O trabalho do psicopedagogo domiciliar para a reabilitação

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O trabalho do psicopedagogo domiciliar
para a reabilitação cognitiva e
neuroaprendizagem de pessoas com
deficiências severas
Thaianny Cristine Salles da Silva
Psicopedagoga, Neuropsicopedagoga, Especialista em Educação
Inclusiva
Introdução
O serviço de atendimento domiciliar realizado
pelo psicopedagogo é relativamente recente. Por
ser um novo e amplo mercado de trabalho, este
proporciona ao cliente um tratamento
diversificado, atendendo as necessidades
especiais de cada um no conforto de sua
residência, próximo de familiares e com menor
custo, influenciando assim a sua recuperação.
Deficiências severas
Pessoas com deficiência são aquelas que têm
impedimentos de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, os quais, em interação com
diversas barreiras, podem obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdades de
condições com as demais pessoas (ONU, 2008).
Em 2011 (Lei 12.470), passou-se a definir que pessoa
com deficiência é aquela que tem impedimentos de
longo prazo (> 2 anos) de natureza física, mental,
intelectual, ou sensorial.
Anteriormente, em 2010, o IBGE realizou um censo para
conferir o total de pessoas com pelo menos uma
deficiência severa no país.
As pessoas agrupadas na categoria deficiência severa são
as que declararam, para um tipo ou mais de deficiência,
as opções “grande dificuldade” ou “não consegue de
modo algum”, além daquelas que declararam possuir
deficiência mental.
O Instituto Benjamin Constant (2016) faz um pequeno
apanhado sobre o que são deficiências, tipos e subtipos.
As deficiências podem ser congênitas ou adquiridas.
Sobre as deficiências físicas (motoras), estas são:
Paraplegia: Perda de todas das funções motoras.
Paraparesia: Perda parcial das funções motoras dos membros inferiores.
Monoplegia: Perda parcial das funções motoras de um só (podendo ser superior
ou inferior).
Paraplegia: Perda de todas das funções motoras.
Monoparesia:
parcial
funções
motoras
de um inferiores.
só membro (superior ou
Paraparesia: Perda
Perda parcial
dasdas
funções
motoras
dos membros
Monoplegia: Perda parcial das funções motoras de um só (podendo ser superior ou
inferior).
inferior).
Tetraplegia:
Perda
total
das das
funções
motoras
membros
superiores
inferiores.
Monoparesia:
Perda
parcial
funções
motorasdos
de um
só membro
(superioreou
inferior).
Tetraparesia: Perda parcial das funções motoras dos membros superiores e
Tetraplegia: Perda total das funções motoras dos membros superiores e inferiores.
Tetraparesia: Perda parcial das funções motoras dos membros superiores e
inferiores.
inferiores.
Triplegia:
Perda
motoras
membros.
Triplegia:
Perdatotal
totaldas
das funções
funções motoras
emem
trêstrês
membros.
Triparesia:
Perdaparcial
parcial das
motoras
em em
3 membros.
Triparesia:
Perda
dasfunções
funções
motoras
3 membros.
Hemiplegia: Perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou
Hemiplegia:
esquerdo).Perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito
Hemiparesia: Perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo. (direito
ou esquerdo).
ou esquerdo).
Hemiparesia: Perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo.
(direito ou esquerdo).
Diferenciando...
Paralisia cerebral - Geralmente a pessoa com paralisia
cerebral possui movimentos involuntários, espasmos
musculares repentinos chamados espasticidade (rigidez)
ou hipotonia (flacidez). A falta de equilíbrio dificulta a
deambulação e a capacidade de segurar objetos.
Deficiência mental ou Deficiência Intelectual - refere-se
a padrões intelectuais reduzidos, apresentando
comprometimentos de nível leve, moderado, severo ou
profundo, e inadequação de comportamento adaptativo,
tanto menor quanto maior for o grau de
comprometimento.
Deficiência visual - perda ou redução de capacidade
visual em ambos os olhos em caráter definitivo, que não
possa ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes,
tratamento clínico ou cirúrgico. Existem pessoas com
visão sub-normal, cujos limites variam com outros
fatores, tais como: fusão, visão cromática, adaptação ao
claro e escuro, sensibilidades a contrastes, etc.
Deficiência auditiva - inclui disacusias (perda de audição)
leves, moderadas, severas e profundas e são assim
classificados: perda moderada, perda severa e perda
profunda.
