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revista do Hospital
São Vicente de Paulo
Ano 4 • Número 13 • Mar/Abril 2014
Centro
Avançado
de Urologia
Serviço é referência no
tratamento do cálculo renal
e de doenças da próstata
Catarata
Conheça os sintomas e os
tratamentos para o problema,
que pode levar à perda
progressiva da visão
Medicina
do Esporte
Evite lesões graves na
prática de exercícios
Informativo bimestral do Hospital São Vicente de Paulo
Fernando Boigues,
presidente do SINDHRio – Sindicato dos Hospitais,
Clínicas e Casas de Saúde do Município do Rio de Janeiro
Serviço de Urologia:
Mais um importante Centro
de Referência para você!
Dizem que, no Brasil, o ano só começa depois do Carnaval, mas, para nós, do Hospital São Vicente de Paulo, 2014 já despontou a todo o vapor logo nos primeiros dias do ano. Nosso Serviço de
Urologia, que já era uma referência de qualidade e bom atendimento para o mercado, passa agora a
se chamar Centro Avançado de Urologia do HSVP. Essa iniciativa segue a nossa política empresarial de dar
destaque a algumas especialidades consideradas vocação médica no hospital e também reflete o reconhecimento ao excelente trabalho desempenhado pela equipe médica da Urologia, que, em maioria, atua
nesse hospital desde a sua inauguração, há quase 40 anos. Um exemplo de tradição e dedicação.
Se, por um lado, temos a tradição como um valor importante para a nossa assistência médica, temos,
por outro, na modernidade tecnológica, um grande referencial de qualidade. Nesta edição, você confere os
novos equipamentos cirúrgicos e de diagnóstico que chegam ao hospital para trazer ainda mais segurança
para médicos e pacientes. É o caso do novo aparelho da Hemodinâmica, top de linha da marca Philips, o
qual permite fazer procedimentos cardíacos e vasculares com ainda maior precisão e visualização em 3D.
Na Oftalmologia, outros importantes equipamentos abrem a possibilidade de realização de novos exames.
Para o cuidado da sua saúde, trazemos informações importantes sobre os cálculos renais e a
catarata. Para quem se animou com eventos esportivos mundiais que vêm pela frente e decidiu iniciar
ou reforçar o treinamento, nosso ortopedista especialista em medicina do exercício e do esporte, Alfredo Villardi, dá dicas para evitar lesões.
A delicada relação entre
hospitais e planos de saúde
P
or que os pacientes encontram dificuldades
para atendimento médico mesmo na rede
privada? Por que o credenciamento de médicos e hospitais nos planos de saúde é tão instável?
O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de
Saúde do Município do Rio de Janeiro (SINDHRio)
iniciou um levantamento, o Programa Farol, para
traçar um cenário mais realista a respeito da saúde
na rede privada do Rio de Janeiro e agora se prepara para consolidar esses dados. A intenção é
ampliar o diálogo e auxiliar as instituições a encontrarem caminhos que contribuam para melhorar a
qualidade da assistência médica e o relacionamento entre hospitais e operadoras de saúde. O presidente do SINDHRio, Fernando Boigues, conversou
com a Revista do HSVP e conta um pouco do que
vem observando no panorama da saúde privada.
Boa leitura!
Ir. Marinete Tibério – CEO do HSVP
SUMÁRIO
3
Qualidade – Educação permanente é a chave para a qualidade
4
O verdadeiro sentido da Páscoa
5
Marcio Neves tem como meta ampliar atendimento do hospital 6, 7
Cálculo renal: tire essa pedra do seu caminho
8, 9
Novo Centro Avançado de Urologia
10, 11
Para uma visão cristalina, atenção à catarata
12, 13
Novos equipamentos incluem recurso em 3D
14, 15
Entrevista – Munir Murad, cardiologista
16,17
Medicina do Esporte dribla “fim de carreira” precoce
18
Agenda – eventos abertos ao público
19
Personalidade – Fernando Boigues, presidente do SINDHRio
EXPEDIENTE
Hospital São Vicente de Paulo - Rua Dr. Satamini, 333 Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: 21 2563-2121.
FUNDADO EM 1930 pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo.
Diretoria Médica: Marcio Neves (CRM: RJ-577755).
Conselho Administrativo: Ir. Marinete Tiberio,
Ir. Custódia Gomes de Queiroz, Ir. Maria das Dores da Silva e
Ir. Ercília de Jesus Bendine.
Conselho Editorial: Irmã Custódia Gomes de Queiroz Diretora de Enfermagem; Irmã Ercília de Jesus Bendine - Diretora
da Qualidade; Eliane Castelo Branco - Diretora Médica;
Irmã Marinete Tibério - CEO do HSVP; Martha Lima - Gerente de
Hospitalidade; Olga Oliveira - Gerente de Suprimentos;
Vanderlei Timbó - Coordenador de Qualidade.
Edição: Simone Beja.
TEXTOS: Cristiane Crelier.
Projeto gráfico e DIAGRAMAÇÃO: SB Comunicação.
APOIO EDITORIAL: Wilson Agostinho e Ana Paula Gama.
Impressão: Arte Criação
Revista do HSVP: Quais são os principais desafios que a saúde privada enfrenta no país
atualmente?
Fernando Boigues: Basicamente, temos aumento
no número de usuários, dificuldades nas relações
comerciais com operadoras de planos de saúde,
inchaço nas redes de atendimento pelo aumento
do número de clientes e, ainda, o envelhecimento
da população, que gera também um aumento das
doenças crônicas. Não nos planejamos para essa
mudança de cenário, embora soubéssemos que a
pirâmide populacional iria se inverter algum dia.
O grande desafio que vejo hoje, para os prestadores (hospitais, clínicas e consultórios), é que
eles consigam conhecer seus custos e equalizá-los
diante dessas transformações. Para que alcancemos a sustentabilidade, claro, precisamos que se
construa uma relação de maior confiança e equilíbrio entre prestadores e fontes pagadoras.
Revista do HSVP: Como está a situação no
Rio de Janeiro?
FB: No Rio de Janeiro, a exemplo de outros Estados, a saúde suplementar (planos de saúde) já representa 50% do atendimento. Assim, o setor vive
uma dicotomia: o número de clientes cresce, mas
a rede de prestadores (hospitais, clínicas e consultórios) não consegue acompanhar a demanda.
Daí os cenários que vemos, vez ou outra, principalmente em épocas sazonais de gripe e outras doenças endêmicas, de filas em prontos-socorros particulares. Esse, no entanto, não é um problema
exclusivo do Brasil. Por outro lado, enfrentamos
dificuldades junto às fontes pagadoras (planos
de saúde), que jogam duro nas negociações de
valores a serem pagos aos médicos e hospitais.
