Revista do Hospital São Vicente de Paulo Ano 3 • Número 12 • Nov/Dez 2013 Homenagem Diretora médica do hospital por quase 20 anos, Dra. Eliane Castelo Branco se aposenta Dra. Eliane Castelo Branco (à esquerda) recebe o abraço e a gratidão de Ir. Marinete Tibério, CEO do hospital (à direita) Saúde e longevidade Comece agora! Especialistas dão dicas para manter o vigor físico e mental por mais tempo Densidade dos ossos Entenda como é e para que serve o exame que avalia sua massa óssea Informativo bimestral do Hospital São Vicente de Paulo Renato Veras – diretor da UnATI Ação, revisão, renovação. “A cada ano, temos mais 750 mil idosos a pressionar a pirâmide populacional brasileira” Que venha 2014! Especialmente para nós, que estamos à frente de um hospital religioso, esta época do ano tem um sentido especial. Nós nos vemos com o dever de revisitar nossa caminhada e reforçar o compromisso de atuar dentro dos pilares da ética, qualidade e fraternidade. Por outro lado, somos também impelidos a aceitar e promover mudanças imprescindíveis ao nosso progresso. Assim é a vida: um ciclo interminável de ação, revisão e renovação. Para o HSVP, o ano de 2013 foi pleno de realizações, com importantes projetos concluídos e outros iniciados. Implantamos mais um Centro Especializado, dando continuidade ao estudo de Vocação Médica do hospital e, em 2014, planejamos lançar os Centros de Urologia e Cardiologia. Também investimos em conforto, segurança e tecnologia de ponta. Encerramos o ano com mudanças significativas em nossa equipe profissional, como a aposentadoria da diretora médica do HSVP, a Dra. Eliane Castelo Branco, que, por mais de 20 anos, se dedicou de corpo e alma a essa instituição. A ela, nossa amizade, profunda gratidão e justa homenagem, no relato de sua história, contada por parentes, colegas de trabalho e amigos que conviveram com ela por tanto tempo. Esperamos – e acreditamos – que o novo diretor médico, Dr. Márcio Neves, some forças e dê continuidade ao nosso Plano Diretor de crescimento, comungando dos nossos valores e princípios. Esta edição da Revista do HSVP está repleta de boas reportagens para você e sua família. Focamos as atenções em uma mudança que atinge todos: o aumento da expectativa de vida. O envelhecimento saudável, com a prevenção de doenças e o aumento da qualidade de vida, é abordado por nossos especialistas em diferentes matérias. E é com esse espírito de renovação, fé e otimismo que desejo a todos um Natal de paz e um Ano Novo repleto de saúde e alegrias. U ma das grandes preocupações globais da atualidade é o envelhecimento populacional. A população mundial acima dos 60 anos dobrou desde 1980 e, por volta de 2017, o número de pessoas com mais de 65 anos deverá ultrapassar o número de crianças abaixo de 5 anos; em 2050, o número de todas as crianças e adolescentes (até 14 anos). Criada há 20 anos, a Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI), um centro de estudos, ensino e assistência ligado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), é, atualmente, uma referência em questão de cuidado com o idoso, tendo diversos projetos com o Ministério da Saúde. Em entrevista à Revista do HSVP, o médico Renato Veras, diretor da UnATI, revela sua preocupação com o futuro da saúde assistencial nesse cenário. Ir. Marinete Tibério – CEO do HSVP SUMÁRIO Personalidade – Renato Veras, diretor da UnATI Pastoral da saúde dá boas-vindas ao Padre Renato Ser saudável é ser funcional Exercite-se em qualquer idade Qualidade – Medidas para conforto e segurança dos idosos A densidade dos ossos Homenagem – Dra. Eliane Castelo Branco 8ª edição da Jornada Multidisciplinar A dor não é uma boa companheira Aconteceu EXPEDIENTE 3 4, 5 6, 7, 8 9 10, 11 12, 13 14, 15 16, 17 18 19, 20 Hospital São Vicente de Paulo - Rua Dr. Satamini, 333 Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: 21 2563-2121. FUNDADO EM 1930 pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Diretoria Médica: Eliane Castelo Branco (CRM: 52 28752-5). Conselho Administrativo: Ir. Marinete Tiberio, Ir. Custódia Gomes de Queiroz, Ir. Maria das Dores da Silva e Ir. Ercília de Jesus Bendine. Conselho Editorial: Irmã Custódia Gomes de Queiroz Diretora de Enfermagem; Irmã Ercília de Jesus Bendine - Diretora da Qualidade; Eliane Castelo Branco - Diretora Médica; Irmã Marinete Tibério - CEO do HSVP; Martha Lima - Gerente de Hospitalidade; Olga Oliveira - Gerente de Suprimentos; Vanderlei Timbó - Coordenador de Qualidade. Edição: Simone Beja. TEXTOS: Cristiane Crelier. DIAGRAMAÇÃO: Maurício Santos. APOIO EDITORIAL: Wilson Agostinho e Ana Paula Gama. Impressão: Arte Criação Revista do HSVP: O Brasil está preparado para o envelhecimento populacional? Renato Veras: Nem o Brasil nem nenhum lugar do mundo. O que acontece é que o envelhecimento populacional se deu muito rápido no mundo, e, no Brasil, em particular, isso acontece da década de 90 para cá. Nós não temos estrutura para arcar com esse grupo etário. Vivemos em uma sociedade que foi moldada no “Brasil do futuro”, da garotada, do bonito, do jovem. E, a cada ano, temos mais 750 mil idosos a pressionar a pirâmide populacional brasileira demandando saúde, com múltiplas patologias crônicas. Revista do HSVP: Faltam especialistas na saúde assistencial? RV: A saúde assistencial já vem se preocupando com esse cenário, mas a verdade é que as universidades ainda pensam apenas no jovem. Das 198 faculdades de medicina existentes no país, apenas 12 têm a disciplina de geriatria, que ensina a cuidar de idosos. O mais grave é que, mesmo se o ministro da Educação, decidisse criar a obrigatoriedade da disciplina nos cursos a partir de 2014, ele não conseguiria, pois, para isso, são necessários docentes qualificados (com mestrado, doutorado), e não haveria uma quantidade de profissionais desse tipo para colocar nas faculdades. E outro problema é cultural, já que temos no país uma lógica da fragmentação da saúde, o que, para o idoso, é terrível. Revista do HSVP: O que seria essa fragmentação e por que ela é ruim? RV: É a nossa política de saúde, baseada na americana, que é fragmentada, que supervaloriza as especialidades. As pessoas não têm um “médico da família”, não procuram um clínico geral, vão direto a um especialista. Isso pode até ser bom para as pessoas que sofrem de problemas de saúde pontuais, mas para o idoso é muito ruim. Ele precisa de alguém que o acompanhe, que ajude a prevenir certos problemas, que mantenha sob controle as doenças crônicas, que vá reavaliar sua medicação de vez em quando. Revista do HSVP: O que precisa ser feito na área de saúde para essa nova realidade? RV: Temos que ter ações prévias, cuidados preventivos. Sabemos que determinadas doenças vão acontecer, e o que temos que fazer é evitá-las, postergá-las ou minimizar seus danos. O papel do médico nesse cenário não é mais o de cura, mas, sim, o de acompanhamento. A cura das doenças que vêm com a idade é algo muito remoto, mas a estabilização pode proporcionar uma vida confortável. Nosso papel como médico é adicionar qualidade a esses anos a mais que serão vividos. Já o sistema de saúde precisa ampliar os programas de saúde domiciliares, o médico de família, as ações de prevenção. O negócio é pensar em situações anteriores aos hospitais; pensar em centros de convivência, em monitoramento, em visitas domiciliares, em reabilitação, em fisioterapia, em fatores de risco. