file

Propaganda
Revista do Hospital
São Vicente de Paulo
Ano 3 • Número 10 • Maio/Jun 2013
CENTRO
AVANÇADO
DE ORTOPEDIA
Atendimento
completo e
especializado
Alzheimer
Saiba como manter
o cérebro em forma
SAÚDE NO
TRABALHO
Dicas para lidar
melhor com o
estresse profissional
Informativo Oficial do Hospital São Vicente de Paulo
A VOZ DA ENFERMAGEM
NO RIO DE JANEIRO
MAIS DO QUE
PROFISSÃO: DEVOÇÃO
Com o esforço e a dedicação da Diretoria Médica, do Conselho Administrativo e dos colaboradores, o HSVP está mantendo o foco na reestruturação de todos os seus serviços, baseando-se no conceito dos Centros Avançados. Esse novo
modelo aprimora ainda mais o atendimento ao paciente, da chegada à Emergência até a sua recuperação total, tendo à
disposição equipes médicas especializadas, tecnologia de ponta e toda a infraestrutura - de Serviço de Radiologia, Centro
Cirúrgico, CTI e Unidade Pós-operatória - característica de um bom hospital geral. Em março, o HSVP deu continuidade
a esse compromisso e inaugurou o Centro Avançado de Ortopedia, sob a coordenação do médico Ilídio Pinheiro e de
seu amplo “time” de especialistas.
Além do serviço diferenciado dos centros avançados, o HSVP comemora outra conquista: o estreitamento da parceria
com a Operadora Bradesco Saúde, o que nos torna um dos hospitais cariocas referenciais para a realização de procedimentos de hemodinâmica. Nosso hospital, que já figurava como referência para a seguradora em cirurgias de coluna e
ortopedia, recebe mais esse reconhecimento externo sobre a excelência de nossa equipe médica e infraestrutura.
Em maio, comemora-se o Dia da Enfermagem. Por isso, dedicamos um bom espaço a esses profissionais que representam um importante pilar da assistência hospitalar e do cuidado humanizado ao paciente. Na coluna PERSONALIDADE,
Pedro Jesus, presidente do Coren-RJ, fala sobre desafios e projetos para ampliar a capacitação e qualificação da Enfermagem no Rio de Janeiro e no Brasil. Em uma homenagem extensiva a todas as enfermeiras deste hospital, nossa coluna
ENTREVISTA mostra a trajetória de vida de Ir. Ercília e Ir. Custódia, enfermeiras do HSVP, que se encontraram na devoção
à religião e à Enfermagem.
Também nesta edição, você confere novidades sobre a Jornada Mundial da Juventude e conhece algumas das voluntárias
do HSVP que participarão desse importante evento.
Boa leitura!
Ir. Marinete Tibério - CEO do HSVP
SUMÁRIO
3
Trabalho e saúde
4,5
Com a cuca fresca e o cérebro em forma
6,7
HSVP se mobiliza pela Jornada Mundial da Juventude
8,9
Capa - Inauguração do Centro Avançado de Ortopedia
10,11
Artroplastia no joelho
12,13
Entrevista - Irmã Custódia e Irmã Ercília
14,15
Qualidade - Medicamento na dose certa
16,17
Parceria - HSVP é referência em procedimentos de hemodinâmica 18
Aconteceu
19
Personalidade - A voz da enfermagem no Rio de Janeiro
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 2
EXPEDIENTE
Hospital São Vicente de Paulo - Rua Dr. Satamini, 333 Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: 21 2563-2121.
FUNDADO EM 1930 pelas Filhas da Caridade de São Vicente de
Paulo.
Diretoria Médica: Eliane Castelo Branco (CRM: 52 28752-5).
Conselho Administrativo: Ir. Marinete Tiberio, Ir. Custódia
Gomes de Queiroz, Ir. Maria das Dores da Silva e Ir. Ercília de Jesus
Bendine.
Conselho Editorial: Irmã Custódia Gomes de Queiroz Diretora de Enfermagem; Irmã Ercília de Jesus Bendine - Diretora
da Qualidade; Eliane Castelo Branco - Diretora Médica; Irmã
Marinete Tibério - CEO do HSVP; Martha Lima - Gerente de
Hospitalidade; Olga Oliveira - Gerente de Suprimentos; Vanderlei
Timbó - Coordenador de Qualidade.
Edição: Simone Beja.
TEXTOS: Antonio Marinho, Andrea Mazilão,
Carolina Laert e Marcelo Egypto
DIAGRAMAÇÃO: Jairo Alt
APOIO EDITORIAL: Ana Paula Gama e Wilson Agostinho.
Impressão: Arte Criação
Com projetos como o Coren Itinerante, o presidente do
Conselho Regional de Enfermagem do RJ, Pedro de Jesus,
promove a valorização e a capacitação da classe
Pedro de Jesus Silva, presidente do Coren-RJ
“O
Coren-RJ não pode parar!” Disparando o jargão que incentiva a luta
da classe por melhores condições de
trabalho e capacitação profissional, o atual presidente do Conselho Regional de Enfermagem do
Rio de Janeiro (Coren-RJ), Pedro de Jesus Silva,
comemora seu primeiro ano à frente da entidade,
da qual participa desde 2008. No mês de homenagens à Enfermagem, ele é o convidado da
coluna PERSONALIDADE. Com 20 anos de profissão e uma trajetória profissional de militância
pelo progresso da categoria, Pedro de Jesus faz
um resumo, na entrevista a seguir, dos principais
projetos desenvolvidos e desafios enfrentados.
Revista HSVP: Quais são as principais bandeiras defendidas pelo Coren em prol da melhoria da profissão de Enfermagem?
Pedro de Jesus: Capacitar os nossos profissionais, já que lidamos com vidas. Desde o ano
passado, criamos o Capacita Coren, que oferece
cursos gratuitos de capacitação em todo o estado
do Rio, por meio de um convênio com secretarias
de saúde, universidades e escolas técnicas. Além
disso, buscamos normatizar e realizar uma fiscalização constante sobre o exercício da profissão.
Revista HSVP: Que projetos de capacitação
estão sendo implementadas pelo conselho?
PJ: O conselho hoje conta com o projeto Coren
Itinerante, que visa auxiliar, capacitar e esclarecer
a classe em diferentes cidades do estado do Rio
de Janeiro. O projeto é aberto para enfermeiros,
auxiliares, técnicos e estudantes do último ano de
Enfermagem. Temos outros subprojetos dentro
do Coren Itinerante, como o Capacita Coren e
o Boas-Vindas, que levam ao futuro profissional
informnação e orientação sobre as dúvidas mais
recorrentes na área. Aos poucos, estamos resgatando o valor da nossa profissão após anos de
descaso.
Revista HSVP: Como o senhor analisa a qualidade dos cursos de formação de enfermeiros,
no Brasil, em diferentes níveis de atividade?
PJ: Hoje, a educação no Brasil sofre várias avaliações sobre quantidade, qualidade e resultados.
Algumas escolas veem a educação como um comércio de ensino e abrem de forma irresponsável
instituições, sem oferecer campos de estágio. Há
precariedade também no momento da prática
profissional. A Enfermagem exige prática, que
tem que ser realizada em defesa do paciente e
da melhor assistência. A habilidade manual não
pode ser realizada apenas uma vez por semana.
Revista HSVP: Quais foram os principais desafios nesse primeiro ano de mandato no
Coren?