Os prestadores sofrem porque têm de lidar com a
alta inflação médica e com o paciente, que bate
à porta e exige acesso à medicina de qualidade.
Trabalhamos com insegurança jurídica e uma
grande fragilidade nas relações comerciais, ao
mesmo tempo que enfrentamos uma série de exigências normativas de toda ordem. Mas nós temos
medicina de qualidade, sem dúvida nenhuma.
Revista do HSVP: A Agência Nacional de Saúde (ANS) abriu um diálogo a respeito de boas
práticas entre planos de saúde e hospitais, por
meio de uma consulta pública. Que fatores
provocaram esse debate?
FB: Existem muitas dificuldades nesse relacionamento. Resultados preliminares do Programa Farol
nos mostraram, por exemplo, que as glosas (contas
médicas rejeitadas pelos planos) são constantes e
com tendência à elevação. Em 2010, quando o índice passou a ser monitorado, cerca de 5% das faturas mensais dos hospitais eram glosadas. A média,
no entanto, tem crescido, ultrapassando 7%, no segundo semestre de 2011, e 6%, ao longo de 2012.
Somos a única atividade econômica que presta um
serviço e não sabe se receberá por ele, já que nem
sempre se consegue recuperar os valores glosados. A maioria dos valores negados é improcedente (sem justificativa). Outro problema é o prazo
médio de pagamento pelos convênios. O período,
que no contrato é de 30 dias, pode passar de 50,
com a agravante de que hospital paga os impostos
referentes ao valor da nota, mas pode não receber
integralmente em razão da existência de glosas.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 3
O verdadeiro
sentido da Páscoa
Educação permanente é a
chave para a qualidade
S
incronia, qualidade e segurança: essa é a
máxima que norteia as ações no HSVP. E é
com essa preocupação que a instituição investe no contínuo treinamento e atualização de
seus profissionais. Médicos, técnicos de enfermagem e enfermeiros participam de programas de
Educação Continuada e outros projetos, tanto de
capacitação quanto de troca de conhecimentos.
Para 2014, o hospital fechou, inclusive, mais uma
parceria com a Berkeley, uma das empresas mais
conceituadas em treinamento e simulação na
área de saúde, para um curso de emergências
cardiológicas (Advanced Cardiac Life Support),
destinado a todos os médicos que fazem plantões
do hospital, em todas as áreas.
“Esses cursos fazem parte de uma cultura antiga do hospital de educação continuada. Além
de ser uma exigência dos órgãos acreditadores,
isso é uma demanda básica de um hospital de
alta complexidade”, comenta Marcio Neves, diretor médico do HSVP.
De acordo com Carmelita de Moura, coordenadora de Desenvolvimento de Capital Humano,
esse curso é realizado a cada dois anos e é a
garantia de que os profissionais que vão prestar
assistência inicial e imediata no caso de
uma emergência estão capacitados e
atualizados, independentemente
de sua especialidade. “Quando o paciente busca uma
tratamento de rotina, é
atendido pelo profissional de determinada espe-
cialidade, que estará atuando na área dele, onde
ele já tem seus procedimentos. Porém, quando se
trata de uma emergência, qualquer profissional tem
que estar capacitado para identificar e prestar o socorro imediato necessário”, acrescenta Fátima Maciel, gerente de Capital Humano.
A Enfermagem também recebe educação permanente. “Realizamos treinamento de novos colaboradores de enfermagem sempre que são admitidos na instituição; curso de suporte básico de
vida para todos os trabalhadores de enfermagem
a cada dois anos; curso de primeiros socorros
para brigadistas anualmente e curso de primeiros
socorros para profissionais de segurança patrimonial”, lista Raquel Cunha, enfermeira responsável pelo setor de Educação Continuada.
O hospital também incentiva seus profissionais a buscarem capacitação e especialização,
por meio de convênios com universidades e outras
instituições de ensino, promovendo congressos internos “Em paralelo à nossa formação acadêmica,
temos que buscar sempre o aprimoramento. Na
assistência à saúde, isso é essencial, pois é um setor muito dinâmico”, conclui a Irmã Josefa Coissi,
diretora de Enfermagem.
Profissionais passam por
treinamento e simulação na
área de saúde, para um curso
de emergências cardiológicas
(Advanced Cardiac Life Support).
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 4
R
essurreição é uma palavra que, para os profissionais que trabalham na área de saúde,
tem um significado mais do que especial.
Muitas vezes, observamos uma cura surpreendente e inesperada por intermédio da fé e, para
uma entidade católica como o Hospital São Vicente de Paulo, é muito gratificante ser esse instrumento que atua tanto pela ciência quanto pela
religião para a recuperação dos pacientes. E,
nesta época de Páscoa, voltamos nossos pensamentos à ressurreição daquele que tornou tudo
isso possível. Mas qual é o verdadeiro sentido
dessa celebração?
Na tradição católica cristã, a Páscoa não é simplesmente uma festa entre outras: é a “festa das festas”, a “solenidade das solenidades” (Catecismo da
Igreja Católica, parágrafos 1169-1170). Mas essa
data festiva, por conta de outro evento sagrado,
também era comemorada pelos judeus muito antes
de Cristo, celebrando a passagem do Mar Vermelho. Jesus Também festejava a Páscoa: “Foi o que
Ele fez ao cear com seus discípulos no que chamamos de Santa Ceia, que é a quinta-feira santa”, ressalta Padre Renato, responsável pela Pastoral da
Saúde do Hospital São Vicente de Paulo.
A palavra Páscoa provém da tradição judaica
do Peseach, que significa “passagem”. A história
conta que Moisés conduziu o povo hebreu para
fora do Egito, libertando-o da escravidão.
“Chegando às margens do Mar Vermelho, os judeus, perseguidos
pelos exércitos do faraó, teriam de atravessá-lo às pressas. Guiado por Deus, Moisés levantou seu bastão e
as ondas se abriram, formando duas paredes de
água, que ladeavam um
corredor enxuto, por
onde o povo passou”,
comenta o sacerdote.
