Revista do Hospital São Vicente de Paulo Ano 3 • Número 10 • Maio/Jun 2013 CENTRO AVANÇADO DE ORTOPEDIA Atendimento completo e especializado Alzheimer Saiba como manter o cérebro em forma SAÚDE NO TRABALHO Dicas para lidar melhor com o estresse profissional Informativo Oficial do Hospital São Vicente de Paulo A VOZ DA ENFERMAGEM NO RIO DE JANEIRO MAIS DO QUE PROFISSÃO: DEVOÇÃO Com o esforço e a dedicação da Diretoria Médica, do Conselho Administrativo e dos colaboradores, o HSVP está mantendo o foco na reestruturação de todos os seus serviços, baseando-se no conceito dos Centros Avançados. Esse novo modelo aprimora ainda mais o atendimento ao paciente, da chegada à Emergência até a sua recuperação total, tendo à disposição equipes médicas especializadas, tecnologia de ponta e toda a infraestrutura - de Serviço de Radiologia, Centro Cirúrgico, CTI e Unidade Pós-operatória - característica de um bom hospital geral. Em março, o HSVP deu continuidade a esse compromisso e inaugurou o Centro Avançado de Ortopedia, sob a coordenação do médico Ilídio Pinheiro e de seu amplo “time” de especialistas. Além do serviço diferenciado dos centros avançados, o HSVP comemora outra conquista: o estreitamento da parceria com a Operadora Bradesco Saúde, o que nos torna um dos hospitais cariocas referenciais para a realização de procedimentos de hemodinâmica. Nosso hospital, que já figurava como referência para a seguradora em cirurgias de coluna e ortopedia, recebe mais esse reconhecimento externo sobre a excelência de nossa equipe médica e infraestrutura. Em maio, comemora-se o Dia da Enfermagem. Por isso, dedicamos um bom espaço a esses profissionais que representam um importante pilar da assistência hospitalar e do cuidado humanizado ao paciente. Na coluna PERSONALIDADE, Pedro Jesus, presidente do Coren-RJ, fala sobre desafios e projetos para ampliar a capacitação e qualificação da Enfermagem no Rio de Janeiro e no Brasil. Em uma homenagem extensiva a todas as enfermeiras deste hospital, nossa coluna ENTREVISTA mostra a trajetória de vida de Ir. Ercília e Ir. Custódia, enfermeiras do HSVP, que se encontraram na devoção à religião e à Enfermagem. Também nesta edição, você confere novidades sobre a Jornada Mundial da Juventude e conhece algumas das voluntárias do HSVP que participarão desse importante evento. Boa leitura! Ir. Marinete Tibério - CEO do HSVP SUMÁRIO 3 Trabalho e saúde 4,5 Com a cuca fresca e o cérebro em forma 6,7 HSVP se mobiliza pela Jornada Mundial da Juventude 8,9 Capa - Inauguração do Centro Avançado de Ortopedia 10,11 Artroplastia no joelho 12,13 Entrevista - Irmã Custódia e Irmã Ercília 14,15 Qualidade - Medicamento na dose certa 16,17 Parceria - HSVP é referência em procedimentos de hemodinâmica 18 Aconteceu 19 Personalidade - A voz da enfermagem no Rio de Janeiro Hospital São Vicente de Paulo - pág. 2 EXPEDIENTE Hospital São Vicente de Paulo - Rua Dr. Satamini, 333 Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: 21 2563-2121. FUNDADO EM 1930 pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Diretoria Médica: Eliane Castelo Branco (CRM: 52 28752-5). Conselho Administrativo: Ir. Marinete Tiberio, Ir. Custódia Gomes de Queiroz, Ir. Maria das Dores da Silva e Ir. Ercília de Jesus Bendine. Conselho Editorial: Irmã Custódia Gomes de Queiroz Diretora de Enfermagem; Irmã Ercília de Jesus Bendine - Diretora da Qualidade; Eliane Castelo Branco - Diretora Médica; Irmã Marinete Tibério - CEO do HSVP; Martha Lima - Gerente de Hospitalidade; Olga Oliveira - Gerente de Suprimentos; Vanderlei Timbó - Coordenador de Qualidade. Edição: Simone Beja. TEXTOS: Antonio Marinho, Andrea Mazilão, Carolina Laert e Marcelo Egypto DIAGRAMAÇÃO: Jairo Alt APOIO EDITORIAL: Ana Paula Gama e Wilson Agostinho. Impressão: Arte Criação Com projetos como o Coren Itinerante, o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do RJ, Pedro de Jesus, promove a valorização e a capacitação da classe Pedro de Jesus Silva, presidente do Coren-RJ “O Coren-RJ não pode parar!” Disparando o jargão que incentiva a luta da classe por melhores condições de trabalho e capacitação profissional, o atual presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ), Pedro de Jesus Silva, comemora seu primeiro ano à frente da entidade, da qual participa desde 2008. No mês de homenagens à Enfermagem, ele é o convidado da coluna PERSONALIDADE. Com 20 anos de profissão e uma trajetória profissional de militância pelo progresso da categoria, Pedro de Jesus faz um resumo, na entrevista a seguir, dos principais projetos desenvolvidos e desafios enfrentados. Revista HSVP: Quais são as principais bandeiras defendidas pelo Coren em prol da melhoria da profissão de Enfermagem? Pedro de Jesus: Capacitar os nossos profissionais, já que lidamos com vidas. Desde o ano passado, criamos o Capacita Coren, que oferece cursos gratuitos de capacitação em todo o estado do Rio, por meio de um convênio com secretarias de saúde, universidades e escolas técnicas. Além disso, buscamos normatizar e realizar uma fiscalização constante sobre o exercício da profissão. Revista HSVP: Que projetos de capacitação estão sendo implementadas pelo conselho? PJ: O conselho hoje conta com o projeto Coren Itinerante, que visa auxiliar, capacitar e esclarecer a classe em diferentes cidades do estado do Rio de Janeiro. O projeto é aberto para enfermeiros, auxiliares, técnicos e estudantes do último ano de Enfermagem. Temos outros subprojetos dentro do Coren Itinerante, como o Capacita Coren e o Boas-Vindas, que levam ao futuro profissional informnação e orientação sobre as dúvidas mais recorrentes na área. Aos poucos, estamos resgatando o valor da nossa profissão após anos de descaso. Revista HSVP: Como o senhor analisa a qualidade dos cursos de formação de enfermeiros, no Brasil, em diferentes níveis de atividade? PJ: Hoje, a educação no Brasil sofre várias avaliações sobre quantidade, qualidade e resultados. Algumas escolas veem a educação como um comércio de ensino e abrem de forma irresponsável instituições, sem oferecer campos de estágio. Há precariedade também no momento da prática profissional. A Enfermagem exige prática, que tem que ser realizada em defesa do paciente e da melhor assistência. A habilidade manual não pode ser realizada apenas uma vez por semana. Revista HSVP: Quais foram os principais desafios nesse primeiro ano de mandato no Coren? PJ: O principal desafio foi mostrar à sociedade e aos próprios profissionais que a Enfermagem mudou. Muitos, infelizmente, não conhecem ainda seus direitos e deveres e as bandeiras levantadas pelo Coren. Existem pessoas que chegam aqui e reivindicam os pisos salariais. Mas o conselho é um órgão público e federal, que realiza a fiscalização do exercício da profissão e existe para auxiliar e ajudar os profissionais de Enfermagem em sua prática diária. Revista HSVP: No mês em que se homenageia à Enfermagem, que mensagem o senhor gostaria de deixar, como representante do Coren? PJ: Minha mensagem para os profissionais de Enfermagem é esperança. Temos que manter a cabeça erguida, buscar capacitação e ir atrás da valorização da nossa profissão. Devemos exigir um ensino melhor e correr atrás do espaço que perdemos, não só na sociedade, mas no ambiente hospitalar. E, o mais importante, nos orgulhar da nossa profissão. Um hospital não existe sem enfermeiros. Nós damos assistência ao paciente 24h e temos que amar a profissão e lutar por ela. