Ações do Enfermeiro na profilaxia da tromboembolismo

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Customers on Use of enteral nutrition in the intensive care unit: impact on the development of
Patient Record: systematic literature review.
Clientes em uso da Nutrição Enteral na unidade de terapia Intensiva: impacto na Evolução do
Paciente Grave: Revisão sistematizada da Literatura.
Wilson de Jesus Almeida. Enfermeiro. Aluno do Curso de Especialização em Enfermagem em Terapia
Intensiva Adulto/ Idoso. Universidade Federal Fluminense(UFF). [email protected]
Isabel Cruz. Doutora em Enfermagem. Titular da UFF. [email protected]
Citation: Almeida WJ, Cruz I. Customess on Use of enteral nutrition in the intensive care unit: impact on
the development of Patient. Online Braz J Nurs (OBJN – ISSN – 1676 – 4285) [online] 200 _ Month; v (n).
Available at: www.uff.br/nepae/objnursin. htm
Abstract: The
nutritional therapy has had a big impact on the evolution of the patient critical. This
review aims to present and disseminate the conduct of nutritional support in critical patients, as
appropriate and practical, so basically an enteral diet should be balanced in proteins, lipids,
carbohydrates, electrolytes, vitamins and minerals. Aims to explain the importance of nurses as a
member of the Multidisciplinary Team of Nutrition Therapy (EMTN), in the administration of
TM in the prevention and early detection to provide data to the treatment of malnutrition, besides
its interaction with other members of the multidisciplinary team.
Key-words: Nutrition
therapy, malnutrition, Nursing.
Resumo: A terapia nutricional tem tido grande impacto na evolução do paciente critico. Esta revisão tem
por objetivo apresentar e difundir a condução da terapia nutricional no paciente critico, de forma prática e
adequada; portanto basicamente uma dieta enteral deve ser balanceada em proteínas, lipídios,
carboidratos, eletrólitos, vitaminas e sais minerais. Tem a finalidade de expor a importância do enfermeiro
como membro da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN), na administração da TN na
prevenção e detecção precoce para fornecer dados ao tratamento da desnutrição, alem da sua interação
com outros membros da equipe multidisciplinar.
Palavras-chave: Terapia Nutricional, Desnutrição, Enfermagem.
Introdução:
Situação – Problema
A assistência prestada ao paciente da unidade de Terapia Intensiva (UTI) tem tido grande impacto na
evolução do paciente grave. O enfermeiro na equipe EMTN cabe ao mesmo a realização do cuidado
dierecionado ao paciente com alimentação por sonda, a qual deverá ser iniciada o mais precocemente
possível quando o paciente não consegue realizar sua alimentação por via oral visto que é a via mais
adequada e recomendada.
Para proporciona TN, sua manutenção e qualidade foram instituídas a criação da EMTN no
Brasil, estabelecida por legislação vigente, conforme consta na portaria 272 do MS e na resolução Nº 63
do MS Brasil, 2004. A responsabilidade do enfermeiro como membro da equipe multidisciplinar em TN
está baseada primordialmente na administração da TN, na prevenção e detecção precoce para fornecer
dados ao tratamento da desnutrição, além de sua interação com outros membros da equipe
multidisciplinar1.
A terapia Nutricional tem um marco fundamental para os pacientes críticos, visando: prevenir a
desnutrição calórica protéica, aumentando a sobrevida do paciente e diminuindo o tempo de internação
hospitalar.
A nutrição enteral melhora a resposta imune à prevenção de atrofia intestinal, evitando a
translocação bacteriana e a diminuição da resposta inflamatória, tem se recomendado o uso da nutrição
enteral preferencialmente à Nutrição Parenteral Total (NPT), uma vez que o uso da via enteral produz
menor incidência de complicações, atenua a resposta inflamatória e previne a atrofia intestinal, e
conseqüentemente a translocação de bactéria do lúmen intestinal2.
Diante de todas essas informações,percebe-se que a terapia nutricional no paciente
com
impossibilidade de se alimentar por via oral de extrema necessidade para sua evolução clinica.Sendo o
enfermeiro um grande responsável para evitar complicações desta terapia.
Objetivo:
Prevenção da desnutrição do paciente crítico através da alimentação enteral e o método preferido da
sustentação nutritiva,visto que,há um número significativo destes clientes
com a alimentação
prejudicada.O enfermeiro deve sempre observar os sinais e sintomas das complicações que possam
decorrer da nutrição enteral nos pacientes críticos, para essa melhor observação é necessário ter o seu
conhecimento técnico e cientifico atualizado.Pois ,todavia mesmo sabendo que o uso
nasoenteral para entrega da nutrição fornece melhor modalidade
da sonda
da alternativa de sustentação,sua
utilização não é sem risco, aparecendo entre todas as complicações dos tubos de alimentação enteral, a
aspiração pulmonar que vem representando , uma das edições mais freqüentes e a mais problemática.
