Respostas do Grupo 01: 1. O mecanismo em si não é totalmente explicado. Alguns artigos comentam que a hiperventilação, dependendo da intensidade, pode tornar o meio sanguíneo alcalótico e promover contrações musculares por todo o corpo. Os exercícios respiratórios podem atuar para combater essa hiperventilação, ou seja, eles procuram tratar principalmente os sintomas causados pelo estresse. Há também artigos que demonstram que as técnicas de respiração diminuíram a latência do sono, sintomas ansiosos e melhoraram o padrão e qualidade do sono Choliz (1995), Tsai (2004), Manjunath, Telles (2005), favorecem uma redução na média da hipertensão arterial Grossman et al (2001), Viskoper et al (2003); entre outros. Seguem duas tabelas que ilustram os efeitos desses exercícios no combate aos efeitos do estresse: http://puu.sh/prVuP/a841e0fda3.png http://puu.sh/prSDn/ed9b2cd8b7.png 2. Ambos os tratamentos buscam aliviar os sintomas do estresse e atuam através do sistema nervoso desencadeando respostas fisiológicas de controle desses sintomas. No entanto, a principal diferença é que os tratamentos farmacológicos atuam em vias polissinápticas do SNC e os tratamentos alternativos e menos convencionais atuam por meio de respostas comportamentais, nas quais os tratamentos tentam mudar a concepção do paciente sobre o estímulo estressor, e assim diminuir os sintomas do distresses Respostas do Grupo 02: 1. CRF é o Fator Regulador de Corticotrofinas. Ele é produzido pelo hipotálamo e influencia tanto a liberação de ACTH quanto a liberação de TSH através da via Hipotálamo-Adenohipófise. Nessa via, neurônios neurosecretores do hipotálamo produzem e liberam CRF no sistema porta de circulação. O fator chega à Adenohipófise e estimula células secretoras a produzirem ACTH e TSH, hormônios que atuarão no córtex da glândula adrenal e na tireóide, respectivamente. 2. Estudos recentes indicam que indivíduos expostos a estresse antes da metamorfose respondem com aceleração da metamorfose e redução no tamanho na idade adulta. Esses mesmos estudos ainda apontam que esses indivíduos de tamanho reduzido devido ao estresse pré-metamórfico teriam menor fitness em relação a indivíduos que não passaram por estresse prémetamórfico. Esses resultados indicam relação entre tamanho do indivíduo na idade adulta e fitness, muito embora o mecanismo dessa relação não esteja esclarecido. Em indivíduos que não passara por estresse prémetamórfico, a metamorfose ocorre com retração da cauda, crescimento dos membros e remodelamento dos órgãos simultaneamente, além de aumento nas concentrações de T3 e corticoesteronas e diminuição da prolactina. Tudo isso também ocorre em indivíduos que passaram por estresse antes da metamorfose, com a diferença de que as mudanças morfológicas ocorrem mais rapidamente e as mudanças hormonais, com maior intensidade. Respostas do Grupo 03: 1. A inibição dos linfócitos causada pela liberação das citocinas deprime o sistema imune adaptativo, deixando o organismo mais sob a ação do sistema imune inato, e consequentemente menos preparada para combater agressores de modo específico, e mais suscetível a inflamações causadas pelo sistema imune inato ao defender o corpo. 2. A prática de esportes moderada, por um período de minutos à algumas horas pode ser considerada como estresse agudo. A prática de esportes de alta intensidade, como a de um atleta de alto rendimento já é considerada estresse crônico e causa resposta diferente no sistema imune. No caso de estresse agudo, o aumento intenso das citocinas eleva a ação do sistema imune inato, que age principalmente pela ação de granulócitos e natural killers, que causam inflamação nos locais lesionados. Respostas do Grupo 04: 1. O estresse causa disrupção no ciclo circadiano do cortisol por meio da ativação contínua e/ou arrítmica da via HPA (hipotálamo-hipófise- adrenal). Essa situação leva, inicialmente a uma condição de mascaramento do ritmo, no entanto a longo prazo, como é o caso do estresse crônico, as estruturas responsáveis pelo controle do feedback negativo da via começam a se tornar menos sensíveis ao cortisol (menos receptores de cortisol são produzidos em suas células). Isso causa um aumento na produção de cortisol que começa a fugir do ciclo, uma