CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR PARA AQUISIÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA NA REGIÃO DE INDAIATUBA-SP DO SETOR BANCÁRIO. JUCIMARA APARECIDA DE ALMEIDA CAPIVARI - SP 2014 I CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR PARA AQUISIÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA NA REGIÃO DE INDAIATUBA-SP DO SETOR BANCÁRIO. JUCIMARA APARECIDA DE ALMEIDA Monografia de conclusão de curso apresentado ao curso de Administração da FACECAP/ CNEC Capivari. Orientador: Prof. ME Jorge Jose Elias. CAPIVARI - SP 2014 II III AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a DEUS, que me contemplou com o ensino superior, em seguida minha família, mamãe e papai, que me apoiam nas decisões e realização das tarefas, que me deram uma educação exemplar mostrando que o caminho correto, é realmente o caminho dos estudos e dedicação. Agradeço ao meu orientador professor Jorge Elias, pela sua dedicação, competência e comprometimento referente aos auxílios para a elaboração do trabalho de conclusão de curso. E por fim, a instituição de trabalho, que abriu o espaço para realizar a pesquisa aos clientes, aos clientes que se disponibilizaram a responder aos colegas no ambiente profissional que me deram o suporte necessário, meu namorado que além de me ajudar na elaboração com dicas de grande importância, teve paciência até a conclusão final. IV Almeida, Jucimara Aparecida. Comportamento do consumidor para aquisição de produtos e serviços bancários. Projeto de Pesquisa de Monografia de Conclusão de Curso. Curso de Graduação em Administração. Faculdade Cenecista de Capivari – CNEC. 52 páginas, 2014. RESUMO Este trabalho tem como objetivo entender o comportamento de compra do consumidor para aquisição de produtos e serviços bancários, a fim de compreender o que os clientes esperam das instituições financeiras antes de tomar a decisão de compra do produto ou serviço que lhe são ofertados, bem como o que eles levam em consideração na aceitação dessa oferta. O cenário atual sinaliza clientes mais exigentes, e não aceitam qualquer oferta. Dessa forma as agências bancárias precisam se desdobrar para ficarem antenados com relação aos desejos e necessidades dos clientes, mostrando seu diferencial, e conseguir reter esse consumidor para ele continuar gerando receitas ao seu orçamento, pois a concorrência é acirrada e a fidelização desse cliente é de extrema importância.Mantendo o foco no atendimento com qualidade e as devidas prestações de serviços adequadas, deixará o cliente satisfeito e trarão benefícios para ambas as partes.O trabalho enfatiza que possivelmente mais vale a retenção e fidelização de um cliente do que a conquista de um novo cliente, pois em uma conquista pode-se gerar mais custo e atenção, e com isso deixará de dar a atenção necessária para o cliente já conquistado. Palavras-chave: 1. Marketing. 2- Comportamento de compra. 3. Consumidor V ABSTRACT This study aims to understand the buying behavior of the consumer to purchase products and banking services, in order to understand what customers expect from financial institutions before deciding to purchase the product or service that you are offered, as well as what they take into account the acceptance of that offer. The current scenario indicates more demanding customers and does not accept any offer. Thus the banks need to unfold to become attuned with the wishes and needs of customers, showing the differential, and can retain that customer for him to continue generating revenue to your budget, because the competition is fierce and that customer loyalty is utmost importance. Keeping the focus on quality customer service and appropriate provision of appropriate services, leave the customer satisfied and will bring benefits to both parties. The work emphasizes that it is possibly more retention and loyalty of a customer than to conquer a new customer as an achievement in itself can generate more attention and cost, and thus fail to give the necessary attention to the client already won . Keywords: 1. Marketing 2. buying behavior 3. Consumer. VI SUMÁRIO INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 10 CAPÍTULO 1 - APRESENTAÇÃO DO TRABALHO ................................................. 11 1.1 Caracterização do problema ..................................................................................... 11 1.2 Apresentação e justificativa deste trabalho .............................................................. 11 1.3 Relevância do trabalho ............................................................................................. 11 1.4 Objetivos deste estudo .............................................................................................. 12 1.5 Estrutura do trabalho ................................................................................................ 12 CAPÍTULO 2 - FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS ................................................... 13 2.1 O conceito de marketing...........................................................................................13 2.2 As orientações de marketing..................................................................................... 15 2.3 O marketing de valor ................................................................................................ 16 2.4 Marketing de serviços............................................................................................... 22 2.5 O comportamento do consumidor ............................................................................ 24 CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA................................................................................. 33 3.1 Metodologia .............................................................................................................. 33 3.2 Pesquisa .................................................................................................................... 33 3.3 Monografia ............................................................................................................... 33 3.4 Pesquisa bibliográfica ............................................................................................... 34 3.5 Estudo de caso .......................................................................................................... 34 CAPÍTULO 4 - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA....................................................................................................................35 4.1 Histórico da empresa ................................................................................................ 35 4.2 Principais produtos e serviços .................................................................................. 37 4.2.1 Clientes pessoa física ............................................................................................. 37 4.3 Missão da empresa ................................................................................................... 38 4.4 Visão da empresa ...................................................................................................... 38 4.5 Valores ...................................................................................................................... 38 4.6 Apresentação e discussão dos resultados ................................................................. 40 CAPÍTULO 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................... 47 BIBLIOGRAFIAS .......................................................................................................... 49 VII APÊNDICE .................................................................................................................... 51 ANEXO .......................................................................................................................... 52 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Um sistema simples de marketing .................................................................. 14 Figura 2: Comparação entre a orientação de vendas e a orientação de marketing ......... 16 Figura 3: Consequências de um valor superior para os clientes ..................................... 18 Figura 4: Determinantes do valor entregue ao cliente .................................................... 19 Figura 5: Modelo de estimulo e resposta ........................................................................ 28 Figura 6: Modelo das cinco etapas do processo de compra do consumidor................... 30 Figura 7: Influências do meio ambiente sobre os indivíduos ........................................ 32 VIII LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Contas Ofertadas ........................................................................................... 40 Gráfico 2: Necessidades ................................................................................................. 41 Gráfico 3: Gamas de Produtos ........................................................................................ 42 Gráfico 4: Formas de Atendimento ................................................................................ 43 Gráfico 5: Aquisição de Produtos e/ou Serviços ............................................................ 44 Gráfico 6: Escolha de Produtos e/ou Serviços................................................................ 