D R . S IMON G. C HIOSSI @ G MA / U FF C1A - VE1 - 03/05/2017 Cálculo 1 A – 2017.1 turma I1 Prova VE1 Nome (MAIÚSCULO): Matrícula: O IMPORTANTE É O RACIOCÍNIO , PORTANTO DEIXE - O TODO NA PROVA . R ESPOSTAS NÃO JUSTIFICADAS , SERÃO DESCONSIDERADAS . (1) Calcule os limites [2 ] Ãp A) p ! x +2 , x +1 lim sen x→+∞ B) x −1 lim p p . x→1 2x + 3 − 5 (2) Determine a) domínio b) retas assíntotas (verticais e horizontais, se tiver) c) limites laterais nas assíntotas para a função [3 ] 2 f (x) = x + 4x + 3 . x 2 − 5x + 4 (3) A equação [1 ] x 3 − 3x + 1 = 0 tem soluções (reais)? Seja x 0 uma solução. Dê uma estimativa para x 0 (i.é. ache números a, b tais que a < x 0 < b .) (4) Considere a função g (x) = x4 − 1 . Calcule o limite: x2 + 1 g (h + 1) − g (1) lim . h→0 h (5) Seja f : R → R uma função tal que ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ f (x) − 3¯ É ¯x − 1¯, [1 ] [2] para todo x ∈ R. Calcule lim f (x). x→1 (6) Desenhe o gráfico da função [1 ] ¯ ¯ ¯ ¯ h(x) = ¯arctan(x)¯. 1 D R . S IMON G. C HIOSSI @ G MA / U FF C1A - VE1 - 03/05/2017 GABARITO 1. A) Como sen é uma função contínua, então ! à ! p x +2 x +2 = sen lim . x→+∞ x + 1 x +1 Ãp lim sen x→+∞ p x +2 Portanto precisamos calcular lim . x→+∞ x + 1 Observamos que, quando x → +∞: (*) x + 1 > 0, então x + 1 = p (x + 1)2 (**) x 6= 0. Segue-se v s u p 2 u Z x + 2 (∗) x +2 x + 2 (∗∗) t x(1 + x ) . = lim p = lim = lim 2 x→+∞ x→+∞ x +1 x(x + 2 + x1 ) Z (x + 1)2 x→+∞ (x + 1) p lim x→+∞ Também a função raiz quadrada é contínua, então o último limite é igual a v u u u u u lim tx→+∞ Resumindo: 0 r 1 + x2 = lim 0 x + 2 + x1 p 1 = 0 = 0. x→+∞ x + 2 Ãp lim sen x→+∞ ! à ! p x +2 x +2 = sen lim = sen(0) = 0. x→+∞ x + 1 x +1 0 , então é preciso pen0 p sarpnuma estratégia diferente. Multiplicando numerador e denominador pela mesma quantia ( x + p 1)( 2x + 3 + 5) (não nula! De fato esta é sempre > 0, para todo x ) temos: p p p p p x −1 ( x − 1)( x + 1)( 2x + 3 + 5) p = p p p p p p 2x + 3 − 5 ( 2x + 3 − 5)( x + 1)( 2x + 3 + 5) p p (x − 1)( 2x + 3 + 5) = p (2x + 3 − 5)( x + 1) p p (x − 1)( 2x + 3 + 5) = . p 2(x − 1)( x + 1) B) A substituição direta do valor x = 1 produz a ‘forma indeterminada’ Como estamos considerando x → 1, o número x fica perto de 1 quanto quiser mas é 6= 1, então x − 1 6= 0 e podemos simplificar: p p p p (x − 1)( 2x + 3 + 5) 2x + 3 + 5 = . p p 2(x − 1)( x + 1) 2( x + 1) Assim p p p 2x + 3 + 5 5 lim p = . p = lim p x→1 2x + 3 − 5 x→1 2( x + 1) 2 p x −1 x 2 + 4x + 3 é Dom( f ) = R \ {1, 4}, pois a função é racional, então não a) O domínio de f (x) = 2 x − 5x + 4 está definida apenas onde o denominador se anula: 2. 0 = x 2 − 5x + 4 = (x − 1)(x − 4) ⇐⇒ x = 1, 4. 