Revista do Hospital São Vicente de Paulo Ano 4 • Número 15 • Jan/Fev 2015 Em 2015, coloque a saúde no seu prato Mudança de hábitos à mesa diminui risco de doenças cardiovasculares. Saiba quais alimentos não podem faltar no cardápio Cirurgia Bariátrica Redução de estômago por videolaparoscopia chega ao HSVP Qualidade comprovada Hospital é eleito o 5º melhor do Brasil pela consultoria América Economia Informativo bimestral do Hospital São Vicente de Paulo TEMPO DE COMPARTILHAR Caro amigo, A chegada do Ano Novo é mais uma oportunidade para agradecermos pelas conquistas alcançadas e nos prepararmos para os desafios que nos esperam durante os próximos meses. Aproveite este momento para compartilhar amor, fé, esperança, amizade e gratidão com todos aqueles que fazem parte da sua vida. Para o Hospital São Vicente de Paulo, esse também é o momento de partilhar, com alegria, nossos avanços assistenciais em 2014. Ao longo deste ano, inauguramos um novo CTI, dobrando o número de leitos de alta complexidade; abrimos um Centro Avançado de Urologia; e adquirimos tecnologias de ponta para diversos serviços, como a Oftalmologia e a Hemodinâmica. Nesta edição da Revista do HSVP, você vai perceber como todos esses investimentos, aliados à excelência de nossas equipes, contribuíram para que fôssemos eleitos, pelo segundo ano consecutivo, o 5º melhor hospital do Brasil pela consultoria América Economia. Nas próximas páginas, trazemos também dicas importantes dos nossos especialistas para que você já comece 2015 cuidando melhor da sua saúde. Um Ano Novo de muitas realizações! Boa leitura! Ir. Marinete Tibério – Diretora Executiva do HSVP SUMÁRIO EXPEDIENTE Personalidade – Paulo Roberto Lazarini, Presidente da SBO Hospital São Vicente de Paulo - Rua Dr. Satamini 333 Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: 21 2563-2121. Cirurgia bariátrica por vídeo chega ao HSVP FUNDADO EM 1930 pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. A importância do Banco de Sangue no pré-operatório Incidência de inflamações no ouvido cresce no verão HSVP é eleito o 5º melhor hospital do Brasil Ano Novo, coração saudável Entrevista – Augusto César Teixeira, cirurgião de mão Auditores internos: dedicação à excelência Alterações menstruais podem ser sintomas de doenças Higiene das mãos é tema de treinamento Aconteceu 3 4, 5 6,7 8 9 10, 11 12, 13 14, 15 16 17 18 Diretoria Médica: Marcio Neves (CRM: RJ-577755). Conselho Administrativo: Ir. Marinete Tibério, Ir. Josefa Coissi, Ir. Emanuele Gonçalves de Alcântara e Ir. Ercília de Jesus Bendine. Conselho Editorial: Ir. Marinete Tibério – Diretora Executiva; Ir. Josefa Coissi – Diretora de Enfermagem; Ir. Ercília de Jesus Bendine – Diretora de Relacionamento com o Paciente; Marcio Neves – Diretor Médico; Gabriela Claro – Gerente de Hospitalidade; Olga Oliveira – Gerente de Suprimentos; Vanderlei Timbó – Coordenador de Qualidade. Edição: Simone Beja. TEXTOS: Juliana Borel, Manuela Lagos e Thamyres Dias. Projeto gráfico e DIAGRAMAÇÃO: SB Comunicação. APOIO EDITORIAL: Wilson Agostinho e Ana Paula Gama. Impressão: Arte Criação Paulo Roberto Lazarini Presidente da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) Cuidado com a audição deve começar na juventude D ados do último censo do IBGE mostram que 5% dos brasileiros têm algum nível de perda auditiva. Embora a maioria dos casos seja registrada entre adultos e idosos, para o presidente da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), Paulo Roberto Lazarini, eles podem ser consequência de hábitos adotados ainda na juventude. Durante a Campanha Nacional da Saúde Auditiva de 2014, a SBO pesquisou o nível de exposição de adolescentes ao som emitido pelos fones de ouvido de dispositivos móveis, como aparelhos de MP3 e smartphones. Lazarini conversou com a Revista do HSVP sobre os resultados do estudo e deu dicas importantes para a manutenção da saúde auditiva. Revista do HSVP: Apenas 20% dos adolescentes que participaram da pesquisa ouvem música no volume considerado saudável. Como a exposição a ruídos intensos, por períodos prolongados, pode afetar a audição nessa faixa etária? Paulo Roberto Lazarini: Toda exposição a ruído intenso pode causar danos aos ouvidos. O som alto vai gradualmente lesando os sensores que nós temos na porção mais interna do ouvido, chamada cóclea, que são responsáveis pela captação dos estímulos auditivos. Quanto maior for essa exposição na juventude, maior a chance de comprometimento da audição na idade adulta ou na velhice. Muitas vezes, contudo, os adolescentes não percebem esse risco. Durante a pesquisa, fomos a duas escolas paulistanas para verificar a intensidade do som que os alunos escutavam, com fones de ouvido, na hora do recreio. Avaliamos 68 jovens, de 11 a 18 anos, e apenas 14 respeitavam o limite máximo de 85 decibéis. A média foi 92 decibéis, com pico de 109. Isso equivale ao ruído emitido por uma furadeira pneumática, por exemplo. Revista do HSVP: De forma prática, como o jovem pode saber se o volume está ou não acima do permitido? PRL: O ideal seria um controle maior da intensidade máxima que aparelhos de MP3 e smartphones podem gerar de som. Como, no Brasil, isso ainda não foi regulamentado, minha dica é não ultrapassar o volume médio do equipamento. A exposição ao som também não deve ser longa, devendo girar em torno de uma hora, com intervalos para descanso. Se, ao desligar o equipamento, a pessoa sente o ouvido dolorido, o som abafado, ou ouve zumbidos, essa é outra pista indicativa de que houve agressão muito intensa ao ouvido. Revista do HSVP: A perda auditiva causada pelo excesso de ruído pode ser revertida? Como é feito o tratamento? PRL: Quando o paciente chega ao consultório com queixas de perda auditiva, realizamos uma avaliação auditiva complexa, que envolve uma série de exames para saber se há algum dano no tímpano ou nos ossículos do ouvido. Quando há comprometimento apenas da parte externa ou da parte média do ouvido, há possibilidade de recuperação por meio de cirurgias e outros procedimentos que têm um bom resultado. Agora, quando a lesão acomete a parte interna do ouvido, não há como recuperar os sensores perdidos. Nesses casos, precisamos prescrever o uso de aparelhos auditivos. Revista do HSVP: Que outros motivos podem levar à perda de audição na idade adulta? PRL: Cerca de 30% a 35% das perdas de audição estão relacionados à exposição a sons intensos, não só em momentos de lazer, mas também em ambiente profissional. Mas há inúmeras outras causas possíveis, como processos infecciosos, traumatismos cranianos e doenças de origem genética que se manifestam tardiamente, como a otosclerose, que afeta os ossículos do ouvido. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 3 Cirurgia bariátrica por vídeo chega ao HSVP D ados do Ministério da Saúde revelam: 50,8% dos brasileiros adultos estão acima do peso e 17,5% já podem ser considerados obesos. Os números são o reflexo de um problema que preocupa especialistas: quanto mais pesada a população fica, maiores os riscos para diabetes, hipertensão e câncer, entre outras doenças. Em alguns casos, quando a obesidade atinge um grau severo e o paciente não consegue emagrecer, a cirurgia bariátrica (a chamada “redução de estômago”) é o tratamento mais indicado. No Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), o procedimento é feito pela técnica convencional, aberta, e, desde dezembro, também por videolaparoscopia. “A cirurgia por vídeo acaba de ser implantada no hospital. Foi um processo de muito estudo, pois precisávamos ter a certeza de que este é um procedimento tão seguro quanto a cirurgia aberta. Um dos benefícios da videolaparoscopia é a recuperação mais rápida, já que não há cortes extensos”, explica o chefe do Serviço, o cirurgião Alfredo Martins Fontes. A escolha pelo tipo de procedimento varia de caso a caso. “Alguns pacientes vão se beneficiar, e muito, com a cirurgia por vídeo, mas há aqueles em que a cirurgia convencional ainda será mais indicada. A decisão será sempre do médico, durante os exames pré-operatórios”, lembra o especialista. Fontes ressalta, ainda, que a cirurgia por vídeo tem tudo para conquistar os mesmos resultados do método tradicional. “QuereDr. Alfredo Martins Fontes Hospital São Vicente de Paulo - pág. 4 mos manter a excelência do Serviço, que tem taxa de mortalidade zero, bem como índice de complicações abaixo da média internacional”, pontua. Pré e pós-operatório O pré-operatório de uma cirurgia bariátrica leva em torno de 60 dias. Nesse período, o paciente é submetido a uma série de exames para avaliar seu estado geral de saúde. Pacientes com mais de 200 quilos podem ser orientados a emagrecer um pouco, para aumentar a segurança do procedimento. Já a recuperação pós-cirúrgica é um pouco mais lenta. Nesse momento, o paciente vai, aos poucos, progredir de uma dieta zero até comidas mais consistentes. O cirurgião Josué Kardec, membro do Serviço de Cirurgia Bariátrica do HSVP, alerta que alguns nutrientes podem passar a ser absorvidos com dificuldade pelo organismo, após a cirurgia, o que exige um acompanhamento mais atento do paciente. “Quando acontece carência de ferro, por exemplo, recorremos a uma alimentação mais rica nesse nutriente, a suplementos vitamínicos ou, em casos mais sérios, à medicação injetável. O mesmo pode acontecer com ácidos graxos e alguns sais minerais. A participação do nutricionista nessa fase da recuperação do paciente é fundamental”, afirma o médico. Suar é bom, comer bem também Não é segredo que levar uma vida saudável ainda é a melhor maneira de manter o peso. Por isso, buscar hábitos como a prática regular e supervisionada de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada é a recomendação de dez entre dez médicos. Antes de pensar em recorrer ao procedimento cirúrgico, tente emagrecer de forma natural e progressiva! As atividades físicas vão sendo liberadas lentamente. Primeiro, são indicados os movimentos de rotina (levantar, andar dentro de casa, caminhar). Correr, dançar ou fazer musculação são permitidos de acordo com a evolução de cada pessoa. Quem pode se candidatar à cirurgia bariátrica? Apenas pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 35 e 40, associado a doenças como diabetes, hipertensão e outras patologias ligadas ao excesso de peso, podem fazer a cirurgia. Quem já está com o IMC acima de 40, mesmo sem doenças graves, também pode ser encaminhado para o procedimento cirúrgico. É importante que o paciente já tenha tentado emagrecer de outras formas, sem sucesso. “É preciso identificar a razão do aumento de peso. Às vezes é um problema hormonal que pode ser tratado de outra maneira. Ou, de repente, a pessoa apresenta compulsão alimentar e pode tratá-la com acompanhamento psicológico e conseguir emagrecer”, Dr. Josué explica Kardec. Kardec Como calcular seu IMC Para calcular o Índice de Massa Corporal (IMC), divida seu peso (em quilos) pela sua altura (em metros) ao quadrado. Para uma pessoa com 80kg e 1,70m de altura, por exemplo, a conta ficaria assim: IMC = 80 ÷ (1,70 x 1,70) IMC = 80 ÷ 2,89 IMC = 27,6 Resultado Situação Abaixo de 17 Muito abaixo do peso Entre 17 e 18,49 Abaixo do peso Entre 18,5 e 24,99 Peso normal Entre 25 e 29,99 Acima do peso Entre 30 e 34,99 Obesidade I Entre 35 e 39,99 Obesidade II Acima de 40 Obesidade III Hospital São Vicente de Paulo - pág. 5 A importância do Banco de Sangue no pré-operatório Q uando o paciente vai se submeter a algum procedimento cirúrgico é fundamental a realização de exames de imagem, testes laboratoriais e uma consulta com o cardiologista para avaliar o risco cirúrgico. O que muita gente não sabe é que, tão importante quanto essas atitudes, a visita ao Banco de Sangue ajuda a garantir a segurança da cirurgia. O sangue a ser reservado para o procedimento deve ser o mais parecido possível com o do paciente. Por isso, é importante coletar uma amostra para conhecer as suas características, tais como: grupo sanguíneo, sistema