45 IX INTRODUÇÃO O presente trabalho relata o comportamento de compra do consumidor para aquisição de produtos e serviços bancários, onde visa buscar informações para entender e atender suas necessidades e desejos, buscando a satisfação e fidelização dos clientes. Os consumidores almejam atendimento com qualidade e pessoas capacitadas para entender os eles realmente precisam, e através dessa finalidade o banco mantêm-se informado sobre as tendências do mercado para agregar valor aos produtos e serviços oferecidos. Esse segmento possui vários concorrentes, e por isso precisa ocupar seu espaço no mercado-alvo para manter posicionamento e com isso conseguir reter seus clientes e conquistar novos, sem perder o foco nos já existentes que são considerados de grande importância. Relata ainda, que ao entender e atender essas necessidades, os clientes consumidores se fidelizam e confiam no produto e/ou serviço oferecido. De acordo com o tema, será apresentado um estudo de caso do Banco Itaú Unibanco SA, agência pertencente à Região de Indaiatuba/SP, focando o comportamento do consumidor para adquirir produtos e/ou serviços bancários, pois são os clientes que tem grande importância para a existência da organização. Visando essa importância dos consumidores e seu comportamento de compra, a organização busca uma relação de satisfação e fidelidade, para alcançar plenamente a preferência dos clientes, agregando benefícios para ambas às partes e estreitando o relacionamento entre o banco e seus clientes. Para um melhor entendimento sobre o assunto abordado, foram descritas fundamentações teóricas relacionando-as com os resultados da pesquisa em campo apresentada no decorrer do trabalho. 10 CAPÍTULO 1 – APRESENTAÇÃO DO TRABALHO 1.1 Caracterização do problema Este trabalho pretende tratar da seguinte problemática: Quais informações são importantes para que se possa compreender melhor o comportamento de compra do consumidor ao adquirir produtos e serviços bancários? Lembrando que os clientes é a chave dos negócios, que sua satisfação proporcionará que a empresa alvo chegue ao topo, com as mudanças acontecendo rapidamente no mundo atual as grandes e pequenas organizações acabam caminhando no mesmo sentido de inovação e mudanças constantes, para agradar, reter e conquistar novos clientes. Para chegar ao bom atendimento, na medida certa, ou seja, é necessários fazer um atendimento com qualidade, diferenciando cada consumidor, isso fará com que a empresa alvo tenha vantagens competitivas em relação aos concorrentes. 1.2 Apresentação e justificativa deste trabalho O presente trabalho justifica-se, pois, estudar o comportamento do consumidor é importante porque possibilita a empresa alocar os recursos e esforços onde realmente necessita, alcançando os resultados desejados. Compreendendo o comportamento do consumidor, as empresas podem melhorar ou até mesmo desenvolver novos produtos e serviços, bem como saber quais os tipos de produtos e serviços devem oferecer ao mercado. Nesse sentido, o estudo do comportamento do consumidor é de extrema importância para as organizações. 1.3 Relevâncias do Trabalho O tema principal do estudo – comportamento do consumidor para aquisição de produtos e serviços bancários – tem relevância socioeconômica, pois é um assunto abordado mundialmente e constantemente pelas redes sócias, televisão, rádios, jornais, em todos os meios de comunicação disponíveis. Por isso, uma atenção especial para 11 podermos entender melhor o comportamento dos consumidores e o que eles realmente procuram e/ou deseja das instituições financeiras. 1.4. Objetivos Deste Estudo O presente trabalho tem como objetivo: a) Demonstrar através do referencial bibliográfico e da pesquisa de campo como os consumidores se comportam em relação ao processo de decisão de compra para aceitar produtos e serviços bancários; b) Identificar informações que são importantes para uma melhor compreensão do comportamento de compra do consumidor de serviços bancários. A pesquisa concentra-se no estudo de aquisição de produtos e serviços bancários. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica baseou-se em artigos, livros, revistas, e sites especializados. Já a pesquisa de campo foi feita através de um questionário aplicado aos consumidores. O estudo delimitou-se a determinados clientes de uma agência bancária, Itaú Unibanco da Região de Indaiatuba, pela facilidade de acesso aos entrevistados. Foram realizadas 30 entrevistas pessoais através de questionário. 1.5. Estrutura do trabalho Este trabalho está organizado em cinco (5) capítulos, além de alguns anexos. No segundo capítulo é apresentada uma revisão bibliográfica com o propósito de fornecer o referencial teórico fundamental para análises ao decorrer do estudo de caso. O terceiro capítulo é detalhado a metodologia cientifica, atribuindo informações de como elaborar, realizar a coletada de dados para estruturar o trabalho. No quarto capitulo é feito uma breve descrição da empresa-alvo, com seus principais produtos, e atribuições e também é elaborado um questionário com a finalidade de responder a pergunta problema, confrontando-a com os autores citados no capítulo dois (2). No quinto capítulo são digeridas as conclusões obtidas no decorrer da pesquisa, relacionando-as com o real objetivo do trabalho. 12 CAPITULO 2 – FUNDAMENTAÇÕES TEORICAS Neste capitulo são apresentadas as revisões bibliográficas dos principais autores consultados em livros e revistas e sites especializados no tema. 2.1 O conceito de marketing Segundo Honorato (2004, p. 20), o marketing evoluiu ao longo do tempo, com o objetivo de maximizar o consumo e com isso maximizar a qualidade de vida, passando pela orientação da produção e orientação para as vendas. Cobra (1997) cita que o mundo dos negócios está cada vez mais desenvolvido, sendo assim o conceito de marketing teve que se desenvolver para melhor atender as necessidades dos consumidores no desempenho de suas atividades. Em 1960,0 a AMA (American Marketing Associantion) definia marketing como o desempenho das atividades de negócios que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou utilizador. O mundo dos negócios, cada vez mais desenvolvido, gerou a necessidade de melhor conceituar o marketing, explicando sua natureza. Observa-se então uma evolução constante nas definições que o caracterizam cada vez de maneira mais ampla. (COBRA, 1997, p. 23) Honorato (2004) abrange que o marketing ao criar valor para o cliente ele precisa conhecer seu comportamento e identificar os benefícios e os custos percebidos por ele no processo de compra. Para Honorato (2004, p. 20), “o marketing deve criar valor para o cliente, precisando para isso conhecer o comportamento do consumidor e identificar os benefícios e os custos percebidos por ele no processo de compra.” Conforme Cobra (2003, p. 59), é através do marketing que fazemos o processo de trocas, onde envolvem duas ou mais partes para a oferta de algo de valor um para o outro, objetivando a satisfação de desejos e necessidades. Com o marketing identificamos necessidades não satisfeitas e não percebidas anteriormente, tanto de 13 pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas, e assim desenvolve produtos ou serviços para atender as necessidades de cada publico. Kotler (2000, p. 30), diz que uma empresa dificilmente irá satisfazer as necessidades de todos os consumidores em um mercado, pois a analise feita por eles de um determinado produto são de maneiras diferentes. Sendo assim os profissionais de marketing partem para a segmentação de mercado para analisar e identificar os perfis dos compradores, após o mercado-alvo ser escolhido a empresa desenvolve a sua oferta no mercado enfatizando todos os benefícios fundamentais, com o intuito de fixar a oferta na mente dos compradores-alvo. Figura: 1 – Um sistema simples de marketing. Fonte: Kotler, 2000, p. 31 Las Casas (1991) entende que o ambiente brasileiro por ser turbulento, o marketing deve entender para em seguida atender desejos e necessidades dos consumidores, afim de deixa-los satisfeitos. “O desafio dos administradores de marketing consiste em entender o consumidor, no sentido de conhecer as suas expectativas antes, durante e após a compra e identificar tanto suas necessidades e desejos como também as satisfações ou insatisfações contraídas pelo consumo dos produtos ou dos serviços vendidos. O marketing dever ser ajustado às relações ambientais. Como o meio ambiente brasileiro é muito turbulento, exigem-se constantes adaptações de atividades mercadológicas.” (LAS CASAS, 1991, p. 13) 14 2.2 As orientações de marketing Segundo Kotler (2011, p. 659), as orientações para marketing de muitas empresas estão voltadas para o produto ou venda, e que elas não focam para o mercado e para os consumidores, para ganharem espaço precisam reorganizar-se para se tornarem orientadas para o mercado. Mostrando que tal tarefa não será fácil, e por sua vez será necessário que a equipe gerencial torne-se focada no consumidor, para entregar qualidade e valor a eles. Conveniente um profissional altamente qualificado para trazer melhorias e ideias centradas e práticas modernas de marketing para a empresa. Ideal obter ajuda e orientação externa, sendo beneficiada com um consultor dentro da organização para proporcionar ideias no desenvolvimento de uma