Mas o memorial da
Páscoa de Cristo não é somente a lembrança dos
acontecimentos do passado, é principalmente a
proclamação das maravilhas que Deus fez pela
humanidade. Em sua mensagem de Páscoa em
2013, o Papa Francisco resumiu o significado
dessa celebração: “É o êxodo, a passagem do
homem da escravidão do pecado, do mal, à liberdade do amor, do bem”. E o que significa o
fato de Jesus ter ressuscitado? “Significa que o
amor de Deus é mais forte que o mal e a própria
morte; significa que o amor de Deus pode transformar a nossa vida, fazer florir aquelas parcelas
de deserto que ainda existem no nosso coração”,
disse o Papa Francisco.
A data escolhida para a celebração da ressurreição de Cristo foi definida pelo concílio universal da Igreja em meados do ano de 325 e foi
proposta de acordo com o equinócio de primavera no hemisfério Norte. Por conta das incorreções
dos calendários utilizados na época, essa definição
passou por alguns imbróglios. Para nós, do hemisfério sul, é celebrada sempre no primeiro domingo, após a primeira lua cheia, entre os dias 20 e
25 de março, início do outono.
Para os cristãos, a Páscoa deve ser uma época
de reflexão, por isso o intervalo de cerca de 47
dias entre esse evento e o feriado do Carnaval. Padre Renato sugere que os católicos vivam a Páscoa nas dimensões mais profundas
do amor. “Partilho do desejo do Papa Francisco, de que acolhamos a graça da Ressurreição
de Cristo. Deixando-nos renovar pela misericórdia de Deus, deixando-nos amar por Jesus,
deixemos que a força do seu amor transforme
também a nossa vida, tornando-nos instrumentos dessa misericórdia, canais através dos
quais Deus possa irrigar a terra, guardar a
criação inteira e fazer florir a justiça e a paz.
Jesus ressuscitado transforma a morte em vida.
Assim, peçamos a Ele para mudar o ódio em
amor, a vingança em perdão, a guerra em
paz”, propõe o sacerdote.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 5
Crescer e
aperfeiçoar
Novo diretor médico, Marcio Neves, tem
como meta ampliar a capacidade de
atendimento do hospital
Marcio Neves,
diretor médico do HSVP
C
om a aposentadoria de Eliane Castelo
Branco, médica que ocupou o cargo de
diretora médica por quase 20 anos, o
Hospital São Vicente de Paulo entrou em 2014
com mudanças. Marcio Neves, clínico e intensivista, é o novo diretor médico da instituição. Casado e pai de duas filhas, ele tem 21 anos de
profissão e ampla experiência em cargos de gestão, tendo passado por importantes instituições
cariocas de saúde e consultoria médica. Para o
HSVP, Marcio Neves tem planos de aumentar a
capacidade e a estrutura de atendimento, além
de aprimorar alguns serviços e setores. Sempre
com o foco no cumprimento dos padrões de qualidade e segurança do paciente que norteiam os
processos do hospital desde sua criação.
Revista do HSVP: Apesar de ter apenas 44
anos, você acumula uma vasta experiência em
sua carreira. Como foi essa trajetória?
Marcio Neves: Cursei medicina na Universidade Gama Filho e me formei em junho de
1993. Fiz residência médica de clínica no Hospital Souza Aguiar e me especializei em terapia
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 6
intensiva. Sou membro titular da Associação de
Medicina Intensiva Brasileira. Fui chefe de CTI e
diretor médico de grandes hospitais. Tenho MBA
na área de Gestão em Saúde e MBA executivo
em Gestão de Negócios.
Revista do HSVP: Como você vê o HSVP no
cenário da saúde?
MN: Com o crescimento populacional e, portanto, o aumento progressivo da demanda, a
saúde hoje precisa cada vez mais de hospitais
como o São Vicente de Paulo, terciário, que tem
todo um parque de imagem, exames laboratorais, hemodinâmica, ressonância e CTI, preparado para atender os casos de alta complexidade,
tanto no âmbito clínico quanto cirúrgico. E já não
há espaço para a negligência, para o descaso
com as questões de segurança do paciente. Até
mesmo o governo agora demonstra uma preocupação maior com essa pauta, através da criação
do Programa Nacional de Segurança do Paciente
(PNSP) por meio do Ministério da Saúde. A acreditação também é um caminho, pois ajuda a
criar padrões e outros sistemas para evitar os er-
ros e melhorar a eficiência do atendimento, mas
no Brasil essa cultura ainda não está muito enraizada, já que apenas cerca de 3% das instituições de saúde são acreditadas. Mas também é
preciso lembrar que um selo de acreditação é o
resultado de uma postura.
Revista do HSVP: Historicamente, quais os
maiores acertos que você apontaria a respeito da
gestão do Hospital São Vicente de Paulo?
MN: O foco em segurança e a preocupação
com a melhoria constante. É um hospital que tem
muito mais acertos do que erros. É uma instituição
sempre vista como uma ilha de excelência e uma
das poucas no Rio de Janeiro que têm acreditação
internacional. Os principais pontos positivos são a
qualidade da assistência e do corpo clínico e o fato
de a instituição estar sempre se atualizando, seja
em tecnologia, seja em capacitação.
Revista do HSVP: O que você acha que tem
espaço para melhorar?
MN: Temos um bom atendimento, mas sempre há espaço para melhorar, e isso é prioridade
minha e da irmandade. De imediato, o que estamos trabalhando para aprimorar é o espaço do
hospital. Apesar de sermos uma grande instituição,
podemos ser ainda maiores. Além disso, algumas
estruturas, principalmente as que dizem respeito ao
acolhimento dos pacientes (recepções, hotelaria),
também estão no foco das nossas atenções.
temos a filosofia da Irmandade São Vicente de
Paulo, que é a de acolhimento e humanização
cada vez maior do atendimento.
Revista do HSVP: O que o senhor pretende
mudar como diretor médico?
MN: Pretendo aprimorar a eficiência logística
e a pontualidade nos atendimentos. Quanto mais
eficiência, maiores as possibilidades de crescer e
manter a excelência dos serviços.
Revista do HSVP: Quais são os projetos
para 2014?
MN: Mais que dobrar a capacidade do CTI
(serão inaugurados 20 leitos) e iniciar obras de
ampliação estrutural. Um pouco mais para a frente, a ideia é ampliar o centro cirúrgico e, portanto, a capacidade de atendimento nesse setor.
Para 2014, pretendemos crescer também em
qualificação e qualidade de assistência. Além disso, estamos fazendo um trabalho de gestão por
indicadores, que visa otimizar a utilização da estrutura. Já foram criados indicadores por área –
de eficiência, de ocupação de qualidade e todos
os sentidos técnicos, administrativos e financeiros
– e a gente já acompanhou alguns desses resultados em 2013. Agora, vamos utilizar esses dados
para implementar melhorias.