Diante do exposto o objetivo deste trabalho é identificar a produção cientifica de enfermagem e o
conhecimento dos profissionais de enfermagem,determinando a melhor evidencia disponível para o
cuidado do cliente em uso de nutrição enteral.
Metodologia:
Pesquisa bibliográfica computadorizada, no período de 20/09/2008 a 05/11/2008, utilizando as
palavras-chave/ key-words Terapia Nutricional, Desnutrição, Enfermagem, nas seguintes bases de
dados: Lilacs, Medline e Scielo. Dos 48 textos identificados, foram selecionados 10 para análise devido
às implicações para uma melhor prática.
Resultados:
Tabela 1- Publicações localizadas, segundo o tema: Clientes em uso da Nutrição Enteral na unidade de
terapia Intensiva: impacto na Evolução do Paciente Grave, mencionadas nas bases de dados. Niterói,
2008.
Autor
(es), Objetivo da pesquisa
Data e País
Rocha DN,
Avaliar a adequação
Brasil, 20031.
da Terapia Nutricional
Enteral (TNE) na UTI
adulto e identificar as
causas de
interrupção da
administração enteral
prescrita.
Tamanho da Amostra
Santos DMV, Caracterizar a
seribelle MIPF, população e saber
Brasil, 20062.
como e onde atuam,
se há aplicabilidade
da legislação na
prática.
Enfermeiros
especialistas pela
sociedade brasileira de
nutrição enteral/
parenteral.
33 pacientes com idade
entre 18 e 85 anos, 58%
do sexo masculino.
Tipo do estudo e Principais achados
Instrumento
Estudo
O volume diário prescrito,
observacional
estabelecido a partir das
prospectivo.
necessidades previa
atingir 26,1 +/- 3,7 Kcal/
Kg e 1,04g de proteínas
por Kg de peso corporal
+/- 0,1g/ Kg. O volume
administrado atingil 19,5
+/- 5,6 Kcal/Kg e 0,8 g de
proteínas Kg +/- 0,2 g/Kg
correspondendo a
adequação de 74%
Estudo descritivo
Resultados:
cujo instrumento foi Participação de 57,4% da
um questionário
população, 85,2%
aplicado.
graduaram-se em escolas
públicas; na década de 80
59,3% realizaram
habilitação, sendo 37,4%
em Terapia Nutricional
3,7%; 63% realizaram
capacitação lato sensu
63% em áreas diferentes
da Terapia Nutricional,
11,1% realizaram
capacitação strictu sensu
em Terapia
Nutricional. 66,7% atuam
em hospitais, sendo que
59,2% atuam direta ou
indiretamente com
Terapia
Nutricional, enfermeiros
assistenciais 44,0%.
85,2% aplicam a
legislação na prática.
Conclusões do autor
(es)
Conclui que a continua
sistematização de rotina
e treinamento da equipe
contribuiu
significamente em
atingir os objetivos da
terapia nutricional.
A população é
representativa, porém
insuficiente para a
demanda no país.
Merighi MAB,
Soler ZASG,
Brasil, 20033.
Evitar a obstrução de
sondas nasoenterais.
Revisão da literatura
extraída de 11 artigos.
Revisão de
literatura.
Pompeu D A,
Nicolussi AC,
Galvão CM,
Sawada NO,
2007, Brasil4.
Analisar as
evidencias
disponíveis na
literatura sobre as
intervenções de
enfermagem eficazes
para a prevenção e o
controle de náuseas
e do vomito no
cliente período pósoperatório.
Apresentar e difundir
a condução da
terapia nutricional no
paciente critico de
forma pratica e
adequada.
Revisão de literatura,
sendo extraído de 12
artigos.
Revisão de
literatura.
Revisão de literatura
extraída de 14 artigos.
Revisão de
literatura.
Melhorar a resposta
imune e atenuar a
resposta inflamatória
com o intuito de
aliviar a sobrevida do
paciente diminuindo
complicações e
reduzindo a
permanência de
pacientes na UTI,
também a internação
hospitalar.
Examinar 2
parametros:
1) as percepções das
enfermeiras da
responsabilidade, do
conhecimento e do
conhecimento e
documentação
focalizando na
nutrição enteral;
2) e a prática a
respeito da
alimentação enteral
na UTI.