cultura empresarial, os quais possuem experiências para ajudar a empresa a se moverem em direção a uma orientação de marketing. Para Churchill e Peter (2000, p. 9), as orientações para marketing estão voltadas em compreender as necessidades e desejos dos clientes e construir produtos e serviços para satisfazê-los, as empresas precisam determinar esses objetivos através do mercado em que atua, proporcionando valor e satisfação aos clientes de forma melhor que seus concorrentes. De acordo com Churchill e Peter (2010, p. 10), “a orientação para marketing enfatiza a importância de desenvolver e comercializar produtos e serviços com base no que os clientes precisam e desejam.” Satisfazendo as necessidades e desejos dos clientes as organizações alcançam seus próprios objetivos, ou seja, o lucro, por exemplo. Kotler (2000, p. 41), destaca que a orientação de marketing é vista de fora para dentro, tendo seu inicio com um mercado bem definido, realça as necessidades dos clientes, sincroniza as atividades que os afetarão e produz lucros. E para a organização atingir as metas da organização está no ato dela ser mais precisa e eficaz que seus concorrentes em suas criações, tendo uma entrega e comunicação de valor mais efetiva para os seus cliente nos mercados-alvo escolhido. Já a orientação de vendas é o oposto, ela é vista de dentro para fora, iniciando com a produção, focando nos produtos existentes e dando atenção em vendas e promoção para ocasionar ganho nas vendas. 15 Figura 2 - Comparação entre a orientação de vendas e a orientação de marketing Fonte:. Kotler, 2000, p. 41 Segundo Cobra (1992, p. 33), a orientação para marketing é necessário ser posta em prática dentro de uma empresa a partir do momento que vendas não consiga ser competente em posicionar os produtos no mercado. Surge então a preocupação com o consumidor, descobrir o que ele quer ou necessita, e assim começar a orientar uma produção mais racionalizada. Mas, para que isso acontece é necessário o envolvimento de todos os setores da organização (produção, finanças, vendas e recursos humanos), sendo mais necessário ainda o envolvimento desde fornecedores, distribuidores, porteiros, recepcionistas, telefonistas até o presidente, com foco total em atender e entender as necessidades dos consumidores, atingindo um pós-compra de extraordinária qualidade. 2.3 O marketing de valor Churchill e Peter (2000, p. 15), destaca que os consumidores mudam a sua avaliação de valor ao longo do tempo e em diferentes situações, e o desafio dos profissionais de marketing é fazer com que esses clientes mudem entre as marcas concorrentes, e com isso o valor de produtos e serviços se reajustam em diferentes 16 momentos. Deste modo os consumidores recebem benefícios ao realizar a compra de produtos e serviços e recebem também custos sobre a aquisição desses bens, sendo eles: Tipos de benefícios – refere-se ao benefício que o cliente pode receber da compra de produtos e serviços: • Benefícios funcionais – benefícios tangíveis de se adquirir produtos e serviços, como exemplo, vestir um chinelo que alivia os pés após chegar do serviço, comer para saciar a fome, entre outros. Os benefícios funcionais recebem uma atenção frequente pelos profissionais de marketing, pois os clientes fazem uso desses produtos/serviço por lhe oferecerem benefícios funcionais; • Benefícios sociais – neste caso é quando os consumidores recebem elogios e feedback afirmativo de outras pessoas por adquirir e utilizar determinados produtos e serviços; • Benefícios pessoais – são quando envolvem sentimento no ato da compra ou na prestação de serviço recebido, quando tem um valor único e pessoal para o consumidor, como exemplo, um colecionar de selos raros, ele provavelmente não usará os selos, ambientalistas que podem ficar satisfeitos com o uso de uma bicicleta para que não haja poluição no ambiente; • Benefícios experimentais – benefício que só pode ser percebido após seu uso, após ser experimentado para fazer sua análise do tipo de beneficio que lhe trará. Benefício experimental que pode ser citado como exemplo, motocicletas, e lanchas a motor, por meio da descarga de adrenalina obtida quando são usadas. Tipos de custos – categoria que podem influenciar o valor percebido pelos clientes: • Custos monetários – é o valor em dinheiro que o cliente paga para adquirir produtos e serviços, incluindo seu preço, transporte e instalação, consertos e juros de compras à prazo. No custo contém a depreciação do produto, falha e mau desempenho. Os clientes entendem que produtos com preços elevados tem qualidade superior. • Custos temporais – o tempo é muito valioso para os clientes, e eles não querem perder seu valioso tempo em uma fila de caixa para comprar seu produto, e passar horas esperando pela sua entrega ou atendimento de uma prestação de serviços. Ganhando tempo podem fazer atividades mais importantes, atrativas e até mesmo mais lucrativas; 17 • Custos psicológicos – estes envolvem a energia mental, para analisar os riscos decorrentes na compra de um produto ou serviço, pois eles podem não funcionar como se esperava. • Custos comportamentais – refere-se ao tempo gasto com deslocamento para chegar ao lugar desejado, o ato de comprar requer algum nível de atividade física, e o custo aumenta de acordo com a distância percorrida para a realização dessa compra. Figura 3 - Consequências de um valor superior para os clientes. Fonte: Churchill e Peter, 2000, p. 18 De acordo com Honorato (2004, p. 14), diante da atual competividade o marketing de valor deve ser posto em prática para satisfazer desejos e necessidades dos consumidores, com isso criar valor para os produtos ou serviços agregando benefícios à eles, para que na hora da compra a avaliação do cliente seja: benefícios percebidos maiores que os custos relacionados à aquisição dele. Kotler (2000) compreende que o valor entregue ao cliente são os benefícios oferecidos e percebidos na aquisição de um produto ou serviço, e o custo é o preço pago pelo bem adquirido, pelo sua avaliação, obtenção e o descarte após a sua utilização. Valor entregue ao cliente é a diferença entre o valor total para o cliente e o custo total para o cliente. O valor total para o cliente é o conjunto de benefícios que os clientes esperam de um determinado produto ou serviço. O custo total para o cliente é o conjunto de custos em que os consumidores esperam incorrer para avaliar, obter, utilizar e descartar um produto ou serviço. (KOTLER, 2000, p. 56) 18 Para Kotler (2000, p. 58), um cliente muito satisfeito será menos propenso para mudar de marca, mas enfatiza que as empresas estão focando a alta satisfação, pois clientes apenas satisfeitos mudam com facilidade de fornecedor caso receba uma oferta melhor. O cliente que tem uma alta satisfação cria um vínculo afetivo com a marca, e gera como resultado um alto grau de fidelidade. A satisfação do cliente é função de desempenho de expectativas percebidas, caso esse desempenho não alcance a expectativa o cliente ficará insatisfeito, mas alcançar as expectativas ele ficará satisfeito. Sendo identificado um desempenho além das expectativas do cliente ele ficará altamente satisfeito. Figura: 4 – Determinantes do valor entregue ao cliente. Fonte: Kotler, 2000, p. 57 19 Para Santiago (2008, p. 50), diferentes clientes podem avaliar o mesmo produto ou serviço de maneiras diferentes, cada um valorizando o que lhe agrade e favorecendo conforme sua necessidade e/ou desejo, fazendo analise através dos quatro tipos de benefícios existes (funcional, social, pessoais e experimentais). O marketing de valor é baseado no motivo que leva o cliente a comprar produtos ou serviços, pois valor para o cliente é a sua percepção quanto aos benefícios da compra e uso com relação aos custos que eles incorrem para obtê-los. Segundo Cobra e Brezzo (2010, p. 147), o marketing de valor é voltado em agradar os consumidores agregando valores aos produtos oferecidos, sendo apenas uma forma de satisfazer necessidades. De tal forma que foi desenvolvida de forma crescente o conceito de substituir a ideia de que a oferta é o produto, pelo novo conceito de oferecer valor para o cliente, com esse novo conceito que origina a comparação do benefício percebido com o custo da aquisição. Sendo assim, surge o caminho para se obter maior competitividade. Nickels e Wood (1999, p. 222), destaque que o processo de troca deve beneficiar tanto o vendedor quanto o comprador, pois as duas partes enfatiza que busca valor agregado ao se envolver no processo de troca. O cliente recebe valor agregado ao produto com todos os benefícios e o vendedor recebe o preço, podendo ser uma quantidade em dinheiro ou algo com um valor maior que a empresa pede em troca de um produto. Nickels e Wood (1999) conclui que os consumidores analisam os produtos antes de realizar a compra, comparando o que eles esperam adquirir com o que eles esperam dar em troca, desta forma cada consumidor tira suas conclusões sobre o valor percebido e o preço percebido. “Antes de compararem, os consumidores confrontam o que eles esperam obter de uma empresa com aquilo que eles esperam dar em troca. Ao comparar estes dois elementos, cada consumidor chega a um valor percebido para o produto. Assim, do ponto de vista do consumidor, o valor é a razão entre os benefícios percebidos e o preço percebido. (NICKELS e WOOD, 1999, p. 222) 20 Para Kotler (1999, p. 