PJ: O principal desafio foi mostrar à sociedade e
aos próprios profissionais que a Enfermagem mudou. Muitos, infelizmente, não conhecem ainda
seus direitos e deveres e as bandeiras levantadas
pelo Coren. Existem pessoas que chegam aqui e
reivindicam os pisos salariais. Mas o conselho é
um órgão público e federal, que realiza a fiscalização do exercício da profissão e existe para auxiliar e ajudar os profissionais de Enfermagem em
sua prática diária.
Revista HSVP: No mês em que se homenageia
à Enfermagem, que mensagem o senhor gostaria de deixar, como representante do Coren?
PJ: Minha mensagem para os profissionais de
Enfermagem é esperança. Temos que manter a
cabeça erguida, buscar capacitação e ir atrás da
valorização da nossa profissão. Devemos exigir
um ensino melhor e correr atrás do espaço que
perdemos, não só na sociedade, mas no ambiente hospitalar. E, o mais importante, nos orgulhar
da nossa profissão. Um hospital não existe sem
enfermeiros. Nós damos assistência ao paciente
24h e temos que amar a profissão e lutar por ela.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 3
Trabalho e Saúde
Especialistas ensinam a lidar melhor com os
desafios do ambiente profissional
D
ados da Organização Internacional do lha. Sob estresse, o trabalho desanda e o corpo
Trabalho (OIT) indicam que o estresse crô- sofre. Estresse só faz bem em determinadas situnico custa às empresas americanas US$ ações, como quando a pessoa precisa enfrentar
200 bilhões por ano. Essa conta é o resultado de um perigo e a vida está em risco. Nessas horas,
prejuízos com faltas ao trabalho, queda de pro- o organismo se prepara para lutar ou fugir. A resdutividade e despesas com tratamentos médicos, piração fica profunda, os brônquios e as pupilas
entre outros gastos. E um ambiente de trabalho se dilatam, mais glicose chega aos músculos para
inadequado é uma das
aumentar a energia, e há
principais causas de danos “É preciso reservar algum a liberação de hormônios
à saúde física e mental.
momento do dia, mesmo com efeitos analgésicos
Mas como é possível evitar
e anti-inflamatórios. Tudo
que por meia hora, para
isso? Usar equipamentos,
bem se isso ocorre de forma
relaxar, sair, conversar
ferramentas e mobiliário
isolada, dizem médicos. O
com os amigos ou fazer problema é quando a anapropriados ao trabalho,
ter um tempinho para la- algo DE que você gosta” siedade e o estresse se torzer ou atividade prazerosa,
nam uma constante. Quanpraticar exercícios físicos e mentais, ter alimenta- do isso ocorre, os hormônios cortisol e adrenalina
ção saudável, atitudes positivas diante dos prosão liberados continuamente pelas glândulas
blemas, investir nos relacionamentos sociais,
suprarrenais, o que pode causar estreitamento
viajar e desenvolver a espiritualidade
de artérias importantes no coração e no céresão algumas das medidas indicadas
bro, aumentando o risco de infarto e acidenpara enfrentar o estresse no trabalho,
te vascular encefálico (derrame).
ensinam especialistas.
Quando o corpo paga a conta
E vale a pena tentar
adotar essa cartiEm um ambiente de trabalho insatisfatório, o corpo “paga a conta”
com sintomas de irritabilidade e depressão - doença que pode levar ao
abuso de medicamentos, álcool
e outras drogas -, queda da
imunidade, aumento ou piora da pressão arterial, insônia,
redução do desejo sexual e aumento do apetite, contribuindo
para um ganho de peso corporal. “O indivíduo precisa reconhecer os próprios limites. O que
é estressante para mim pode não
ser para o outro. Muitas das quei-
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 4
xas de lesão por esforço pepetitvo (LER), distúrbio
osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT),
dores de coluna, doenças gástricas, depressão,
síndrome de Burnout (distúrbio psíquico depressivo, precedido de esgotamento físico e mental
intenso), entre outras, têm relação com um ambiente inadequado de trabalho”, diz a médica
Juliana Faria Lírio, do Serviço de Medicina do
Trabalho do HSVP.
Receita de saúde
Com três filhos e grávida do quarto, casada e tendo que se desdobrar para dar conta de
sua tripla jornada, Juliana lida diariamente com
o estresse, mas não se deixa abater por ele. “É
preciso reservar algum momento do dia, mesmo
que por meia hora, para relaxar, sair, conversar
com os amigos ou fazer algo de que você gosta”,
ensina Juliana.
Ana Lúcia Tinoco, de 53 anos, segue essa recomendação. Ela trabalha há 25 anos no HSVP,
sendo nove anos na Ouvidoria, onde atende a
pacientes e familiares com as mais diferentes
questões; algumas de difícil solução. São, pelo
menos, 800 atendimentos por trimestre no setor,
em uma rotina estafante. Para aliviar essa tensão,
Ana ensaia duas vezes por semana com o coral
do HSVP e se apresenta com o grupo em diversas instituições da cidade. Desde que passou a
cantar, sua qualidade de vida melhorou: “Cantar
alivia o estresse e me deixa mais motivada para
o trabalho. No coral, tenho a oportunidade de
fazer novos amigos e desenvolver o meu lado
espiritual e de estar mais perto de Deus.
Agora quero retornar aos exercícios de pilates e aprender dança de salão”, conta.
O ideal, afirma
Juliana, é trabalhar em um ambiente motivador,
onde há perspectivas de crescimento e o seu
trabalho é reconhecido, com lideranças participativas. “Mas nem sempre isso é possível; então, é
preciso se preparar para lidar com as pressões“,
comenta. Nesse sentido, as empresas podem ajudar, criando espaços de convivência, formando
equipes de futebol, coral, oferecendo sala para
leitura, relaxamento e prática de atividade física,
mesmo que por uma horinha do dia, sugere ainda.
E cuide de sua alimentação. O estresse por si só já
estreita os vasos. Portanto, pratique exercícios e evite
comidas gordurosas e salgadas, além do abuso de
substâncias estimulantes, como cafeína.
Dra. Juliana Lírio
médica do trabalho,
e Cecília Calabaide,
pscicóloga
Emocionalmente forte
É fundamental se fortalecer emocionalmente. “Reserve momentos no seu cotidiano lendo um bom livro ou ouvindo músicas
agradáveis para criar a sensação de paz e
tranquilidade. Não negligencie sintomas de
ansiedade, irritação e tristeza”, diz a psicóloga Cecília Calabaide, do HSVP. “Quando
esses sinais aparecerem, é hora de buscar
ajuda. Jamais faça automedicação.”
Cecília explica que a reação ao estresse
apresenta sintomas mais intensos em uma
pessoa do que em outra, dependendo de
fatores como a capacidade de adaptação,
a chamada resiliência. Diante de um obstáculo, procure soluções adequadas. “A administração eficaz do tempo é uma das chaves
para combater o estresse. É essencial fazer
um planejamento das atividades do dia:
estabelecer prioridades, objetivos e ações,
reservando um tempo para imprevistos.
Sempre que possível, resolva de imediato
urgências e organize melhor o seu tempo“,
comenta Cecília.
Marcus Porto, o engenheiro de segurança do trabalho do HSVP, reforça essa recomendação: “Tente diminuir o seu ritmo de
trabalho, cumprindo apenas a jornada normal, e organize suas tarefas em prioridades.
Quando organizamos nosso tempo e decidimos o que realmente importa, fazemos
nosso trabalho de forma planejada e com
grande probabilidade de sucesso, o que evita de alguma forma o estresse ocupacional
ou profissional”, diz Marcus.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 5
Daniel Campinho Schachter, neurologista
do Hospital São Vicente de Paulo.
