérea e número de perfilhos Determinou-se a produção de matéria seca da parte aérea (MSPA) e o número de perfilhos do arroz, aos 60 DAE. Para a determinação da MSPA coletou-se uma planta por vaso, a qual foi secada em estufa com circulação forçada de ar e temperatura de 6070oC, até atingir massa constante. O perfilhamento foi determinado por contagem, na mesma planta em que foi determinado a MSPA. Componentes da produção e produtividade de grãos a) O número de panículas por planta foi obtido contando-se as panículas de duas plantas por vaso, sendo o valor apresentado correspondente a média das duas plantas. 34 b) O número total de espiguetas por panícula foi obtido contando-se todas as espiguetas de duas plantas por vaso e o valor apresentado corresponde a média das duas plantas. c) A fertilidade das espiguetas foi determinada pela relação do número de espiguetas granadas por panícula pelo número total de espiguetas por panícula x 100. d) A massa de 100 grãos foi obtida pesando-se quatro amostras de 100 grãos por unidade experimental. O teor de água das sementes foi determinado e ajustado para 13%. e) A produtividade de grãos foi obtida pela colheita das panículas de duas plantas por vaso. A trilha dos grãos (das panículas) foi realizada manualmente. Os grãos passaram por um processo de limpeza para a separação da palha e das espiguetas chochas. Após esta operação, os grãos foram pesados e em seguida calculou-se a produtividade em gramas por planta. Análise Estatística Os dados foram submetidos à analise de variância e à comparação entre médias pelo teste LSD, a 5% de probabilidade. 5.1.3. Experimento 3 - Efeito de micronutrientes na atividade da enzima nitrato redutase do arroz a) Delineamento experimental O delineamento experimental foi de blocos inteiramente casualizados no esquema fatorial 3 x 5, com três repetições. Os tratamentos foram constituídos por 3 níveis de acidez do solo (pH CaCl2), alta (pH 4,5), média (pH 5,5) e baixa (pH 6,3) combinados com micronutrientes (1 - Zn, 2 - Fe, 3 - Mn, 4 - Zn+Fe+Mn (CQT-COQUETEL) e 5 -testemunha ausência de micronutrientes). Os micronutrientes foram fornecidos nas seguintes fontes e doses: Zn-ZnSO4 10 mg dm-3, Fe-ferrilene (EDDHA 6%) 10 mg dm-3, Mn-MnSO4 3 mg dm-3 e Zn+Fe+Mn (foram fornecidos na mesma fonte e dose dos tratamentos individuais). 35 b) Instalação e condução do experimento Foi utilizado o mesmo solo do Experimento 2, já adubado com super fosfato triplo e cloreto de potássio. As unidades experimentais foram constituídas por vasos plásticos com capacidade para 17 kg de solo. Foram semeadas 20 sementes por vaso (cultivar IAC-202) e após a germinação foram mantidas 10 plantas. Os vasos foram irrigados para manutenção do teor de água do solo em 80% da capacidade de campo. O volume de reposição de água foi determinado por meio da pesagem dos vasos. A adubação de cobertura foi feita com nitrato de amônio (NH4NO3). Foram fornecidos 80 mg dm-3 de N em duas aplicações, sendo que a metade do N foi aplicado imediatamente após a emergência do arroz e a outra metade aos 15 dias após a primeira. c) Avaliações Teor de NO3- e NH4+ no solo, teor de micronutrientes e atividade da enzima nitrato redutase na parte aérea do arroz A coleta de solo e das plantas foi realizada a cada 7 dias após a emergência (DAE) até os 28 DAE. O solo coletado foi mantido sob refrigeração, a -20ºC, até o momento da análise. O teor de NO3- e NH4+ no solo foi determinado de acordo com a metodologia proposta por Silva (1999). O teor de micronutrientes na parte aérea foi determinado de acordo com Malavolta et al. (1997) e a atividade da enzima nitrato redutase (NR) nas folhas do arroz conforme a metodologia descrita por Jaworski (1971). As folhas destinadas a determinação da NR ficaram armazenadas a -80ºC, até o momento da análise. Matéria seca da parte aérea e número de perfilhos Determinou-se a produção de matéria seca da parte aérea (MSPA) e o número de perfilhos do arroz, aos 60 DAE. Para a determinação da MSPA coletou-se uma planta por vaso, a qual foi secada em estufa com circulação forçada de ar a 60-70oC, até atingir massa constante. O perfilhamento foi determinado por contagem, na mesma planta em que foi determinado a MSPA. 36 Componentes da produção e produtividade de grãos a) O número de panículas por planta foi obtido contando-se as panículas de duas plantas por vaso, sendo o valor apresentado correspondente a média das duas plantas. b) O número total de espiguetas por panícula foi obtido contando-se todas as espiguetas de duas plantas por vaso e o valor apresentado corresponde a média das duas plantas. c) A fertilidade das espiguetas foi determinada pela relação do número de espiguetas granadas por panícula pelo número total de espiguetas por panícula x 100. d) A massa de 100 grãos foi obtida pesando-se quatro amostras de 100 grãos por unidade experimental. O teor de água das sementes foi determinado e ajustado para 13%. e) A produtividade de grãos foi obtida pela colheita das panículas de duas plantas por vaso. A trilha dos grãos (das panículas) foi realizada manualmente. Os grãos passaram por um processo de limpeza para a separação da palha e das espiguetas chochas. Após esta operação, os grãos foram pesados e em seguida calculou-se a produtividade em gramas por planta. Análise Estatística Os dados foram submetidos à analise de variância e à comparação entre médias pelo teste LSD, a 5% de probabilidade. 5.2. Experimento de campo - Plantas de cobertura e fontes de nitrogênio para o arroz de terras altas no sistema plantio direto 5.2.1. Caracterização da área experimental O experimento de campo foi realizado no ano agrícola 2009/2010 na Fazenda Experimental Lageado da Faculdade de Ciências Agronômicas/UNESP - Campus de Botucatu. A área está localizada a 22º 51’S de latitude, 48º 26’W de longitude e 740 m de altitude. Segundo a classificação climática de Köeppen, o clima predominante na região é do tipo Cwa. É caracterizado pelo clima tropical de altitude, com inverno seco e verão quente e chuvoso (LOMBARDI NETO & DRUGOWICH, 1994). 37 De acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos (EMBRAPA, 1999), o solo da área experimental é classificado como Latossolo Vermelho distroférrico, sendo manejado sob SPD há seis anos. A seqüência de culturas neste período foi: soja/aveia preta, milho/Brachiaria brizantha, milho/Brachiaria brizantha, soja/aveia branca, feijão/aveia branca, soja/pousio, milho verão/instalação do experimento. Os dados diários referentes às temperaturas máxima, mínima e precipitação pluvial durante a condução do experimento, coletados na Estação Meteorológica da Fazenda Experimental Lageado, pertencente ao Departamento de Precipitação (mm) 100 Setor de Climatologia, estão contidos na Figura 3. 2009 2010 40 80 32 60 24 40 16 20 8 0 0 Out Nov Dez Jan Fev Mar Temperatura (ºC) Recursos Naturais Abr Meses Figura 3. Precipitação ( ▌–, temperaturas máxima (▬– e mínima (─– registradas durante a condução do experimento. 5.2.2. Delineamento experimental e tratamentos O delineamento experimental foi em blocos casualizados, no esquema parcela subdividida, com quatro repetições. As parcelas foram constituídos por seis espécies de plantas de cobertura do solo (Brachiaria brizantha, B. decumbens e B. humidicola, B. ruziziensis, Pennisetum americanum e Crotalaria spectabilis) e as subparcelas por sete formas 38 de manejo da adubação nitrogenada (Tabela 4). As espécies de braquiárias foram utilizadas por apresentarem capacidade de inibir a nitrificação. O milheto por ser a espécie mais utilizada como fonte de palhada para cobertura de solo no Cerrado e a crotalária por sua utilização estar em franca expansão devido, principalmente ao seu efeito na redução de nematóides. A cultivar de arroz utilizada foi a IAC 202. Tabela 4. Manejo da adubação nitrogenada na cultura do arroz de terras altas no Sistema Plantio Direto. Botucatu-SP, 2009. Época de Aplicação de N Tratamentos Total 0 DAE 30 DAE ----------------------- kg ha-1 ----------------------Testemunha 0 0 0 Nitrato de cálcio (NO-40+40) 40 40 80 Nitrato de cálcio (NO-00+80) 0 80 80 Sulfato de amônio (NH-40+40) 40 40 80 Sulfato de amônio (NH-00+80) 0 80 80 Sulfato de amônio + DCD (NHI-40+40) 40 40 80 Sulfato de amônio + DCD (NHI-00+80) 0 80 80 DCD: dicianodiamida - inibidor de nitrificação. 5.2.3. Instalação e condução do experimento Antes da implantação do experimento foi realizada a caracterização química do solo até a profundidade 0-20 cm. Os valores obtidos foram: matéria orgânica, 14 g dm-3; pH (1:2,5 solo/suspensão de CaCl2 0,01 mol L-1), 5,8; P (resina), 35 mg dm-3; K, Ca e Mg trocáveis de 3,6, 43,0 e 34,0 mmolc dm-3, respectivamente, acidez total em pH 7,0 (H + Al) de 6,36 mmolc dm-3, capacidade de troca de cátions total (CTC) de 110 mmolc dm-3, saturação por bases de 73 %. Quanto aos micronutrientes os valores para Fe, Cu, Mn, Zn e B foram 6,0; 7,5; 105; 2,3 e 0,22 mg dm-3, respectivamente. Os teores de NH4+ nas camadas de 0-5 e 0-20 foram: 12,25 e 6,05 mg dm-3, respectivamente. Quanto ao NO3- os teores foram de 32 e 15,7 mg dm-3 nas camadas de 0-5 e 0-20, respectivamente. A metodologia utilizada para determinação de nitrato e amônio foi a preconizada por Keeney & Nelson (1982). O teor de enxofre (S-SO4-) nas camadas de 0-5 e 0- 39 20 foram 12 e 40 mg dm-3, respectivamente, sendo o S determinado por turbidimetria (preciptação do cloreto de bário), de acordo com a metodologia proposta por Raij et al. (2001). A dessecação da vegetação espontânea foi realizada com o herbicida glifosato (1.900 g ha-1 do i.a.) e a semeadura das plantas de cobertura com a semeadora modelo Personalle Drill 13 Semeato. A densidade de semeadura e o espaçamento entre linhas, foram de acordo com a recomendação indicada para cada espécie. As plantas de cobertura foram semeadas no dia 01/04/2009, com a semeadora modelo Personalle Drill 13 Semeato. A antecipação da semeadura foi realizada para evitar eventuais imprevistos, ou seja, caso alguma espécie não emergisse adequadamente poderia ser ressemeada com tempo hábil para que produzisse matéria suficiente para caracterizar o tratamento e garantir a semeadura do arroz na época recomendada. Em outubro de 2009, aos 150 DAE as plantas de cobertura (Figura 4) foram dessecadas com glyphosate na dose de 2.000 g do i.a. ha-1. Antes do manejo foi determinada a massa de matéria seca, quantidade de N acumulada e os teores de N-NH4+ e NNO3- (Tabela 5) de acordo com a metodologia proposta por Keeney & Nelson (1982). Figura 4. Plantas de cobertura antes da dessecação. Tabela 5. Matéria seca (MS), teor de nitrogênio e nitrogênio acumulado nas plantas de cobertura antes do manejo. UNESP Botucatu-SP, 2009. Espécies MS Teor de N N Acumulado N-NH4+ N-NO3-1 -1 1 kg ha g kg kg ha g kg-1 g kg-1 Pennisetum americanum 10.660 11,4 121,5 0,30 1,00 40 Crotalaria juncea* Brachiaria brizantha Brachiaria decumbens Brachiaria humidicola Brachiaria ruziziensis 8.700 12.540 14.620 12.470 7.030 25,3 14,6 11,2 14,5 15,6 220,1 183,1 163,7 180,8 109,7 0,26 0,28 0,29 0,28 0,26 0,31 0,86 0,56 0,57 1,28 * A Crotalaria juncea foi manejada na fase inicial de enchimento de grãos. Após a determinação dos teores de N-NO3-, N-NH4+ e N-total do solo (SILVA, 1999), nas profundidades 0-5 e 5-20 cm (Tabela 6), foi realizada a semeadura do arroz, no dia 10/12/09. O arroz foi semeado em parcelas com dimensões de 7 m de comprimento por 4,5 m de largura, perfazendo uma área total de 31,5 m2. A semeadura foi realizada com a semeadora adubadora modelo Personalle Drill 13 Semeato para Sistema Plantio Direto. O espaçamento foi de 0,34 m entre linhas e a densidade de semeadura 80 sementes por metro. A adubação de semeadura foi realizada de acordo com o método proposto por Cantarella et al. (1997). Tabela 6. Teores de amônio (NH4+), nitrato (NO3-) e nitrogênio total (NT) do solo nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função de plantas de cobertura antes da semeadura do arroz. Botucatu-SP, 2009. Planta Profundidade do solo 5-20 cm Profundidade do solo 0-5 cm + de Cobertura NH4 NO3 NT NH4+ NO3NT -1 -1 -1 ------ mg kg -----g kg ------- mg kg ------g kg-1 Pennisetum americanum 12,09 14,25 1,79 10,24 14,60 1,45 Crotalaria juncea 12,65 15,12 1,97 8,49 16,47 1,56 Brachiaria brizantha 11,72 16,48 2,02 10,63 13,79 1,61 Brachiaria decumbens 13,70 22,17 2,18 11,14 15,19 1,56 Brachiaria humidicola 14,24 20,41 2,11 8,39 14,34 1,66 Brachiaria ruziziensis 12,30 19,14 1,98 11,12 17,38 1,60 As fontes de N foram aplicadas imediatamente após a emergência das plântulas de arroz e aos 30 DAE, conforme Tabela 4. O adubo foi distribuído em filete contínuo sobre a superfície do solo, aproximadamente 10 cm da linha de semeadura. Durante o período de desenvolvimento das plantas, foram realizadas as práticas agrícolas necessárias. 41 Para as avaliações, foram consideradas as 4 linhas centrais da parcela, desprezando-se 1,0 m nas extremidades de cada fileira de plantas. 5.2.4. Avaliações a) Teores de N-NH4+, N-NO3-, N-total e pH do solo No solo foram determinados o teor de nitrogênio (amoniacal, nítrico, total) e o pH. As amostras foram coletadas nas profundidades 0-5 e 0-20 cm. As determinações foram realizadas aos 14, 28 e 42 DAE do arroz de acordo com metodologia proposta por Silva (1999). No arroz as determinações de nitrogênio (amoniacal, nítrico e total) foram realizadas aos 28 e 42 DAE (KEENEY & NELSON, 1982). A coleta das folhas foi realizada no período da manhã entre às 8:00 e às 10:00 horas. b) Bactérias amonificantes e nitrificantes Pa estas determinações foram coletadas amostras compostas de cinco sub-amostras na camada de 0-5 cm, sendo que as coletas foram realizadas no dia da emergência das plantas, aos 15 DAE e aos 30 DAE. As amostras foram acondicionadas em sacos de plástico e transportadas em caixas de isopor com gelo até o laboratório, onde foram armazenadas a -10°C. As bactérias amonificadoras e nitrificantes foram determinadas pelo método da inoculação de suspensões diluídas de solo. O solo foi diluído em meio de cultura líquido (SARATHCHANDRA, 1978). A estimativa do número de células viáveis foi feita pela técnica número mais provável (NMP), proposta por Cochran (1950). Essas análises foram realizadas no Laboratório de Microbiologia do Departamento de Ciência do Solo da ESALQ/USP. c) Atividade da nitrato redutase As épocas das avaliações da enzima NR foram realizadas com intervalos de sete dias, sendo a primeira aos 7 DAE e a última 49 DAE. A coleta das folhas foi 42 realizada no período da manhã entre às 8:00 e às 10:00 horas. As folhas coletadas foram colocadas em tubos de Falcon (50 mL) e congeladas em nitrogênio líquido. Durante a coleta as folhas já congeladas foram mantidas em caixas de isopor com nitrogênio líquido. Posteriormente o material coletado foi armazenado em freezer a -80ºC. A metodologia para a determinação da enzima foi a mesma do Experimento 1 em casa de vegetação. d) Componentes de produção do arroz a) O número de panículas por metro quadrado foi obtido contando-se as panículas contidas em quatro metros lineares na área útil da parcela. A partir deste resultado foi calculado o número de panículas por metro quadrado. b) Número total de espiguetas por panícula foi obtido contando-se 15 panículas por parcela e efetuada a contagem das espiguetas. c) A fertilidade de espiguetas foi determinada pela relação do número de espiguetas granadas pelo número total de espiguetas por panícula x 100. Considereou-se a média de 15 panículas por parcela. d) A massa de 1000 grãos foi obtida pesando-se quatro amostras de 1000 grãos por unidade experimental. O teor de água das sementes foi determinado e ajustado para 13%. e) A produtividade de grãos foi obtida mediante a colheita das plantas da área útil de cada unidade experimental. As panículas foram trilhadas e submetidas a limpeza para separação da palha e das espiguetas chochas. Após esta operação, os grãos foram pesados e em seguida foi calculada a produtividade em kg ha-1, sendo que o teor de água das sementes foi determinado e ajustado para 13%. 