35), todos os departamentos de uma empresa precisam focar na conquista de clientes, fazendo com que suas preferências sejam atendidas. Existem três níveis de desempenho em marketing: • Marketing de resposta – é a tarefa de descobrir e satisfazer necessidades, neste caso a empresa identifica a necessidade e prepara uma solução competente e aceitável, servindo para realizar desejos e alcançando a satisfação do consumidor para evitar que ele desperdice seu tempo na realização de tarefas, pois então os produtos são gerados com o intuito de gastar menos tempo cozinhando, limpando, etc. • Marketing de previsão – este nível é mais audacioso que o marketing de resposta, pois as empresas podem se iniciar ao mercado antes do tempo ou tardiamente, ou errar por completo quanto ao desenvolvimento desse mercado. • Marketing de criação de necessidades – este é o nível mais desafiador, pois a empresa pode apresentar um produto ou serviço que os consumidores jamais pensaram em tê-los. As empresas que pesquisam as necessidades dos clientes colhem novas ideias, testam com mais consideração as propostas de melhorias dos produtos, essas empresas estão dirigidas pelo mercado. Já as empresas que dirigem o mercado, elas arriscam, desafiando o desejo e pensamento dos consumidores lançando produtos que aprimoram o mercado, mudando a regra do jogo, elas que compõem novos preços, criam novos produtos, serviços e tipos de negócios. Segundo Kotler (1999, p. 155), o marketing de ontem, do passado, dava importância para a conquista de novos clientes como se tivessem ganhado um troféu, e não dava tanta atenção para os clientes já existentes. Já o marketing de hoje, o atual, o profissional de marketing tem como objetivo manter os clientes atuais, e desenvolver um relacionamento duradouro e lucrativo, pois as empresas gastam muito na conquista de novos clientes, pois a concorrência é acirrada, enfatiza ainda, que um cliente perdido é maior que a perda da próxima venda, com isso perde a venda o lucro e as compras futuras daquele cliente, para sempre. Explica que para atrair um novo cliente é cinco vezes maior que o custo para manter um cliente existente satisfeito. 21 2.4 Marketing de serviços Segundo Cobra (1992, p. 373), existem quatro características básicas do serviço: • Intangibilidade – refere-se aos serviços intangíveis, que diferentemente dos produtos, estes não podem ser provados experimentados, tocados, escutados ou sentir seu cheiro antes de serem adquiridos. Deste modo que os profissionais de marketing tornam esses serviços tangíveis, através das instalações físicas, como exemplo, emissão de passagens aéreas, ingressos para teatro e cinema, serviços automotivos e banco 24 horas, etc. • Inseparabilidade – neste caso os produtos precisam ser consumidos de imediato, ou seja, não podendo ser estocados para venda ou consumo subsequente; • Variabilidade – serviços que são variáveis, pois decorrem de quem os realize e quando e onde são realizados; • Percebilidade – serviços que são percebidos pela sua execução, sendo um problema quando existe baixa procura, por exemplo, um avião ou trem, com o objetivo de cumprir seu horário, podem perder venda, a qual não pode ser suprida posteriormente. Para Las Casas (1991, p. 15), existem serviços de diversos tipos e podem ser apresentados de várias formas com diferentes durabilidades, o qual o consumidor compara pelo grau de desempenho que é transferido, pelo ato, ação, esforço. Tendo os serviços tangíveis, como exemplo, o restaurante, os consumidores além de receberem serviços de atendimento, recebem a refeição que consome. Já os serviços intangíveis estão associados ao aluguel de um imóvel, o qual o corretor transfere benefícios físicos, serviços de assessoria e cobrança, e o advogado presta serviços de conhecimentos profissionais, não havendo transferência de um bem. Las Casas (1991, p. 16), ressalta os serviços de consumo que são direcionados ao consumidor final e os direcionados as empresas, sendo eles serviços de consumo e serviços industriais: Serviços de consumo – são os prestados diretamente ao consumidor final: 22 • de conveniência – é quando o consumidor não quer desperdiçar seu tempo procurando uma empresa prestadora de serviços quando não há diferenças explícitas entre elas. (Ex: tinturarias, sapatarias e pequenos consertos); • de escolha – são quando as empresas prestadoras de serviços possuem diferenciação com relação à qualidade e tipo de serviço oferecido. Nesta categoria vale a pena o consumidor avaliar essas empresas em busca de melhores negócios. (Ex: bancos, seguros, pesquisas); • de especialidade – se trata de uma categoria onde o consumidor irá procurar com toda dedicação para adquirir os serviços de técnicos ou especialistas para resolver seu problema (Ex: médicos, advogados, técnicos). Serviços industriais – são aqueles prestados a organizações industriais, comerciais ou institucionais: • de equipamentos – são classificados como serviços com instalação, montagem de equipamentos ou manutenção; • de facilidade – estão inseridos os serviços financeiros, de seguros, etc, pois simplifica as operações da empresa; • de consultoria/orientação – recebem assessoria que ajudam nas tomadas de decisão e possuem serviços de consultoria, pesquisa e educação. Churchill e Peter (2000) incluem que os serviços raramente podem ser altamente padronizados, as organizações devem proporcionar serviços de qualidade, sendo assim, precisam entender e se moldar conforme a necessidades dos seus clientes. Conforme Churchill e Peter, (2000, p. 299), “para proporcionar serviços de qualidade, a organização precisa adequá-los às necessidades e desejos de clientes específicos e criar valor. Em outras palavras, raramente os serviços podem ser altamente padronizados.”. De acordo com Kotler (1998, p. 421), a diferenciação está baseada na prestação de serviços de alta qualidade. Os fornecedores atendendo ou excedendo a expectativa dos consumidores-alvos, que analisam tais serviços por experiências passadas, 23 divulgação boca a boca e propagandas que as empresas fazem, os clientes escolhem as prestadoras de serviços através desses meios de comunicação, e após o atendimento comparam com os concorrentes, com base em serviço recebido e serviço esperado. O serviço percebido ficando abaixo da expectativa dos clientes eles não voltam a chamar esses fornecedores, mas se o serviço atender e exceder as expectativas, os consumidores voltará a chamar os fornecedores e com isso ganhará créditos com ele, o que é benéfico para a empresa, pois ganhará também com a divulgação boca a boca. Para Las Casas (2002, p. 39), o consumidor levante diversas incertezas antes de adquirir um serviço, pelo fato de não ter uma experiência do assunto, dessa forma que surgem as dúvidas sobre a sua real necessidade do serviço, que tipo de serviço que é necessário, que indicação terá sobre o prestador de serviço. Como as ofertas são abundantes o consumidor tem suas dúvidas sobre as promessas feitas pelo fornecedor, e não basta apenas prestar bons serviços e prometer qualidade e desempenho, o consumidor deve perceber esses benefícios na execução para ter ciência do nível de atendimento. 2.5 O comportamento do consumidor Para Kotler (2000, p. 183), existem os principais fatores que influenciam o comportamento de compra, são eles: Fatores culturais - que se subdividem em cultura, subcultura e classe social, que são importantes no comportamento de compra: • Cultura – esse fator é o principal determinando no processo para se realizar uma compra, conforme uma criança cresce, ela vai adquirindo vontades e desejos, e recebem influencia da família e de outras instituições e acaba seguindo um processo cultural já existente; • Subcultura – fazem parte da cultura, mas são divididas, podendo ser classificadas a partir de nacionalidade, religião, grupos raciais e regiões geográficas, essas subculturas criam segmentos de mercado, fazendo com que os profissionais de marketing criem produtos elaborados e sob medida para as necessidades existentes em determinados grupos; 24 • Classe social – dentro desse fator, as pessoas se comparam por meio de classe social, que podem ser definidas como ocupação, grau de instrução e área de residência, e diferem entre si em vestuário, padrões de linguagem, preferências de atividades e lazer, entre outras características, mostrando as suas preferências por produtos de marcas. Neste item, no primeiro momento o comportamento das pessoas que fazem parte da mesma classe social é similar e elas tendem a se comportar de maneira mais semelhante do que as que fazem parte de outra classe social. No segundo momento as pessoas são vistas como ocupantes de posições inferiores os superiores. No terceiro momento, a classe social é indicada como um grupo de variáveis, ou seja, renda, ocupação, propriedades, grau de instrução, orientação para valores. No quarto momento, as pessoas podem mudar de classe social. Fatores sociais – o consumidor também recebe influências por fatores sociais, como grupos de referências, família, papéis sociais e status: • Grupos de referências – neste caso as pessoas são influenciadas de acordo com as atitudes ou o comportamento dessa pessoa, que pode ser família, amigos, vizinhos e colegas de trabalho, com o qual a pessoa interage no seu dia-a-dia, os quais são chamados grupos de afinidade primários. Já nos grupos secundários que são os