Analisar as possíveis
praticas do cuidado
associada a nutrição
enteral verificando se
a entrega da
alimentação enteral
pode contribuir na
desnutrição.
Revisão de literatura 76
artigos.
Revisão de
literatura.
Enfermeiros de 3 UTI.
Entrevista por
questionário.
Os enfermeiros realizam
o cuidado da nutrição
evitando possíveis
complicaçãoes porém, a
respeito da avaliação
nutritiva, as enfermeiras
não realizam dos
registros da nutrição,
tendo como fonte as
consultas aos colegas de
equipe.
Revisão de literatura
extraída de 57 artigos.
Revisão de
literatura.
A prática das enfermeiras
da unidade de terapia
intensiva variadas,
incluindo alguma práticas
que poderiam contribuir
na alimentação
prejudicado do cliente
critico.
Realizar uma busca
detalhada sobre o
tema: a assistência
no cuidado dos tubos
de alimentação
enteral em doentes
adultos em estado
critico.
Revisão de literatura
com 118 artigos.
Revisão de
literatura.
Conseguir compreender
as questões relacionadas
a assistência que a
nutrição enteral traz ao
cliente em estado critico.
Miyadahira
AMK 2005,
Brasil57.
Santos EML,
Pereira MN,
Brasil, 20036.
Persenius MW,
Larsson BW,
Halllord
ML,2006,
EUA7.
Marshall AP,
West SH, 2006
EUA8.
Williams TA,
Leslie GD,
Austrália,
20049.
O treinamento da equipe
de enfermagem foi
decisivo para a redução
da obstrução da sonda
nasoenteral.
O papel do enfermeiro
na EMTN deve ser
investigativo e amplo
não
se
limitando
somente
ao
cumprimento
de
atividades
já
preconizadas.
As situações de
As evidencias que foram
enfermagem para
obtidas
demonstram
minimizar náuseas e
que as intervenções
vômitos pode auxiliar no
alternativas
para
a
controle destes ao cliente prevenção e o controle
em uso de SNG no
da náusea e do vomito
período pós operatório,
no pós operatório que
evitando-se assim a saída pode
melhorar
a
da sonda.
complicação
do
paciente.
A terapêutica nutricional,
no paciente criticamente
enfermo, pode resultar
numa melhor evolução da
doença de base com
maior sobrevida e melhor
ônus hospitalar.
A terapia nutricional
utilizando formulações
especificas ou
suplementos está sendo
nos últimos anos de
rápida evolução na
terapêutica de pacientes
críticos.
O
tratamento
do
paciente grave deve
incluir
a
terapia
nutricional
especifica,
uma vez que são
pacientes com alto risco
de complicações.
Dietas enriquecidas com
arginina RNA, acido
graxo, Omega 3 e
aglutamina
para
pacientes que sofreram
alguma
intervenção
cirúrgica,
obtiveram
como resultado melhor
evolução clinica com
menor incidência de
complicações
infecciosas .
Conclui que o cuidado
da
nutrição
enteral
dentro do centro de
terapia
intensiva
estudado tem sua forma
no planejamento, na
execução
e
na
prevenção
das
complicações.
O descobrimento do
estudo mostra que as
práticas de nutrição
associadas
com
a
entrega de alimentações
enteral podem contribuir
para a deficiência da
alimentação no cliente
em estado critico.
Pouca evidencia da
qualidade elevada para
suportar
as
recomendações
da
pratica que deixam o
espaço significativo para
uma pesquisa mais
adicional
por
enfermeiras na gerencia
Jones G,
Inglaterra,
200310.
Demonstrar que
pacientes não
conseguem engolir
cápsulas poderiam ser
beneficiados por uma
enzima pancreática
líquida (LPE) .
Revisão de Literatura.
LPES foram
preparados e
misturados com
diferentes dietas
produzidas
comercialmente
disponíveis fórmula
para alimentação
enteral
dos pacientes com os
tubos enteral.
O uso de LPES parece ser
uma boa opção terapêutica
em
pacientes
com
insuficiência pancreática.
As empresas farmacêuticas
devem
ser
mais
incentivados a desenvolver
e
distribuir
líquido
preparações enzimáticas.
Uma condição freqüente
fisiopatológicos em um
número relevante desses
pacientes e insuficiência
pancreática exócrina.
Pacientes não conseguem
engolir cápsulas poderiam
ser beneficiados por uma
enzima pancreática líquida
(LPE) preparação..