Revista do HSVP: E como é visto o paciente
nessa equação?
MN: O paciente é a base de tudo. Foi por ele
que empreendemos esforços para alcançar a
acreditação internacional, que vemos como uma
forma de mostrar ao paciente que nos importamos com ele e, em nome dessa relação, buscamos a excelência. O HSVP não abre mão de qualidade e segurança, e a gente busca de forma até
mesmo obsessiva esses controles. Temos comissões de Óbitos, de Ética, de Revisão de Prontuário, de Transplantes, de Transfusão e diversas outras, que se reúnem periodicamente para avaliar
índices de qualidade e eventos sentinela (qualquer evento imprevisto que possa resultar em
dano para o cliente) – embora não tenhamos
nenhum registrado até hoje. E, acima de tudo,
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 7
Cálculo Renal:
tire essa pedra
do seu caminho
D
e acordo com a Sociedade Brasileira de
Urologia, cerca de 8% das mulheres e
15% dos homens vão apresentar cálculo
renal em algum momento da vida. As pedras nos
rins ou em qualquer outra parte do trato urinário
são resultado do excesso de algumas substâncias
na urina, como cálcio, oxalato, ácido úrico, fosfato, estruvita ou cistina. No tratamento, nem
sempre é necessária uma intervenção cirúrgica.
Na verdade, a maioria dos casos é tratada de
forma conservadora.
“A escolha do método com o qual iremos tratar o cálculo depende de inúmeros fatores, entre
os quais a localização, a densidade e o tamanho do cálculo,
bem como a existência de dor
ou febre. Avaliamos também
outros aspectos do paciente,
como presença de alguma
má-formação congênita ou
adquirida, como escoliose,
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 8
cirurgias prévias e obesidade”, explica o urologista Pablo Cerante, do Centro Avançado de Urologia do Hospital São Vicente de Paulo.
No caso de cálculos pequenos e que não estejam atrapalhando a passagem da urina, normalmente é indicada a terapia médica expulsiva,
em que se espera que o cálculo é eliminado espontaneamente, sem tratamento invasivo. Pablo
Cerante esclarece que podem ser usadas medicações que acelerem a eliminação e que amenizem
os sintomas, já que é um processo doloroso para
o paciente. O médico faz uma vigilância com
exames de imagem de forma periódica para verificar se o cálculo foi expelido ou se houve algum deslocamento. “O período
seguro para aguardar é de aproximadamente 30 dias, desde que não
haja sinais de complicações, como
febre, sangramento, dor recorrente ou sobrecarga dos
rins. Após 30 dias, as chances
Hidratação é a melhor prevenção
O paciente que sofre do problema deve passar por uma avaliação médica para determinar as causas dele e tratá-las. Cerca de 40%
dos pacientes voltam a apresentar cálculos
em um período de até cinco anos. Obesidade, hipertensão e diabetes podem ser alguns
fatores de risco para desenvolver pedras no
trato urinário.
Hábitos que incluem a baixa ingestão
de líquido, muito sódio na alimentação e
alta ingestão de carne vermelha também podem contribuir para a ocorrência
do problema. Para prevenir a incidência de
cálculos, redução do sal nas refeições e hidratação adequada são as melhores medidas. Produtos industrializados e embutidos
devem ser evitados, pois, em geral, contêm
muito sódio, que, além de ser um composto
do sal de cozinha, é usado na indústria alimentícia, até mesmo em bebidas e doces
com outras funções além do sabor.
A ingestão suficiente de líquidos é importante para aumentar o volume de urina e reduzir a concentração de substâncias em excesso no trato urinário. Dois a três litros de
água por dia podem ajudar a manter esse
sistema mais saudável, mas, para saber
se está de fato hidratado, é preciso
observar a coloração e o odor da
urina: quanto mais clara e
inodora, melhor.
de eliminação espontânea do cálculo reduzem-se
bastante, e isso pode levar a prejuízo da função
renal”, alerta Cerante.
Caso seja um cálculo que necessite de intervenção, o médico pode optar por uma litotripsia
que visa à fragmentação dos cálculos urinários
para que diminuam de tamanho e, consequentemente, possam ser eliminados espontaneamente. “Esse é um tratamento bastante eficaz e
seguro para certos tipos de cálculo. É menos
invasivo quando comparado a outros métodos
intervencionistas. Cabe ressaltar, no entanto,
que, como qualquer tipo de tratamento, não é
isento de riscos e complicações”, comenta o
urologista Pablo Cerante.
Alguns cálculos, porém, demandam tratamento cirúrgico. Nesse caso, o médico poderá optar
por procedimentos endourológicos, videolaparoscópicos ou pela cirurgia convencional. No
primeiro caso, são métodos endoscópicos em
que se utilizam minicâmeras que são introduzidas através do trato urinário para acesso ao
local onde estão os cálculos. “Para a fragmen-
tação dos cálculos, usamos dispositivos a laser, ultrasônicos ou pneumáticos. Os fragmentos dos cálculos são retirados durante o mesmo
procedimento, logo após sua fragmentação”,
informa Cerante, acrescentando que as cirurgias endourologicas são consideradas atualmente os métodos mais modernos e eficazes
para a maioria dos cálculos urinários. “Têm
alta taxa de sucesso e baixa taxa de complicações”, ressalta.
Outra possibilidade pouco invasiva é a cirurgia
videolaparoscópica. Tem rápida recuperação e
menos dor para o paciente no pós-operatório.
As cirurgias abertas, atualmente, são pouco
indicadas. Entretanto, esse procedimento é importante em determinadas situações, como grandes cálculos renais e alterações da anatomia renal
que inviabilizem a utilização dos métodos menos
invasivos. “Devido ao avanço dos demais métodos, esse tipo de cirurgia, que necessita de incisão
abdominal, é cada vez menos realizada, mas,
quando bem indicada, ainda pode ser a melhor
opção”, conclui o urologista Pablo Cerante.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 9
(ultrassonografia, tomografia computadorizada,
ressonância magnética etc.), ao Laboratório de
Patologia, à Oncologia e outras áreas afins.
Essa integração de serviços de excelência garante ainda mais segurança e um desempenho
excelente para os tratamentos propostos”, explica Américo Pascoa Martins.