religiosos, profissionais e associações de classe, os quais são formais e com menos interação. Por meios desses grupos de referências que expõem uma pessoa s novos comportamentos e estilos de vida, influenciando as atitudes e auto-imagem, e ainda fazem pressão em relação à conformidade que podem afetar as escolhas reais de produtos e marcas; • Família – é a mais importante organização de compra de produtos de consumo na sociedade, é o grupo de referência primário mais influente. Neste caso recebem influência relação a religião, politica, economia, e uma noção de ambição pessoal, valor pessoal e amor. No caso da relação marido e mulher, as mulheres ganham espaço na decisão de compra, a qual exerce grande influencia na tomada de decisão final; • Papéis e status – neste item as pessoas possuem papéis na sociedade, as atividades que uma pessoa deve desempenhar, e cada papel carrega um status, tome como exemplo que um juiz da Suprema Corte possui mais status que um gerente de vendas, e um gerente de vendas possui mais status que um auxiliar de 25 escritório. E dessa forma que as pessoas escolhem os produtos que se comunicam com seus papéis e seu status na sociedade; Fatores pessoais – os compradores também são influenciados por idade e estágio no ciclo de vida, ocupação, circunstâncias econômicas, estilo de vida, personalidade e auto-imagem: • Idade e estágio no ciclo de vida - o marketing escolhe grupos de ciclos de vida de acordo com seu mercado alvo, ou seja, bebês consomem alimentos específicos para sua alimentação, conforme o seu crescimento esses alimentos vão mudando se adequando ao paladar e a sua maturidade. De acordo com o desenvolvimento as pessoas mudam seus gostos e desejos, que podem receber influência da situação financeira de um determinado momento de sua vida; • Ocupação e circunstâncias econômicas – recebe influência no padrão de consumo de uma pessoa, a profissão exercida é um fator que define o tipo de produto a ser comprado, um operário compra sapatos e roupas para trabalho, já o presidente de uma empresa compra ternos, passagens aéreas. A compra de um produto é definido também pela situação econômica, a renda disponível, economias, capacidade de endividamento e atitude em relação a gastar ou economizar; • Estilo de vida – é simplesmente o padrão de vida da pessoa, envolvendo as atividades exercidas, os interesses e opiniões, o qual representa a pessoa por inteiro, a maneira como se interage com seu ambiente; • Personalidade e auto-imagem – para definição de personalidade ela é vista como autoconfiança, domínio, autonomia, resistência e adaptabilidade, através da personalidade dos consumidores que se faz a escolha dos produtos e marcas, e está relacionada com a auto-imagem. Os profissionais de marketing procuram desenvolver imagens para marcas que vão ao encontro da auto-imagem do mercado-alvo; Fatores psicológicos – esse fator recebe influência de motivação, percepção, aprendizagem e crenças e atitudes: • Motivação – entende-se que uma pessoa possui necessidade a todo instante, algumas sendo fisiológicas, que são fome, sede e desconforto. Outras necessidades são psicológicas, que são reconhecimento, estima ou integração. Citando a teoria de Freud, forças psicológicas, as pessoas agem de acordo com 26 seu inconsciente, que elas não entendem por completo essas motivações. Já na teoria de Maslow as necessidades humanas são dispostas em uma hierarquia, da mais urgente para a menos urgente, em sua ordem de importância; • Percepção – a pessoa que está motivada, ela está pronta para agir, e sua ação depende de sua percepção da situação que ela se encontra. No item percepção, temos a ATENÇÃO SELETIVA, o consumidor irá focar e dar atenção ao anúncio que chamar sua atenção ou de acordo com sua necessidade atual. E os profissionais de marketing tem que se esforçar para atrair a atenção dos consumidores para a oferta de seus produtos. Na DISTORÇÃO SELETIVA os consumidores entendem da maneira que lhe for mais útil, e nem sempre o entendimento da mensagem é de acordo com o esperado pelos emissores. Já a RETENÇÃO SELETIVA explica que as pessoas esquecem muito fácil o que veem, e retém informações que sustentam suas crenças e atitudes. E irão reter informações dos pontos positivos dos produtos que lhe agradem e que forem do gosto pessoal, e não darão atenção aos pontos positivos das marcas concorrentes. Neste caso os profissionais de marketing atuam na repetição das mensagens e a dramatização como forma de chamar a atenção e fazer com que os consumidores retenham as informações, benefícios e pontos fortes; • Aprendizagem – os consumidores aprendem a comprar e a associar os benefícios com os produtos concorrentes. A experiência envolve mudanças no comportamento de uma pessoa surgindo da experiência; • Crenças e atitudes – com base na crença está relacionado ao conhecimento, opinião ou fé, os consumidores consomem o que lhe agradar e o que for de encontro com o que eles acreditam. Para um cliente mudar sua atitude no processo de compra de um produto ele tem que entender que a inovação seja precisa e lhe agrade, então o melhor que as empresas podem fazer é adaptar seu produto a atitudes existentes, ao invés de tentar mudar as atitudes das pessoas. 27 Figura: 5 – Modelo de estimulo e resposta Fonte: Kotler, 2000, p. 183. Segundo Churchill e Peter (2000, p. 146), os profissionais de marketing estudam o comportamento do consumidor para ter ciência dos pensamentos, sentimentos e ações de consumo, e assim realizar mudanças no mercado em que atua, o estudo do comportamento do consumidor é analisado pela tomada de decisão do comprador, numa tentativa de compreender os desejos das pessoas. Para Larentis (2012, p. 13), as empresas só aumentam sua lucratividade, participação de mercado e crescimento de vendas satisfazendo os desejos e necessidades dos clientes conseguem isso por compreender e tornar realidade a vontade de seus consumidores. Identificam e oferecem o que o mercado precisa, melhor do que a concorrência, e assim alcançam o foco no cliente, chegando aos melhores resultados. De acordo com Larentis (2012, p. 15), o comportamento do consumidor é divido por duas etapas, a motivação e o processo, é influenciado por fatores externos, sendo percebidos diferentemente entre as pessoas. O comportamento do consumidor é motivado, por ele buscar satisfazer necessidades e desejos pessoais, pois ninguém motiva ninguém. O comportamento do consumidor por processo é algo que apresenta etapas em sequencia, encadeadas de forma dinâmica e continua de ordem pessoal (emoções), de ordem externa (cultura). Dessa forma o consumidor reconhece sua necessidade, busca informações e avalia as alternativas, decisão de compra. 28 Nickels e Wood (1999, p. 262), destaca a importância de formalizar parcerias para atender as necessidades de consumidores que não tem condições de se locomover até os fabricantes, isso faz com que as vendas aumentem, pois os consumidores finais podem obter os produtos ou serviços de forma mais conveniente. Para Kotler (2000, p. 199), o comportamento de compra do consumidor varia de acordo com o tipo de decisão, produto a ser comprado, reconhecimento da necessidade e avaliação das alternativas. Para a compra de um creme dental o tipo de decisão é bem diferente para a compra de um carro, pois envolvem benefícios muito diferentes e custos mais elevados. As compras que são caras exigem do consumidor uma analise mais complexa e envolvem mais participantes na tomada de decisão. Segundo Kotler (2000, p. 201), os consumidores consideram as cinco etapas do processo de compra antes de concretizar a tomada de decisão. Sendo elas: • Reconhecimento do problema - processo o qual o consumidor irá avaliar sua necessidade, que pode ser provocada por estímulos internos, ex. fome, sede, sexo ou estímulos externos, passar na frente da padaria e vê pães frescos, estimulando sua fome, admirar o carro do vizinho ou vê um anúncio de férias; • Buscar de informações – o consumidor que está interessado em adquirir um produto ou serviços, ele tende a se informar sobre ele, lendo sobre os benefícios agregados, telefonando para amigos e visitando lojas para saber mais sobre eles; • Avaliação de alternativas – os consumidores avaliam os diversos benefícios que o produto oferece para satisfazer sua necessidade, formando um julgamento com base racional e consciente; • Decisão de compra – nessa etapa os consumidores podem receber influências de amigos para se decidir sobre a compra de um produto. A negatividade da outra pessoa com relação a sua opção de escolha, e ele pode se deixar levar pela vontade de outro. O comprador tem tendência de dar preferência as marcas que mais gosta; • Comportamento pós-compra – os profissionais de marketing não terminam seu trabalho quando o produto é comprado, os consumidores recebem 29 monitoramento referente a sua satisfação, as ações e a utilização do produto após efetuar a compra, para assim existir o aperfeiçoamento e aumento da qualidade. Figura: 6 – Modelo das cinco etapas do processo de compra do consumidor Fonte: Kotler, 2000. p. 201 Cobra, (1992, p. 134) ressalta que os hábitos de consumo têm mudado ao longo dos anos para a maioria das categorias, com relação aos produtos e serviços que foram modificados nos últimos anos (alimentos, utilidades domésticas, habitação, transporte), a mudança alimentar que passa a valer os