vez que o corpo se torna menos responsivo ao hormônio (gerando um círculo vicioso), que culmina na produção arrítmica (e aumentada para a média) de cortisol ao longo do dia. Para mais informações sobre o ciclo do cortisol: http://www.uff.br/fisiovet/Conteudos/supra_renais.htm 2. O aumento da ativação da via HPA (hipotálamo-hipófice-adrenal), causada pelo estresse crônico, resulta num aumento na produção de cortisol. Não se pode esquecer que a alteração é mediada pelos receptores de glicocorticóides. Cortisol age nas APCs (células apresentadoras de antígenos) pelos receptores citoplasmáticos, suprimindo a produção do principal indutor de respostas Th1 de IL-12(tipo1). Como IL-12 é extremamente potente no aumento de IFNγ(tipo1) e na inibição de síntese de IL-4(tipo2) por células T, a inibição da produção de IL-12 pelas APCs representa o mecanismo pelo qual glicocorticóides (como o cortisol) afeta o equilíbrio. Assim, monócitos/macrófagos sob influência do cortisol produzem muito menos IL-12, levando a uma capacidade reduzida de induzir a produção de IFNγ por células T CD4+ ativada por antígeno. Isso também está associado a um aumento de produção de IL-4 pelas células T, resultando da parada de inibição dos efeitos supressores de IL-12 na atividade de Th2. Além disso, cortisol regula negativamente a expressão de IL-12 em células T e NK (natural killers). Logo, apesar do cortisol ter um efeito supressor sobre células Th1, a inibição da produção de IFNγ por essas células resulta principalmente da inibição da produção de IL-12 pelas APCs e pela perda de capacidade de células NK e Th1 de responder ao estímulo de IL-12. Também vale notar que, apesar do cortisol não alterar a produção de IL-10 (tipo2) em monócitos, em linfócitos, a produção de IL-10 é regulada positivamente por cortisol. Segue um modelo de ação da via imune das citocinas:Como referência, o artigo de onde veio a imagem e de onde se pode aprofundar o estudo no assunto: ELENKOV, Ilia J.; CHROUSOS, George P. Stress hormones, proinflammatory and antiinflammatory cytokines, and autoimmunity. Annals of the New York Academy of Sciences, v. 966, n. 1, p. 290-303, 2002. Respostas do Grupo 05: 1. Os hormônios liberados em resposta ao estresse alteram as funções reprodutivas em três níveis do eixo hipotálamohipófisegonadal: no hipotálamo, inibindo a secreção do hormonio liberador de gonadotrofinas (GnRH), na hipófise, interferindo, com o GnRH, na liberação do hormônio folículo estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH), e nas gônadas, alterando o efeito estimulatório das gonadotrofinas na secreção de esteróides sexuais. Diversos estudos tem evidenciado que alterações hormonais devido ao estresse crônico causam problemas reprodutivos, tais como anestro (não há manifestação do estro), ciclo estral irregular, cistos ovarianos, puberdade tardia, mortalidade embrionária, baixa taxa de ovulação, entre outros. Esses problemas são comumente observados em animais de rebanho comercial em regime de confinamento exclusivo e também em animais silvestres mantidos em cativeiro, como no caso de zoológicos e centros de recuperação, como CETAs (Centros de Triagem de Animais Silvestres). No caso em destaque no trabalho, os pandas sofrem com o estresse de cativeiro, afetando, portanto, sua reprodução. Para diminuir os efeitos do estresse são utilizadas algumas técnicas como o enriquecimento ambiental. O enriquecimento ambiental é um processo dinâmico que consiste em um conjunto de atividades com a finalidade de atender as necessidades etológicas e psicológicas dos animais, estimulando comportamentos naturais da espécie, diminuindo consideravelmente o estresse do cativeiro. Além disso, ambientar o animal à companhia, sem introduções forçadas, que pode gerar brigas e ferimentos, também é uma forma de diminuir o estresse. Com essas medidas simples, o aumento reprodutivo foi conseguido, já que há diminuição dos efeitos dos glicocorticóides na reprodução desses animais. 