VOLATILIDADE FAZ INVESTIDORES BUSCAR EM MINICONTRATOS DE DÓLAR E ÍNDICE IBOVESPA “Essas plataformas têm se mostrado muito eficientes e essa modalidade de operação tem sido muito solicitada pelos clientes, já que atende tanto o cliente otimista quanto o pessimista”, explica Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Corretora. Por Pedro Paulo Silveira* Com o cenário político-econômico conturbando que impera no Brasil, devido aos escândalos e gestões deficientes por parte do governo, o mercado financeiro sofreu impactos. Os fatos são visíveis: as notícias políticas do país (assim como o cenário exterior) influenciam diretamente a economia, causando fortes oscilações do dólar e da bolsa – o dólar, por exemplo, saiu de uma alta de quase R$ 4,26, chegando, atualmente, a marca de R$ 3,36, e a bolsa tem operado com inconstância, sem grandes certezas. Devido a essas oscilações, as operações que têm se destacado nas instituições financeiras são os minicontratos. “O aumento dos minicontratos deve-se, primeiramente, a uma política muito competitiva de preços. Além disso, essas plataformas têm se mostrado muito eficientes e essa modalidade de operação tem sido muito solicitada pelos clientes, já que atende tanto o cliente otimista quanto o pessimista”, explica Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Corretora. Dentro do mercado futuro – ambiente onde o investidor realiza compra e venda de ativos em um momento futuro –, os minicontratos de dólar e de Índice Ibovespa correspondem a 20% do contrato padrão (“cheio”). Ao estimar, por exemplo, que a bolsa sofrerá alta, o operador pode comprar minicontratos, já que, com a previsão de elevação do índice, devem valorizar-se, gerando lucros ao operador. Esse é o principal motivo que faz que épocas de oscilações auxiliem as operações de minicontratos, já que as variações podem provocar ganhos de maneira mais fácil aos investidores. Em períodos com dólar e bolsa mais estáveis (“andando de lado”), as operações de minicontratos se tornam mais difíceis, já que as variações podem ser mínimas ou nulas, o que atrapalha na aposta de oscilações dos ativos. Apesar de não existir um limite de trades que o investidor possa realizar em um mesmo dia, os índices de ganho podem variar, já que as corretoras impõem limites de margem que os operadores precisam depositar, limitando as perdas. Por conta dos valores reduzidos, os minicontratos se tornam acessíveis a investidores pessoas físicas e, para Pedro Paulo Silveira, o panorama econômico do país beneficia as operações. “Os minicontratos requerem algum tipo de experiência, mas tem sido cada vez mais difundidos nas corretoras. Com o cenário econômico atual, eles se tornam uma boa opção”, completa o economista-chefe da Nova Futura Corretora. *economista-chefe da Nova Futura Corretora. 16/06/2016