alterações post mortem a nível histológico em linguado

XIV Encontro Brasileiro de Patologistas de Organismos Aquáticos (XIV ENBRAPOA) - 2016 - Florianópolis/SC
ALTERAÇÕES POST MORTEM A NÍVEL HISTOLÓGICO EM LINGUADO
PARALICHTHYS ORBIGNYANUS
Marta C. Klosterhoff 1; M. Okamoto 2; L. A. Sampaio 2; V F Pedrosa 1 & Luis A. Romano 1
1 Universidade Federal do Rio Grande, Laboratório de Imunologia e Patologia de Organismos
Aquáticos
2 Universidade Federal do Rio Grande, Laboratório de Piscicultura Estuarina e Marinha
1 [email protected], 2 [email protected], 3 [email protected], 4
[email protected], 5 [email protected]
Resumo
No presente trabalho, foram analisadas as alterações post mortem que ocorreram em linguado
(Paralichthys orbignyanus) procedente da Estação Marinha de Aquacultura (FURG) criados em
sistema de recirculação. Foram coletados 24 peixes em tempos determinados após a eutanásia
denominados: T0, T30min, T1h , T2h, T3h, T6h, T12h, T24h. Foram analisadas as alterações
post mortem histológicas estruturais nos rins, fígado, músculo esquelético e cérebro. Nos
primeiros tempos coletados não foram encontrados alterações histológicas evidentes,
começando a aparecer a partir do tempo de T30, com poucas alterações. Alterações evidentes
surgiram a partir de 2h post mortem, a nível branquial com perda do epitélio respiratório, edema
e proliferação glial no cérebro, foco de autólise hemorrágica no fígado, desprendimento de
células do epitélio tubular renal, edema e hemorragia focal no músculo, progredindo com o
aumento do tempo até a presença de autólise completa. Decorrente da autólise, em 24hs foram
observadas alterações post mortem transformativas, que alteram o estado geral dos tecidos, não
sendo possível realizar a coleta de alguns órgãos como o fígado e rins, devido ao deslocamento,
torção e ruptura de vísceras, consequentes da autólises post mortem. Com o resultado das
análises pode-se concluir que o tempo ideal para a coleta de material biológico para análise
histológica não deve ultrapassar duas horas após a morte, podendo haver resultados e/ou
diagnósticos errôneos após esse limite.
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