2 D R . S IMON G. C HIOSSI @ G MA / U FF C1A - VE1 - 03/05/2017 b) Como lim f (x) = ∞ e lim f (x) = ∞ (o sinal não importa), as retas x = 1 e x = 4 são assíntotas x→1 x→4 verticais. Além disso, quando x → ±∞ (ambos), em particular vale x 6= 0, então 2 3 3 2 2 x 2 + 2x − 3 x (1 + x − x 2 ) 1 + x − x 2 = . = x 2 − 5x + 4 x 2 (1 − x5 + 42 ) 1 − x5 + 42 x x 0 0 7 1 + x2− x32 = 1, provando que y = 1 é a assíntota horizontal. Portanto lim f (x) = lim 0 0 x→∞ x→∞ 7 1 − x5+ x42 Ao mesmo resultado se chega fazendo a divisão euclidiana x 2 + 2x − 3 7x − 7 = 1+ 2 2 x − 5x + 4 x − 5x + 4 de onde µ lim f (x) = lim 1 + x→∞ x→∞ ¶ 7 − x7 7x − 7 7x − 7 = 1. = 1 + lim 2 = 1 + lim x→∞ x − 5x + 4 x→∞ x − 5 + 4 x 2 − 5x + 4 x c) Para calcular os limites laterais para x → 1± e x → 4± precisamos apenas decidir se são +∞ ou −∞, pela parte b). Isso é, devemos estudar o sinal da expressão racional f (x), então fatoramos denominador (feito na parte a)) e numerador: x 2 + 4x + 3 = (x + 3)(x + 1). intervalo: (−∞, −3) (−3, −1) (−1, 1) (1, 4) (4, +∞) sinal de (x + 3)(x + 1): + – + + + sinal de (x − 1)(x − 4): + + + – + sinal de f (x): ⊕ ª ⊕ ª ⊕ A tabela nos diz que lim f (x) = +∞, lim f (x) = −∞, x→1− x→1+ lim f (x) = −∞, lim f (x) = +∞. x→4− x→4+ A função f (x) = x 3 − 3x + 1 é contínua em R (sendo polinomial), e lim f (x) = lim x 3 . 3. x→±∞ Assim, lim f (x) = −∞, lim f (x) = +∞. x→−∞ x→+∞ Portanto existem a, b ∈ R tais que f (a) < 0 e f (b) > 0. Pelo teorema do valor intermediário (TVI), existe um x 0 ∈ (a, b) tal que f (x 0 ) = 0. Para estimar, basta escolher a, b . Tomemos por exemplo a = 1, para que f (a) = −1 < 0 b = 2, para que f (b) = 3 > 0. Assim 1 < x 0 < 2. Na verdade, o TVI diz que a equação dada admite 3 soluções reais: x 0 ∈ (1, 2) e ademais x 1 ∈ (−2, −1), porque f (−2) = −1 < 0 e f (−1) = 3 > 0, x 2 ∈ (0, 1), pois f (0) = 1 > 0 e f (1) = −1 < 0. 3 x→±∞ D R . S IMON G. C HIOSSI @ G MA / U FF 4. C1A - VE1 - 03/05/2017 Em primeiro lugar Dom(g ) = R, e como x 2 + 1 6= 0 para todo x , então g (x) = x 2 − 1 para todo x ∈ R. Assim X X (x 2 − 1)(x 2X +X 1) = X2XX x +1 g (h + 1) − g (1) (h + 1)2 − 1 − 0 h 2 + 2h = lim = lim = lim (h + 2) = 2. h→0 h→0 h→0 h→0 h h h lim (Na verdade sabemos que este limite é a derivada de g em x 0 = 1: 5. d 2 (x −1) = 2x , e assim g 0 (1) = 2.) dx Notar que ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ 0 É ¯ f (x) − 3¯ É ¯x − 1¯, para todo x ∈ R, porque o valor absoluto da uma expressão ¯é sempre ¯ ¯ não negativo. ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ Aliás, sabemos que a função módulo é contínua, então lim ¯x − 1¯ = ¯ lim (x − 1)¯ = |0| = 0. ¯ ¯ x→1 ¯ ¯ Usando o teorema do confronto, então lim ¯ f (x) − 3¯ = 0. x→1 x→1 De novo, como o módulo é contínuo, então ¯ ¯ ¯¡ ¯ ¢ ¯ ¯ ¯ ¯ 0 = lim ¯ f (x) − 3¯ = ¯ lim f (x) − 3¯ =⇒ lim f (x) = 3. x→1 x→1 x→1 6. ³ π 2 Começamos lembrando que y = arctan(x) é a função inversa de tan : − , − ³ π π´ π´ → R, então seu 2 domínio é Dom(arctan) = R e sua imagem − , − . 2 2 O gráfico da arco tangente é o simétrico do gráfico de tan com respeito à reta y = x . Na reflexão, as assíntotas verticais x = ±π/2 da tangente viram assíntotas horizontais y = ±π/2 para arctan. ¯ ¯ ¯ ¯ O gráfico de h(x) = ¯arctan(x)¯ coincide com o de arctan quando x Ê 0, e é igual ao gráfico de y = − arctan(x) quando arctan(x) < 0 (pela própria definição de valor absoluto). Portanto para x < 0 basta refletir y = arctan(x) com respeito ao eixo x . 4