Com a cuca fresca
e o cérebro em forma
N
o Brasil, estima-se em 1,2 milhão o número de pessoas com mal de Alzheimer,
uma forma grave de demência que geralmente atinge pessoas na terceira idade. E novos
estudos apontam que essa deterioração mental
dá sinais muito mais cedo do que se pensava.
Então a saída é fortalecer o cérebro. Mas como
fazer isso? É possível manter nossos neurônios em
forma e aumentar a capacidade de memória e
aprendizado por toda a vida? Médicos dizem que
sim. E não é difícil: ter alimentação balanceada,
dormir as horas necessárias, não fumar, reduzir
ao máximo o consumo de álcool; tratar a hipertensão, o diabetes, a aterosclerose, a depressão,
a ansiedade e o estresse crônico; praticar exercícios físicos e mentais (como leitura e aprendizado
de línguas) e participar de atividades sociais com
diferentes grupos etários são os ingredientes da
fórmula de um cérebro saudável, ensina Daniel
Campinho Schachter, neurologista do HSVP. Essas
ações ativam as conexões entre as células nervosas, preservando a saúde mental e potencialmente retardando doenças neurológicas incapacitantes, como o Alzheimer.
Na fórmula do cérebro saudável, a prática de
exercícios físicos é um poderoso ingrediente.
Cientistas já comprovaram que a prática de atividades aeróbicas (como caminhada, dança, natação, corrida e andar de bicicleta), pelo menos, 30
minutos, três vezes por semana, melhora a cognição, a capacidade de atenção, a percepção, a
memória, o raciocínio, o juízo, a imaginação, o
pensamento e a linguagem. Uma explicação é
que o exercício ativa a circulação, e as endorfinas
liberadas durante o exercício aumentam a concentração, resultando em um cérebro nutrido e
alerta. Um estudo americano mostrou que as pessoas fisicamente mais ativas têm um risco 90%
menor de desenvolver declínios cognitivos, em
comparação com sedentários. E cientistas acredi-
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 6
tam que os benefícios dos exercícios para manutenção da capacidade mental ocorrem mesmo
quando se inicia a prática de atividade física tardiamente. Até nos casos em que sinais de demência já se manifestam, o exercício faz bem.
“A atividade física é excelente para prevenir a
demência de origem vascular, isto é, a demência
causada pela má oxigenação do cérebro. Em
pessoas fisicamente e mentalmente ativas que sofrem de demência, os sintomas tendem a ser mais
brandos, pelo menos nos primeiros anos”, diz
Schachter.
Ele lembra que o fumo é um dos piores inimigos do cérebro. Estudos confirmam que o tabagismo é extremamente deletério aos neurônios e
aumenta o risco de isquemias cerebrais, alerta
Schachter. “Da mesma forma, a obesidade e a
aterosclerose elevam o risco de isquemias silenciosas (má irrigação dos vasos) e acidente vascular encefálico (derrame), que também contribuem
para o aparecimento de demências em idade
mais avançada”, reforça o médico do HSVP.
Alimentação saudável protege o
cérebro
Por isso, o cuidado com a alimentação é essencial, e ele deve começar desde cedo. Evitar
gorduras saturadas, frituras e alimentos industrializados, fazendo dieta rica em grãos integrais, frutas, legumes e verduras, além de gorduras saudáveis (azeite de oliva, óleos de canola, linhaça e
girassol, coco, nozes e abacate, entre outros alimentos) e proteínas de boa qualidade, como peixes de águas frias (salmão, cavala e sardinha),
ricos em nutrientes como ácidos graxos ômega 3,
e minerais antioxidantes, que agem contra o envelhecimento precoce e a inflamação das células,
é uma boa forma de proteger o cérebro.
Um estudo que está sendo realizado na USP
sugere que consumir casca de romã ajudaria a
prevenir e a tratar o mal de
ra e o aprendizado de noAlzheimer. Como o sabor
vas línguas, que estimulam
“a obesidade e a
da casca não agrada ao
o raciocínio e a criatividaaterosclerose elevam
paladar, pesquisadores da
de, mantêm a capacidade
o risco de isquemias
USP desenvolveram microcognitiva. E tente levar uma
silenciosas (má
cápsulas contendo extrato
vida com menos estresse.
de casca de romã que poEm excesso, ele estimula as
irrigação dos vasos)
dem ser diluídas em sucos.
glândulas suprarrenais a
e acidente vascular
Maressa Morzella, engeproduzirem hormônios corencefálico (derrame),
nheira de alimentos e uma
ticoides que atingem o núque também contribuem
das líderes do estudo, diz
cleo da amígdala cerebral,
para o aparecimento de
que a casca da romã tem
estrutura que tem papel
grande quantidade de
importante na memória, didemências em idade mais
substâncias antioxidantes
zem os cientistas. “Por fim,
avançada”
flavonoides que impedem
não negligencie o papel do
a ação de moléculas chaestresse nas falhas de memadas de radicais livres e evitam a morte de neu- mória e depressão”, diz Schachter.
rônios. Por enquanto, as microcápsulas de romã
são usadas apenas em testes de laboratório e os Um mal lento e silencioso
cientistas querem saber quais dos compostos preA doença de Alzheimer avança aos poucos.
sentes na casca são mais eficazes contra o Alzhei- Primeiro, ela afeta as partes do cérebro que conmer. Essa investigação é um exemplo de que investir trolam o pensamento, a memória e a linguagem.
em alimentação balanceada é uma das ações mais Os pacientes podem ter dificuldades para lemimportantes para ter o cérebro saudável.
brar fatos ocorridos recentemente ou os nomes
Manter uma vida social ativa é outra medida das pessoas conhecidas. Com o tempo, os sintopreventiva. “Pessoas que levam uma vida mais mas pioram: o doente não reconhece seus famireclusa e passam a maior parte do tempo apenas liares e tem dificuldade para falar, ler e escrever.
fazendo atividades repetitivas, estatisticamente, Pode até mesmo se esquecer de como se escoestão entre os indivíduos que mais sofrem de de- vam os dentes e se penteia o cabelo. Às vezes,
mência, comenta o neurologista”. Portanto, vale torna-se ansioso e agressivo e passa a necessitar
a pena manter o cérebro ocupado, inclusive com de cuidados em tempo integral. Os medicameneventos sociais, e em constante exercício. Falta de tos atuais apenas atrasam o aparecimento e a
tempo não é desculpa. Mesmo
piora de sintomas. Para ter uma ideia do custo
simples tarefas de casa e ativicom o Alzheimer e outras formas de demência, só
dades de lazer, como a leitunos Estados Unidos essas despesas diretas e indiretas somam US$ 215 milhões ao ano. E o número
de doentes no país deve triplicar até 2050.
Hoje o foco dos cientistas é a pesquisa
genética com o objetivo de intervir antes
que a doença se manifeste. Novos estudos mostram que as bases de genéticas do
mal variam entre diversas populações. Por
exemplo, os afro-americanos têm taxas muito
mais altas de incidência de Alzheimer na terceira
idade do que os brancos, segundo pesquisas realizadas com essas populações. E, provavelmente, o tratamento terá que ser diferente para
cada grupo étnico, afirma a pesquisadora Christiane Reitz, do Centro Médico da Universidade
de Columbia, em artigo no jornal da Associação
Médica Americana (JAMA).