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 3 Trabalho e Saúde Especialistas ensinam a lidar melhor com os desafios do ambiente profissional D ados da Organização Internacional do lha. Sob estresse, o trabalho desanda e o corpo Trabalho (OIT) indicam que o estresse crô- sofre. Estresse só faz bem em determinadas situnico custa às empresas americanas US$ ações, como quando a pessoa precisa enfrentar 200 bilhões por ano. Essa conta é o resultado de um perigo e a vida está em risco. Nessas horas, prejuízos com faltas ao trabalho, queda de pro- o organismo se prepara para lutar ou fugir. A resdutividade e despesas com tratamentos médicos, piração fica profunda, os brônquios e as pupilas entre outros gastos. E um ambiente de trabalho se dilatam, mais glicose chega aos músculos para inadequado é uma das aumentar a energia, e há principais causas de danos “É preciso reservar algum a liberação de hormônios à saúde física e mental. momento do dia, mesmo com efeitos analgésicos Mas como é possível evitar e anti-inflamatórios. Tudo que por meia hora, para isso? Usar equipamentos, bem se isso ocorre de forma relaxar, sair, conversar ferramentas e mobiliário isolada, dizem médicos. O com os amigos ou fazer problema é quando a anapropriados ao trabalho, ter um tempinho para la- algo DE que você gosta” siedade e o estresse se torzer ou atividade prazerosa, nam uma constante. Quanpraticar exercícios físicos e mentais, ter alimenta- do isso ocorre, os hormônios cortisol e adrenalina ção saudável, atitudes positivas diante dos prosão liberados continuamente pelas glândulas blemas, investir nos relacionamentos sociais, suprarrenais, o que pode causar estreitamento viajar e desenvolver a espiritualidade de artérias importantes no coração e no céresão algumas das medidas indicadas bro, aumentando o risco de infarto e acidenpara enfrentar o estresse no trabalho, te vascular encefálico (derrame). ensinam especialistas. Quando o corpo paga a conta E vale a pena tentar adotar essa cartiEm um ambiente de trabalho insatisfatório, o corpo “paga a conta” com sintomas de irritabilidade e depressão - doença que pode levar ao abuso de medicamentos, álcool e outras drogas -, queda da imunidade, aumento ou piora da pressão arterial, insônia, redução do desejo sexual e aumento do apetite, contribuindo para um ganho de peso corporal. “O indivíduo precisa reconhecer os próprios limites. O que é estressante para mim pode não ser para o outro. Muitas das quei- Hospital São Vicente de Paulo - pág. 4 xas de lesão por esforço pepetitvo (LER), distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT), dores de coluna, doenças gástricas, depressão, síndrome de Burnout (distúrbio psíquico depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso), entre outras, têm relação com um ambiente inadequado de trabalho”, diz a médica Juliana Faria Lírio, do Serviço de Medicina do Trabalho do HSVP. Receita de saúde Com três filhos e grávida do quarto, casada e tendo que se desdobrar para dar conta de sua tripla jornada, Juliana lida diariamente com o estresse, mas não se deixa abater por ele. “É preciso reservar algum momento do dia, mesmo que por meia hora, para relaxar, sair, conversar com os amigos ou fazer algo de que você gosta”, ensina Juliana. Ana Lúcia Tinoco, de 53 anos, segue essa recomendação. Ela trabalha há 25 anos no HSVP, sendo nove anos na Ouvidoria, onde atende a pacientes e familiares com as mais diferentes questões; algumas de difícil solução. São, pelo menos, 800 atendimentos por trimestre no setor, em uma rotina estafante. Para aliviar essa tensão, Ana ensaia duas vezes por semana com o coral do HSVP e se apresenta com o grupo em diversas instituições da cidade. Desde que passou a cantar, sua qualidade de vida melhorou: “Cantar alivia o estresse e me deixa mais motivada para o trabalho. No coral, tenho a oportunidade de fazer novos amigos e desenvolver o meu lado espiritual e de estar mais perto de Deus. Agora quero retornar aos exercícios de pilates e aprender dança de salão”, conta. O ideal, afirma Juliana, é trabalhar em um ambiente motivador, onde há perspectivas de crescimento e o seu trabalho é reconhecido, com lideranças participativas. “Mas nem sempre isso é possível; então, é preciso se preparar para lidar com as pressões“, comenta. Nesse sentido, as empresas podem ajudar, criando espaços de convivência, formando equipes de futebol, coral, oferecendo sala para leitura, relaxamento e prática de atividade física, mesmo que por uma horinha do dia, sugere ainda. E cuide de sua alimentação. O estresse por si só já estreita os vasos. Portanto, pratique exercícios e evite comidas gordurosas e salgadas, além do abuso de substâncias estimulantes, como cafeína. Dra. Juliana Lírio médica do trabalho, e Cecília Calabaide, pscicóloga Emocionalmente forte É fundamental se fortalecer emocionalmente. “Reserve momentos no seu cotidiano lendo um bom livro ou ouvindo músicas agradáveis para criar a sensação de paz e tranquilidade. Não negligencie sintomas de ansiedade, irritação e tristeza”, diz a psicóloga Cecília Calabaide, do HSVP. “Quando esses sinais aparecerem, é hora de buscar ajuda. Jamais faça automedicação.” Cecília explica que a reação ao estresse apresenta sintomas mais intensos em uma pessoa do que em outra, dependendo de fatores como a capacidade de adaptação, a chamada resiliência. Diante de um obstáculo, procure soluções adequadas. “A administração eficaz do tempo é uma das chaves para combater o estresse. É essencial fazer um planejamento das atividades do dia: estabelecer prioridades, objetivos e ações, reservando um tempo para imprevistos. Sempre que possível, resolva de imediato urgências e organize melhor o seu tempo“, comenta Cecília. Marcus Porto, o engenheiro de segurança do trabalho do HSVP, reforça essa recomendação: “Tente diminuir o seu ritmo de trabalho, cumprindo apenas a jornada normal, e organize suas tarefas em prioridades. Quando organizamos nosso tempo e decidimos o que realmente importa, fazemos nosso trabalho de forma planejada e com grande probabilidade de sucesso, o que evita de alguma forma o estresse ocupacional ou profissional”, diz Marcus. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 5 Daniel Campinho Schachter, neurologista do Hospital São Vicente de Paulo. Com a cuca fresca e o cérebro em forma N o Brasil, estima-se em 1,2 milhão o número de pessoas com mal de Alzheimer, uma forma grave de demência que geralmente atinge pessoas na terceira idade. E novos estudos apontam que essa deterioração mental dá sinais muito mais cedo do que se pensava. Então a saída é fortalecer o cérebro. Mas como fazer isso? É possível manter nossos neurônios em forma e aumentar a capacidade de memória e aprendizado por toda a vida? Médicos dizem que sim. E não é difícil: ter alimentação balanceada, dormir as horas necessárias, não fumar, reduzir ao máximo o consumo de álcool; tratar a hipertensão, o diabetes, a aterosclerose, a depressão, a ansiedade e o estresse crônico; praticar exercícios físicos e mentais (como leitura e aprendizado de línguas) e participar de atividades sociais com diferentes grupos etários são os ingredientes da fórmula de um cérebro saudável, ensina Daniel Campinho Schachter, neurologista do HSVP. Essas ações ativam as conexões entre as células nervosas, preservando a saúde mental e potencialmente retardando doenças neurológicas incapacitantes, como o Alzheimer. Na fórmula do cérebro saudável, a prática de exercícios físicos é um poderoso ingrediente. Cientistas já comprovaram que a prática de atividades aeróbicas (como caminhada, dança, natação, corrida e andar de bicicleta), pelo menos, 30 minutos, três vezes por semana, melhora a cognição, a capacidade de atenção, a percepção, a memória, o raciocínio, o juízo, a imaginação, o pensamento e a linguagem. Uma explicação é que o exercício ativa a circulação, e as endorfinas liberadas durante o exercício aumentam a concentração, resultando em um cérebro nutrido e alerta. Um estudo americano mostrou que as pessoas fisicamente mais ativas têm um risco 90% menor de desenvolver declínios cognitivos, em comparação com sedentários. E cientistas acredi- Hospital São Vicente de Paulo - pág. 6 tam que os benefícios dos exercícios para manutenção da capacidade mental ocorrem mesmo quando se inicia a prática de atividade física tardiamente. Até nos casos em que sinais de demência já se manifestam, o exercício faz bem. “A atividade física é excelente para prevenir a demência de origem vascular, isto é, a demência causada pela má oxigenação do cérebro. Em pessoas fisicamente e mentalmente ativas que sofrem de demência, os sintomas tendem a ser mais brandos, pelo menos nos primeiros anos”, diz Schachter. Ele lembra que o fumo é um dos piores inimigos do cérebro. Estudos confirmam que o tabagismo é extremamente deletério aos neurônios e aumenta o risco de isquemias cerebrais, alerta Schachter. “Da mesma forma, a obesidade e a aterosclerose elevam o risco de isquemias silenciosas (má irrigação dos vasos) e acidente vascular encefálico (derrame), que também contribuem para o aparecimento de demências em idade mais avançada”, reforça o médico do HSVP. Alimentação saudável protege o cérebro Por isso, o cuidado com a alimentação é essencial, e ele deve começar desde cedo. Evitar gorduras saturadas, frituras e alimentos industrializados, fazendo dieta rica em grãos integrais, frutas, legumes e verduras, além de gorduras saudáveis (azeite de oliva, óleos de canola, linhaça e girassol, coco, nozes e abacate, entre outros alimentos) e proteínas de boa qualidade, como peixes de águas frias (salmão, cavala e sardinha), ricos em nutrientes como ácidos graxos ômega 3, e minerais antioxidantes, que agem contra o envelhecimento precoce e a inflamação das células, é uma boa forma de proteger o cérebro. Um estudo que está sendo realizado na USP sugere que consumir casca de romã ajudaria a prevenir e a tratar o mal de ra e o aprendizado de noAlzheimer. Como o sabor vas línguas, que estimulam “a obesidade e a da casca não agrada ao o raciocínio e a criatividaaterosclerose elevam paladar, pesquisadores da de, mantêm a capacidade o risco de isquemias USP desenvolveram microcognitiva. E tente levar uma silenciosas (má cápsulas contendo extrato vida com menos estresse. de casca de romã que poEm excesso, ele estimula as irrigação dos vasos) dem ser diluídas em sucos. glândulas suprarrenais a e acidente vascular Maressa Morzella, engeproduzirem hormônios corencefálico (derrame), nheira de alimentos e uma ticoides que atingem o núque também contribuem das líderes do estudo, diz cleo da amígdala cerebral, para o aparecimento de que a casca da romã tem estrutura que tem papel grande quantidade de importante na memória, didemências em idade mais substâncias antioxidantes zem os cientistas. “Por fim, avançada” flavonoides que impedem não negligencie o papel do a ação de moléculas chaestresse nas falhas de memadas de radicais livres e evitam a morte de neu- mória e depressão”, diz Schachter. rônios. Por enquanto, as microcápsulas de romã são usadas apenas em testes de laboratório e os Um mal lento e silencioso cientistas querem saber quais dos compostos preA doença de Alzheimer avança aos poucos. sentes na casca são mais eficazes contra o Alzhei- Primeiro, ela afeta as partes do cérebro que conmer. Essa investigação é um exemplo de que investir trolam o pensamento, a memória e a linguagem. em alimentação balanceada é uma das ações mais Os pacientes podem ter dificuldades para lemimportantes para ter o cérebro saudável. brar fatos ocorridos recentemente ou os nomes Manter uma vida social ativa é outra medida das pessoas conhecidas. Com o tempo, os sintopreventiva. “Pessoas que levam uma vida mais mas pioram: o doente não reconhece seus famireclusa e passam a maior parte do tempo apenas liares e tem dificuldade para falar, ler e escrever. fazendo atividades repetitivas, estatisticamente, Pode até mesmo se esquecer de como se escoestão entre os indivíduos que mais sofrem de de- vam os dentes e se penteia o cabelo. Às vezes, mência, comenta o neurologista”. Portanto, vale torna-se ansioso e agressivo e passa a necessitar a pena manter o cérebro ocupado, inclusive com de cuidados em tempo integral. Os medicameneventos sociais, e em constante exercício. Falta de tos atuais apenas atrasam o aparecimento e a tempo não é desculpa. Mesmo piora de sintomas. Para ter uma ideia do custo simples tarefas de casa e ativicom o Alzheimer e outras formas de demência, só dades de lazer, como a leitunos Estados Unidos essas despesas diretas e indiretas somam US$ 215 milhões ao ano. E o número de doentes no país deve triplicar até 2050. Hoje o foco dos cientistas é a pesquisa genética com o objetivo de intervir antes que a doença se manifeste. Novos estudos mostram que as bases de genéticas do mal variam entre diversas populações. Por exemplo, os afro-americanos têm taxas muito mais altas de incidência de Alzheimer na terceira idade do que os brancos, segundo pesquisas realizadas com essas populações. E, provavelmente, o tratamento terá que ser diferente para cada grupo étnico, afirma a pesquisadora Christiane Reitz, do Centro Médico da Universidade de Columbia, em artigo no jornal da Associação Médica Americana (JAMA). Hospital São Vicente de Paulo - pág. 7 HSVP SE MOBILIZA PELA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2013 F oi durante a última visita ao Brasil do então Papa Bento XVI, em maio de 2007, que a cidade do Rio de Janeiro recebeu a missão de sediar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2013. Desde então, todo o país tem se mobilizado para receber, pela primeira vez, o maior encontro de jovens católicos do mundo. Nesses seis anos de preparação para o evento, um