2. O radioimunoensaio possui alta sensibilidade e permite medidas rápidas e precisas. Porém possui um alto custo, a vida média dos reagente é baixa e possui o risco operacional pela manipulação de isótopos radioativos. O ELISA é um imunoensaio de baixo custo, também possui alta sensibilidade e é mais seguro, por não trabalhar com radiação e utilizar reagentes mais estáveis. A medida da atividade enzimatica pelo ELISA pode ser mais complexa do que a medida de alguns tipos de radioisótopos e constituintes do plasma podem afetar a atividade enzimatica. Respostas do Grupo 06: 1. Sem dúvida o estresse leva a alterações hormonais que alteram o eixo hipotálamo-hipófise-gônadas (o principal eixo regulador da reprodução), afetando os aspectos reprodutivos. Se esse estresse está ou não relacionado ao trabalho nas cidades, é uma questão mais profunda que envolve outros fatores além dos fisiológicos. Partindo do pressuposto que o trabalho nas cidades é exploratório e sustenta o modelo capitalista de produção, sendo realizado muitas vezes em condições não ideais para a saúde humana e de modo a submeter o indivíduo a pressões psicológicas, pode ser sim, portanto,desencadeador de estresse e consequentemente desencadeador de alterações reprodutivas que em casos extremos podem ser relacionadas à infertilidade. 2. O estresse afetará as funções reprodutivas tanto dos machos quanto das fêmeas, ao alterar o funcionamento adequado do eixo hipotálamo-hipófisegônadas. Na situação de estresse, a atividade gonadal, assim como outras funções, são suprimidas a fim do corpo focar na resposta e na adaptação áquela situação. Dessa forma ocorre inibição do Hormônio Liberador de Gonadotrofina (GnRH), consequentemente alterando a liberação das gonadotrofinas (FSH e LH) e portanto interferindo no funcionamento normal das gônadas e afetando a liberação dos esteróides sexuais. Em ambos os sexos, o estresse leva a liberação de ACTH, estimulando a Adrenal a produzir Cortisol ou outros glicocorticosteroides, levando portanto a alterações no funcionamento normal do eixo. Nos machos especificamente, a inadequada estimulação das gônadas e a inadequada liberação do hormônio esteroide sexual (testosterona) leva a modificações que vão desde alterações no comportamento reprodutivo, até mesmo prejuízos à espermatogênese, podendo a longo prazo levar à infertilidade. Respostas do Grupo 07: 1. A placenta tem receptores adrenérgicos, o que sugere que catecolaminas podem influenciar na função da própria placenta, sem necessariamente chegar na circulação e agir diretamente no feto. No entanto nos artigos pesquisados pelo grupo, também se diz que existem evidências de que as catecolaminas podem sim atravessar a placenta e passar da mãe para o feto, chegando na circulação deste. Estudos in vitro demonstraram que adrenalina e noradrenalina diminuem níveis de mRNA de HSD2 em trofoblastos de estágios iniciais e tardios por meio de α-adrenoceptores, independentemente de estimulação β-adrenérgica. 2. Nos artigos pesquisados pelo grupo, há a sugestão de que glicocorticoides em excesso levam a diminuição de peso ao nascimento e outros efeitos adversos, principalmente se administrados nos estágios finais da gestação, pois neste momento o crescimento está acelerando e assim, presumivelmente, o feto estaria mais suscetível aos efeitos catabólicos de esteroides. Além disso, embora os artigos pesquisados não discutam se receptores, enzimas e outros fatores estão relacionados necessariamente a esses períodos específicos de sensibilidade maior ao excesso de glicocorticoides, os artigos citam mudanças de alguns fatores durante a gestação. Eles citam que os sistemas fisiológicos relevantes são sensíveis a glicocorticoides desde bem cedo no desenvolvimento, com a expressão de GRs (receptores de glicocorticoides) em vários tecidos, incluindo a placenta, sendo sua expressão constante. No entanto, outros fatores variam em diferentes períodos da gestação: em roedores, a expressão de MRs (receptores de mineralocorticoides) de maior afinidade é mais limitada e presente apenas em estágios mais tardios do desenvolvimento. Também existem variações no nível de HSD2: essa enzima (que inativa glicocorticoides e forma a barreira placentária) tem uma ontogenia que é específica para a célula e para o estágio. Em ratos e camundongos, a expressão do mRNA de HSD2 na placenta cai nos estágios finais da gestação, provavelmente para promover a maturação fetal. Isso também poderia explicar porque estes organismos são mais sensíveis ao excesso de