De acordo com a diretora executiva do HSVP,
Irmã Marinete Tibério, novos equipamentos e instrumentais estão sendo adquiridos para ampliar a
capacidade e a qualidade de atendimento do setor. “Também trabalhamos para a ampliação da
equipe de Urologia e o treinamento de todos os
demais profissionais que fazem plantão na Emergência Geral do hospital, inclusive a Enfermagem,
para que estejam capacitados para triagem, diagnóstico e condutas específicas relacionadas”, informa Irmã Marinete.
novo Centro
Avançado de Urologia
E
m atividade desde a inauguração do HSVP,
há 36 anos, o Serviço de Urologia passa, a
partir de março, a funcionar como Centro
Avançado de Urologia. Seu principal diferencial
está na tradição e na capacitação de sua equipe
médica, formada, em maioria, pelos mesmos
profissionais que inauguraram o serviço.
“É muito raro um hospital manter a mesma
equipe por tanto tempo. Estamos sempre em busca de novidades e em constante processo de atualização. Trocamos conhecimentos entre nós e
temos a oportunidade de discutir casos mais complexos com especialistas de outras áreas associadas ao problema” explica o urologista Alex
Rizkalla Nogueira, que divide a coordenação do
Centro com o Dr. Américo Pascoa Martins.
Emergência 24 horas
O Centro Avançado de Urologia oferece atendimento ambulatorial e Emergência 24 horas
sendo referência para o tratamento do cálculo
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 10
renal e de doenças da próstata. “Uma das áreas
da urologia que evoluiu muito nos últimos anos
foi o tratamento do cálculo renal. Além das diversas formas de abordagem que temos hoje em
dia, contamos com o ureteroscópio, que é um
aparelho que nos permite, por via endoscópica,
eliminar a cirurgia aberta, na grande maioria dos
casos”, ressalta Alex, que também é membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia.
A segurança de um hospital geral
Todos os procedimentos cirúrgicos do Centro
Avançado de Urologia, como litotripsia intracorpórea, cirurgia a laser, videolaparoscopia, ressecção endoscópica da próstata, cistoscopia, ureteroscopia, biópsia endoscópica ou dirigida por
ultrassonografia e penioscopia, são realizados dentro do HSVP, que está preparado para atender a
qualquer tipo de intercorrência e equipado para cirurgias de alta complexidade. “O Centro Avançado
de Urologia está integrado ao Setor de Imagens
Equipe médica
Alex Rizkalla Nogueira
Americo Pascoa Martins
Paulo Roberto Soares Tavares
Carlos Henrique Liquori
Renato Faria
Pablo Cerante
O tratamento de câncer de próstata, de infecções do trato urinário, distúrbios geniturinários,
disfunção miccional, cistite e disfunção erétil e a
correção de anomalias congênitas serão também
os focos do Centro Avançado.
Terceiro serviço especializado
Desde 2012, o HSVP iniciou um processo de
investimentos no sentido de concentrar cada vez
mais serviços especializados dentro de sua vocação médica.
“O modelo de centros especializados tem sido
positivo tanto para os pacientes, que podem contar com a excelência na prestação dos serviços
setorizados, como para a nossa instituição, que
agrega mais eficiência e qualidade nos serviços
prestados”, destaca a Irmã Marinete Tibério.
Prostatite atinge metade da população masculina
Uma das doenças que mais levam os homens ao consultório do urologista é a prostatite, ou seja, a infecção da próstata. De acordo com dados da Fundação Americana de
Doenças Urológicas, estima-se que 50% dos homens apresentem o problema em alguma
fase da vida. Apesar da alta incidência, a doença continua sendo pouco conhecida pela sociedade. Normalmente causada por
bactérias, a prostatite também pode ser consequência
de vírus ou fungos e ocorrer de forma aguda ou crônica. Os principais sintomas são ardência ou dor para
urinar somados a uma vontade mais frequente de
fazer xixi, Além de febre, cansaço, dor no períneo e
secreção pela uretra.
É preciso lembrar que o câncer de
próstata é uma das doenças que mais
matam homens no mundo. Portanto, a próstata é um órgão que merece atenção rotineira, principalmente depois dos
50 anos. E, quanto
mais cedo o diagnóstico, melhores as
chances de cura.
Horário de funcionamento
Emergência 24 horas | Atendimento ambulatorial
De segunda a sexta, das 8h às 18h.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 11
Para uma visão cristalina,
atenção à catarata
A
pesar de ser bem mais comum em pessoas
com idade avançada, a catarata não é
uma doença que atinge apenas os idosos.
Alguns distúrbios metabólicos e até mesmo certos
tipos de medicamento podem acelerar o processo
em pessoas mais jovens, além de haver casos em
que a doença é congênita. Quanto mais cedo
diagnosticada, mais seguro é o tratamento cirúrgico e melhor é o prognóstico do paciente quanto
à recuperação plena da visão.
Com o passar dos anos, ocorre, de forma natural, a perda progressiva de transparência do
cristalino, que é uma lente situada no interior do
olho, cuja função é focalizar as imagens na retina.
A oftalmologista Renata Rezende, do Centro Avançado de Oftalmologia do Hospital São Vicente de
Paulo (HSVP), explica que o cristalino vai crescendo e ganhando mais camadas e que nem sempre
ocorre a opacidade, mas haverá, com o envelhecimento, uma mudança de sua coloração. O
cristalino de um adulto de 50 anos geralmente
apresenta coloração mais acinzentada ou amarelada, diferente de um cristalino de 18 anos.
“Essa perda de transparência do cristalino,
seja por alteração de coloração ou por opacidade, caracteriza a catarata. Como é uma doença
provocada por desgaste, é mais comum em
idosos. Porém, algumas doenças metabólicas,
principalmente o diabetes, pode provocar uma
catarata precoce e de evolução mais rápida.
Medicamentos à base de corticoides, até mesmo pomada, quando utilizados com uma regularidade importante, também podem desencadear uma aceleração do processo”, esclarece a oftalmologista.
De acordo com a médica, são as oscilações
metabólicas dentro do olho que ocasionam as alterações da transparência. “No caso do diabetes,
a glicose em excesso entra no cristalino passivamente, por osmose, e o faz inchar. Quando a glicose se normaliza, o cristalino se desincha; e assim
sucessivamente. E esse ‘efeito sanfona’ desgasta o
cristalino muito rápido”, diz Renata Rezende. Ela
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 12
ressalta, ainda, que, diferentemente do que ocorre com os idosos, que têm uma progressão lenta
da mudança de cor e podem ter ou não opacidade associada, a catarata dos mais jovens já começa com a opacidade e precisa ser tratada rapidamente. A opacidade geralmente está associada
a maior redução da acuidade visual enquanto a
alteração da coloração reduz de forma mais sutil
a quantidade de visão.