5.3. Análise Estatística Os dados foram submetidos à analise de variância e à comparação entre médias pelo teste LSD, a 5% de probabilidade. 43 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 6.1. Experimento 1 - Atividade da enzima nitrato redutase em cultivares de arroz de terras altas Os dados da atividade da enzima nitrato redutase (NR) referentes aos dez cultivares estão contidos na Tabela 7. Aos 7 DAE a maior atividade da NR foi observa para a cultivar IAC 202; e, aos 14 DAE para as cultivares Carajás, IAC 202, BRS Sertaneja, BRS Bonança e BRS Curinga. Na terceira coleta a atividade da NR foi maior para as cultivares Primavera e BRS Bonança. Aos 28 DAE não houve diferenças entre as cultivares quanto a atividade enzimática. Justino et al. (2006) observaram que a cultivar Fernandes apresentou maior eficiência, tanto na absorção quanto na redução do nitrato, em comparação à cultivar Maravilha. Com o desdobramento das épocas de coleta em cada cultivar verificouse que a atividade da NR aos 7 DAE foi maior em relação as demais épocas. A atividade enzimática aos 14 DAE foi superior as coletas realizadas aos 21 e 28 DAE. Quando observados os valores de nitrito formado nas coletas aos 21 e 28 DAE, constata-se que praticamente não houve diferenças na atividade da enzima. A única exceção foi a cultivar IAC-25, cuja a atividade da NR foi menor aos 21 DAE. 44 Tabela 7. Atividade da enzima nitrato redutase em folhas de dez cultivares de arroz em quatro épocas de coleta. Botucatu-SP, 2009. Cultivares de Dias após a emergência Média arroz 7 14 21 28 Caiapó Carajás IAC-25 Primavera IAC 202 BRS Sertaneja BRS Bonança BRS Curinga Maravilha BRS Talento Média ----------------- 1NO2- (µM g de matéria fresca h-1) ----------------11,1dA 9,5bB 6,9bC 6,7aC 8,5a 12,0cA 11,7aA 6,4cB 6,2aB 9,0a 12,9cA 9,2bB 5,4cD 7,1aC 8,6a 11,2dA 9,7bB 8,4aC 7,7aC 9,2a 15,7aA 11,7aB 6,7bC 7,6aC 10,4a 12,0cA 10,5aB 7,4bC 7,7aC 9,4a 13,1cA 11,1aB 9,8aC 8,5aC 10,6a 11,1dA 11,7aA 7,4bB 7,4aB 9,4a 13,6bA 7,9cB 7,2bB 7,1aB 9,0a 12,6cA 8,5cB 7,5bB 8,0aB 9,2a 12,5A 10,2B 7,3C 7,4D - 1 A atividade da nitrato redutase expressa pela quantidade de nitrito (NO2-) formado. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas não diferem pelo teste Scott Knott (P=0,05) e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). Apesar das diferenças entre os cultivares, a hipótese que a atividade da NR seria menor nos primeiros dias do ciclo do arroz e que com o tempo aumentaria não foi confirmada. Ocorreu o contrário, maior atividade enzimática no início do ciclo com posterior redução, conforme as médias apresentadas na Tabela 7. Além disso, quando consideradas as quatro épocas de coleta, não houve diferenças expressivas entre os cultivares. Novos estudos com situações diferentes são necessários para averiguar se alguns destes cultivares se destacam em relação a atividade da enzima nitrato redutase. 6.2. Experimento 2 - Efeito do pH nas formas de N no solo, no teor de micronutrientes e na atividade da enzima nitrato redutase do arroz 6.2.1. Teor de N-NH4+ do solo A Tabela 8 contém os dados referentes ao teor de amônio no solo. Aos 7 DAE o teor de amônio não foi influenciado pela acidez do solo. Aos 14 DAE a acidez influenciou no teor de amônio apenas com a ausência de N (testemunha). Neste caso, o maior teor de amônio foi observado com acidez média e o menor para a acidez baixa. Dados de literatura mostram que a taxa de nitrificação em solos ácidos é reduzida (MELO, 1987) e caem 45 rapidamente em valores de pH menores que 6,0, tornando-se bastante reduzidas em solo com pH abaixo de 5,0 (SILVA et al., 1994). Aos 21 DAE, observou-se efeito da acidez do solo no teor de amônio apenas para a fonte amoniacal + DCD e o maior teor de amônio foi observado para alta acidez. Aos 28 DAE observou-se efeito da acidez nos teores de NH4+ apenas para a testemunha, sendo que o maior teor foi observado para a acidez média. Com o desdobramento dos dados em cada nível de acidez observou-se que em todas as coletas as fontes amoniacais superaram a testemunha e a fonte nítrica Ressalta-se que na coleta aos 7 DAE e aos 21 DAE o teor de amônio foi superior com a utilização do inibidor de nitrificação (DCD), para a acidez baixa e alta, respectivamente, sendo um indicativo que nestas duas situações o DCD inibiu a nitrificação, mantendo o N na forma amoniacal por maior tempo. Outra observação importante a ser ressaltada é que os maiores teores de NH4+ para as fontes amoniacais nas coletas aos 7 e 21 DAE do arroz ocorreram devido a época de aplicação de nitrogênio. A primeira aplicação de N foi realizada logo após a emergência do arroz e a outra parte aos 15 dias após a primeira, fato que favoreceu a coleta aos 7 e 21 DAE. 46 Tabela 8. Teor de amônio do solo em função dos níveis de acidez, fontes de nitrogênio e época de coleta. Botucatu-SP, 2009. Fontes de nitrogênio Níveis Média de acidez NH4+ + DCD1 Test. NO3NH4+ Alta Média Baixa ------------------------------------- mg kg-1 -----------------------------------7 DAE 14,6aB 4,2aC 28,0aA 30,0aA 19,2a 18,0aB 2,2aC 28,3aA 28,6aA 19,3a 16,0aC 2,7aD 26,7aB 32,0aA 19,4a Alta Média Baixa 7,1abB 8,0aB 6,0bB 6,0aB 5,4aC 7,1aB 14 DAE 21,6aA 23,2aA 21,4aA 20,7aA 22,0aA 20,9aA 16,1a 14,7a 14,0a Alta Média Baixa 4,2aC 6,3aB 6,8aB 4,8aC 6,3aB 7,0aB 21 DAE 32,5aB 33,0aA 34,2aA 44,2aA 33,3bA 34,1bA 21,4a 19,7a 20,5a 28 DAE Alta 4,4bB 5,2aB 21,4aA 21,2aA 13,1a Média 8,8aB 5,0aC 22,4aA 21,9aA 14,5a Baixa 5,6bB 6,5aB 22,0aA 22,2aA 14,1a Média 9,0B 5,2C 26,2A 27,6A 1 DCD: dicianodiamida - inibidor de nitrificação. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 6.2.2. Teor de N-NO3- do solo Os teores de nitrato do solo foram influenciados pela acidez do solo. De maneira geral em todas as coletas os maiores valores foram observados em condições e baixa acidez do solo (Tabela 9). Com o desdobramento dos dados em cada nível de acidez observou-se que em todas as coletas a fonte nítrica proporcionou os maiores teores de nitrato. De acordo com Flowers & O’Callaghan (1983) o aumento do pH promove o aumento da nitrificação. Isto ocorre por que a elevação do pH propicia condições mais adequadas à nitrificação autotrófica. 47 Tabela 9. Teor de nitrato do solo em função dos níveis de acidez, fontes de nitrogênio e época de coleta. Botucatu-SP, 2009. Fontes de nitrogênio Níveis Média de acidez NH4+ + DCD1 NH4+ Test. NO3-------------------------------------- mg kg-1 -----------------------------------Alta Média Baixa 20,8cB 26,1aA 23,5bC 33,2bA 27,0cA 38,6aA 7 DAE 16,6aC 16,8aC 18,3aD Alta Média Baixa 5,3bD 6,6bD 17,3aC 40,0bA 36,7cA 46,8aA 14 DAE 11,4bC 13,2bC 30,8aB 17,2cB 21,6bB 31,1aB 18,5b 19,5b 31,5a Alta Média Baixa 4,9aC 6,2aC 7,8aC 31,4bA 24,3cA 44,7aA 21 DAE 13,8bB 16,8abB 19,6aB 14,3bB 15,3bB 21,6aB 16,1b 15,6b 23,4a 19,1cB 22,5bB 28,1aB 22,4b 23,1b 27,0a 28 DAE Alta 1,9bC 19,7bA 7,2bB 6,6cB 8,8b Média 4,2aC 18,8bA 5,4cC 9,1bB 9,4b Baixa 4,8aC 34,8aA 18,2aB 25,5aA 20,8a Média 10,8 33,0 15,7 19,3 1 DCD: dicianodiamida - inibidor de nitrificação. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 6.2.3. Teor de micronutrientes na parte aérea do arroz a) Cobre O teor de cobre (Cu) foi influenciado pela acidez do solo. No entanto, no decorrer das coletas não foi possível identificar um nível de acidez que resultasse no mesmo efeito sobre o teor de Cu (Tabela 10). Com o desdobramento dos dados em cada nível de acidez, observou-se que de maneira geral o teor de Cu foi maior com a utilização de fontes amoniacais, principalmente para acidez média e alta. Segundo Weber & Gainey (1962), o sulfato de amônio provoca uma redução do pH do solo. A acidificação ocasionada pela adubação nitrogenada (LANGE et al., 2006) aumenta a disponibilidade de Cu e Zn no solo em decorrência de solubilidade com a redução do pH (TANAKA et al., 1993). Isto explica o menor teor de Cu para a fonte nítrica e maior teor para as fontes amoniacais. Ressalta-se ainda, 48 que o teor de Cu correlacionou-se positivamente com o teor de amônio em duas das quatro coletas de solo (Tabelas 44 e 47 - anexos). Tabela 10. Teor de cobre na parte aérea do arroz em função dos níveis de acidez do solo, fontes de nitrogênio e época de coleta. Botucatu-SP, 2009. Fontes de nitrogênio Níveis Média de acidez NH4+ + DCD1 Test. NO3NH4+ ------------------------------------- mg kg-1 -----------------------------------Alta Média Baixa 30,3bB 36,0aA 24,8bB 7 DAE 30,3aB 43,5aA 33,3aAB 29,7bB 14,8bC 40,7aA Alta Média Baixa 39,0aB 38,5aA 41,0aA 14 DAE 38,8abB 45,0aA 36,0bA 38,3bA 41,8aA 35,0bB 40,5aAB 40,5aA 36,0aB 40,8a 38,3a 38,5a Alta Média Baixa 26,0aA 16,3cC 21,0bAB 21 DAE 17,8bB 25,0aA 21,3aB 25,0aA 18,5abB 23,5aA 23,0aA 22,0aAB 21,8aAB 23,0a 21,0a 21,0a 40,0aA 32,0bAB 24,3cB 36,0a 32,7b 26,0c 28 DAE Alta 17,8aB 17,3aB 22,0aA 21,5aA 19,7a Média 13,5bB 15,0aB 21,3aA 19,3aA 17,3a Baixa 16,5abB 16,0aB 21,0aA 21,8aA 18,8a Média 26,7 25,1 30,8 28,6 1 DCD: dicianodiamida - inibidor de nitrificação. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). b) Zinco O teor de zinco (Zn) foi influenciado pela acidez do solo, sendo que em todas as coletas os maiores valores foram observados em condições de alta acidez do solo (Tabela 11). A acumulação de Zn na planta diminuiu significativamente com o aumento do pH do solo, o que pode estar relacionado com a adsorsão ou precipitação desse micronutriente. Segundo Fageria (2000) há diminuição na acumulação de Fe, Mn e Zn com a elevação do pH do solo acima de 5,5. Tisdale et al. (1985) relataram que a disponibilidade de Zn diminui cerca de 100 vezes com o aumento de uma unidade de pH. De acordo com Fageria et al. (1997) o 49 nível adequado de Zn na parte aérea de arroz é 47 mg kg-1, e no presente trabalho os valores de Zn estiveram próximos a esse valor em condições de alta acidez. Com o desdobramento dos dados em cada nível de acidez, nenhuma fonte de N propiciou maiores ou menores teores de zinco em todos os índices, no decorrer das coletas. De maneira geral os maiores teores de Zn nas folhas se repetiram com a utilização da fonte amoniacal sem inibidor. Isto pode ter ocorrido, pelo efeito que o sulfato de amônio exerce na redução do pH conforme já discutido para o Cu. Tabela 11. Teor de zinco na parte aérea do arroz em função dos níveis de acidez do solo, fontes de nitrogênio e época de coleta. Botucatu-SP, 2009. Níveis Fontes de nitrogênio Média de acidez NH4+ + DCD1 Test. NO3NH4+ ---------------------------------------- mg kg-1 ---------------------------------------Alta Média Baixa Alta Média Baixa Alta Média Baixa 43,5aBC 32,3bB 34,0bA 43,3aA 27,3bB 30,8bA 44,5aAB 24,8bA 17,0cB 47,8aAB 44,8aA 21,3bC 7 DAE 50,3aA 43,0bA 31,8cA 39,0aC 37,0aB 26,3bB 45,0a 40,0b 28,0c 44,3aA 35,3bA 30,5cA 14 DAE 43,5aA 28,0bB 31,0bA 44,5aA 26,0bB 22,3bB 44,0a 29,0b 28,5b 49,7aA 26,5bA 21,3bB 21 DAE 47,8aAB 29,3bA 32,5bA 43,3aB 29,5bA 29,0bA 46,0a 27,5b 25,0b 28 DAE Alta 41,8aA 38,0aB 45,3aA 42,3aA 42,0a Média 22,8bB 23,8bB 36,3bA 32,3bA 29,0b Baixa 14,3cC 23,0bB 32,0bA 26,5cB 24,0c Média 31,4 34,0 37,6 33,2 1 DCD: dicianodiamida - inibidor de nitrificação. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 50 c) Ferro O teor de ferro (Fe) foi influenciado pela acidez do solo. No entanto, no decorrer das coletas, não houve teor de Fe inferior ou superior aos demais, independente da fonte de N (Tabela 12). Com o desdobramento dos dados em cada nível de acidez, as diferença entre as fontes de N para acidez média e alta foram pequenas. No entanto, para estes níveis de acidez todas as fontes propiciaram teores de Fe maiores que a testemunha, com exceção da segunda coleta. Tabela 12. Teor de ferro na parte aérea do arroz em função dos níveis de acidez do solo, fontes de nitrogênio e época de coleta. Botucatu-SP, 2009. Níveis Fontes de nitrogênio Média de acidez NH4+ + DCD1 Test. NO3NH4+ ---------------------------------------- mg kg-1 ---------------------------------------Alta Média Baixa 178cB 203bB 228aC 275aA 186bB 281aB 7 DAE 270bA 419aA 283bB 257cA 425aA 318cA 245c 308a 278b Alta Média Baixa 163aA 128bB 161aB 161bA 135cB 199aA 14 DAE 164aA 156aA 124bD 159aA 149abA 147bC 162a 142b 158a Alta Média Baixa 156bA 174abA 194aBC 164bA 145bA 223aAB 21 DAE 175bA 154bA 228aA 170aA 149aA 172aC 166b 156b 204a 28 DAE Alta 121aB 127bAB 124cAB 133bA 126b Média 125aB 143aA 143bA 95cC 127b Baixa 116aC 110cC 177aB 220aA 156a Média 162 179 201 200 1 DCD: dicianodiamida - inibidor de nitrificação. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 51 d) Manganês O teor de manganês (Mn) foi maior quando a acidez do solo foi alta. Este comportamento correu para todas as fontes de N e em todas as coletas. Os menores valores de Mn foram observados quando a acidez do solo esta média ou baixa (Tabela 13). Com o desdobramento das fontes de nitrogênio em cada nível de acidez, observou-se que não houve um comportamento padrão para as diferentes fontes de N. Os dados das Tabelas 44, 45, 46 e 47 (anexos) também demonstram que as fontes de N aplicadas no solo não exerceram efeito sobre o teor de Mn na planta, não houve correlação entre o teor de NH4+ e NO3- solo com o teor de Mn na planta. Tabela 13. Teor de manganês na parte aérea do arroz em função dos níveis de acidez do solo, fontes de nitrogênio e época de coleta. Botucatu-SP, 2009. Níveis Fontes de nitrogênio Média de acidez NH4+ + DCD1 Test. NO3 NH4+ --------------------------------------- mg kg-1 --------------------------------------Alta Média Baixa Alta Média Baixa Alta Média Baixa 696aA 62bA 53bA 756aA 68bC 72bA 746aB 63cC 107bB 648aB 76bA 47bA 7 DAE 600aC 92bA 80bA 600aC 75bA 84bA 636a 76b 66b 758aA 72bBC 76bA 14 DAE 640aB 98bB 91bA 643aB 144bA 93cA 699a 96b 83b 837aA 91cC 123bB 21 DAE 665aC 132cB 212bA 765aB 216bA 213bA 753a 126c 164b 28 DAE Alta 496aA 514aA 457aB 443aB 478a Média 43aB 79bA 84bA 85bA 73b Baixa 35aB 47cB 81bA 57cB 55c Média 266 280 269 285 1 DCD: dicianodiamida - inibidor de nitrificação. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 52 6.2.4. Atividade da enzima nitrato redutase no arroz Os dados da atividade da enzima nitrato redutase (NR) referentes as quatro épocas de coleta de plantas estão contidos na Tabela 14. Aos 7 DAE houve diferença entre nível de acidez com a utilização da fonte nítrica. Para essa fonte, a maior atividade foi observada em condições de baixa e média acidez. Com o desdobramento das fontes de N em cada nível de acidez, verificou-se que a atividade enzimática da testemunha esteve igual ou superior as fontes de N para os três níveis de acidez. Aos 14 DAE constatou-se que de maneira geral a acidez média proporcionou maior atividade da NR, com exceção da fonte amoniacal. Com o desdobramento das fontes de N em cada nível de acidez observou-se maior atividade para testemunha e para a fonte nítrica para os três níveis de acidez ( Tabela 14). Tabela 14. Atividade da enzima nitrato redutase em folhas de arroz em função dos níveis de acidez do solo, fontes de nitrogênio e época de coleta. Botucatu-SP, 2009. Níveis Fontes de nitrogênio Média de acidez Test. NO3NH4+ NH4+ + DCD1 2 Alta Média Baixa 12,1aA 13,3aA 12,2aA 10,7bAB 12,6aAB 12,9aA 7 DAE 11,3aAB 11,4aB 11,9aA 10,1abB 11,4aB 11,5aA 11,0b 12,0a 12,0a Alta Média Baixa 7,4bAB 11,8aA 11,4aA 8,4cA 12,5aA 10,6bAB 14 DAE 6,3cB 8,7bB 11,4aA 6,5bB 8,5aB 9,8aB 7,0b 10,5a 11,0a 8,5bA 13,0aA 10,0bA 21 DAE 4,8bB 8,8aB 8,3aB 4,8bB 8,3aB 9,4aAB 6,0b 9,8a 9,5a 3,8cA 6,6bA 9,8aA 10,0 28 DAE 2,2cB 4,0bC 5,5aB 7,9 2,3cB 5,2bB 6,3aB 7,8 2,5c 5,0b 7,0a - Alta Média Baixa Alta Média Baixa Média 1 NO2- (µM g de matéria fresca h-1) 5,5bB 9,2aB 10,4aA 1,6cB 2,8bD 5,4aB 8,6 DCD: dicianodiamida - inibidor de nitrificação; 2atividade da NR expressa pela quantidade de nitrito (NO2-) formado. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 53 Aos 21 DAE a acidez baixa e média proporcionaram maior atividade da NR em relação a alta acidez. Com o desdobramento inverso a fonte nítrica proporcionou maior ou igual atividade da NR, para a acidez média e alta. Por fim, aos 28 DAE observou-se que a acidez baixa proporcionou maior atividade da NR em todas as fontes de N. A fonte nítrica, na maior parte dos casos proporcionou maior atividade da NR independente do nível de acidez. De acordo com Crawford (1995), a disponibilidade de nitrato pode interferir positivamente no aumento da atividade da NR, pois trata-se do substrato da enzima. A hipótese que a atividade da NR seria menor nos primeiros dias do ciclo do arroz não foi confirmada, aconteceu o contrário, conforme as médias apresentadas na Tabela 14. A proximidade dos valores da NR entre a coleta aos 14 e aos 21, deve-se ao fato da segunda aplicação de N ter sido realizada aos 15 DAE, o que favoreceu a terceira coleta (21 DAE). A maior atividade da NR com o aumento do pH (baixa acidez) ocorreu em virtude do maior teor de nitrato no solo. Observando-se os dados da Tabela 9, contata-se que com o aumento do pH os teores de nitrato foram maiores. Silva et al. (1994) verificaram que a calagem promoveu aumento na disponibilidade de nitrato, sendo os maiores teores de Nnítrico observados em condições de pH próximo da neutralidade. Analisando-se as Tabelas 45, 46 e 47 (anexos) constatou-se correlação positiva entre a atividade da NR e o teor de NO3- do solo. A disponibilidade de nitrato pode interferir positivamente no aumento da atividade da NR, pois trata-se do substrato da enzima (CRAWFORD, 1995). Estes dados justificam a maior atividade da NR com a fonte nítrica. 6.2.5. Produção de matéria seca da parte aérea A matéria seca da parte aérea (MSPA) diferiu em decorrência da acidez do solo. Para a alta acidez a maior produção de matéria seca foi obtida com a fonte nítrica e para a acidez média com a fonte amoniacal. Com baixa acidez observou-se os menores valores de matéria seca (Tabela 15). Com o desdobramento das fontes de nitrogênio em cada nível de acidez observou-se que os maiores valores de MSPA foram obtidos com a fonte amoniacal e amoniacal + inibidor. Houve diferença entre estas fontes somente para a acidez média. Nesse caso, a maior produção de MSPA foi maior com a fonte amoniacal. Em 54 relação a testemunha todas as fontes proporcionaram acréscimos de MSPA, com exceção para a fonte nítrica com acidez média. Tabela 15. Matéria seca da parte aérea e número de perfilhos do arroz de terras altas em função dos níveis de acidez do solo e fontes de nitrogênio. Botucatu-SP, 2009. Fontes de nitrogênio Níveis Média de acidez NH4+ + DCD1 Test. NO3NH4+ Alta Média Baixa Média 6aC 7aC 4bC 5,7C Matéria seca da parte aérea 15aB 18bA 8bC 21aA 7bB 9cA 10,0B 16,0A 19aA 19aB 9bA 15,7A 14,5a 13,75b 7,25c Perfilhos (n.º planta-1) Alta 4aC 7aB 8aA 8aA 7,0a Média 4aC 5bB 8aA 8aA 6,0b Baixa 3bC 4cB 5bA 5bA 4,0c Média 4,0C 5,0B 7,0A 7,0A 1 DCD: dicianodiamida - inibidor de nitrificação. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 6.2.6. Perfilhamento do arroz Quanto ao número de perfilhos por planta, houve diferença entre acidez média e alta apenas para a fonte nítrica (Tabela 15). O maior número de perfilhos foi obtido em condições média e alta acidez para os tratamentos NH4+ e NH4+ + DCD. O menor número de perfilhos foi observado em condições de baixa acidez do solo. No desdobramento das diferentes doses de N, em cada nível de acidez observou-se que em todos os níveis, as fontes de N proporcionaram maior número de perfilhos em relação a testemunha, sendo que as fontes NH4+ e NH4+ + DCD proporcionaram maior aumento. Na Figura 5 e 6 estão contidas as fotos do arroz 60 DAE. O efeito dos tratamentos no desenvolvimento da parte aérea foi visível, embora já confirmado com os dados de MSPA. O principal fator que alterou o desenvolvimento da parte aérea foi a redução da acidez do solo, principalmente quando a fonte de N foi a nítrica. 55 A B C D Figura 5. Desenvolvimento do arroz em função de três níveis de acidez (baixa, média e alta) e fontes de nitrogênio: testemunha (A); N-NO3- (B); N-NH4+ (C) e N-NH4+ + DCD inibidor de nitrificação (D) aos 60 DAE. 56 A B C Figura 6. Desenvolvimento do arroz em função de três níveis de acidez: alta (A), média (B), baixa (C) e fontes de N (N-NO3-, N-NH4+ e N-NH4+ + DCD - inibidor de nitrificação) aos 60 DAE. 57 6.2.7. Componentes da produção e produtividade de grãos Os dados relativosn a produtividade e seus componentes são apresentados na Tabela 16. O número de panícula por planta foi influenciado pela acidez do solo somente quando houve aplicação de N. Os maiores valores para este componente foram observados em condições de acidez alta. Estes valores foram iguais a acidez média apenas quando a fonte foi a amoniacal + inibidor de nitrificação. Com exceção da testemunha e da fonte nítrica o menor número de panículas por planta foi observado em condições de baixa acidez do solo. Com o desdobramento das fontes de N em cada nível de acidez observou-se que as amoniacais superam a nítrica e a testemunha independente da acidez do solo. O número de espiguetas por panícula não foi alterado pela acidez do solo. Quanto a porcentagem de espiguetas férteis o menor valor foi observado para a acidez baixa, quando a fonte de N utilizada foi a nítrica. Os demais valores não diferiram significantemente. Quanto ao desdobramento das fontes de N em cada nível de acidez observou-se efeito das fontes apenas para baixa acidez. Os valores para as fontes amoniacais foram superiores a testemunha e a fonte nítrica. O peso de 100 grãos foi influenciado pela acidez apenas com a testemunha e com a fonte nítrica. Na ausência de nitrogênio o maior peso de 100 grãos foi observado em condições de alta acidez. Quando utilizou-se a fonte nítrica a acidez alta e média proporcionaram valores superiores a baixa acidez do solo. Com o desdobramento dos tratamentos em cada nível de acidez observou-se que para a alta acidez os tratamentos não influenciaram os resultados. Para a acidez baixa e média os maiores valores foram observados com as fontes amoniacais. A produtividade de grãos não foi influenciada pela acidez do solo na ausência de N. Com a adição de nitrogênio a acidez média e alta proporcionaram os maiores valores, com exceção da acidez média para a fonte nítrica. Em relação ao desdobramento das fontes de nitrogênio em cada nível de acidez as amoniacais superaram as demais. A exceção foi a fonte nítrica em condições de alta acidez do solo que proporcionou produtividade estatisticamente igual as amoniacais. Segundo Fageria & Zimmermann (1998), o aumento do pH acima de 5,3 causou a diminuição na produção do arroz. As cultivares adaptadas ao ecossistema de 58 terras altas desenvolvem-se melhor com o fornecimento de nitrato e amônio em quantidades semelhantes (TA & OHIRA, 1981). Portanto, a influência negativa da elevação do pH nos componentes da produção e na produtividade pode estar associada ao desequilíbrio da relação NO3-/NH4+, uma vez que o fornecimento de NH4+ melhorou o desempenho da cultura. Tabela 16. Componentes da produção e produtividade de grãos do arroz de terras altas em função dos níveis de acidez do solo e fontes de nitrogênio. Botucatu-SP, 2009. Níveis Fontes de nitrogênio Média de acidez Test. NO3NH4+ NH4+ + DCD1 Alta Média Baixa Média 4aC 5aC 4aC 4,0D 9aB 6bC 5bC 7,0C Panículas (n.º planta-1) 11Aa 9bB 7cB 9,0B 10aAB 11aA 8bA 10,0A 8,5a 7,7b 6,0c 55aA 60aA 54aA 56B 64aA 66aA 60aA 63A Espiguetas (n.º panícula-1) 60aA 65aA 62aA 60aA 63aA 60aA 62A 62A 61a 62a 59a Alta Média Baixa Média 83aA 78aA 72aB 78A Fertilidade de espiguetas (%) 88aA 79aA 81aA 86aA 86aA 86aA 64bB 88aA 86aA 79A 84A 84A 83a 84a 78a Alta Média Baixa Média 3,0aA 2,7bB 2,7bAB 2,8b Peso de 100 sementes (gramas) 3,1aA 3,0aA 3,1aA 2,9aAB 3,1aA 3,0aA 2,5bB 3,0aA 3,0aA 2,5b 3,0A 3,0A 3,0a 2,9b 2,8b Alta Média Baixa Média Produtividade de grãos (g planta-1) Alta 6aB 15aA 15aA 16aA 13a Média 6aC 10bB 15aA 17aA 12a Baixa 5aB 5cB 11bA 13bA 8,5b Média 5,6C 10,0B 13,7A 15,3A 1 DCD: dicianodiamida - inibidor de nitrificação. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 59 6.3. Experimento 3 - Efeito de micronutrientes na atividade da enzima nitrato redutase 6.3.1. Teor de N-NH4+ do solo O teor de amônio foi influenciado pela acidez do solo (Tabela 17). Considerando os valores médios, a partir da segunda coleta (14 DAE) constatou-se ocorrência dos maiores valores quando a acidez do solo estava alta. Tabela 17. Teor de amônio do solo em função dos níveis de acidez, aplicação de micronutrientes e época de coleta. Botucatu-SP, 2009. Níveis Micronutriente Média de acidez Test. Zn Fe Mn CQT1 -------------------------------------- mg kg-1 -------------------------------------Alta Média Baixa Alta Média Baixa Alta Média Baixa 7,0abD 5,5bC 10,0aC 15,0bB 21,8aA 12,5bA 32,5aB 33,2aA 26,7bB 21,5abB 18,6bB 24,5aB 7 DAE 29,3abA 26,2bA 32,3aA 29,8aA 26,2bB 24,5bB 14,4cC 20,8bB 36,7aA 19,7c 21,4b 24,4a 19,4aA 16,9aB 12,7bA 14 DAE 20,2aA 15,2aB 15,7bB 14,6aB 14,0bA 14,3aA 22,6aA 21,3aA 15,5bA 18,5a 18,0a 13,8b 30,8aB 27,2aB 31,2aA 21 DAE 32,6aB 37,9aA 24,6bB 28,5bB 30,0aAB 27,0bB 31,2aB 33,7aA 32,4aA 33,0a 29,4b 29,4b 28 DAE Alta 14,1aC 18,2aB 15,1aC 24,3aA 16,4aBC 17,6a Média 12,9aA 6,0bC 10,5bAB 8,4cBC 10,8bAB 9,7c Baixa 7,5bC 8,1bC 12,2abB 16,0bA 16,9aA 12,1b Média 16,6 19,6 22,0 22,0 22,7 1 CQT: Zn + Fe + Mn. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). Hayatsu & Kosuge (1993), também constataram que a elevação do pH proporcionou maiores taxas de nitrificação o que culmina em menores teores de amônio. Observando-se o desdobramento dos micronutrientes em cada nível de acidez, não foi constatado um tratamento que influenciou de forma semelhante o teor de amônio durante as 60 coletas (Tabela 17). Os teores médios de amônio nas quatro épocas foram 21,8; 16,8; 30,6 e 13,2 mg kg-1, aos 7, 14, 21 e 28 DAE, respectivamente. Os maiores teores nas coletas aos 7 e 21 DAE ocorreram devido a época de aplicação do N. A primeira aplicação de N foi logo após a germinação do arroz e a outra parte aos 15 dias após a primeira, fato que favoreceu as concentrações de tais coletas. Os menores teores de amônio foram observados quando não se utilizou micronutrientes (Tabela 17). São necessários novos estudos para averiguar se existe correlação entre micronutrientes catiônicos e disponibilidade de NH4+ no solo. As Tabelas 49, 50, 51 e 52 (anexos) contêm o resultado das correlações entre aplicação de micronutrientes e teor de amônio no solo. No entanto, as correlações não se repetem de uma coleta para outra e portanto, não são conclusivas. 6.3.2. Teor de N-NO3- do solo Os teores de N-NO3- foram influenciados pela acidez do solo em todas as coletas. Os maiores valores foram observados quando acidez foi baixa (Tabela 18). De acordo com Flowers & O’Callaghan (1983) o aumento do pH favorece o aumento da nitrificação. Com o desdobramento dos dados em cada nível de acidez observou-se que a partir da segunda coleta, os maiores teores de nitrato foram observados quando se aplicou ferro (Tabela 18). 61 Tabela 18. Teor de nitrato do solo em função dos níveis de acidez, aplicação de micronutrientes e época de coleta. Botucatu-SP, 2009. Micronutriente Níveis Média de acidez Test. Zn Fe Mn CQT1 -------------------------------------- mg kg-1 -------------------------------------Alta Média Baixa 24,5abC 20,6bC 25,0aC 33,8abA 32,3bB 37,0aB 32,9bA 32,3bB 39,4aB 7 DAE 29,9cAB 38,3bA 45,2aA 28,4bBC 33,8aB 37,5aB 29,9b 31,5b 36,8a Alta Média Baixa 16,4bC 30,4aA 33,4aB 26,2bB 22,0bB 35,4aAB 31,0bA 23,8cB 38,7aA 14 DAE 17,9cC 23,2bB 33,7aB 22,4bB 30,0aA 32,4aB 22,8c 26,0b 34,7a Alta Média Baixa 41,2aA 35,2bC 42,7aAB 37,2aAB 37,1aBC 40,6aAB 36,7bB 39,4bAB 45,3aA 38,9b 38,6b 42,3a 21 DAE 39,1aAB 40,1aAB 41,6aA 39,6aAB 42,9aAB 40,2aB 28 DAE Alta 27,1bB 31,9aA 27,5bAB 30,6bAB 31,3bAB 29,7b Média 28,4bAB 26,5bAB 31,0bA 25,6cB 28,5bAB 28,0b Baixa 34,9aB 28,5abC 45,5aA 45,0aA 43,4aA 39,5a Média 30,0 32,4 35,5 34,0 34,0 1 CQT: Zn + Fe + Mn. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 6.3.3. Teor de micronutrientes na parte aérea do arroz a) Cobre O teor de cobre (Cu) no arroz foi influenciado pela acidez do solo (Tabela 19). Considerando a média, constatou-se ocorrência dos maiores teores quando a acidez foi média, com exceção da coleta aos 28 DAE. Observando-se o desdobramento dos micronutrientes em cada nível de acidez, não constatou-se um tratamento que influenciasse de forma semelhante o teor de Cu durante as coletas (Tabela 19). 62 Tabela 19. Teor de cobre na parte aérea do arroz em função dos níveis de acidez do solo, aplicação de micronutrientes e época de coleta. Botucatu-SP, 2009. Micronutriente Níveis Média de acidez Test. Zn Fe Mn CQT1 --------------------------------------- mg kg-1 ---------------------------------------Alta Média Baixa 29,0bA 40,0aA 32,7bA 30,0aA 25,0aC 27,0aA 7 DAE 26,3bA 31,3bA 35,3aAB 38,7aA 31,0abA 32,3bA 32,0aA 31,0aBC 28,3aA 29,7b 34,0a 30,3b Alta Média Baixa 26,3aA 28,0aA 27,7aA 24,0aAB 24,3aAB 23,3aB 14 DAE 22,3bB 23,6abAB 22,4aB 23,0bB 25,7bAB 27,3aA 22,3aB 25,0aAB 25,7aAB 23,7b 24,5ab 26,0a Alta Média Baixa 12,0bB 17,7aB 17,7aA 12,0bB 17,0abBC 14,7aA 21 DAE 12,0bB 18,0bA 16,4aBC 24,0aA 15,0abA 16,4bA 15,3abA 14,3bC 17,7aA 13,8c 17,8a 16,3b 28 DAE Alta 13,4aAB 14,2aA 11,2aB 12,0aB 12,7aAB 12,7a Média 6,0bB 8,0bAB 10,0aA 9,3bA 9,4bA 8,5b Baixa 6,0bB 8,0bAB 11,2aA 9,0bB 12,3aA 9,3b Média 21,4 19,0 20,0 22,0 20,5 1 CQT: Zn + Fe + Mn. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). Os menores teores de Cu foram observados na coleta aos 28 DAE (Tabela 19). Estes valores demonstram que ocorreu a diluição do micronutriente. Com o tempo de coleta ocorreu aumento na produção de matéria seca e diminuição da concentração do elemento na planta. b) Zinco Os teores de zinco (Zn) na parte aérea do arroz foram influenciados pela acidez do solo Os maiores valores médios foram observados quando a acidez do solo foi alta (Tabela 20). De acordo com Tisdale et al. (1985) a disponibilidade de Zn no solo diminui cerca de 100 vezes com o aumento de uma unidade de pH. Com a redução da disponibilidade dos micronutrientes no solo é de se esperar que também haverá diminuição na planta, o que de 63 fato ocorreu. Em trabalhos com soja também foi observado a redução na concentração foliar de Zn, em razão do aumento do pH do solo (CAIRES et al., 2001). Com o desdobramento dos dados em cada nível de acidez observou-se que em todas as coletas a aplicação de Zn no solo proporcionou as maiores concentrações de Zn na parte aérea. Esse resultado foi observado quando se aplicou somente o Zn ou quando o elemento foi aplicado juntamente com Fe e Mn (Tabela 20). Tabela 20. Teor de zinco na parte aérea do arroz em função dos níveis de acidez do solo, aplicação de micronutrientes e época de coleta. Botucatu-SP, 2009. Níveis Micronutriente Média de acidez Test. Zn Fe Mn CQT1 -------------------------------------- mg kg-1 -------------------------------------Alta Média Baixa 44,0aD 39,0bC 33,7cB 72,0aB 55,0bA 44,0cA 54,7aC 39,0bC 31,7cB 7 DAE 70,3aB 48,2bB 32,7cB 80,0aA 55,0bA 40,0cA 64,2a 47,2b 36,4c Alta Média Baixa 41,7aB 32,0bBC 13,7cB 57,0aA 58,0aA 44,0bA 46,0aB 30,0bC 15,7cB 14 DAE 45,0aB 32,0bBC 16,7cB 63,0aA 39,0bB 40,0bA 50,5a 38,2b 26,0c 76,6bB 84,0aA 79,6abA 21 DAE 61,7aC 60,8aC 59,0aC 43,0bD 38,8bC 33,5cCD 85,0aA 74,0bB 51,0cB 68,5a 61,5b 46,7c Alta Média Baixa 58,6aC 47,6bD 30,7cD 28 DAE Alta 53,0aC 68,0aB 55,0aC 60,0aBC 80,7aA 63,3a Média 42,6bBC 64,0aA 47,0bB 38,0bC 66,0bA 51,5b Baixa 33,0cB 54,0bA 35,0cB 40,7bB 53,6cA 43,3c Média 39,0 63,0 42,8 43,4 60,6 1 CQT: Zn + Fe + Mn. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t - LSD (P=0,05). c) Ferro Os teores de ferro (Fe) no solo foram influenciados pelos níveis de acidez (Tabela 21). Porém os valores na planta não diminuíram com o aumento do pH do solo. De acordo com Tisdale et al. (1985) a disponibilidade de Fe diminui cerca de 1.000 vezes com 64 o aumento de uma unidade de pH. O fato que pode explicar a pouca influência do pH nos teores de Fe na planta é que latossolos são ricos em Fe., tanto que Korndörfer et al. (1999) relatam quen o teor de óxido de ferro em Latossolo Vermelho distroférrico é alto e pode até causar toxidez a planta de arroz. Tabela 21. Teor de ferro na parte aérea do arroz em função dos níveis de acidez do solo, aplicação de micronutrientes e época de coleta. Botucatu-SP, 2009. Níveis Micronutriente Média de acidez Test. Zn Fe Mn CQT1 -------------------------------------- mg kg-1 -------------------------------------Alta Média Baixa Alta Média Baixa Alta Média Baixa 177,0cC 231,0bA 274,0aA 228,0aA 205,0bB 242,0aAB 246,0aA 247,0aA 221,0aB 251,0aA 155,0bC 165,0bC 230,0aB 186,0bB 197,0bB 7 DAE 231,0aB 151,0bC 145,0bD 161,0bC 146,0bC 196,0aB 210,0a 174,0c 195,4b 188,0bC 182,0bC 254,0aA 14 DAE 196,0bBC 187,0bC 252,0aA 247,0aA 240,0aAB 235,0aB 211,0bB 247,0aA 248,0aAB 202,0c 226,0b 244,0a 173,0bB 172,0bB 257,0aA 21 DAE 258,0aA 236,0aA 256,0aA 251,0aA 230,0aAB 236,0aAB 231,0aA 249,0aA 248,0aAB 243,0a 235,0a 238,0a 28 DAE Alta 57,0bD 96,0bA 76,0abC 76,0bC 85,0bB 78,0b Média 85,0aB 75,0cC 73,0bC 74,0bC 93,0aA 80,0b Baixa 56,0bC 115,0aA 82,0aB 86,0aB 82,0bB 84,0a Média 189,0 174,0 190,0 180,0 183,0 1 CQT: Zn + Fe + Mn. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). d) Manganês Os teores de manganês (Mn) na parte aérea do arroz foram influenciados pela acidez do solo em todas as coletas. De modo geral, os maiores valores foram observados quando a acidez do solo foi alta e os menores quando a acidez do solo foi baixa (Tabela 22). Tisdale et al. (1985) relataram que com o aumento de uma unidade no valor do pH a disponibilidade de Mn no solo diminui cerca de 100 vezes. Estes dados justificam a redução de manganês na parte aérea do arroz com o aumento do pH. Caires & 65 Fonseca (2000), observaram redução dos teores de Mn na cultura da soja em decorrência do aumento do pH do solo. Com o desdobramento dos dados em cada nível de acidez observou-se que de maneira geral a aplicação de Mn no solo proporcionou os maiores teores do elemento na parte aérea do arroz. Esse resultado é facilmente constatado quando se observa a média das quatro coletas (Tabela 22). Tabela 22. Teor de manganês na parte aérea do arroz em função dos níveis de acidez do solo, aplicação de micronutrientes e época de coleta. Botucatu-SP, 2009. Níveis Micronutriente Média de acidez Test. Zn Fe Mn CQT1 -------------------------------------- mg kg-1 -------------------------------------Alta Média Baixa 672aAB 113bC 128bB 608aC 105bC 93bC 597aC 199bA 163cA 7 DAE 658aB 176bB 175bA 685aA 189bAB 126cB 644a 156b 137c Alta Média Baixa 528aB 204bB 138cC 513aBC 243bA 168cB 499aC 248bA 187cA 14 DAE 525aB 242bA 202cA 546aA 200bB 144cC 522a 227b 168c Alta Média Baixa 864aB 442bD 440bB 886aB 480bC 457bB 952aA 486bC 492bA 21 DAE 947aA 582bA 472cAB 933aA 527bB 440cB 916a 503b 460c 28 DAE Alta 1.065aC 1.152aAB 1.131aB 1.188aA 1.060aC 1.119a Média 484bC 358cD 761bA 578bB 474bC 531b Baixa 410cB 425bB 415cB 613bA 404cB 453c Média 457 457 511 530 477 1 CQT: Zn + Fe + Mn. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 6.3.4. Atividade da enzima nitrato redutase no arroz A atividade da enzima nitrato redutase (NR) foi influenciada pela acidez do solo em todas as épocas de coleta. De maneira geral a maior atividade foi constatada em condições de acidez média (Tabela 23). A maior atividade da NR para a acidez média foi 66 atribuída a maior disponibilidade de nutrientes nesta condição e ao balanço nitrato/amônio. Na acidez média a proporção nitrato/amônio foi 1,5 e na baixa acidez 1,9. Como já foi discutido anteriormente a planta de arroz exige quantidades semelhantes entre nitrato e amônio (TA & OHIRA, 1981). Neste caso, a proporção nitrato/amônio da acidez média foi mais favorável ao bom desenvolvimento do arroz e, consequentemente, para a atividade da NR. Com o desdobramento das fontes de N em cada nível de acidez verificou-se que a atividade enzimática foi influenciada pela aplicação de micronutrientes (Tabela 23). No entanto, nenhum dos tratamentos se destacou. Quando se altera o nível de acidez do solo a disponibilidade de micronutrientes é afetada e, nesse caso, a aplicação surte efeito. Esse resultado pode ser observado nas coletas aos 7 e 14 DAE em condições de baixa acidez, com aplicação de Mn e CQT (Tabela 23). Tabela 23. Atividade da enzima nitrato redutase em folhas de arroz em função dos níveis de acidez do solo, aplicação de micronutrientes e época de coleta. Botucatu-SP, 2009. Micronutriente Níveis Média de acidez Test. Zn Fe Mn CQT1 2 Alta Média Baixa Alta Média Baixa Alta Média Baixa Alta Média Baixa Média 1 14,4aA 12,1bB 11,1bBC 8,5bA 14,1aA 9,9bB 3,5bB 7,0aAB 7,7aA 3,1cAB 5,4bBC 6,6aA 8,6 NO2- (µM g de matéria fresca h-1) 13,3aAB 13,5aAB 11,7bB 7 DAE 13,6aAB 13,2aAB 13,3aAB 13,6aA 10,2bC 12,3aAB 12,7bB 14,7aA 13,6abA 13,4a 13,4a 11,8b 8,3bA 11,7aB 10,4aB 14 DAE 8,6aA 7,2cA 10,7aB 13,8aA 9,3aB 11,1bAB 8,1bA 11,4aB 12,6aA 8,1c 12,3a 10,7b 4,2bAB 7,9aA 7,9aA 21 DAE 5,3bA 4,4bAB 6,3bB 7,4aAB 8,0aA 7,6aA 3,7bB 7,2aAB 7,2aA 4,2b 7,2a 7,7a 2,9bAB 4,6aC 4,8aC 8,4 28 DAE 3,4bA 2,3bB 6,4aA 6,2aAB 3,9bD 5,6aBC 8,3 8,7 2,4bB 5,8aAB 6,4aAB 8,8 2,8b 5,7a 5,5a - CQT: Zn + Fe + Mn; 2atividade da NR expressa pela quantidade de nitrito (NO2-) formado. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 67 O Fe e o Mn atuam no transporte de elétrons e os processos envolvidos são afetados, dentre eles a redução de nitrato. Isto acarreta acúmulo de nitrito podendo exercer um controle em feedback sobre a nitrato redutase de tal modo que o NO3- se acumula, como, algumas vezes, é observado em plantas deficientes em Fe e Mn (CAMPBELL, 1999; KIRKBY & RÖMHELD, 2007). A atividade da NR diminuiu com o aumento dos dias após a emergência. Portanto, assim como no Experimento 1 a hipótese que a atividade da NR seria menor nos primeiros dias do ciclo do arroz e que com o tempo aumentaria não foi confirmada. Os valores apresentados demonstram que ocorreu a diluição da quantidade de NO2- formada. Com o tempo de coleta ocorreu aumento na produção de matéria seca e diminuição da concentração do nitrito formado na parte aérea da planta. 6.3.5. Produção de matéria seca da parte aérea A matéria seca da parte aérea (MSPA) aos 60 DAE, não diferiu entre a acidez média e alta, com exceção da testemunha (Tabela 24). No entanto, ambos proporcionaram incrementos em relação a acidez baixa (exceção para o Zn). Quanto ao desdobramento dos micronutrientes em cada nível de acidez observou-se que para a acidez média e alta a adição de micronutrientes proporcionou incrementos de MSPA em relação a testemunha. Para a acidez baixa a adição dos micronutrientes Mn e Fe não proporcionaram acréscimos de MSPA. 68 Tabela 24. Matéria seca da parte aérea e número de perfilhos do arroz de terras altas aos 60 DAE em função dos níveis de acidez do solo e aplicação de micronutrientes. Botucatu-SP, 2009. Níveis Micronutriente M 1 de acidez é Test. Zn Fe Mn CQT d i a Alta Média Baixa Média 16bB 20aB 13bBC 16B 22aA 25aA 13bBC 20A Matéria seca da parte aérea (g planta-1) 19aAB 21aA 21aA 21aAB 23aAB 24aA 19aA 12bC 17bAB 20A 19A 21A 19,8b 22,6a 14,8c - Perfilhos (n.º planta-1) Alta 13bB 18aA 19aA 19aA 18aA 17,4a Média 16aB 20aA 17aB 19aAB 19aAB 18,2a Baixa 12bA 12bA 13bA 12bA 13bA 12,4b Média 14B 17A 16A 17A 17A 1 CQT: Zn + Fe + Mn. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 6.3.6. Perfilhamento do arroz O número de perfilhos por planta foi influenciado pela acidez do solo de forma semelhante a MSPA, ou seja, houve diferenças entre a acidez média e alta apenas na ausência de micronutrientes (Tabela 24). No desdobramento dos micronutrientes em cada nível de acidez observou-se que para a acidez média e alta, a adição de micronutrientes proporcionou maior número de perfilhos em relação a testemunha. A única exceção foi para a acidez média, quando o micronutriente utilizado foi o Zn. Na condição de baixa acidez do solo a aplicação de micronutrientes não proporcionou aumento de perfilhos. 6.3.7. Componentes da produção e produtividade de grãos O maior número de panículas por planta foi observado com a acidez média, a qual superou a acidez baixa em todos os tratamentos (Tabela 25). Em relação ao efeito dos micronutrientes em cada nível de acidez observou-se que para a acidez alta, o número de panículas foi maior com Zn e Mn+Zn+Fe. Para a acidez média os melhores resultados foram obtidos com adição de Zn e para a acidez baixa com adição de Zn e Mn+Zn+Fe. A cultura do arroz apresenta alta resposta à aplicação de Zn (FAGERIA, 2000). 69 Plantas com deficiência de Zn, em estágios iniciais de desenvolvimento, têm seu desenvolvimento afetado e dificilmente poderão expressar seu máximo potencial genético (EPSTEIN & BLOOM, 2006). O número de espiguetas por panícula foi pouco alterado pela variação da acidez do solo, e o efeito dos micronutrientes em cada índice de acidez foi pouco expressivo (Tabela 25). Quanto a espiguetas férteis a menor porcentagem foi observada para a acidez média e alta para os tratamentos com Mn e Fe, respectivamente. Com o desdobramento dos tratamentos em cada nível de acidez observou-se a menor porcentagem de espiguetas férteis para os tratamentos que receberam Zn e Mn+Zn+Fe em condições de acidez baixa (Tabela 25). A provável razão para a maior porcentagem de espiguetas férteis para a acidez baixa, deve-se ao menor número panículas por planta, resultando em menor número de espiguetas para nutrir e consequentemente, menor porcentagem de grãos chochos. O peso de 100 grãos foi pouco afetado pela acidez do solo. Observou diferenças entre a acidez média e alta, quando aplicou-se Mn+Zn+Fe. Com o desdobramento dos tratamentos em cada nível de acidez observou-se o maior valor do peso de 100 grãos na condição de alta acidez do solo com a aplicação de Fe (Tabela 25). Há na literatura dados que relatam sintomas de deficiência de Fe nas folhas mais novas do arroz a partir do pH (H2O) 5,7 (FAGERIA, 2000), o que, justifica o maior peso de grãos com a adição de Fe na condição de alta acidez. A produtividade de grãos por planta foi pouco influenciada pelos níveis de acidez do solo (Tabela 25). Observou-se maior produtividade para a acidez média somente com a aplicação de Fe. Com o desdobramento dos micronutrientes em cada nível de acidez observou-se que para baixa e alta acidez não houve diferença. A razão para a maior produtividade de grãos com aplicação de Fe é a mesma relatada para o maior peso de 100 grãos. 70 Tabela 25. Componentes da produção e produtividade de grãos do arroz de terras altas em função dos níveis de acidez do solo e aplicação de micronutrientes. Botucatu-SP, 2009. Níveis Micronutriente Média de acidez Test. Zn Fe Mn CQT1 Alta Média Baixa Média Alta Média Baixa Média Alta Média Baixa Média Alta Média Baixa Média 12bC 14aB 9cB 12C 66aAB 70aAB 75aA 70A 62aA 65aA 72aAB 66A 2,6aABC 2,3aA 2,5aA 2,5A 11bC 14aB 7cC 11D Panículas (n.º planta-1) 15aA 13aB 16aA 14aB 11bA 8bB 14A 12C Espiguetas (n.º panícula-1) 69aA 70aA 63bAB 69aAB 61bB 75aA 65aB 72aAB 75aA 68A 68A 71A 60bA 60bA 83aA 68A Fertilidade de espiguetas (%) 55bA 55bA 66bA 66bA 83aA 83aA 68A 67A 15aA 14aB 10bA 13B 13b 14a 9c - 58bC 75aA 74aA 69A 65a 70a 72a - 55aA 58aA 65aB 59B 57,8b 60,8b 73,0a - Massa de 100 grãos (gramas) 2,4aBC 2,1aC 2,8aAB 2,9aA 2,3aA 2,5aA 2,5aA 2,2bA 2,6aA 2,6aA 2,4aA 2,5abA 2,4A 2,4A 2,6A 2,5A 2,6a 2,4a 2,5a - Produtividade de grãos (g planta-1) Alta 12aA 12aA 13aA 13bA 13aA 12,6b Média 14aB 13aB 13aB 18aA 12aB 14,0a Baixa 12aA 11aA 13aA 12bA 12aA 12,0b Média 13AB 12B 13AB 14A 12B 1 CQT: Zn + Fe + Mn. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). Quando a acidez passou de alta à média, a adição de Fe foi essencial para o aumento da produtividade. Conforme já discutido a disponibilidade desse elemento é diminuída com o aumento do pH (TISDALE et al., 1985). 71 6.4. Experimento de campo - Plantas de cobertura e fontes de nitrogênio para o arroz de terras altas no Sistema Plantio Direto 6.4.1. Teor de N-NH4+ do solo aos 14 dias após a emergência O teor de amônio foi influenciado pelas plantas de cobertura e pelo manejo da adubação nitrogenada (Tabela 26). Na camada 0-5 cm, a fonte amoniacal com inibidor de nitrificação proporcionou os maiores valores de NH4+ no solo em todas as plantas de cobertura. O valor médio da fonte amoniacal com inibidor foi de 20,2 mg kg-1. Os valores médios para as demais fontes foram 11,9; 12,9 e 13,6 mg kg-1 para a testemunha, fonte nítrica e amoniacal sem inibidor, respectivamente (Tabela 27). Na camada 5-20 cm os maiores valores também foram observados quando se utilizou o inibidor de nitrificação. Os teores médios de NH4+ foram 9,7; 10,7; 11,7 e 14,8 mg kg-1 para a testemunha, fonte nítrica, amoniacal e amoniacal com inibidor, respectivamente (Tabela 27). Tabela 26. Análise da variância e coeficiente de variação para os teores de amônio (NH4+), nitrato (NO3-), nitrogênio total (NT) e pH (CaCl2) do solo aos 14 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. NH4+ NO3NT pH Variáveis Profundidade de coleta (cm) 0-5 5-20 0-5 5-20 ----------------------- mg kg-1 ----------------------- 0-5 5-20 --------- g kg-1 --------- 0-5 5-20 -------------------------- * ** ** ** ** ns ns ns Plantas cobertura (A) ** ** ** ** * ** ** ** Manejo N (B) ** ** ** ** * ** ns ns AxB 9,6 12,0 6,7 11,7 7,4 7,2 5,4 5,3 CV 1 9,6 9,7 9,0 10,0 5,0 4,0 4,6 5,4 CV 2 *, ** e ns = significativo a 5% e 1% de probabilidade e não significativo, respectivamente. De acordo com Cantarella & Marcelino (2008) a maioria dos fertilizantes nitrogenados incluindo os amoniacais são solúveis em água, e liberam rapidamente NH4+. Aita et al. (2007) observaram que o N amoniacal de dejetos suínos foi rapidamente nitrificado no solo em SPD e completamente oxidado a N nítrico, entre 15 e 20 dias após a aplicação dos dejetos. Considerando a rapidez da nitrificação destaca-se o efeito do inibidor de nitrificação, visto que, a coleta do solo foi realizada 14 dias após a aplicação do nitrogênio. 