fato curioso vem sendo observado: o forte engajamento voluntário em todas as muitas etapas da organização, vindo, principalmente, dos mais jovens. Como formiguinhas, os jovens católicos têm sido peças fundamentais em cada detalhe da jornada. São pessoas que, religiosas ou não, têm mostrado que, apesar da pouca idade, já sabem trabalhar em grupo. E se revelam um belo exemplo de união e voluntariado. A primeira Jornada Mundial da Juventude aconteceu em Roma no ano de 1986. A ideia de criar uma jornada com esse mote surgiu dois anos antes, em 1984. Na ocasião, o Papa João Paulo II aproveitou que a comunidade católica vivia o Ano Santo da Redenção para se aproximar dos jovens que participavam do Encontro Internacional da Juventude. A Cruz Sagrada, entregue aos jovens pelo pontífice naquele ano se tornou um dos principais símbolos da JMJ. De lá para cá, as jornadas vêm acontecendo cada dois ou três anos, sempre com a presença da autoridade máxima da Igreja Católica, o Papa. A edição de 2013 será realizada entre os dias 23 e 28 de julho e será um megaevento. Para se ter ideia, na sua última edição, sediada Hospital São Vicente de Paulo - pág. 8 na cidade de Madri, em 2011, foram registrados, pelo menos, 2 milhões de pessoas vindas de 193 países. Agora, a expectativa é ultrapassar a marca alcançada na Espanha. Por isso, toda ajuda no setor de hospedagem é bem-vinda. Aline Barbosa Almeida, 26, coordenadora da Pastoral da Juventude na Arquidiocese do Rio de Janeiro e atuante como assistente fiscal no HSVP, explica como é feito esse trabalho: “Como a cidade vai receber peregrinos de todos os estados e ainda do exterior, foi montado um esquema de acolhimento voluntário para atender à demanda, já que todos os hotéis e pousadas do Rio estarão praticamente lotados.” As famílias que têm interesse em hospedar os visitantes devem encaminhar sua disponibilidade ao pároco mais próximo de sua residência, que, por sua vez, reencaminha esses dados à Arquidiocese. “Todo o trabalho, desde a catalogação até a triagem e análise da compatibilidade de perfil entre as famílias e os jovens, é feito pela comissão de hospedagem da Jornada Mundial da Juventude.”, detalha Aline. Ela conta, ainda, que também faz parte do trabalho da comissão garantir a segurança tanto de quem hospeda quanto de quem é hospedado. “Toda a documentação dos envolvidos é cadastrada e supervisionada pela Polícia Federal”, explica a jovem. Apesar da pouca idade, Ir. Emanuele Alcântara, 30 anos, coordena um grupo chamado Juventude Mariana Vicentina, composto por 15 jovens, no Santuário da Medalha Milagrosa, situado dentro da Associação São Vicente de Paulo (ASVP). Com ela, há também outro grupo de 15 irmãs junioristas (que estão na vida religiosa há menos de 10 anos), porém situadas e atuantes em outros estados. A principal missão desses dois grupos, dentro da Jornada Mundial da Juventude, é dar suporte a peregrinos estrangeiros. “A Igreja da Medalha Milagrosa, que também abriga o HSVP, será palco para encontros e debates. Temos como missão apoiar os visitantes de língua estrangeira e ajudá-los a superar as barreiras linguísticas durante sua estada em nossa cidade”, conta. A religiosa explica que a ASVP também vai colaborar com hospedagens, disponibilizando leitos dentro das casas das irmãs da associação. “Estamos confiantes em que esse evento será um sucesso e estamos trabalhando juntos nessa causa”, completa. Mobilização virtual e legados Um evento de jovens feito pelos próprios jovens. Se antes o boca a boca e a divulgação da própria Igreja Católica já garantiam multidões, hoje as coisas são diferentes. No cenário atual, a religião não está mais tão presente na vida dos mais novos como esteve nas décadas passadas. Pensando nisso, a organização da JMJ está investindo em uma comunicação direta com o seu público-alvo: através das redes sociais. Com um portal interativo e perfis no Facebook, Twitter, Youtube, Google +, entre outras, os jovens organizadores disponibilizam todas as informações sobre o evento. “As redes sociais têm se mostrado um excelente canal de comunicação com nossos jovens, já que levam as informações de forma rápida e eficaz”, pontua Aline Almeida. Eventos de grande porte costumam deixar frutos. Além dos já previstos legados estruturais, Ir. Emanuele Alcântara [à esquerda] e Aline Almeida [à direita]: voluntárias animadas na missão de ajudar a JMJ que são as melhorias realizadas pelo governo em pontos estratégicos, há também os legados sociais. “Estes são o que de melhor um evento como esse pode deixar à população. Esperamos que a JMJ melhore a percepção dos jovens brasileiros acerca da importância da religião em suas vidas”, finaliza Ir. Emanuele. Após a primeira JMJ – que foi diocesana –, seguiram-se os encontros mundiais: Buenos Aires (Argentina – 1987) – com a participação de 1 milhão de jovens; Santiago de Compostela (Espanha – 1989) – 600 mil; Czestochowa (Polônia – 1991) – 1,5 milhão; Denver (Estados Unidos – 1993) – 500 mil; Manila (Filipinas – 1995) – 4 milhões; Paris (França -1997) – 1 milhão; Roma (Itália – 2000) – 2 milhões Toronto (Canadá – 2002) – 800 mil; Colônia (Alemanha – 2005) – 1 milhão; Sidney (Austrália – 2008) – 500 mil; Madri (Espanha – 2011) – 2 milhões. Informações: http://www.rio2013.com/pt// HSVP inaugura seu Centro Avançado de Ortopedia Parte do staff médico do Centro Avançado de Ortopedia do HSVP. A frente: Dr. Alfredo Villardi (esquerda) e Dr. Ilídio Pinheiro (direita). Paciente receberá atendimento especializado, da chegada à Emergência até a recuperação total A estrutura de um hospital geral A inauguração oficial foi em 4 de fevereiro, mas os preparativos para esse dia começaram há mais de dois anos. Desde que a direção do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) investiu no estudo das vocações médicas, sob consultoria da Deloitte ainda no ano de 2010, os esforços da instituição se voltaram à especialização nos serviços prestados. Com a medida, o HSVP conseguiu identificar as principais especialidades-foco de acordo com a missão do hospital e com as necessidades médicas da cidade, em especial as da região da Grande Tijuca. Os primeiros serviços lançados dentro da nova orientação foram o Centro Avançado de Oftalmologia e o Centro de Diagnóstico por Imagem, em abril de 2012. Seguindo esse modelo, o Serviço de Ortopedia, que há mais de 30 anos já era considerado uma referência dentro do hospital, recebeu novos investimentos e ficou ainda mais completo. “Essa linha dos núcleos especializados que adotamos tem sido muito bem encarada pelos pacientes, que passam a contar com uma infraestrutura Hospital São Vicente de Paulo - pág. 10 mais confortável, uma grade maior de horários de atendimento e equipes médicas especializadas”, explica a diretora executiva do HSVP, Ir. Marinete Tibério. Diferenciais do novo centro Pacientes que sofreram quedas, fraturas, lesões ou, ainda que estão com dores agudas encontram no Centro Avançado de Ortopedia do HSVP um serviço de Emergência em Traumas aberto 24h. A partir desse atendimento, se houver