ABO e fator RH, além de verificar a presença de centenas de outros antígenos e de anticorpos irregulares. Geralmente, esse é um processo rápido, mas, dependendo das particularidades do paciente, pode ser necessário um estudo mais complexo. Em alguns casos, é preciso esperar dias até que se consiga encontrar um doador compatível. Isso sem falar nos grupos sanguíneos mais difíceis, como A e O negativos, que podem não estar disponíveis no estoque naquele momento. Logo, quanto mais doadores voluntários, mais fácil será achar sanguecompatível para os pacientes que aguardam Dra. Moema de Oliveira, Hematologista e Hemoterapeuta e Diretora do CTA-Centro de Transfusão e Aférese Hospital São Vicente de Paulo - pág. 6 uma cirurgia. Atualmente, são coletadas, no país, cerca de 3,6 milhões de bolsas ao ano, o que corresponde a apenas 1,8% da população. Esse número ainda é muito baixo. No Canadá e na Inglaterra, por exemplo, mais de 5% das pessoas doam sangue regularmente. Redução nos estoques No dia 25 de novembro, o Brasil comemora o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue. Esse é um momento muito importante para reforçar a doação, já que, com as festas e viagens, os estoques costumam cair cerca de 30% entre dezembro e fevereiro. Mitos e verdades Processo de doação Muitas pessoas deixam de doar sangue porque ouviram dizer que o procedimento dói, provoca mudanças no peso e até que “vicia”. Se esse é o seu caso, fique tranquilo! Esses são apenas mitos! A verdade é que a coleta é indolor, fácil, rápida, não engorda, não emagrece e não vicia. Você pode doar sangue apenas uma vez, e nunca mais doar. Isso não fará mal algum à sua saúde! Além disso, é importante lembrar que todo material utilizado é estéril e descartável, por isso o doador não corre o risco de contrair doenças durante o procedimento. A quantidade de sangue retirada também não afeta o organismo:um adulto tem, em média, 5 litros de sangue e, durante a doação, são coletados aproximadamente 450ml. No Banco de Sangue, o doador voluntário é cadastrado e passa por uma avaliação médica para verificar a necessidade de hidratação e a aptidão para o procedimento (veja no quadro abaixo as condições para doar sangue). O candidato também preenche um questionário que ajudará o profissional de saúde a decidir se ele pode doar, se está temporariamente inapto ou se tem algum impedimento definitivo. Caso a pessoa tenha todas as características necessárias, ela é encaminhada para a sala de coleta e, ao final da doação, receberá orientações sobre os cuidados que devem ser tomados. Antes de ir embora, o voluntário é encaminhado para o lanche. Quem não pode doar •Quem teve diagnóstico de Hepatite após os 11 anos de idade; •Diabéticos; •Mulheres grávidas ou amamentando; •Pessoas gripadas ou com febre; •Pessoas em tratamento com antibiótico; •Comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis; •Pessoas expostas a doenças transmissíveis pelo sangue, como •Usuários de drogas; Aids, Hepatite, Sífilis, •Pessoas que fizeram Doença de Chagas piercing e tatuagem ou Malária; há menos de 1 ano. Condições básicas para doar sangue •Sentir-se bem, ter boa saúde; •Nunca vá doar sangue em jejum, mas não coma alimentos gordurosos; •Ter entre 18 e 69 anos de idade (a partir dos 60 anos, não poderá ocorrer •Faça um repouso mínimo de 4 horas a primeira doação); na noite anterior à •Pesar mais de 50Kg; doação; •Apresentar •Não ingira bebidas documento alcoólicas nas 12 oficial com foto horas anteriores. (RG, carteira de trabalho, carteira de motorista); Seja um voluntário! Agora que você sabe um pouco mais sobre a importância do sangue durante os procedimentos cirúrgicos, entre outras aplicações, torne-se um doador! Caso você tenha algum impedimento de saúde que o impeça de doar, ajude a disseminar essa ideia e convide um amigo! O CTA – Centro de Transfusão e Aférese está na Rua Santo Amaro 80, 1° Subsolo – Glória. Nosso horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 15h; e aos sábados, das 7h30 às 10h30. Outras informações pelo telefone: (21) 2224-0945. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 7 Incidência de inflamações no ouvido cresce no verão C om a chegada do verão, os cuidados com a saúde devem ser redobrados. A exposição ao sol e o exagero nos banhos de mar e de piscina podem se tornar os grandes vilões da estação, especialmente se o assunto for infecções de ouvido. Segundo a otorrinolaringologista do Hospital São Vicente de Paulo, Eliza Bittencourt Chaves, nessa época do ano os casos de otite crescem tanto em adultos como em crianças. “O contato frequente com a água facilita a remoção da cera que serve de proteção para o canal auditivo. Sem essa proteção natural, hábitos como coçar ou secar o ouvido com cotonete e outros objetos têm mais chance de provocar irritações”, explica a médica. Por meio dessas lesões, fungos, vírus e bactérias se instalam, causando as infecções, que podem ser de vários tipos. Na otite externa, por exemplo, os micro-organismos podem atingir apenas a parte mais externa do canal auditivo, causando dor e inchaço importante da orelha. Já na otite média, ligada a outras infecções, como resfriados e sinusite, há contaminação do ouvido médio através da tuba auditiva – uma estrutura que estabelece a conexão entre o ouvido e o nariz. Há ainda a otite média aguda de repetição (OMAR), que ocorre quando os fatores de risco se perpetuam e levam a diversos episódios de inflamação em um curto período de tempo. Em alguns casos, se o tratamento não for iniciado o mais rápido possível, podem ocorrer complicações, como os abscessos, a pericondrite (infecção do tecido que envolve a cartilagem da orelha), a perfuração do tímpano e, até mesmo, a perda auditiva do paciente. “O tratamento depende do tipo e do grau da otite e pode envolver o uso de analgésicos Dra. Eliza Bittencourt Chaves Hospital São Vicente de Paulo - pág. 8 comuns e anti-inflamatórios ou antibióticos que podem até ser aplicados no ouvido”, orienta