glicocorticoides nesse estágio. Em humanos, por sua vez, os níveis de HSD2 placentais vão aumentando constantemente durante a gestação. Assim, essas variações de enzimas e outras substâncias em diferentes momentos, e que ocorre diferentemente nos organismos, poderia explicar porque os fetos são mais suscetíveis ao efeito do estresse em determinadas fases. Respostas do Grupo 08: 1. O bisfenol A, ou BPA, pode causar quase todos os efeitos que demos de exemplo e outros ainda. Ele pode causar diabetes, obesidade, hiperatividade, déficit de atenção e de memória, doenças cardíacas, diminuição da qualidade e quantidade de esperma, infertilidade, precocidade sexual, modificações do desenvolvimento de órgãos sexuais internos, síndrome dos ovários policísticos, anomalias e tumores do trato reprodutivo, câncer de mama e de próstata, endometriose, fibromas uterinos, gestação ectópica (fora da cavidade uterina) e aborto. Mesmo em doses inferiores à suposta dose segura de ingestão diária ele pode alterar a ação dos hormônios da tireoide, a liberação de insulina pelo pâncreas e propiciar a proliferação das células de gordura. O seu uso é proibido no Brasil apenas na fabricação de mamadeiras. Assim, sendo pessoas em desenvolvimento (no caso bebês) mais vulneráveis à ação de disruptores endócrinos, deve ser esse o motivo dessa regulamentação existir sem que muitos agrotóxicos com efeitos colaterais deletérios conhecidos tenham seus usos proibidos. Entretanto vale lembrar que leis, em muitos casos, não se baseiam na ciência e interesses políticos e econômicos podem culminar em políticas (ou a falta delas) nocivas à população. 2. Pesquisas conduzidas em mamíferos (camundongos e ratos) não reforçaram alguns dos resultados quanto ao efeito da atrazina como disruptor endócrino do sistema reprodutivo como aquela encontrada em Xenopus laevis.Entretanto, alguns tipos de câncer em humanos - câncer de mama, próstata e de ovário (cânceres relacionados ao desbalanço dos níveis de estrógeno) foram associados à atividade desregrada da aromatase. E uma vez que, em répteis, a atrazina foi descrita como possível reguladora dessa enzima, que promove a conversão da testosterona em estrógeno, abre-se grande preocupação quanto a contaminação de recursos naturais pelo uso do herbicida na agricultura e seu efeito em humanos, embora não tenha sido confirmado conclusivamente tais efeitos são diretamente relacionados.Assim, mesmo que os resultados não tenham sido tão conclusivos quanto aos efeitos desse herbicida, em proporções encontradas na natureza, sua proibição se deu em alguns países (em especial da União Europeia) devido a ampla contaminação dos recursos naturais e porque a atrazina leva muito tempo para ser degradada. (Fonte: http://www.toxipedia.org/display/toxipedia/Atrazine++Effects+on+Human+Health Respostas do Grupo 09: 1. A epigenética estuda como o meio ambiente pode causar alterações herdáveis no DNA sem afetar a sequência diretamente. Experiências de vida repetidas afetam a predisposição genética a determinadas manifestações, como é o caso da hipertensão. A epigenética pode ser divida em molecular e comportamental e a integração desses dois campos auxilia no entendimento de doenças de adaptação, caso da hipertensão. Um exemplo que demonstra essa integração é o estudo sobre o tipo de atenção que a criança recebe da mãe e o tipo de reação ao estresse apresentado posteriormente na vida adulta, característica que pode ser herdada. Isso ocorre pois o cuidado recebido pelo filhote pode produzir mudanças no sistema neural que regulam a resposta a comportamentos sociais. Mais detalhadamente, no caso de roedores, filhotes que recebem menos "lambidas" da mãe (menos cuidado parental) exibem aumentos nos níveis de ACTH e cortisol, levando ao estresse e redução dos receptores de glicocorticoides no hipocampo, o que dificulta o término desse evento de estresse, pois não haveria feeback negativo via tais receptores. Assim, alterações epigenéticas causadas por comportamentos podem gerar perturbações na expressão de genes relacionadas ao controle da pressão arterial, que podem tornar os descendentes mais propensos a disfunção endotelial. 