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 7
HSVP SE MOBILIZA PELA JORNADA
MUNDIAL DA JUVENTUDE 2013
F
oi durante a última visita ao Brasil do então
Papa Bento XVI, em maio de 2007, que a
cidade do Rio de Janeiro recebeu a missão
de sediar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ)
de 2013. Desde então, todo o país tem se mobilizado para receber, pela primeira vez, o maior
encontro de jovens católicos do mundo. Nesses
seis anos de preparação para o evento, um fato
curioso vem sendo observado: o forte engajamento voluntário em todas as muitas etapas da
organização, vindo, principalmente, dos mais jovens. Como formiguinhas, os
jovens católicos têm sido
peças fundamentais em
cada detalhe da jornada. São pessoas
que, religiosas ou
não, têm mostrado
que, apesar da pouca idade, já sabem
trabalhar em grupo.
E se revelam um belo
exemplo de união e
voluntariado.
A primeira Jornada
Mundial da Juventude
aconteceu em Roma no
ano de 1986. A ideia de criar
uma jornada com esse mote
surgiu dois anos antes, em 1984.
Na ocasião, o Papa João Paulo II
aproveitou que a comunidade católica
vivia o Ano Santo da Redenção para se aproximar
dos jovens que participavam do Encontro Internacional da Juventude. A Cruz Sagrada, entregue
aos jovens pelo pontífice naquele ano se tornou
um dos principais símbolos da JMJ. De lá para
cá, as jornadas vêm acontecendo cada dois ou
três anos, sempre com a presença da autoridade
máxima da Igreja Católica, o Papa.
A edição de 2013 será realizada entre os
dias 23 e 28 de julho e será um megaevento.
Para se ter ideia, na sua última edição, sediada
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 8
na cidade de Madri, em 2011, foram registrados, pelo menos, 2 milhões de pessoas vindas de
193 países. Agora, a expectativa é ultrapassar a
marca alcançada na Espanha. Por isso, toda ajuda no setor de hospedagem é bem-vinda. Aline
Barbosa Almeida, 26, coordenadora da Pastoral
da Juventude na Arquidiocese do Rio de Janeiro
e atuante como assistente fiscal no HSVP, explica
como é feito esse trabalho: “Como a cidade vai
receber peregrinos de todos os estados e ainda
do exterior, foi montado um esquema de acolhimento voluntário para atender à demanda, já
que todos os hotéis e pousadas do Rio estarão
praticamente lotados.”
As famílias que têm interesse em hospedar os
visitantes devem encaminhar sua disponibilidade ao pároco mais próximo de
sua residência, que,
por sua vez, reencaminha esses dados à
Arquidiocese. “Todo o
trabalho, desde a catalogação até a triagem
e análise da compatibilidade de perfil entre as famílias
e os jovens, é feito pela comissão
de hospedagem da Jornada Mundial da
Juventude.”, detalha Aline. Ela conta, ainda,
que também faz parte do trabalho da comissão
garantir a segurança tanto de quem hospeda
quanto de quem é hospedado. “Toda a documentação dos envolvidos é cadastrada e supervisionada pela Polícia Federal”, explica a jovem.
Apesar da pouca idade, Ir. Emanuele Alcântara, 30 anos, coordena um grupo chamado
Juventude Mariana Vicentina, composto por 15
jovens, no Santuário da Medalha Milagrosa, situado dentro da Associação São Vicente de Paulo
(ASVP). Com ela, há também outro grupo de 15
irmãs junioristas (que estão na vida religiosa há
menos de 10 anos), porém situadas e atuantes
em outros estados. A principal missão desses dois
grupos, dentro da Jornada Mundial da Juventude, é dar suporte a peregrinos estrangeiros. “A
Igreja da Medalha Milagrosa, que também abriga o HSVP, será palco para encontros e debates.
Temos como missão apoiar os visitantes de língua
estrangeira e ajudá-los a superar as barreiras linguísticas durante sua estada em nossa cidade”,
conta. A religiosa explica que a ASVP também vai
colaborar com hospedagens, disponibilizando
leitos dentro das casas das irmãs da associação.
“Estamos confiantes em que esse evento será um
sucesso e estamos trabalhando juntos nessa causa”, completa.
Mobilização virtual e legados
Um evento de jovens feito pelos próprios jovens. Se antes o boca a boca e a divulgação da
própria Igreja Católica já garantiam multidões,
hoje as coisas são diferentes. No cenário atual,
a religião não está mais tão presente na vida dos
mais novos como esteve nas décadas passadas.
Pensando nisso, a organização da JMJ está investindo em uma comunicação direta com o seu
público-alvo: através das redes sociais. Com um
portal interativo e perfis no Facebook, Twitter,
Youtube, Google +, entre outras, os jovens organizadores disponibilizam todas as informações
sobre o evento. “As redes sociais têm se mostrado
um excelente canal de comunicação com nossos
jovens, já que levam as informações de forma rápida e eficaz”, pontua Aline Almeida.
Eventos de grande porte costumam deixar
frutos. Além dos já previstos legados estruturais,
Ir. Emanuele Alcântara [à esquerda] e Aline Almeida [à direita]:
voluntárias animadas na missão de ajudar a JMJ
que são as melhorias realizadas pelo governo em
pontos estratégicos, há também os legados sociais. “Estes são o que de melhor um evento como
esse pode deixar à população. Esperamos que a
JMJ melhore a percepção dos jovens brasileiros
acerca da importância da religião em suas vidas”,
finaliza Ir. Emanuele.
Após a primeira JMJ – que foi
diocesana –, seguiram-se
os encontros mundiais:
Buenos Aires (Argentina – 1987) – com
a participação de 1 milhão de jovens;
Santiago de Compostela (Espanha
– 1989) – 600 mil;
Czestochowa (Polônia – 1991)
– 1,5 milhão;
Denver (Estados Unidos
– 1993) – 500 mil;
Manila (Filipinas – 1995)
– 4 milhões;
Paris (França -1997)
– 1 milhão;
Roma (Itália – 2000)
– 2 milhões
Toronto (Canadá – 2002)
– 800 mil;
Colônia (Alemanha – 2005)
– 1 milhão;
Sidney (Austrália – 2008)
– 500 mil;
Madri (Espanha – 2011)
– 2 milhões.
Informações: http://www.rio2013.com/pt//
HSVP inaugura seu Centro
Avançado de Ortopedia
Parte do staff médico
do Centro Avançado
de Ortopedia do HSVP.
A frente: Dr. Alfredo
Villardi (esquerda) e Dr.
Ilídio Pinheiro (direita).
Paciente receberá atendimento especializado, da
chegada à Emergência até a recuperação total
A estrutura de um hospital geral
A
inauguração oficial foi em 4 de fevereiro,
mas os preparativos para esse dia começaram há mais de dois anos. Desde que a
direção do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP)
investiu no estudo das vocações médicas, sob
consultoria da Deloitte ainda no ano de 2010,
os esforços da instituição se voltaram à especialização nos serviços prestados. Com a medida,
o HSVP conseguiu identificar as principais especialidades-foco de acordo com a missão do
hospital e com as necessidades médicas da cidade, em especial as da região da Grande Tijuca.
Os primeiros serviços lançados dentro da nova
orientação foram o Centro Avançado de Oftalmologia e o Centro de Diagnóstico por Imagem,
em abril de 2012.