congelados, fastfood, enlatados, etc. Moradias menores, para facilitar e simplificar o trabalho no lar. Fatores que foram alterados por conta do aumento de mulheres trabalhando, renda e redução do número de filhos. Por 30 outro lado o consumo aumentou em outras categorias, como roupas, transporte, recreação, saúde e educação, e o número de poupadores também aumentou. Cobra (1992) entende que os profissionais de marketing são levados a compreender o comportamento dos consumidores para poder formar segmentos homogêneos de consumo que são altamente influenciados. “O consumo é largamente influenciado pela idade, renda, nível de educação, pelo padrão de mobilidade e gosto dos consumidores. Isto tudo tem levado os administradores que atuam em marketing a compreender o comportamento dos consumidores, buscando agrupá-los em segmentos homogêneos de consumo.” (COBRA, 1992, p. 201) Figura 7: Influências do meio ambiente sobre os indivíduos. Fonte: Cobra, 1992, p. 202 31 Cobra (1992, p. 201), destaca que o consumidor recebe uma série de influências ambientais, que modelam o seu processo definitivo de compra, moldando o cenário no qual o consumidor é ao mesmo tempo o ator e o espectador: • Influências do meio ambiente físico - o lugar, as pessoas, as coisas, o clima, os costumes do ambiente etc.; • Influências tecnológicas - por conta de um mercado atual e composto por inovações tecnológicas os bens se tornam desusados, e a perspectiva por inovações pode retardar a compra; • Influências econômicas - a facilidade de crédito é um fator que pode assanhar a compra, ou o qual pode intimidar a compra pela contenção de crédito, a inflação é outro fator, que pode extinguir o poder aquisitivo dos compradores; • Influências políticas - nesse item o sistema político de um país tem o poder de incentivar o consumo de certos produtos, e restringir de outros; • Influências legais - estão desencadeadas as normas, leis e regulamentos dos poderes executivo, judiciário e legislativo, os quais podem impossibilitar ou podem instigar a compra de determinados produtos. 32 CAPITULO 3 – METODOLOGIA 3.1 Metodologia Para Bezzon (2005, p.23) a metodologia é a parte do projeto de maior importância. Temos que pautar e definir o caminho para empregar a nossa pesquisa, pois se não definirmos esse caminho, nosso projeto não saíra do papel, não sabendo como começar e não o colocando em prática tudo que pretendemos o problema nunca terá resposta, e as hipóteses continuarão sendo hipóteses, e o objetivo desejado não serão alcançados. 3.2 Pesquisa De acordo com Gil (2010, p.01) a pesquisa pode ser definida como procedimento racional e sistemático é tem como objetivo adaptar respostas aos problemas. A pesquisa só é solucionada quando não temos informação suficiente para responder o problema sendo desenvolvida com a utilização cuidadosa de métodos e técnica de investigação cientifica. A pesquisa segue um processo que envolve varias fases, adequando a formulação do problema ate chegar a satisfatória apresentação dos resultados. 3.3 Monografia Segundo Bezzon (2005, p.13) a monografia é um estudo sobre um tema especifico ou particular obedecendo rigorosamente a metodologia, ela representa um trabalho escrito sistemático e completo. Ela é geralmente solicitada para conclusão de cursos de graduação ou pós-graduação, em ambos sendo variável, tendo como importância a qualidade do trabalho apresentado. 33 3.4 Pesquisa Bibliográfica Gil (2010, p.45) enfatiza que a pesquisa bibliográfica tem seu desenvolvimento através de uma serie de etapas, dependendo de muitos fatores como a natureza do problema, o nível de conhecimento que o pesquisador tem sobre o assunto, o seu nível de exatidão para conferir a pesquisa. Neste trabalho as fontes de pesquisa bibliográficas foram extraídas de livros, que foram feitos através de fichamentos. 3.5 Estudo de caso Para Gil (2010, p.37) o estudo de caso é apresentado em aberto, ou seja, na condição de hipótese, não de conclusões, sendo enquadrado em uma modalidade de pesquisa amplamente utilizado sendo estudo profundo e exaustivo de um ou pouco objeto, permitindo seu amplo e detalhado conhecimento. A agência foco do estudo de caso possui em média cinco mil clientes. Para a coleta de dados a pesquisa contemplou um questionário com seis (6) questões aplicadas a 30 clientes, tais clientes escolhidos frequentam a agência bancária com mais frequência por conta disso a facilidade de comunicação para abordagem e aplicação da entrevista. Foram 12 clientes do sexo feminino e 18 do sexo masculino. São clientes do banco entre 1 à 20 anos. A pesquisa foi realizada no período de 23/09/2014 e 25/09/2014. 34 CAPÍTULO 4 – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA O presente capítulo tem a finalidade de apresentar os resultados obtidos através da aplicação de um questionário único a uma amostra de clientes da empresa. 4.1 Histórico da Empresa Foram extraídas do estágio curricular de Jucimara Aparecida de Almeida, que foi elaborado em 2013, nesta empresa alvo. Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, o governo brasileiro baixou medidas de represálias econômicas contra alemães e italianos. Uma dessas medidas determinou a liquidação de filiais de bancos cujas matrizes estivessem nos países inimigos, o que provocou o encerramento das atividades de diversos bancos tradicionais em São Paulo. Foi neste contexto que surgiu o Banco ITAÚ. A história do tradicional banco tem início na pequena cidade de Pratápolis, distrito de Itaú, Minas Gerais, quando Alfredo Egydio de Souza Aranha, um advogado e empresário empreendedor, fundou, no dia 30 de dezembro de 1943, o Banco Central de Crédito. No ano seguinte, após um período de organização administrativa do novo banco, foram obtidas as primeiras cartas patentes pela Caixa de Mobilização e Fiscalização Bancária, autorizando o banco a realizar operações bancárias, com a abertura de quatro agências em locais diferentes. Ao final da década, o Banco Central de Crédito possuía 11 agências, sendo três delas na cidade de São Paulo e oito no interior. No ano de 1951, foi inaugurada a agência de Santos, intensificando, assim, a atuação do banco perante as companhias exportadoras de café. Em 1952, o governo federal recomendou a alteração da razão social do Central de Crédito, objetivando reservar essa denominação para a instituição que passaria a ser o Banco Central do Brasil. Assim, a razão social foi alterada para Banco Federal de Crédito. Três anos mais tarde, com dez anos de funcionamento, o banco contava com 24 agências e 113 funcionários. O crescimento continuou com a 35 inauguração de novas agências. Em consequência, aumentava o número de clientes, que passaram a buscar os bancos para as mais diversas operações. As décadas de 60 e 70 foram marcadas por diversas incorporações, fusões e aquisições, que proporcionaram um rápido crescimento ao banco. A primeira aquisição foi a do Banco Paulista de Comércio, em 1961. Pouco depois, em janeiro de 1962, ocorreu a inauguração da primeira agência fora do Estado de São Paulo, na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro. Já nessa época, a mecanização do processamento de dados começava a se tornar cada vez mais importante. A década de 70 foi um período de rápido crescimento não só pela expansão interna, mas pelas sucessivas aquisições dos bancos Aliança, Português do Brasil e União Comercial. Em 1973, era evidente a força do nome ITAÚ perante o público. Um nome simples, original, de fácil memorização, capaz de traduzir, com apenas quatro letras, a imagem que se buscava consolidar: simplicidade e solidez. Com isso, a razão social foi alterada, e o banco passou a denominar-se Banco Itaú S.A. (Itaú: pedra escura, em tupi-guarani, originária da cor do clínquer, mineral utilizado para a fabricação do cimento). No final dessa década o banco deu os primeiros passos para sua atuação internacional, com a abertura das agências de Nova York e Buenos Aires. O conturbado ambiente político e econômico do país na década de 80 aconselhavam o retorno ao crescimento interno. O ITAÚ adquiriu apenas um pequeno banco, o Pinto de Magalhães. No final da década, foi um dos primeiros a transformar-se em banco múltiplo, formalizando juridicamente sua organização interna que já assim se delineara desde os anos 70. Nessa década, entretanto, estabeleceu-se firmemente como “Banco Eletrônico”, evidenciando sua prioridade à tecnologia de ponta. Mais recentemente, no início do mês de novembro de 2008, o ITAÚ anunciou uma gigantesca fusão com o Unibanco, formando assim o maior banco do país e o maior grupo financeiro do hemisfério sul, cujo valor de mercado fez com que ele ficasse situado entre os 15 maiores do mundo. Tratava-se de uma instituição financeira com a capacidade de competir no cenário internacional com os grandes bancos mundiais. Os números do resultado da fusão foram gigantescos: o total de ativos combinado era de mais de R$ 623 bilhões, aproximadamente 4.800 agências e postos de atendimento (representando 18% da rede bancária brasileira) e 14.5 milhões de clientes de conta corrente (18% do mercado). Em volume de crédito, representou 19% do sistema 36 brasileiro, e em total de depósitos, fundos e carteiras administradas atingiu 21%. Nos anos seguintes, como acontece no caso de grandes fusões, a marca mais forte (ITAÚ) absorveu a Unibanco, que deixou de existir. 