FACIMED – Curso de Medicina – MFC – ASMA

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ASMA
FACIMED – Curso de Medicina
Disciplina – Medicina de Família e Comunidade
Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues
Disciplina Medicina de Família e Comunidade
5º Período
Objetivos
•
Ao final desta aula o aluno deverá:
• Ser capaz de definir a asma.
• Identificar os principais aspectos da epidemiologia
da asma.
• Reconhecer os sintomas e sinais da asma.
• Compreender os principais fatores de risco e
desencadeantes para a asma.
• Identificar os principais pontos do tratamento da
asma na atenção primária à saúde.
Asma - Definição
•
A asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por
hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação
variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com
tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios
recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse,
particularmente à noite e pela manhã ao despertar. Resulta de
uma interação entre genética, exposição ambiental a
alérgenos e irritantes, e outros fatores específicos que levam
ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas
Asma - epidemiologia
• Patologia bem conhecida e de descrição
muito antiga.
• Prevalência mundial.
•
•
Crianças – 11,6%
Adolescentes – 13,7%
• Prevalência no Brasil – 20%
• Um dos 20 problemas mais comuns em
atenção primária à saúde.
• Mortalidade crescente.
Caso 2.
•
LBR, 18 anos, estudante, natural de Cascavel-PR, procedente de Pimenta Bueno-RO. Você é
chamado às 02:00 da manhã para realizar consulta em domicílio da paciente que é neta de
uma paciente atendida por você em seu consultório. Ao chegar ao domicílio encontra a
paciente sentada em sua cama com evidente desconforto respiratório, mas conseguindo
conversar normalmente. LBR informa apresentar dispnéia há 3 horas. Ela relata que tem
antecedente de bronquite asmática, que apresenta-se com tosse, falta de ar e chiado
ocasionalmente, e que desde início da madrugada, quando chegou da exposição de Cacoal,
tem os sintomas usuais destas crises. A paciente informa ter crises ocasionais,
freqüentemente motivadas pela exposição a poeira, conforme aconteceu esta noite. Nega
febre, ou outras queixas.
•
LBR nega outros problemas de saúde, mas informa ter sido internada por asma na infância.
Ao entrar na adolescência apresentou melhora significativa do quadro, que evolui com
crises ocasionais e sem necessidade de novas internações. Nas últimas crises ela foi tratada
com inalação no PS e ocasionalmente xaropes e comprimidos para tomar em casa.
•
Ao EF: REG. CHAAA Dispneica. PA=110X65mmHg. FC=90 bpm. FR=27irpm.
•
Tórax: MV +, com sibilios difusos.
•
Sem outras alterações.
•
Perguntas:
1.
Qual o diagnóstico da paciente? Sindrômico, nosológico e etiológico.
2.
Como avaliar a gravidade do caso? Descreva os parâmetros clínicos de gravidade.
3.
Descreva o tratamento em linhas gerais, na urgência e no seguimento.
ASMA
• Doença inflamatória.
•
•
Edema e hiperemia da mucosa.
Infiltrado inflamatório – mastócitos, eosinófilos,
linfócitos com fenótico Th-2, que promovem a
síntese de IgE e outros quimiotáticos que promovem
e mantém a inflamação..
• O processo inflamatório crônico leva à deformação
do epitélio constrição da musculatura lisa e
espessamento da parede com neoformação
vascular.
Prof. Ms. Alex Miranda
Rodrigues
Fisiopatologia da asma
Prof. Ms. Alex Miranda
Rodrigues
Prof. Ms. Alex Miranda
Rodrigues
Indicativos clínicos de asma
 Um ou mais dos seguintes sintomas:
 Dispnéia.
 Tosse crônica.
 Sibilância
 Taquipnéia.
 Aperto no peito ou desconforto torácico.
 Sintomas episódicos.
 Melhora com medicações para asma.
Classificação da Asma
Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues
Disciplina Patologia Clínica
5º Período
Asma - tratamento
 Não farmacológicas.
 Avaliar o nível de controle.
 Identificar e evitar situações que interferem no
controle da asma.




Infecções virais.
Mudanças bruscas de temperatura e umidade.
Exercícios físicos, riso e choro.
Irritantes.





Fumo.
Poluição atmosférica.
Exposição a alergenos.
Medicamentos.
Estresse.
Asma - tratamento
 Tratamento farmacológico.
 Beta 2 agonista.
 Ação curta.
 Ação longa.
 Corticóide.
 Metilxantinas.
 Antagonistas de leucotrienos.
Indicadores de controle na asma
Indicador
Controle
Controle parcial
Não controlada
3 ou mais de
qualquer um
dos
indicadores
em qualquer
semana.
Sintomas diurnos.
Nenhum ou até 2
vezes por semana.
Mais que 2 vezes por
semana
Limitação nas
atividades.
Nenhuma
Qualquer
Sintomas e
despertares
noturnos
Nenhum
Qualquer
Necessidade de
medicação para
alívio dos sintomas.
Nenhum ou até 2
vezes por semana.
Mais que 2 vezes por
semana
Função pulmonar
PVE ou VEF1
Normal
< 80% do previsto
ou do melhor valor
do paciente já
observado
Tratamento da asma de acordo
com a gravidade inicial
Gravidade da crise asmática
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Disciplina Patologia Clínica
5º Período
Avaliação e condução da crise asmática
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Disciplina Patologia Clínica
5º Período
Avaliação e condução da crise asmática
Tratamento ambulatorial da
asma
Corticóide
oral
Beta 2
agonista de
ação longa
Beta 2
agonista de
ação longa
Corticóide
inalatório em
dose baixa
Corticóide
inalatório em
dose baixa
Corticóide
inalatório em
dose alta
Beta – 2 agonista de ação curta para alívio dos sintomas.
Beta 2
agonista de
ação longa
Corticóide
inalatório em
dose alta
Diagnótico diferencial.
 Fístula traqueobrônquica.
 Infecções virais ou bacterianas.
 ICC.
 DPOC.
 DRGE.
 Embolia pulmonar.
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