72 Os resultados obtidos demonstram que o inibidor atuou sobre as bactérias nitrificantes, conforme pode ser observado na Tabela 42. Na camada 0-5 cm a oxidação do amônio a nitrato foi reduzida em 33% e na camada 5-20 em 21%. Marcelino (2009) observou redução de 76% da oxidação do amônio a nitrato em uréia tratada com DCD passados 15 dias após a incubação do fertilizante ao solo. Considerando estes resultados o uso do DCD pode ser uma técnica importante para retardar a nitrificação no caso de culturas que exigem quantidades equilibradas de nitrato e amônio, principalmente sob SPD, onde a nitrificação é favorecida. Observando-se o desdobramento das plantas de cobertura em cada forma de manejo da adubação nitrogenada constatou-se que houve efeitos significativos. Na camada 0-5 cm os teores médios de NH4+ foram poucos influenciados pelas plantas de cobertura. Na camada 5-20 cm os teores médios de NH4+ foram menores para a B. humidicula e B. ruziziensis (Tabela 27). Tabela 27. Teores de amônio do solo (mg kg-1) aos 14 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Manejo Planta de cobertura1 Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época 0-5 cm TEST. 13,2bA 10,3bC 13,7bA 10,9cBC 16,5aA 12,7bcBC NO-40 10,3cD 10,8bCD NH-40 13,3bABC 12,1bC 13,9bABC 14,6bAB NHI-40 23,6aA 23,5aA 14,7abD 20,2aB Média 15,1A 14,2AB 14,7A 14,6A 12,7cAB 14,2bcB 14,8bA 17,5aC 14,8A 10,5cC 11,9c 13,0bB 12,9bc 12,8bBC 13,6b 21,7aAB 20,2a 14,5A - 5-20 cm 9,8cABC 11,4bA 11,7bA 8,1cB 11,8bAB 12,4bAB 15,3aB 16,7aAB 12,2A 12,2A 11,0abAB 9,4bB 11,4aB 11,3aC 10,8B 9,6bBC 9,7bB 8,6bC 11,8aC 9,9B TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média 1 7,5cD 11,9bA 12,5bAB 16,8aAB 12,2A 9,0cCD 13,2bA 13,4bA 17,0aA 13,2A 9,7d 10,7c 11,7b 14,8a - MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD) e 40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 73 6.4.2. Teor de N-NO3- do solo aos 14 dias após a emergência O teor de nitrato na camada 0-5 cm foi maior para as fontes amoniacais e menor para a testemunha (Tabela 28). Os menores teores de nitrato da fonte nítrica em relação as amoniacais podem estar associados a perdas de N por lixiviação ocasionadas pelas chuvas de dezembro de 2009 (Figura 3), no decorrer dos 14 dias da aplicação até a coleta do solo. O nitrato é o elemento mais facilmente perdido por lixiviação (FRYE, 2005), acompanhando o movimento descendente da água que percola no perfil do solo (CANTARELLA & MARCELINO, 2008). Embora tenha ocorrido nitrificação das fontes amoniacais, o uso de inibidor reduziu esse efeito nas parcelas cultivadas com Crotalaria spectabilis, B. humidicola e B. ruziziensis. A redução dos teores de nitrato em relação a fonte sem inibidor para essas plantas de cobertura foi de 26, 28 e 40%, respectivamente. Na camada 5-20 cm os maiores teores de nitrato foram observados para a fonte nítrica (Tabela 28). Este resultado demonstra que houve lixiviação. As perdas de nitrato ocorrem devido à predominância de cargas negativas na camada superficial do solo e à baixa interação química do ânion com os minerais do solo (CANTARELLA & MARCELINO, 2008), principalmente em regiões com altas precipitações pluviométricas (WANG & ALVA, 1996). Nessa época, o inibidor foi mais eficaz para a Crotalaria spectabilis e B. ruziziensis, observando-se redução dos teores de nitrato em 27 e 28%, respectivamente. Os teores médios de nitrato na camada 0-5 cm foram 9,5; 14,5; 22,7 e 20,7 mg kg-1 e 13,4; 22,7; 20,8 e 17,8 mg kg-1 na camada 5-20 para testemunha, fonte nítrica, amoniacal e amoniacal com inibidor, respectivamente. Comparando-se as fontes amoniacais observou-se menor teor de nitrato quando se utilizou inibidor de nitrificação (Tabela 28). Observando-se o desdobramento das plantas de cobertura em cada forma de manejo do N constatou-se que o teor de nitrato difiriu (Tabela 26). No entanto, nenhuma planta de cobertura proporcionou maior ou menor teor de nitrato em todas as fontes de N (Tabela 28). Os menores teores de nitrato foram observados onde cultivou-se B. decumbens, B. humidicola, B. ruziziensis e Crotalaria spectabilis na camada 0-5 cm. 74 Tabela 28. Teores de nitrato do solo (mg kg-1) aos 14 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Manejo Planta de cobertura1 Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média 8,4cCD 13,7bC 24,1aA 24,2aB 17,6B 12,2bB 24,4aAB 24,3aA 24,4aA 21,3A 5,9dE 9,5cD 22,4aAB 16,6bC 13,6D 14,2cAB 25,8aA 21,1bBC 15,3cC 19,1B 10,4cBC 21,3bA 23,8aA 24,9aB 20,1A 0-5 cm 8,2dD 13,0cC 20,4bB 28,3aA 17,5B 5-20 cm 15,3bA 12,6cB 23,4aABC 21,4aCD 21,2aB 18,2bC 18,0bB 16,3bBC 19,5B 17,1C 13,6cA 12,0cC 22,2aAB 16,0bCD 16,0C 10,7dB 17,5bB 23,5aA 14,0cD 16,4C 9,5d 14,5c 22,7a 20,7b - 13,8cAB 22,1aBC 17,5bC 16,2abBC 17,4C 12,5cB 19,0bD 22,6aAB 16,3bBC 17,6C 13,4d 22,7a 20,8b 17,8c - 1 MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD) e 40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). O menor teor de nitrato para a crotalaria na camada 0-5 pode estar relacionado a menor taxa de nitrificação para esta espécie. Aita et al. (2007) observaram que as taxas líquidas de nitrificação, em SPD, são maiores sobre os resíduos culturais de aveia/milho do que sobre pousio/milho. Como a palhada da crotalária se decompõem rapidamente a nitrificação pode ter sido prejudicada. 6.4.3. Nitrogênio total do solo aos 14 dias após a emergência O teor de N total no solo foi pouco influenciado pelo manejo da adubação nitrogenada (Tabela 29). Este comportamento foi observado tanto na camada 0-5 cm quanto na camada 5-20 cm. Com o desdobramento das plantas de cobertura em cada forma de manejo do N constatou-se efeitos significativos, sendo que na camada 0,5 cm as plantas de cobertura que proporcionaram os maiores teores de N total no solo foram a B. brizantha e a B. 75 decumbens. Na camada 5-20 não houve diferença entre as plantas de cobertura para todas as fontes de N, os teores médios de N total pouco variaram. Tabela 29. Nitrogênio total do solo (g kg-1) aos 14 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Manejo Planta de cobertura1 Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época TEST. 1,80aC NO-40 1,88aBC NH-40 1,85aB NHI-40 1,81aC Média 1,84B TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média 1,46bD 1,67aA 1,60aA 1,39bC 1,53B 1,76aC 1,88aBC 1,83aB 1,90aBC 1,84B 1,59aABC 1,56aB 1,61aA 1,64aAB 1,60AB 0-5 cm 2,01abAB 2,05aA 2,12aA 1,98aAB 1,90bAB 1,99aA 2,03abAB 2,07aA 2,02A 2,02A 1,67aA 1,64aAB 1,57aA 1,58aAB 1,62A 1,78abC 1,76bC 1,79abB 1,92aBC 1,81B 1,88bBC 2,03aA 1,85bB 1,86bC 1,91B 5-20 cm 1,63aAB 1,51cCD 1,55abBCD 1,68aA 1,63abAB 1,62aAB 1,59aA 1,56bcA 1,51bA 1,58aAB 1,68aA 1,53abB 1,62A 1,60AB 1,55AB 1,88a 1,94a 1,87a 1,93a 1,57b 1,63a 1,57b 1,57b - 1 MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD) e 40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 6.4.4. pH do solo aos 14 dias após a emergência O índice pH do solo foi influenciado pelo manejo da adubação nitrogenada. Na camada 0-5 cm a fonte amoniacal sem inibidor provocou redução dos valores de pH em quatro das seis plantas de cobertura utilizadas (Tabela 30). A reação de nitrificação libera no solo íons de hidrogênio, que acidificam o solo (CANTARELLA, 2007). Este resultado demonstra que o inibidor reduziu a nitrificação, conforme já discutido anteriormente. Na camada 5-20 cm a fonte amoniacal sem inibidor causou redução do pH em apenas duas das plantas de cobertura. Para as demais fontes de N os valores de pH não diferiram (Tabela 30). Analisando-se o desdobramento das plantas de cobertura em cada forma de manejo da adubação nitrogenada, o efeito mais expressivo foi a redução do pH provocado pela crotalaria quando a fonte de N foi a amoniacal (Tabela 30). Este resultado é 76 contraditório visto que os teores de nitrato foram baixos para esta espécie, ou seja, baixa nitrificação o que supõem poucos íons de hidrogênio liberados. Por estas observações não é de se esperar redução no valor do pH, apesar de que outros fatores poderiam estar envolvidos no processo de acidificação. Tabela 30. Valores de pH do solo aos 14 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Manejo Planta de cobertura1 Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média 5,6aAB 5,5aA 5,6aA 5,5aA 5,6A 5,5aB 5,5aA 4,9bC 5,7aA 5,4A 5,7aAB 5,7aA 5,2bBC 5,7aA 5,6A 0-5 cm 5,9aA 5,7aA 5,1bBC 5,6aA 5,6A 5,7aAB 5,7aA 5,5aAB 5,6aA 5,6A 5,6aAB 5,6aA 5,2bBC 5,5abA 5,5A 5,7a 5,6a 5,3b 5,6a - TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média 4,4aA 4,5aA 4,5aAB 4,2aB 4,4B 4,5aA 4,8aA 4,1bC 4,7aA 4,5AB 4,7abA 4,8aA 4,4bABC 4,6abA 4,6AB 5-20 cm 4,6aA 4,6aA 4,3aBC 4,5aAB 4,5AB 4,6aA 4,7aA 4,7aA 4,7aA 4,7A 4,5aA 4,7aA 4,4aABC 4,6aA 4,6AB 4,6a 4,7a 4,4b 4,6a - 1 MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD) e 40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 6.4.5. Teor de N-NH4+ do solo aos 28 dias após a emergência As plantas de cobertura e as formas de manejo da adubação nitrogenada provocaram alterações nos teores de NH4+ do solo (Tabela 31). Na camada 0-5 cm, houve poucas alterações nos teores de amônio e a média em cada forma de manejo foi pouco afetada. Na camada 5-20 a principal alteração foi observada para testemunha, cujos teores médios de amônio foram inferiores as demais fontes (Tabela 32). Aos 28 dias após a aplicação do nitrogênio os resultados demonstram que parte de amônio foi nitrificada, razão pela qual não houve diferenças entre a fonte nítrica e as amoniacais. Além disso, o inibidor não teve mais efeito sobre a nitrificação aos 28 dias após 77 a aplicação. Marcelino (2009) observou que o tratamento com a maior dose o inibidor apresentou, aos 30 dias após a aplicação uma inibição de 53% em relação ao nitrato originado no tratamento com uréia sem DCD. Em condições de campo o efeito é menos prolongado. Frye (1989) relata que em média o efeito do DCD na inibição da nitrificação se prolonga apenas por algumas semanas. Tabela 31. Análise da variância e coeficiente de variação para os teores de amônio (NH4+), nitrato (NO3-), nitrogênio total (NT) e pH (CaCl2) do solo aos 28 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. NH4+ NO3NT pH Variáveis Profundidade de coleta (cm) 0-5 5-20 0-5 5-20 ----------------------- mg kg-1 ----------------------- 0-5 5-20 --------- g kg-1 --------- 0-5 5-20 -------------------------- ** ** ** ** ** * ** * Plantas cobertura (A) * ** ** ** ns ns ** ** Manejo N (B) * ** ** ** ns ns ** ** AxB 9,5 11,4 10,4 11,4 5,6 7,5 5,3 9,2 CV 1 10,9 11,0 8,2 9,5 5,7 5,7 4,8 4,7 CV 2 *, ** e ns = significativo a 5% e 1% de probabilidade e não significativo, respectivamente. Tabela 32. Teores de amônio do solo (mg kg-1) aos 28 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2011. Manejo Planta de cobertura1 Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época 0-5 cm TEST. 11,7aBCD 10,7aD 13,0bAB 12,6bABC 13,9aA 11,2aCD NO-40 11,7aBC 11,2aBC 14,3abA 12,7bAB 13,0abAB 10,1aC NH-40 11,6aC 11,0aC 13,6abAB 15,3aA 12,2abBC 11,5aC NHI-40 11,4aB 11,0aB 15,3aA 14,2abA 12,0bB 10,4aB Média 11,6BC 10,9C 14,0A 13,7A 12,7AB 10,8C TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média 1 10,0aA 10,9aB 10,4aBC 11,4aA 10,6AB 8,2bB 10,3aBC 9,0abB 10,4aA 9,5B 10,1bA 11,4abB 11,8aB 11,4abA 11,2A 5-20 cm 10,6bA 8,9bC 13,9aA 10,4bA 11,0A 10,9aA 10,7aB 10,4aBC 11,2aA 10,8A 10,6bA 13,1aA 11,7abB 11,5abA 11,7A 12,2a 12,2a 12,5a 12,4a 10,1b 11,0a 11,2a 11,1a - MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD) e 40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 78 Com o desdobramento das plantas de cobertura em cada forma de manejo do N (Tabela 32), observou-se que a B. brizantha e a B. decumbens foram as espécies que proporcionaram os maiores teores de amônio em todas as forma de manejo na camada 0-5 cm. Na camada 5-20 cm o menor e o maior teor médio de amônio (9,5 e 11,7 mg kg-1) foram observados para a Crotalaria spectabilis e para a B. ruziziensis, respectivamente. O menor teor de amônio para o milheto e para a crotalaria pode estar relacionado a menor relação C/N destas espécies, o que favorece a degradação da palha e consequentemente a nitrificação. Além disso, estas espécies apresentaram menor quantidade de matéria seca em relação as braquiárias, com exceção da B. ruziziensis que foi re-semeada. 6.4.6. Teor de N-NO3- do solo aos 28 dias após a emergência O teor de NO3- foi influenciado pelas plantas de cobertura e pelo manejo da adubação nitrogenada (Tabela 31). As alterações mais importantes foram observadas para testemunha, cujos valores foram inferiores em relação às formas de manejo do N nas profundidades de coleta. Tabela 33. Teores de nitrato do solo aos 28 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Manejo Planta de cobertura1 Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época TEST. 12,6cC NO-40 15,4bD NH-40 20,7aBC NHI-40 20,5aB Média 17,3D TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média 1 12,3bC 15,3aD 17,0aD 15,1aC 14,9E 16,0bB 21,9aA 22,9aB 23,6aA 21,1AB 0-5 cm 17,4dB 20,3cAB 23,2bA 25,7aA 21,7A 5-20 cm 15,7cD 16,6cCD 22,9bA 16,6bCD 19,7bBC 19,3bcC 21,1bABC 21,9aABC 22,3abC 21,3abC 31,5aA 22,1aC 23,2aA 23,4aA 24,0bA 22,7aA 20,2C 20,2C 24,9A 20,8BC 22,7aA 15,4bB 17,2cCD 18,9aBC 18,9bcCD 21,0aBC 20,5abB 19,2aB 19,8BC 18,6CD 16,1c 18,2b 20,6a 20,8a - 21,8aAB 22,4aAB 23,0aAB 24,0aA 22,8AB 18,7c 21,3b 24,3a 23,5a - 18,8bBC 23,6aA 25,4aB 23,9aA 22,9AB MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD) e 40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 79 Observou-se também que nas duas coletas as fontes amoniacais proporcionaram os maiores teores de nitrato (Tabela 33). Isto ocorreu devido ao NH4+ ser o substrato para as bactérias nitrificantes. 6.4.7. Nitrogênio total do solo aos 28 dias após a emergência O N total do solo não foi influenciado pelo manejo do N (Tabela 31). Quanto às plantas de cobertura observou-se maiores teores nas parcelas cultivadas com B. brizantha e B. decumbens (Tabela 34). Foi para estas espécies que ocorreram os maiores teores de amônio (Tabela 32), o que explica em parte o resultado obtido. Tabela 34. Nitrogênio total do solo (g kg-1) aos 28 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Manejo Planta de cobertura1 Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média 1 1,70aB 1,77aB 1,83bAB 1,76aC 1,76aC 2,00aA 1,81aA 1,87aA 1,87abA 1,74aC 1,80aBC 1,85bABC 1,75C 1,80BC 1,89AB 0-5 cm 1,92aA 1,93aAB 1,92aA 1,91aAB 1,92A 1,80aAB 1,89aABC 1,83aA 1,76aBC 1,82ABC 1,80a 1,87a 1,85a 1,84a - 1,43aC 1,49aBC 1,45aB 1,56aAB 1,48aA 1,57aA 1,52aA 1,55aA 1,47B 1,54AB 5-20 cm 1,62aA 1,52aABC 1,54aABC 1,58abAB 1,58aAB 1,60aA 1,50abA 1,51aA 1,52aA 1,48bA 1,50aA 1,48aA 1,55AB 1,53AB 1,54AB 1,54a 1,56a 1,53a 1,52a - 1,61aBC 1,58aAB 1,62aA 1,59aA 1,60A 1,79bAB 1,85abBC 1,81bA 1,98aA 1,86ABC MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD) e 40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 80 6.4.8. pH do solo aos 28 dias após a emergência O índice pH do solo foi influenciado pelo manejo da adubação nitrogenada. Na camada 0-5 cm a fonte amoniacal provocou redução dos valores em três das seis plantas de cobertura utilizadas (Crotalaria spectabilis, Brachiaria brizantha, Brachiaria decumbens,). Na camada 5-20 cm a redução ocorreu em quatro das plantas de cobertura. Ressalta-se que com a adição de inibidor de nitrificação na fonte amoniacal o índice pH praticamente não diferiu da testemunha e da fonte nítrica (Tabela 35). Isto demonstra que o inibidor atuou, mantendo o nitrogênio por mais tempo na forma amoniacal, uma vez que a oxidação do NH4+ libera hidrogênio e reduz o pH. Considerando a média os valores do pH para a testemunha, fonte nítrica, amoniacal e amoniacal com inibidor foram 5,6; 5,5; 5,4 e 5,5 na camada 0-5 cm e 4,5; 4,5; 4,3 e 4,6 na camada 5-20, para a, respectivamente. Novamente observa-se que o valor do pH para fonte amoniacal foi menor. Analisando-se o desdobramento das plantas de cobertura em cada forma de manejo do N, o efeito mais expressivo foi o maior valor do pH nas parcelas cultivadas com Brachiaria humidicola (Tabela 35). Quando considerada a média, os valores de pH para Pennisetum americanum, Crotalaria spectabilis, Brachiaria brizantha, Brachiaria decumbens, Brachiaria humidicola e Brachiaria ruziziensis foram 5,3; 5,4; 5,6; 5,3; 5,8 e 5,6 na camada 0-5 cm e 4,4; 4,3; 4,5; 4,3; 4,9 e 4,4 na camada 5-20 cm, respectivamente. O maior valor de pH para a Brachiaria humidicola pode estar relacionado ao seu efeito na inibição da nitrificação. De acordo com Cantarella (2007) a reação de nitrificação libera íons de hidrogênio, que acidificam o solo. Subbarao et al. (2007c) relataram que a Brachiaria humidicola é capaz de suprimir em até 90% da nitrificação, porém essa supressão não foi verificada neste estudo. 81 Tabela 35. Valores de pH do solo aos 28 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Manejo Planta de cobertura1 Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média 5,4aB 5,2aBC 5,6aA 4,8bC 5,3C 4,3aB 4,4aABC 4,4aAB 4,3aB 4,4B 5,6aAB 5,5aAB 4,9bC 5,7aA 5,4BC 4,3abB 4,4abBC 4,1bB 4,5aB 4,3B 5,9aA 5,6abAB 5,3bAB 5,7abA 5,6AB 0-5 cm 5,6aAB 5,1bC 5,0bBC 5,3abB 5,3C 5,8aA 5,7aA 5,7aA 5,8aA 5,8A 5,3bB 5,8aA 5,7abA 5,4abAB 5,6AB 5,6a 5,5a 5,4a 5,5a - 4,5aAB 4,5aABC 4,3aAB 4,5aB 4,5B 5-20 cm 4,6aAB 4,2abC 4,1bB 4,4abB 4,3B 4,7bA 4,8bA 4,7bA 5,2aA 4,9A 4,3bAB 4,7aAB 4,2bB 4,4abB 4,4B 4,5ab 4,5ab 4,3b 4,6a - 1 MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD) e 40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 6.4.9. Teor de N-NH4+ do solo aos 42 dias após a emergência O teor de amônio aos 42 DAE foi influenciado pelas plantas de cobertura e pelas formas de manejo do N (Tabela 36). Na camada 0-5 cm, os maiores teores de amônio foram observados com a aplicação de N amoniacal com inibidor na dosagem de 80 kg ha-1 (Tabela 37). Como a aplicação desta fonte foi realizada aos 30 DAE em uma única aplicação o resultado foi normal. Entretanto, é importante ressaltar a diferença deste resultado em relação ao da fonte amoniacal sem inibidor de nitrificação que foi aplicada na mesma dose e mesma época. A diferença ocorreu em virtude do efeito que o DCD exerce na inibição da nitrificação, mantendo a maior parte do N na forma amoniacal. De acordo com Trenkel (1997) os inibidores retardam a formação de NO3- no solo mediante interferência na atividade das bactérias do gênero Nitrosomonas, responsáveis pela oxidação do NH4+ a nitrito (NO2-), que corresponde à primeira fase da nitrificação. O mesmo autor relata que a adição de DCD (5 a 10% do N total) em fertilizantes amoniacais, inibe a nitrificação por seis a oito semanas. 