4.2 Principais Produtos e Serviços O Banco Itaú Unibanco S/A tem uma ampla variedade de produtos e serviços para oferecer aos clientes. 4.2.1Clientes Pessoa Física • Conta Corrente: Sua conta é aberta na hora e você já sai com seu cartão provisório para movimentá-la. E ainda aproveita conveniências e serviços para o seu dia a dia. Além disso, você tem diversos pacotes de serviços à sua disposição e pode escolher aquele que melhor atende às suas necessidades. • Cartões: Com o Itaucard você tem benefícios, vantagens e comodidades exclusivas para aproveitar cada momento. Desde descontos em cinemas, teatros, futebol, parques e em atrações em todo o Brasil, até serviços de crédito facilitados para quando precisar. • Créditos e Financiamentos: O seu crédito liberado com agilidade, direto na conta-corrente. • Investimentos e Previdência: Poupança - Segurança com o benefício da isenção do imposto de renda; Previdência - Planeje uma renda extra para conquistar um futuro tranquilo; CDB e renda fixa - A solidez do Itaú para você investir com segurança; Fundos - Alternativas para quem busca diversificação dos investimentos; Ações - Recomendações dos melhores analistas para investir na Bolsa; Estruturados - Proteção total ou parcial do capital investido em operações sob medida. • Seguros: Vida e acidentes pessoais - Você tranquilo e sua família mais segura; Auto - Proteção para seu veículo e mais comodidade para você; Residência Proteção para sua residência com serviços de assistência e ambientais; Viagem Segurança e tranquilidade nas viagens nacionais e internacionais. 37 • Capitalização: É um produto de sorte, mas uma sorte diferente. Quem acredita no PIC concorre a muitos prêmios e ainda recebe todo o seu dinheiro de volta, corrigido pela TR, se efetuar todos os pagamentos do produto. • Consórcios: de imóveis e de veículos. Destacando ainda rapidez no atendimento ao caixa da agência, fila preferencial para clientes Uniclass, Personalité e Private bank. Colaboradores bem preparados e treinados para realizar um eficiente atendimento e chegar à satisfação dos clientes. 4.3 Missão da Empresa A missão do Itaú Unibanco é fornecer soluções, produtos, serviços financeiros e de seguros de forma ágil e competente, promovendo a mobilidade social, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e para um relacionamento duradouro com acionistas e clientes. 4.4 Visão da Empresa “Ser um banco líder em performance sustentável e em satisfação dos clientes.” A nova visão do Itaú Unibanco, divulgada no início de 2010, é bastante desafiadora e, para alcançá-la, é fundamental que todos os colaboradores estejam sempre alinhados com nossos valores e princípios. Uma das mais importantes realizações no ano foi a estratégia de promover o engajamento de líderes para que a nova cultura organizacional fosse disseminada entre todas as equipes e trouxesse benefícios tanto para o banco quanto para os clientes. 4.5 Valores Todos pelo Cliente – Acreditamos que a liderança de mercado é consequência de um processo de melhoria contínua dos serviços prestados aos clientes. Qualquer crescimento obtido sem ter cada cliente como foco não será sustentável. 38 Paixão pela Performance – A paixão pela performance trouxe o Itaú Unibanco ao lugar de destaque que ocupa hoje. E só essa paixão nos permitirá atingir os ambiciosos objetivos que temos pela frente. Renovar essa paixão na hora de planejar e executar cada novo projeto deve ser um objetivo permanente de todos e de cada um de nós. Liderança Ética e Responsável – O Itaú Unibanco é líder em vários dos mercados em que atua. E considera fundamental que essa liderança seja exercida com responsabilidade. Somos uma liderança positiva, ética, transparente e comprometida com a sociedade e com as melhores práticas de gestão. Acima de tudo, queremos líderes que pensem – e ajam – como donos. Craques que Jogam para o Time – O Itaú Unibanco tem a meritocracia e o trabalho em equipe como base de seu sistema de gestão de pessoas. Temos obsessão pela atração de talentos e reconhecemos performances diferenciadas de forma diferenciada. Valorizamos as individualidades, mas não o individualismo. Um craque só é craque de fato se souber jogar para o time e se cercar de outros craques. Porque gente boa forma e atrai gente boa. Foco na Inovação e Inovação com Foco – Inovação é uma questão permanente de atitude. Queremos estabelecer um ambiente que estimule a criatividade, o empreendedorismo, o debate de ideias e a procura de novas respostas, sempre com o objetivo de criar vantagens competitivas para a organização. Processos Servindo Pessoas – Processos existem para servir às pessoas, e não o contrário. Não devemos nos apaixonar por eles mais do que pelos benefícios que eles nos trazem. Somos uma empresa de pessoas que melhoram processos – e de processos que melhoram a vida das pessoas. Ágil e Descomplicado – O tempo do cliente é valioso. O nosso também. Não perdemos tempo complicando as coisas – e não complicamos as coisas porque sabemos que isso nos faz perder tempo. Somos objetivos e combatemos a burocracia, a excessiva hierarquização e a complexidade pela complexidade. Carteirada não Vale – A liderança aqui é compartilhada, desapegada de símbolos de status e conquistada com talento e competência – e não pela patente. Consideramos fundamental criticar sem ser destrutivo e aceitar críticas sem ser defensivo. O tratamento educado e atencioso que queremos oferecer sempre aos nossos clientes começa dentro de casa. 39 Brilho nos Olhos – Sabemos que as empresas mais competitivas são aquelas em que os colaboradores têm espaço para expressar opiniões, participar ativamente da gestão e celebrar suas conquistas. O Itaú Unibanco estimula suas equipes a trabalhar com atitude descontraída. Afinal, divertido não é o contrário de sério, mas o contrário de chato. Trabalho, para nós, é algo para ser feito com brilho nos olhos. Sonho Grande – Aqui no Itaú Unibanco sabemos que é importante sonhar grande e fazer cada vez mais e melhor, porque essa é a essência da superação. Sem tirar os pés do chão, pensamos grande e estabelecemos desafios ambiciosos, do tamanho do nosso sonho. Agindo assim, nós nos tornamos um dos maiores bancos do mundo. Agindo assim – e engajados com nossos valores e Jeito de Fazer – nós nos tornaremos o melhor banco do mundo. 4.6 – Apresentação e discussão dos resultados Pergunta 1: Quais das contas oferecidas pelos bancos você considera com mais vantagens e benefícios? a. Corrente b. Poupança c. De investimento d. Corrente e poupança GRÁFICO: 1 – Contas ofertadas FONTE: Dados obtidos na pesquisa de campo (2014) 40 O gráfico 1 revela que de um total de 30 clientes , 6 do sexo feminino têm preferência pela conta corrente, a posição aumenta para 8 no caso do sexo masculino. Em relação a conta corrente/poupança são 5 do sexo masculino para 11 do sexo feminino, devidos as vantagens e benefícios existentes em uma única conta, pensando em atender suas necessidades a empresa alvo disponibiliza esse tipo de serviço. Conforme Cobra, (2003, p. 59), é através do marketing que fazemos o processo de trocas, onde envolvem duas ou mais partes para a oferta de algo de valor um para o outro, objetivando a satisfação de desejos e necessidades. Pergunta 2: O que levou você a abrir uma conta no banco? a. Necessidade própria b. Solicitação da empresa para recebimento do salário. GRÁFICO: 2 – Necessidades FONTE: Dados obtidos na pesquisa de campo (2014) O gráfico 2 revela que de um total de 30 clientes , 3 do sexo feminino abrem conta por solicitação da empresa para recebimento do salário, a posição aumenta para 5 no caso do sexo masculino. Os clientes do sexo masculino abrem conta por necessidade própria, sendo 10 dos entrevistados, essa posição aumenta para 12 no caso do sexo feminino. 41 Nos dias atuais, com base na pesquisa, os clientes desenvolvem uma necessidade própria para abrir uma conta, a fim de realizar movimentações financeiras, e até mesmo aquisição de alguns produtos e/ou serviços que lhe julgue útil. Desta forma, a empresa alvo se desdobra e se dedica para atender a todas as necessidades e solicitações. Segundo Churchill e Peter (2000, p. 146), os profissionais de marketing estudam o comportamento do consumidor para ter ciência dos pensamentos, sentimentos e ações de consumo, e assim realizar mudanças no mercado em que atua, o estudo do comportamento do consumidor é analisado pela tomada de decisão do comprador, numa tentativa de compreender os desejos das pessoas. Pergunta 3: Quais produtos e serviços lhe atrai? a. Talão de cheque b. Cartão de crédito c. Financiamentos d. Empréstimos GRÁFICO: 3 – Gamas de produtos FONTE: Dados obtidos na pesquisa de campo (2014) O gráfico 3 revela que de um total de 30 clientes, 2 do sexo feminino e 2 do sexo masculino optam por talão de cheques. No que se trata de financiamentos soma-se 5 clientes, sendo 3 do sexo masculino e 2 do sexo feminino. Para empréstimos soma-se 4 clientes, 3 do sexo masculino e apenas 1 do sexo feminino. Para cartão de crédito a 42 preferência é aproximada para ambos os sexos, sendo 8 do sexo feminino e 9 do sexo masculino. Observa-se que, há preferência nítida na escolha de cartão de crédito pelos clientes envolvidos na pesquisa, pois a forma de compra parcelada está entre o favoritismo dos clientes, proporcionando um prazo estendido e garantia na aceitação imediata da compra desejada, sem ter a necessidade