Eliza. Em casos mais graves, porém, quando apenas a medicação não é suficiente para solucionar o problema, as cirurgias podem ser uma opção de tratamento. Prevenção Nos meses mais quentes, é difícil evitar o sol e a umidade, principalmente para aquelas pessoas que realizam esportes aquáticos ou que frequentam a praia quase diariamente. Uma dica para afastar a otite, nesses casos, é usar protetores auriculares, que funcionam como barreiras contra a passagem da água. Contudo, segundo a especialista, o melhor conselho é evitar a manipulação do ouvido com cotonetes ou qualquer outro instrumento. “Se, apesar dos cuidados, a dor e o incômodo surgirem, vá ao médico imediatamente e evite as complicações mais sérias. É fundamental ressaltar que o tratamento deve ser feito pelo otorrinolaringologista”, recomenda. HSVP é eleito o 5º melhor hospital do Brasil Instituição está entre as 20 mais qualificadas da América Latina, segundo consultoria A consultoria América Economia Intelligence acaba de divulgar o ranking 2014 das melhores instituições de saúde da América Latina. Pelo segundo ano consecutivo, o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) – único carioca citado na lista – foi eleito o quinto melhor hospital do Brasil. A pesquisa está em sua sexta edição. Na classificação geral, o HSVP alcançou a 20ª melhor pontuação, entre instituições de oito países: México, Argentina, Colômbia, Peru, Venezuela, Costa Rica, Chile e, é claro, Brasil. A participação foi aberta a todos os hospitais gerais e clínicas de alta complexidade da América Latina que são reconhecidos pela Organização Pan-americana de Saúde. Das instituições que fazem parte do ranking deste ano, 14 têm algo em comum: a acreditação da Joint Commission International (JCI), uma das mais reconhecidas instituições acreditadoras do mundo. “Desde 2008, o HSVP é acreditado pela JCI. Isso faz com que busquemos melhorias constantes. Esse é o compromisso de nossa direção”, ressalta a Diretora Executiva do hospital, Irmã Marinete Tibério. Os destaques nacionais 1ºHospital Israelita Albert Einstein (SP) 2ºHospital Samaritano (SP) 3ºHospital Alemão Oswaldo Cruz (SP) 4ºHospital Moinhos de Vento (RS) 5ºHospital São Vicente de Paulo (RJ) Subespecialidades médicas Na avaliação do Corpo Clínico, o Hospital São Vicente de Paulo também se destacou como o 4º da América Latina em médicos com subespecialidades. Para o Diretor Médico do HSVP, Marcio Neves, esse é um dos principais diferenciais da instituição. “Na realidade o que a Direção do HSVP busca é ter um Corpo Clínico completo em vários quesitos, pois entendemos que essa característica é uma das formas de prestar um atendimento pleno aos nossos clientes”, afirma Neves. O que foi avaliado? Segurança e Dignidade do Paciente – processos que permitem minimizar os riscos hospitalares; Capital Humano – qualidade da equipe médica, da enfermaria e da gestão hospitalar; Capacidade – indicadores de internações, leitos, especialidades e subespecialidades médicas, exames de laboratório e cirurgias, além de investimentos; Gestão do Conhecimento – capacidade da instituição de produzir e difundir conhecimento científico; Eficiência – taxas de ocupação de leitos e salas de cirurgia, eficiência financeira e mecanismos de gestão da qualidade; Prestígio – opinião dos médicos dos hospitais participantes e dos leitores de América Economía, além de conquistas e alianças estratégicas alcançadas pela instituição. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 9 Ano Novo, coração saudável A no Novo é tempo de mudanças. Quem nunca prometeu – sob os fogos de artifício, na contagem regressiva para a meia-noite – viajar mais, aproveitar melhor o tempo com a família ou mesmo investir em um antigo sonho? Para o chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital São Vicente de Paulo, Aristarco Siqueira, a chegada de 2015 pode ser um bom momento também para começar a cuidar do coração, mudando os hábitos de vida. “A melhor forma de prevenir as doenças cardiovasculares é ter uma rotina mais saudável, e nisso a alimentação tem um papel importantíssimo. É fundamental que a nossa dieta seja balanceada, com alimentos variados e ricos em nutrientes. Também é importante lembrar o papel preventivo dos exercícios físicos”, orienta o especialista. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 30% das mortes em todo o mundo são causadas por doenças cardiovasculares. “Embora alguns fatores de risco não sejam controláveis, como é o caso da idade, do sexo e da herança genética, nossa atitude é fundamental quando se fala dos demais fatores: hipertensão, tabagismo, diabetes, sedentarismo e obesidade”, afirma Siqueira. E se nessa transformação saudável alguns alimentos devem ser evitados, como é o caso do sal, das gorduras de origem animal e das bebidas alcoólicas, outros não podem faltar no cardápio. O cardiologista do HSVP José Perrota Filho listou oito ingredientes que são poderosos aliados de quem quer cuidar melhor do coração. Dr. Aristarco Siqueira Temperos naturais “Temperos naturais, como cebola, pimenta e ervas finas são capazes de acrescentar sabor à comida, permitindo a redução do uso de sal. Além disso, esses alimentos são ricos em antioxidantes e vitaminas”, explica Perrota Filho. Entre os temperos, o mais importante para o coração é o alho, rico em alicina e aljoeno – substâncias que auxiliam na redução dos níveis de pressão arterial e do colesterol “ruim” (LDL). Hospital São Vicente de Paulo - pág. 10 Dr. José Perrota Filho Aveia A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda a ingestão diária de três colheres de sopa de aveia por dia. Fonte de fibras que ajudam a regular o funcionamento intestinal, o cereal aumenta a saciedade, contribuindo na prevenção da obesidade. Além disso, a aveia contém betaglucana, um composto capaz de absorver até 5% do colesterol ingerido na alimentação. Frutas vermelhas As frutas vermelhas são nutritivas, ricas em antioxidantes e anti-inflamatórios naturais. Por isso, podem reduzir a progressão da aterosclerose, isto é, o acúmulo de gordura nas artérias. Entre as frutas vermelhas, estão: amora, framboesa, morango, cereja, cranberry, açaí, romã, ameixa, jabuticaba, mirtilo e gojiberry. Azeite de oliva O azeite de oliva, especialmente o extravirgem, é rico em vitamina E, antioxidantes e gordura monoinsaturada – a mais saudável de todas. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, duas colheres de sopa por dia já são suficientes para proporcionar benefícios ao coração. Mas atenção: o azeite não deve ser utilizado no preparo de frituras. Suco de uva O tomate é rico em um antioxidante chamado licopeno, além de ter grande quantidade de vitamina A. Suas propriedades ajudam a evitar o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC). A recomendação da Sociedade Brasileira de Cardiologia para a ingestão é de uma unidade ou duas colheres de molho. A uva vermelho-escura contém resveratrol, substância antioxidante que se destaca pela capacidade de reduzir os riscos de doenças cardiovasculares. “O suco de uva pode ser substituído, com os mesmos efeitos, por uma taça pequena de vinho. Se a pessoa for hipertensa ou tiver diabetes, entretanto, o consumo não é recomendado. O excesso de álcool pode, ainda, provocar a miocardiopatia alcoólica (dilatação do coração)”, explica José Perrota Filho. Peixes Castanhas “Os peixes de águas profundas, como sardinha, salmão, atum, anchova, truta, arenque e cavala são ricos em Ômega-3, uma gordura saudável que auxilia a reduzir o colesterol ‘ruim’ (LDL). Recomenda-se consumi-los pelo menos três vezes por semana. Os frutos do mar também são saudáveis para o coração, mas devem ser consumidos com moderação”, orienta o cardiologista. As chamadas oleaginosas (castanha-do-brasil, amêndoa, avelã, nozes, amendoim e macadâmia) são ricas em gorduras poli-insaturadas, importantes para o funcionamento do corpo humano. Além disso, apresentam grandes quantidades de proteínas, fibras, selênio, cálcio, ferro, potássio, zinco, vitamina E, ácido fólico e magnésio. Como são muito calóricas, contudo, devem ser apreciadas com moderação. Tomate Hospital São Vicente de Paulo - pág. 11 Augusto César Teixeira Mãos dedicadas a acolher E m uma segunda-feira comum de dezembro, o movimento no consultório 14 do ambulatório era intenso. A cada pessoa que partia, um médico atencioso se despedia com gentileza, diante do invariável sorriso do cliente. A relação de proximidade entre o chefe do Serviço de Cirurgia de Mão do Hospital São Vicente de Paulo, Augusto César Teixeira, e seus pacientes foi um dos assuntos da entrevista que o especialista concedeu à Revista do HSVP. “Aprendi com o tempo a entender as expectativas do cliente, a ver muito além do problema de saúde”, conta. Botafoguense e pai de dois filhos, o cirurgião carioca – que acaba de completar 31 anos de trabalho no Hospital – lembrou, ainda, momentos marcantes da carreira. Revista do HSVP: O senhor entrou na Faculdade de Medicina em 1961, mas quase não se formou. Quando teve certeza de que queria ser médico? Augusto César Teixeira: Meu pai era médico, mas nunca me incentivou a seguir seus passos. Pelo contrário, ele até colocava umas pedras no meu caminho. Naquela época, eu pensava em fazer Engenharia Química, mas, na hora do vestibular, vi que caíam algumas matérias das quais eu não gostava. Eu não ia passar nunca! (risos) Então, resolvi tentar a prova para Medicina e consegui entrar na Faculdade Nacional (atual UFRJ). Depois, no terceiro ano, eu quase desisti. Cheguei a me inscrever no concurso do Banco do Brasil, mas uns amigos me fizeram mudar de ideia Hospital São Vicente de Paulo - pág. 12 e eu não fiz a prova. Só no quinto ano, quando entrei como acadêmico no Hospital Municipal Souza Aguiar, comecei mesmo a gostar da profissão. Eu gosto da parte prática, de atender as pessoas. Quando comecei a pôr a teoria em prática, tudo fez sentido. Revista do HSVP: Além de cirurgião de mão, o senhor também é cirurgião plástico. Como o senhor concilia as duas formações? ACT: Logo depois que eu me formei, fui o primeiro médico residente do Hospital Estadual Rocha Faria. Comecei na residência de Cirurgia Geral, até que um médico me perguntou: você não quer me ajudar na Cirurgia Plástica? Ele tinha acabado de voltar da Europa e me passou o que havia aprendido lá. Eu logo me encantei com a área e decidi fazer a pós-graduação do Ivo Pitanguy, na Santa Casa de Misericórdia. Fui aluno dele entre 1968 e 1970. Em 1971, ganhei uma bolsa para estudar Cirurgia de Mão na França, onde fiquei por um ano. As duas especialidades se complementam. Em todos os serviços em que atuei, acabei fazendo um pouco das duas. Cirurgião plástico e cirurgião de mão Revista do HSVP: Até hoje, qual foi o momento mais emocionante da sua trajetória profissional? ACT: Foi aqui no HSVP, há uns 20 anos. Nós operamos uma garotinha com 10 dias de nascida. A mãe dela teve um surto psicótico e cortou a mão da menina. Foi uma cirurgia complicada, mas conseguimos reimplantar a mão e ela pegou direitinho, ficou muito boa. Essa paciente hoje é adulta e conseguiu até recuperar uma parte dos movimentos. Um caso assim não tem como o médico esquecer. Revista do HSVP: Como se constrói o relacionamento entre médico e paciente? Revista do HSVP: Além desse senso de observação e de humanidade, quais são as características mais importantes para ser um bom cirurgião? ACT: O cirurgião tem que ser analista, tem que ter critérios claros de indicação para os seus pacientes e, uma vez indicada a cirurgia, tem que fazer o procedimento com toda segurança: em um bom hospital, com material adequado, na hora certa. Na França, fui aluno de um cirurgião chamado Paul Tessier, que reunia todas essas qualidades e uma habilidade manual incrível. Operava de tudo, e tudo muito bem feito. Em tantos anos de carreira, ele foi o melhor cirurgião plástico que eu vi. Sem dúvida, foi uma grande inspiração para meu trabalho. ACT: Infelizmente a