Deficiências múltiplas - a pessoa apresenta
conjuntamente duas ou mais deficiências.
A CONTRIBUIÇÃO DO PSICOPEDAGOGO
DOMICILIAR PARA REABILITAÇÃO COGNITIVA E
NEUROAPRENDIZAGEM
Um programa de reabilitação pode ser benéfico a
pessoas com deficiências severas, através de
intervenções que lhes ofereçam capacidade de
autonomia e independência funcional, no maior
nível possível. Portanto, pode-se retardar o avanço
de
certas
doenças
neurodegenerativas
progressivas, como a de Alzheimer (Boer; Fontes,
2016).
Reabilitação cognitiva - deve ser conduzida por uma
equipe multiprofissional, uma vez que os pacientes
acometidos de doenças neurológicas e neuropsiquiátricas
apresentam, na maior parte dos casos, múltiplas
sequelas. Destaca-se o trabalho psicoeducativo com os
familiares para orientá-los sobre o quadro clínico e
prognóstico.
O trabalho do psicopedagogo é relevante, tanto no
diagnóstico como no auxílio à pessoa com deficiência
severa e seus familiares, estabelecendo expectativas
realistas sobre a deficiência em si e utiliza técnicas para
auxiliar a pessoa a aumentar o tempo de seu foco
atencional.
A melhora que se pretende alcançar mostra que os recursos
utilizados desenvolvem e aprimoram a capacidade de cognição
e raciocínio da pessoa com deficiência, através de atividades
que estimulem sua motivação para a resolução de problemas.
O psicopedagogo deve oferecer recursos de dificuldade
gradual, promovendo desafios que sejam estimulantes,
fazendo sentido para suas necessidades e compatível à sua
realidade. Esses recursos irão provocar a plasticidade neural.
Quanto à importância da cognição e neuroaprendizagem,
destaca-se a contribuição do psicopedagogo para a
aprendizagem humana. Segundo a psicopedagoga Daniele
Andrade, o psicopedagogo ao atuar em várias vertentes,
demonstra compreender as variadas dimensões da
aprendizagem humana.
Estas são as áreas (além de outras, conforme necessário) em
que o atendimento psicopedagógico domiciliar deve ser
realizado, sempre em parceria com a equipe multidisciplinar. O
psicopedagogo deve atuar na prevenção e tratamento das
dificuldades de aprendizagem e na intermediação de questões
afetivo-emocionais.
O atendimento domiciliar oferece: participação mais efetiva do
paciente com sua família no tratamento indicado; requer
autonomia dos pacientes nas AVD´S; estimula a interação e
interesse do paciente no tratamento; proporciona harmonia
do paciente com família; e, oferece adaptações no espaço
familiar e ajustamentos pessoais objetivando melhorar a
performance do paciente.
Para Gomes (2012), em sua atuação, inicialmente o psicopedagogo
deve observar a ambientação do momento de estudo, a escolha do
lugar, a iluminação, a postura do estudante e, enfim, o conforto e
acolhida da hora do estudo. Em seguida, inicia com o estudante a
organização da vida escolar no ambiente domiciliar.
O trabalho com jogos é usado na intenção de intervir onde se faz
necessário, por exemplo, estímulo para o desenvolvimento da
capacidade de planejamento/estratégias, percepção visual,
organização, sistematização e etc. É, também, importante o contato
com a escola, para que a equipe pedagógica saiba que a criança ou
o adolescente estão sendo acompanhados em casa.
O estudante precisa confiar no profissional para ter a liberdade de
expressar-se, de criar e de encontrar seu próprio caminho para a
aquisição e assimilação do conhecimento. Com todo esse trabalho
há uma mudança na vida pessoal do sujeito aprendente.
Considerações Finais
Observou-se que existem inúmeras possibilidades de
atuação do psicopedagogo na sociedade vigente e novos
formatos para intervenção. Acerca disso, em um dos
poucos artigos escritos a respeito deste tema, Karen Ricci
e Camila León (2015) dizem que atualmente, novas
demandas têm levado à prática do atendimento
psicopedagógico em domicílio, principalmente porque a
atuação psicopedagógica, utilizando-se da prevenção e
remediação, acontece basicamente no espaço clínico e
institucional.
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outra alma humana
CARL JUNG
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