ALTERAÇÕES PÓS-MORTE • Importância: »Cronotanatognose – krónos – tempo – thanatos – morte – gnosis - conhecimento A - Alterações abióticas • Não modificam o cadáver no seu aspecto geral. 1 - Imediatas: - Insensibilidade, - Imobilidade, - Parada das funções cardíaca e respiratória, - Inconsciência - Arreflexia 2 - Mediatas ou consecutivas: – – – – – – – – Livor mortis (hipostase), Algor mortis (frialdade), Rigor mortis (rigidez), Coagulação do sangue, Embebição pela hemoglobina e bile, Timpanismo ou meteorismo post mortem, Deslocamento, torção e ruptura de vísceras, Pseudo-prolapso retal B – Alterações transformativas • Modificam o cadáver: - Pseudo-melanose, - Enfizema tecidual, - Maceração, - Coliquação Fatores que influenciam no aparecimento precoce ou tardio das alterações cadavéricas: • • • • • Temperatura ambiente Tamanho do animal Estado de nutrição Causa mortis Cobertura tegumentar Reconhecimento • Algor mortis (frialdade cadavérica) – resfriamento do cadáver. – Dissipação do calor pela evaporação • Livor mortis (hipostase cadavérica) – acúmulo de sangue nas regiões mais baixas por ação da gravidade. • Rigor Mortis (rigidez cadavérica) – – Depende do estado nutricional e da causa mortis Coagulação do sangue – Deve ser diferenciado de trombo Consistência úmida, superfície lisa e brilhante, vermelho intenso ou amarelo, estrutura uniforme, não aderido a parede do vaso, endotélio vascular abaixo do coágulo não é lesado, formado após a morte. Lardáceos (predominam leucócitos, plaquetas e fibrina) C. cruóricos ou vermelhos (predominam eritrócitos) • Embebição pela hemoglobina • Diferenciar de hemorragias subendocárdicas e subendoteliais • Embebição biliar – diferenciar de icterícia Obs.: Icterícia – não confundir com embebição biliar Timpanismo cadavérico (meteorismo pós mortem) – Fermentação e putrefação do conteúdo gastrointestinal - resulta em grande volume de gás - que distende as vísceras ocas aumentando a pressão intra-abdominal. – Diferenciar de meteorismo ou timpanismo ante mortem • Deslocamento, torção e ruptura de vísceras Daschund macho adulto deslocamento gástrico pós-morte • Pseudoprolapso retal (prolapso retal cadavérico) – por aumento da pressão intra-abdominal e intrapélvica causado pelo meteorismo pos mortem • Autólise – digestão dos tecidos por suas próprias enzimas. Rápido em tecidos com alta atividade enzimática - mucosa intestinal ou pâncreas, medula da adrenal e outros. • *Diferenciar de necrose Putrefação – proliferação de bactérias saprófitas • Pseudo-melanose (manchas da putrefação) –sulfeto de hidrogênio da putrefação + ferro da hemoglobina = sulfeto ferroso - cinza azulada, verde ou preto. Pseudomelanose pele de cão • Enfisema cadavérico – bactérias putrefativas decompõem os tecidos - pequenas bolhas de gás no tecido subcutâneo, muscular, na superfície das membranas mucosas, serosas do trato intestinal e em órgãos parenquimatosos. Autólise Bolhas de gás fígado de bovino • Maceração – desprendimento das mucosas em geral. – Resultante das enzimas proteolíticas geradas pela proliferação bacteriana • Coliquação – (liquefação parenquimatosa post mortem) – enzimas proteolíticas produzidas pela proliferação bacteriana decompõem e liquefazem o parênquima das vísceras. Perda do aspecto e estrutura das vísceras Rim de cavalo Descolamento da cápsula de Glisson Enfisema cadavérico, embebição biliar e hemoglobínica • Redução esquelética (esqueletização) – desintegração de tecidos moles (desaparecimento das partes moles) Achados sem significado Melanose → pigmentação normal porém ectópica Pseudo-icterícia – em cavalos e algumas raças de bovinos Olho gato espuma câmara anterior Hemorragia sub-epicárdica