Nota Tecncia - Difteria

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GOVERNO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA: PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”.
Secretaria de Estado da Saúde de Roraima
Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde
NOTA TÉCNICA—DIFTERIA
1 3 /1 0/ 2 01 6
Devido à ocorrência de casos de difteria no município de San Antonio de Roscio, na Venezuela, e, por conseguinte à sua
proximidade com o município de Pacaraima, o qual recebe com freqüência pessoas deste país vizinho, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde, por meio do Departamento de Vigilância Epidemiológica vem alertar aos profissionais de saúde para a detecção precoce de casos suspeitos bem como medidas de controle a serem adotados.
DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO: Toda pessoa que, independentemente da idade e estado vacinal, apresenta quadro agudo de infecção da orofaringe, com presença de placas aderentes ocupando as amígdalas, com o sem invasão de outras áreas da
faringe (palato e úvula) ou outras localizações (ocular, nasal, vaginal, pele, por exemplo), com comprometimento do estado
geral e febre moderada.
MODO DE TRANSMISSÃO: A transmissão se dá
pelo contato direto de pessoa doente ou portadores
com pessoa suscetível,
através de gotículas de secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou
ao falar.
PERÍODO DE TRANS-
MEDIDAS DE CONTROLE: A vacinação é a medida de controle
MISSIBILIDADE: Em
mais importante da difteria. O emprego sistemático dessa vacina,
média, até 2 semanas
com altas coberturas vacinais ao longo do tempo, além de diminuir
após o início dos sinto-
a incidência de casos clínicos, determina importante redução do
mas. A antibioticoterapia
número de portadores. A vacinação normalmente é feita de forma
adequada erradica o ba-
sistemática, com vacinação de rotina do imunobiológico, pelos ser-
cilo da orofaringe, de 24
viços de saúde, ou em forma de campanha de vacinação ou de blo-
a 48 horas após a sua
queio realizada diante da ocorrência de um caso suspeito.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de 1 a 6 dias.
introdução, na maioria
dos casos.
Coeficiente de Incidência por Difteria e Cobertura Vacinal
VIGILÂNCIA
com (DTP e DTP+HIB). Brasil, 1990 A 2015
EPIDEMIOLÓGICA:
0,5
120
*Investigar todos os casos suspeitos
100
0,4
e confirmados com vistas à adoção
de medidas de controle pertinentes
*Aumentar
o
percentual
de
isolamento em cultura, com envio de
60
0,2
40
Cobertura Vacinal (%)
casos.
Coef. de Incidência
para evitar a ocorrência de novos
80
0,3
0,1
20
100% das cepas isoladas para o
laboratório de referência nacional.
0,0
0
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
*Acompanhar
a
tendência
da
doença, para detecção precoce de
Coeficiente de Incidência/100.000 hab.
Cobertura vacinal
Fonte: Guia de Vigilância em Saúde, 2016.
surtos e epidemias.
TRATAMENTO: A medida terapêutica é a administração do soro antidiftérico (SAD), que deve ser feito em unidade hospitalar e cuja finalidade é inativar a toxina circulante o mais rapidamente possível e possibilitar a circulação de excesso e anticorpos, em quantidades suficientes para neutralizar e a toxina produzida pelos bacilos.
Secretaria de Estado da Saúde de Roraima
Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde – CGVS
Departamento de Vigilância Epidemiológica – DVE
Rua Dr. Arnaldo Brandão c/ Av. Cap. Júlio Bezerra – 826 – São Francisco
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: É realizado pelo isolamento e identificação do C.diphtheriae por meio de cultura de
amostras biológicas, coletadas adequadamente, das lesões existentes (ulcerações, criptas das amígdalas), exsudatos de orofaringe e de nasofaringe, que são as localizações mais comuns.
ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE AMOSTRAS SUSPEITAS DE DIFTERIA
- Passar o swab por todas as áreas de hiperemia e com presença
de placas ou membranas. Se houver presença de pseudomembrana, não removê-la, pois a sua remoção pode acelerar a absor-
Exame: Cultura para Corynebacterium diphtheriae
ção da toxina diftérica.