A superexposição aos raios ultravioleta do sol
também é um fator de risco. Por isso, quem trabalha na rua, muito exposto ao sol, deve sempre
usar óculos escuros. Traumas, como pancadas e
cortes, também podem induzir catarata em qualquer idade.
Tratamento é sempre cirúrgico
Não existe medicamento para tratar ou retardar o processo da catarata. A abordagem é
sempre cirúrgica. Entretanto, nem todo paciente
precisa fazer a cirurgia imediatamente após o
diagnóstico. O problema, em estágio inicial,
pode apenas ser acompanhado pelo oftalmologista em regime clínico. Quando ocorre a opacidade do cristalino, é importante fazer a operação – e quanto mais cedo, melhor.
Cirurgia de remoção
de catarata
Oftalmologia agora
tem exame de córnea
“Quanto mais se espera para operar, a catarata fica mais densa, mais rígida. O cristalino fica
localizado atrás da íris e o líquido de dentro do
olho, que se renova o tempo todo, é drenado na
parte da frente da íris. Se a pessoa tiver uma catarata muito densa, isso empurra a íris para a
frente, podendo causar uma hipertensão ocular.
Além disso, a cirurgia se torna mais complicada e
o paciente corre o risco de não recuperar 100%
da sua visão”, alerta Renata Rezende.
A cirurgia é muito delicada, realizada com o
auxílio de microscópio cirúrgico de altíssima qualidade óptica e de equipamentos de alta tecnologia,
porém não é uma cirurgia demorada, durando
cerca de 30 minutos (o tempo varia conforme a
densidade da catarata e doenças coexistentes) e
não causa desconforto ao paciente. É feita a substituição de todo o cristalino por uma prótese intraocular, que funciona como um cristalino artificial.
O paciente recebe uma sedação leve e uma
anestesia local e permanece acordado durante
o procedimento. A cirurgia é feita em ambiente
de centro cirúrgico, mas não é preciso ficar internado – o paciente vai para casa no mesmo dia.
A anestesia pode ser feita por injeção em volta do
olho (bloqueio peribulbar) – nesse caso, o olho e
as pálpebras ficam parados – ou com colírio
(anestesia tópica) – nesse caso, o paciente precisa
cooperar durante a cirurgia.
A oftalmologista conta que o procedimento
evoluiu muito nas últimas décadas. O avanço
tecnológico permitiu que a incisão cirúrgica que
era de 8 mm, fosse reduzida para 2,2 mm, diminuindo a inflamação no pós-operatório e acelerando a recuperação visual. As lentes intraoculares
proporcionam hoje maior qualidade visual.
O Centro Avançado de Oftalmologia do
Hospital São Vicente de Paulo passou por
uma atualização neste início de 2014 e agora conta com três novas tecnologias de ponta: um microscópio especular da córnea, um
microscópio cirúrgico Leica de última geração e um vitreófago Constellation, que também é um dos mais recentes e modernos de
sua classe. As novas aquisições, um investimento de cerca de R$ 350 mil, tornam o serviço ainda mais eficaz, possibilitando a realização de novos procedimentos e exames que
antes não eram realizados no hospital.
O microscópio especular faz a avaliação
da córnea no pré-operatório, que é uma avaliação obrigatória antes da cirurgia de catarata e de qualquer procedimento intraocular.
Era o único exame que não era oferecido no
serviço de oftalmologia do HSVP; agora já é.
O aparelho faz a avaliação da quantidade e
da qualidade das células da córnea e também é indicado para o acompanhamento de
casos de distrofia e doenças genéticas da córnea, como para quem usa lentes de contato.
Já os demais aparelhos, o hospital os
possuía, mas em versões antigas. Os novos
possibilitam fazer até os procedimentos oftalmológicos mais modernos. “O diferencial
do microscópio cirúrgico Leica, por exemplo, é a qualidade ótica e a intensidade de
iluminação, que permitem a visão de detalhes incríveis, melhorando a segurança dos
procedimentos cirúrgicos”, destaca a oftalmologista Renata Rezende.
O vitreófago Constellation, que faz vitrectomia e cirurgias de retina, além de oferecer visão de detalhes, faz um número de
cortes muito maior que outros aparelhos –
quanto maior o número de cortes, maior a
eficiência e menor o risco de tração ou descolamento da retina. Com esse aparelho, o
Centro Avançado de Oftalmologia agora
também realiza cirurgias de membrana epirretiniana e buraco de mácula.
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Novos equipamentos
incluem recurso em 3D
Hospital investe em novos equipamentos de imagem e procedimentos,
além de bisturi de última geração
O
Hospital São Vicente de Paulo iniciou o
ano com grandes novidades em seu
parque tecnológico. Com investimentos
de quase R$ 3,4 milhões, os setores de Radiologia, Endoscopia, Hemodinâmica e Oftalmologia
receberam os equipamentos, de última geração,
que permitem melhor qualidade para exames e
outros procedimentos. Um dos mais revolucionários é o Allura Xper FD20, da Hemodinâmica, que permite realizar uma grande variedade
de intervenções cardíacas e vasculares com ferramentas avançadas e imagem em 3D.
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De acordo com Cyro Vargues, cardiologista
e coordenador da Hemodinâmica do HSVP, as
vantagens tecnológicas do equipamento geram
maior segurança para o paciente e maior precisão nos resultados médicos. “Entre as características que se destacam no aparelho estão o maior
campo de visão; o detector plano de alta resolução que gera imagens em 3D dos vasos cerebrais, dos periféricos e das estruturas ósseas; e
um aplicativo para as artérias do coração que
permite a visualização dos stents coronários e
sua relação com o diâmetro das artérias em
tempo real durante as intervenções
terapêuticas e diagnósticas”, ressalta o médico.
Henrique Salas, radiologista intervencionista do HSVP e membro
titular da Sociedade Brasileira de
Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice),
acrescenta que os pacientes também se beneficiam de uma menor
dosagem de raios X. “Isso torna o
procedimento mais seguro também
para a equipe de sala. E a evolução no
processamento das imagens possibilita reconstruções tomográficas e reconstruções 3D dos vasos, facilitando os procedimentos pela melhor
compreensão da anatomia e da relação entre as
estruturas. Além disso, melhora a possibilidade
de avaliar uma complicação hemorrágica durante um procedimento”, comenta o médico.
Na neurorradiologia, os avanços são ainda
mais significativos. “Além das técnicas de aquisição de imagem em 3D possibilitarem melhor
avaliação das lesões vasculares dentro do crânio,
o road mapping (mapeamento) em 3D torna a
navegação endovascular mais segura até segmentos distais dos ramos cerebrais”, diz o médico
Guilherme Abrão, do Serviço de Neurorradiologia Intervencionista do HSVP.