Seguindo esse modelo, o Serviço de Ortopedia, que há mais de 30 anos já era considerado
uma referência dentro do hospital, recebeu novos
investimentos e ficou ainda mais completo. “Essa
linha dos núcleos especializados que adotamos
tem sido muito bem encarada pelos pacientes,
que passam a contar com uma infraestrutura
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 10
mais confortável, uma grade maior de horários
de atendimento e equipes médicas especializadas”, explica a diretora executiva do HSVP, Ir. Marinete Tibério.
Diferenciais do novo centro
Pacientes que sofreram quedas, fraturas, lesões ou, ainda que estão com dores agudas encontram no Centro Avançado de Ortopedia do
HSVP um serviço de Emergência em Traumas
aberto 24h. A partir desse atendimento, se houver indicação, podem realizar consultas, exames
diagnósticos e até cirurgias de alta complexidade,
tudo sem sair do hospital. “Conseguimos aliar a
infraestrutura de um hospital geral à alta tecnologia e ao o comprometimento de uma equipe sólida e experiente nesse novo centro. Isso nos confere
credenciais para sermos uma referência ortopédica não apenas na região da Grande Tijuca, mas
em toda a cidade do Rio de Janeiro”, detalha o
coordenador geral do centro, Dr. Ilídio Pinheiro.
O especialista, que faz parte do corpo clínico
do HSVP desde sua inauguração em 1980, destaca ainda que houve um cuidado da direção em
agregar à equipe ortopédica profissionais extremamente atualizados e preparados para assumir
os desafios do novo centro. “Como ampliamos
nosso atendimento, que agora funciona ininterruptamente e com capacidade para receber mais
casos de emergência e de alta gravidade, precisávamos de especialistas comprometidos com a
seriedade do nosso trabalho. Hoje nossos clientes
podem contar – a qualquer dia e hora – com o
apoio de ortopedistas renomados nas áreas de joelho, coluna, quadril, ombro, mão, pé e traumas
esportivos”, destaca Pinheiro.
Com foco nas cirurgias de alta complexidade,
como as reconstruções de quadril e joelho, o
Centro Avançado de Ortopedia do HSVP conta
com um centro cirúrgico moderno e interligado
com as unidades de tratamento intensivo (UTI) e
de pós-operatório (UPO). Além de uma estrutura
física completa, esse tipo de procedimento também requer o apoio de uma equipe multidisciplinar
composta por cardiologistas, intensivistas e neurologistas, por exemplo.
O ortopedista Alfredo Villardi, especialista em
Medicina do Exercício e do Esporte, explica que o
novo centro também está apto a receber, diagnosticar e tratar todos os tipos de lesão relacionados à prática esportiva seja ela profissional ou
não. “As intercorrências ortopédicas nos atletas
requerem tratamento e acompanhamento específicos, já que os movimentos repetitivos, que são
comuns a todas as modalidades atléticas, podem
ocasionar desgastes e lesões estruturais severos”,
detalha o ortopedista, que também é especializado em cirurgias de joelho.
Investimentos, desafios e expectativas
O HSVP está em contínuo processo de investimento para implantar com êxito as vocações médicas que vêm sendo identificadas. A reestruturação do Centro Avançado de Ortopedia, por
exemplo, fez parte do lote de investimentos da
ordem de R$ 3 milhões, dispensados no ano de
2012. O montante foi destinado basicamente à
aquisição de aparelhagem e equipamentos de
ponta, obras pontuais de infraestrutura, tecnologia em softwares e melhorias de equipamentos
hospitalares.
Os desafios do Centro Avançado de Ortopedia são grandes e os números já mostram
que o HSVP está no caminho certo. Apenas no
primeiro mês de funcionamento do novo centro,
em fevereiro e março, houve um aumento de 30%
no número de atendimentos. “Esses resultados
observados em tão pouco tempo já nos mostram
que todo o trabalho dedicado à obra está valendo à pena”, comemora Pinheiro. As expectativas
da direção e da equipe são para que o número
total de atendimentos anuais prestados na ortopedia cresça de 10 mil para 20 mil no período de
12 meses, o que representaria uma alta de 100%.
Para este ano, a direção liberou uma verba
aproximada de R$ 4,5 milhões, que serão empregados na modernização do centro cirúrgico
geral e na construção de um novo centro de
tratamento intensivo (CTI), que contará com
mais 20 novos leitos. Esses recursos também
serão destinados à implantação do novo Instituto Intensivo de Cardiologia. “Estamos trabalhando para garantir a permanência do HSVP
no hall das melhores instituições médicas do
estado do Rio de Janeiro”, finaliza a CEO Ir.
Marinete Tibério.
Exames de Imagem
O Centro Avançado de Ortopedia tem o
suporte do Centro de Diagnóstico por Imagem, que reúne os mais modernos equipamentos para a realização de diagnósticos e
tratamentos de lesões ortopédicas, incluindo
tomografia computadorizada, ressonância
magnética, raios-X digital, ultrassonografia e
medicina nuclear.
O HSVP também conta com o sistema
PACS (Picture Archiving and Communication
System), que permite a visualização rápida
dos exames de qualquer setor que disponha
de um computador ligado à rede, seja na
emergência, ambulatório ou centro cirúrgico.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 11
Artroplastia
Total de Joelho
Conheça a história do Sr. José, que aos 73 anos recuperou a
autonomia perdida com a artrose e hoje faz dança e capoeira
em apenas 3 anos. A artrose primária, por desgaste natural, costuma surgir mais cedo nos homens e, nas mulheres, os riscos aumentam após a
menopausa. No entanto, o especialista alerta que
outros fatores também podem levar ao problema,
até mesmo entre as pessoas mais jovens, como
a obesidade, algumas doenças inflamatórias, sequelas de traumas causados por acidentes e os
movimentos repetitivos, como os realizados por
atletas, dançarinos e operários, por exemplo.
Um problema que tende a crescer
Q
uem vê o Sr. José Faria hoje, praticando com desenvoltura suas grandes
paixões, que são a dança e a capoeira, não consegue imaginar como ele estava há
apenas 10 meses. Aos 73 anos de idade, o pedreiro aposentado estava com os movimentos do
joelho esquerdo comprometidos e não conseguia
sequer fazer uma simples caminhada. Ele tinha
uma artrose, que danificou gradualmente as articulações da região. Com o passar do tempo, as
dores, que antes eram esparsas e um pouco incômodas, agravaram-se até se tornarem frequentes
e incapacitantes. Perguntado como se sente hoje,
após a cirurgia, a resposta vem com um sorriso
largo: “Não recuperei apenas a força nas minhas
pernas. Consegui de volta a minha autonomia e
a vontade de viver.”
O que mudou a vida do Sr. José foi um procedimento que não é novo, mas que foi sendo
aprimorado com êxito nos últimos
anos: a artroplastia total de joelho. Alfredo Villardi, ortopedista
que coordenou a cirurgia no
Hospital São Vicente de Paulo, explica o caso. “Nossa
equipe já acompanhava
o quadro do Sr. José
havia algum tempo.
Inicialmente, prescrevemos o tratamento
conservador,
que
produziu melhora
pouco significativa. A decisão de
indicar a cirurgia veio após
c o n s t a t a rmos que a
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 12
chance de o paciente recuperar seus movimentos
e se livrar das dores extremas seria com a cirurgia”, comenta.
A artroplastia total de joelho é uma cirurgia de
alta complexidade, por isso só deve ser realizada
em um hospital que disponha de UTI ou unidade pós-operatória e centro cirúrgico devidamente
equipado. No Hospital São Vicente de Paulo, o Sr.