relação médico-paciente hoje em dia está muito longe do que deveria ser, na minha opinião. É preciso resgatar o valor huma- Revista do HSVP: Em quase 50 anos de carno, a individualização do atendimento. Ao longo reira, qual seu maior orgulho? desses quase 50 anos de formado, o que eu sem- ACT: Tenho orgulho de nunca ter desviado do pre achei mais difícil é descobrir o que se passa meu caminho. Nunca me guiei por razões finanna cabeça do paciente. Aprendi com o tempo a ceiras, sempre trabalhei segundo meus princípios. entender as expectativas do cliente, a ver muito Na minha época de pós-graduação, por exemalém do problema de saúde. plo, eu saía da Santa Casa e, Mesmo assim, não dá para jurar se um professor me chamasse “É preciso resgatar que eu estou certo. É preciso para operar do outro lado da o valor humano, prestar atenção na cabeça do cidade, eu ia, sem ganhar paciente, no que ele sente, no nada, e ainda saía de lá feliz a individualização que ele espera; observar o indipor ter ajudado e aprendido do atendimento”. víduo de forma global. alguma coisa. Atualmente você não vê mais isso. Não estou dizendo que agora seja pior. São duas épocas diferentes e fica difícil comparar. Revista do HSVP: Quando não está trabalhando, o que costuma fazer? ACT: Gosto muito de jogar tênis, fazer musculação e ficar com a minha família. Estou há 42 anos com a minha esposa. Casamos duas vezes: uma em Paris, quando eu estava fazendo o curso, e outra quando voltamos. Tenho dois filhos. Nunca influenciei nas escolhas deles. O mais novo, Murilo, era flamenguista e, de tanto me observar, acabou me acompanhando na torcida pelo Botafogo. Eu nunca falei nada. Já o mais velho, André, continuou tricolor, mas me seguiu na profissão. (risos) Tanto em família como no trabalho, o que mais vale não é o que a gente fala, mas a força do exemplo. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 13 Auditores internos: compromisso com a excelência D uas vezes por ano, eles se dividem entre as atribuições de seus setores e uma tarefa especial: avaliar os serviços oferecidos pelo Hospital São Vicente de Paulo. São os auditores internos da Qualidade, um grupo de 21 colaboradores que, voluntariamente, trabalham para o aprimoramento constante do HSVP. “No dia 20 de novembro, celebramos o Dia do Auditor Interno. Essa equipe existe há 18 anos no HSVP e surgiu para atender a uma exigência da certificação ISO 9001. Atualmente, todos os 59 processos internos são auditados”, explica o coordenador de Qualidade e Risco do HSVP, Vanderlei Timbó, que, desde 2002, também faz parte do grupo. Alguns setores são verificados semestralmente, em geral nos meses de março e novembro. É o caso de Laboratório, Unidade de Internação, CTI, Centro Cirúrgico e Central de Material Esterilizado (CME), entre outros. “São as áreas mais críticas. Nesses departamentos, são realizadas atividades complexas associadas ao cuidado dos pacientes”, afirma Timbó. Já os processos administrativos são avaliados uma vez ao ano. As auditorias são agendadas com, no mínimo, cinco dias de antecedência para que os setores possam se preparar. De acordo com o coordenador de Qualidade e Risco, a recepção é positiva. “Não auditamos pessoas e, sim, processos. No relatório não consta quem fez determinado procedimento, mas se o processo, de forma global, está adequado às normas ou se há oportunidades de melhoria”, ressalta Vanderlei Timbó. Equipe exigente O rigor dos voluntários é alto até mesmo quando comparado à exigência dos avaliadores externos – auditores da ISO 9001 que visitam o hospital para confirmar a qualidade e a segurança dos processos. “Além do conhecimento sobre o funcionamento do HSVP, temos um zelo especial na Hospital São Vicente de Paulo - pág. 14 hora de avaliar. A primeira coisa que fazemos ao começar uma auditoria interna é revisitar os pontos não conformes da última análise para assegurar que os problemas eventualmente encontrados foram solucionados”, pondera. Os achados são consolidados em um relatório que é apresentado ao Conselho da Qualidade, formado pelas diretorias Executiva, Médica, de Enfermagem, de Suprimentos, de Relacionamento com os Pacientes e de Serviços e Estrutura. A partir dessa reunião, são traçados caminhos para pôr em prática as necessidades e oportunidades percebidas. conheça a equipe Adriana Sudério de Oliveira Mota Farmácia Carmelita de Melo de Moura Capital Humano Geise da Costa Loreto Atendimento Ana Cristina Clements Varone CTI Cecilia Calabaide Psicologia Clínica Leonardo Silva Flor Radiologia Claudia Regina Berniz Leite Unidade de Internação V Lindelmira Timbó de Souza Atendimento Denise Fernanda Portugal Fisioterapia Marcella da Silva Costa Serviço Social Ana Paula de Oliveira Vianna Coordenação da Qualidade e Risco Andréa Jales Prata Diretoria de Enfermagem Carla Ferreira da Fonseca Contas Médicas Eliane Fernandes Neves Braga Serviço Social Maria de Fátima Pereira Bastos Patologia Clínica Mere Lima da Silva Serviço Social Michelle Ozon Carvalho dos Santos Coordenação da Qualidade e Risco Mirian Silva Souza de L. Rocha Central de Relacionamento Priscila Monçores Medicina Ocupacional Olga Oliveira Suprimentos Vanderlei Elmiro de S. Timbó Coordenação da Qualidade e Risco Treinamento Para ser um auditor interno de Qualidade é preciso atender a alguns pré-requisitos. Comportamento ético, habilidade para ouvir, capacidade de síntese e bom relacionamento são algumas das exigências, além, é claro, do comprometimento com a empresa. “O auditor também é um educador. Essa disponibilidade é outra característica importante para o exercício do trabalho”, lembra Timbó. Toda a equipe recebe treinamento de 24 horas/aula. Ao término do curso, o participante recebe um certificado de formação em auditor interno da Qualidade. Ao longo dos últimos 18 anos, a dedicação da equipe ajudou a consolidar o HSVP como um hospital de excelência. “Sem dúvida, esse trabalho é fundamental para nosso Sistema de Gestão da Qualidade. Muitas vezes, percepções