82 Tabela 36. Análise da variância e coeficiente de variação para os teores de amônio (NH4+), nitrato (NO3-), nitrogênio total (NT) e pH (CaCl2) do solo aos 42 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. NH4+ NO3NT pH Variáveis Profundidade de coleta (cm) 0-5 5-20 0-5 5-20 ----------------------- mg kg-1 ----------------------- 0-5 5-20 --------- g kg-1 --------- 0-5 5-20 -------------------------- ** ** ** ** ns ** ** ** Plantas cobertura (A) ** ** ** ** * ** ** ** Manejo N (B) ** * ** ** ns ** ** ** AxB 11,0 16,0 11,6 9,5 10,7 8,0 5,0 7,5 CV 1 11,5 12,0 10,7 7,1 6,2 6,2 4,6 5,6 CV 2 *, ** e ns = significativo a 5% e 1% de probabilidade e não significativo, respectivamente. Tabela 37. Teores de amônio do solo (mg kg-1) aos 42 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Manejo Planta de cobertura1 Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época TEST. 12,1cA NO-40+40 10,5cAB NO-00+80 12,4cA NH-40+40 10,8cBC NH-00+80 13,4cB NHI-40+40 23,6bB NHI-00+80 44,6aC Média 18,2C 11,9dA 10,2dB 10,4dA 13,1dAB 38,8cA 54,6bA 59,3aB 28,3A 10,7bA 13,9bA 13,7bA 13,0bAB 13,3bB 12,5bD 60,0aB 19,6AB 0-5 cm 10,2bcA 11,6bcAB 12,1bcA 8,8cC 13,3bB 11,1bcD 25,5aD 13,2D 12,0cA 10,5cAB 10,6cA 10,2cBC 16,7bB 12,1cD 22,6aD 13,5D 10,8cA 11,3cAB 11,3cA 16,1bA 13,4bcB 16,9bC 65,0aA 20,7B 11,3d 11,3d 11,8d 12,0d 18,2c 21,8b 46,2a - TEST. NO-40+40 NO-00+80 NH-40+40 NH-00+80 NHI-40+40 NHI-00+80 Média 11,8bAB 12,5bAB 12,7bAB 12,3bAB 22,5aA 12,2bB 22,0aA 15,1A 10,1cB 11,8bcB 12,9bAB 12,2bcAB 12,5bC 12,6bB 16,3aB 12,6C 5-20 cm 13,3abcA 11,4cB 13,6abcAB 14,3abA 12,8abcC 12,5bcB 15,1aB 13,3BC 13,2abA 14,2abA 14,0abA 11,9bB 14,0abC 12,6bB 15,2aB 13,6BC 13,9cA 13,5cAB 11,6cB 12,7cAB 13,6cC 16,6bA 20,0aA 14,6AB 12,6c 12,6c 12,9c 12,6c 15,3b 13,4c 17,4a - 1 13,0cA 12,3cAB 12,4cAB 12,3cAB 16,3aB 13,7bcB 15,8abB 13,7BC MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD); 40+40-40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz e 40 kg ha-1 aplicados aos 30 DAE e 80 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 30 DAE. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 83 Na camada 5-20 cm a aplicação de 80 kg ha-1 de N amoniacal aos 30 DAE também proporcionou os maiores teores de amônio, principalmente com a adição de DCD (Tabela 36). A alteração no teor de amônio com o uso do inibidor foi pequena em relação a camada 0-5 cm, o que é normal, pois as maiores transformações do N ocorrem na camada superficial em razão da intensa atividade microbiana (DICK, 1983). Com o desdobramento das plantas de cobertura em cada forma de manejo de N, observou-se que a C. spectabilis e B. ruziziensis foram as espécies que proporcionaram os maiores teores de amônio na camada 0-5 cm (Tabela 37). O maior teor de amônio nas parcelas com C. spectabilis reforça o argumento que a falta de cobertura do solo prejudicou a nitrificação. Isto ocorreu aos 14 DAE, conforme pode ser constatado pelo menor número de bactérias nitrificantes para esta espécie (Tabela 42). Aita et al. (2007) observaram que as taxas líquidas de nitrificação, em SPD, são maiores em solos com a presença de resíduos culturais do que sobre pousio. Na camada 5-20 a planta de cobertura que resultou nos maiores teores de amônio e menores de nitrato foi a B. ruziziensis (Tabela 37). O menor teor de nitrato na camada 5-20 indica que está espécie inibiu parte da nitrificação, uma vez que o nitrato no solo é facilmente lixiviado. Subbarao et al. (2007c) observaram que espécies do gênero Brachiaria se destacaram na inibição biológica da nitrificação. 6.4.10. Teor de N-NO3- do solo aos 42 dias após a emergência Na camada 0-5 cm os maiores teores de nitrato ocorreram com a -1 aplicação de 80 kg ha de N na forma amoniacal com inibidor (Tabela 38). Este resultado aparentemente indica que o inibidor não surtiu efeito, porém quando se observa o alto teor de amônio do solo para esta forma de manejo (Tabela 37) é natural que uma maior proporção seja nitrificada. A eficiência do inibidor não é, de 100%. Marcelino (2009) observou que aos 30 dias após a adição de DCD em uréia houve uma inibição de 53% em relação ao tratamento sem DCD. 84 Tabela 38. Teores de nitrato do solo (mg kg-1) aos 42 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 520 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Manejo Planta de cobertura1 Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época TEST. 15,7deABC NO-40+40 19,6cA NO-00+80 19,6cB NH-40+40 14,8eB NH-00+80 18,1cdD NHI-40+40 24,4bB NHI-00+80 29,0aC Média 20,2B 13,6cC 15,8cB 13,3cC 21,1bA 28,8aA 30,0aA 28,4aC 21,6AB TEST. NO-40+40 NO-00+80 NH-40+40 NH-00+80 NHI-40+40 NHI-00+80 Média 5 -20cm 13,4cB 16,0cAB 16,3cAB 18,6aA 16,3bAB 16,0d 16,3cC 17,5bcBC 20,6bAB 21,7aA 18,0abABC 18,1d 25,0bA 21,0bB 22,2bAB 20,3aBC 16,8bC 21,4cd 23,8bA 20,4bABC 21,8bAB 20,7aABC 18,7abBC 20,5c 31,5aA 25,8aB 23,0abBC 21,6aC 19,6abC 24,1a 25,7aB 24,0abAB 20,8aBC 18,2abC 23,1bAB 22,3abc 22,1bBC 25,6aAB 26,5aA 21,1aC 21,1aC 23,3ab 22,2A 21,7AB 22,1A 20,7AB 18,4C - 15,3bAB 14,7bC 22,8aAB 17,6bC 22,8aBC 22,0aAB 23,4aABC 19,8BC 16,9cAB 17,4cAB 16,0cC 20,7bA 21,5bC 21,0bC 29,8aBC 20,5B 0-5 cm 17,2dA 18,0dAB 20,0cdB 21,4cA 30,3aA 24,6bB 28,1aC 22,8A 15,7dABC 16,0dB 15,2dC 22,3cA 28,3bAB 21,6cBC 32,0aAB 21,6AB 14,1dBC 15,2dB 26,9bA 20,8cA 25,5bB 24,0aBC 33,5aA 22,9A 15,5e 17,0de 18,5cd 20,2c 25,4b 24,3b 30,1a - 1 MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD); 40+40-40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz e 40 kg ha-1 aplicados aos 30 DAE e 80 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 30 DAE. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). Na camada 5-20 os manejos NH-00+80, NHI-40+40 e NHI-00+80 foram os que proporcionaram os maiores teores de nitrato e não diferiram entre si. A aplicação de 80 kg ha-1 de N na forma amoniacal resultou nos maiores teores de amônio (Tabela 37), portanto é esperado que para esta fonte o teor de nitrato também seja maior, como de fato ocorreu (Tabela 38). Aita et al. (2007) também observaram que a nitrificação aumentou com a quantidade de N amoniacal aplicada. Este resultado é coerente, pois com a aplicação de 40 kg ha-1 de N amoniacal sem inibidor, o NMP de bactéria nitritadoras foi 55% e 32% superior a testemunha e a fonte nítrica, respectivamente. 85 6.4.11. Nitrogênio total do solo aos 42 dias após a emergência O N total do solo foi influenciado pelo manejo da adubação nitrogenada nas duas profundidades de coleta de solo (Tabela 36). No entanto, não houve um tratamento superior ou inferior aos demais em todas as plantas de cobertura (Tabela 39), praticamente não houve variação do N total do solo em decorrência do manejo da adubação nitrogenada. Com relação às plantas de cobertura as alterações no teor de N também foram pequenas. Considerando a média geral na camada 0-5 cm observou-se pequena superioridade dos valores de N nas parcelas cultivadas com B. brizantha e B. decumbens. Na camada 5-20 essa superioridade ocorreu nas parcelas com P. americanum, C. spectabilis e B. brizantha. Tabela 39. Nitrogênio total do solo (g kg-1) aos 42 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Planta de cobertura1 Manejo Média MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI do N Fonte/época 0-5 cm TEST. NO-40+40 NO-00+80 NH-40+40 NH-00+80 NHI-40+40 NHI-00+80 Média 1,75dD 1,92abcBC 1,89abcAB 1,86bcB 1,96abA 1,84cdC 1,97aA 1,88B 1,82dCD 1,86cdC 1,82dB 2,04aA 1,88bcdAB 1,94abcAB 1,98abA 1,91AB 1,95abAB 2,02aA 1,96abA 1,88bB 1,95abA 1,98abAB 1,88bA 1,95A 1,92aABC 1,99aAB 1,97aA 1,91aB 1,97aA 1,99aA 1,96aA 1,96A TEST. NO-40+40 NO-00+80 NH-40+40 NH-00+80 NHI-40+40 NHI-00+80 Média 1,66bcBC 1,73abAB 1,78aA 1,65bcBC 1,78aA 1,60cBC 1,74abA 1,71A 1,76abAB 1,87aA 1,65bBC 1,61cdCD 1,69cABC 1,77aA 1,71bcABC 1,73bcAB 1,69abABC 1,76abAB 1,78abcA 1,62bC 1,69bcAB 1,67cB 1,66abB 1,82aA 1,69cB 1,45cD 1,58cB 1,84abA 1,60bB 1,70A 1,75A 1,63B 1,86cdBC 2,02aA 1,99aAB 1,84cC 1,91abcAB 1,92abcA 1,96abcAB 1,88bcB 1,78dB 1,93abcA 1,98abAB 1,88bcBC 1,88bcdA 1,97abA 1,91AB 1,92AB 1,89a 1,94a 1,91a 1,92a 1,91a 1,94a 1,94a - 5-20 cm 1 1,60abC 1,65aBCD 1,66aBC 1,63abC 1,64aB 1,52bcCD 1,44cC 1,59B 1,57bC 1,69a 1,55bcD 1,67a 1,62abC 1,70a 1,65abBC 1,68a 1,70aAB 1,69a 1,45cD 1,59b 1,60abB 1,63ab 1,59B MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD); 40+40-40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz e 40 kg ha-1 aplicados aos 30 DAE e 80 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 30 DAE. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 86 6.4.12. pH do solo aos 42 dias após a emergência Na camada 0-5 cm os maiores valores de pH foram observados para a testemunha e para a fonte nítrica independente da forma como foi manejada (Tabela 40). De acordo com Cantarella (2007), a reação de nitrificação libera no solo íons de hidrogênio, que acidificam o solo. Por essa razão, os menores valores de pH foram observados nos tratamentos em que o N foi aplicado na forma amoniacal. Na camada 5-20 cm as formas de manejo do N praticamente não alteraram os valores de pH. Analisando-se o desdobramento das plantas de cobertura em cada fonte de N, observou-se que efeito mais expressivo foi o maior valor do pH nas parcelas cultivadas com B. humidicola (Tabela 40). Tabela 40. Valores de pH do solo aos 42 DAE do arroz nas profundidades 0-5 e 5-20 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Manejo Planta de cobertura1 Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época TEST. NO-40+40 NO-00+80 NH-40+40 NH-00+80 NHI-40+40 NHI-00+80 Média 5,6aB 5,6aAB 5,7aAB 5,0bB 5,0bBC 4,4cC 4,6cC 5,1C 5,6aB 5,4abB 5,2bcC 4,5dC 4,9cC 5,3abAB 5,1bcB 5,1C TEST. NO-40+40 NO-00+80 NH-40+40 NH-00+80 NHI-40+40 NHI-00+80 Média 4,5bcAB 4,8abAB 4,8abA 5,0aA 4,5bcBC 4,1dC 4,4cdBC 4,6AB 4,6abAB 4,6abB 4,3bB 4,5abBC 4,4abBC 4,5abAB 4,7aAB 4,5B 1 5,7abAB 5,6abAB 5,8aA 5,0cB 5,6abA 5,4abAB 5,7abA 5,5A 0-5 cm 5,6aB 5,4abB 5,4abC 4,9cB 5,3abAB 5,1bcB 5,2bcB 5,3BC 6,0aA 5,6abAB 5,7abAB 5,4cA 5,5bcA 5,5bcA 5,7abA 5,6A 5,4bB 5,7aA 5,4bC 5,3bA 5,6abA 5,4bAB 5,3bB 5,4AB 5,7a 5,6a 5,5a 5,0c 5,3b 5,2bc 5,3bc - 4,5abAB 5,0aA 4,5abAB 4,5abBC 4,2cC 4,6abA 4,7bAB 4,6AB 5-20 cm 4,7aB 4,4abC 4,6aAB 4,4abC 4,5abBC 4,2bBC 4,6aAB 4,5B 5,1aA 4,8abAB 4,6bAB 4,8abAB 4,6bAB 4,8abA 4,8abA 4,8A 4,2cC 4,8abAB 4,8abA 4,7abABC 5,0aA 4,6bcA 4,2cC 4,6AB 4,6ab 4,7a 4,6ab 4,7a 4,5b 4,5b 4,6ab - MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD); 40+40-40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz e 40 kg ha-1 aplicados aos 30 DAE e 80 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 30 DAE. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 87 6.4.13. Bactérias amonificantes e nitrificantes no solo Antes do manejo das plantas de cobertura foram determinadas as bactérias amonificantes e nitrificantes (Figura 7). O menor e o maior número de bactérias amonificantes foram observados para a Crotalaria spectabilis e para o a Brachiaria decumbens. O menor número de bactérias nitritadoras (oxidantes da amônia) foi observado nas parcelas cultivadas com Brachiaria brizantha, B. decumbens e B. humidicula e o maior número nas parcelas com Brachiaria ruziziensis. Quanto ao número de bactérias nitratadoras (oxidantes do nitrito) o menor valor foi observado com o cultivo de Brachiaria ruziziensis e o maior com o cultivo de Crotalaria spectabilis. Amonificantes x 105 Oxidantes da amônia x 102 -1 Bactérias (NMP g solo ) 15,0 Oxidantes do nitrito x 102 12,0 9,0 6,0 3,0 0,0 MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Plantas de Cobertura Figura 7. Efeito do manejo da adubação nitrogenada e de plantas de cobertura no número de bactérias amonificantes e nitrificantes do solo antes do manejo das plantas de cobertura. *MILH - Pennisetum americanum, CROT - Crotalaria spectabilis, BRIZ - Brachiaria brizantha, DEC - B. decumbens, HUMI - B. humidicola e RUZI - B. ruziziensis. O número de bactérias amonificantes aos 14 DAE foi influenciado pelas plantas de cobertura e pelo manejo da adubação nitrogenada (Tabela 41). Apesar das diferenças não houve uma forma de manejo que superasse as demais em todas as plantas de cobertura (Tabela 42). A variabilidade de resultados para microorganismos do solo é previsível, principalmente para experimentos de campo com diversidade de tratamentos. Com o desdobramento das plantas de cobertura em cada forma de manejo da adubação nitrogenada, verificou-se que o maior número de bactérias amonificantes 88 foi constatado nas parcelas cultivadas com Brachiaria decumbens (Tabela 42). Este resultado também foi observado na coleta antes da aplicação de nitrogênio (Figura 7). As bactérias oxidantes da amônia (nitritadoras) também foram influenciadas pelas plantas de cobertura e pelo manejo da adubação nitrogenada (Tabela 41). O maior número deste grupo de bactérias foi observado para as fontes amoniacais (Tabela 42). Isto ocorreu devido ao amônio ser o substrato para estas bactérias, resultando na formação de nitrito. Ressalta-se porém que houve diferença entre as fontes amoniacais, ou seja, com a adição do inibidor o menor número de bactérias nitratadoras foi menor, o que demonstra o efeito deste produto na proliferação destas bactérias. De acordo com Amberger (1989) o DCD possui efeito específico para bactérias nitrificadoras do gênero Nitrosomonas. Com o desdobramento inverso observou-se que o menor número de bactérias nitritadoras ocorreu nas parcelas com crotalária (Tabela 42). Tabela 41. Análise da variância e coeficiente de variação para bactérias amonificantes e nitrificantes do solo aos 14 DAE do arroz na profundidade 0-5 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Bactérias Bactérias oxidantes Bactérias Variáveis amonificantes da amônia oxidantes do nitrito (NMP grama de solo-1) x 105 ------------------- (NMP grama de solo-1) x 102 ------------------- ** ** ** Plantas cobertura (A) ** ** ** Manejo N (B) ** ** ** AxB 20,4 35,5 65,9 CV 11 23,5 45,0 69,5 CV 2 1 Coeficiente de variação e análise de variância dos dados originais. * e ** = significativo a 5% e 1% de probabilidade, respectivamente. O menor número de bactérias pode estar relacionado a menor cobertura do solo, visto que, a palhada da crotalaria for rapidamente decomposta. Aita et al. (2007) observaram que as taxas líquidas de nitrificação, em SPD, são maiores com a presença de resíduos culturais do que sobre pousio. Portanto, ausência de cobertura do solo pode ter prejudicado a atividade microbiana. O maior número deste grupo de bactérias foi observado nas parcelas cultivadas com B. ruziziensis, assim como observado antes da aplicação de N (Figura 7). A constituição bromatológica da B. ruziziensis pode ter favorecido a ação das bactérias. Estudos conduzidos por Pariz et al. (2010) demonstram que os teores de proteína 89 bruta e NDT (nutrientes digestíveis totais) são maiores para esta cultivar em relação as B. brizantha, B. decumbens e B. humidicola, enquanto as porcentagens de FDN (fibra em detergente neutro), FDA (fibra em detergente ácido) e celulose são menores. Quanto ao número de bactérias oxidantes do nitrito (nitratadoras), os menores valores foram constatados para testemunha (Tabela 42). Dentre as formas de manejo de N o menor número ocorreu quando se utilizou N na forma amoniacal com inibidor de nitrificação. Este resultado, ocorreu devido a manutenção do N na forma amoniacal (Tabela 27), pela ação do DCD sob as bactérias nitritadoras. Com a inibição ocorreu menor formação de nitrito e, como conseqüência, menor atividade das bactérias nitratadoras. Tabela 42. Bactérias amonificantes e nitrificantes do solo aos 14 DAE do arroz na profundidade 0-5 cm em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Manejo Planta de cobertura1 Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média 1 2,7bB 4,4aA 1,8cC 2,3bcCD 2,8B Bactérias amonificantes (NMP grama de solo-1) x 105 0,6cC 3,8aA 3,4bcA 3,0aA 3,2aA 3,3aA 4,0aA 3,2cA 3,1aA 1,6bB 3,5aAB 1,9cC 5,1abA 2,5aBC 3,1aB 1,9bD 3,0bBC 5,8aA 3,2aB 2,7aBCD 2,3C 3,2A 4,4A 3,0B 2,7B 2,8a 3,3a 3,0a 3,2a - 4,1bA 4,1bB 6,6aA 4,1bA 4,7B Bactérias oxidantes da amônia (NMP grama de solo-1) x 102 1,4bB 0,8bBC 4,0aA 0,7bC 4,8aA 0,5cC 1,1bC 5,3aAB 6,7aA 5,8aAB 4,3aA 5,0aA 5,6aA 6,8aA 6,6aA 4,0aA 4,8aA 4,5aA 3,5aA 6,6aA 2,6C 2,9C 4,9A 4,4B 6,0A 2,6c 3,9b 5,8a 4,6b - Bactérias oxidantes do nitrito (NMP grama de solo-1) x 102 0,8bBC 1,3abAB 0,8cBC 0,4bC 2,4abA 0,4bC 3,7aA 0,7bC 1,9bB 4,3aA 2,3abAB 3,5aAB 3,3aAB 2,1aAB 4,1aA 2,8aAB 3,5aAB 1,7aB 0,9bC 1,0bC 3,8aAB 4,0aA 1,3bBC 0,8bC 2,2A 1,3B 2,7A 2,9A 2,4A 1,6B 1,0c 2,7a 2,9a 2,0b - MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD) e 40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). Para análise estatística, os dados foram transformados para log (x). 