Assessoria Econômica BACEN ANUNCIA MEDIDAS PARA AUMENTO DA LIQUIDEZ E EXPANSÃO DO CRÉDITO NA ECONOMIA Ao verificar a progressiva moderação do mercado de crédito, a redução da exposição dos bancos e a desalavancagem (redução dos financiamentos) das famílias, o Banco Central do Brasil anunciou medidas macroprudenciais visando melhorar a liquidez e a expansão das operações de crédito na economia, considerando ainda, a inadimplência em patamares baixos e o recuo no nível do risco no sistema financeiro nacional. As alterações se deram nas regras de recolhimentos dos depósitos compulsórios e no requerimento mínimo de capital de risco de operações de crédito no varejo, especialmente na forma de tratar o prazo dos financiamentos: Compulsório a prazo Venda de carteiras PSI 1 Ponderação de Risco Como será Por um ano, os bancos poderão usar até 50% do recolhimento compulsório de depósitos a prazo para conceder operações de crédito ou para comprar carteiras de outras instituições. Um número maior de instituições financeiras (134) pode vender carteiras de crédito elegíveis para abater o depósito compulsório a prazo. Um número maior de bancos agora pode abater até 20% do recolhimento compulsório à vista para empréstimos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES. Basta ter R$3 bilhões de capital de melhor qualidade (Nível 1). Os bancos passarão a alocar menos capital em operações de crédito de veículos, consignado e outras modalidades de crédito ao consumo. Agora, o capital será alocado conforme o prazo remanescente do empréstimo. Fonte: Valor Econômico 1 Programa de Sustentação do Investimento do BNDES. Como era A regra anterior previa apenas 36% do compulsório. Antes eram instituições. 58 Antes era necessário ter R$6 bilhões de capital de melhor qualidade (Nível 1). O capital era alocado pelo prazo original do contrato, e não mudava conforme o cliente pagava o crédito. Assessoria Econômica A liberação de recursos aos bancos tem impacto potencial de R$ 45 bilhões ao longo do tempo, sendo R$ 30 bilhões referentes à alteração do compulsório. Os bancos públicos, principais agentes da política anticíclica do governo e que têm mais restrição de recursos próprios para aumentar as operações de crédito do que os bancos privados devem ser os mais beneficiados, juntamente com as instituições de pequeno e médio porte. No entanto, há que se considerar a limitação das medidas no que se refere à expansão da oferta e ao barateamento do crédito. Isto porque há uma percepção mais elevada de risco de crédito por parte dos bancos, dada a visível desaceleração da economia e os riscos crescentes de desemprego.