O HSVP também adquiriu um novo tomógrafo de última geração. “Nós já tínhamos
dois, inclusive um muito bom, mas o segundo
era um pouco antiquado. Então, decidimos
substituí-lo também por um equipamento de última geração. A medida faz parte da nossa política de aperfeiçoamento do parque tecnológico e
também segue os padrões e elementos de
mensuração do capítulo de Gerenciamento e
Segurança das Instalações (FMS) do Manual
de Acreditação”, comenta Martha Lima, gerente de Hospitalidade e membro da Comissão de Qualidade do HSVP.
Novo bisturi de argônio
Outra aquisição importante é o bisturi de
argônio, que acrescenta a possibilidade de se
realizarem novos procedimentos em endoscopia. “É um recurso para a rápida coagulação
de sangramentos, para o estancamento de
hemorragias. Trata-se de um método térmico,
sem contato, que utiliza o gás argônio para distribuir energia térmica em tecidos adjacentes.
A penetração é superficial (de 2 a 3 mm) e
assim se pode controlar melhor a profundidade do efeito nos tecidos. É um método muito
mais seguro”, relata a médica endoscopista e
responsável pelo Serviço de Endoscopia Digestiva do HSVP. O bisturi de argônio possibilita procedimentos para problemas como esôfago de Barrett, varizes esofágicas, úlceras
sangrantes, malformações arteriovenosas e
tumores gástricos, entre outros.
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munir murad - cardiologista
um
coração
que bate
pela
medicina
É
um dom, é uma certa magia a sua relação
com a medicina e, assim como a Maria de
Milton Nascimento e Fernando Brant, Munir
Murad, cardiologista do Hospital São Vicente de
Paulo desde 1970, tem a “estranha mania de ter
fé na vida”. Com 58 anos de profissão, o médico
conta que não tem planos de se aposentar e que,
até hoje, o que o faz perder o sono é quando tem
um paciente a quem não consegue encontrar um
modo de salvar. Casado há mais de 50 anos, pai
de dois filhos e avô de dois netos, Munir Murad tem
por seus pacientes o mesmo zelo que tem por sua
família. Seu coração bate pela cardiologia e, se pudesse voltar no tempo, a única coisa que faria diferente seria se especializar ainda mais nessa área.
Revista do HSVP: Como foi que o senhor se
tornou cardiologista?
Munir Murad: Desde criança eu sabia que queria ser médico e, quando tive minha primeira aula
sobre circulação, no primeiro ano da escola, eu
soube que queria ser cardiologista. Eu me formei
pela antiga Faculdade Nacional de Medicina, a
atual Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), em 1956. Depois, fiz doutorado em cardiologia. Trabalhei no Hospital do Câncer, na
Santa Casa e até em uma ambulância. Em 1970,
cheguei ao Hospital São Vicente de Paulo pela
indicação de um colega do Hospital do Câncer.
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Revista do HSVP: Do que mais se orgulha
em sua carreira?
MM: De poder ensinar e aprender. Um grande
momento para mim foi quando passei no concurso para docente na UFRJ. Fui professor do
curso de pós-graduação em cardiologia da
UFRJ, diretor de um curso de cardiologia nos
áureos tempos da Santa Casa e, ainda, professor da Universidade Souza Marques, no curso
de graduação. Mas, ao mesmo tempo, nunca
deixei de ser também um estudante. Dos anos
50, quando comecei, até os dias de hoje, a medicina evoluiu muito e eu, é claro, tive que evoluir também. Conforme foram surgindo novos
tratamentos e novos exames, eu estava sempre
me atualizando, além de aprender na prática.
Houve, inclusive, cursos que fiz e que depois
acabei me tornando professor neles.
Revista do HSVP: Como era o exercício da
medicina naquela época?
MM: A gente não tinha recurso nenhum naquela
época. O tratamento era praticamente empírico.
Não havia controle de qualidade dos medicamentos, não era possível fazer um acompanhamento sério dos pacientes e o diagnóstico era um
pouco genérico. Na cardiologia, a gente fazia o
que podia fazer. Havia uns quatro ou cinco remédios, alguns nem funcionavam. Tinha remédio
para insuficiência cardíaca, para
arritmia, anticoagulantes e diuréticos injetáveis. De exames,
dispúnhamos do eletrocardiograma e sangue, com algu-
mas dosagens apenas.
Revista do HSVP:
E qual foi a grande
evolução no
tratamento clínico
das cardiopatias?
MM: A evolução começou com o ecocardiograma. Foi a
primeira coisa que
fez diferença, pois
se podiam ver a estrutura do coração, a
anatomia, o coração
batendo, a contração.
Essa foi uma tecnologia
que se difundiu rapidamente e melhorou tudo. E
depois veio a cinecoronariografia. O conhecimento de doenças foi
ampliado e passamos a ter muito mais
maneiras de avaliar o tratamento. No campo farmacêutico, o progresso também foi imenso. O uso de betabloqueadores para o tratamento da insuficiência cardíaca, por exemplo, era
contraindicado – hoje em dia, é o mais indicado.
Outro medicamento que ajudou muito foi a estatina, para a redução do colesterol.
Revista do HSVP: Houve alguma história de paciente que o marcou durante a
carreira?
MM: As histórias que nos marcam são muitas,
infelizmente nem todas são felizes. Ainda me lembro de um dos meus primeiros pacientes que foi
diagnosticado com a Doença de Chagas. Naquela época, não havia muito o que podia ser
feito por um paciente com essa condição, então
a família quis saber quanto tempo ele viveria. É
claro que não havia recursos para fazer previsão
nenhuma naquela época, mas, por insistência
da família, fiz uma estimativa de seis meses e
me surpreendi quando ele veio a falecer exatamente no final desse período. Mas também me
lembro de fatos engraçados, como o
caso de um paciente que realizou
no meu consultório um exame de
eletrocardiograma e, alguns meses depois, retornou pedindo mais
daquela “aplicação”, alegando
que havia feito maravilhas pela
saúde dele.
Revista do HSVP: O senhor é muito próximo dos
seus pacientes. Como reage quando tem um diagnóstico ruim?
MM: Uma coisa que eu nunca
aceitei bem é o prognóstico de
morte de um paciente. Pesquiso, discuto o caso com outros
especialistas, estudo e não fico
analisando para ver se há algo
mais que eu possa fazer. Muitas
vezes, perdi o sono pensando se eu
havia feito tudo o que poderia ser feito. Estou sempre questionando. Para
mim, é muito difícil ter que desistir de um
paciente, embora haja vezes em que não
tem jeito mesmo.