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 3 10 Mandamentos para a Paz na Família Pastoral da saúde dá boas-vindas ao Padre Renato M embro da Ordem dos Ministros dos En- criados; preferia o apostolado em meio aos camfermos (“camilianos”, também conheci- poneses a servir aos poderosos da terra. Há uma dos como padres de São Camilo), mais passagem da vida dele que me chamou muito a recentemente devoto de Santa Luísa de Marilac e atenção e considero uma lição que todos devem de São Vicente, o Padre Renato Prado é o novo aprender: certa vez, quando ainda era um esturesponsável pela Pastoral da Saúde do Hospital dante, o jovem Vicente foi caluniado, acusado de São Vicente de Paulo. Com pouca idade e muita roubo por um colega. E essa provação foi imporexperiência, o jovem religioso, que assumiu a mis- tante para a sua maturidade e coerência, com a são no final de agosto, chegou cheio de projetos, grande lição do perdão. Condenou o ato, mas que incluem a ampliação da programação do cir- perdoou à pessoa. E é essa misericórdia que decuito interno de TV, e conta que seu lema é “viver vemos levar sempre conosco”, comenta Padre a mesma espiritualidade de maneiras diferentes”. Renato. A responsabilidade de Nascido em Cotia, em acolher os pacientes e “O amor ágape eclode das São Paulo, Padre Renato, trazer conforto aos fami- coisas mais simples da vida, de 32 anos, é o terceiro filiares por meio de palalho de uma família de seis vras e orações é uma mis- como um gesto de carinho irmãos. A vocação religioou uma palavra de que a são diária no Hospital sa veio gradualmente, após pessoa esteja precisando” perder sua irmã, um ano São Vicente de Paulo. Contudo, o Padre Renamais nova, ainda na adolesto já foi recebido com a desafiadora missão cência, para um câncer. Aos 17 anos, foi estudar de celebrar, em 6 de novembro, a cerimô- no Seminário São Camilo, na cidade de Iomerê, nia mais importante e simbólica em Santa Catarina. Cursou Teologia, Filosofia e do ano: a missa de aniversário Enfermagem em São Paulo. O padre já foi profesdo hospital e de São Vicente sor de ensino fundamental, médio, centro univerde Paulo. Ele conta que estu- sitário, pároco, capelão e missionário na Amazôdar mais a fundo a vida do nia, além de reitor de um seminário em terras chisanto lhe abriu novos cami- lenas, onde foi membro da Conferência Episcopal nhos espirituais e até se iden- Chilena e teve papel na representação do Chile no tificou com alguns aspectos Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam). de sua história. A paixão por trabalhos e missões na área de “Eu me tornei mais saúde sempre o acompanhou, junto com sua apdevoto desse gran- tidão para a Educação. Para ele, sua nomeação dioso santo. Ele ti- para a Pastoral da Saúde do São Vicente foi um nha a sensibili- presente divino. “Como disse São Camilo, os dade de atender enfermos representam para nós o próprio Cristo. os ricos e os po- Poder aplacar a carência, não uma carência bres de manei- financeira, mas a necessidade espiritual de uma ra bem acolhe- pessoa que sofre, por acometimento de uma dora; preferia doença ou pela perda de um ente querido, é estar entre os muito gratificante. O meu objetivo de vida é ‘me 1 Tenha fé e viva a palavra de Deus, amando o próximo como a si mesmo. 2 Ame-se, confie em si mesmo e em sua família e ajude a criar um ambiente de amor e paz ao seu redor. 3 Reserve momentos para brincar e se divertir com sua família, pois a criança aprende brincando e a diversão aproxima as pessoas. 4 Eduque seu filho através da conversa, do carinho e do apoio e tome cuidado: quem bate para ensinar está ensinando a bater. 5 Participe com sua família da vida em comunidade, evitando diversões que incentivam a violência. colocar debaixo, para que a pessoa possa olhar pela janela’. Ou seja, ser um caminho, uma pequena via, um degrau, para que as pessoas que precisam possam ver a luz”, relata o Padre Renato. Projetos para o hospital O religioso quer implantar alguns novos projetos na pastoral, que, em sua opinião, já é um exemplo de estrutura. “A pastoral tem uma estrutura organizada, como dificilmente encontramos no Brasil. Ela funciona com a ajuda de uma coordenadora, a Irmã Josefa Dias Lima, dois colaboradores efetivos do quadro administrativo e um capelão”, ressalta. O serviço conta, ainda, com cerca de 30 voluntários. A secretária da pastoral, Celeste Barcelos, destaca que o principal objetivo é o acolhimento e a assistência ao doente e a seus familiares. “E não é apenas dar acolhimento religioso, mas também assistir aqueles que não têm religião ou que têm outra forma de manifestação da fé. Às vezes, o paciente só precisa conversar, e nós estamos disponíveis para ele também nesse sentido”, comenta Celeste. 6 Procure resolver os problemas com calma e aprenda com as situações difíceis, buscando em tudo o seu lado positivo. 7 Partilhe seus sentimentos com sinceridade, dizendo o que você pensa e ouvindo o que os outros têm para dizer. 8 Respeite as pessoas que pensam diferentemente de você, pois as diferenças são uma verdadeira riqueza. 9 Dê bons exemplos, pois a melhor palavra é o nosso jeito de ser. 10 Peça desculpas quando ofender alguém e perdoe de coração quando se sentir ofendido, pois o perdão é o maior gesto de amor que podemos demonstrar. A pastoral atua de diferentes formas dentro do hospital. Os agentes da pastoral e a coordenadora visitam diariamente os pacientes, oferecendo o conforto espiritual e a comunhão; já o Padre Renato entra em áreas mais emergenciais, como o CTI e a unidade pós-operatória. As missas ocorrem às quartas e aos sábados; a Adoração ao Santíssimo Sacramento Eucarístico, às quintas-feiras. Além disso, a Irmã Josefa apresenta, de domingo a domingo, o programa de reflexão bíblica, transmitido no circuito interno pela manhã. Entre os projetos que o Padre Renato pretende colocar em prática, além da criação de programas sobre religião para o circuito interno de TV do hospital, estão a promoção de retiros para colaboradores e a padronização de algumas celebrações, sob a abordagem dos três principais temas da obra de São Vicente: missão, caridade e sacerdócio. “Também visamos, por meio da pastoral, manter e expandir a qualidade do hospital como um todo, pois somos uma família da caridade. Quando disseminamos amor entre nós, o ambiente se torna mais agradável”, explica o padre. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 5 Ser saudável é ser funcional A longevidade é uma bênção, desde que se possa viver mais tempo com saúde. O segredo para um envelhecimento saudável é se manter ativo e autônomo pelo maior período de vida possível. E isso só é possível com um bom acompanhamento médico, que permita manter sob controle as doenças crônicas. Determinadas doenças crônicas começam a se desenvolver a partir dos 40 a 45 anos e, se a pessoa vai viver por 90 a 100 anos, serão 50 a 60 convivendo com um problema de saúde, às vezes vários. As pessoas terão que conviver durante mais tempo com essas doenças que vão acompanhá-las até o fim, pois doença crônica é doença instalada, não se cura. Entretanto, quando mantida sob controle, é possível prolongar a qualidade de vida e evitar que o mal provoque consequências irreversíveis à capacidade funcional. “Envelhecer bem, do ponto de vista dos especialistas, é envelhecer sem dependência funcional. Não é a ausência de doenças, o que é quase impossível. Se o idoso controla sua doença Hospital São Vicente de Paulo - pág. 6 crônica e consegue ter uma vida ativa, independente, ele é uma pessoa saudável“, comenta a geriatra Mariangela Perez, do Hospital São Vicente de Paulo. Ela lembra que hábitos saudáveis podem ajudar a chegar lá, mas esse não é o único fator determinante. As doenças crônicas mais comuns que têm início já na juventude são a hipertensão e a diabetes. Já na terceira idade, que são chamadas de “síndromes geriátricas”, as mais comuns são as demências, a doença de Parkinson e a depressão. “As perdas de parentes e amigos ao longo da vida são um fator importante para a depressão, mas também a perda do vigor físico leva muitas pessoas a desenvolver o problema. Outro fator considerado em uma síndrome geriátrica atualmente são os remédios. A maioria das pessoas com idade avançada consome mais de cinco medicamentos de uso contínuo todos os dias. E o uso excessivo do remédio causa outras doenças”, destaca Mariangela Perez. Ela explica que a geriatra busca enxugar essa quantidade de remédios. “Por exemplo, às vezes o idoso mais jovem vai ao cardiologista e o médico diz que ele vai tomar aquela medicação para o resto da vida. Então, ele toma. Mas, em determinado momento, ele passa a não precisar mais. Entretanto, o paciente não volta ao médico para reavaliar esse quadro de saúde. Então, ele continua com esse medicamento e vai acumulando outros”, relata. Dr. Daniel Schachter, neurologista Dr. Guilherme Aguiar, clínico geral Alguns estudos recentes revelam que o controle rigoroso da hipertensão em idosos acima de 80 anos pode causar mais malefícios do que benefícios. “É que a medicação pode favorecer quedas e fraturas, o que para o idoso pode ser pior do que ter uma pressão um pouco alterada”, ressalta Perez, acrescentando que situação semelhante ocorre com o controle do diabetes. “Às vezes, a pessoa é diabética a vida toda, só que, quando fica mais idosa, já não come tanto. Assim, é possível até conseguir retirar o remédio. Se a medicação não for revista, pode causar hipoglicemia, que é uma causa importante de quedas em idosos”, explica. O organismo fica diferente Nem sempre é o caso de suspender a medicação, pois a questão é o equilíbrio. E é preciso lembrar que o organismo do idoso é diferente do organismo de uma pessoa jovem, já que as necessidades, o metabolismo e até o funcionamento dos rins mudam com a idade. O rim do idoso trabalha no limite de suas funções; qualquer situação que exija mais desse órgão pode fazê-lo falhar. Para manter sob controle o quadro de saúde no decorrer da vida e poder fazer essas adaptações conforme novos desafios se apresentem ao organismo, é importante ter um médico, de preferência um clínico geral, que o acompanhe sempre. “A prevenção é a medida mais barata e mais eficaz para envelhecer com saúde. Quando você diagnostica um problema de saúde, a tendência é adotar um especialista para controlar Dr. Alemar Salomão, chefe da Cirurgia Geral essa situação e esquecer o resto. Muitas vezes, a pessoa se consulta com muitos especialistas, mas não tem um clínico, aquele ‘médico da família’ que havia antigamente. Ou, então, a pessoa só vai ao médico quando está doente. Isso não é um bom modo de chegar a um envelhecimento saudável”, comenta o clínico geral Renato Marandino, do Hospital São Vicente de Paulo. Ele ressalta que o clínico detém todo o histórico do paciente e cria com ele um vínculo que facilita uma série de processos de prevenção e profilaxia. O clínico Guilherme Aguiar, chefe do CTI do Hospital São Vicente de Paulo, lembra, ainda, a importância de manter a saúde da mente. “Se você tiver problemas físicos, mas a cabeça estiver boa, é mais fácil ficar bem. Então, é importantíssimo controlar fatores de risco para doenças cardiovasculares, que aumentam o risco de alterações cerebrovasculares (AVC)”, conclui. O neurologista Daniel Schachter, do Hospital São Vicente de Paulo, defende que, se a pessoa tiver um estilo de vida compatível com a sua idade, as dificuldades que o corpo e a mente vão apresentando com a idade podem ser compensadas. “Com o envelhecimento, o cérebro muda, a memória fica um pouco pior, o raciocínio pode ficar mais lento. Por outro lado, a pessoa pode compensar com a vivência, com a experiência, com o conhecimento muito maior. Envelhecimento saudável é ter um estilo de vida adequado a cada fase da vida”, comenta o especialista que acrescenta que bons hábitos de higiene mental e de sono são essenciais. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 7 Internação deve ser evitada “Quando o idoso entra no hospital para uma internação, a projeção não é boa. Na maior parte dos casos, começa um ciclo de vai e volta no hospital. Se a pessoa não morrer, vai ficar esses anos há mais que não são poucos, serão de sofrimento de dependência da família”, diz Renato Veras, diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI). É de fato um consenso dos especialistas que a hospitalização do idoso deve ser evitada, sempre que possível. No entanto, às vezes, faz-se necessária. Nesse caso, é importante que ele tenha o apoio familiar e mantenha um bom estado psicológico para que possa se recuperar mais facilmente. “Algo importante, por exemplo, é não deixar o idoso na cama por muito tempo, senão acaba ficando mais difícil ele voltar a se mobilizar e aí ele acaba desistindo, o que vai provocar um decréscimo rápido em sua saúde, o que pode ser irreversível. Mesmo depois de uma cirurgia, o ideal é colocá-lo para andar no dia seguinte, se possível, de acordo com a complexidade do procedimento e a avaliação do médico”, sublinha o chefe da Cirurgia Geral do Hospital São Vicente de Paulo, Alemar Roge Salomão. Q Dicas para chegar lá A genética é o principal fator determinante para melhor e maior projeção de vida. No entanto, mesmo que você não tenha sido sorteado na loteria genealógica, os avanços da medicina já permitem que viva mais. Contudo, para um envelhecimento saudável, é preciso cooperar com o seu corpo. Os especialistas do HSVP dão algumas dicas: • Adquira hábitos saudáveis de alimentação. Uma dieta de baixa caloria é uma das melhores formas de preservar a saúde do corpo. A dieta mediterrânea, rica em vegetais, azeite de oliva, nozes e legumes, além de pobre em carne vermelha e açúcar, é a mais recomendada pelos especialistas; • Pratique exercícios regularmente. A atividade física é boa para o corpo e para a mente; • Faça um check up anual. Quanto mais cedo você descobrir que tem um problema crônico de saúde, menos complicado será para mantê-lo sob controle; • Evite suplementações não recomendadas pelos seus médicos. Não existem evidências na literatura científica que comprovem, de fato, que a suplementação com vitaminas ou outras substâncias tragam benefícios para o envelhecimento. Pelo contrário, o excesso de certas substâncias pode provocar alguns problemas de saúde; • Não fume e evite o excesso de álcool. O tabagismo e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas podem acelerar o envelhecimento, além de provocar doenças; • Mantenha a mente ativa. Leitura, convívio com pessoas de diferentes idades e atividades, frequentar diferentes meios, tudo isso ajuda o cérebro a se manter ativo; • Durma bem. A quantidade de horas necessárias varia de uma pessoa para outra e diminui com a idade. Para saber quando o seu sono está correto, saiba que o ideal é acordar sentindo-se descansado e não ter sono durante o dia. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 8 Exercite-se em qualquer idade ue exercícios fazem bem à saúde ninguém discute, mas os benefícios conforme a idade avança são ainda mais importantes. Se o segredo do envelhecimento saudável é manter-se funcional, são as atividades físicas, principalmente, que vão ajudar a alcançar esse objetivo. Reduzem as chances de problemas cardiovasculares, podem retardar o surgimento do diabetes tipo II e podem desacelerar a perda de massa óssea, que ocorre a partir dos 40 anos, além de aumentar a força muscular. Funcionam também para manter a saúde da mente, elevando o bem-estar e a autoestima. “A partir do momento em que os músculos são estimulados, também se estimula o ganho de massa óssea. Com músculos mais fortes, o risco de queda é reduzido. A atividade física é uma das principais formas de promover a saúde”, comenta Cíntia Moraes de Sá, fisioterapeuta gerontóloga do Hospital São Vicente de Paulo. A especialista lembra que nunca é tarde para começar. Se a pessoa foi sedentária a vida inteira, deve começar com exercícios leves, mas, antes, fazer um check-up. Qual exercício vai depender da saúde e da aptidão individual. Se a pessoa tem artrose, por exemplo, talvez não possa fazer caminhadas. “A hidroginástica é mais aconselhável nesse caso. Se não tem problema musculoesqueléticos nem gosta de caminhar, pode fazer natação, que é um exercício completo. Os exercícios de esforço também são bons. Idosos também podem fazer musculação, desde que bem orientados, para evitar lesões. Aliás, é importante nunca se esquecer de alongar os músculos antes e depois de qualquer atividade física”, explica a fisioterapeuta gerontóloga, acrescentando que tanto a atividade aeróbica quanto a atividade de força muscular melhoram o sistema cardiorrespiratório e musculoesquelético. Os exercícios não precisam ser diários. Podem-se fazê-los em dias alternados ou duas vezes por semana. Quanto ao horário, a pessoa deve escolher o período do dia em que se sente com melhor disposição física. Caso se exercite ao ar livre, no entanto, é preciso ter alguns cuidados por conta do sol, como optar por um horário de temperatura mais amena e por locais que não sejam muito cheios, além de usar protetor solar e levar consigo água para consumo. Remédio para problemas crônicos A fisioterapeuta gerontóloga Cíntia Moraes de Sá diz que certos exercícios auxiliam o controle e a melhora de algumas doenças crônicas. A fisioterapia oferece um trabalho específico, mas também pode ser aliada a esportes tradicionais: • Mal de Parkinson – bicicleta e natação são ótimos exercícios. A pessoa trabalha a musculatura coordenadamente, promovendo a melhoria da marcha; • Diabetes – exercícios aeróbicos, para haver gasto calórico. Os que exigem força também são bons, porque aumentam a massa magra do corpo, facilitando o gasto calórico pelos músculos. Mas tem que ter uma alimentação bem direcionada, antes da prática do exercício, para evitar a hipoglicemia; • Hipertensão – exercícios mais leves com o acompanhamento de um profissional que possa medir a pressão durante todas as fases da atividade física; • Memória – para exercitar a memória, a dança. A necessidade de decorar e repetir coreografias é uma ótima atividade para a mente. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 9 Medidas aumentam o conforto e a segurança dos idosos O s hospitais já vêm percebendo, há alguns anos, o crescimento da população idosa. No Hospital São Vicente de Paulo, atualmente, mais de 40% das internações são de pacientes acima dos 65 anos. Em 2012, foram atendidos 92.027 idosos na instituição, sendo 163 atendimentos a pessoas com idade acima dos 100 anos – o paciente mais ancião tinha 113 anos. A unidade mantém um monitoramento contínuo de seu público e, por conta da observação desse novo perfil de pacientes até mesmo centenários, implantou uma série de mudanças nos últimos anos e vem abraçando novos projetos em prol do conforto e da segurança dos pacientes idosos. “Há muitos pacientes com idade avançada que gozam de perfeitas condições físicas, que se locomovem com desenvoltura e não precisam de assistência especial. Mas há também aqueles que apresentam necessidades especiais, e a esses classificamos como ‘pacientes vulneráveis’, para os quais temos um vasto protocolo de cuidados que envolvem acompanhamento, assistência diferenciada e até mesmo procedimentos especiais para a realização de exames”, explica Vanderlei Timbó, coordenador de Qualidade do HSVP. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 10 Ele exemplifica o tratamento diferenciado para exames lembrando o caso do teste ergométrico. “O teste de esforço requer certo cuidado e atenção, no caso do idoso, mesmo quando o paciente é bastante ativo. Ele pode ter condições de saúde que dificultem o exame, e pode não chegar até o final do teste, por exemplo, não por sua condição cardiovascular, mas por problemas musculoesqueléticos comuns nessa fase da vida”, destaca. “Temos um olhar mais detalhado para esses clientes, inclusive com protocolos de prevenção de queda, além de mobiliário específico que segue essas diretrizes”, acrescenta Martha Lima, coordenadora de Hotelaria. Na Comissão de Segurança do Paciente, que trabalha com notificações internas da equipe e também da ouvidoria, nenhum acidente foi registrado desde sua criação. Há registros de “quase falhas”, que é a notificação de alerta para promover novas ações de segurança. “Temos muitos mecanismos, inclusive com redundâncias, para evitar erros”, frisa Vanderlei Timbó. Os banheiros são acessíveis tanto nos quartos quanto nas áreas comuns do hospital, que disponibiliza também uma grande quantidade de cadeiras de rodas. O investimento mais recente nesse sentido foram as novas camas eletrônicas e os novos colchões de formato abaulado, que, além de dar mais conforto, evitam quedas. “As camas eletrônicas dão mais autonomia ao paciente, que consegue ajustar a posição do leito sem precisar de ajuda. Já os colchões especiais evitam que a pessoa role para fora da cama e, ao mesmo tempo, facilitam na hora de levantar por conta de seu corte diferenciado na parte central”, diz Martha Lima. A paciente Nilza Silva Fischer, de 80 anos, gostou. “As instalações do quarto e do banheiro facilitam e dão segurança. E o colchão é muito bom, pois se molda ao corpo da gente. Em nenhum outro hospital em que já fiquei, encontrei acomodações tão confortáveis e que me fizessem sentir tão segura e independente como me senti aqui”, comentou Nilza após uma semana de internação. O atendimento ambulatorial tamA paciente Nilza Silva Fischer elogia bém foi repensado para dar mais conas instalações do HSVP forto, qualidade e segurança para os pacientes com idade avançada ou vulneráveis. As salas de espera ficam distribuídas por setores, de acordo com a posição dos consultórios, para reduzir a necessidade de deslocamentos. O sistema de chamada é pelo alto falante, para que o paciente possa ouvir mais facilmente quando o médico chama. A chegada e saída do hospital também é facilitada por meio de um ônibus que vai até a estação de metrô da Praça Afonso Pena. Criado há cerca de cinco anos, o transporte foi idealizado a partir de sugestões dos pacientes. Diversas especialidades em um só local oferecer mais conforto, segurança e eficiência ao acolher os