indicação, podem realizar consultas, exames diagnósticos e até cirurgias de alta complexidade, tudo sem sair do hospital. “Conseguimos aliar a infraestrutura de um hospital geral à alta tecnologia e ao o comprometimento de uma equipe sólida e experiente nesse novo centro. Isso nos confere credenciais para sermos uma referência ortopédica não apenas na região da Grande Tijuca, mas em toda a cidade do Rio de Janeiro”, detalha o coordenador geral do centro, Dr. Ilídio Pinheiro. O especialista, que faz parte do corpo clínico do HSVP desde sua inauguração em 1980, destaca ainda que houve um cuidado da direção em agregar à equipe ortopédica profissionais extremamente atualizados e preparados para assumir os desafios do novo centro. “Como ampliamos nosso atendimento, que agora funciona ininterruptamente e com capacidade para receber mais casos de emergência e de alta gravidade, precisávamos de especialistas comprometidos com a seriedade do nosso trabalho. Hoje nossos clientes podem contar – a qualquer dia e hora – com o apoio de ortopedistas renomados nas áreas de joelho, coluna, quadril, ombro, mão, pé e traumas esportivos”, destaca Pinheiro. Com foco nas cirurgias de alta complexidade, como as reconstruções de quadril e joelho, o Centro Avançado de Ortopedia do HSVP conta com um centro cirúrgico moderno e interligado com as unidades de tratamento intensivo (UTI) e de pós-operatório (UPO). Além de uma estrutura física completa, esse tipo de procedimento também requer o apoio de uma equipe multidisciplinar composta por cardiologistas, intensivistas e neurologistas, por exemplo. O ortopedista Alfredo Villardi, especialista em Medicina do Exercício e do Esporte, explica que o novo centro também está apto a receber, diagnosticar e tratar todos os tipos de lesão relacionados à prática esportiva seja ela profissional ou não. “As intercorrências ortopédicas nos atletas requerem tratamento e acompanhamento específicos, já que os movimentos repetitivos, que são comuns a todas as modalidades atléticas, podem ocasionar desgastes e lesões estruturais severos”, detalha o ortopedista, que também é especializado em cirurgias de joelho. Investimentos, desafios e expectativas O HSVP está em contínuo processo de investimento para implantar com êxito as vocações médicas que vêm sendo identificadas. A reestruturação do Centro Avançado de Ortopedia, por exemplo, fez parte do lote de investimentos da ordem de R$ 3 milhões, dispensados no ano de 2012. O montante foi destinado basicamente à aquisição de aparelhagem e equipamentos de ponta, obras pontuais de infraestrutura, tecnologia em softwares e melhorias de equipamentos hospitalares. Os desafios do Centro Avançado de Ortopedia são grandes e os números já mostram que o HSVP está no caminho certo. Apenas no primeiro mês de funcionamento do novo centro, em fevereiro e março, houve um aumento de 30% no número de atendimentos. “Esses resultados observados em tão pouco tempo já nos mostram que todo o trabalho dedicado à obra está valendo à pena”, comemora Pinheiro. As expectativas da direção e da equipe são para que o número total de atendimentos anuais prestados na ortopedia cresça de 10 mil para 20 mil no período de 12 meses, o que representaria uma alta de 100%. Para este ano, a direção liberou uma verba aproximada de R$ 4,5 milhões, que serão empregados na modernização do centro cirúrgico geral e na construção de um novo centro de tratamento intensivo (CTI), que contará com mais 20 novos leitos. Esses recursos também serão destinados à implantação do novo Instituto Intensivo de Cardiologia. “Estamos trabalhando para garantir a permanência do HSVP no hall das melhores instituições médicas do estado do Rio de Janeiro”, finaliza a CEO Ir. Marinete Tibério. Exames de Imagem O Centro Avançado de Ortopedia tem o suporte do Centro de Diagnóstico por Imagem, que reúne os mais modernos equipamentos para a realização de diagnósticos e tratamentos de lesões ortopédicas, incluindo tomografia computadorizada, ressonância magnética, raios-X digital, ultrassonografia e medicina nuclear. O HSVP também conta com o sistema PACS (Picture Archiving and Communication System), que permite a visualização rápida dos exames de qualquer setor que disponha de um computador ligado à rede, seja na emergência, ambulatório ou centro cirúrgico. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 11 Artroplastia Total de Joelho Conheça a história do Sr. José, que aos 73 anos recuperou a autonomia perdida com a artrose e hoje faz dança e capoeira em apenas 3 anos. A artrose primária, por desgaste natural, costuma surgir mais cedo nos homens e, nas mulheres, os riscos aumentam após a menopausa. No entanto, o especialista alerta que outros fatores também podem levar ao problema, até mesmo entre as pessoas mais jovens, como a obesidade, algumas doenças inflamatórias, sequelas de traumas causados por acidentes e os movimentos repetitivos, como os realizados por atletas, dançarinos e operários, por exemplo. Um problema que tende a crescer Q uem vê o Sr. José Faria hoje, praticando com desenvoltura suas grandes paixões, que são a dança e a capoeira, não consegue imaginar como ele estava há apenas 10 meses. Aos 73 anos de idade, o pedreiro aposentado estava com os movimentos do joelho esquerdo comprometidos e não conseguia sequer fazer uma simples caminhada. Ele tinha uma artrose, que danificou gradualmente as articulações da região. Com o passar do tempo, as dores, que antes eram esparsas e um pouco incômodas, agravaram-se até se tornarem frequentes e incapacitantes. Perguntado como se sente hoje, após a cirurgia, a resposta vem com um sorriso largo: “Não recuperei apenas a força nas minhas pernas. Consegui de volta a minha autonomia e a vontade de viver.” O que mudou a vida do Sr. José foi um procedimento que não é novo, mas que foi sendo aprimorado com êxito nos últimos anos: a artroplastia total de joelho. Alfredo Villardi, ortopedista que coordenou a cirurgia no Hospital São Vicente de Paulo, explica o caso. “Nossa equipe já acompanhava o quadro do Sr. José havia algum tempo. Inicialmente, prescrevemos o tratamento conservador, que produziu melhora pouco significativa. A decisão de indicar a cirurgia veio após c o n s t a t a rmos que a Hospital São Vicente de Paulo - pág. 12 chance de o paciente recuperar seus movimentos e se livrar das dores extremas seria com a cirurgia”, comenta. A artroplastia total de joelho é uma cirurgia de alta complexidade, por isso só deve ser realizada em um hospital que disponha de UTI ou unidade pós-operatória e centro cirúrgico devidamente equipado. No Hospital São Vicente de Paulo, o Sr. José contou ainda com uma equipe multidisciplinar que o acompanhou do pré ao pós-operatório, que incluiu cardiologistas, geriatras e ortopedistas, entre outros. Apesar da complexidade da cirurgia, que reconstruiu o joelho esquerdo, a sua recuperação foi um sucesso, como para a grande maioria dos pacientes. “O Sr. José saiu da UTI no 1° dia após o procedimento e, no 5° dia, recebeu alta médica e já dava seus primeiros passos sem dor”, comenta