de passar por uma avaliação de crédito no estabelecimento. Para a empresa alvo, a utilização de cartões de crédito é de extrema importância e geração de receitas. Para Santiago (2008, p. 50), diferentes clientes podem avaliar o mesmo produto ou serviço de maneiras diferentes, cada um valorizando o que lhe agrade e favorecendo conforme sua necessidade e/ou desejo. Pergunta 4: O que se espera de um bom atendimento? a. Qualidade b. Agilidade c. Entendimento da necessidade GRÁFICO: 4 – Formas de Atendimento FONTE: Dados obtidos na pesquisa de campo (2014) O gráfico 4 revela que de um total de 30 clientes, 3 do sexo masculino esperam qualidade no atendimento, a posição aumenta para 8 no sexo feminino. Se tratando em agilidade são 2 do sexo masculino, tendo diferença explicita para escolha do sexo 43 feminino somando 8 das entrevistadas. Para entendimento da necessidade totaliza-se 9, sendo 3 do sexo masculino, aumentando para 6 no caso do sexo feminino. Conforme os dados da pesquisa, os clientes estão mais exigentes, querendo um conjunto de valores no quesito atendimento, por conta da capacitação do atendente em lhe proporcionar qualidade, agilidade e entendimento de suas necessidades. Para Kotler (2000, p. 58), um cliente muito satisfeito será menos propenso para mudar de marca, mas enfatiza que as empresas estão focando a alta satisfação, pois clientes apenas satisfeitos mudam com facilidade de fornecedor caso receba uma oferta melhor. O cliente que tem uma alta satisfação cria um vínculo afetivo com a marca, e gera como resultado um alto grau de fidelidade. Pergunta 5: Ao adquirir um produto e/ou serviços o que leva em consideração? a. Bom atendimento b. Diversificação c. Necessidade d. Transparência GRÁFICO: 5 – Aquisição de produtos e/ou serviços FONTE: Dados obtidos na pesquisa de campo (2014) O gráfico 5 revela que de um total de 30 clientes, 2 do sexo masculino preferem ter um bom atendimento, a posição aumenta para 4 no sexo feminino. Na diversificação soma-se 4, sendo 2 do sexo feminino e 2 do sexo masculino. Com relação à necessidade são 3 do sexo masculino e 4 do sexo feminino. A maior parte dos 44 entrevistados têm preferencia pela transparência, sendo 6 do sexo masculino e 7 do sexo feminino. Com base na pesquisa, os clientes querem transparência na oferta dos benefícios, para que possam entender as vantagens que o produto ou serviço lhe oferece, assim não se sentirem prejudicados pela falta de informações concretas. A empresa alvo, valoriza uma oferta de qualidade, onde os profissionais envolvidos expliquem claramente o produto ofertado para evitar cancelamentos posteriores. “Antes de compararem, os consumidores confrontam o que eles esperam obter de uma empresa com aquilo que eles esperam dar em troca. Ao comparar estes dois elementos, cada consumidor chega a um valor percebido para o produto. Assim, do ponto de vista do consumidor, o valor é a razão entre os benefícios percebidos e o preço percebido. (NICKELS e WOOD, 1999, p. 222) Pergunta 6: Quais informações seriam necessárias na escolha dos produtos e/ou serviços? a. Taxas/Juros b. Benefícios c. Investimentos (curto e longo prazo) GRÁFICO: 6 – Escolha de produtos e/ou serviços FONTE: Dados obtidos na pesquisa de campo (2014) 45 O gráfico 6 revela que de um total de 30 clientes, 7 do sexo feminino têm preferência por Taxas/Juros, a posição aumento para 10 no caso do sexo masculino. Em relação aos benefícios são 3 do sexo feminino, a posição aumenta para 7 no caso do sexo masculino. Na escolha dos entrevistados, Investimentos (curto e longo prazo) fica em últimos planos, somando-se apenas 3 dos clientes, sendo 1 do sexo feminino e 2 no sexo masculino. Por fim, as Taxas e Juros lideram o ranking da pesquisa, sendo o principal item observado pelos clientes na aquisição dos produtos ou serviços, querendo informações claras e precisas, para compararem com o mercado e assim analisam a melhor oferta para fechamento da transação desejada. Para Larentis (2012, p. 13), as empresas só aumentam sua lucratividade, participação de mercado e crescimento de vendas satisfazendo os desejos e necessidades dos clientes conseguem isso por compreender e tornar realidade a vontade de seus consumidores. Para Kotler (2000, p. 199), o comportamento de compra do consumidor varia de acordo com o tipo de decisão, produto a ser comprado, reconhecimento da necessidade e avaliação das alternativas. 46 CAPÍTULO 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS. O presente trabalho aborda o assunto do comportamento do consumidor na aquisição de produtos e serviços bancários, focando o que eles desejam, precisam e consideram necessário para tomar decisão de compra, ou seja, adquirir e aceitar uma oferta dos colaboradores que representam a instituição financeira. Em relação à pergunta problema: Quais informações são importantes para que se possa compreender melhor o comportamento de compra do consumidor ao adquirir produtos e serviços bancários, pode ser considerado como respondida, e assim podendo melhorar o atendimento ao cliente, criando uma retenção de qualidade e fazendo a oferta para o consumidor certo, chegando a satisfação de ambas as partes. Levando em conta o objetivo desse estudo de caso, que é demonstrar através de referencial bibliográfico e pesquisa de campo como os consumidores se comportam em relação ao processo de compra para aceitação das ofertas e identificar as informações importantes para compreender esse comportamento, tal objetivo foi alcançado, pois o referencial bibliográfico deixa claro que as empresas precisam se atentar e se focar às necessidades e desejos dos consumidores, de acordo com Kotler, Las Casas, Churchill e Peter, entre outros, as empresas vem buscado a satisfação dos consumidores para retêlos e para criar fidelidade que é de grande importância para gerar uma alta satisfação, com isso se tornam clientes menos propensos a mudar de “marca”. Com base na pesquisa de campo, feita com 30 consumidores/clientes da empresa-alvo, fica claro que os clientes têm seu primeiro contato com o banco por necessidade própria, ficando explicito a precisão de uma conta para realizar movimentações financeiras de diversos tipos, para finalidades diferentes, com objetivos diferentes, mas todos precisam de alguma forma. Tendo também uma atração visível por cartão de crédito, e que esperam agilidade, além da qualidade no atendimento por parte do colaborador e representante da instituição. Buscam transparência na oferta dos produtos, não querem se sentir prejudicados ao adquirir o produto ou serviço, querem levar para “casa” o lhe foi ofertado. Atualmente os consumidores estão muito atentos as taxas/juros das operações que realizam, ou pretendem realizar, como já dito, essa questão é o que eles consideram de grande importante como mostrado na pesquisa. 47 Por fim, pode-se concluir que a empresa-alvo vem buscando cada vez mais ficar na frente dos concorrentes, sempre inovando no atendimento e visando a aplicação de tecnologia, acompanhando a inovação do mercado atual para superar as expectativas dos clientes. Trabalha fortemente na qualificação dos colaboradores, disponibilizando cursos online e presencial para melhor entender as ferramentas de utilização no atendimento ao cliente e principalmente compreender os produtos disponibilizados para oferta, podendo assim esclarecer eventuais duvidas que se tornem pertinentes. 48 BIBLIOGRAFIAS BEZZON, Lara Crivelaro. Guia Prático de Monografias, Dissertações e Teses. 3º ed. Campinas-SP: Alínea, 2005. CHURCHILL, Gilbert A. Jr.; PETER, J. Paul. Marketing: Criando valor para os clientes ed.1, São Paulo: Saraiva, 2000. CHURCHILL, Gilbert A. Jr.; PETER, J. Paul. Marketing: Criando valor para os clientes ed.2, São Paulo: Saraiva, 2010. COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1992. COBRA, Marcos. Marketing básico: uma pesquisa brasileira. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1997 COBRA, Marcos. Consultoria em Marketing. 1 ed. São Paulo: Cobra Editora, 2003 COBRA, Marcos. BREZZO, Roberto. O novo marketing. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010 GIL, Antonio Carlos. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 5º Ed. São Paulo: Atlas, 2010. HONORATO, Gilson. Conhecendo o marketing. Barueri: Manole, 2004 KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, Planejamento, administração e Controle. 5ª ed., São Paulo: Atlas, 1998. KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: Como criar, conquistar e dominar mercados. 5ª ed, São Paulo: Futura,1999. KOTLER, Philip. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. 10ª ed., São Paulo: Prentice Hall, 2000 KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, Planejamento, administração e Controle. 5ª ed. – 9 reimpr, São Paulo: Atlas, 2011 49 LARENTIS, Fabiano. Comportamento do consumidor. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2012. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Serviços. São Paulo: Atlas, 1991. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Serviços. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. NICKELS, G. William, WOOD, B. Marian.Marketing: Relacionamentos, Qualidade e Valor. 1ª ed., Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Cientificos, 1999. SANTIAGO, Marcelo Piragibe. Gestão de Marketing. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2008 50 APÊNDICES 51 ANEXO 52