90 Com o desdobramento das plantas de cobertura em cada forma de manejo da adubação nitrogenada, observou-se que o menor número de bactérias oxidantes do nitrito ocorreu em parcelas cultivadas com C. spectabilis e B. ruziziensis (Tabela 42). O menor valor nas parcelas com C. spectabilis pode ter ocorrido pela rápida decomposição da palhada. Nestas condições as bactérias nitrificantes são prejudicadas (Aita et al., 2007). Nas parcelas cultivadas com B. ruziziensis observou-se maior valor para bactérias nitritadoras e menor para nitratadoras. Este resultado indica que esta espécie pode exercer algum efeito inibidor nas bactérias que atuam na segunda etapa da nitrificação (nitrobacter). 6.4.14. Nitrogênio na planta aos 28 dias após a emergência Os teores de amônio na planta não foram influenciados pelo manejo da adubação nitrogenada e pelas plantas de cobertura (Tabela 43). Este resultado é coerente, visto que o teor de amônio no solo na mesma data foi pouco influenciado pelas fontes de N aplicadas (Tabela 32). Quanto aos teores de nitrato observou-se que as fontes amoniacais proporcionaram os maiores teores na parte aérea do arroz (Tabela 44). Em relação às plantas de cobertura os maiores valores foram proporcionados pelo P. americanum e pela C. spectabilis (Tabela 44). Em relação as braquiárias o maior teor de nitrato no arroz foi observado nas parcelas cultivadas com a B. ruziziensis. O maior teor de nitrogênio total no arroz ocorreu quando aplicou-se a fonte amoniacal com inibidor de nitrificação (Tabela 44). O maior teor para está fonte foi decorrente dos teores de nitrato no solo (Tabela 33) e na planta (Tabela 44). Andrade (1994) verificou que plantas de capim-colonião que receberam nitrato apresentaram concentrações de nitrogênio total superiores aquelas adubadas apenas com amônio. Considerando as plantas de cobertura os efeitos no teor de N total foram pouco expressivos, com pequenas variações (Tabela 44). 91 Tabela 43. Análise da variância e coeficiente de variação para os teores de amônio (NH4+), nitrato (NO3-) e nitrogênio total (NT) na parte aérea do arroz aos 28 DAE em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Variáveis NH4+ NO3NT mg kg-1 g kg-1 ns ** ** Plantas cobertura (A) ns ** ** Manejo N (B) ns ** ** AxB 12,8 9,3 3,7 CV 1 9,5 11,8 4,0 CV 2 *, ** e ns = significativo a 5% e 1% de probabilidade e não significativo, respectivamente. Tabela 44. Nitrogênio amoniacal, nítrico e total na parte aérea do arroz aos 28 dias após a emergência do arroz. Botucatu-SP, 2010. Manejo Planta de cobertura1 Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média TEST. NO-40 NH-40 NHI-40 Média 0,28aA 0,30aA 0,30aA 0,27aA 0,29A 0,34cA 0,42bAB 0,47abB 0,50aA 0,43A 31,7cB 33,9bB 37,2aA 37,3aA 35,0AB 0,27aA 0,28aA 0,28aA 0,30aA 0,28A N-NH4+ (mg kg-1) 0,28aA 0,28aA 0,28aA 0,31aA 0,27a 0,27aA 0,28abA 0,27aA 0,29aA 0,27aA 0,27aA 0,28aA 0,29A 0,27A 0,28A 0,23cB 0,47bA 0,54aA 0,50abA 0,44A N-NO3- (mg kg-1) 0,24bB 0,14cC 0,21cB 0,33cA 0,30abD 0,30bD 0,38bBC 0,35cCD 0,32aC 0,46aB 0,44aB 0,44bB 0,31aD 0,43aB 0,41abC 0,51aA 0,29C 0,33B 0,36B 0,41A 0,25c 0,37b 0,45a 0,44a - N-Total (g kg-1) 30,2bB 31,0cB 36,1aA 31,4cC 35,0aB 34,7bB 35,0aB 37,5aA 34,1C 33,7D 31,6d 34,4c 35,2b 37,0a - 34,3bA 34,6bAB 35,6abAB 37,3aA 35,5A 31,5cB 35,9bA 34,4bB 37,9aA 35,0AB 0,29aA 0,28aA 0,27aA 0,28aA 0,28A 31,1cB 34,3bAB 34,1bB 36,7aAB 34,1C 0,28a 0,29a 0,28a 0,28a - 1 MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD) e 40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 92 6.4.15. Nitrogênio na planta aos 42 dias após a emergência Os teores de amônio na planta foram influenciados pelas plantas de cobertura e pelo manejo da adubação nitrogenada (Tabela 45). Os maiores teores de N foram observados com aplicação de 80 kg ha-1 em uma única época, independente da fonte utilizada. A concentração da dose em uma única aplicação (aos 30 DAE) a poucos dias da coleta das plantas justifica o resultado obtido. Com o desdobramento inverso observou-se que a planta de cobertura que proporcionou o maior valor foi a crotalaria (Tabela 46). Nessas parcelas também se observou maior teor de amônio no solo (Tabela 37). Quanto aos teores de nitrato verificou-se que a aplicação do nitrogênio sem parcelamento (80 kg ha) aos 30 DAE proporcionou os maiores teores de N na parte aérea do arroz (Tabela 46). Assim como na coleta aos 28 DAE, os maiores teores foram observados nas parcelas cultivadas com P. americanum e C. spectabilis. Cazetta et al. (2005), verificaram que a cultura do milheto recicla quantidades apreciáveis de nitrogênio e ressalta a importância do cultivo de coberturas vegetais em áreas onde se utiliza o SPD. Em relação as braquiárias o maior teor de nitrato na parte aérea do arroz foi observado nas parcelas cultivadas com a B. ruziziensis. O maior teor de nitrogênio total apresentou o mesmo comportamento do teor de nitrato no solo, ou seja, os maiores teores ocorreram quando aplicou-se 80 kg ha-1 aos 30 DAE (Tabela 46). Este resultado é normal pois com uma grande oferta de N no solo é esperado que a planta absorva mais desse nutriente. Considerando as plantas de cobertura os efeitos no teor de N total foram menos expressivos e as alterações incipientes (Tabela 46). Tabela 45. Análise da variância e coeficiente de variação para os teores de amônio (NH4+), nitrato (NO3-) e nitrogênio total (NT) na parte aérea do arroz aos 42 DAE em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Variáveis NH4+ NO3NT -1 mg kg g kg-1 * ** ns Plantas cobertura (A) * ** ** Manejo N (B) ** ** ns AxB 13,4 10,0 6,7 CV 1 10,8 9,5 6,6 CV 2 *, ** e ns = significativo a 5% e 1% de probabilidade e não significativo, respectivamente. 93 Tabela 46. Nitrogênio amoniacal, nítrico e total na parte aérea do arroz aos 42 dias após a emergência. Botucatu-SP, 2010. Planta de cobertura1 Manejo Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época N-NH4+ (mg kg-1) TEST. 0,27bcAB 0,30bA 0,24cB 0,26abB 0,26abcB 0,27abAB 0,27ab NO-40+40 0,27bcA 0,27bcA 0,25cA 0,26abA 0,23cA 0,26abA 0,26b NO-00+80 0,33aA 0,27bcB 0,32aA 0,20cC 0,24bcB 0,25bB 0,27ab NH-40+40 0,23cCD 0,36aA 0,30abB 0,21cD 0,23cCD 0,27abBC 0,27ab NH-00+80 0,24bcB 0,25cB 0,25cAB 0,26abAB 0,26abcAB 0,30aA 0,26b NHI-40+40 0,28bA 0,28bcA 0,27bcA 0,28aA 0,28abA 0,29abA 0,28a NHI-00+80 0,23cB 0,26cAB 0,23cB 0,23bcB 0,30aA 0,27abAB 0,25b Média 0,26B 0,28A 0,27AB 0,24C 0,26B 0,27AB TEST. NO-40+40 NO-00+80 NH-40+40 NH-00+80 NHI-40+40 NHI-00+80 Média TEST. NO-40+40 NO-00+80 NH-40+40 NH-00+80 NHI-40+40 NHI-00+80 Média 0,22cA 0,69bA 0,87aB 0,68bA 0,93aB 0,66bA 0,92aA 0,71A 21,2dA 30,1bcA 32,7abA 28,3cA 33,3aA 29,9cA 33,5aA 29,9AB 0,18eAB 0,61cdB 1,03aA 0,65cA 1,06aA 0,57dBC 0,80bB 0,70A N-NO3- (mg kg-1) 0,14cB 0,11eB 0,12eB 0,41bC 0,27dD 0,28dD 0,52aD 0,60bCD 0,53abD 0,51aB 0,62abA 0,43cC 0,58aD 0,69aC 0,47bcE 0,53aC 0,40cD 0,52abC 0,52aD 0,62abC 0,57aCD 0,46C 0,47C 0,42E 0,12cB 0,60bB 0,62bC 0,63bA 0,65bCD 0,61bAB 0,73aB 0,57B 0,15f 0,48e 0,70b 0,59c 0,73a 0,55d 0,69b - 21,5dA 28,6bcA 30,4abA 30,0abA 32,8aA 27,0cA 32,7aA 28,9B N-Total (g kg-1) 23,2cA 23,2cA 23,3dA 29,3bA 29,7bA 28,8bcA 32,3aA 34,2aA 30,1abcA 27,9bA 30,3bA 28,4cA 32,1aA 30,5bA 31,3abA 30,1abA 29,4bA 28,3cA 32,3aA 33,4aA 32,2aA 29,6AB 30,1A 28,9B 20,7cA 29,2abA 30,7aA 27,0bA 31,5aA 30,0aA 31,8aA 28,7B 22,2c 29,3b 31,7a 28,7b 31,9a 29,0b 32,7a - 1 MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD); 40+40-40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz e 40 kg ha-1 aplicados aos 30 DAE e 80 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 30 DAE. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 6.4.16. Atividade da enzima nitrato redutase no arroz A atividade da enzima nitrato redutase (NR) foi influenciada pelas plantas de cobertura e pelo manejo da adubação nitrogenada (Tabela 47). A maior atividade da NR aos 14 e 28 DAE foi observada quando se utilizou a fonte nítrica (Tabela 48). Aos 42 94 DAE a maior atividade foi observada para a fonte amoniacal sem inibidor de nitrificação em uma única com a aplicação (80 kg ha aos 30 DAE). Quanto ao efeito das plantas de cobertura não se observou uma espécie que proporcionasse maior atividade da enzima em todas as formas de manejo do N (Tabela 48). A redução da atividade da NR no decorrer do tempo pode estar associada ao ciclo de aminoácidos entre o colmo e raiz. Este mecanismo sugere que o nível de aminoácidos no floema da raiz regula a absorção e a assimilação de nitrogênio. Durante o rápido crescimento vegetativo, são altas as taxas de redução de nitrato e síntese de aminoácidos nas folhas e durante a fase reprodutiva, diminui a taxa de redução de nitrato e aumenta a remobilização do N foliar para o desenvolvimento das inflorescências. O enriquecimento do floema com aminoácidos provocariam a redução na taxa de absorção de NO3- (IMSANDE & TOURAINE, 1994). O entendimento de como os aminoácidos regulam a absorção de N ainda carece de muitos esclarecimentos. É provável que os altos níveis de aminoácidos nas raízes inibem a ação dos transportadores de NO3- na membrana (IMSANDE & TOURAINE, 1994) e a síntese da enzima nitrato redutase (LEA, 1997). Outro aspecto que pode provocar a diminuição da atividade da NR é o excesso de nitrato. Fernandes & Rossielo (1986) relatam que a utilização combinada de nitrato e amônio pode promover aproveitamento direto da forma amoniacal com a formação de compostos nitrogenados como proteínas estruturais e enzimas, as quais poderiam estimular a ação do sistema nitrato-redutase, uma vez que o nitrato acumulado não induziria. Tabela 47. Análise da variância e coeficiente de variação para a atividade da enzima nitrato redutase do arroz IAC-202 em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Atividade da enzima nitrato redutase Variáveis 14 DAE 28 DAE 42 DAE -1 NO2 (µM g de matéria fresca h ) * * * Plantas cobertura (A) ** ** ** Manejo N (B) * * ** AxB 13,7 8,2 10,7 CV 1 12,0 6,1 10,8 CV 2 * e ** = significativo a 5% e 1% de probabilidade, respectivamente. 95 Tabela 48. Atividade da enzima nitrato redutase do arroz IAC-202 em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura no Sistema Plantio Direto. BotucatuSP, 2010. Manejo Planta de cobertura1 Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI NO2- (µM g de matéria fresca h-1) Fonte/época TEST. NO-40+40 NH-40+40 NHI-40+40 Média 11,0bAB 13,8aA 9,51bC 10,2bC 11,1B 11,0bAB 12,1abA 13,0aA 12,8abAB 12,2AB TEST. NO-40+40 NH-40+40 NHI-40+40 Média 8,0cB 9,9aB 9,3abAB 8,9bA 9,0B 9,3bA 11,4aA 9,1bAB 9,8bA 9,9A TEST. NO-40+40 NO-00+80 NH-40+40 NH-00+80 NHI-40+40 NHI-00+80 Média 4,2dBC 5,4dAB 8,9bBC 10,2abA 10,1bB 9,5abB 7,1cABC 6,6cdBC 11,6aA 10,3aBCD 6,5cB 6,8cB 9,4bB 9,0bB 8,3AB 8,3AB 14 DAE 12,1aA 10,0bB 9,6bB 12,3aA 12,3aA 13,0aA 12,2aAB 11,0abBC 11,1abABC 11,2aABC 11.0abBC 11,3abABC 12,0AB 11,1B 11,3B 10,9bAB 14,0aA 12,4abAB 13,1aA 12,6A 10,8b 12,9b 11,6b 11,7a - 9,0bA 10,2aB 9,3bAB 9,2bA 9,4B 28 DAE 9,0bA 10,1aB 9,2bB 9,4abA 9,4B 8,8bcAB 10,5aB 8,2cC 9,7abA 9,3B 9,1bA 10,6aAB 10,0aA 9,8abA 9,9A 8,9c 10,5a 9,2bc 9,5b - 6,4cA 9,7aABC 9,9aB 7,7bAB 10,2aCD 6,4cB 9,3aB 8,5AB 42 DAE 5,1dAB 10,1bAB 10,4abAB 7,2cABC 9,7bD 7,5cAB 11,4aA 8,8A 3,3dC 8,5bC 9,3bB 6,2cC 11,6aAB 7,0cB 9,4bB 7,9B 3,6dC 6,5cD 11,5aA 8,2bA 11,1aABC 8,3bA 12,0aA 8,7A 4,7e 9,0c 10,1b 7,2d 10,8a 7,1d 10,1b - 1 MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD); 40+40-40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz e 40 kg ha-1 aplicados aos 30 DAE e 80 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 30 DAE. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). Para explicar o baixo desempenho do arroz em solos com predominância de nitrato deve-se considerar também a seqüência do metabolismo do nitrogênio. Considerando que atividade da NR seja alta a quantidade de NO2- formada seria grande, sendo assim qualquer deficiência da enzima NR ou de outra enzima do metabolismo do N poderia prejudicar a cultura. 96 6.4.17. Componentes da produção e produtividade de grãos O número de panículas foi influenciado pelas plantas de cobertura e pelo manejo da adubação nitrogenada (Tabela 49). Todas as formas de manejo superaram a testemunha (Tabela 50). O aumento no número de panículas m-2 com adubação nitrogenada de cobertura também foi observado por Cazetta et al. (2008), porém em apenas uma de duas safras de cultivo. Em relação as plantas de cobertura o milheto e a crotalária proporcionaram o maior número de panículas. Entre as braquiárias o maior número foi observado nas parcelas com a B. ruziziensis, principalmente quando o N foi fornecido na forma amoniacal (Tabela 50). Tabela 49. Análise da variância e coeficiente de variação para os componentes de produção e produtividade do arroz IAC-202 em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura. Botucatu-SP, 2010. Componentes de produção Produtividade de 1 Variáveis Panículas Espiguetas Fertilidade de Peso de grãos espiguetas 1000 grãos PLC (A) MDN (B) AxB CV 1 CV 2 -- n.º m-2 -- - n.º panícula-1 - ---------- % --------- ---- gramas ---- --------- kg ha-1 --------- ** ** ** 7,5 8,1 ** ** ** 10,9 10,4 * ** * 5,4 4,1 ** ** * 5,3 5,4 ** ** ** 8,0 11,0 1 PLC, plantas de cobertura e MDN, manejo do nitrogênio. * e ** = significativo a 5% e 1% de probabilidade, respectivamente. Quanto ao número de espiguetas por panícula todas as formas de manejo superaram a testemunha com pequena vantagem para o manejo NHI-00+80. Em relação as plantas de cobertura o maior número de espiguetas ocorreu nas parcelas com B. decumbens (Tabela 50). Este resultado pode ser explicado em parte pelo menor número de panículas m-2. Dessa forma, devido a menor competição por espaço é provável a planta tenha produzido panículas maiores e como conseqüência com maior número de espiguetas. A porcentagem de espiguetas férteis foi pouco alterada pelo manejo do N e pelas plantas de cobertura (Tabela 50). Farinelli et al. (2004) e Arf et al. (2003), não observaram efeito da adubação nitrogenada na porcentagem de espiguetas férteis. Cazetta et 97 al. (2008), observaram poucas alterações no número de espiguetas pela cobertura vegetal. Bordin et al. (2003), observaram maior número de espiguetas férteis em arroz cultivado após feijão bravo-do-ceará, crotalária e milheto. Em relação ao peso de 1000 grãos os melhores resultados foram observados para a testemunha e para as formas de manejo que foram aplicadas logo após a emergência (Tabela 50). Com estes resultados ressaltam a importância de mais estudos com a antecipação da época de aplicação de N em cobertura na cultura do arroz. Mediante a divergência de resultados quanto ao efeito do N no peso de grãos, Cazetta et al. (2008) relataram que este parâmetro é dependente da cultivar, da época de aplicação do N, do nível de água disponível e da produtividade de grãos. Quanto as plantas de cobertura o maior peso de 1000 grãos foi observado nas parcelas cultivadas com milheto (Tabela 50). O maior número de panículas ocorreu sobre palhada de milheto e quando isso ocorre, a tendência é a redução no tamanho das panículas, o que resultou em menor o número de espiguetas, o que permitiu um maior enchimento de grãos e, como conseqüência, maior peso. Bordin et al. (2003) também verificaram superioridade do milheto para essa característica, entre diversas coberturas vegetais. 