o Dr. Villardi. Artrose: a principal indicação para a artroplastia total Assim como o Sr. José, a maior parte dos pacientes com indicação para artroplastia total sofre de artrose. “O problema, também chamado de osteoartrose ou osteoartrite, é a degeneração das cartilagens que recobrem os ossos. A artrose é mais comum na população da 3° idade, já que é natural que haja um desgaste nessas estruturas com o passar dos anos. As regiões mais atingidas são os joelhos e o quadril, que são as áreas articulares que suportam as maiores cargas”, explica Villardi. E o problema não é raro. Dados da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia revelam que atualmente o Brasil tem, pelo menos, 10 milhões de pessoas convivendo com a artrose e esse número pode ultrapassar os 12,3 milhões até 2015, o que representaria um aumento de 23% Sr. José em atividade, 10 meses após a artroplastia total de joelho Atualmente, segundo dados da Previdência Social, cerca de 17% da população com mais de 45 anos já sofre com a artrose, que chega a alcançar até 65% das pessoas acima dos 60 anos. Para se ter ideia, a doença, no ano passado, foi o segundo maior motivo de prorrogação do auxíliodoença, com 10,5%, e a quarta causa das aposentadorias precoces, cerca de 6,2% dos casos. Se, por um lado, os números da artrose já são altos no Brasil, que só perde nas estatísticas de todo o mundo para os Estados Unidos, a tendência, por outro lado, é que esse percentual continue a crescer. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a população idosa de todo o planeta vai continuar aumentando e, no Brasil, o número de pessoas acima de 65 anos deverá ultrapassar o de crianças até o ano de 2050. Pré-operatório O paciente deve passar por uma bateria de exames, solicitados e avaliados por equipe médica multidisciplinar, a fim de controlar algumas doenças comuns na terceira idade e prepará-lo para a cirurgia, reduzindo os riscos pós-operatórios. Pós-operatório Dr. Alfredo Villardi, cirurgião especialista em artroplastia de joelho Entenda como é feita a artroplastia total de joelho A indicação para o procedimento só ocorre quando o ortopedista já tentou tratamentos menos invasivos, ou seja, é o último grau de atuação. A principal indicação para o procedimento é a dor intensa, que limita as atividades de vida diária do paciente. Inicialmente, pode-se optar pelo tratamento conservador, baseado na fisioterapia e mudança de hábitos, como a redução do peso e atividades físicas de baixo impacto. A técnica da artroplastia total de joelho consiste em reconstruir, por meio de componentes metálicos e de polietileno, a articulação degenerada. Após a cirurgia, o paciente costuma passar em torno de 24h em uma unidade de tratamento intensivo, para outros cuidados e observação mais rigorosa, já que o procedimento de reconstrução é classificado como alta complexidade. Do 2° ao 4° dias após a artroplastia, já é possível fazer o movimento articular, sentar-se fora do leito, iniciar exercícios fisioterápicos e o treinamento de marcha. No 5° dia, normalmente, com o paciente já caminhando, mesmo com auxílio, recebe alta médica. Resultados esperados • Melhora significativa no combate à dor; • Restituição do eixo do membro inferior, ou seja, a perna fica reta; • Restabelecimento dos movimentos necessários para as atividades de vida diária, como sentar-se, andar, subir e descer escadas. Cuidados A reconstrução de joelho requer cuidados permanentes. O paciente deverá passar por reabilitação e por consultas periódicas de rotina com o ortopedista, segundo com a indicação médica. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 13 Uma vida dedicada à enfermagem N oventa anos: esse é o tempo de suas vidas que, juntas, as Irmãs Custódia Gomes de Queiroz e Ercília de Jesus Bendine vêm dedicando ao cuidado com o próximo. As histórias são diferentes, mas o destino uniu essas duas mulheres que abdicaram de suas vidas pessoais para abraçar Deus e trabalhar pelos enfermos. No mês em que se comemora o Dia da Enfermagem e os 380 anos de fundação das Filhas da Caridade – companhia criada por São Vicente de Paulo e Luiza de Marilac para cuidar dos doentes e socorrer as vítimas de guerra –, a Revista do HSVP traz o exemplo de vida e dedicação de Ir. Custódia e Ir. Ercília. A trajetória de ambas não se esbarra somente nos corredores do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), mas também na vocação religiosa, dedicação pela profissão e responsabilidade com doentes e familiares que recebem seus cuidados. “A enfermagem é um ato de amor”: com essa simples frase, as irmãs resumem a importância da profissão em suas vidas. É esse amor à profissão que faz com que a Irmã Custódia, aos 71 anos, 50 destinados à enfermagem e à religião, continue, após tanto tempo, doando-se em prol do próximo. Vinda de Goiás, Centro-Oeste do Brasil, a enfermeira é um exemplo de comprometimento com os ideais religiosos e profissionais. Cuidar sempre foi a sua vocação, assim como a da Irmã Ercília, que, aos 68 anos, continua se especializando e ainda este ano retoma os estudos e começa uma pós-graduação em Gestão Hospitalar. Com 30 anos de HSVP, Irmã Ercília nasceu em Paraguaçu Paulista, no interior de São Paulo, onde iniciou seus trabalhos de caridade. Tinha família grande: seis irmãos e uma irmã e, desde nova, a religiosidade e a vontade de cuidar já eram notáveis. “Minha vocação religiosa se manifestou aos 12 anos, mas meu pai era contra por eu ter pouca idade. Na minha cidade, eu já acompanhava o trabalho das irmãs vicentinas e estava decidida sobre minhas escolhas. Quando completei a maioridade, me dediquei à religião e à enfermagem. Fiz das duas opções um único caminho”, conta. As irmãs afirmam que a religiosidade ajuda a aproximação com os doentes, o que pode facilitar a aceitação do tratamento e a adesão a ele. Por outro lado, também traz mais responsabilidade. “Levamos a fé a pacientes que, nem sempre, estão conformados com sua condição de saúde. Eles querem respostas e garantias que não podemos dar. Além do trato clínico que nossa profissão nos ensina, o que podemos fazer é confortar o paciente com as palavras do Evangelho”, diz Irmã Ercília. Em muitos momentos, realmente, carinho e atenção são um “santo remédio”. A história porfissional de Ir. Ercília e Ir. Custódia é marcada por situações gratificantes, conquistadas tanto com gestos muitos simples quanto com outros de intensa doação. “Certa vez, em uma visita rotineira, percebi que o pé de uma paciente estava descoberto e eu apenas o cobri, para que se aquecesse. A filha, que a acompanhava, tempos depois, veio até o hospital e me procurou para agradecer o que tinha feito pela mãe dela. Ela se lembrou daAs Irmãs Custódia Gomes de Queiroz e Ercília de Jesus Bendine. “Prego a filosofia de que por ser meu coração ele pode chorar, mas meu rosto é do outro e, por isso, tenho que estar sempre sorrindo” quele pequeno gesto. Com a enfermagem, conseguimos fazer da nossa religião um verdadeiro sacerdócio”, conta Irmã Custódia. Quem chega ao HSVP cruza facilmente pelos