pacientes idosos. Além da ampla infra-estrutura e das especialidades, temos geriatras, fisioterapeutas e programas de prevenção, em que promovemos palestras periódicas. Se a pessoa faz um monitoramento racional, um acompanhamento regular do seu quadro de saúde, vai ter menos internações e uma qualidade de vida melhor”, ressalta Vanderlei Timbó. No HSVP, todos os pacientes, ambulatoriais ou internados, têm acesso a todos os serviços que o hospital oferece. “Se a pessoa tiver que colher sangue, ela faz aqui mesmo. Se tiver que fazer ultrassonografia, ressonância, tomografia, consultar um especialista, tem tudo aqui. Não precisa ser transportada, causando transtornos e riscos de queda, que sabemos que são o maior problema para a saúde do idoso”, sublinha Adriana Costa, gerente de Adriana Costa, gerente de Enfermagem do HSVP Enfermagem do hospital. Ela lembra também que os pacientes com idade avançada têm mais chances de ter oscilação de pressão e outras complicações, destacando que a equipe da Enfermagem tem protocolos específicos para prevenção e tratamento de todas essas situações. “Para evitar úlceras de pressão, por exemplo, temos um protocolo para mudanças de decúbito, além de determinados dispositivos e tecnologias que ajudam, como um colchão de pressão alternada, que insufla alternadamente e aumenta o contato da superfície corporal em locais alternados da pele, como se estivesse massageando, melhorando a circulação”, cita Adriana Costa. O hospital atrai o público idoso por sua tradição na cidade e por seu corpo de especialistas experientes e renomados. Uma outra vantagem é a grande quantidade de especialidades concentradas em um só local, inclusive com a disponibilidade de uma vasta gama de exames. E, nos últimos anos, essa condição de generalidade dos atendimentos se intensificou com a criação dos centros especializados. “Essas características nos permitem ter condições de Vanderlei Timbó e Martha Lima no congresso do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) cujo tema foi o envelhecimento populacional Hospital São Vicente de Paulo - pág. 11 A densidade dos ossos Densitometria óssea é exame “padrão ouro” para diagnóstico da osteoporose e outras doenças A partir de certa idade, a densitometria óssea é importante para identificar pacientes com baixa massa óssea e osteoporose e avaliar o risco de fraturas. A Organização Mundial da Saúde recomenda a realização do exame para mulheres na transição da menopausa que possuam fatores de risco para fraturas, como baixo peso corporal, fratura prévia e uso de medicação de risco para osteoporose; mulheres na pós-menopausa com menos de 65 anos; homens com mais de 70 anos e mulheres e homens com fatores de risco como o uso prolongado de medicamentos (em especial a cortisona), doenças endócrinas, hepáticas, gastrointestinais e renais crônicas e da medula óssea, bem como insuficiência de vitamina D e outras. Radiologista do Hospital São Vicente de Paulo, membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), certificada em densitometria óssea pela Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso), que é filiada à International Society for Clinical Densitometry (ISCD) e International Osteoporosis Foundation (IOF), a médica Margaret Jordan dá uma visão geral sobre a osteoporose e explica como é feito o diagnóstico. Dra. Margaret Jordan Revista do HSVP: O que é, afinal, a osteoporose? Margaret Jordan – A osteoporose foi definida em 2001 como uma combinação de densidade óssea diminuída e alteração na qualidade óssea, resultando na diminuição da resistência óssea e no aumento do risco de fratura. O diagnóstico é feito por meio de aparelhos que quantificam a densidade mineral dos ossos (DMO) utilizando a tecnologia de dupla emissão de raios X (DXA). Revista do HSVP: Por que ocorre a perda de massa óssea? MJ – Durante a vida, ocorre, continuamente, a renovação óssea, ou seja, a substituição de osso antigo por osso novo. A remodelação é regulada por muitos fatores, incluindo-se o estrogênio e as citocinas (substâncias que enviam mensagens entre as células). Com o avançar da idade, é normal ocorrer perda óssea porque a reabsorção é maior do que a formação, resultando em perda de qualidade e quantidade de tecido ósseo. O aumento da massa óssea ocorre durante a puberdade, atinge um pico e se mantém num platô até os 40 anos. A partir daí, começa a perda óssea (de 0,5% a 1% ao ano). Na mulher, a perda se acelera depois da menopausa (de 1% a 2% ao ano), mas os homens também apresentam modificações da massa óssea relacionadas à idade. Revista do HSVP: Como é feito o exame de densitometria? MJ – O exame de densitometria óssea (DO) não requer preparo, é rápido e não causa nenhum mal ao paciente. O paciente deita-se em uma mesa, sendo realizados raios X de baixa radiação, equivalente à que se recebe ao ar livre por cerca de 4 horas (radiação ambiental natural). As áreas estudadas são o colo do fêmur, a coluna lombar e, em alguns casos, o antebraço. Revista do HSVP: Com que frequência se deve fazer o exame? Ele pode ser feito em qualquer lugar? MJ – Anualmente, para monitorar a progressão da doença e avaliar a eficácia do tratamento. Também é importante que o paciente procure realizá-lo sempre no mesmo local, para não correr o risco de fazê-lo em uma máquina diferente. A densitometria óssea é o único exame que existe para diagnosticar osteoporose e é muito preciso. No entanto, para fazer o acompanhamento e a adequada comparação dos resultados entre dois exames, eles devem ser iguais. Existem variações nos resultados entre máquinas dependendo da tecnologia de produção e detecção de raios X, softwares utilizados e bases de dados populacionais. A diferença entre resultados de equipamentos do mesmo fabricante é de cerca de 2% e entre fabricantes diferentes é por volta de 5% a 7%. Além disso, existem diferenças no padrão de qualidade nos serviços. No Hospital São Vicente de Paulo, por exemplo, realizamos controle de qualidade contínuo automático pelo próprio aparelho durante cada exame e teses diários com um bloco de modelo-padrão (phantom de calibração). Seguimos fielmente a orientação do fabricante, mantendo registros de manutenção atualizados e nossos técnicos em radiologia têm vasta experiência prática, recebem treinamento continuado e realizam avaliação de precisão periódica. Revista do HSVP: Como se avalia o resultado do exame? MJ – Os resultados são apresentados na forma de comparação com o valor médio da densidade média óssea (DMO) do paciente com o de uma pessoa jovem sem alterações. O diagnóstico, feito com base em critérios da OMS, expressa essa diferença em valores de desvio padrão chamado de T-score (pico de massa óssea). A partir de então, o prognóstico é feito, através da utilização de programas de computação, onde incluímos outros fatores de risco, sendo possível predizer a probabilidade de fraturas de cada paciente. Se o resultado for osteopenia, não há motivo para preocupação. Isso apenas indica qual é o seu padrão de massa óssea. Esse valor pode variar conforme diversos fatores, como genética, gênero, etnia, nutrição (proteína, cálcio, vitamina D), fatores endócrinos, fatores mecânicos (atividade física e peso corporal), tabagismo, álcool e outros. Os exames sucessivos mostrarão se vai haver alguma perda de massa óssea, controlando o resultado do tratamento. Revista do HSVP: Quando é que se faz densitometria em crianças ou adultos com menos de 50 anos? MJ – No caso de pacientes com doenças que causam baixa massa óssea, geralmente endócrinas, gastrointestinais e renais. Revista do HSVP: O que fazer para evitar fraturas e tratar a osteoporose? Osso normal Osso com osteoporose MJ – O tratamento não farmacológico consiste em suplementação de cálcio e vitamina D, tomar sol, fazer exercícios regulares, abstenção do fumo e do consumo de álcool em excesso e na prevenção de quedas. Existem também medicamentos que vêm sendo utilizados no tratamento da osteoporose, com diferentes mecanismos de ação e efeitos esperados específicos. A maioria deles tem função antirreabsortiva e de aumentar a massa óssea, reduzindo, consequentemente, o risco de fratura. Cabe ao médico escolher o melhor, dependendo do caso de cada paciente. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 13 H o m e na g e m H o m e na g e m Dra. Eliane Castelo Branco dedicação à medicina, aos pacientes e ao HSVP E “Certa vez, começou a chover muito e, logo, o entorno do hospital ficou alagado, ninguém saía e ninguém chegava. Na época, eu era chefe de Serviços Gerais e rapidamente nos mobilizamos para acomodar os colaboradores que não conseguiriam ir para suas casas. Mas a cantina que tínhamos no hospital ficou muito cheia e com dificuldades de pessoal para atender a toda aquela demanda. Então, a Dra. Eliane, que já era diretora do hospital, assumiu a cantina e começou a atender. Lembro que ela ficou disponível o tempo todo e a cantina ficou aberta praticamente a noite toda”, Martha Lima, gerente de Hospitalidade m uma época em que apenas 18% das mulheres brasileiras trabalhavam, ela foi uma das pioneiras a mergulhar na carreira de Medicina. “No país, havia poucas mulheres no curso de Medicina e a Eliane Castelo Branco chamava a atenção também por ser a aluna mais bonita da Faculdade Souza Marques”, conta o colega de classe e de trabalho Cyro Vargues, cardiologista e coordenador do setor de Hemodinâmica do Hospital São Vicente de Paulo. Além da beleza, sempre teve como qualidade a determinação, contam seus colegas de trabalho do HSVP, onde ela construiu uma sólida carreira de sucesso, primeiro como broncoesofagolaringologista e, depois, no cargo de diretora médica, o qual ocupou por quase 20 anos e do qual agora se despede com a aposentadoria. “Eu tenho muito orgulho dela, que sempre foi uma inspiração para mim. Minha mãe decidiu ser médica em um período em que não era comum que as mulheres seguissem carreira, menos ainda em uma profissão que exige tanta dedicação e tempo disponível. E ela não só chegou lá como atingiu cargos de chefia, onde se manteve. E o mais incrível é que, mesmo com todas as demandas profissionais, ela sempre batalhou e se desdobrou para ter tempo de cuidar de mim, para conseguir ser mãe e médica. E conseguiu! É uma supermédica e uma supermegamãe”, relata a filha, Carolina Castelo Branco Cooper, de 24 anos, historiadora. Sobre Eliane Castelo Branco, há um consenso de todos que a conhecem: mão de ferro e coração de ouro. O jeito sério e um pouco austero contrasta com sua personalidade “extremamente emotiva” e de grande simplicidade. “Ela tem um jeito duro, mas é a pessoa mais emotiva que conheço. Ela se emociona facilmente, chora à toa”, conta o clínico geral e chefe do CTI do hospital, Guilherme Aguiar. “É assim, justamente, porque ela é, de fato, uma pessoa sincera, que não esconde nada. Ela fala o que pensa e demonstra o que sente”, complementa a cirurgiã plástica Mônica Resano, que foi vice-diretora médica do HSVP durante 11 anos, ao lado da Dra. Eliane. Já nos tempos em que fazia atendimento no hospital, de 1983 a 1994, Eliane Castelo Branco era conhecida por sua dedicação. “Ela era uma médica muito próxima de seus pacientes, que tinham, inclusive, seu telefone pessoal. Também nunca foi uma pessoa de esperar pelas atitudes dos outros: o que tiver que ser feito ela faz”, conta a médica Claudia Nastari, responsável pela Gerência Médica do HSVP. “É uma pessoa apaixonada por tudo o que faz e sempre foi uma médica muito interessada e disponível para atender H o m e na g e m os pacientes que necessitavam”, acrescenta Mônica Resano. “Era uma excelente broncoscopista pulmonar, sempre atendendo às solicitações dos demais médicos com carinho e com presteza”, comenta Alemar Roge Salomão, chefe da Cirurgia Geral, fazendo coro com o cirurgião cardíaco Henrique Murad, que foi substituído por ela na Direção Médica do HSVP e que também foi seu colega de trabalho no Hospital Universitário da UFRJ. “Para um hospital ir à frente, é preciso ter alguém honesto e dedicado como ela sempre foi nos vários anos em que foi diretora médica do HSVP, onde obteve muitas conquistas. No serviço público, ela precisou batalhar, mas nunca desistiu de lutar. Se faltasse algo, ela ia buscar de alguma forma. Corria atrás de insumos, de equipamentos e até de pessoas e empresas para realizar consertos”, lembra Henrique Murad. Uma direção vitoriosa Entre suas grandes vitórias, na Direção Médica, apontadas por funcionários e colaboradores do HSVP, estão a Acreditação do hospital, a manutenção da qualidade do corpo clínico, a implantação do prontuário eletrônico e a melhora da troca de informações entre os setores e também do diálogo com a Superintendência, além da Unidade Pós-Operatória. “Foi um marco a criação da Unidade Pós-Operatória, porque foi um enorme ganho de qualidade para os nossos serviços. Foi necessário um grande investimento para viabilizar a implantação dessas unidades de terapia intensiva, que têm assistência diferenciada do CTI tradicional, recebendo apenas os pacientes cirúrgicos”, destaca Claudia Nastari. A manutenção da qualidade do corpo clínico não foi uma luta fácil. “O Hospital São Vicente de Paulo sempre acreditou que, para manter a qualidade do atendimento, era preciso ter uma equipe médica própria e fixa. E os critérios para fazer parte dessa equipe sempre tiveram padrões muito altos. No entanto, essa característica tradicional de hospital fechado, desagrada a algumas correntes da classe médica e, para manter esses altos padrões, ela precisou travar algumas batalhas com o Conselho Regional de Medicina, com a sua própria classe”, lembra Mônica Resano. “Ela defendeu a qualidade e a unidade do corpo clínico com unhas e dentes. Um exemplo disso é que, diferentemente da maioria dos hospitais hoje em dia, para trabalhar no HSVP é preciso ter residência completa”, sublinha Guilherme Aguiar. Opiniões reforçadas por Irmã Marinete Tibério, atual CEO do hospital, que destaca a luta da Eliane e até uma certa rigidez em manter os critérios preconizados pelo hospital no atendimento de qualidade e segurança ao paciente, a começar pelo próprio corpo clínico e cirúrgico. E foi essa preocupação com a qualidade que a fez mover “mundos e fundos” pelo Certificado de Acreditação da Joint Commission International (JCI). “A Eliane foi incansável na busca por alcançarmos esse selo internacional de qualidade”, pontua Claudia Nastari. O gerente de Tecnologia da Informação (TI), André Mallmann, concorda. Uma das recomendações da JCI para a qualidade assistencial é o prontuário eletrônico, que demanda um sistema informatizado integrado na área assistencial e, portanto, exigiu um grande esforço conjunto para sua implementação. “A Eliane nos apoiou com tudo o que precisamos. Sem ela, essa padronização do sistema não teria