98 Tabela 50. Componentes de produção do arroz IAC-202 em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura no Sistema Plantio Direto. Botucatu-SP, 2010. Planta de cobertura1 Manejo Média MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI do N Panículas (número m-2) Fonte/época TEST. NO-40+40 NO-00+80 NH-40+40 NH-00+80 NHI-40+40 NHI-00+80 Média 276cAB 366aA 321bAB 352abA 331bA 354abA 343abA 335A 310aA 336aAB 331aAB 340aA 325aAB 340aAB 318aAB 329AB 219dC 330abBC 297bcB 342aA 324abcAB 319abcB 292cB 303CD 264cB 307aBC 312aAB 304abBC 301abAB 269bcC 326aAB 298CD 228bC 299aC 312aAB 280aC 292aB 282aC 311aAB 286D 251bBC 314aBC 335aA 320aAB 316aAB 331aAB 318aAB 312BC 258b 325a 318a 323a 315a 316a 318a - 161cA 184abcB 162cCD 194aA 169bcAB 186abA 168bcB 175B 138c 173ab 173ab 168ab 160b 164ab 176a - Espiguetas (número panícula-1) TEST. NO-40+40 NO-00+80 NH-40+40 NH-00+80 NHI-40+40 NHI-00+80 Média 119dC 144bcC 186aAB 151bC 125cdC 146bcB 185aB 151C 120bC 142abC 139abE 138abC 152aB 140abB 124bC 136D TEST. NO-40+40 NO-00+80 NH-40+40 NH-00+80 NHI-40+40 NHI-00+80 Média 80,0bcA 83,7abA 82,4abA 82,8abA 76,6cBC 83,2abA 86,0aAB 82AB 82,0abA 84,6aA 81,6abA 79,5cdAB 75,0cC 80,0abA 81,5abBC 81B 136cBC 157dAB 170abB 217aA 178abABC 197abA 160bBC 185bcA 187aA 170cdAB 161bB 187bcA 171abB 220aA 166B 190A 137cABC 182abB 173abBC 182abAB 158bcB 161bcB 188aB 169B Fertilidade de espiguetas (%) 83,5aA 83,7aA 79,5abA 77,2bB 82,7aA 83,0aA 80,3abC 81B 83,5abA 83,7abA 79,8bA 82,8abA 84,7aA 84,1abA 86,9aA 84A 82,0aA 81,1abA 83,3aA 83,8aA 81,7aA 80,0abA 80,2aAB 78,5bAB 82,2aA 81,1abAB 83,9aA 79,3abA 83,8aABC 82,3abABC 82AB 81B 82ab 84a 81ab 80b 80b 82ab 83a - Peso de 1000 grãos (g) TEST. NO-40+40 NO-00+80 NH-40+40 NH-00+80 NHI-40+40 NHI-00+80 Média 1 22,8aA 20,8bB 21,7abcAB 22,7aA 19,9dAB 19,8abAB 22,5abA 19,8abBC 21,1bcdA 18,4cC 21,8abcA 19,8abB 20,9cdA 19,3abB 21,5A 20,1B 21,4aAB 19,6bcC 19,4cAB 19,6bcBC 19,2cBC 21,0abAB 19,2cB 19,9B 20,1aB 19,9aC 19,5aAB 20,3aBC 20,0aAB 20,2aB 19,4aAB 19,9B 21,2aB 20,4abBC 18,6cB 20,8abB 20,2abAB 20,4abAB 19,4bcAB 20,1B 20,7aB 20,5abBC 20,3abA 19,1bC 19,3abBC 20,3abAB 20,0abAB 20,0B 21,2a 20,8a 19,6b 20,4ab 19,7b 20,6ab 19,7b - MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD); 40+40-40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz e 40 kg ha-1 aplicados aos 30 DAE e 80 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 30 DAE. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). 99 A produtividade de grãos foi influenciada pelas plantas de cobertura e pelo manejo da adubação nitrogenada (Tabela 49). As maiores produtividades de grãos foram obtidas com o fornecimento parcelado de N (40 kg ha-1 aplicado em duas épocas) (Tabela 51). Dentre estas formas de manejo a maior produtividade média (5.4 ton ha-1) ocorreu com a aplicação de N amoniacal com inibidor. Embora a diferença pareça pequena o uso da fonte NHI-40+40 proporcionou 320 kg de arroz a mais do que a fonte NH-40+40 (sem inibidor) e 200 kg a mais do que a fonte NO-40+40. Vários trabalhos de literatura relataram que o efeito da adubação nitrogenada na cultura do arroz é variável, ora com incremento de produtividade (FARINELLI et al., 2004; BORDIN et al., 2003; STONE et al., 1999), ora sem (ARF et al., 1996; ARF et al., 2003). No entanto, são raros os trabalhos procuram investigar os efeitos da aplicação antecipada do N levando em conta a relação amônio/nitrato do solo. Tabela 51. Produtividade de grãos do arroz IAC-202 em função do manejo da adubação nitrogenada e plantas de cobertura no Sistema Plantio Direto. Botucatu-SP, 2010. Planta de cobertura1 Manejo Média do N MILH CROT BRIZ DECU HUMI RUZI Fonte/época TEST. NO-40+40 NO-00+80 NH-40+40 NH-00+80 NHI-40+40 NHI-00+80 Média 5,1dA 7,4aA 7,4aA 7,6aA 6,6bcA 7,3abA 5,9cA 6,8A Produtividade de grãos (ton ha-1) 4,6aA 2,7dD 2,9cdBC 3,6cB 3,5cC 4,3bcB 4,8aB 5,0aB 4,4abAB 3,9bcC 4,2abC 4,1bcC 3,8bcD 4,1bcCD 4,2abCD 4,7abC 4,8aB 3,9cC 3,6bcC 4,1bcBC 4,3abC 5,3aB 4,4aC 4,5abBC 4,3abB 4,7abB 4,4aB 5,0aB 4,2C 4,1D 4,1D 4,4C 4,9cA 6,3abB 5,1cB 6,3abB 6,0bA 6,8aA 6,2abA 6,0B 4,0c 5,2ab 4,9bc 5,1b 4,9bc 5,4a 5,1b - 1 MILH-Pennisetum americanum; CROT-Crotalaria spectabilis; BRIZ-Brachiaria brizantha; DECU-B. decumbens; HUMI-B. humidicola e RUZI-B. ruziziensis. TEST-Testemunha (sem aplicação de N); NO-nitrato de cálcio; NH-sulfato de amônio; NHI-sulfato de amônio + inibidor de nitrificação (DCD); 40+40-40 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 0 DAE do arroz e 40 kg ha-1 aplicados aos 30 DAE e 80 kg ha-1 de nitrogênio aplicados aos 30 DAE. Médias com a mesma letra, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem pelo teste de t – LSD (P=0,05). Quanto as plantas de cobertura as maiores produtividades foram obtidas nas parcelas que foram cultivadas com Pennisetum americanum e Brachiaria ruziziensis. A superioridade do milheto se deve ao maior número de panículas por m2 e peso de 1000 grãos. Em relação a Brachiaria ruziziensis o resultado se deve ao maior número de 100 panículas por m2 e ao número de espiguetas por panículas. Bordin et al. (2003) observaram que, mesmo sem adubação em cobertura, houve maior produtividade nas áreas anteriormente cultivadas com os adubos verdes Canavalia brasiliensis, Crotalaria juncea e Pennisetum glaucum. 101 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A hipótese de que o fornecimento do N na forma amoniacal logo após a emergência favoreceria a cultura do arroz em virtude da menor atividade da NR no início do ciclo não se confirmou. A atividade da enzima NR foi maior no início do desenvolvimento e diminuiu com o desenvolvimento da planta (mudanças de estágios de crescimento), o que pode reduzir a importância da fonte amoniacal nas fases iniciais do arroz. De acordo com Cregan & Berkum (1984) a quantidade de nitrogênio absorvida aumenta progressivamente durante o período de crescimento vegetativo e atinge o máximo durante os estádios reprodutivos. Dessa forma, como a demanda por N aumenta no decorrer do ciclo e a atividade da NR diminui, o fornecimento de N amoniacal se torna importante nas fases de maior demanda do elemento. A aplicação antecipada (no dia da emergência) de amônio com inibidor de nitrificão não propicionou incremento na produção de grãos, quando comparada com a fonte nítrica aplicada nas mesmas condições. Desta forma recomenda-se novos estudos para elucidar a problemática da adaptação do arroz de terras altas no SPD. Além dos aspectos abordados nesta pesquisa, outros devem ser estudados, tais como o efeito alelopático de plantas de cobertura ao arroz e avaliação de todas as enzimas envolvidas no metabolismo no nitrogênio. 102 8. CONCLUSÕES 8.1. Experimento 1 A atividade da enzima nitrato redutase (NR) diminuiu a medida que aumento o ciclo do arroz. 8.2. Experimento 2 A produção de matéria seca da parte aérea e o número de perfilhos foram maiores para média e alta acidez do solo, quando o nitrogênio foi fornecido na forma amoniacal. A cultura do arroz foi prejudicada em condições de baixa acidez, quando a fonte de nitrogênio utilizada foi a nítrica. O uso de inibidor de nitrificação não melhorou a eficiência da fonte amoniacal pelo arroz. As maiores produtividades foram obtidas em condições de alta acidez do solo, independente da fonte de nitrogênio e média acidez quando a fonte de nitrogênio utilizada foi a amoniacal. 8.3. Experimento 3 A acidez média do solo proporcionou maior atividade da enzima NR. A atividade da NR diminuiu com o tempo após a emergência do arroz. A adição de Zn proporcionou maior produção de massa de matéria seca da parte aérea com baixa acidez e maior número de panículas por planta. 103 A adição de Fe proporcionou maior peso de 100 grãos em condições de alta acidez e maior produtividade em condições de média acidez do solo. A aplicação de micronutrientes foi essencial para o desenvolvimento e produtividade do arroz, principalmente quando a acidez do solo foi baixa. 8.4. Experimento de campo O milheto foi a planta de cobertura que proporcionou a maior produtividade de grãos de arroz. O fornecimento de nitrogênio na forma amoniacal não proporcionou maior produtividade de grãos do arroz. O uso do inibidor de nitrificação (dicianodiamida-DCD) inibiu parte das bactérias nitrificantes e resultou nos maiores teores de amônio no solo. A atividade das bactérias amonificantes e nitrificantes foi maior nas parcelas cultivadas com braquiárias. As formas de manejo de nitrogênio que proporcionaram maior produtividade foram as parceladas. A atividade da NR diminuiu a medida que aumentou o tempo após a emergência. 104 9. REFERÊNCIAS ADAMS, F.; MARTIN, J. B. Liming effects on nitrogen use and efficiency. In: HAUCK, R. D. (Ed.). Nitrogen in crop production. Madison: American Society of Agronomy, 1984. p. 417-426. AIDAR, H.; KLUTHCOUSKI, J. Evolução das atividades lavoureira e pecuária nos cerrados. In: KLUTHCOUSKI, J.; STONE, L. F.; AIDAR, H. Integração lavoura pecuária. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2003. p. 23-58. AITA, C.; GIACOMINI, S.J. Matéria orgânica do solo, nitrogênio e enxofre nos diversos sistemas de exploração agrícola. In: SIMPÓSIO SOBRE NITROGÊNIO E ENXOFRE NA AGRICULTURA BRASILEIRA, 2007. Piracicaba. Anais... Piracicaba: IPNI Brasil, 2007. 722 p. AITA, C.; GIACOMINI, S. J.; HÜBNER, A. P. Nitrificação do nitrogênio amoniacal de dejetos líquidos de suínos em solo sob sistema de plantio direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 42, p. 95-102, 2007. AITA, C. et al. 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Cu Zn Mn Fe NH NO MS PERF PAN ESP ESPF P100 PROD NR -0,08ns -0,14ns -0,23ns -0,27ns -0,36* 0,22ns -0,33* -0,36* -0,39** -0,20ns -0,25ns -0,38** -0,49** Cu 0,51** 0,36ns -0,08ns 0,40** -0,56** 0,38** 0,38** 0,29* 0,23ns 0,40** 0,35* 0,38** Zn 0,59** -0,09ns -0,03ns -0,37** 0,47** 0,52** 0,29* 0,08ns 0,33* 0,45** 0,38** Mn -0,29* -0,11ns -0,17ns 0,31* 0,30* 0,13ns 0,06ns 0,23ns 0,45** 0,26ns Fe 0,51** -0,14ns 0,65** 0,62** 0,77** 0,04ns 0,06ns 0,19ns 0,64** NH -0,59** 0,47** 0,45** 0,55** -0,03ns 0,20ns 0,28* 0,47** NO -0,38** -0,42** -0,26ns -0,04ns -0,26ns -0,35* -0,28* Tabela 45. Coleta realizada aos 14 dias após a emergência. Cu Zn Mn Fe NH NO MS PERF NR -0,32* -0,51** -0,69** -0,21NS -0,28NS 0,31* -0,58** -0,61** Cu 0,22ns 0,26ns 0,39** -0,06ns -0,16ns 0,17ns 0,17ns Zn 0,86** 0,22ns -0,23ns -0,11ns 0,23ns 0,25ns Mn 0,21ns -0,07ns -0,23ns 0,32* 0,31* Fe -0,26ns 0,24ns -0,01ns -0,02ns NH -0,19ns 0,62** 0,56** NO -0,16ns -0,16ns PAN ESP ESPF P100 -0,44** -0,11NS -0,14ns -0,45** 0,00ns 0,03ns -0,20ns -0,02ns -0,01ns 0,17ns 0,20ns 0,40** 0,15ns 0,06ns 0,22ns 0,45** -0,08ns -0,19ns -0,36* -0,10ns 0,70** 0,08ns 0,22ns 0,31* -0,03ns 0,15ns -0,07ns -0,13ns PROD -0,51** -0,02ns 0,16ns 0,28* -0,15ns 0,63** 0,01ns Tabela 46. Coleta realizada aos 21dias após a emergência. Cu Zn Mn Fe NH NO MS PERF PAN ESP ESPF P100 PROD NR -0,12ns -0,58** -0,61** 0,02ns 0,32* 0,35* -0,39** -0,38** -0,26ns -0,09ns -0,15ns -0,30* -0,29* Cu 0,06ns 0,11ns -0,13ns 0,25ns -0,21ns 0,03ns 0,07ns 0,05ns -0,15ns -0,12ns 0,08ns -0,00ns Zn 0,89** -0,24ns 0,21ns -0,11ns 0,46** 0,43** 0,34* 0,17ns 0,38** 0,56** 0,49** Mn -0,18ns 0,10ns -0,09ns 0,36* 0,33* 0,23ns 0,08ns 0,25ns 0,47** 0,36* Fe 0,16ns 0,30* -0,35* -0,39* -0,24ns -0,15ns -0,22ns -0,27ns -0,30* NH -0,11ns 0,55** 0,50** 0,61** 0,17ns 0,22ns 0,31* 0,58** NO -0,16ns -0,03ns 0,05ns 0,19ns -0,14ns -0,14ns 0,06ns Tabela 47. Coleta realizada aos 28 dias após a emergência. Cu Zn Mn Fe NH NO MS PERF PAN ESP ESPF P100 PROD NR -0,15ns -0,56** -0,62** 0,13ns -0,16ns 0,44** -0,31* -0,29* -0,18ns 0,01ns -0,29* -0,41** -0,25ns Cu 0,41** 0,19ns -0,02ns 0,37** -0,15ns 0,41** 0,48** 0,38** 0,19ns 0,09ns 0,34* 0,40** Zn 0,78** -0,06ns 0,31* -0,12ns 0,65** 0,64** 0,52** 0,08ns 0,22ns 0,46** 0,55** Mn -0,21ns -0,10ns 0,02ns 0,35* 0,34* 0,17ns 0,08ns 0,25ns 0,46** 0,31* Fe 0,31* 0,42** -0,13ns -0,17ns 0,10ns 0,08ns 0,27ns 0,12ns 0,13ns NH -0,19ns 0,51** 0,47** 0,50** 0,07ns 0,16ns 0,21ns 0,45** NO -0,06ns -0,10ns 0,11ns 0,19ns 0,14ns 0,03ns 0,19ns Tabela 48. Coeficientes de correlação entre matéria seca e componentes de produção. MS PERF PAN ESP ESPF P100 PERF 0,95** PAN 0,87** 0,85** ESP 0,22ns 0,22ns 0,07ns ESPF 0,24ns 0,24ns 0,31* 0,24ns P100 0,48** 0,52** 0,46** 0,20ns 0,78** PROD 0,86** 0,84** 0,91** 0,37* 0,56** 0,68** MS-matéria seca; PERF-perfilhos; PAN-panículas; ESP-espiguetas; ESPF-espiguetas férteis; P100- peso de 100 grãos. 120 ANEXOS TABELAS DE CORRELAÇÃO - EXPERIMENTO 3 Coeficientes de correlação entre nitrogênio no solo (NO e NH)/Micronutrientes na planta e componentes de produção/produtividade Tabela 49. Coleta realizada aos 7 dias após a emergência. NR Cu Zn Mn Fe NH NO Cu -0,16ns Zn Mn Fe NH NO MS PERF PAN ESP ESPF P100 PROD 0,35* 0,30* -0,26ns 0,10ns 0,06ns 0,44** 0,49** 0,50** -0,17ns -0,47** -0,05ns 0,11ns -0,16ns -0,17ns 0,06ns -0,14ns -0,21ns 0,06ns 0,09ns 0,04ns 0,16ns 0,13ns -0,25ns 0,11ns 0,71** 0,02ns -0,04ns -0,05ns 0,50** 0,60** 0,65** -0,38** -0,63** 0,02ns 0,01ns 0,23ns -0,15ns -0,20ns 0,12ns 0,33* 0,28ns -0,38* -0,37* 0,18ns -0,03ns -0,19ns -0,57** -0,22ns -0,08ns -0,09ns 0,20ns 0,03ns -0,11ns -0,01ns 0,68** 0,20ns 0,18ns -0,06ns 0,18ns 0,08ns -0,07ns -0,09ns 0,03ns 0,04ns -0,16ns -0,14ns 0,24ns 0,01ns -0,15ns Tabela 50. Coleta realizada aos 14 dias após a emergência. NR Cu Zn Mn Fe NH NO Cu Zn Mn Fe NH NO MS PERF PAN ESP ESPF P100 PROD 0,17ns -0,23ns -0,65** 0,33* -0,35ns 0,22ns 0,17ns 0,01ns 0,03ns 0,10ns 0,09ns -0,13ns 0,08ns -0,44** -0,34* 0,26ns -0,11ns 0,08ns -0,11ns 0,20ns 0,16ns 0,24ns 0,40** -0,17ns 0,29* 0,61** -0,54** 0,45** -0,50** 0,50** 0,50** 0,71** -0,44** -0,72** 0,11ns 0,12ns -0,61** 0,36* -0,63** 0,20ns 0,41** 0,39** -0,44** -0,43** 0,16ns 0,02ns -0,43** 0,38* -0,15ns -0,31* -0,43** 0,47** 0,38* 0,05ns 0,10ns -0,12ns 0,38* 0,45** 0,54** 0,30* -0,41** 0,02ns 0,04ns -0,46** -0,47** -0,58** 0,35* 0,50** 0,08ns -0,14ns Tabela 51. Coleta realizada aos 21 dias após a emergência. NR Cu Zn Mn Fe NH Cu 0,22ns Zn Mn -0,34* -0,82** -0,33* -0,31* 0,38* Fe NH NO MS PERF PAN ESP ESPF P100 0,11ns -0,33* 0,25ns -0,16ns -0,28* -0,32* 0,30* 0,43** -0,13ns 0,22ns -0,18ns 0,08ns 0,19ns 0,04ns 0,02ns 0,11ns -0,02ns -0,30* -0,30* 0,20ns -0,37* 0,49** 0,44** 0,67** -0,30* -0,62** 0,10ns -0,23ns 0,43** -0,24ns 0,21ns 0,42** 0,34* -0,41** -0,44** 0,17ns 0,14ns 0,26ns 0,07ns -0,14ns -0,27ns 0,28ns 0,20ns 0,06ns 0,00ns 0,12ns 0,16ns 0,11ns 0,03ns -0,31* -0,05ns PROD -0,04ns -0,11ns 0,17ns -0,05ns 0,10ns -0,18ns Tabela 52. Coleta realizada aos 28 dias após a emergência. NR Cu Zn Mn Fe NH Cu Zn Mn Fe NH NO MS PERF PAN ESP -0,38* -0,43** -0,68** -0,02ns -0,51** 0,16ns 0,01ns -0,12ns -0,18ns 0,34* 0,25ns 0,59** 0,07ns 0,56** 0,13ns 0,01ns 0,20ns 0,10ns -0,15ns 0,31* 0,53** 0,14ns -0,36* 0,34* 0,27ns 0,46** -0,22ns -0,13ns 0,67** -0,27ns 0,19ns 0,41** 0,31* -0,34* 0,51ns 0,06ns 0,12ns 0,05ns 0,07ns 0,06ns 0,25ns -0,03ns 0,14ns -0,08ns -0,13ns ESPF P100 PROD 0,28ns -0,15ns 0,15ns -0,08ns 0,01ns 0,01ns -0,56** 0,17ns 0,06ns -0,35* 0,15ns 0,07ns -0,05ns -0,08ns -0,02ns -0,02ns -0,01ns -0,19ns Tabela 53. Coeficientes de correlação entre matéria seca e componentes de produção. MS PERF PAN ESP ESPF P100 PERF 0,82** PAN 0,76** 0,78** ESP -0,17ns -0,15ns -0,21ns ESPF -0,64** -0,56** -0,76** 0,20ns P100 -0,11ns -0,06ns -0,13ns -0,46** -0,11ns PROD 0,25ns 0,42** 0,41** 0,24ns -0,03ns 0,14ns MS-matéria seca; PERF-perfilhos; PAN-panículas; ESP-espiguetas; ESPF-espiguetas férteis; P100- peso de 100 grãos.