Revista do HSVP: Tem planos de se aposentar?
MM: Não. Pretendo trabalhar até o último dia em
que eu puder. E o Hospital São Vicente de Paulo
é o lugar em que trabalho há mais tempo e o último do qual pretendo sair. Além de ser muito
bem equipado, oferecendo conforto para os profissionais trabalharem, tem a vantagem de ser um
hospital de clínicas e, portanto, a gente aprende
muito com os médicos das especialidades diversas. Estou sempre em contato com urologistas,
nefrologistas, endocrinologistas. Vou aprendendo
sobre muitas doenças clínicas no contato com esses médicos.
Revista do HSVP: Mudaria alguma coisa na
sua vida se pudesse voltar no tempo?
MM: A única coisa de que me arrependo é de
não ter me especializado em procedimentos cirúrgicos. É uma maravilha tudo que a tecnologia possibilitou nesse campo. Eu escolheria algum procedimento na área de cardiologia para me especializar.
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Medicina do Esporte dribla
“fim de carreira” precoce
Aumento no número de lesões e traumas nos treinos esportivos
O
futebol jogado na década de 70 não
exigia o mesmo vigor físico do atleta e o
nível de treinamento que exige hoje; a
velocidade dos jogos era muito menor. O mesmo vale para outros esportes: cresce o número
de praticantes e o nível de competitividade. Por
outro lado, a Medicina do Exercício e do Esporte
também evoluiu bastante, de modo que a carreira de um atleta, hoje em dia, pode se prolongar
por muito mais tempo. Mas todos esses fatores
contribuem também para o aumento das lesões
e dos traumas mais graves no esporte.
Seja um atleta de nível competitivo ou amador, é preciso prevenir e, se ocorrer um trauma,
tratar da forma correta. O ortopedista Alfredo
Villardi, do Centro Avançado de Traumatologia e
Ortopedia do Hospital São Vicente de Paulo,
destaca a importância dos equipamentos de segurança e da dosagem do exercício. “A velocidade atingida em algumas modalidades desportivas atualmente é tanta que nem sempre os
equipamentos de proteção do atleta dão conta
de dissipar toda a força do impacto. No entanto,
é preciso lembrar que, sem a proteção, é muito
pior, pois não há a atenuação e distribuição da
força, e o corpo recebe todo o impacto”, comenta o especialista.
Além disso, também é importante ter orientação profissional. “Antes de começar a praticar
qualquer exercício, a pessoa deve se submeter a
uma avaliação médica, para detectar possíveis
problemas, evitar riscos como o de morte súbita e
para uma orientação sobre a melhor atividade a
praticar. Uma pessoa que tem artrose de joelho,
por exemplo, deve evitar a prática de corridas e
saltos, devido ao impacto, sendo mais recomendadas as atividades na água, promovendo forta-
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lecimento muscular e melhora da capacidade
funcional da articulação”, explica Alfredo Villardi.
As lesões mais comuns na prática de esportes
são as musculares, as produzidas por contato e
as decorrentes de esforço repetitivo. Hoje, hámuito mais recursos para promover o retorno
rápido do atleta às suas atividades e também
para resolver problemas que antes determinavam o final de uma carreira. “Com as técnicas
de reconstruções ligamentares, de tratamento de
lesões meniscais e até mesmo a evolução no tratamento de fraturas, o atleta pode se recuperar e
voltar à sua atividade sem perda de rendimento”, diz Villardi.
O especialista afirma que a fisioterapia é fundamental nesse processo, pois atua na reabilitação da articulação e do segmento afetado. “Ela restitui as perdas que o
paciente teve não só pela
lesão,
mas
também
pelo trauma
cirúrgico”, esclarece, lembrando
que também é necessário que o
paciente respeite os prazos dessa reabilitação. “É necessário
dar um tempo para que o processo biológico de recuperação
do osso seja feito”, alerta.
O Centro Avançado de Traumatologia e Ortopedia do HSVP tem profissionais com formação e capacitação na
Medicina do Exercício e do Esporte. Além
disso, a estrutura do hospital oferece uma
vasta gama de exames complementares
e os melhores e mais modernos tratamentos, inclusive cirúrgicos.
O Hospital São Vicente de Paulo tem a
preocupação constante em manter suas
equipes de profissionais atualizadas a
respeito dos mais diversos temas de saúde
e também o compromisso social de
promover ações de conscientização e
prevenção para a população. Por isso,
durante todo o ano, promove uma intensa
agenda de eventos que têm por objetivo
principal a troca de conhecimentos. Todas
as atividades se desenvolvem no auditório
do Centro de Convenções Irmã Mathilde,
no HSVP, e têm entrada franca. Confira o
calendário para os próximos meses.
Palestras para Médicos
e Profissionais de Saúde
Maio
Semana de Enfermagem 2014
O evento é realizado anualmente em comemoração do Dia do Enfermeiro (12 de maio). Serão
realizados debates de casos clínicos e sorteio de
brindes.
Dias: 12,13 e 14 de maio.
Horário: das 14h às 17h.
Eventos abertos ao público
Março
Mulher, Saúde Íntima
Para celebrar o Mês da Mulher, o Serviço de Ginecologia esclarece dúvidas sobre a saúde feminina.
Maio
Envelhecimento Ativo: O Que Você Deve
Saber sobre os Seus Olhos
Organizado pelo Serviço de Oftalmologia, a
palestra dá esclarecimento sobre prevenção e
cuidados com os olhos.
Julho
Detecção e Controle do Diabetes
Palestra ministrada pelo Serviço de Endocrinologia, que vai abordar formas de diagnóstico, tratamento e prevenção.
Junho
Jornada de Ortopedia 2014
Evento científico organizado pelo Serviço de
Ortopedia, que reunirá importantes nomes da
ortopedia para debate sobre traumatologia do
Esporte (especialidade médica relacionada
com as lesões esportivas, apresentando características próprias de cada esporte, com a finalidade de prevenir, tratar e reabilitar.
Agosto
Jornada Multidisciplinar
de Fonoaudiologia
Um dia inteiro de atividades cientiíficas organizado pelo Serviço de Fonoaudiologia. A programação contemplará os principais temas relevantes para a prática da fonoaudiologia nos
atendimentos clínicos e nas unidades de terapia intensiva.
Se você deseja participar desses
eventos ou obter mais informações,
entre em contato.
Telefone: 2563-2147
E-mail: [email protected]
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