José contou ainda com uma equipe multidisciplinar que o acompanhou do pré ao pós-operatório, que incluiu cardiologistas, geriatras e ortopedistas, entre outros. Apesar da complexidade da
cirurgia, que reconstruiu o joelho esquerdo, a sua
recuperação foi um sucesso, como para a grande
maioria dos pacientes. “O Sr. José saiu da UTI no
1° dia após o procedimento e, no 5° dia, recebeu
alta médica e já dava seus primeiros passos sem
dor”, comenta o Dr. Villardi.
Artrose: a principal indicação para a
artroplastia total
Assim como o Sr. José, a maior parte dos pacientes com indicação para artroplastia total sofre
de artrose. “O problema, também chamado de
osteoartrose ou osteoartrite, é a degeneração das
cartilagens que recobrem os ossos. A artrose é
mais comum na população da 3° idade, já que
é natural que haja um desgaste nessas estruturas
com o passar dos anos. As regiões mais atingidas
são os joelhos e o quadril, que são as áreas articulares que suportam as maiores cargas”, explica
Villardi.
E o problema não é raro. Dados da Sociedade
Brasileira de Ortopedia e Traumatologia revelam
que atualmente o Brasil tem, pelo menos, 10 milhões de pessoas convivendo com a artrose e esse
número pode ultrapassar os 12,3 milhões até
2015, o que representaria um aumento de 23%
Sr. José em atividade,
10 meses após a
artroplastia total de joelho
Atualmente, segundo dados da Previdência Social, cerca de 17% da população com mais de 45
anos já sofre com a artrose, que chega a alcançar
até 65% das pessoas acima dos 60 anos. Para
se ter ideia, a doença, no ano passado, foi o segundo maior motivo de prorrogação do auxíliodoença, com 10,5%, e a quarta causa das aposentadorias precoces, cerca de 6,2% dos casos.
Se, por um lado, os números da artrose já são
altos no Brasil, que só perde nas estatísticas de
todo o mundo para os Estados Unidos, a tendência, por outro lado, é que esse percentual
continue a crescer. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a população
idosa de todo o planeta vai continuar aumentando e, no Brasil, o número de pessoas acima
de 65 anos deverá ultrapassar o de crianças até
o ano de 2050.
Pré-operatório
O paciente deve passar por uma bateria de exames, solicitados e avaliados por equipe médica
multidisciplinar, a fim de controlar algumas doenças comuns na terceira idade e prepará-lo para a
cirurgia, reduzindo os riscos pós-operatórios.
Pós-operatório
Dr. Alfredo Villardi, cirurgião especialista
em artroplastia de joelho
Entenda como é feita a
artroplastia total de joelho
A indicação para o procedimento só ocorre
quando o ortopedista já tentou tratamentos menos invasivos, ou seja, é o último grau de atuação. A principal indicação para o procedimento
é a dor intensa, que limita as atividades de vida
diária do paciente. Inicialmente, pode-se optar
pelo tratamento conservador, baseado na fisioterapia e mudança de hábitos, como a redução
do peso e atividades físicas de baixo impacto.
A técnica da artroplastia total de joelho consiste
em reconstruir, por meio de componentes metálicos e de polietileno, a articulação degenerada.
Após a cirurgia, o paciente costuma passar em
torno de 24h em uma unidade de tratamento intensivo, para outros cuidados e observação mais
rigorosa, já que o procedimento de reconstrução
é classificado como alta complexidade. Do 2° ao
4° dias após a artroplastia, já é possível fazer o
movimento articular, sentar-se fora do leito, iniciar exercícios fisioterápicos e o treinamento de
marcha. No 5° dia, normalmente, com o paciente já caminhando, mesmo com auxílio, recebe
alta médica.
Resultados esperados
• Melhora significativa no combate à dor;
• Restituição do eixo do membro inferior, ou
seja, a perna fica reta;
• Restabelecimento dos movimentos necessários
para as atividades de vida diária, como sentar-se, andar, subir e descer escadas.
Cuidados
A reconstrução de joelho requer cuidados permanentes. O paciente deverá passar por reabilitação e
por consultas periódicas de rotina com o ortopedista, segundo com a indicação médica.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 13
Uma vida dedicada
à enfermagem
N
oventa anos: esse é o tempo de suas vidas
que, juntas, as Irmãs Custódia Gomes de
Queiroz e Ercília de Jesus Bendine vêm
dedicando ao cuidado com o próximo. As histórias são diferentes, mas o destino uniu essas duas
mulheres que abdicaram de suas vidas pessoais
para abraçar Deus e trabalhar pelos enfermos.
No mês em que se comemora o Dia da Enfermagem e os 380 anos de fundação das Filhas da
Caridade – companhia criada por São Vicente de
Paulo e Luiza de Marilac para cuidar dos doentes
e socorrer as vítimas de guerra –, a Revista do
HSVP traz o exemplo de vida e dedicação de Ir.
Custódia e Ir. Ercília.
A trajetória de ambas não se esbarra somente
nos corredores do Hospital São Vicente de Paulo
(HSVP), mas também na vocação religiosa, dedicação pela profissão e responsabilidade com doentes e familiares que recebem seus cuidados. “A
enfermagem é um ato de amor”: com essa simples frase, as irmãs resumem a importância da
profissão em suas vidas. É esse amor à profissão
que faz com que a Irmã Custódia, aos 71 anos,
50 destinados à enfermagem e à religião, continue, após tanto tempo, doando-se em prol do
próximo. Vinda de Goiás, Centro-Oeste do Brasil,
a enfermeira é um exemplo de comprometimento
com os ideais religiosos e profissionais. Cuidar
sempre foi a sua vocação, assim como a da Irmã
Ercília, que, aos 68 anos, continua se especializando e ainda este ano retoma os estudos e começa
uma pós-graduação em Gestão Hospitalar.
Com 30 anos de HSVP, Irmã Ercília nasceu em
Paraguaçu Paulista, no interior de São Paulo,
onde iniciou seus trabalhos de caridade. Tinha
família grande: seis irmãos e uma irmã e, desde
nova, a religiosidade e a vontade de cuidar já
eram notáveis. “Minha vocação religiosa se manifestou aos 12 anos, mas meu pai era contra por eu ter
pouca idade. Na minha cidade, eu já acompanhava
o trabalho das irmãs vicentinas e estava decidida sobre minhas escolhas. Quando completei a maioridade, me dediquei à religião e à enfermagem. Fiz das
duas opções um único caminho”, conta.
As irmãs afirmam que a religiosidade ajuda a
aproximação com os doentes, o que pode facilitar a aceitação do tratamento e a adesão a ele.
Por outro lado, também traz mais responsabilidade. “Levamos a fé a pacientes que, nem sempre,
estão conformados com sua condição de saúde.
Eles querem respostas e garantias que não podemos dar. Além do trato clínico que nossa profissão nos ensina, o que podemos fazer é confortar
o paciente com as palavras do Evangelho”, diz
Irmã Ercília.
Em muitos momentos, realmente, carinho e
atenção são um “santo remédio”. A história porfissional de Ir. Ercília e Ir. Custódia é marcada por situações gratificantes, conquistadas tanto com gestos muitos
simples quanto com outros de intensa doação. “Certa vez, em uma visita
rotineira, percebi que o pé de uma
paciente estava descoberto e eu
apenas o cobri, para que se
aquecesse. A filha, que a
acompanhava,
tempos
depois, veio até o hospital e me procurou para
agradecer o que tinha
feito pela mãe dela.
Ela se lembrou daAs Irmãs Custódia Gomes
de Queiroz e Ercília de
Jesus Bendine.