Retirar o swab evitando tocá-lo na língua ou contaminá-lo com
AMOSTRA BIOLÓGICA
Deverão ser coletados OBRIGATORIAMENTE dois swabs, sendo
1 swab de orofaringe e 1 swab de nasofaringe.
saliva.
Estriar o swab na superfície inclinada do meio de transporte
(PAI, Stuart, Cary-Blair ou Loeffler).
PERÍODO IDEAL DE COLETA
Coletar a amostra preferencialmente antes do início da antibioti-
Tampar bem o tubo, identificar como swab de orofaringe.
Encaminhar a amostra imediatamente ao LACEN em temperatura ambiente.
coterapia.
Após coleta, as amostras deverão ser encaminhadas imediata-
ORIENTAÇÕES PARA A COLETA DE AMOSTRAS
mente ao LACEN à temperatura ambiente. Caso isso não seja
possível, a amostra poderá ser mantida em estufa a 35-37ºC
Sempre deverão ser coletados dois swabs: um swab de nasofarin-
por no máximo 24 horas até o envio ao LACEN. As amostras
ge e um swab de orofaringe para cada paciente;
deverão estar devidamente acompanhadas da ficha de notifica-
Retirar os tubos da geladeira e deixar que atinjam a temperatura
ção, devidamente preenchida.
ambiente. Identificar os tubos de meio de transporte com o nome completo do paciente e a inicial do nome da amostra biológi-
Figura 1– Roteiro de investigação epidemiológica da difteria
ca que foi coletada, sendo O (orofaringe) e N (nasofaringe).
CASO
- Swab de nasofaringe
NOTIFICAÇÃO IMEDIATA
Identificar o tubo de meio de transporte (PAI, Stuart, Cary-Blair
ou Löeffler) com o nome completo do paciente e a inicial do nome da amostra biológica que foi coletada.
COLETA DE MATERIAL PARA CULTURA
INVESTIGAÇÃO IMEDIATA
Introduzir o swab estéril pela narina, paralelamente ao palato
superior, buscando atingir o orifício posterior das fossas nasais,
evitando tocar o swab na mucosa da narina.
Ao sentir o obstáculo da parede posterior da nasofaringe (neste
momento o paciente lacrimeja) girar o swab por alguns segundos. Retirar o swab evitando tocá-lo na mucosa da narina.
PREE NCH IMENTO
DE
FICH A
DE
IN VE ST IG AÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
VACINAÇÃO SELETIVA COM DTP OU
DTP+HiB,
NA
ÁREA DE RESIDÊNCIA, ESCOLA ,
BUSCA ATIVA DE
OUTROS CASOS NA
ÁREA DE RESIDÊNCIA, ESCOLA, CRECHE, TRABALHO
IN VE ST IG AÇÃO
DOS
C O MU NINICANTES
CRECHE
Estriar o swab sobre a superfície inclinada do meio de transporte
(PAI, Stuart, Cary-Blair ou Löeffler).
Tampar o tubo, identificar como swab de nasofaringe, verificanCOLETA DE SECREÇÃO NASO E OROFARÍNGEA E
DE LESõES DE PELE
do se está bem vedado.
Encaminhar a amostra imediatamente ao LACEN em temperatura ambiente.
Swab de orofaringe
Identificar o tubo de meio de transporte (PAI, Stuart, Cary-Blair
VERIFICAR SITUAÇÃO DOS COMUNICANTES E
VACINAR, SE NECESSÁRIO
ou Löeffler) com o nome completo do paciente e a inicial do nome da amostra biológica que foi coletada.
Abaixar a língua do paciente com o auxílio de uma espátula ou
abaixador de língua.
REALIZAR QUIMIOPROFIIAXIA DOS COMUNICANTES
REFERÊNCIA: BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de Vigilância em Saúde, 1º Ed. atualizada, Brasília, 2016.
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Boa Vista – RR CEP: 69.305-080 E-mail: [email protected] e [email protected]
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