sido possível. Todas as informações que necessitamos de controles e cadastros médicos, por exemplo, ela nem sequer delegou para outra pessoa. Fez ela mesma”, conta André Mallmann. A Irmã Marinete Tibério expressa também o entusiasmo, a “garra” o interesse de Eliane, não medindo esforços e enfrentando todos os obstáculos para a conquista do Selo Internacional de Qualidade, reconquistado em janeiro de 2012. Dra. Eliane com alguns integrantes da equipe médica do HSVP “Em cerca de cinco anos de convivência, nosso relacionamento cresceu e se fortaleceu, sedimentando numa grande amizade. Eliane é uma mulher corajosa, sincera, amiga, responsável, comprometida com os valores e princípios da instituição. Apesar de parecer uma pessoa séria e, por vezes, brava, no fundo é uma pessoa terna, emotiva e com muita docilidade no agir. Não tenho nenhuma dúvida quanto ao seu amor pelo HSVP e que, durante todos estes anos, o HSVP foi para ela muito mais que um local de trabalho: um ambiente prazeroso e gostoso de trabalhar, pois é inegável a sua alegria de estar aqui conosco”, Irmã Marinete Tibério, CEO do hospital “A Dra. Eliane é uma pessoa de muita simplicidade. Nossa convivência ampliou a troca de informações e a respeitabilidade entre a Diretoria Médica e de Enfermagem. Participava ativamente dos eventos da instituição e trabalhava como todo mundo”, Adriana Costa, gerente de Enfermagem Dra. Eliane com a filha Carolina Hospital São Vicente de Paulo - pág. 14 Hospital São Vicente de Paulo - pág. 15 Hospital São Vicente de Paulo promove a 8ª edição da Jornada Multidisciplinar Evento visa intercambiar informações na área médica entre o corpo clínico do hospital e os profissionais de outras instituições A Emergência é a principal porta de entrada dos pacientes em um hospital. E o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) tem uma preocupação especial com a qualidade desse serviço, seja na área clínica ou cirúrgica, pois envolve uma série de fatores e setores. Organização e integração no atendimento, boa equipe médica, tecnologia de ponta e infraestrutura são primordiais para identificar e tratar os problemas de saúde do paciente de forma satisfatória. Assim, buscando sempre a excelência no atendimento, o HSVP realiza, nos dias 5 e 6 de dezembro, a 8ª edição da Jornada Multidisciplinar – evento voltado para os profissionais da área de Saúde, como médicos, fonoaudiólogos, enfermeiros e da Gestão Hospitalar –, que visa trazer novidades e intercambiar informações na área médica entre seu corpo clínico e profissionais de outras instituições de saúde. “Nosso objetivo é chamar a atenção para a importância do atendimento rápido para essas emergências, diminuindo, assim, as complicações maiores e aumentando as chances de sucesso terapêutico”, comenta o cardiologista Cyro Vargues, coordenador da Hemodinâmica e do Centro de Estudos do HSVP. A Jornada teve início na década de 80, quando foi inaugurado o hospital do HSVP, sendo voltada primeiramente para os médicos. Mas foi em 2005 que o evento ganhou força e passou a contar com participação multidisciplinar. Para Cyro Vargues, a Jornada Multidisciplinar Hospital São Vicente de Paulo - pág. 16 é fundamental para a integração entre os profissionais de saúde de dentro e de fora do hospital. “É uma oportunidade para debater e reciclar conhecimentos sobre importantes temas ligados à prática clínica e cirúrgica. Além disso, temos em discussão diversos assuntos da área administrativa, que é voltada para os gestores ou para quem se interessa em ingressar na área de gestão”, frisa Vargues. Todos os profissionais de atendimento do Hospital São Vicente de Paulo são treinados para identificar e encaminhar para o especialista da área cada tipo de emergência. A troca de informações entre os setores e também entre os profissionais melhora o fluxo e a qualidade do serviço de emergência. Cardiologia, Neurologia, Ortopedia e Oftalmologia são as principais Cyro Vargues, cardiologista e coordenador da Hemodinâmica e do Centro de Estudos do HSVP especialidades disponíveis na unidade, que tem equipe própria. “Nós atendemos às principais emergências clínicas e cirúrgicas, entre as quais podemos destacar as tráumato-ortopédicas, oftalmológicas e cardiovasculares, sendo que, dentro dessa última, o infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular encefálico (AVE) merecem destaque especial, já que são as principais causas de mortalidade nos grandes centros urbanos”, destaca Vargues. Segundo o médico, o tema dessa edição da Jornada – Emergências Clínicas e Cirúrgicas – visa reforçar a divulgação do setor de Emergência do HSVP, que projeta para 2014 a divulgação do setor de Emergências Cardiovasculares, com a inauguração do novo CTI e da nova Unidade Coronária, bem como do moderno equipamento do setor de Hemodinâmica. Programação terá emergências como tema de fundo São esperadas, em média, de 200 a 220 pessoas, durante os dois dias do evento, que assistirão às palestras ministradas por profissionais do HSVP e de outras instituições, tendo as emergências clínicas e cirúrgicas como temática. No dia 5, o cardiologista Cláudio Munhoz, do HSVP, apresentará as Novidades na Abordagem Terapêutica da Fibrilação Atrial. Em seguida, Nilson Araújo, médico do Serviço de Arritmia Cardíaca do HSVP, falará sobre Denervação Renal no Tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica e outras Patologias. À tarde, haverá o debate sobre Emergências Ortopédicas, moderado por Alfredo Villard, ortopedista do HSVP. Serão abordados assuntos como fraturas da extremidade distal do rádio e fraturas do fêmur proximal. Entre os debatedores estão João Gabriel Villard, Tiago Góes, Marcelo Monteiro, Marcus Calixto e Eduardo Cabral, ortopedistas do Hospital São Vicente. Haverá também uma mesa-redonda para discutir o Tratamento Contemporâneo de Infarto Agudo do Miocárdio, com a participação de cardiologistas convidados de outras renomadas instituições, moderada por Cyro Vargues e Aristarco Siqueira, chefe do Serviço de Cardiologia do hospital. Já no dia 6, será apresentada a mesa-redonda Conceitos Atuais em Emergências Oftalmológicas, moderada por Flávio Resende, chefe do Serviço de Oftalmologia do HSVP, em que serão discutidos assuntos como catarata traumática, glaucoma agudo, conjuntivites e ceratites. Outro destaque é o debate Manejo do Paciente Renal na Emergência, com temas sobre nefrolitíase e manuseio da hipervolemia, moderado por Carla Ávila, médica da Emergência do hospital. Os participantes concorrerão ao sorteio de brindes e a uma viagem para um casal passar o final de semana em Búzios. As inscrições são gratuitas (exclusivamente para profissionais de saúde) e podem ser feitas pelos telefones (21) 2563-2147/2563-1107 (ramal 2218) ou pelo e-mail [email protected]. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 17 IV Jornada de Radiologia recebe especialistas para debates A dor não é uma boa companheira M ary Nilsen Lucas de Lima e Silva, de 66 anos, passou décadas sem um diagnóstico. As debilitantes dores no ombro e braço iam e vinham, periodicamente, tornando seu dia a dia complicado. “Fui a diferentes especialistas, fiz inúmeros exames, e ninguém descobria o que eu tinha nem conseguia aplacar minhas crises de dor profunda. Meu braço inchava e ficava difícil cumprir minhas funções no trabalho e em casa”, conta. Faz mais de 25 anos que ela convive com o problema, mas, agora, ela tem controle e consegue minimizar as crises. As dores crônicas atingem milhões de pessoas em todo o mundo e podem ter muitas causas e localizações. Alguns pacientes nunca chegam a ter um diagnóstico, mas, mesmo assim, é possível, com o tratamento certo, aliviar e até reduzir as crises. Mary encontrou alívio com o tratamento realizado por meio da Clínica da Dor, do Hospital São Vicente de Paulo, que concilia medicamentos e acupuntura. “A dor serve para alertar a pessoa de algum problema no organismo. Entretanto, no caso da dor crônica, ela perde essa utilidade, passando ela mesma a ser a doença. Quando persiste, seja de modo diário ou periódico, traz uma série de alterações para a vida da pessoa, afetando inclusive o humor e as relações familiares”, comenta a médica anestesiologista Maria Luiza Maddalena, responsável pela Clínica da Dor do Hospital São Vicente. O alvo da terapia são pacientes com dores de difícil resolução, ou que já foram diagnosticados Dra Maria Luiza Hospital São Vicente de Paulo - pág. 18 Pensando na importância da constante atualização de seus profissionais, o Hospital São Vicente promoveu mais um Fórum de Radiologia, no dia 9 de novembro, com coordenação científica do físico médico Sérgio de Oliveira e do supervisor e técnico em radiologia Leonardo Flor. O evento gratuito recebeu mais de 80 especialistas da área, como médicos, tecnólogos e técnicos. O debate comemorou, ainda, o Dia do Radiologista, celebrado em 8/11. Os profissionais aproveitaram a ocasião para atualizar seus conhecimentos e trocar experiências. O encontro propôs discussões sobre questões relacionadas ao radiodiagnóstico, entre elas a evolução do tratamento radioterápico e o uso de imobilizadores na aquisição de imagens em radioterapia. Radioproteção, Radioterapia, Ressonância Magnética, Mamografia, Sistema Digital e Densitometria Óssea foram alguns dos exames de imagem em foco nas discussões. e a causa não tem tratamento. As lombalgias respondem por 60% dos casos encaminhados à Clínica da Dor, mas também são frequentes os pacientes com enxaquecas, neuralgia do trigêmeo e em tratamento de câncer. “Os pacientes são encaminhados ao serviço por clínicos e outros especialistas. Há paciente que nos procura diretamente. Se ele sofrer de uma dor muito intensa, atuamos imediatamente contra a dor, para dar conforto ao paciente. Mas, em geral, reencaminhamos a pessoa a um clínico geral para uma investigação antecedente ao tratamento”, explica Maddalena. O diagnóstico começa seguindo algumas pistas para encontrar a raiz do problema “Nem sempre é possível ter um diagnóstico laboratorial taxativo, mas os exames de imagem permitem verificar ou excluir a presença de lesões anatômicas e, através disso, podemos inferir um diagnóstico”, assinala o clínico Renato Marandino, do Hospital São Vicente de Paulo. Clínico e coordenador do CTI do HSVP, Guilherme Aguiar revela algumas pistas importantes: “Se a dor irradia-se para outros membros, a chance de ser algo comprimindo uma raiz nervosa é grande. A forma como a dor começou ou o que a desencadeia também são observações significativas.” Renato Marandino acrescenta que é preciso saber onde procurar. “Às vezes, é preciso um exame bem específico, ou um exame comum, mas focado em um local bem específico do corpo”, revela. O tratamento pode ser feito com medicamentos de vários tipos, bloqueios anestésicos, relaxantes musculares, anti-inflamatórios e até anticonvulsivantes, dependendo do tipo de dor. Em alguns casos, recomenda-se também fisioterapia. Maria Luiza Maddalena revela, ainda, que a acupuntura é uma forte aliada para esses pacientes. Unidos contra o câncer de mama Outubro é o mês mundial da luta contra o câncer de mama e o Hospital São Vicente de Paulo entra de cabeça nessa campanha. Para celebrar o Outubro Rosa, o hospital realizou exames gratuitos de mamografia, debate e outras ações, unindo forças de toda a equipe, entre médicos, enfermeiros, psicólogos e técnicos de enfermagem. No dia 5 de outubro, um evento educativo, com palestra, foi realizado com o objetivo de promover informações a respeito da doença e do autoexame para detecção precoce de tumores. Mais de 100 mulheres participaram da atividade coordenada por Sandra Gioia e Joyce Souza, mastologistas do HSVP. “Este ano, nós atingimos os dois principais objetivos do nosso Outubro Rosa: informação e ação. E isso só foi possível com a união de esforços de profissionais de diversos setores do hospital, que doaram seu tempo e amor para o sucesso da campanha”, comenta a mastologista Sandra Gioia. Psicologia no tratamento hospitalar é tema de simpósio A importância da Psicologia no tratamento de pacientes foi tema do Simpósio de Psicologia no Contexto Hospitalar – Diversidade e Prática, no Hospital São Vicente de Paulo. Sob a coordenação da psicóloga Cecília Calabaíde, o evento abordou as diversas possibilidades de atuação da Psicologia no CTI, a abordagem ideal em relação à família quando o pior acontece e a importância da assistência espiritual no meio hospitalar. A ideia do evento surgiu da necessidade de formar os profissionais para lidar com o fator psicológico em casos de pacientes críticos. Café da manhã para comemorar o Dia do Médico O dia 18 de outubro é o Dia do Médico, a mesma data em que a Igreja comemora o Dia de São Lucas, que era médico de formação. Em celebração à data, o Hospital São Vicente de Paulo agradeceu e parabenizou seus mais de 400 médicos pelo exercício da profissão com tanta dedicação e carinho com um café da manhã e distribuição de brindes para todos os médicos da instituição. O Dia foi de festa e muita animação. HSVP se mantém entre os melhores hospitais O Hospital São Vicente de Paulo, mais uma vez, está entre os mais bem colocados no ranking da respeitada revista América Economia, da consultoria América Economía Intelligence. Dos 45 melhores hospitais e clínicas da América Latina, o HSVP foi o único do Estado do Rio de Janeiro a figurar na lista. Há três anos, o HSVP é considerado o quinto melhor hospital do Brasil, segundo a pesquisa, que está em sua quinta edição. Para a CEO do hospital, Irmã Marinete Tibério, “a classificação é mais uma conquista e a certeza de que vale a pena continuarmos trabalhando na busca pela excelência na qualidade de atendimento, segurança do paciente, humanização da técnica e investimento em tecnologia de ponta, quando constatamos que nossos esforços são reconhecidos. Essa pesquisa é muito séria e exige documentação comprobatória de tudo o que é respondido no questionário. Por isso, nossa classificação nos traz muita alegria e tem sabor de vitória”, comemora. 33 anos de dedicação à população Já são mais de 33 anos de atendimento à população. O aniversário do Hospital São Vicente de Paulo, no dia 6 de novembro, foi comemorado com missa, celebrada pelo recém-chegado Padre Renato. Em seguida, foi promovido também um bate-papo com educadores do CBA, que pontuou a XVII Semana da Qualidade. Durante a celebração eucarística, o Padre Renato ressaltou a importância do amor e da caridade como princípios que levaram o hospital a se tornar o que é hoje. Foi lembrado também o aniversário da Irmã Marinete, no dia 5/11. O bate-papo da XVII Semana da Qualidade foi liderado por Vanderlei Timbó, coordenador de Qualidade, que discutiu as Estratégias de Gestão para Manutenção da Qualidade fora do período de auditoria.