2. A deficiência na glândula adrenal leva a diminuição na produção de dois hormônios importantes para a regulação da pressão arterial: cortisol e aldosterona (apesar do efeito sobre a produção de aldosterona ser menor que para o cortisol). Condições patológicas já foram descritas em relação a deficiência da adrenal e são elas a insuficiência adrenal primária, mais conhecida como doença de Addison, e a insuficiência adrenal secundária, que ocorre quando a hipófise falha em produzir ACTH. Nesses casos, é comum que os indivíduos afetados apresentem hiponatremia (baixa concentração de sódio no plasma sanguíneo) e hipocalemia (baixa concentração de potássio no sangue), o que está associado com baixa pressão arterial (hipotensão). Portanto, deficiências associadas à adrenal não permitem que o cortisol e a aldosterona possam regular a PA e, com isso, tais pacientes dificilmente apresentarão um quadro de hipertensão, mesmo se houver um estímulo para aumento da pressão arterial. Respostas do Grupo 10: 1. É difícil falar qual dos dois causa mais estresse, uma vez que estresse é “o conjunto de reações reações do organismo a agressões de qualquer natureza (física, psíquica, infecciosa e outras) capazes de perturbar a homeostase do organismo.” (Broom, 1993). Logo, como os dois causam respostas diferentes do organismo é difícil compará-los dizendo que um tipo de exercício é mais estressante que o outro. Mas em se tratando de fadiga muscular, o exercício intenso, mesmo que de curta duração, gera ácido lático que se acumula nos músculos, ou seja, causa maior fadiga. Porém se estiver comparando dois exercícios intensos, um de curta e um de longo duração, o segundo deve ser mais estressante para o organismo, pois abrange as respostas causadas pelo primeiro além da resposta aeróbica. 2. Durante o exercício físico, há uma grande quantidade de dopamina e noradrenalina no cérebro. Em consequência a isso, há liberação de CRH pelo hipotálamo, estimulando a produção de ACTH e β endorfinas na adeno hipófise. Respostas do Grupo 11: 1. A fadiga muscular aguda é a incapacidade de realizar determinada atividade em uma única sessão de treinamento, causada por alterações ou deterioro no processo de excitação-contração-relaxamento muscular, como: hipoglicemia, afetando os níveis de glicogênio; alteração na captação de aminoácidos para a síntese de neurotransmissores como dopamina e acetilcolina, levando à sua decorrente diminuição. Essas alterações levam à falha na propagação de potencial de ação desde a via nervosa e à diminuição de liberação de cálcio desde o Retículo Endoplasmático, afetando a bomba de cálcio dentro do processo de contração muscular. Já a fadiga muscular crônica é causada por somatório de processos incompletos de recuperação durante um período longo de treinamento intenso. Dentre os fatores fisiológicos da fadiga muscular crônica temos: glicogênio muscular, por exemplo, é verificado que quanto maior for o tempo do esforço, maior é a depleção do glicogênio, causando hipoglicemia intensa; diminuição da liberação hipotalâmica de CRH e ACTH, podendo aumentar distúrbios relacionados ao estresse como ansiedade e depressão; déficit de atenção e memória; tarefas cognitivas requerem mais áreas do cérebro para serem realizadas; assim como alterações do sistema imune. 2. É correto afirmar que todo exercício físico é estressor pois considerando estressor um fator (interno ou externo) que altera a homeostase corpórea e motiva uma série de alterações fisiológicas para reestabelecimento homeostático e o exercício físico, de fato, envolve diversas alterações fisiológicas que motivam reestabelecimento homeostático, o exercício físico pode ser considerado estressor. Algumas alterações neuro-humorais que decorrem da execução de exercício físico são: estimulação da liberação da adrenalina e noradrenalina (catecolaminas) responsáveis por preparar o corpo para esforço físico e aumentar a frequência cardíaca. As catecolaminas estimulam a secreção de cortisol; além disso, um estímulo estressante transmite impulsos nervosos ao hipotálamo, este produz CRF (hormônio liberador de corticotrofinas), que por sua vez estimulam a hipófise a liberar o hormônio adrenocarticotrófico, estimulador do córtex da adrenal. Tal estímulo resulta na liberação de cortisol, que é o principal hormônio relacionado ao estresse.