NUTRIÇÃO ENTERAL Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e eleborada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada parcialmente ou não para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme sua necessidades nutricionais em regime hospitalar, ambulatorial, ou domiciliar, visando a síntese ou a manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. Profª: Letícia Lazarini de Abreu. Nutrição A ENFERMAGEM NA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL A ingestão de alimentos é um dos pontos principais para manutenção da vida, essencial à saúde e ao bem estar, tendo uma importância especial nos primeiros anos de vida e merece atenção em qualquer se da vida. As reservas corporais se esgotam rapidamente em curtos períodos de jejum e são necessários ajustes no aporte calórico nos casos de desnutrição e excesso de peso. Também na presença de doenças agudas ou crônicas e ainda no caso de avaliação de gasto energético, o qual pode estar elevado nas situações de trauma, infecção, febre, dor crises epilépticas e pacientes de UTI . A enfermagem desempenha papel fundamental no tratamento do paciente com participação em todas as fases deste. A enfermeira que faz parte da equipe de suporte nutricional deve iniciar sua atenção desde a internação até a alta do paciente, mantendo a equipe de enfermagem informada e atualizada para prestar assistência adequada e prevenir as complicações relacionadas à nutrição enteral. Ainda tem o papel de coordenar a equipe de enfermagem nas atividades relacionadas à terapia nutricional, cabendo-lhe as ações de planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de enfermagem. A eficácia da terapia nutricional está relacionada com a conservação e a manutenção das vias de acesso. É necessária uma avaliação constante do paciente submetido à terapia nutricional, incluindo controle de sinais vitais, onde posa indicar sinais de infecção ou alteração metabólica. As vias de administração da dieta enteral são: nasogástrica, nasoenteral, gastrostomia e jejunostomia. Na terapia nutricional enteral, a enfermagem é responsável pela manutenção e controle da via escolhida, pelo volume administrado e pelo controle das variadas reações que possam ocorrer. Ainda, é importante saber qual a técnica de administração, se intermitente (em bolo ou gravitacional) ou contínuo (em bomba infusora). Os cuidados com as sondas nasogátricas e enterais incluem a fixação de modo a não tracionar as narinas, e também não permitir a sua saída acidental. Outro cuidado é mantêlas permeáveis, lavando-as com água antes e após administração da dieta e das medicações. É também importante verificar se há dobras ou acotovelamento em sua fixação ou seu trajeto. As medicações devem ser administradas de preferência em forma líquida, quando em caso de comprimidos, certificar-se que foram trituradas e bem diluídas. Quando mais de uma medicação no mesmo horário, administrar separadamente, lavando com água entre uma medicação e outra. Os cuidados com as estomias: gastrostomia e jejunostomia incluem a limpeza diária da pele periostomal, observando se há vazamento de suco gástrico ou duodenal, a fim de evitar irritação, ulceração ou infecção, assim como mantê-la tracionada para prevenir a sua migração. A administração da dieta deve ser em temperatura ambiente. Em relação a orientação ao familiar do paciente, esta deve iniciar ainda durante ainternação: manuseio da sonda, instalação da dieta, controle do gotejamento, proporcionando-lhes segurança e independência na continuidade do tratamento em seu domicílio. NUTRIÇÃO PARENTERAL “Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas” Portaria Nº 272,1998,ANVISA As atribuições dos enfermeiros na equipe multiprofissional de terapia nutricional (EMTN) para nutrição parenteral são: 1. orientar o paciente, a família ou o responsável legal quanto à utilização e controle da terapia nutricional, de acordo com suas atribuições profissionais; 2. preparar os pacientes, o material e o local para a inserção do cateter intravenoso; 3. prescrever os cuidados de enfermagem na terapia nutricional; 4. proceder ou assegurar a punção venosa periférica, incluindo a inserção periférica central; 5. assegurar a manutenção das vias de administração; 6. receber a nutrição parenteral da farmácia e assegurar a sua conservaçãoaté a sua completa administração; 7. proceder à inspeção visual da nutrição parenteral antes de sua administração; 8. avaliar e assegurar a instalação de nutrição parenteral observando as informações contidas no rótulo, confrontando-as com a prescrição médica; 9. avaliar e assegurar a administração da nutrição parenteral, observando os princípios de assepsia; 10. assegurar a infusão do volume prescrito, através do controle rigoroso do gotejamento, de preferência com uso de bomba de infusão; 11. detectar, registrar e comunicar à EMTN e/ou médico responsável pelo paciente as intercorrências de qualquer ordem técnica e/ou administrativa; 12. garantir o registro claro e preciso de informações relacionadas à administração e à evolução do paciente quanto a: peso, sinais vitais, balanço hídrico, glicosúria, glicemia, entre outros; 13. efetuar e/ou supervisionar a troca do curativo do cateter venoso, com base em procedimentos preestabelecidos; 14. participar e promover atividades de treinamento operacional e de educação continuada, garantindo a atualização de seus colaboradores; 15. elaborar, padronizar procedimentos de enfermagem relacionados a terapia nutricional; 16. zelar pelo perfeito funcionamento das bombas de infusão; 17. assegurar que qualquer outra droga e/ou nutriente prescritos não sejam infundidos na mesma via de administração da nutrição parenteral sem a autorização formal da EMTN. “ Lembre-se sempre de olhar as coisas de uma outra maneira, o mundo parecerá diferente. Se não acreditar; veja. Quando pensar que sabe algo, olhe de outra forma Mesmo que pareça tolo ou errado, deve tentar. Nunca considere só o que pensa o autor do escrito, Considere o que você pensa. Tente encontrar a sua própria voz. Quanto mais demorar para procurar, mais improvável será que encontre. Não se resigne. Liberte-se. Não fique num canto, olhe a sua volta. Ouse ir buscar novos campos ” Sociedade dos Poetas Mortos