levantadas pelos auditores internos nos auxiliam nas decisões gerenciais”, pontua a Diretora Executiva do HSVP, Irmã Marinete Tibério. HSVP participa de curso e congresso internacional Nos dias 2 e 3 de outubro, oito representantes do Hospital São Vicente de Paulo participaram da Capacitação em Qualidade e Segurança do Paciente, oferecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em São Paulo. O treinamento simulou eventos reais para promover a atualização dos profissionais que atuam com gerenciamento de risco em unidades de saúde. No mesmo mês, o HSVP esteve presente na Conferência da Sociedade Internacional de Qualidade em Saúde (ISQua), realizada no Rio de Janeiro. “Foi uma oportunidade Os participantes do curso da Anvisa (da esq. para a dir.), Vanderlei Timbó, Denise Kneitte, Aline Vianna, Ana Paula Vianna, Claudia Leite, Péricles Vasconcellos, Ir. Josefa Coissi e Ir. Osvaldina de Jesus. interessante para ampliarmos nossa visão do que está acontecendo no mundo em termos de segurança do paciente. O HSVP está sintonizado com essas ações”, afirmou Irmã Marinete Tibério. Alterações menstruais podem ser sintomas de doenças M udanças repentinas no ciclo menstrual – os chamados sangramentos uterinos anormais – são comuns: estima-se que 30% das mulheres em idade reprodutiva convivam com o problema. Apesar de frequentes, contudo, as alterações merecem atenção especial. “O sangramento uterino anormal pode ser sintoma de doenças, como os pólipos, os miomas, as neoplasias malignas ginecológicas e até mesmo a endometriose. Quanto mais rápido o diagnóstico, melhores os resultados do tratamento”, afirma Claudio Crispi Júnior, médico do Serviço de Endoscopia Ginecológica do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP). Segundo a literatura médica, o ciclo menstrual normal dura de 21 a 35 dias. O sangramento, por sua vez, pode se estender por um período de dois a sete dias, de modo geral, com volume menor que 80ml. “Mas esses parâmetros não se aplicam a todas as pacientes. Cada caso deve ser avaliado individualmente. Se a mulher sempre teve quatro dias de sangramento, por exemplo, e, subitamente passou a sete, mesmo que ainda esteja dentro do considerado padrão, essa mudança deve ser pesquisada”, explica Crispi Júnior. O diagnóstico, portanto, começa com a análise do histórico da paciente, além do exame clínico. Sempre que necessário, são solicitados exames de sangue e de imagens, como a ultrassonografia. Quando precisamos avaliar detalhadamente o endométrio, a videohisteroscopia, um exame minimamente invasivo, permite a visualização direta da cavidade uterina e a realização de biópsias dirigidas. Se o sangramento surge após a menopausa, lembra, ainda, o especialista, o cuidado deve ser redobrado. “Nessa faixa etária, o sangramento é um dos indícios de alterações malignas na cavidade uterina, como o câncer de endométrio”, alerta. Dr. Claudio Crispi Jr. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 16 Tratamento O tratamento para o Sangramento Uterino Anormal depende da doença que originou o problema. Para os miomas e a endometriose, por exemplo, as cirurgias minimamente invasivas, feitas por videoendoscopia, são as mais indicadas, já que conseguem obter excelentes resultados, com uma recuperação mais rápida da paciente. Em outros casos, a solução determinada pelo médico pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, além de hormônios. “As duas abordagens têm taxa de sucesso bastante alta. O mais importante é procurar o especialista assim que surgirem os primeiros sintomas. Se não tratadas a tempo, as causas do sangramento uterino anormal podem levar, ainda, à dor pélvica crônica, à anemia e até a infertilidade”, conclui Claudio Crispi Júnior. Higiene das mãos é tema de treinamento E Equipe de Farmácia do HSVP, durante o treinamento. las tocam corrimãos, dinheiro, maçanetas e muitos outros objetos repletos de micro-organismos causadores de doenças. Por isso, reforçar a higiene das mãos é fundamental para manter a saúde em dia. “A mão é o principal veículo de contato com outras pessoas e, dessa forma, é uma das principais vias de transmissão de micro-organismos, como vírus e bactérias. No hospital, o risco é ainda maior, já que os pacientes estão fragilizados”, explica a chefe do Serviço de Infectologia do Hospital São Vicente de Paulo, Isabella Albuquerque. Para reforçar a importância da higiene correta das mãos entre os colaboradores do HSVP, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) realiza, anualmente, uma campanha que passa por todos os setores do hospital. Este ano, o evento aconteceu no mês de outubro, sob a coordenação da enfermeira Paula Bacco. “Os profissionais foram convidados a analisar a limpeza das mãos por meio de uma câmara com luz ultravioleta. Cada pessoa teve a oportunidade de observar suas deficiências no processo de higienização e corrigi-las”, conta Isabella, que também está à frente da CCIH. Os participantes do treinamento ganharam, ainda, um frasco de álcool em gel como brinde. Caso não haja sujeira visível, que só consegue ser removida com a lavagem com água e sabão, o álcool a 70% pode ser uma eficiente ferramenta de higienização. “A higiene das mãos é a medida mais simples e eficaz de prevenção das infecções hospitalares. E quem escolheu ser profissional de saúde, lidando com vidas em seu dia a dia, deve estar sempre extremamente atento a esse cuidado. Cuidar de vidas é uma responsabilidade imensa”, lembra Isabella Albuquerque. Viroses Entre as doenças transmitidas por meio das mãos estão as viroses respiratórias. “Uma forma de evitar o problema, além da higiene frequente, é usar lenços descartáveis ou o próprio braço para proteger a boca ao tossir, em vez de usar as mãos”, orienta a especialista. Dra. Isabella Albuquerque Como higienizar as mãos com água e sabonete Duração total do procedimento: 40-60 seg. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 17 IX Jornada Multidisciplinar Nos dias 4 e 5 de dezembro, o Hospital São Vicente de Paulo realizou a sua IX Jornada Multidisciplinar, com o tema “Emergências Cardiovasculares”. Durante o evento, cerca de 200 profissionais do staff do HSVP e de outras instituições estiveram reunidos com o objetivo de trocar conhecimentos e estimular o aprimoramento profissional. Nesta edição, a Jornada contou com a participação do presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, Helio Roque, que falou sobre o tratamento das Síndromes Coronarianas Agudas. Também palestraram, além dos especialistas do HSVP, o chefe do Serviço de Hemodinâmica do Hospital Universitário Pedro Ernesto, Esmeralci Ferreira; o chefe do Serviço de Hemodinâmica do Instituto de Cardiologia Aluisio de Castro, Marcio Montenegro; o chefe do Serviço de Hemodinâmica da Clínica São Vicente, Julio Machado; e o diretor médico do Hospital Unimed, Luiz Antônio Almeida. Homenagem Durante o evento, três médicos foram homenageados: Deise de Boni (Nefrologia), Henrique Murad (Cirurgia Cardiovascular), e Leopoldino Guerra (Clínica Médica). Os especialistas receberam placas de agradecimento e reconhecimento profissional, entregues pelo presidente do Centro de Estudos do HSVP, Cyro Vargues, e pelo diretor médico, Márcio Neves. O momento foi de grande emoção e surpresa. I Simpósio do Serviço Social O I Simpósio do Serviço Social do HSVP, realizado no dia 30 de outubro, discutiu os desafios e as possibilidades da Desospitalização Humanizada e com Segurança, e qual o papel do assistente social nesse processo. Sob a coordenação técnica da assistente social Eliane Fernandes e supervisão da geriatra Mariângela Peres, o evento reuniu um time de especialistas das áreas pública e privada em um formato de talk-show, em que o público participava ativamente fazendo perguntas. O encontro reuniu cerca de 100 participantes e contou, além da equipe do HSVP, com palestrantes do Hospital Municipal da Piedade, do Programa de Atenção Domiciliar (PAD) da Petrobras e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Hospital São Vicente de Paulo - pág. 18 Dia da Qualidade No dia 7 de novembro, a Coordenação de Qualidade e Risco do HSVP preparou um evento dedicado a sensibilizar os colaboradores sobre a importância das Seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente, determinadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS): identificação correta do paciente; comunicação efetiva; uso seguro de medicamentos; cirurgia segura; prevenção do risco de infecções e prevenção do risco de queda. Os participantes foram divididos em grupos e abordaram o assunto de forma lúdica e descontraída. HSVP completa 34 anos O Hospital São Vicente de Paulo comemorou, no dia 6 de novembro, 34 anos de preocupação com qualidade, investimentos em tecnologia, atendimento humanizado ao paciente e ética no relacionamento com a sociedade. Para celebrar, colaboradores, médicos e prestadores de serviço participaram de Missa de Ação de Graças com o padre capelão Renato Prado. Após a Missa, todos se reuniram em uma festa com direito a bolo de aniversário e refrigerante. Dia do Médico Um jantar especial marcou as celebrações pelo Dia do Médico (18 de outubro) no Hospital São Vicente de Paulo. O evento foi realizado no dia 23 de outubro, especialmente para homenagear os cerca de 300 especialistas do staff do HSVP. São esses profissionais que, no atendimento diário aos pacientes, em conjunto com suas equipes, constroem a história de sucesso, ética e respeito do hospital aos seus clientes. Outubro Rosa O HSVP elaborou uma série de ações em prol da campanha do Outubro Rosa, movimento popular celebrado em todo o mundo, que tem por objetivo a prevenção do câncer de mama. Ao longo do mês, o Serviço de Mastologia promoveu uma grande campanha interna com as pacientes e funcionárias para incentivar a realização da mamografia, com distribuição de folders e bótons. Para encerrar a programação, no dia 25, foi oferecida uma palestra gratuita destinada ao público feminino em geral, sobre diagnóstico precoce de tumores mamários. O diagnóstico precoce pode aumentar para até 95% as chances de cura da doença. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 19 Agenda de Eventos 2015 (1º semestre) Anualmente, o HSVP oferece uma ampla programação de eventos com foco na promoção da saúde e na qualificação de suas equipes. Confira o que nossos especialistas prepararam para você e participe! Eventos abertos ao Público Eventos para médicos e outros profissionais de saúde MARÇO Saúde da Mulher Organizada pelos serviços de Ginecologia e Mastologia, a palestra vai abordar a importância da prevenção às principais doenças que atingem o público feminino. JUNHO Combate e prevenção ao Diabetes A equipe do Serviço de Endocrinologia vai abordar os desafios para prevenção e tratamento do Diabetes, que atinge cerca de 6% da população adulta no Brasil. AGOSTO Combate ao Tabagismo O tabagismo é considerado fator de risco para diversas doenças. O objetivo desse encontro é mostrar como parar de fumar pode contribuir para melhorar a qualidade de vida. MAIO Semana da Enfermagem Em comemoração ao Dia Mundial da Enfermagem, celebrado em 12 de maio, o HSVP promove uma série de encontros para aprimoramento profissional. JULHO Jornada de Fonoaudiologia Aberto para profissionais de saúde do HSVP e de outras instituições, o encontro debaterá as melhores práticas para fonoaudiólogos. Para receber a confirmação de datas e horários e fazer sua inscrição, ligue para: (21) 2563-2147 Ou entre em contato pelo e-mail: comunicaçã[email protected] Trezena de São Sebastião no HSVP O Hospital São Vicente de Paulo será um dos pontos de peregrinação da imagem de São Sebastião, durante a trezena em preparação para a festa do Padroeiro do Rio. No dia 7 de janeiro, às 14h30min, a imagem chegará ao HSVP, onde o Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, dará uma bênção aos visitantes, pacientes, médicos e outros colaboradores. Participe conosco desse momento de oração!