PROTEÍNAS DE CHOQUE TÉRMICO: VISÃO GERAL E PAPEL NA

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS
LGN 5799 – Seminários em Genética e Melhoramento de Plantas
Departamento de Genética
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PROTEÍNAS DE CHOQUE TÉRMICO: VISÃO GERAL E PAPEL NA
INTERAÇÃO PLANTA-MICRORGANISMO
Aluna: Michele de Cássia Pereira e Silva
Orientador: Prof. Dr. Welington Luiz de Araújo
As plantas vivem em constante interação com diversos tipos de microrganismos,
patogênicos ou não. Na grande maioria das vezes, essas interações resultam em
processos assintomáticos, pois as plantas possuem um elaborado sistema de defesa,
que permite o reconhecimento e resposta a maioria dos patógenos em potencial. Essa
resposta inclue a produção de espécies reativas de oxigênio e enzimas antioxidantes,
submentendo tanto o hospedeiro quanto o microrganismo associado a uma situação de
estresse. Nessas condições, são produzidas importantes proteínas associadas ao
estresse celular, e conhecidas como proteínas de choque térmico – HSP (do inglês Heat
Shock Proteins), as quais podem ser induzidas por diferentes fatores de estresse, tanto
bióticos como abióticos.
Essas proteínas pertencem à uma classe de chaperonas moleculares, as quais
são proteínas responsáveis pelo correto dobramento de outras proteínas sintetizadas e
pela prevenção da agregação protéica. São altamente conservadas sugerindo uma
grande importância evolutiva. Entre elas estão os sistemas DnaK e GroE formados por
DnaK, DnaJ, GrpE e GroEl, GroEs, respectivamente em procariotos, e os sistemas HSP
90 e HSP 70 em eucariotos. Vários estudos dão suporte a idéia de que o choque térmico
e/ou estresse oxidativo induzem uma resposta tanto em procariotos quanto em
eucariotos, bem como a produção de espécies reativas de oxigênio durante a interação e
colonização da planta hospedeira possui papel chave na indução da produção dessas
chaperonas. Além da produção dessas proteínas, outras substâncias importantes na
colonização podem ser produzidas em resposta ao estresse, como proteínas de adesão
celular, fatores associados ao revestimento celular e bacteriocinas. Pouco se sabe sobre
o exato papel das proteínas de choque térmico na colonização da planta, porém estudos
recentes mostram que algumas chaperonas estão relacionadas ao sistema de defesa da
planta, atuando tanto na reposta de hipersensibilidade (HR) quanto na resistência
sistêmica
adquirida
(SAR).
Outras
estão
diretamente
ligadas
a
adesão
de
microrganismos nas células do hospedeiro. Apesar do pouco conhecimento do papel
dessas proteínas na interação planta-microrganismo, estudos indicam que as proteínas
de choque térmico são extremamente importantes na colonização e adaptação do
microrganismo ao ambiente no interior da planta hospedeira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Graduação Interunidades em Biotecnologia da Universidade de São Paulo –
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