“Prego a filosofia de que
por ser meu coração ele
pode chorar, mas meu
rosto é do outro e, por
isso, tenho que estar
sempre sorrindo”
quele pequeno gesto. Com a enfermagem, conseguimos fazer da nossa religião um verdadeiro
sacerdócio”, conta Irmã Custódia.
Quem chega ao HSVP cruza facilmente pelos
corredores com Ir. Ercília e Ir. Custódia, sempre
animadas, com muita disposição e um largo sorriso nos lábios. Equilíbrio emocional e força para
enfrentar as dificuldades inerentes à difícil rotina
hospitalar são características de suas personalidades. “Prego a filosofia de que meu coração
pode chorar, mas meu rosto é do outro e por isso
tenho que estar sempre sorrindo. A gente se envolve com a história de cada paciente, mas sabe
até que ponto pode ir. Mesmo quando me emociono com as situações difíceis, mantenho o sorriso para passar segurança e esperança aos pacientes”, diz Irmã Ercília.
Ao serem questionadas sobre o valor da profissão, as duas são categóricas. “Os profissionais
de enfermagem devem ter consciência de seu valor, para serem mais reconhecidos pelo mercado”, diz Ir. Custódia. “Os hospitais não conseguiriam manter-se sem a enfermagem. É um trabalho
que funciona lado a lado com o dos médicos. Um
profissional depende do trabalho do outro e, por
isso, é muito importante uma boa gestão e equipe
hospitalar para que essa sintonia renda bons frutos
e seja passada aos pacientes”, completa Ir. Ercília.
A busca pela capacitação contínua é um aspecto encarado como essencial por Irmã Ercília.
“Os profissionais da enfermagem devem buscar
se atualizar e se especializar constantemente.
Acompanhar as técnicas, que evoluem rapidamente, é a maneira mais certa de fazer da rotina
um constante aprendizado. Só um profissional
que se mantém atualizado poderá ter certeza de
estar realizando um bom trabalho”, aconselha.
Mesmo com tantas dificuldades, a profissão é
motivo de orgulho para ambas as irmãs. A história dessas enfermeiras mostra que a solidariedade
e o respeito ao próximo devem ser encarados
com seriedade dentro dos ambientes hospitalares
e que profissionais que prezam os valores humanitários agregam qualidades inestimáveis às suas
atuações. Levando o Carisma Vicentino, Ir. Ercília
e Ir. Custódia mostram que ser enfermeira é mais
do que cuidar, é doar-se e agir por amor.
A palavra Enfermeira/o se compõe de
duas palavras do latim: “nutrix” que significa Mãe, e o verbo “nutrire”, que tem como
significados criar e nutrir. Essas duas palavras, adaptadas ao inglês do século XIX,
acabaram se transformando na palavra
NURSE, que, traduzido para o português,
significa Enfermeira.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 15
Medicamento
na dose certa
E
rros na prescrição e no uso de medicamentos em hospitais estão entre as principais
causas de danos à saúde dos pacientes em
todo o mundo. Levantamento feito nos Estados
Unidos indica que falhas na comunicação entre
médicos, enfermagem e farmácia são responsáveis por 50% de todos os erros na administração de fármacos em unidades hospitalares e
por 20% dos eventos adversos causados por medicamentos. Para evitar esses e outros problemas
relacionados ao uso de medicamentos, o HSVP
segue à risca as recomendações do capítulo de
gestão e prescrição de medicamentos, do manual
editado pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação
(CBA), instituição que certifica a qualidade de serviços hospitalares.
O gerenciamento de medicamentos é uma série de processos técnicos para o fornecimento de
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 16
fármacos aos pacientes, explica a chefe do setor
de farmácia do HSVP, Aline Woitowicz. O gerenciamento eficaz garante o abastecimento, a dispensação (liberação), o controle, a rastreabilidade e o uso racional de medicamentos de forma
segura, envolvendo todos os setores do HSVP.
“Um processo inadequado e o uso incorreto de
fármacos acarretam graves prejuízos à segurança
e ao tratamento dos pacientes”, comenta Aline.
Cuidado máximo para evitar falhas
No HSVP, até o medicamento ser administrado ao
paciente, ele passa por várias etapas que evitam
erros previsíveis, conta a farmacêutica. Quando
um paciente é internado, o médico prescreve os
medicamentos necessários e essa solicitação
gera todo um processo que envolve farmacêuticos, enfermeiros e técnicos. Tudo é conferido com
a máxima atenção para evitar qualquer falha.
Os farmacêuticos realizam a triagem da prescrição, em que verificam a dose recomendada, a
via de administração e se existe interação farmacológica. Quando necessário, entram em contato
com o médico prescritor. “Tudo é analisado e registrado por todos os envolvidos na equipe multidisciplinar. No HSVP, todos os medicamentos adquiridos são de referência e apresentam registro
válido na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, podem ser rastreados em
todas as etapas, dede o recebimento até a administração por meio de códigos de barras”, diz Aline.
Comissões profissionais
Para aumentar ainda mais a segurança dos pacientes, o HSVP tem duas comissões técnicas
que atuam internamente: a de segurança do paciente e a de farmacoterapêutica. A Comissão de
Farmácia e Terapêutica, formada por dez integrantes (anestesista, cirurgião, clínico, infectologista, oncologista, representante do CTI, enfermeiras de diversos setores e farmacêutica), participa da elaboração da política de medicamentos
da instituição, incluindo sua seleção e liberação;
estipula critérios para obtenção de medicamentos
que não constem na padronização; atua na criação de protocolos de tratamento de diferentes
serviços clínicos e participa de todas as atividades
relacionadas à promoção do uso racional de fármacos, explica o médico Péricles Vasconcellos,
coordenador do Centro Cirúrgico do HSVP e
membro da Comissão de Farmácia e Terapêutica.
“Uma das responsabilidades da nossa comissão é padronizar o uso de medicamentos no
HSVP. Por exemplo, a inclusão ou não de novos
fármacos na rotina do hospital, a partir da análise de estudos publicados em literatura científica,
protocolos terapêuticos e medicina baseada em
evidências. Não usamos medicamentos sem eficácia estabelecida e não sofremos pressão da
indústria farmacêutica. O mais importante é avaliar o custo-benefício e o melhor para os pacientes do HSVP”, reforça Péricles.
Essa comissão é tão importante que recebeu
recomendação especial no manual do CBA:
“as instituições de saúde devem estabelecer ou
fortalecer o papel das Comissões de Farmácia
e Terapêutica, as quais devem ter caráter e papel multidisciplinar. Deve, ainda, ter autoridade
delegada pela direção clínica da instituição,
no objetivo de definir e implantar as políticas,
diretrizes gerais, protocolos e procedimentos relacionados com toda a cadeia de utilização de
medicamentos, incluindo sua seleção, aquisição,
armazenamento, prescrição, dispensação, distribuição, administração e monitoramento.”
Ainda na ótica do uso seguro dos medicamentos, a outra comissão interna, de Segurança
do Paciente, atua desenvolvendo ações de gerenciamento de riscos hospitalares, como análise de
reações adversas a medicamentos; queixas técnicas; problemas com produtos para saúde, saneantes, kits diagnósticos e equipamentos.
O gerenciamento de medicamentos é também um meio de racionalizar os “gastos” hospitalares, afirma a farmacêutica Aline. As estratégias ligadas à gestão da farmácia hospitalar são
desenvolvidas a fim de melhorar o processo de
compra, o controle de estoque e a seleção de
medicamentos, entre outros aspectos.