corredores com Ir. Ercília e Ir. Custódia, sempre animadas, com muita disposição e um largo sorriso nos lábios. Equilíbrio emocional e força para enfrentar as dificuldades inerentes à difícil rotina hospitalar são características de suas personalidades. “Prego a filosofia de que meu coração pode chorar, mas meu rosto é do outro e por isso tenho que estar sempre sorrindo. A gente se envolve com a história de cada paciente, mas sabe até que ponto pode ir. Mesmo quando me emociono com as situações difíceis, mantenho o sorriso para passar segurança e esperança aos pacientes”, diz Irmã Ercília. Ao serem questionadas sobre o valor da profissão, as duas são categóricas. “Os profissionais de enfermagem devem ter consciência de seu valor, para serem mais reconhecidos pelo mercado”, diz Ir. Custódia. “Os hospitais não conseguiriam manter-se sem a enfermagem. É um trabalho que funciona lado a lado com o dos médicos. Um profissional depende do trabalho do outro e, por isso, é muito importante uma boa gestão e equipe hospitalar para que essa sintonia renda bons frutos e seja passada aos pacientes”, completa Ir. Ercília. A busca pela capacitação contínua é um aspecto encarado como essencial por Irmã Ercília. “Os profissionais da enfermagem devem buscar se atualizar e se especializar constantemente. Acompanhar as técnicas, que evoluem rapidamente, é a maneira mais certa de fazer da rotina um constante aprendizado. Só um profissional que se mantém atualizado poderá ter certeza de estar realizando um bom trabalho”, aconselha. Mesmo com tantas dificuldades, a profissão é motivo de orgulho para ambas as irmãs. A história dessas enfermeiras mostra que a solidariedade e o respeito ao próximo devem ser encarados com seriedade dentro dos ambientes hospitalares e que profissionais que prezam os valores humanitários agregam qualidades inestimáveis às suas atuações. Levando o Carisma Vicentino, Ir. Ercília e Ir. Custódia mostram que ser enfermeira é mais do que cuidar, é doar-se e agir por amor. A palavra Enfermeira/o se compõe de duas palavras do latim: “nutrix” que significa Mãe, e o verbo “nutrire”, que tem como significados criar e nutrir. Essas duas palavras, adaptadas ao inglês do século XIX, acabaram se transformando na palavra NURSE, que, traduzido para o português, significa Enfermeira. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 15 Medicamento na dose certa E rros na prescrição e no uso de medicamentos em hospitais estão entre as principais causas de danos à saúde dos pacientes em todo o mundo. Levantamento feito nos Estados Unidos indica que falhas na comunicação entre médicos, enfermagem e farmácia são responsáveis por 50% de todos os erros na administração de fármacos em unidades hospitalares e por 20% dos eventos adversos causados por medicamentos. Para evitar esses e outros problemas relacionados ao uso de medicamentos, o HSVP segue à risca as recomendações do capítulo de gestão e prescrição de medicamentos, do manual editado pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), instituição que certifica a qualidade de serviços hospitalares. O gerenciamento de medicamentos é uma série de processos técnicos para o fornecimento de Hospital São Vicente de Paulo - pág. 16 fármacos aos pacientes, explica a chefe do setor de farmácia do HSVP, Aline Woitowicz. O gerenciamento eficaz garante o abastecimento, a dispensação (liberação), o controle, a rastreabilidade e o uso racional de medicamentos de forma segura, envolvendo todos os setores do HSVP. “Um processo inadequado e o uso incorreto de fármacos acarretam graves prejuízos à segurança e ao tratamento dos pacientes”, comenta Aline. Cuidado máximo para evitar falhas No HSVP, até o medicamento ser administrado ao paciente, ele passa por várias etapas que evitam erros previsíveis, conta a farmacêutica. Quando um paciente é internado, o médico prescreve os medicamentos necessários e essa solicitação gera todo um processo que envolve farmacêuticos, enfermeiros e técnicos. Tudo é conferido com a máxima atenção para evitar qualquer falha. Os farmacêuticos realizam a triagem da prescrição, em que verificam a dose recomendada, a via de administração e se existe interação farmacológica. Quando necessário, entram em contato com o médico prescritor. “Tudo é analisado e registrado por todos os envolvidos na equipe multidisciplinar. No HSVP, todos os medicamentos adquiridos são de referência e apresentam registro válido na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, podem ser rastreados em todas as etapas, dede o recebimento até a administração por meio de códigos de barras”, diz Aline. Comissões profissionais Para aumentar ainda mais a segurança dos pacientes, o HSVP tem duas comissões técnicas que atuam internamente: a de segurança do paciente e a de farmacoterapêutica. A Comissão de Farmácia e Terapêutica, formada por dez integrantes (anestesista, cirurgião, clínico, infectologista, oncologista, representante do CTI, enfermeiras de diversos setores e farmacêutica), participa da elaboração da política de medicamentos da instituição, incluindo sua seleção e liberação; estipula critérios para obtenção de medicamentos que não constem na padronização; atua na criação de protocolos de tratamento de diferentes serviços clínicos e participa de todas as atividades relacionadas à promoção do uso racional de fármacos, explica o médico Péricles Vasconcellos, coordenador do Centro Cirúrgico do HSVP e membro da Comissão de Farmácia e Terapêutica. “Uma das responsabilidades da nossa comissão é padronizar o uso de medicamentos no HSVP. Por exemplo, a inclusão ou não de novos fármacos na rotina do hospital, a partir da análise de estudos publicados em literatura científica, protocolos terapêuticos e medicina baseada em evidências. Não usamos medicamentos sem eficácia estabelecida e não sofremos pressão da indústria farmacêutica. O mais importante é avaliar o custo-benefício e o melhor para os pacientes do HSVP”, reforça Péricles. Essa comissão é tão importante que recebeu recomendação especial no manual do CBA: “as instituições de saúde devem estabelecer ou fortalecer o papel das Comissões de Farmácia e Terapêutica, as quais devem ter caráter e papel multidisciplinar. Deve, ainda, ter autoridade delegada pela direção clínica da instituição, no objetivo de definir e implantar as políticas, diretrizes gerais, protocolos e procedimentos relacionados com toda a cadeia de utilização de medicamentos, incluindo sua seleção, aquisição, armazenamento, prescrição, dispensação, distribuição, administração e monitoramento.” Ainda na ótica do uso seguro dos medicamentos, a outra comissão interna, de Segurança do Paciente, atua desenvolvendo ações de gerenciamento de riscos hospitalares, como análise de reações adversas a medicamentos; queixas técnicas; problemas com produtos para saúde, saneantes, kits diagnósticos e equipamentos. O gerenciamento de medicamentos é também um meio de racionalizar os “gastos” hospitalares, afirma a farmacêutica Aline. As estratégias ligadas à gestão da farmácia hospitalar são desenvolvidas a fim de melhorar o processo de compra, o controle de estoque e a seleção de medicamentos, entre outros aspectos. E o setor de Farmácia do HSVP quer ir mais longe, com o projeto de implantação, até o fim do ano, da Farmácia Clínica, que, além de prestar orientação e atendimento ao paciente ainda no leito, estenderá a assistência mesmo após a alta hospitalar, esclarecendo possíveis dúvidas com relação ao uso dos medicamentos receitados. Aline Woitowicz, chefe do setor de farmácia do HSVP. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 17 Câncer de mama em debate na Mangueira HSVP é referência em procedimentos de Hemodinâmica Moradoras da região da Mangueira, na Zona Norte, puderam tirar todas as suas dúvidas sobre o tipo de câncer que mais mata mulheres em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Coordenada pelas mastologistas do HSVP, Sandra Gioia e Joyce Ribeiro, a palestra Tudo o que Você Precisa Saber sobre Câncer de Mama fez parte do programa Prevenção é Saúde, que ocorre trimestralmente no HSVP. O cirurgião Cyro Vargues (ao centro) e parte da equipe do Serviço de Hemodinâmica: atualização e treinamentos constantes. A s doenças cardiovasculares, que atingem o coração e as artérias, são responsáveis por 30% de todas as mortes no Brasil em um ano; índice que corresponde a mais de 300 mil óbitos, a maioria por infarto e acidente vascular encefálico (derrame), segundo o Ministério da Saúde. Para as pessoas que sofrem de isquemia (má irrigação dos vasos), angina (dor crônica no peito), arritmias (alterações no ritmo cardíaco), ou já tiveram infarto ou derrame, a solução, em muitos casos, está nos tratamentos menos invasivos, como implantes de próteses (stents) para passagem do sangue nas artérias e ablação de arritmias (cirurgia por radiofrequência). No HSVP, essas técnicas são realizadas pela equipe do Serviço de Hemodinâmica, chefiado pelo cardiologista Cyro Vargues. O setor, que funciona desde 1988, tem ampliado a parceria com a operadora Bradesco Saúde e está se tornando referência para o atendimento de pacientes que precisam da cardiologia intervencionista. O médico Hsu Young Tchou, responsável pela liberação de procedimentos cardiovasculares da Bradesco Saúde, afirma que as equipes da Hemodinâmica do HSVP estão entre as melhores do país; o que facilita o atendimento. “Nunca tivemos problemas com a liberação de procedimentos na Hemodinâmica do HSVP; e um dos motivos é que os médicos do setor fazem seus pedidos seguindo as diretrizes atuais da cardiologia, visando sempre o melhor para o paciente; o que não acontece em alguns outros hospitais, onde são comuns solicitações indevidas ou com o único objetivo de ter lucro. A nossa confiança na direção e nos médicos do HSVP, especialmente na Hemodinâmica, leva a um melhor atendimento dos segurados pela Bradesco”, afirma Tchou. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 18 Material de última geração Para dar conta da epidemia de doenças cardiovasculares, o Serviço de Hemodinâmica do HSVP está em permanente treinamento e atualização. Quando os primeiros stents começaram a ser usados no mundo, quase 30% dos pacientes tinham reobstrução de artérias, devido à cicatrização exagerada na parede do vaso. Atualmente, esses dispositivos são mais eficazes. Os modelos farmacológicos, por exemplo, liberam medicamentos que impedem a proliferação de células diminuindo significativamente a volta da lesão. “A chance de nova obstrução não chega a 10%“, diz Vargues. E a evolução é contínua. Já existem os stents absorvíveis, que, como o próprio nome diz, ficam na artéria por seis meses a um ano e começam a ser absorvidos pelo organismo, o que evita a ação nociva do metal, isto é, a formação de trombos no local devido à presença de inflamação crônica na artéria, podendo levar à oclusão aguda da artéria. Outro avanço da Hemodinâmica é o implante da válvula cardíaca por meio de cateter, sendo que, nos casos de lesão na válvula aórtica (estenose aórtica), a técnica está indicada em pacientes de alto risco para cirurgia de troca da válvula. Esse procedimento ainda não é autorizado pelas seguradoras de saúde, nem está disponibilizado pelo SUS. E no futuro, não distante, a Hemodinâmica será essencial na aplicação de células-tronco por meio de cateteres nas coronárias ou na musculatura do coração, para recuperar corações doentes. “Claro que o stent não é a solução para todos, e ele de nada adianta se o paciente não se cuidar, eliminando hábitos nocivos. Entretanto, a Hemodinâmica melhora muito a qualidade de vida.” Programa para idosos do HSVP fala sobre artrite, artrose e osteoporose O HSVP promoveu mais uma edição do seu programa de Envelhecimento Saudável. A palestra O que Você Precisa Saber sobre Artrite, Artrose e Osteoporose – Detecção e Controle esclareceu dúvidas e ainda ensinou alguns exercícios de fisioterapia para fazer em casa. O evento contou com a participação do coordenador geral do Centro Avançado de Ortopedia do hospital, inaugurado no último dia 4, Ilídio Pinheiro, e com as fisioterapeutas Rita Moura e Alessandra Cardoso, da Associação São Vicente de Paulo. Atletas no HSVP Estimulando o espírito esportivo e o bem-estar, o HSVP esteve presente, por meio de seus colaboradores, a 3 corridas patrocinadas pela Caixa, nos meses de abril e maio. A primeira delas, a WRUN, uma corrida destinada às mulheres, teve percurso de 4 a 8 quilômetros e ocorreu no dia 28 de abril. Já a segunda, a Corrida do Trabalhador, foi realizada em homenagem ao Dia do Trabalhador e ocorreu em 1° de maio, para aqueles que aproveitaram o feriado para exercitar o corpo. Por fim, com uma proposta diferente, o Circuito Corujão, realizado no dia 4 de maio, foi feito para aqueles corredores noturnos, com início às 20h. Sessões clínicas em março e abril Com base nas novas diretrizes da Campanha Mundial de Prevenção da Sepse, Guilherme Aguiar, chefe do CTI do HSVP, debateu a “sepse grave por pneumonia comunitária com SARA”. A iniciativa faz parte da programação de sessões clínicas, destinadas aos médicos da casa, sob a coordenação do presidente do Centro de Estudos, Cyro Vargues. Ainda na programação, o HSVP realizou, no dia 25 de abril, mais um encontro; desta vez, conduzido pela equipe de neurologia. O caso estudado foi a síndrome de Guillain Barré, doença do sistema nervoso, de caráter autoimune. Marcada pela perda da bainha de mielina e dos reflexos dos tendões, a síndrome se manifesta sob a forma de inflamação aguda desses nervos e das raízes nervosas. Valor reconhecido As enfermeiras Lorena Cabana e Betânia Freitas foram indicadas pela Diretoria de Enfermagem e pelo SHCIH para participação no 3º Simpósio de Prevenção de Lesões de Pele, realizado em Florianópolis-SC, no dia 8 de abril. A escolha das enfermeiras para participar do evento foi um reconhecimento pela qualidade de trabalho que realizam no hospital. Na ocasião, o HSVP recebeu a recertificação na categoria Diamante pela adoção de boas práticas relacionadas à prevenção de lesões de pele. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 19