Fonte: UFF – Especialização em Terapia Intensiva com ênfase no cliente adulto e idoso.
Discussão
Avaliação critica dos artigos selecionados e implicações para a prática de enfermagem para o cliente de
alta complexidade:
Sabe-se que a alimentação é primordial para a sobrevivência do ser humano, entretanto é alto o
índice de desnutrição calórica protéica em pacientes hospitalizados.
Devido aos mesmos não se alimentar suficientemente para atingir sua necessidade calórica e
protéica devido aos mais variados fatores adversos, tais como: náuseas, vômitos, ansiedade, doença de
base, depressão, inapetência e cirurgia. Em decorrência disso, o estado geral e a resposta aos
tratamentos ficam comprometidos, além das complicações ter um índice muito mais elevado comparados
aos doentes nutridos. Neste caso a EMTN intervem no tratamento do cliente prescrevendo a nutrição
enteral o mais precocemente possível evitando assim o agravo do estado de saúde do paciente critico na
unidade de tratamento intensivo. Também tem grande relevância para o sucesso da NE o registro de
enfermagem, a observação dos problemas de enfermagem para a execução da prescrição com
intervenções objetivas o que resulta no atendimento da necessidade do paciente em uso da dieta enteral
durante a internação hospitalar.
Vale a pena ressaltar que terapia enteral como já temos visto ao longo desta revisão de artigos tem
tido muito sucesso na nutrição ao paciente critico. Mas para que essa terapia continue ocorrendo com um
baixo percentual de complicações evitando futuras intercorrências para a melhor qualidade do cuidado a
anotação de enfermagem é de extrema importância visto que através desta o assistir ao paciente grave
fica mais fundamentado acarretando em melhores diagnóstico do paciente diminuindo assim o número
de dias de internação e o ônus hospitalar 3,4,5,6,7.
Conclusão:
Conclui que o cuidado da nutrição enteral dentro do centro de terapia intensiva estudado tem sua
forma no planejamento, na execução e na prevenção das complicações11.
O tratamento do paciente grave em UTI deve incluir a terapia nutricional balanceada, uma vez que
esses pacientes apresentam depleção nutricional. A atuação da enfermagem para paciente em uso de
nutrição enteral mostra a necessidade de cuidados especializados na administração desta terapia para
que possa atender as necessidades de cada doente, com menor risco, previnindo complicações e
garantindo um atendimento de qualidade
8,9,10.
Percebe-se que o enfermeiro diante de um paciente em uso de nutrição enteral mostra a
necessidade de cuidados especializados que deve ser investigativo e amplo não se limitando somente ao
cumprimento de atividades já preconizadas em nosso meio, tornando as ações de enfermagem mais
efetivas e instituídas de maneira precoce.
Referências Bibliograficas:
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Atuam. Rev Bras Enferm 2006, Nov/Dez; 59(6): 757-61.
2- Pompeu DA, Nicolussi AC, Galvão CM, Savada NO, Acta Paul Enferm 2007; 20(2): 191-8.
3- Marshall AP, WEST SH. Enteral in the criticaly ill: Are nursing pratices contributing to hypocaloric
feeding? Itensive Crit Care Nurs2006; 22:95-105
4- Persenius MW, Larsson BW, Hall-Lord ML. Enteral nutricion in intensive care Nurses perceptions and
bedside observations. Intensive Crit Care nurs 2006; 22:82-94
5- Williams TA, Leslie GD. A review of the nursing care of enteral feeding tubes in critically ill adults: part
I. Intensive Crit Care Nurs 2004; 20:330-43
6- Rocha DN. Recursos para assistência de enfermagem em gastroenterologia. Rev Bras Enferm 2003
jul-set; 33 (3): 310-7.
7- Santos EML, Pereira MN. Problemática cirúrgica: considerações de enfermagem. Ver Brás Enferm
2003 abr-jun; 56(4): 45-54.
8- Merighi MAB, Soler ZASG. Considerações sobre a sondagem gástrica. Ver Ex Enferm USP 2003 abrjun; 56(2): 28-32.
9- Miyadahira AMK. Princípios da assistência de enfermagem na nutrição enteral. Ver Paul Enferm 2005
abr-jun; 58(2): 95-102
10- Jones G. Model of nursing infaccident and emergency. Accident Emerg Nurs 2003 Jan; 1(1): 41-8.
11- Teixeira ACC, Caruzo L, Soreano FG. Terapia Nutricional Enteral em ubidade de Terapia Intensiva:
Infusão versus Necessidade. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 2006, Out/Dez, 18:4:331-337.
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