E o setor de Farmácia do HSVP quer ir mais
longe, com o projeto de implantação, até o fim
do ano, da Farmácia Clínica, que, além de prestar orientação e atendimento ao paciente ainda
no leito, estenderá a assistência mesmo após a
alta hospitalar, esclarecendo possíveis dúvidas
com relação ao uso dos medicamentos receitados.
Aline Woitowicz,
chefe do setor
de farmácia
do HSVP.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 17
Câncer de mama em debate na Mangueira
HSVP é referência
em procedimentos
de Hemodinâmica
Moradoras da região da Mangueira, na Zona Norte, puderam tirar todas as suas dúvidas
sobre o tipo de câncer que mais mata mulheres em todo o mundo, segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS). Coordenada pelas mastologistas do HSVP, Sandra Gioia e Joyce
Ribeiro, a palestra Tudo o que Você Precisa Saber sobre Câncer de Mama fez parte do
programa Prevenção é Saúde, que ocorre trimestralmente no HSVP.
O cirurgião Cyro Vargues (ao centro) e parte
da equipe do Serviço de Hemodinâmica:
atualização e treinamentos constantes.
A
s doenças cardiovasculares, que atingem
o coração e as artérias, são responsáveis
por 30% de todas as mortes no Brasil em
um ano; índice que corresponde a mais de 300
mil óbitos, a maioria por infarto e acidente vascular encefálico (derrame), segundo o Ministério da
Saúde. Para as pessoas que sofrem de isquemia
(má irrigação dos vasos), angina (dor crônica no
peito), arritmias (alterações no ritmo cardíaco),
ou já tiveram infarto ou derrame, a solução, em
muitos casos, está nos tratamentos menos invasivos, como implantes de próteses (stents) para
passagem do sangue nas artérias e ablação de
arritmias (cirurgia por radiofrequência). No HSVP,
essas técnicas são realizadas pela equipe do Serviço de Hemodinâmica, chefiado pelo cardiologista Cyro Vargues. O setor, que funciona desde
1988, tem ampliado a parceria com a operadora Bradesco Saúde e está se tornando referência
para o atendimento de pacientes que precisam da
cardiologia intervencionista.
O médico Hsu Young Tchou, responsável pela
liberação de procedimentos cardiovasculares da
Bradesco Saúde, afirma que as equipes da Hemodinâmica do HSVP estão entre as melhores
do país; o que facilita o atendimento. “Nunca
tivemos problemas com a liberação de procedimentos na Hemodinâmica do HSVP; e um dos
motivos é que os médicos do setor fazem seus
pedidos seguindo as diretrizes atuais da cardiologia, visando sempre o melhor para o paciente;
o que não acontece em alguns outros hospitais,
onde são comuns solicitações indevidas ou com
o único objetivo de ter lucro. A nossa confiança
na direção e nos médicos do HSVP, especialmente
na Hemodinâmica, leva a um melhor atendimento dos segurados pela Bradesco”, afirma Tchou.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 18
Material de última geração
Para dar conta da epidemia de doenças cardiovasculares, o Serviço de Hemodinâmica do
HSVP está em permanente treinamento e atualização. Quando os primeiros stents começaram a
ser usados no mundo, quase 30% dos pacientes
tinham reobstrução de artérias, devido à cicatrização exagerada na parede do vaso. Atualmente,
esses dispositivos são mais eficazes. Os modelos
farmacológicos, por exemplo, liberam medicamentos que impedem a proliferação de células
diminuindo significativamente a volta da lesão. “A
chance de nova obstrução não chega a 10%“, diz
Vargues. E a evolução é contínua. Já existem os
stents absorvíveis, que, como o próprio nome diz,
ficam na artéria por seis meses a um ano e começam a ser absorvidos pelo organismo, o que evita
a ação nociva do metal, isto é, a formação de
trombos no local devido à presença de inflamação crônica na artéria, podendo levar à oclusão
aguda da artéria.
Outro avanço da Hemodinâmica é o implante
da válvula cardíaca por meio de cateter, sendo
que, nos casos de lesão na válvula aórtica (estenose aórtica), a técnica está indicada em pacientes de alto risco para cirurgia de troca da válvula.
Esse procedimento ainda não é autorizado pelas
seguradoras de saúde, nem está disponibilizado
pelo SUS.
E no futuro, não distante, a Hemodinâmica
será essencial na aplicação de células-tronco por
meio de cateteres nas coronárias ou na musculatura do coração, para recuperar corações doentes.
“Claro que o stent não é a solução para todos, e
ele de nada adianta se o paciente não se cuidar,
eliminando hábitos nocivos. Entretanto, a Hemodinâmica melhora muito a qualidade de vida.”
Programa para idosos do HSVP fala sobre artrite,
artrose e osteoporose
O HSVP promoveu mais uma edição do seu programa de Envelhecimento Saudável. A palestra
O que Você Precisa Saber sobre Artrite, Artrose e Osteoporose – Detecção e Controle esclareceu
dúvidas e ainda ensinou alguns exercícios de fisioterapia para fazer em casa.
O evento contou com a participação do coordenador geral do Centro Avançado de Ortopedia do
hospital, inaugurado no último dia 4, Ilídio Pinheiro, e com as fisioterapeutas Rita Moura e Alessandra
Cardoso, da Associação São Vicente de Paulo.
Atletas no HSVP
Estimulando o espírito esportivo e o bem-estar, o HSVP esteve presente, por meio de seus colaboradores, a 3 corridas patrocinadas pela Caixa, nos meses de abril e maio. A primeira delas, a WRUN, uma
corrida destinada às mulheres, teve percurso de 4 a 8 quilômetros e ocorreu no dia 28 de abril. Já a
segunda, a Corrida do Trabalhador, foi realizada em homenagem ao Dia do Trabalhador e ocorreu
em 1° de maio, para aqueles que aproveitaram o feriado para exercitar o corpo. Por fim, com uma
proposta diferente, o Circuito Corujão, realizado no dia 4 de maio, foi feito para aqueles corredores
noturnos, com início às 20h.
Sessões clínicas em março e abril
Com base nas novas diretrizes da Campanha Mundial de Prevenção da Sepse, Guilherme Aguiar, chefe do CTI do HSVP, debateu a “sepse grave por pneumonia comunitária com SARA”. A iniciativa faz parte
da programação de sessões clínicas, destinadas aos médicos da casa, sob a coordenação do presidente
do Centro de Estudos, Cyro Vargues.
Ainda na programação, o HSVP realizou, no dia 25 de abril, mais um encontro; desta vez, conduzido pela
equipe de neurologia. O caso estudado foi a síndrome de Guillain Barré, doença do sistema nervoso, de
caráter autoimune. Marcada pela perda da bainha de mielina e dos reflexos dos tendões, a síndrome se
manifesta sob a forma de inflamação aguda desses nervos e das raízes nervosas.
Valor reconhecido
As enfermeiras Lorena Cabana e Betânia Freitas foram indicadas pela Diretoria de Enfermagem
e pelo SHCIH para participação no 3º Simpósio de Prevenção de Lesões de Pele, realizado em
Florianópolis-SC, no dia 8 de abril. A escolha das enfermeiras para participar do evento foi um reconhecimento pela qualidade de trabalho que realizam no hospital. Na ocasião, o HSVP recebeu
a recertificação na categoria Diamante pela adoção de boas práticas relacionadas à prevenção
de lesões de pele.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 19
Download